Distribuição gratuita: 13.500 EXEMPLARES
ANO XV - NR.86 - BIMESTRAL - DEZEMBRO15 - DIRECTOR: MIGUEL FERRO MENESES
RUI MIGUEL NABEIRO páginas 26 e 27
páginas 22 e 23
RICARDO ALVES
ENTREVISTA COM
CONVERSA COM
ADORO O MEU BAIRRO
MULHERES DO PARQUE ENTREVISTA COM JOANA MELO
Desde 2000
AMOR À PRIMEIRA VISTA
FESTAS FELIZES Amiga do Peito Rua Ilha dos Amores 4.17.01 PARQUE DAS NAÇÕES - Tel. 218 956 737 / 218 956 911
páginas 30 e 31
EDITORIAL | NP | 3 FichaTécnica
EDITORIAL Foi numa das tardes do Verão passado que fui entregar umas mãos cheias de percebes ao Sr. Coelho. Tinham chegado de Sagres, apanhados para os lados da Pedra do Gigante e acabados de cozer à moda sagrense, por mim. Lembrava-me da conversa que tínhamos tido, uns meses antes, em que ele me confessara não morrer de amores por este petisco do mar. Foi numa das tardes do Verão passado que fui entregar umas mãos cheias de percebes ao Sr. Coelho.Tinham chegado de Sagres, apanhados para os lados da Pedra do Gigante e acabados de cozer à moda sagrense, por mim. Lembrava-me da conversa que tínhamos tido, uns meses antes, em que ele me confessara não morrer de amores por este petisco do mar. “Dão trabalho de mais para o sabor que têm”, disse-me. “É porque nunca provou os percebes da Pedra do Gigante, mesmo por baixo da fortaleza de Sagres. São verdadeiramente capazes de o fazer sonhar à noite com eles,” respondi. Desde logo prometi a mim mesmo que, quando arranjasse um quilo ou dois, cozeria uns quantos para lhe dar a provar. Logo na primeira oportunidade que tive de mos trazerem de Sagres, assim o fiz. O Sr. Coelho não se encon-
trava na loja, nesse preciso momento e deixei-os ao cuidado da Dona Rosa. No dia seguinte, veio ter comigo rendido aos percebes da Pedra do Gigante. Uns dias mais tarde, pedi ao Sr. Coelho que me aconselhasse na compra de uma garrafa de vinho verde. Umas semanas depois, o Sr. Coelho trazia-me, de surpresa, uma garrafa de vinho verde da produção de um amigo dele. Mais do que os percebes ou que o vinho verde a questão, aqui, é o sentimento de vizinhança e amizade. Que nos faz sentir bem. Que pertencemos a algum lado. Que temos uma terra própria. Uma terra onde nos conhecemos e nos damos bem. Onde falamos, discutimos ideias, partilhamos. Isso é vizinhança no seu estado mais puro. Conhecer, trocar gostos e ideias. Partilhar. Duas pessoas a
quererem dar a experimentar algo que acreditam que é bom e sem esperar nada em troca. Apenas pelo simples prazer de ver o outro satisfeito e feliz. As pessoas são a essência, a alma de um bairro. E quanto maior for essa partilha e troca, e não me refiro só a bens, mas, simplesmente, a uma partilha, de ideias, de conversas, de amizade, maior esse bairro será. Quanto mais as pessoas se conhecerem, falarem, partilharem, mais unido ele será. E quanto mais unido, melhor... será. Mais próspero, mais seguro, mais vivo, será. É inquestionável como o comércio local é fundamental para a vitalidade do bairro. De norte a sul do Parque das Nações, nas mais diversas áreas de serviço, trazem vida, segurança e energia às nossas ruas. Valorizando as nossas
casas, o nosso bairro, as nossas vidas. Fazem-nos sentir em família. Mais do que casas de comércio são pontos de encontro onde nos cruzamos com amizades de que a velocidade do tempo nos afasta cada vez mais. Ainda há poucos meses atrás encontrei, na sua casa, uma amiga de infância que não via há quase duas décadas... quer maior prova do que esta? Não falando dos amigos, familiares ou conhecidos com quem onde, apenas aí, nos é possível cruzar, através desta tão familiar e orgânica rotina do dia-a-dia. Portanto, Obrigado, Sr. Coelho. Obrigado, em primeiro lugar pela amizade e, depois, por essa boa vizinhança e por tudo que ela trouxe para as pessoas e para o nosso bairro. Miguel F. Meneses
Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Ana Penim; André Ribeirinho; Carmo Miranda Machado; Conceição Xavier; Diogo Freire de Andrade; Miguel Soares; Paulo Andrade; João Bernardino; João Catalão; José Teles Baltazar; Pedro Gaspar; Rita de Carvalho; Sara Andrade; Sónia Ferreira Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Revisora: Maria de Lurdes Meneses Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 13.500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social: Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul 1990 -503 LISBOA Nr. de Registo ICS -123 919
geral@notíciasdoparque.com
4 | NP | OPINIÃO Contactos:
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Por: Alexandre Marvão Presidente do Conselho Executivo da APEPN (Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Básica e Jardim de Infância do PN)
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No final do mês de Outubro, os Pais da Escola Parque das Nações ficaram a saber, através de um post no Facebook, que o terreno destinado à construção da 2.ª fase da escola, e onde já se encontra construída e em funcionamento a primeira fase, tinha sido arrendado a uma empresa de aluguer de automóveis. Com o acesso a mais alguns esclarecimentos verificou-se que o contrato de arrendamento tinha sido celebrado pela ParqueExpo, empresa tutelada pelo Estado e a Hertz, e teria início no dia 1 de Novembro. Indignados com a criação das “questões jurídicas” anunciadas como impedimento à construção, os Pais reagiram pela mesma via, através das redes sociais e a APEPN através dos canais institucionais. Nos dias que se seguiram, vários posts, com inúmeras partilhas, atingiram milhares de visualizações nas redes sociais. A nível institucional diversas notícias nos media foram publicadas e solicitadas reuniões com as diversas entidades, direta ou indiretamente relacionadas com a escola. Os Partidos também foram solicitados a reagir. Felizmente, após uma campanha com enorme adesão dos Pais e de diversas entidades institucionais e políticas, o inconcebível e inapropriado contrato de aluguer foi cancelado. Não quer isto dizer que os Pais se considerem vencedores. Os Pais continuam sem ver arrancar a construção da escola. As crianças alunas da Escola Básica Parque das Nações estão diariamente sujeitas às mais diversas limitações impostas pela não conclusão da escola. Refeições pré-embaladas e pré-aquecidas, confecionadas no exterior, servidas e tomadas em condições precárias num monobloco. Espaço físico disponível muito abaixo dos mínimos para a lotação atual. Falta de equipamentos essenciais à execução de um projeto educativo de qualidade:
ginásio, auditório e biblioteca (sem ser em condições provisórias e precárias), falta de espaços de ar livre para o recreio e exercício físico. Falta de ventilação e renovação do ar de todo o edifício. Em dias de chuva há crianças que passam 11 horas na mesma sala de aula. Não são só as dificuldades que as crianças vivenciam diariamente há mais de 5 anos que tornam esta escola imperativa, mas também a sobrelotação das escolas da zona e a perspetiva futura de evolução demográfica da freguesia, constituída por uma comunidade muito jovem com uma taxa de natalidade e número de crianças, por casal, das mais elevadas de Portugal, projeta uma grave situação futura, caso não se faça nada. Mesmo que a população residente deixe de ser uma sobrecarga para o sistema educacional da zona, os filhos de trabalhadores da zona com o direito ao ensino público nas escolas de influência dos endereços de trabalho e pelo tipo de empresas e número de trabalhadores, irão manter com toda a certeza uma grande pressão sobre o número disponível de vagas nas escolas públicas da zona e a necessidade de conclusão da Escola Parque das Nações. Ao dia de hoje, a escola tem uma recomendação da Assembleia da República, aprovada por unanimidade, para a conclusão da escola. A esta juntam-se as três recomendações aprovadas por unanimidade na Assembleia Municipal de Lisboa, uma vez mais aprovadas por unanimidade. Há terreno desimpedido e sem outras “questões jurídicas”, projeto aprovado e pronto para lançar concurso público, verba em orçamento de estado destinado, em específico, à construção da escola. O que faltou até hoje, vontade política? O que falta hoje?...nada, esperemos nós.
6 | NP | OPINIÃO
ARQUITETURA “Há uma necessidade urgente de consolidação do Plano de Urbanização na parte dos Equipamentos.” Por: Diogo Freire de Andrade
Equipamentos precisam-se Os equipamentos coletivos fizeram parte integrante do Plano de Urbanização da Parque Expo desde o início. Em todos os Planos de Pormenor do Parque das Nações de Norte a Sul, os equipamentos eram peça chave e fundamental do Conceito e do sucesso do Plano de Urbanização. Infelizmente, muitos destes equipamentos não foram executados, muitos equipamentos que são precisos como “pão para a boca” não foram erigidos, é preciso gritar para que ouçam “equipamentos precisam-se”. Desde o início dos planos que a coexistência de diversos usos foi um ponto chave, a relação entre habitação, escritórios, comércio, vários tipos de equipamentos e áreas verdes foi essencial. Alguns equipamentos foram feitos, as escolas públicas e privadas, o hospital, algumas creches privadas mas muitos outros falharam. A Câmara como garante do Plano verifica se os privados que compram os terrenos cumprem as regras, mas, também, tem de cumprir as suas responsabilidades construindo escolas, creches, centros de saúde, etc., os equipamentos não podem ser responsabilidade dos privados. Há uma necessidade urgente de consolidação do Plano de Urbanização na parte dos Equipamentos. O nosso ateliê já contribuiu para diminuir o deficit de equipamentos no Parque das Nações. Projetámos o Colégio Oriente, a Creche “Saídos da Casca” e também fizemos dois projetos de arquitetura de Residência de Estudantes. Um deles na Av. D. João II, entre a Residência de Estudantes do Técnico e a Escola Superior de Tecnologia da Saúde e outro na Parcela 3.19, na Avenida Fernando Pessoa, mesmo em frente do novo Pingo Doce Sul.
Estava previsto ter quatro pisos de quartos e salas de estudo, de refeições, de convívio e estacionamentos.
Av. Fernando Pessoa
As residências públicas das principais universidades do País só têm vagas, em média, para menos de 5% dos alunos. Graças às Residências privadas, esta necessidade baixou bastante, mas, mesmo assim e, apesar das 140 unidades de alojamento, públicas e privadas, existentes na capital, no ano passado ainda faltavam 10 mil camas. Há muito trabalho a fazer agora que cada vez mais a nossa Cidade é procurada pelos estudantes estrangeiros para Erasmus ou Mestrados.
ÀS ESCURAS No preciso momento em que escrevo tudo o que está à minha volta está às escuras. Alameda dos Oceanos às escuras. Rua do Polo Sul às escuras. Av. D. João II às escuras. Geralmente a Av. D. João II tem muitas luzes fundidas, espaços públicos com deficiência de iluminação, mas hoje está tudo apagado. Está tudo às escuras. Deixo parte de um poema de Carlos Drummond de Andrade - “José”
Esquina da Av. Fernando Pessoa com a Rua Sinais de Fogo
Esta residência de estudantes foi projetada para ter 6 pisos e 50 quartos.
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
8 | NP | BREVES
NOTÍCIAS BREVES A C O N T E C E
N O
P A R Q U E
ACÇÃO SIMBÓLICA
O Grupo de Cidadãos Pela Qualidade Urbana no Parque das Nações promoveu, no passado dia 13 de Novembro, dia do 3.º aniversário da criação da Freguesia, “uma acção simbólica, como forma de manifestação de descontentamento pela queda abrupta da qualidade urbana do Parque das Nações.” No texto da convocatória lia-se: “Decorridos 3 anos, a população vê-se a braços com uma Junta de Freguesia que não tem demonstrado vontade para devolver a qualidade dos parques e das ruas desta freguesia, descuidando na totalidade todos os equipamentos que são da sua responsabilidade. Hoje pode ser observado um conjunto de situações que não devolve a
D A S
N A Ç Õ E S
qualidade do território e a sua vivência, sendo que existe verba suficiente, e que apenas bastaria manter o legado da antiga Parque Expo.” O encontro teve lugar junto à Estátua Homem-Sol onde foi colocada uma coroa de flores como símbolo de descontentamento. Além do Célia Simões, Gisela Sá Frias e Bruno Figueiredo, membros deste grupo local, José Baltazar, Carlos Ardisson e outros moradores, também, estiveram presentes. O encontro teve lugar pelas 18h e terminou por volta das 19h30.
ACREDITAR
No dia 20 de Outubro, o Rotary Club Lisboa -
Parque das Nações organizou uma reunião com o tema “Associação Acreditar, Como Ajudar” com o objectivo de perceber o âmbito e as actividades desenvolvidas por essa Associação e encontrar as sinergias entre a associação e a nossa comunidade. O Notícias do Parque deixa o balanço feito por parte deste clube local: A Acreditar é uma Associação cuja missão é apoiar crianças e jovens com cancro. A organização conta com mais de 700 voluntários que, em torno dos seus núcleos, realizou cerca de 55.000 horas de voluntariado, durante o último ano. Os projectos mais relevantes são: - As Casas de Lisboa e Coimbra, para acolher crianças e jovens doentes e respectivos familiares - Apoio emocional a crianças e jovens e respectivas famílias - Campos de férias para as crianças e jovens - Apoio à empregabilidade dirigido a jovens exdoentes - Apoio ao domicílio paliativo. - Apoio escolar - Apoio Social tendo em conta as famílias mais carenciadas. Um dos objectivos é apelar ao voluntariado em diversas áreas profissionais, nomeadamente, canalizadores, jardineiros, angariadores de mecenato, organizador de eventos, logística de recepção de bens, triagem, arrumação e distribuição, tratamento de roupa, cabeleireiros, maquilhadores, esteticistas e Massagistas. Assim desafiamos todos os profissionais resident e s n o P a r q u e d a s N a ç õ e s p a r a a p o ia r a Associação Acreditar contactando o Rotary Club Lisboa – Parque das Nações para o e-mail: rcparquedasnacoes@gmail.com.
CIDADE IMAGINADA
Desde 1 de Outubro que o horário da exposição “A Cidade Imaginada” foi alterado. Agora pode ser visitada de quarta a domingo, das 12h às 18h, até dia 30 de Dezembro de 2015, no Pavilhão de Portugal - Alameda dos Oceanos, Parque das Nações, Lisboa A exposição “A Cidade Imaginada” é uma retrospectiva da intervenção arquitectónica, urbanística e ambiental do território que é hoje o Parque das Nações, um modelo de referência internacional. Parque EXPO foi a empresa incumbida de pôr em prática a tripla tarefa de implementar a Exposição Mundial de 1998, de promover a operação de revitalização urbana e ser a gestora do espaço público desde o seu início. Foi um dos mais importantes marcos da história do empreendedorismo português, um ponto de viragem que assinalou o início de uma nova era da auto-estima nacional e a afirmação e visibilidade de Portugal no Mundo. A exposição, que já conta com mais de 25.000 visi-
tantes, tem sido um êxito absoluto. Através de inquéritos realizados diariamente aos visitantes é possível traçar o seu perfil e as opiniões sobre a exposição. Origem dos visitantes: 67% dos visitantes são portugueses e 33% são estrangeiros; Dos visitantes portugueses, 71% são residentes em Lisboa, e destes, 21% residem na Freguesia do Parque das Nações; Dos visitantes estrangeiros, 64% são Europeus, 6% da América do Norte e Central, 20% da América do Sul, 5% de África e 5% da Ásia Pacífico; Quanto à faixa etária, os visitantes têm a seguinte distribuição: até aos 24 anos 17%, dos 25 aos 34 anos 20%, dos 35 aos 44 anos 28%, dos 45 aos 54 anos 15%, dos 55 aos 64 anos 10% e 10% com mais de 65anos; Grau de satisfação em relação à visita: 49% ficaram satisfeitos e 47% muito satisfeitos, o que soma 96% de opiniões francamente positivas; Quanto à mensagem que os visitantes retiram da exposição: 27% destacam a capacidade de realização e organização, 55% referem a grande aposta na requalificação urbana e 18% destacam a aposta que o país faz no turismo.
RÉVEILLON NO ARENA LOUNGE - CONCERTO DE OS AZEITONAS
O Casino Lisboa oferece um diversificado programa de Réveillon, que terá como grande atracção o concerto de Os Azeitonas. Aguardada com expectativa, a banda portuense sobe ao palco para apresentar os seus grandes êxitos bem conhecidos do público. A entrada é livre. Com um ambiente típico de Passagem de Ano, o Casino Lisboa abre o programa com uma actuação especial da banda Voodoo Marmalade. Posteriormente, será a vez de um espectáculo de stand-up comedy protagonizado por Aldo Lima. O humorista assegura, ainda, a celebração da meia-noite que promete ser inesquecível. Após o concerto de Os Azeitonas, será a vez do Dj Rui Remix e António Coimbra prolongarem a animação até às primeiras horas de 2016. Programa de Réveillon do Casino Lisboa: - Anim ação m usical com a banda Voodoo Marmalade - Espectáculo de Stand-up comedy protagonizado por Aldo Lima - 00h00: Celebração da chegada do Ano Novo - Concerto de Os Azeitonas - Actuação do Dj Rui Remix e António Coimbra Com entrada gratuita, o Casino Lisboa oferece uma original noite de Réveillon que se prolonga até às primeiras horas de 2016. A entrada é livre.
OPINIÃO | NP | 9
UM ANO DE CORRIDAS CNPN No passado dia 27 de Outubro, o grupo local da Corrida Noturna Parque das Nações (CNPN) celebrou o seu 1º aniversário. A celebração juntou 200 pessoas e teve o especial apoio do MYRIAD, by Sana Hotels. O organizador Diogo Madaleno, aquando da criação do grupo em Outubro de 2014, não imaginava que após 1 ano estaria a celebrar o 1º aniversário da CNPN em tão excelente e expressiva companhia. A parceria com José Guimarães (Sedentário a Maratonista) tem-se revelado um sucesso e ambos têm muitas ideias para, em 2016, continuar a pôr muitas pessoas a correr. Durante este 1º ano a CNPN obteve vários patrocínios e apoios que possibilitaram oferecer centenas de inscrições para provas de running, de modo a motivar os elementos do grupo nesta modalidade desportiva. Muitos iniciaram a caminhada ou corrida com o grupo e hoje já participam em provas de 5 ou 10 kms. Todos os que desejem caminhar ou correr em grupo acompanhado, poderão juntar-se gratuitamente ao grupo da Corrida Noturna Parque das Nações, que todas as terças-feiras, às 20:30, tem encontro marcado junto à loja da Kid to Kid Expo. Mais informações em: corridanoturna.pt.
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FREGUESIA EM DEBATE
Coluna de opinião dos elementos dos partidos/movimentos que representam a AF
RESUMO DA INTERVENÇÃO DO PCP
Ópera bufa
Jorge Alves - CDU Se desejar ter acesso aos documentos referidos neste artigo e/ou
João Franco - PS
pretender contactar o PCP na Freguesia do Parque das Nações, poderá fazê-lo para: cduparquedasnacoes2013@gmail.com
Neste final de 2015 apresentamos um resumo da intervenção do PCP, na nossa Freguesia, e tornamos públicos os nossos votos para 2016. Intervenção do PCP nos órgãos autárquicos: • Participação nas sessões da Assembleia de Freguesia (AF) com intervenções de análise e propostas de que resultaram, nalgumas situações, alterações aos documentos fundamentais da Freguesia: Grandes Opções do Plano e Orçamento; Relatório de Gestão; Revisões Orçamentais, Regulamentos; Concursos Públicos; Contratos e Delegações de Competências; Informações escritas do Presidente. • Articulação com os eleitos do PCP na Câmara e Assembleia Municipal garantindo uma intervenção coordenada sobre os problemas da Freguesia. A nossa ação face a problemas concretos: • Promoção, em articulação com a Associação de Pais da Escola do Parque das Nações, de ações públicas e institucionais, com vista à anulação do contrato celebrado entre a Parque Expo e a Hertz e à garantia da efetiva construção da 2ª fase da Escola, destacando-se: a audição da APEPN pelo Grupo Parlamentar do PCP; a entrega de um requerimento do PCP na CML e a apresentação na Assembleia Municipal de uma recomendação ao Executivo Camarário. • Considerando que uma área da Freguesia é muito utilizada para a prática desportiva de ar livre, solicitámos, ao executivo, a informação sobre os balneários/sanitários de utilização pública que estão em funcionamento e sobre o tipo de anomalia que deu origem ao encerramento de alguns, bem como a data prevista para a sua resolução e reabertura. • Solicitámos ao executivo informação sobre a entidade responsável pela limpeza do topo da Rua Conselheiro Lopo Vaz, bem como a data prevista para a desmatação de ervas e arbustos dessa zona. • Questionámos o executivo sobre as ações previstas para pôr termo ao estado caótico, relativamente ao trânsito e ao estacionamento que se verifica na Rua Conselheiro Lopo Vaz. • Propusemos que o executivo desenvolvesse as diligências junto da CML para encontrar e executar, com urgência, uma solução técnica apropriada que anule os riscos para os peões que usam a passadeira na Rua João Pinto Ribeiro, frente ao Clube Desportivo Olivais e Moscavide. • Na sequência do grave incêndio que deflagrou nas instalações da antiga fábrica de Amadeu Gaudêncio, exigimos da Junta de Freguesia a rápida intervenção no sentido de serem demolidas as referidas instalações. • Na AF Extraordinária, de 8 de junho, promovida por petição pública, sobre a degradação do espaço público da Freguesia, só o PCP apresentou uma proposta, aprovada por unanimidade, onde se identificavam as origens do problema e se recomendava que o executivo constituísse um Grupo de Trabalho, com a participação dos moradores, para acompanhamento dos problemas e debate sobre as alternativas de intervenção.
Uma Freguesia, na cidade e no País: • Promovermos a contestação à privatização do Oceanário, apresentando uma moção na AF e colaborando na dinamização da petição pública. • Saudámos o 41º aniversário da Revolução de Abril e apelámos à participação dos moradores e trabalhadores da Freguesia, nas iniciativas que assinalaram o 1º de maio, manifestando a oposição às políticas económicas e sociais do governo PSD/CDS. • Exigimos o cancelamento do processo de reestruturação em curso nas empresas públicas de transportes (Carris e Metro) e das privatizações aí incluídas. • Colaborámos na elaboração e análise do diagnóstico social da Freguesia. • Exigimos a realização de um debate público sobre os impactos na Freguesia que resultarão da execução do projeto para a zona a poente da Gare do Oriente. Ações de promoção de mais e melhor emprego: • Exigimos do executivo a regularização do vínculo laboral dos trabalhadores da Freguesia, promovendo a adequação do mapa de pessoal da autarquia e a integração dos trabalhadores que prestam uma atividade regular e permanente, subordina a hierarquia e sujeito a um horário fixo. • Defendemos o incentivo à integração de desempregados, residentes na nossa Freguesia, pelas empresas prestadoras de serviços de manutenção de Espaços Verdes e de Limpeza, contratadas pela Junta. Os nossos votos para 2016 não podem deixar de ter em conta o resultado eleitoral para a Assembleia da República, pelo novo quadro político que se pretende de promoção do diálogo e do debate, com respeito pelas opiniões diferentes e que rompa com a política de empobrecimento. Na nossa Freguesia, tal como no país, existe hoje uma nova maioria: aos 4.424 votos do PSD com o CDS (40,36%) contrapõem-se os 5.430 votos do PS com a CDU e o BE (49,53%). Assim, importa agora garantir que os compromissos assumidos, para a nossa Freguesia, sejam concretizados: a construção da 2ª fase da Escola do Parque das Nações; a construção do Centro de Saúde e a promoção do emprego. Fazemos ainda votos para que o atual executivo saiba olhar para estes resultados e perceber que os eleitores querem, à frente dos seus destinos, quem saiba ouvir as populações e os seus representantes, resolver os problemas concretos e respeitar as opiniões diferentes. A democracia tem de ser cada vez mais participativa, pelo que seria fundamental que a nossa proposta de Orçamento Participativo, feita em 2013, fosse finalmente concretizada pelo executivo. Boas festas e um ano de 2016 melhor do que 2015.
1 – O célebre radialista, Artur Agostinho, costumava dizer com aquela graça que lhe era habitual que a Ópera é aquele estilo teatral onde a heroína principal morria tuberculosa depois de cantar a sua última área durante, pelo menos, trinta minutos. Serve isto para dizer que, depois da excelente ópera que foi a Expo-98, somos agora confrontados com um outro estilo, mais histriónico e a que os italianos chamam de ópera bufa. A moribunda Parque-Expo terá assinado com uma empresa de aluguer de automóveis um instrumento de cedência onerosa (desconhece-se a que título) dos terrenos contíguos à Escola Básica do Parque das Nações e que estão destinados, em todos os instrumentos de gestão do território, para a ampliação daquele equipamento escolar que tanta falta faz na nossa freguesia. Diz-se terá, porque em nenhum momento a Parque Expo teve a humildade de explicar o que realmente se passou, isto, apesar de ter sido interpelada pela Junta de Freguesia do Parque das Nações, que requereu ao abrigo da LADA (Lei de Acesso aos Documentos da Administração) que lhe fosse cedido um exemplar do protocolo assinado com a dita empresa de aluguer de viaturas. 2 – Curioso foi também o facto de como esta bizarria foi anunciada. Um alegado eleito local em lista do PSD+CDS, o «paf autárquico» anunciava, em sítio devidamente identificado da rede social facebook, à população da nossa Freguesia, o dito facto – locação do terreno para parque de recolha de viaturas – ao mesmo tempo que se verberava a atitude da Diretora do Agrupamento de Escolas Eça de Queiroz e, mais uma vez, se acusava a Junta de Freguesia – Moreno & Franco – de inércia, de inépcia na resolução deste problema e de serem incapazes de promover a construção da escola. Na sequência continuou-se a acusar a autarquia de nada fazer, convidando-se sempre a mesma junta da freguesia a interpor uma desejada providência cautelar. E só quando – perante a falta de resposta da Comissão Liquidatária da Parque Expo – a Junta apresentou, publicamente, cópia do requerimento apresentando queixa à CADA da ausência de resposta, no mesmo site da mesma rede social o mesmo eleito local veio anunciar que, afinal, tinha uma boa notícia: o contrato tinha sido resolvido e o terreno continuaria devoluto à espera do início da construção da escola. 3 – Todo este enredo de ópera cómica teve, no entanto, um lado positivo. A Junta aprofundou a
sua boa relação com a APEPN e está definitivamente relançado o debate da construção da escola que é uma necessidade premente do Parque das Nações. Serve este artigo para reafirmar o compromisso já assumido que os autarcas socialistas não darão tréguas ao Governo até que esta situação esteja resolvida e exista um compromisso claro na construção da Escola, por parte do Ministro da Educação.
“E só quando – perante a falta de resposta da Comissão Liquidatária da Parque Expo – a Junta apresentou, publicamente, cópia do requerimento apresentando queixa à CADA da ausência de resposta, no mesmo site da mesma rede social, o mesmo eleito local veio anunciar que, afinal, tinha uma boa notícia: o contrato tinha sido resolvido e o terreno continuaria devoluto à espera do início da construção da escola. 3 – Todo este enredo de ópera cómica teve, no entanto, um lado positivo. A Junta aprofundou a sua boa relação com a APEPN e está definitivamente relançado o debate da construção da escola que é uma necessidade premente do Parque das Nações.”
PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES | NP | 11
O seu fr francês ancês é
difícil de compreender? ompreender?
CRÓNICA DO PARQUE José Teles Baltazar - CDS/PP
Quem me conhece e acompanha sabe que em termos locais os únicos interesses que me movem no Parque das Nações são a salvaguarda do espaço urbano público e a manutenção da identidade territorial diferenciadora que nos foi legada pela Expo 98. Sem pretensão a ser o 1º morador, foram a harmonia estética e o nível previsto de equipamentos e infraestruturas que me levaram a cedo escolher este espaço para aqui viver e criar família. Pude assistir ao desenvolvimento urbanístico e ao nascimento de uma comunidade envolvida e exigente que, tal como eu, sentia o Parque como seu. Vivíamos satisfeitos com os serviços dedicados de gestão e qualquer anomalia comunicada à Gestão Urbana era resolvida sem demoras nem desculpas. Anos depois, o Parque das Nações assiste a uma descaracterização em curso. Acabaram com as erupções dos Vulcões de Água, os lagos do Rossio dos Olivais ficam por encher, desvirtuaram o jardim da Música e outros espaços ajardinados como o jardim das Ondas ou o Parque do Tejo, centenas de árvores foram abatidas ou estão em vias de o ser, sem sequer arrancar os cepos e surgiram inéditos vidrões. Se acrescentarmos as infelizes iluminações natalícias dos acessos ao Parque, o fraco design dos novos encostos de bicicletas e a decoração kitsch das viaturas elétricas da JF, estamos entregues a um suspeito experimentalismo urbano. Sei que não estou sozinho e que uma grande parte dos residentes atentos e interessados pensa do mesmo modo. Valha-nos a consolação de que a memória do verdadeiro Parque das Nações será perpetuada pelo Centro Interpretativo que, após obra de ampliação, permanecerá como área expositiva permanente do Pavilhão de Portugal. APP PN PARTICIPO (parte II) Pelo meu lado tenho ajudado na eficácia das operações de gestão urbana, continuando a reportar anomalias dignas de registo com que me deparo diariamente. Foram mais cerca de 230 participações a somar às anteriores 425, que representam bastante mais que 655 anomalias, pois muitas delas incluem vários danos. No total e desde julho, registei 355 respostas. Dessas, 278 informam que a JF resolveu os danos reportados, 65 são da responsabilidade da CML a quem remetem as anomalias, 7 serão resolvidas no futuro e ainda 5, sem solução aparente. Naturalmente preocupado com a falta de deteção e fiscalização do espaço público, por parte dos funcionários das autarquias, que apenas identificam os danos, após reclamação do cidadão, apelo ao contributo de todos nós, reportando as anomalias em termos de gestão ou higiene urbana. No dia em que escrevo, a versão web do PN Participo acusa 574 ocorrências por resolver, enquanto no portal da CML Na Minha Rua, constam impressionantes 6.983 ocorrências, nos limites da freguesia, em diversos estados de resolução. Apesar de recomendações pertinentes para conferir eficácia ao atendimento, nada entenderam mudar.
O CONTRA INFORMADOR HENRIQUE SANCHEZ Na coluna de opinião PNPN da anterior edição, é afirmado que blogues e redes sociais locais são instrumentos da oposição partidária, que a “concentração de moradores” foi convocada pelo PSD/CDS com meios relevantes de propaganda. Recordo que o autor é reincidente em ataques infundados e foi alvo de uma moção de censura pela sua atitude de confronto partidário, que foi aprovada pela maioria dos eleitos e o descredibilizou enquanto 1º secretário da mesa, mas persiste em personificar uma deriva radical trauliteira. Tal como pôde ouvir na sessão extraordinária convocada por residentes que, curiosamente, omite, no artigo, a maior parte dos intervenientes entre os quais os gestores desses grupos de facebook, confessaram o seu arrependimento por terem votado no PNPN. Foi a desilusão com essa escolha que levou diversos residentes a criarem grupos de intervenção na internet que refletem a perda de confiança no executivo eleito. A minha participação na referida concentração foio à margem de qualquer envolvimento partidário. Eram cerca de 60 cidadãos, ainda assim mais do que a média de assistência às sessões da nossa assembleia de Freguesia, mas representavam a saudade dos serviços públicos de qualidade a que estavam habituados. O que o devia embaraçar foram os meios policiais desproporcionados que incluíam uma carrinha com reforços de prevenção, exigidos pelo executivo para se proteger de uma concentração pacífica, com a presença de crianças, algumas avós e até bebés de colo. Quanto a “meios relevantes de propaganda escrita de divulgação”, sugiro ao eleito Sanchez que na qualidade de mandatário financeiro nas autárquicas 2011, se preocupe com o processo instaurado pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos do Tribunal Constitucional ao PNPN, por falsas declarações de índole orçamental que ao arrepio do limite legal, omitiam excessos com custos promocionais de campanha e doações irregulares por parte de privados. PELO PARQUEAMENTO DE BICICLETAS DOS ALUNOS NAS ESCOLAS Agradeço ao proponente o lançamento da petição “Para a colocação das bicicletas no interior das Escolas do Parque das Nações” que pretende sensibilizar a direção do agrupamento escolar a permitir que as bicicletas dos alunos possam parquear, em segurança, dentro do recinto, como acontece com as bicicletas dos funcionários. Concordo e no nº 82 deste jornal, abordei a necessidade de assegurar condições seguras de estacionamento, numa altura em que os roubos eram frequentes na Vasco da Gama. Apesar das bicicletas ficarem a escassos metros da portaria, num curto espaço de tempo só aos meus filhos roubaram 3, o que os desmotivou de se deslocarem por esse meio até à escola. Se concorda com a pretensão, pode assinar no site peticaopublica.com.
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PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES
João Bernardino - PNPN
A Grande Obra da Alameda dos Oceanos,
Paulo Coelho - PSD
Um executivo à deriva
no âmbito de uma visão de qualidade de vida para o Parque das Nações Tradicionalmente as Juntas de Freguesia tinham um papel pouco relevante na definição das políticas de mobilidade. Sendo essa uma competência das Câmaras, estas limitavam-se a reencaminhar preocupações dos residentes, sem ter uma visão de conjunto sobre o que deve ser a mobilidade na sua freguesia, tendo em conta o seu desenvolvimento futuro e qualidade de vida. De acordo com técnicos da Câmara, os desejos são frequentemente incompatibilizáveis. As juntas devem decidir se querem mais espaço público ou espaço para estacionamento, se querem segurança ou velocidade, se querem mais automóveis ou mais peões, ciclistas e melhor transporte público. A revisão administrativa veio dar novos recursos às juntas, permitindo-lhes ousar ter um papel mais central. No Parque das Nações, o Executivo da Junta fez aprovar o documento "Princípios e Orientações para as Políticas de Mobilidade na Freguesia do Parque das Nações", um documento inédito, em Lisboa, revisto e aprovado por três divisões relevantes da Câmara. Todas as ações individuais podem, agora, ser ponderadas à luz do seu contributo para esta nova visão. No troço central da Alameda dos Oceanos avizinha-se uma grande obra de substituição do pavimento, despoletada pela sua degradação e acidentes frequentes. Mas era importante que esta obra não fosse apenas isso, dado que era uma oportunidade para atingir outros objetivos de topo. Além da repavimentação das vias automóveis, irão ser criadas ciclovias unidirecionais (desta vez com um piso adequado) e o tráfego rodoviário passará, de novo, a ser local, ou seja, não será possível atravessar a via de uma ponta à outra. Com isto espera-se, simultaneamente, proporcionar melhores condições para a mobilidade suave, retirar tráfego de atravessamento de toda a Alameda dos Oceanos (incluindo das zonas residenciais a norte e sul), retornando-a à condição que sempre deveria ter tido de via local, e com isso transformando-a num espaço mais agradável, seguro e inclusivo. Por outro lado, esta obra é insuficiente se não for enquadrada em intervenções que se aguardam no resto da rede do Parque das Nações. Nos troços norte e sul da Alameda dos Oceanos é fundamental acalmar o tráfego para garantir a segurança dos peões e utilizadores de bicicleta e
“No troço central da Alameda dos Oceanos avizinha-se uma grande obra de substituição do pavimento, despoletada pela sua degradação e acidentes frequentes. Mas era importante que esta obra não fosse apenas isso, dado que era uma oportunidade para atingir outros objetivos de topo. Além da repavimentação das vias automóveis, irão ser criadas ciclovias unidirecionais (desta vez com um piso adequado) e o tráfego rodoviário passará, de novo, a ser local, ou seja não será possível atravessar a via de uma ponta à outra.” demover definitivamente o tráfego de atravessamento. Na Av. D. João II, a semaforização será revista de forma a obter um escoamento do trânsito mais fluido e mais lento (em velocidade máxima, mas não média). A rede adequada à mobilidade suave deverá ser, depois, estendida a toda a Freguesia e ligações ao exterior, não necessariamente através de ciclovias, mas da acalmia de tráfego e alguns contra-sentidos, juntamente com a criação de estacionamentos seguros nas estações de comboio e metro. Os canais pedestres, em especial na direção de transportes públicos, serão libertos de barreiras, desvios ou congestionamentos de peões, colocando a mobilidade a pé no lugar da hierarquia que lhe deve pertencer: o primeiro. A capacidade de fazer escolhas coerentes, assumindo os seus custos, só é possível a partir de uma visão e objetivos claros que conduzam a opções estratégicas. A intervenção no troço central da Alameda dos Oceanos enquadra-se nessa visão e será o primeiro grande passo para um modelo de mobilidade mais eficiente e com qualidade de vida na cidade de Lisboa. Por uma cidade com qualidade de vida.
Fazer um balanço de 2015, da actividade do executivo da Junta de Freguesia do Parque das Nações, remete-nos para os momentos do filme Titanic que antecedem o dramático crash, isto é, com os avisos e os sucessivos avisos da errada e má navegação do executivo da JFPN e o momento em que já não é possível qualquer manobra para evitar o crash, pela inércia, a ausência de acções e medidas descompensadas do executivo da JFPN premeditam a tragédia. O início do ano de 2015 ficou marcado pela fusão do projecto PNPN com o Partido Socialista, na tentativa de sobrevivência política de José Moreno e dos (in)dependentes. Finalmente o PNPN, José Moreno e o seu séquito assumiram a sua dependência do Partido Socialista e o Partido Socialista de João Franco, finalmente, assumiu a sua dependência de José Moreno. Hoje, torna-se já transparente a fusão do PNPN no Partido Socialista. O meio do ano de 2015 ficou marcado pela revolução das cadeiras no executivo da JFPN, com as exclusões dos vogais do executivo Paula Sanchez, Paulo Andrade e Figueiredo Costa, a manifestação da população da freguesia do PN face à degradação contínua do espaço urbano e a realização, no Oceanário, da Assembleia de Freguesia Extraordinária, forçada pela recolha de assinaturas junto de toda a população do PN, para analisar e debater a degradação urbana do Parque das Nações, assembleia esta boicotada pelo Partido Socialista de João Franco e por José Moreno. Valeu ao Partido Socialista do PN e a José Moreno o “colinho” do Vereador da CML, Duarte Cordeiro, para que o vexame não atingisse o ridículo. Com a mudança de cadeiras na educação entre a excluída Paula Sanchez (agora repescada) e o socialista João Franco na educação temia-se o pior, visto que João Franco percebe de educação o mesmo que de condução de paquetes. Quis mostrar trabalho, tirando o mofo, ao Conselho de Educação que Paula Sanchez e José Moreno não queriam que visse a luz do dia. No entanto, o conselho ocorreu três vezes e dele não saiu uma única linha de orientação, uma única decisão, um único avanço. Tão só a criação de um regimento do Conselho de Educação. Um ano para isto? Com a abertura do ano escolar, não tomou o PS de José Moreno e João Franco qualquer iniciativa para a 2ª fase da Escola Básica do Parque das Nações, para o alargamento da Escola Vasco da Gama, para a situação do Parque Escolar da Freguesia. Viveu-se o insólito quando se colaram à Directora do Agrupamento Escolar para levar para o estacionamento da Escola Básica do Parque das Nações um rent a car, e amedronta-
dos com a reação do PSD e dos moradores apregoaram (e só) com uma providência cautelar. Em matéria de Educação o PS de José Moreno e João Franco conseguiu a grande faceta em matéria de classificação – 0 em 20. Já o vogal Luís Lucas Lopes, recordista das avenças da Junta de Freguesia do PN, dedicouse, no ano de 2015, a degradar e delapidar as condições urbanas do Parque das Nações. Desapareceram estruturas do PN, (ex o Jardim da Música), alcatroaram-se jardins, retiraram-se candeeiros e bebedouros, colocaram-se os jardins do Parque das Nações em terra batida. Nunca o Parque das Nações foi tantas vezes notícia de jornal ou de telejornal pelos piores motivos. José Moreno, João Franco e Luís Lucas, todos do PS, conseguiram aniquilar a última década do Parque das Nações. O Morenismo ficará transcrito nos anais da história do PN como o perfeito exemplo do que nunca se faz num território urbano de exceção e de qualidade. Assistimos em Outubro ao epílogo da falta de manutenção e a intervenções arbóreas fora de época, como o temporal que assolou o PN, quando tivemos árvores tombadas por todo o parque a cortar vias de comunicação e a atingir viaturas, face à incúria do executivo socialista do PN. No final de Novembro assistimos à colocação de bacocas iluminações de natal com a inscrição da “A Junta de freguesia deseja…” quando, no mínimo seria “a Freguesia deseja”. O PS de José Moreno e João Franco que excluíram Paula Sanchez para o desemprego, resolvem numa oferta de última hora – natalícia – colocála como sua representante nos Conselhos Gerais das Escolas: Eça de Queirós e Fernando Pessoa a filha pródiga voltou. Do ponto de vista da representatividade da Freguesia junto da Assembleia Municipal, José Moreno não podia ter estado pior na representação dos interesses do PN, tendo votado favoravelmente a pretensão do Partido Socialista em não reduzir o IMI no Parque das Nações, votou favoravelmente a taxa de protecção civil, mais uma taxinha do Dr Costa, sem qualquer enquadramento ou explicação para o Parque das Nações e votou, ainda, favoravelmente o orçamento da CML contra toda a oposição. Porque esta edição antecede as eleições para a Presidência da República, o PSD do PN associase ao único projecto credível em apreciação pública, com história, capacidade e de reconhecido mérito, como é a candidatura do Professor Marcelo Rebelo de Sousa. A todos os Fregueses um Santo Natal e um 2016 de renovação e mudanças na nossa Freguesia.
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DIA DA FREGUESIA O Dia da Freguesia celebrando, este ano, o 3.º aniversário da criação da Freguesia do PN, ficou marcado por alguns momentos que decorreram ao longo do dia 13 de Novembro. Ficam alguns dos momentos considerados mais marcantes, por parte da Junta de Freguesia do PN. 1 - Coleção de selos e postais promove Parque das Nações A Junta de Freguesia do Parque das Nações criou uma coleção exclusiva com postais e selo. Esta iniciativa é um ponto de partida da estratégia de promoção dos valores culturais e paisagísticos do território. O reforço da imagem patrimonial do Parque das Nações beneficia todos e contribui para a projecção da freguesia no contexto nacional e internacional. 2 - Projeto Civitas: a cidadania ao serviço da freguesia A Junta de Freguesia do Parque das Nações está a desenvolver um projecto piloto na Rua dos Mercadores, na Rua da Centieira e no Passeio dos Fenícios para a criação de zonas de coexistência, um projeto inovador financiado com fundos comunitários ao abrigo do programa CIVITAS. Exemplos de inovação e criatividade ao serviço das pessoas e das cidades estiveram presentes no debate público realizado pela JFPN, no dia da freguesia. 3 - Poesia e magusto na Biblioteca No âmbito das comemorações do dia da freguesia realizou-se, na Biblioteca David Mourão Ferreira, um encontro de poesia acompanhado com excertos musicais executados por Eduardo Saboo. O convívio poético foi ainda abrilhantado com as castanhas da época, assadas pelo nosso
freguês do Casal dos Machados, o senhor José Carlos. 4 - Sensibilização da saúde oral nas escolas Os pelouros da Educação e da Ação Social juntaram sinergias no desenvolvimento de um programa de sensibilização da higiene oral nas três escolas públicas do Parque das Nações. O programa contou com a parceria da Ordem dos Médicos Dentistas que disponibilizou cerca de 2000 kits de higiene oral para distribuir por todos os alunos. As enfermeiras Isabel Santos e Ana Boaventura, da equipa do Gabinete de Enfermagem, deram todas as explicações de forma lúdica, perante plateias irrequietas, mas atentas. 5 - Cerimónia partilhada com a comunidade O Dia da Freguesia foi mais uma vez assinalado simbolicamente com uma homenagem às vítimas da construção da EXPO 98, com a deposição de uma coroa de flores no Memorial, situado junto à estátua do Homem Sol. A cerimónia foi presidida pelo Presidente da Assembleia de Freguesia do Parque das Nações, na presença do executivo da JFPN e um grupo de fregueses do Centro de Dia das Laranjeiras que se juntaram à iniciativa. O Centro de Dia associou-se às comemorações com atividades lúdico recreativas. Durante todo o dia realizaram várias viagens com "guias" dedicados, para conhecer melhor o património do Parque das Nações.
FUNDAÇÃO DO GIL LANÇA LIVRO INFANTIL “ A CAIXA DOS SONHOS BONS” São sonhos. Sonhos bons. Sonhos que trazem aquela sensação boa que só o sorriso de uma criança consegue transmitir. Por querer partilhar estes sonhos, a Fundação do Gil lançou e apresentou, no dia 28 de Novembro, o livro A Caixa dos Sonhos, no auditório do Oceanário de Lisboa. Inspirado nos sonhos partilhados pelas crianças que vivem na Casa do Gil, o livro foi escrito por Sofia Aureliano e ilustrado por Estela Baptista da Costa, contando com um prefácio de Nuno Lobo Antunes. A missão do livro é simples: ajudar as crianças a combater os seus sonhos maus, aqueles que afugentam o sono. A história mostra, de forma descontraída e no universo muito próprio dos mais pequenos, a importância de sonhar e de dar atenção às coisas mais simples, porque elas podem ser determinantes para que nos sintamos
mais felizes. Segundo Patrícia Boura, Presidente Executiva da Fundação do Gil “Este livro nasce de um sonho conjunto que se construiu com as crianças da Casa do Gil. Este é o espelho dos seus sonhos, das suas vivências. Nem sempre as mais felizes, mas a vida é mesmo assim. Mesmo em momentos difíceis, manter a capacidade para sonhar é o melhor bem que lhes podemos dar. Elas são a nossa prioridade e são mesmo o melhor do mundo. Queremos que os nossos meninos possam sonhar livremente e são eles que, diariamente, nos inspiram e nos dão forças para acreditarmos que, todos juntos, podemos ir mudando o mundo. Um dia de cada vez. O meu sonho é que todas as crianças possam sonhar!” O livro A Caixa dos Sonhos Bons é uma edição própria da Fundação do Gil e tem um preço de
venda ao público de 10 euros. Tem venda exclusiva na Fundação do Gil e no El Corte Inglês. Em paralelo, a Fundação do Gil está a dinamizar um programa de visita às escolas, como forma de divulgação e venda do livro, incluindo a participação do Gil e de uma contadora de histórias, que, em alguns casos, poderá ser a própria autora. O desafio tem vindo a ser lançado a vários estabelecimentos de ensino, pelo que se alguma das escolas do Parque das Nações estiver interessada em receber a visita do Gil, poderá contactar directamente para agendamento pelo geral@fundacaodogil ou 21 3552450 e os mesmos contactos servirão para encomenda do livro, para quem estiver interessado. Nunca é demais lembrar que ao adquirir A Caixa dos Sonhos Bons estão a ajudar a Fundação do
Gil a melhorar a vida de muitas crianças, para que estas possam vir a cumprir os seus sonhos.
16 | NP | EDUCAÇÃO
“É URGENTE RECRIAR A ESCOLA” Eduardo Sá, um dos psicólogos mais mediáticos do país, foi falar ao externato João XXIII sobre a necessidade de recriar a escola, integrado no Ciclo de Conferências: “Os pais na Escola”. Fica o balanço, deste encontro, nas palavras de João Marques e de Mauro Pimenta, Psicólogo educacional deste Externato.
Defendeu uma escola que valoriza a avaliação, mas cujos objectivos não se reduzem aos resultados exibidos nos rankings. (1) Os pais e os filhos devem sentar-se à mesa para jantarem juntos todos os dias. (2) Não existem disciplinas de 1ª e de 2ª. A Educação Física, a Educação Musical e a Educação Visual são tão importantes como o Português ou a Matemática. (3) As crianças devem passar mais tempo a brincar. A dada altura a uma maior carga horária lectiva não corresponde um maior rendimento, que, pelo contrário, não deixa de ser promovido pelo brincar, onde as crianças se devem demorar mais tempo. (4) Os pais e a escola não devem consumir-se com os resultados. (5) À criança deve ser permitido experimentar o erro...
O que levou o Externato João XXII a promover esta conferência? O colóquio “É urgente recriar a escola”, apresentado pelo Professor Eduardo Sá, no passado dia 28 de outubro, no Externato João XXIII, está inserido no VI Ciclo de Conferências: “Os Pais na Escola”. Este conjunto de palestras, dinamizado pelo Dr. Mauro Pimenta, psicólogo educacional, tem abordado variadas temáticas educacionais como a vinculação e a ansiedade de separação materna, a agressividade e o desenvolvimento no pré-escolar ou as dificuldades de aprendizagem no 1º, 2º e 3º Ciclos, etc.. Neste Ciclo são, ainda, apresentados projectos desenvolvidos no contexto escolar como o “Projeto Amizade”, o “Ginásio da Atenção”, a Cognição e os Afectos” ou o “Programa de Orientação Vocacional”.
O objetivo destes Ciclos de Conferência é esclarecer e debater temas relacionados com o desenvolvimento do bebé, da criança e do adolescente e dar um feedback dos trabalhos desenvolvidos pelo Gabinete de Psicologia Educacional em parceria com as diferentes valências do Externato João XXIII. A população alvo são todos os cuidadores referentes ao contexto escolar, como os Encarregados de Educação ou os Colaboradores do Colégio. Qual o balanço que fazem do encontro? Quais as 10 principais conclusões que podemos tirar, para quem não esteve presente nesta conferência? O Professor Eduardo Sá defendeu uma escola baseada na criança, nos afetos, na disciplina, nos professores e nos pais. Defendeu uma escola que valoriza a avaliação, mas cujos objectivos não se reduzem aos resultados exibidos nos rankings.
Defendeu uma escola humana, que se especializa nas relações de afeto e que não se limita a trabalhar para os resultados. De entre as várias ideias transmitidas, inerentes a um pensamento com muito conteúdo, arriscamos resumir 10 pontos principais, cuja simplicidade nunca traduzirá fielmente a riqueza transmitida. (1) Os pais e os filhos devem sentar-se à mesa para jantarem juntos todos os dias. (2) Não existem disciplinas de 1ª e de 2ª. A Educação Física, a Educação Musical e a Educação Visual são tão importantes como o Português ou a Matemática. (3) As crianças devem passar mais tempo a brincar. A dada altura a uma maior carga horária lectiva não corresponde um maior rendimento, que, pelo contrário, não deixa de ser promovido pelo brincar, onde as crianças se devem demorar mais tempo. (4) Os pais e a escola não devem consumir-se com os resultados. (5) À criança deve ser permitido experimentar o erro. (6) Um bom professor não se reduz ao cumprimento do programa. Um bom professor ensina truques e é um contador inveterado de boas his-
tórias. E procura respostas que desconhece para perguntas de crianças curiosas e matreiras. (7) Os trabalhos de casa podem existir, mas não devem limitar-se a tarefas repetitivas centradas na memorização, nem devem ser longos. (8) Os pais não devem fazer os trabalhos de casa dos filhos, nem estudar por eles. (9) As crianças não devem ser ensinadas a ler no Pré-escolar, porque isso corresponde a queimar etapas de desenvolvimento. Esse é um tempo para outras descobertas. (10) E não, as crianças não são o melhor do mundo. Por isso os pais devem continuar a namorar, mesmo depois de serem pais. Devem continuar a encontrar espaço para os dois. (11) Outras ideias passaram. Muitas. Mas aqui fica, apenas mais uma, para ilustrar as muitas outras que aqui não cabem. Os pais têm de deixar de culpar os professores por tudo o que acontece de errado com a criança. E os professores têm de deixar de culpar os pais por tudo o que acontece de errado com a criança. O balanço deste encontro é francamente positivo, uma vez que os pais e professores compareceram de modo massivo, participando activamente durante a sessão.
Obrigada.
Não podíamos deixar de agradecer, do fundo do coração, toda a amizade, carinho e apoio que recebemos de todos. A presença, palavras e gestos de conforto incansáveis. Obrigada.
Rosa, família e equipa
BOA VIZINHANÇA
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“Cada vez mais verificamos que esta «nova cidade», moderna e cosmopolita, influencia o quotidiano das freguesias adjacentes que viram crescer este «centro» urbano e com o qual criaram uma convivência diária e de proximidade.” O Parque das Nações sendo um dos mais recentes destinos turísticos e culturais de Lisboa tornou-se num palco preferencial para o lazer, seja numa esplanada à beira rio, num centro de exposições, numa sala de espetáculos, em eventos náuticos e culturais ou na prática de atividades desportivas. O Oceanário, o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, o Pavilhão Atlântico (agora denominado de Meo Arena) e o Teatro Camões são exemplos da extensa oferta cultural e educativa.
Cada vez mais verificamos que esta «nova cidade», moderna e cosmopolita, influencia o quotidiano das freguesias adjacentes que viram crescer este «centro» urbano e com o qual criaram uma
convivência diária e de proximidade. Junto ao Parque das Nações, surgiram outras mais-valias, como é exemplo a recuperação das antigas piscinas dos Olivais, dando lugar a um novo centro de prática desportiva e à reconversão ambiental, que permitiu a criação de novos espaços verdes, como o Parque Urbano dos Olivais, com percursos de sombra, bancos de descanso e zonas de lazer.
Todas estas características são preponderantes para avaliar a qualidade de vida e devem ser aliadas à localização estratégica do Parque – proximidade ao aeroporto e acessos rápidos às autoestradas com ligação a todo o país e às vias europeias. O mercado imobiliário acompanha esta
dinâmica, sendo um bom exemplo as reconversões de moradias nos Olivais e no Bairro da Encarnação, e a recuperação de prédios e apartamentos nas zonas de Marvila e do Beato que se propõem como alternativas ao Parque das Nações, especialmente pela diversificação da oferta existente. É neste ambiente de boa vizinhança que, todos os dias, a Engel & Völkers desenvolve a sua atividade e mostra que aqui se reúnem as condições ótimas para residir numa atmosfera de proximidade, tranquilidade e segurança. Manuel Neto License Partner Engel & Völkers Parque das Nações
20 | NP | MOBILIDADE
ESPAÇO PARTILHADO: HUMANIZAR MAIS AS RUAS Está a ser desenvolvido um projeto piloto na Rua dos Mercadores, na Rua da Centieira e no Passeio dos Fenícios, para a criação de zonas de coexistência, um projeto inovador financiado com fundos comunitários ao abrigo do programa CIVITAS. O Notícias do Parque falou com João Bernardino sobre este projecto que quer retirar das ruas a tradicional separação entre canais para pessoas e canais para automóveis. Como surgiu este projecto? A ideia do espaço partilhado surgiu da cabeça de um engenheiro holandês que, nos anos 80, conseguiu convencer um presidente da Câmara mais corajoso a testá-la. A ideia é que, se retirarmos das ruas a tradicional separação entre canais para pessoas e canais para automóveis, isso fará com que os condutores se sintam responsabilizados e tenham um comportamento de maior cuidado perante os peões, ao mesmo tempo que as pessoas ganham mais espaço para si e as ruas se livram de uma série de regras e sinais de trânsito, ficando mais humanizadas. É um pouco regressar ao tempo dos nossos pais e avós, onde a rua era como uma extensão da casa das pessoas e um pátio para as crianças jogarem à bola ou à macaca, interrompendo o jogo quando vinha lá algum carro. Aos poucos, a criação de zonas de espaço partilhado foi-se espalhando pela Europa fora, com maior ou menor sucesso dependendo dos contextos em que foi aplicada. Um contexto em que esse sucesso tem sido mais ou menos inequívoco é o das zonas residenciais com pouca intensidade de tráfego e onde as pessoas que ali vivem desejam que a sua rua seja um local mais agradável e humano. Depois de, em 2014, o nosso Código da Estrada, finalmente, prever a possibilidade de criação de espaços partilhados, fiquei entusiasmado com a possibilidade de testar a sua introdução em locais do bairro onde moro. A criação de espaços partilhados no PN, no curto prazo, faria tanto mais sentido como ele tem diversas ruas cuja infra-estrutura já tem a capacidade de induzir comportamentos próprios de um espaço partilhado, tornando pouco clara a separação do espaço entre automóveis e peões, utilizando materiais distintos do tradicional, abdicando quer do desnível entre canais quer de passadeiras. Além disso, as pessoas que escolheram vir para aqui viver dão muito valor à qualidade do espaço público. Pareceu-me que o nosso bairro poderia ser um excelente palco dessa experiência e, tal como em outros aspetos, tornar-se uma referência que depois é copiada noutros locais. Quando apresentei a ideia ao então vogal da mobilidade da Junta, Paulo Andrade, apoiou-a entusiasticamente e foi integrada enquanto um dos cinco pilares de intervenção previstos no documento de Princípios e Orientações para Mobilidade na Freguesia do PN.. Mais tarde elaborámos uma candidatura a um pequeno financiamento europeu da iniciativa CIVITAS, que promove ações inovadoras na promoção da mobilidade sustentável e amiga das cidades. O projeto passava por aprender com a experiência de uma cidade experiente em espaços partilhados, que é Genebra, e realizar uma fundamental consulta à população sobre esta matéria.
“A ideia é que, se retirarmos das ruas a tradicional separação entre canais para pessoas e canais para automóveis, isso fará com que os condutores se sintam responsabilizados e tenham um comportamento de maior cuidado perante os peões, ao mesmo tempo que as pessoas ganham mais espaço para si e as ruas se livram de uma série de regras e sinais de trânsito, ficando mais humanizadas. É um pouco regressar ao tempo dos nossos pais e avós, onde a rua era como uma extensão da casa das pessoas e um pátio para as crianças jogarem à bola ou à macaca, interrompendo o jogo quando vinha lá algum carro.”
MOBILIDADE | NP | 21
De que forma é que se vai concretizar? Esta mudança requer uma alteração de mentalidade que não acontece da noite para o dia, e, por isso, tem que ser gradual e necessariamente envolver as pessoas. Não deve ser simplesmente desenhada a partir de um gabinete, mas na própria rua, com as pessoas que ali vivem. Por isso, neste projeto colocámos a ênfase na participação pública. Se as pessoas não compreenderem, não abraçarem, as alterações que são esperadas dificilmente irão funcionar. Não basta colocar um sinal de trânsito a dizer que o espaço é partilhado. É preciso que as pessoas o sintam dessa maneira. Para isso é também fundamental o tipo de mensagens que a infra-estrutura da rua transmite. Se tivermos sinais, semáforos, betuminoso, passadeiras, as pessoas percecionam-na como um espaço para carros. Se, pelo contrário, tivermos materiais ou pinturas diferentes, ausência de sinalização, mobiliário urbano que humanize os espaços, quem ali conduz ou anda a pé vai encarar aquele espaço como um espaço para pessoas, onde os automóveis são convidados aceites. Estivemos a estudar os locais visados pelo estudo com a equipa da cidade de Genebra. Aprendemos imenso. Ao mesmo tempo, realizámos ações de experimentação e consulta às pessoas. Em Junho, no âmbito da Semana da Partilha (nas fotografias), surgiu a oportunidade de colaborar com diversos parceiros da sociedade civil na concretização de uma experiência de espaço partilhado numa parte da Rua Nova dos Mercadores. Realizámos dois parklets, ou seja, utilizámos lugares de estacionamento para colocar mobiliário para as pessoas se sentarem e usufruírem do espaço. Ao longo dessa semana, foi comum ver crianças a brincar no meio da rua. Tivemos eventos de discussão. Aproveitámos todas as oportunidades para obter feedback das pessoas. Foi fantástico ver o brilho nos olhos de alguns residentes com a vida que se gerou. O ponto de maior desconfiança, como esperávamos, é o da insegurança que é percecionada. É necessário explicar que a experiência de três décadas, na Europa, demonstra que o espaço partilhado, em locais como este, não só não tende a aumentar os acidentes, como a diminuir os acidentes graves, pelo facto de induzir o desejado maior cuidado por parte dos condutores. Mais recentemente realizámos outro evento de consulta pública. Até ao final do ano estamos a consolidar a aprendizagem que acumulámos e colocaremos no papel algumas propostas simples de intervenção para serem testadas. Que mudanças e benefícios podem os moradores esperar? Foram escolhidos três locais para realizar este
estudo, por motivos distintos. Um dos critérios foi começar por casos mais fáceis, onde a baixo custo e com medidas suaves se consiga obter o efeito pretendido nos espaços partilhados, podendo servir de exemplos de sucesso em Portugal. O Passeio dos Fenícios, na zona norte, é uma rua que já funciona em grande medida como espaço partilhado, na medida em que não existe distinção entre locais para peões e automóveis e as pessoas utilizam habitualmente toda a amplitude da rua. Além de a legalizar como rua de coexistência, através de pequenas alterações de mobiliário urbano, será possível demover a ocorrência de velocidades excessivas e aquecer um pouco a frieza que caracteriza esta rua. Como local de cruzamento de pessoas em várias direções, queremos que se sintam confortáveis a conversar quando encontrarem um vizinho. Queremos que os pais não tenham receio de largar os filhos quando saírem da porta do prédio. Queremos que o peão se sinta o rei da rua e que ela não seja percecionada como uma barreira onde os carros metem medo. Na zona poente, escolhemos a Rua da Centieira, que é uma rua com características muito fortes de bairro, onde as pessoas ainda se lembram bem de como era quando eles próprios, enquanto crianças, ali brincavam. Gravemente, os passeios são estreitíssimos e não existem quaisquer espaços públicos para se estar. Ali ao lado, nasceu o Metrocity, o qual também está algo isolado do mundo, ao mesmo tempo que a Rua da Centieira oferece restaurantes e cafés. Com a criação de um espaço partilhado, acreditamos que possa tornarse um local muito mais agradável para viver. A Câmara Municipal de Lisboa prevê que esta rua seja, em breve, intervencionada no âmbito do programa Uma Praça em Cada Bairro. Iremos apresentar-lhe as conclusões do nosso estudo, para que as possa ter em conta nessa intervenção. Finalmente, a Rua Nova dos Mercadores e suas transversais constituem um aglomerado simpático cujo perfil já convida à utilização da amplitude da rua e induz um maior cuidado pela maior parte dos condutores. Na zona sul, muitos moradores queixam-se de que ainda faltam locais onde as pessoas se sintam suficientemente confortáveis para se apropriarem do espaço. A um nível micro, acreditamos que a criação de um espaço partilhado em toda aquela zona possa contribuir para a criação desse sentimento. Um dos nossos sonhos é, por exemplo, ver os pais a ter confiança suficiente para deixar os seus filhos pequenos sair à rua, travar conhecimento e brincar com os vizinhos. À hora do jantar, a mãe ou o pai abre a janela e chama: "filho, podes voltar para casa, o jantar está na mesa!"
22 | NP | ENTREVISTA
“SOMOS OS MAIORES CONSUMIDORES DE BACALHAU DO MUNDO” O bacalhau prepara-se para entrar em todos os lares portugueses e atingir o seu pico de consumo anual. Ricardo Alves, morador no Parque da Nações, é administrador e filho do fundador da empresa portuguesa líder de venda do fiel amigo e que coloca, no mercado nacional e internacional, mais de 30 toneladas por ano.
Para começar, qual a quantidade de bacalhau, peso e número de peixes, que a Riberalves vende por ano? Em Portugal e fora de Portugal? A Riberalves vende cerca de 30 mil toneladas de bacalhau por ano. 30% das vendas dizem respeito a exportações, para países como Brasil, Angola e França. Estamos presentes em 30 países, no fundo, naquilo a que se chama o Mercado da Saudade, onde estão portugueses ou a Cultura Portuguesa. Para que se consiga ter uma melhor noção da realidade estamos a falar de +\- 20.000.000 de peixes por ano. Porque se come tanto bacalhau, em Portugal? É uma questão histórica e cultural. Existem registos, que indicam que tudo começou no sec. XIV, com uma troca comercial com os Ingleses, eles precisavam de sal e, em troca, deixaram-nos pescar o bacalhau, presente nas suas águas. Somos um povo de navegadores e há muitos séculos que os portugueses descobriram os grandes bancos de pesca de bacalhau nos mares do Norte. O bacalhau revelou-se um peixe de grande valor nutritivo, abundante, que ainda por cima podíamos conservar de forma relativamente fácil, com o sal das nossas salinas, através da Cura Tradicional Portuguesa. E assim o bacalhau tem ajudado a alimentar o país ao longo dos séculos, continuando hoje a revelar um grande potencial gastronómico e nutritivo. Os melhores chefs portugueses continuam a desenvolver as melhores receitas com esta proteína saudável, de origem verdadeiramente selvagem. Somos os maiores consumidores mundiais de bacalhau: cada um de nós come, em média, 7kgs de bacalhau por ano.
Como surge a tradição de comer bacalhau na ceia de Natal? O bacalhau sempre foi o fiel amigo dos portugueses, nomeadamente, das classes mais pobres. Sendo Portugal um país profundamente religioso, atento ao jejum pedido pela Igreja nas festas religiosas, o bacalhau foi-se impondo gradualmente nessas celebrações, até por ser um peixe mais acessível do que os restantes. Foi com naturalidade que se impôs, também, como tradição na ceia de Natal. Sempre foi certa a entrada para o negócio de família? Diria que sim, embora tenha sido um processo muito mais natural do que propriamente planeado. Completei os meus estudos, fiz a minha formação no estrangeiro e progressivamente percebi que a minha vocação estava ligada à indústria do bacalhau. Qual é a memória mais forte de infância? Eu nasci e fui criado em Torres Vedras, cidade a 40 km de Lisboa. Foi uma infância perfeitamente normal, muita brincadeira, muito futebol. Passava muito tempo com os meus primos na casa dos meus avós, numa aldeia perto de Torres Vedras, tenho recordações ótimas dessa altura. Lembro-me perfeitamente de acompanhar os meus pais, muitos dias, na Garrafeira do Oeste, no fundo o lançamento daquilo que é hoje a Riberalves. Era um negócio de comércio em Torres Vedras, onde passei muitas horas naquelas brincadeiras típicas de criança e a meter-me com as pessoas.
ENTREVISTA | NP | 23
“Como passo muito tempo a viajar, preciso de um grande apoio e compreensão da minha mulher e dos meus filhos. A minha mulher é uma super Mãe, que mantém a «equipa» sempre organizada.” Qual é a história da Riberalves? Estamos a falar de uma empresa familiar e 100% portuguesa, erguida à custa do trabalho do meu pai, João Alves, e da minha mãe, Manuela. O meu pai chegou a acompanhar o meu avô, que tinha uma mercearia, na venda de bacalhau, porta a porta, pelas ruas de Lisboa. Creio que o meu pai sempre teve uma sensibilidade muito especial para o negócio do bacalhau. Depois de lançar o seu primeiro negócio em Torres Vedras, que entretanto se tornou um cash-&-carry, em 1992 vendeu-o e focou-se exclusivamente no negócio do Bacalhau. Assim nasceu a Riberalves, com uma primeira fábrica em Torres Vedras e, desde há 12 anos para cá, uma outra unidade industrial na Moita, bem como presença em países como Angola ou Brasil. O que é a Riberalves nos dias de hoje? É a empresa líder nacional no sector do bacalhau, com 450 colaboradores, capaz de produzir 40 mil toneladas ano. E é a empresa que, passados 30 anos, se orgulha de propor aos portugueses uma reinvenção no consumo de bacalhau, com novos produtos como o Bacalhau Pronto a Cozinhar, que acrescenta o carácter prático ao melhor bacalhau de cura tradicional portuguesa. O bacalhau é tradição, mas também é futuro na nova gastronomia
portuguesa. Temos hoje uma marca construída, reconhecida, e é um orgulho perceber que os nossos produtos são tão bem recebidos pelos consumidores portugueses e pelos que estão espalhados pelo Mundo. Costumamos dizer que a Riberalves é a empresa que partilha com os portugueses a verdadeira Paixão Nacional pelo bacalhau.
disso muita falta de corporativismo, e isso não nos deixa ganhar dimensão. Precisamos de empresas de grande dimensão para conseguirmos ganhar o mundo. Creio que, por vezes, os portugueses se desvalorizam, mas na verdade são muito melhores do que pensam.
Das ligações com o estrangeiro, que tipo de imagem tem Portugal lá fora? Portugal atravessou uma crise recente, muitas vezes passámos a ser incluídos no grupo dos PIGS – Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, os países economicamente falhados. Mas somos resistentes, estamos a dar a volta a essa imagem e, lá por fora, a percepção também é a de que somos um país fantástico, cheio de pessoas trabalhadoras e simpáticas, com boa gastronomia, uma história incrível e um sol imbatível. Tenho muitos parceiros de negócio (especialmente dos países nórdicos) que vão passar as suas reformas no nosso Lindo Portugal.
Para a responsabilidade e exigência do cargo que tens e para quem te conhece és uma pessoa bastante descontraída. É a mesma coisa na empresa? Creio que sim, faço por isso, no entanto, sempre defendi que durante o nosso dia de trabalho temos que ser rigorosos e exigentes, não aceito com facilidade a falta de atitude e rigor dos meus colegas.
Quais as nossas melhores qualidades e piores defeitos? Somos muito trabalhadores, somos muito resistentes, mas, às vezes, precisamos de uma chamada de atenção que nos desvie da depressão, para além
Como se consegue conciliar a exigência profissional com o tempo familiar? Como passo muito tempo a viajar, preciso de um grande apoio e compreensão da minha mulher e dos meus filhos. A minha mulher é uma super Mãe, que mantém a «equipa» sempre organizada. Quando estou por cá tento passar o mais tempo possível com eles. Temos uma casa no campo e durante os fins-de-semana vamos para lá. Fora da empresa, existem alguns hobbies e inte-
resses? Adoro jogar futebol, assumo, sou um fanático por futebol. Porquê a escolha do Parque das Nações para viver? Pela qualidade de vida e pela centralidade, porque estou relativamente perto de Torres Vedras e da Moita, onde estão as fábricas Riberalves e onde passo grande parte do tempo. Depois é um bairro onde podemos encontrar de tudo. Campos de Ténis, futebol, Ginásios, espaços verdes fantásticos, boas escolas, temos Hospital a 5min, o Pomar da Rosa, a Ceifeira, tantas e pequenas coisas que nos satisfazem e que nos fazem sentir bem. É uma zona com uma faixa etário baixa, vemos muita gente nova, muita criançada e isso traz muita vitalidade ao bairro. Mas nem tudo está bem, tenho vindo a reparar e, desde que a gestão da zona passou para o Erário Publico, que a degradação e a manutenção das zonas se deteriorou muito. Não podemos deixar avançar esta situação. Qual o teu local preferido? Sem dúvida a minha casa, junto da minha família. Passo muito tempo fora e gosto sempre de regressar à família. Gosto muito da zona ribeirinha.
24 | NP | LOCAL
SUL
Ao sol de novembro O tempo, esse grande igualador.
José Saramago
Por: Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com Por: Carmo Miranda Machado
Dejetos de cães na rua Ao perguntar a vários residentes da Zona Sul, sobre o que mais gostariam de apontar sobre a nossa zona, vários identificaram o problema dos dejetos dos cães. Uma residente disse-me, recentemente, de uma forma desapontada: “como escreve no Jornal, podia sensibilizar para a questão dos cocós de cão, porque isto é uma porcaria. Um bairro tão bonito!... ”. Contactou-se a JFPN - Junta de Freguesia do Parque das Nações para saber o que estão a fazer neste sentido. Estão conscientes do elevado número de animais de estimação existentes na freguesia e do impacto que os mesmos têm na manutenção da higiene urbana. Têm efetuado diversas campanhas de sensibilização, no sentido de sermos todos nós, fregueses, co-responsáveis pela manutenção do espaço urbano, em perfeitas condições de higiene e salubridade. Infelizmente, nem todos estão sensibilizados para este assunto!... Segundo a mesma fonte, estão previstas, para 2016, algumas medidas que vão ao encontro das necessidades mais prementes nesta área: • Colocação de bebedouros para animais. • Colocação de placas de ALERTA para sensibilizar as pessoas para os dejetos caninos nos grandes espaços verdes. • Criação, em parceria com a CML, de 2 parques de diversão e treino para caninos. • Reforço da instalação dos Kiosk-Pet (dispensadores de sacos e colocação de dejetos caninos) • Intensificação da limpeza urbana. •Fiscalização policial. Relativamente aos Kiosk-Pet, a Junta de Freguesia tem enfrentado o problema do roubo, dos 200 sacos, logo após o seu reposicionamento. É um
custo para a Junta e um transtorno para os utilizadores. Ainda sobre o tema dos caninos, a PSP fez uma campanha de sensibilização relembrando os proprietários dos cães da obrigatoriedade do uso de trela nos espaços públicos, independentemente do seu tamanho. Constitui uma contraordenação que pode ir até aos 3740 euros. Relembram que um cão sem trela, além de poder morder outros animais ou mesmo pessoas, pode incomodar o lazer de outros cidadãos.
Escrevo esta crónica em pleno “verão” de novembro, sentada à beira Tejo, enquanto penso na brevidade da vida e nos acontecimentos que têm pautado os nossos dias. Ora, ainda no rescaldo das eleições, em Portugal, cujo desenlace tanta tinta tem feito correr por aí, e após os atentados de Paris onde, segundo consta, a carnificina do Estado Islâmico matou 129 pessoas, coloco-me várias questões, uma delas fundamental: até onde consegue ir a estupidez humana? Não tenho resposta exata para isto mas, ao longo de quase meio século de vida, tenho constatado com pesar que os atentados a que assistimos não são apenas bombistas. Temos todos assistido, ao longo destes últimos anos, a vários outros atentados que são um verdadeiro ultraje à dignidade humana e a tudo o que deveria ser a essência do homem: a Justiça e o Amor, esse eterno combustível que, segundo os poetas, resiste a tudo, supera todas as paixões e ódios, preenchendo a vida dos homens e dos povos. Mas não é bem assim. Temos assistido a um mundo cada vez mais inóspito em termos sociais, onde só quem tem olho é rei e onde o salve-se quem puder é oração. O nosso mundo vive momentos difíceis e atravessamos uma fase da nossa história em que poderemos, se formos incautos, ser apanhados nas curvas do tempo e descarrilar. Não são só as vagas de refugiados a caminho da Europa, ou aqui no nosso quintal, a pensão do Salgado ou a tournée do José Sócrates por terras de Portugal, que nos repugnam e até assustam. Não! É muito mais do que isso. Estamos perante uma curva apertada da história de Portugal, da Europa, do mundo. E quem gostar de História e tenha estado atento, sabe que, ao longo da caminhada dos homens, a nossa civilização já se deparou com várias curvas apertadas das quais, de uma forma ou de outra, conseguiu escapar. Mais ou menos feridos, com marcas de guerra mais ou menos visíveis, os homens acabam sempre por se erguer e continuar a sua viagem. No entanto, hoje acordei com esta inquietude na alma. Para onde vamos nós, nesta sociedade apressada e sem tempo para a justiça e para o amor? Onde iremos encontrar força suficiente para enfrentar os fanatismos, os despotismos, os fundamentalismos e todos os outros ismos que nos ameaçam? Como explicar aos mais novos o mundo que temos? Como contar-lhes, para que entendam, que a luta dos Homens tem sido sempre uma luta, nem sempre ganha, pela Justiça e pela Liberdade? Como redesenhar o rumo dos povos, hoje e sempre? Como manter acesa a chama das revoluções? Como honrar a espécie humana de forma a que caminhe ereta? Será este, afinal, o que trilhamos, o verdadeiro caminho dos homens?
No que diz respeito a Portugal, sobrevivemos a uma ditadura e a uma guerra colonial, fizemos uma revolução (a de abril), mas parecemos agora impotentes para mudar o rumo do país. Seremos mesmo incapazes de agarrar de novo os fios desta teia e tecê-los em prol de uma sociedade mais justa? Pela minha parte, quero poder dizer quando partir que cheguei onde fui capaz. E só assim, se todos chegarmos até onde formos capazes, deixaremos um diferente legado aos mais novos. Esses outros que virão, depois de nós, que pegarão no fio de Ariadne e irão mais longe... Nos seus desafios. E nos seus sonhos também.
“No entanto, hoje acordei com esta inquietude na alma. Para onde vamos nós, nesta sociedade apressada e sem tempo para a justiça e para o amor? Onde iremos encontrar força suficiente para enfrentar os fanatismos, os despotismos, os fundamentalismos e todos os outros ismos que nos ameaçam? Como explicar aos mais novos o mundo que temos? Como contar-lhes, para que entendam, que a luta dos Homens tem sido sempre uma luta, nem sempre ganha, pela Justiça e pela Liberdade? Como redesenhar o rumo dos povos, hoje e sempre? Como manter acesa a chama das revoluções? Como honrar a espécie humana de forma a que caminhe ereta? Será este, afinal, o que trilhamos, o verdadeiro caminho dos homens?”
par5
junta de freguesia parque das nações
que
newsletter trimestral dez 2015
Construir um espaço público de proximidade pág. 3
Cultura, desporto e juventude de mãos dadas com a comunidade pág. 4 e 5
Natal no Parque das Nações pág. 6
editrial o
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A aposta 2016 é acrescentar valor ao Parque das Nações
>>> JOSÉ MORENO
Presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações
No final do segundo ano de atividade efetiva da Junta de Freguesia do Parque das Nações é tempo de fazer um balanço e preparar o futuro. Concluído o período de instalação da mais jovem freguesia do país, clarificadas as competências, fortalecida a parceria com a Câmara Municipal de Lisboa na gestão do território, podemos afirmar que o trabalho da JFPN já está a dar frutos. São inegáveis os sinais de recuperação dos espaços verdes, dos passadiços de madeira, dos jardins, da requalificação
da calçada, da substituição das infraestruturas. Mas ainda há muito para fazer. Este território é um espaço de afetos, de memórias, de cultura mas também um espaço de desenvolvimento, integrado numa capital com projeção internacional. À luz deste sentir o Parque das Nações temos feito todos os esforços para ultrapassar as dificuldades financeiras e burocráticas e, pedra a pedra, repor a qualidade do território e a sua vivência. Reconquistar e manter os níveis de qualidade do Parque das Nações, tendo em conta as exigências do espaço público, o património cultural e paisagístico é por si só uma missão assinalável, sobretudo tendo em conta o estado de negligência, a nível de manutenção estrutural a que foi vo-
tado este território na última década. O futuro sustentável deste espaço implica elaborar no presente as linhas de uma estratégia que vai além da manutenção. Por isso, 2016 será o ano da consolidação e do desenvolvimento, a todos os níveis, da gestão do Parque das Nações. Na Gestão Urbana, a par da recuperação e manutenção, procura-se que o Parque das Nações tenha, finalmente, a vivência efetiva de espaços como o Cabeço das Rolas. Para aqui, estão a ser estudadas infraestruturas de apoio necessárias ao usufruto e à interpretação ambiental de um local de referência no nosso território. Acrescentar valor é a nossa aposta, consolidada no aprofundamento dos con-
teúdos culturais da freguesia, na defesa da construção de um espaço comunitário, no desenvolvimento multidisciplinar das ofertas educativas, no alargamento das ofertas inovadoras na área social, na criação de propostas dinamizadoras do combate à solidão e de inclusão através do desporto, da ação social e da cultura. Mas também na valorização do território como forma de fixação das empresas e de criação de emprego. Nesta última revista de 2015 da Junta de Freguesia ficam já algumas linhas da nossa ambição para o próximo ano. Deixo ainda o convite a todos os fregueses para se juntarem às nossas iniciativas natalícias, com os votos de um Feliz Natal e um Ano Novo mais próspero no Parque das Nações.
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ANTÓNIO SILVA
Presidente da Assembleia de Freguesia do Parque das Nações
A meio do mandato Foi sensivelmente há dois anos que foi constituída a Assembleia de Freguesia do Parque das Nações. Com ela tomou posse também o Executivo da nossa freguesia. Estamos, assim, sensivelmente a meio do mandato para que fomos eleitos. Como é natural e humano, sobretudo num país livre e democrático, haverá membros da nossa comunidade que farão um balanço positivo, outros nem tanto e outros ainda que, menos atentos, presentes e conhecedores destas andanças, não terão opinião formada nem sequer um conhecimento real e aprofundado da atividade destes órgãos autárquicos, sobretudo, diria eu, do funcionamento da Assembleia de Freguesia. É, assim, e enquanto Presidente da Assembleia de Freguesia, com um sentido de dever, que gostaria de partilhar com a comunidade do Parque das Nações
Ficha técnica
alguns indicadores da atividade desenvolvida pela Assembleia nesta primeira metade do mandato. Não sem antes de manifestar que a Assembleia da nossa Freguesia é composta por 13 membros eleitos que, em representação da comunidade do Parque das Nações, tem como principais atividades o acompanhamento e fiscalização da atividade do Executivo da Junta de Freguesia, a prossecução dos superiores interesses da Freguesia e o desenvolvimento sustentado da sua população. Poderemos, então, caracterizar a atividade da Assembleia de Freguesia pelo seguinte: Reuniu a Assembleia de Freguesia em 23 sessões, 9 sessões ordinárias e 14 sessões extraordinárias; Das 23 sessões de trabalho, 6 tiveram que ser desenvolvidas em mais do que
uma reunião, correspondendo, assim, a 29 reuniões no total e a cerca de 90 horas de reunião; Reuniu em 11 diferentes locais da Freguesia, sempre carinhosamente acolhida pelas 11 diferentes forças vivas da nossa comunidade; Tivemos uma assistência média de 51 fregueses por reunião; Foram tomadas 82 Deliberações, sendo que 39 (47,6%) delas foram tomadas por unanimidade dos votos, 39 (47,6%) por maioria e 4 (4,8%) não foram aprovadas; Foram feitas, pelos vários membros da Assembleia de Freguesia, mais de 50 Interpelações ou pedidos de esclarecimento escritos ao Presidente da Junta de Freguesia ou ao Presidente da Mesa da Assembleia; As 29 reuniões da Assembleia de Freguesia já realizadas geraram um custo
total ao erário público de pouco mais de 5.700 €, correspondendo ao valor estipulado por lei de 15,27€ por reunião e por cada membro eleito da Assembleia de Freguesia. Vamos, dentro de dias, entrar num novo ano. É sempre um tempo de renovação de desejos, compromissos e promessas. Para os fregueses desejo que seja, de facto, um novo ano pleno de saúde, trabalho e realizações pessoais e profissionais. Para todos os políticos, em particular os eleitos da nossa Freguesia, desejo um ano onde cada um viva efetiva e intensamente a nobre vocação do que é ser político, ou seja, a sublime defesa intransigente do bem comum, a luta pela redução das desigualdades sociais e a promoção pela globalização da solidariedade e do serviço aos demais. Desejo a todos Festas Felizes.
Propriedade: Junta de Freguesia Parque das Nações Alameda dos Oceanos, n.º 83, 1990-212 Lisboa - Telef: + 351 210 311 700 | 701 atendimento@jf-parquedasnacoes.pt Fotografia: José Boldt | Design: Beatriz Silveira Lopes Tiragem: 12.500 | Impressão: Grafedisport e Impressão e Artes Gráficas, Lda. | Trimestral | Distribuição Gratuita
par
em
que
foco
Gestão Urbana
Construir um espaço público de proximidade A Junta de Freguesia do Parque das Nações está a desenvolver um programa integrado de gestão urbana de proximidade que se concretiza em três vertentes: 1. Dar voz aos fregueses; 2. Executar a requalificação sustentável a nível económico e ambiental do espaço público do Parque das Nações; 3. Aplicar soluções tecnológicas inovadoras na monitorização dos projetos em curso. Nesta última vertente, é justo sublinhar o trabalho realizado pela equipa dos Serviços de Informática que concebeu um programa de monitorização inovador. Com este instrumento é possível à equipa da gestão urbana ter um mapa de informação em tempo real de todas as ações em curso nas 114 parcelas existentes no Parque das Nações, o seu nível de execução e os alertas com problemas identificados. Um sistema de fiscalização de jardins e espaços verdes acessível a partir de um SmartPhone.
Saber ouvir para agir melhor
Desde o dia 14 de novembro, o vogal Luís Lucas Lopes e alguns membros da sua equipa estão a realizar encontros personalizados com os residentes e comerciantes do Parque das Nações para ouvir, explicar e agir. Uma conversa sem intermediários para conhecer de perto as preocupações, explicar o trabalho desenvolvido e o que já está planeado.
A recuperação dos espaços verdes exige uma estratégia com futuro, para não se cometerem os mesmos erros do passado.
qualidade e sustentabilidade ambiental que a Junta de Freguesia do Parque das Nações está progressivamente a executar no território. Este transporte é sobretudo um instrumento de monitorização e apoio aos trabalhos no dia a dia. As carrinhas elétricas, menos poluentes, económicas nos consumos são mais um passo na gestão de proximidade e na requalificação de um território com futuro. A sustentabilidade ambiental é também
No passado dia 21, sábado, Luís Lucas Lopes marcou encontro com os fregueses no Jardim dos Argonautas, na zona sul. Ouviu e tomou boa nota das preocupações com ausência de iluminação daquele espaço, que “está a facilitar” ações que põem em causa a segurança e registou sugestões destinadas a fazer uma gestão mais eficiente dos jardins tanto ao nível da seleção das plantas como do sistema de rega. Apesar de algumas das questões colocadas não serem da competência da JFPN, como por exemplo a estrutura de iluminação, o responsável da Gestão Urbana e o Presidente da Junta de Freguesia serão porta-vozes diligentes junto da CML, no âmbito da boa parceria entre as duas entidades.
uma preocupação presente nas intervenções já feitas e aquelas que estão agendadas em todos os jardins e canteiros da responsabilidade da Junta de Freguesia do Parque das Nações. Os canteiros e espaços ajardinados já recuperados no Passeio do Adamastor; Passeio do Neptuno e Pátio das Pirogas têm sempre presente a preocupação de encontrar as espécies adequadas ao local e aquelas que melhor cumprem os requisitos de mais eficiência de água. O mesmo cuidado foi aplicado na recuperação do Passeio do Ulisses, na Rotunda das Oliveiras e no Jardim dos Argonautas.
Estratégia sustentável
É difícil não reparar nas viaturas elétricas ao serviço da Gestão Urbana. A decoração diz muito da estratégia de
Até ao final do ano serão realizadas as seguintes intervenções Reposição do sistema de rega na Alameda dos Oceanos | Reposição dos sistemas de sustentação de trepadeiras e demais plantas na Rua Mar da China | Rua do Mar Vermelho | Av. do Índico | Av. do Pacifico | Rua do Caribe | Rua do Mar do Norte | Av.do Mediterrâneo | Av. do Ulisses | Canteiros redondos do Passeio dos Jacarandás | Reabilitação da Rotunda da Peregrinação | Podas de arvoredo na via pública.
OUT | NOV | DEZ 2015
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A cultura é o cimento da identidade de um território e dos seus habitantes. Na nova freguesia do Parque das Nações é sobretudo desafiante unir áreas construídas de raiz, como a zona de intervenção da EXPO’98 e espaços com raízes culturais, como os bairros Casal dos Machados e Qta. das Laranjeiras. No ano de 2015 o pelouro da Cultura preparou o caminho para uma estratégia de promoção cultural que consolide e enriqueça a freguesia como um todo. Neste sentido, nos últimos meses a JFPN definiu um plano de ação para levar a Cultura à comunidade, através da celebração de parcerias com instituições e/ ou fregueses com vocação para a criação e produção de produtos culturais. A JFPN defende uma cultura fora de portas com comunidade. A execução desta estratégia implica o envolvimento de todos os pelouros, uma ligação intergeracional e a valorização solidária. Conheça os projetos de referencia da cultura, desporto e juventude.
m e g a r a G e d s a d estival de Ban
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Coro das Nações Está em curso a criação de um coro multilingue com participantes das mais variadas nacionalidades e culturas. O Coro das Nações promove a troca de experiências e multiculturalidade através dos diversos repertórios musicais. Músicas do Mundo que aproximam e enriquecem a freguesia do Parque das Nações. Inscrições abertas em dezembro. Contamos consigo
A JFPN integra o projeto das quatro freguesias do Oriente que pela primeira vez organizaram a Gala de Fado Amador da zona Oriental de Lisboa. Os nossos fadistas, séniores e juniores, afinaram a voz e deixaram a marca do talento nas eliminatórias e na final, no dia 28 de novembro (veja a notícia na página 7).
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Parque das Naç
Concerta-te. Dia 12 de Dezembro na Moche Room, no Meo Arena, realiza-se o primeiro Festival de Bandas de Garagem do Parque das Nações. Este é um projeto dedicado ao envolvimento dos jovens na vida cultural da freguesia. Participa. Mostra a tua música Inscrições em http://goo.gl/forms/tfv5tegD5E
Orquestra Metropolitana
Música no Parque
A música da Metropolitana animou, em outubro, o Parque das Nações. Uma iniciativa da JFPN em parceria com a Câmara de Lisboa, no âmbito do programa “Sons da Cidade”. Em 2016 a mestria da Orquestra volta ao Parque
Grupos ABC Aprender Brincar Crescer A Biblioteca é o nosso pátio. Todas as terças e quintas-feiras um grupo de dez crianças com idades compreendidas entre 0 e 4 anos, que não frequentem qualquer resposta educativa (creche ou jardim de infância), participam nas sessões lúdico educativas organizadas e desenvolvidas por entidades de referência: Ministério da Educação e Ciência, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Bissaya Barreto, o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade de Coimbra e o Alto Comissariado para as Migrações. Nos Grupos ABC todos Aprendem, Brincam, Crescem! O primeiro grupo de dez crianças e familiares já está a funcionar. Estão abertas inscrições. Basta enviar um email para geral.projetogabc@gmail.com
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O pelouro da Cultura do Parque das Nações recuperou tradições perdidas do teatro amador para dar resposta aos desafios da freguesia. O combate à solidão, o encontro solidário, a formação das novas gerações entram em cena para melhorar a nossa vida quotidiana. Junte-se a nós!
Teatro vai às escolas “Os Três Porquinhos” 21 de Dezembro nas escolas da freguesia : EB Parque das Nações, EB Vasco da Gama e Escola Infante D. Henrique; Participantes: Aberto ao público
Teatro das Nações A Junta de Freguesia do Parque das Nações vai lançar em 2016 o Teatro das Nações e para isso conta com a arte de representar de alguns fregueses que vão participar na criação de um centro de atores. Esta iniciativa intergeracional destina-se a promover o gosto pela representação e a promover, através do teatro, a coesão social e cultural da comunidade que reside e trabalha no Parque das Nações. No âmbito deste projeto transversal estão já em execução três iniciativas dedicadas a crianças, jovens e adultos.
Teatro-Debate “Na vida não há tempo para ensaiar” Com o actor Nélson Monforte, dirigido aos jovens dos 14 aos 17 anos. A representação vai ser o instrumento lúdico e pedagógico para abordar temas mais sensíveis da adolescência. Os afetos, a depressão, mudanças físicas, a puberdade, a escola, o namoro, os conflitos entre pais e filhos, também entre professores e alunos, as drogas, álcool, o tabaco, anorexia, bulimia, bullying, igualdade de género, violência, racismo, sexualidade, a saúde estão entre os muitos assuntos abordados. A interatividade e a formação de todos os intervenientes será sempre gerida por um técnico especializado em psicodrama e teatro de debate.” A primeira sessão realizouse no passado dia 18 de novembro, na Biblioteca David Mourão Ferreira, com a presença de jovens da Associação Entrelaços.
>>> “Parque Inclusivo” Desporto para todos
Parque Saudável triplica inscrições O projeto está a receber a adesão dos moradores da freguesia. O número de inscrições triplicou. A adesão dos fregueses é um estímulo para continuarmos a abrir portas à prática desportiva acompanhada pelos nossos técnicos. Junte-se ao grupo de fãs do Parque Saudável
A Junta de Freguesia do Parque das Nações tem em curso um inovador programa de desporto para todos. O “Parque Inclusivo” tem como principal objetivo promover a inclusão das crianças portadoras de deficiência no contexto da turma. O modelo seguido integra um conjunto de parceiros com competências técnicas especializadas. A proximidade permite levar a oferta educativa/lúdica para além do período escolar, proporcionando uma ligação entre a escola e a comunidade. O pelouro do deporto assume o papel de patrono e elo de ligação entre as escolas, os clubes, associações e outras entidades promotoras de atividades direcionadas às crianças e jovens portadores de deficiência.
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Compras Solidárias
O Natal da Junta de Freguesia do Parque das Nações vai chegar à FIL, na NATALIS. O stand da JFPN resultante de uma parceria com a FIL será um espaço de encontro das crianças e jovens das AAAF/ CAF e respetivas famílias. Também os Séniores do Centro de Dia Qta. das Laranjeiras marcarão presença expondo a sua coleção de presépios feitos de materias recicláveis A NATALIS – Grande Mercado de Natal de Lisboa - e a DIVERLÂNDIA – a maior Feira Popular indoor do País, abrem portas ao público dia 4 de dezembro, na FIL – Parque das Nações. Música, pinturas faciais, workshops de artes decorativas entre outras atividades, fazem da Natalis um espaço divertido para as suas compras de Natal. Em destaque, o Espaço do Chocolate com dinâmicas infantis e show-cooking.
Não há Natal sem música A JFPN está a preparar um original concerto de Natal para as crianças que frequentam as escolas da freguesia. Um espetáculo de portas abertas à comunidade. Dia 18 de dezembro às 18 horas vai valer a pena reunir a família neste recital. Esteja atento às novidades através da nossa newsletter. Subscreva em www.jf-parquedasnacoes.pt
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É Natal no Parque das Nações
Este ano o Natal no Parque das Nações celebra-se num espírito de solidariedade com as famílias. Mas também é tempo de festa e sorrisos. A Junta de Freguesia elaborou um programa transversal para assinalar esta especial época do ano. A equipa da Educação lançou um convite aos estabelecimentos de ensino locais, independentemente da sua tutela pública ou privada, para participação no programa de decorações de Natal da freguesia. O projeto tem por objetivo incentivar cada criança ou jovem a criar um enfeite de Natal a partir de material reciclado. Os trabalhos podem ser realizados na sala de aula, no período das AAAF/CAF ou em casa
com a ajuda da família. Cada peça decorará posteriormente a fileira de árvores do Largo Diogo Cão, junto ao Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva. As decorações natalícias não ficam por aqui. Os alunos inscritos na Componente de Apoio à Família vão desenvolver um concurso de árvores de Natal, em que cada turma do pré escolar e 1º ciclo das Escolas Básicas da Freguesia apresentará a sua criatividade. As obras serão sujeitas a votação de toda a comunidade educativa e serão selecionadas as peças mais apreciadas. Posteriormente estarão em exposição em local público onde todos podem participar na escolha da melhor árvore.
Loja Solidária reabre Espaço Natal Cada família apoiada pelo Gabinete de Apoio Social (GAS), receberá um Kit composto por:
À semelhança do ano passado, a Loja Solidária Parque das Nações abrirá portas durante uma semana com o “Espaço Natal” para que cada família mais vulnerável possa vir levantar um conjunto considerado “básico” para ajudar a garantir a satisfação das suas necessidades. Este ano a equipa da Ação Social privilegiou o contexto familiar alargando, por isso, a composição dos cabazes natalícios.
• Cabaz de alimentos, doados pela Cruz vermelha Portuguesa Parque das Nações, no âmbito da campanha “Missão Continente”; • Conjunto de produtos de higiene pessoal e de lar, doados pela Administração do Centro Comercial Vasco da Gama; • Conjunto de artigos de Puericultura, doados pela Expoclínica Parque das Nações; • Brinquedos para as crianças, cedidos pela H.Sarah Trading, Lda, no âmbito do Protocolo de Cooperação “Contentores Solidários Parque das Nações”.
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Freguesia do Parque das Nações faz ouvir a sua voz
Com a presença dos Presidentes de Junta José Moreno (Parque das Nações) e Rute Lima (Olivais), decorreu no dia 28 de Novembro na Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais (ADCEO) a final da Primeira Gala de Fado Amador da zona Oriental de Lisboa, organizada pelas suas quatro freguesias - Marvila, Olivais, Beato e Parque das Nações. A Freguesia do Parque das Nações foi a grande vencedora da noite, tendo obtido o primeiro lugar na categoria dos seniores e o segundo lugar na categoria dos fadistas jovens. Dos catorze jovens a concurso a nossa menina Luana Vasques foi deslumbrante na sua interpretação, colocação de voz e presença em palco, tendo recolhido uma das maiores e entusiastas ovações da noite. O primeiro lugar dos seniores coube à fadista Joana Lança que cantou e encantou todo o público que encheu por completo a sala do ADCEO. Na final da 1.ª Gala do fado Amador das Freguesias do Oriente, cantou-se o fado com uma qualidade e profissionalismo que deixaram boquiabertos os próprios organizadores desta iniciativa. Os nervos de todos os concorrentes deram lugar a momentos de grande intensidade, sentimento e garra que muito honram o canto Património Imaterial da Humanidade. Na sala, o público entusiasmado não se poupou aos “bravos” e aos “piropos” incentivadores dos 26 fadistas, que marcaram presença na final. O ambiente foi ao rubro com a participação de fadistas profissionais convidados, que desta forma assumiram o batismo dos amadores. A final da 1.ª Gala do Fado Amador do Oriente transformou-se numa grande festa,
onde a música tradicional foi o elo mais forte entre as quatro freguesias organizadoras. A alegria e o colorido dos trajes a rigor fizeram o enquadramento de uma noite inesquecível para todos. Parque das Nações, Olivais, Beato e Marvila abraçaram o desafio de juntar esforços para marcar a diferença. Um dos momentos da noite foi a declamação de um poema dedicado ao evento. Também aqui o Parque das Nações deixou a sua marca através do vogal da Cultura da JFPN autor e declamador do poema que celebra o Fado, a parceria das quatro freguesias e a ACOF pela organização da Gala. A ovação final de toda a assistência foi a confirmação de que vale a pena unir esforços. Aqui fica uma estrofe. ...Todas elas cantam o fado castiço Beato, Marvila, o Parque e Olivais como varinas das vielas junto ao cais com aroma a caldo verde e a chouriço onde uma gaivota voa sobre as águas de um azul bordado com arte e feitiço... A 1.ª Gala de Fado Amador do Oriente é o resultado da dedicação e espírito inovador das equipas das freguesias. Um resultado compensador. Às 03 horas da madrugada ainda reinava o entusiasmo na entrega dos prémios. Para o ano há mais. A Gala do Fado Amador do Oriente promete ser uma referência do calendário dos fadistas de Lisboa.
Espetáculo de luz anima Ano Novo As decorações natalícias acenderam em toda a cidade de Lisboa dando, este ano, uma luz especial ao Parque das Nações. O período das festas será assinalado com um espetáculo de pirotecnia que vai emoldurar a zona ribeirinha entre a Torre Vasco da Gama e a Porta Tejo. Quando soarem as 12 badaladas do último dia do ano, o Parque das Nações é o local onde toda a gente vai querer estar.
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Solidariedade sobre rodas O serviço de transporte solidário do Parque das Nações está a apoiar atualmente cerca de 400 pessoas por mês. De norte a sul, passando pelos bairros a poente da freguesia, a carrinha de oito lugares leva os residentes, mais idosos, doentes ou fragilizados fisicamente às consultas e aos tratamentos em todos os hospitais públicos de Lisboa.
Mais do que um transporte. “Este serviço da Junta é uma bênção. Não pode acabar”. As palavras sinceras são de Augusto Ferreira. Ele e a mulher, de nome Augusta, são utilizadores desde a primeira hora do transporte solidário. “Tenho de ir às consultas três vezes por semana”. Com dificuldades de mobilidade o senhor Augusto já foi homem que, noutros tempos, jogou à bola e até enfrentou os toiros no grupo de forcados de Sobral de Monte Agraço. Agora, com o peso dos anos, a força física é diminuta mas o entusiasmo da conversa mantém-se. O percurso do transporte solidário faz-se em amena cavaqueira. As restantes utilizadoras do transporte solidário vão mantendo um silêncio atento. Julieta Monteiro de Almeida é uma estreante no transporte solidário. “Ao princípio pensei que me metia confusão estar a telefonar e marcar o dia. Mas depois do que aconte-
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ceu no outro dia, que me confundi a fazer a ligação entre dois autocarros da carris, a minha filha insistiu e decidi experimentar”. E não se arrepende. Com ela vai a amiga e vizinha Ana Baltazar, utente desde a primeira hora do transporte solidário. “Senhor António deixe-me na próxima paragem para não atrasar a volta. A minha mãe pode ficar em casa”. A dona Cândida tem “confiança absoluta” no António. “Quando estou fora, na terra, é uma tranquilidade saber que é ele que leva a minha mãe às consultas. Uma pessoa tão simpática e cuidadosa... Este serviço não pode acabar.”
Ah! O senhor António!
Não há palavras que expliquem a admiração, respeito e amizade contida na exclamação de todos Ah! O senhor António. António Costa é muito mais do que o motorista. É o amigo, o confidente, mas também o organizador
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meses
Este serviço da Junta é uma bênção. Não pode acabar das múltiplas viagens, o homem que esclarece, aconselha e, se for caso disso, serenamente impõe a ordem. Sensível, atencioso, usa discretamente a sua formação profissional como quadro qualificado noutras áreas, ao serviço destas novas funções. António é o psicólogo, o homem de confiança. O senhor António é sobretudo um Homem bom e por isso merece o agradecimento da comunidade.
Sede - JFPN
Biblioteca David Mourão-Ferreira
Alameda dos Oceanos, n.º 83 1990-212 Lisboa Telef: + 351 210 311 700 | 701
Rua Padre Abel Varzim, 7 D, Bairro Casal dos Machados 1800-291 Lisboa Telef: + 351 21 853 63 37 | 46
Espaço Poente
Espaço Nascente
Piscina do Oriente
Rua Padre Joaquim Alves Correia, Lote 23 A/B/C/D, 1800-292 Lisboa Telef: + 351 210 311 713
Rua Professor Picard 1990-504 Lisboa Telef: + 351 210 311 714
Rua Câmara Reis 1800-046 Lisboa Telef: + 351 210 311 707 | 708
OPINIÃO | NP | 25
Por: Rosana Pina e Mérita Pina
Bairro Casal dos Machados
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OLÁ, O MEU NOME É DESCONHECIDO... “E, por isso, decidimos eleger uma das mascotes do bairro e que faz parte do nosso dia-a-dia assim que saímos do prédio. Esperemos que esta voz seja ouvida e que inspire todos a cuidar melhor de quem nos rodeia...” 1º - Certifique-se de que tem uma habitação com espaço e condições adequadas para receber um animal; 2º- Confirme se possui disponibilidade para cuidar de necessidades como: levar o animal a passear, ao veterinário...
Olá, o meu nome é desconhecido, ou melhor, o meu nome varia consoante o vizinho que passar pela rua e a sua criatividade para se referir a mim. O meu dono é igualmente desconhecido.Vivo há algum tempo no Bairro Casal dos Machados, ou melhor, pelas ruas do bairro. O meu olhar ilustra um sentimento de tristeza e abandono. Quanto à minha alimentação, é composta por pequenos restos de comida que vou encontrando pela rua. Para me sentir aconchegado costumo deitar-me num buraco existente na estrada, tornando-me quase invisível, principalmente, para os condutores que pretendem estacionar a sua viatura à porta de casa. Ao mesmo tempo que este buraco se torna um ninho, torna-se, também, um perigo à minha vida, tendo em conta que, por várias vezes, por um segundo as pessoas, nas suas viaturas, não reparavam em mim ao estacionar. É um pouco triste e solitária a vida de um animal abandonado. Ando pelas ruas e o meu pêlo que era branco e castanho tornou-se apenas cinzento, sujo. Muitas pessoas, por vezes, deixam os seus restos de comida para mim, mas o que eu queria mesmo era uma casa, amor e carinho. Não sou certamente nem o primeiro e, infelizmente, nem o último animal abandonado neste bairro e neste país, no entanto, gostaria que algo mudasse. Algumas das ideias que gostava que cada leitor deste artigo considerasse quando decide adoptar um animal são as seguintes:
3º - O animal é um ser e como tal deve ser respeitado e não visto como um saco de pancada ou simplesmente um brinquedo para pequenos caprichos de curto prazo; 4º - Obrigada pela comida e água que deixam para mim, mas tenham atenção que ao deixarem os depósitos ainda que, por um curto período, ao ar livre, pode fazer com que se acumulem certos insectos como os mosquitos que podem prejudicar a saúde dos próprios humanos; A verdade é que está a chegar o natal, uma época familiar em que os corações se preenchem de bons sentimentos. Considerando tudo o que referi aqui, pensem bem cada vez que pretendem ter um animal. Nós não somos apenas objectos, também temos sentimentos e, quando nos magoam, o trauma é difícil de ultrapassar. Assim que entramos numa casa devemos ser tratados como parte da família que nunca deve ficar para trás. Existem muitas pessoas, com histórias de vida bastante interessantes, que devem ser conhecidas, no entanto, a nossa missão também é dar voz àqueles que sofrem mas que não têm como expressar a revolta e tristeza que sentem. E, por isso, decidimos eleger uma das mascotes do bairro e que faz parte do nosso dia-a-dia assim que saímos do prédio. Esperemos que esta voz seja ouvida e que inspire todos a cuidar melhor de quem nos rodeia, incluindo os animais que fazem parte das nossas vidas e memórias.
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CONVERSAS COM... Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com
“TEMOS DE TRABALHAR COMO UMA FAMÍLIA” Rui Miguel Nabeiro nasceu, em Lisboa, a 23 de Janeiro de 1979, é licenciado em Gestão pela Universidade Católica e, apenas, com 36 anos, já demonstrou ser um jovem empresário com uma enorme capacidade de liderança e de empreendedorismo. Versátil e dinâmico, mostra valências nas áreas de Gestão, Marketing, Liderança, Recursos Humanos e Controlo de Qualidade. É o gestor do departamento de marketing do império Delta cafés, na capital, e é um dos responsáveis pela marca Delta Q. E é o administrador do Grupo Delta Cafés. Um legado das pegadas do Comendador Manuel Rui Azinhais Nabeiro, o avô, de 84 anos, o chefe da família, criador da empresa, um dos homens de Portugal mais carismáticos e visionários, um verdadeiro exemplo de sucesso, num dos desígnios mais empreendedores e grandiosos do mercado nacional. Dos zero aos cem nem sempre se consegue ir em dez segundos, mas a p oderosa engrenagem desta família não demorou muito tempo a conquistar a indústria cafeeira e o paladar apurado e exigente dos amantes desta bebida. Cresceram sustentadamente e, hoje em dia, não só vingaram com os aromas do café como com outros produtos. Fintaram a concorrência oferecendo uma qualidade insofismável, desde alimentação e bebidas, à indústria e serviços, ao imobiliário, ao turismo e à restauração. Marcas como, entre outras, Adega Mayor, AgroDelta, Belissimo, Camelo Cafés, Delta Cafés, Delta Q ou Delfruit.
No maior sonho de criança, estava adjacente seguir os passos da família ou havia outras paixões? Havia outras, gostava de ser Piloto, os céus e os aviões sempre me fascinaram, mesmo depois de começar a trabalhar com a família sempre acreditei que um dia seria capaz de tirar o Brevet, mas infelizmente ainda não aconteceu... Os valores que aprendeu e com que cresceu com o seu avô. Quais destaca? O meu avô é uma influência desde que nasci e o que mais tenho aprendido com ele é a sua com-
ponente relacional, não só na forma como se relaciona com colaboradores, mas, também, com clientes. Ter uma cultura de proximidade, de família, e tentar transmitir isto ao ritmo a que vamos crescendo – o negócio, graças a Deus, tem crescido todos os anos – é importante. Num universo de regras empresariais…o que mudou desde o início? Olhando ao nosso redor, é fácil perceber que tudo mudou avassaladoramente. Pessoas, organizações. Organizações, pessoas. A mudança acontece a qualquer instante, em qual-
quer lugar e temos de a abraçar, temos de ser nós quem lidera a mudança. Nestes poucos anos muita coisa mudou e, na ver-
dade, hoje, o mercado, as pessoas têm hábitos de consumo diferentes o que obriga muitas empresas a reverem, inclusive, os seus modelos de negócio.
“Gostava de ser Piloto, os céus e os aviões sempre me fascinaram, mesmo depois de começar a trabalhar com a família, sempre acreditei que um dia seria capaz de tirar o Brevet, mas, infelizmente, ainda não aconteceu...”
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Sugestões de Inverno “O que é, é, e o que não é, não é. Isso é um valor que o meu avô instituiu, o meu pai seguiu e hoje é cultura organizacional, valorizamos muito esta cultura de verdade.” A sua proximidade com os trabalhadores é uma das chaves do sucesso? Um por todos e todos por um? Proximidade e comunicação claramente. Muita comunicação e muita proximidade entre as pessoas. E muita cultura de verdade também. O que é, é, e o que não é, não é. Isso é um valor que o meu avô instituiu, o meu pai seguiu e hoje é cultura organizacional, valorizamos muito esta cultura de verdade. Nós não vamos contar histórias, vamos ser transparentes. Diria que a palavra é essa. Se tivéssemos aqui de atribuir os valores que levam à construção da cultura organizacional desta casa, diria que é a honestidade, a humildade e a familiaridade, que inclui a amizade e a lealdade. Acredito que a proximidade com cada um dos meus colaboradores é um factor determinante para o sucesso de uma organização. Nem é só estar próximo, é ouvir as sugestões. Isso foi muito importante, porque obrigou-nos a repensar todos os modelos de avaliação e modelos de remuneração. Isso foi muito positivo, porque os resultados se notaram logo de seguida. Primeiro, na motivação das pessoas, porque precisam e gostam de ser ouvidas. Ainda que, hoje, já sejamos uma empresa com mais de três mil colaboradores, o meu avô e o meu pai falam a toda a gente da fábrica 8 e isso serve-nos de exemplo), conhecem toda a gente, e, portanto, a proximidade é enorme. Na realidade, diria que a administração se substitui em muito ao próprio Departamento de Recursos Humanos, ou seja, trabalham muito de braço dado com o Departamento de Recursos Humanos. A proximidade é enorme entre a administração e todos os colaboradores, porque é uma casa onde toda a gente tem a oportunidade de falar com a administração. Diria que o nosso modelo de Recursos Humanos é um bocadinho sui generis, mas advém da cultura desta casa: nós somos uma empresa familiar e, portanto, se somos uma família, então temos de ser uma família no bem e no mal, temos de trabalhar como uma família. E, de facto, hoje temos a família quase toda a trabalhar dentro da empresa e com três mil colaboradores vamos gerindo. O grupo Delta é multifacetado, direcionado a várias ideias de negócio, neste segmento, sente que ainda tem muitos objetivos a alcançar? Para nós, Delta, é extremamente importante continuar a apostar na diversidade, sem descurar, naturalmente, do produto de sempre: o nosso café.
Acredito que as operações e parcerias que temos desenvolvido, aliadas ao nosso know-how, têm sido uma mais-valia. Somos um grupo de destaque, com produtos de qualidade ímpar, os quais queremos reconhecidos, de norte a sul do país. Queremos que a nossa marca, a nossa empresa, os nossos produtos sejam reconhecidos em todo o mundo, tal como o são no nosso país, para que a proximidade com os nossos consumidores seja, cada vez mais uma realidade! Campo Maior Vs Parque das Nações. Quais as diferenças e onde sente que é o seu lar? Eu já nasci em Lisboa, apesar de os meus pais ambos serem nascidos em Campo Maior, mas o Parque das Nações é claramente o meu lar, apesar de, parcialmente, o berço ser Campo Maior. As diferenças são enormes, o Parque hoje é uma pequena cidade, onde não nos falta nada, Campo Maior, por outro lado, ainda é uma pequena vila onde tudo se faz num ritmo mais tranquilo. Mas, por outro lado, Campo Maior hoje é uma vila arranjada, bonita e organizada, algo que temo se esteja a perder no Parque das Nações, um parque que precisa de ser cuidado pois é a nossa casa. Neste momento qual é o desafio mais intenso a nível social? No Grupo Nabeiro – Delta Cafés a nossa política social começa em casa, virada para os nossos colaboradores, procurando melhorar as condições de vida de todos os funcionários da empresa. Há vários anos que os nossos trabalhadores usufruem de algumas vantagens exclusivas como por exemplo: desconto na compra de produtos das nossas diferentes marcas, descontos em lojas de marcas parceiras, seguros de saúde, para todos os colaboradores, apoio para os filhos dos funcionários, apoio social aos que mais necessitem, entre outros. Para além disso, preocupamo-nos muito com as zonas em que nos incluímos geograficamente e temos um programa a que chamamos tempo para dar, que dá tempo, atenção e companhia a quem está só. Os nossos colaboradores conhecem as pessoas que mais necessitam de apoio e de companhia e ajudam das mais diferentes formas, inclusivamente, materiais, as pessoas que identificamos e isso faz de nós gente muito feliz, por poder ajudar num problema tão complexo como a solidão na terceira idade...
Crepes Salgados Crepes Doces Waffles Chocolate Quente Bolo de Chocolate Empadas Alentejanas Caixas de Gelado de 0,5Lts 1,0Lts e 1,5Lts
Alameda dos Oceanos Lote 43E (JUNTO AO CASINO LISBOA) Horário : Terça, Quarta, Quinta e Domingo das 12H às 20H Sexta e Sábado das 12H às 23H - Encerra à Segunda Contacto: 211 929 540 - oficinadogelado@gmail.com
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MULHERES DO PARQUE Rita Carvalho entrevista JOANA MELO ritavitorinodecarvalho@gmail.com
BOA VIZINHANÇA Idade: 41 anos Profissão: médica Hobbies: decoração, manualidades Cidade ou local preferido: Madeira Vi uma entrevista sua no ano passado aqui, no Notícias do Parque, e confesso que fiquei sempre com interesse em saber mais sobre si (sorrisos). Fale-nos um pouco do seu percurso. Chamo-me Joana Melo, tenho 41 anos, sou médica, trabalho na Urgência Pediátrica do Hospital CUF Descobertas, resido na zona Norte do Parque das Nações (Rua do Zambeze, lt. 4 - 5º Esq.). Tenho uma filha, a Mariana, de 5 anos.
Foi muito difícil de concretizar? A realização da decoração tem envolvido cada vez mais pessoas, de ano para ano, amigos e vizinhos.
Como e porquê surgiu a ideia de fazer a decoração de Natal do seu prédio? Comecei a decorar a entrada do nosso prédio, na altura do Natal, há quatro anos atrás - porque adoro o Natal e a decoração. Como foi uma ideia muito acarinhada pelos vizinhos, comecei a conhecê-los melhor e a ver crescer, também, um sentido de comunidade, que ainda não existia.
Que outras iniciativas realizou, no âmbito da “vizinhança”? Como qualquer prédio, também temos tido alguns problemas. Graças ao espírito de entreajuda estamos, neste preciso momento, a trabalhar na melhor solução para resolver um problema de manutenção do condomínio.
Quais foram as reações? Muito positivas e motivadoras. Este ano vamos juntar familiares, amigos e vizinhos para tirar fotografias de Natal nesse espaço. Acho que vai ser muito divertido!
“Lembro-me que houve um dia em que a minha filha adoeceu, subitamente, e não tinha com quem deixá-la. Até conseguir alternativa, foram os meus fantásticos vizinhos, Fernanda e Frederico, que me salvaram e ficaram com ela. Não é possível ter melhores vizinhos!”
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“Precisamos de mais parques infantis, mais comércio tradicional... Como eu gostaria de não ter uma grande superfície tão perto que deixa pouco espaço para as pequenas lojas. Falta mais civismo por parte dos donos de cães. É triste ver que muitos não respeitam os vizinhos, deixando os dejetos dos animais por recolher... Gostaria que a nossa freguesia também se enfeitasse no Natal... Gostaria que essa decoração fosse feita pelas crianças, que frequentam as escolas e infantários da freguesia, com materiais reciclados. Gostaria que houvesse um desfile de carnaval de crianças nas ruas do bairro. Tantos sonhos tenho para o meu bairro!”
Mas há mais… As nossas crianças cada vez convivem mais. Existem vizinhos que praticam corrida juntos. Estamos a criar um espaço de acolhimento e convívio na entrada do prédio. Há cada vez mais gestos de amizade e confiança. Algum episódio em particular? Lembro-me que houve um dia em que a minha filha adoeceu, subitamente, e não tinha com quem deixá-la. Até conseguir alternativa, foram os meus fantásticos vizinhos, Fernanda e Frederico, que me salvaram e ficaram com ela. Não é possível ter melhores vizinhos! Durante as reuniões de condomínio, a Mariana também tem ficado com a D. Fernanda. É a 3ª avó. E é ao Frederico, a quem devemos o carinho com que cuida da planta, que enfeita a entrada do nosso prédio. É o nosso guardião. Sempre vigilante relativamente aos assuntos do bairro, da defesa do nosso património. São um casal maravilhoso (sorrisos). Pelo que tem observado, considera que este espírito de boa relação entre os vizinhos existe no Parque das Nações? Considero que já existem muitas iniciativas de vizinhos empreendedores, como a corrida noturna e a Refood. O Jornal Notícias do Parque tem tido um papel crucial na divulgação desta boa vizinhança! Precisamos de mais eventos que congreguem as pessoas. A Paróquia do Parque das Nações tem tido um papel muito dinâmico. Tem sido capaz de juntar centenas de pessoas na suas iniciativas (Santos Populares, Magusto, etc.). Mais alguma ação que gostasse de referir? Tivemos, recentemente, a feira da Bagageira na
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Alameda dos Oceanos (antiga porta do Mar). Magnífico para criar ambiente de bairro tradicional. E com o l eva este espí rito para o s eu trabalh o? Trabalho num lugar maravilhoso e com crianças. Penso que a melhor forma de estar no trabalho é trabalhar bem em equipa. Dessa forma todos se complementam e ajudam a aliviar um trabalho naturalmente stressante como é o da Urgência. E n a s u a f a míl ia ? A minha filha frequentou a Escola Casa das Abelhinhas que, também, fica neste bairro. Durante o tempo em que lá esteve, procurei dinamizar atividades fora da escola com os seus coleguinhas e famílias. Daí nasceram bonitas amizades que ainda se mantêm. De qu e precis amos mai s? Precisamos de mais parques infantis, mais comércio tradicional... Como eu gostaria de não ter uma grande superfície tão perto que deixa pouco espaço para as pequenas lojas. Falta mais civismo por parte dos donos de cães. É triste ver que muitos não respeitam os vizinhos deixando os dejetos dos animais por recolher... Gostaria que a nossa freguesia também se enfeitasse no Natal... Gostaria que essa decoração fosse feita pelas crianças, que frequentam as escolas e infantários da freguesia, com materiais reciclados. Gostaria que houvesse um desfile de carnaval de crianças nas ruas do bairro. Tantos sonhos tenho para o meu bairro!
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“ESTAR BEM GERA BEM-ESTAR e VALOR PARA A ORGANIZAÇÃO e SOCIEDADE” Diagnóstico e Prevenção aumenta o Estar Bem, que provoca uma maior Satisfação no Trabalho e acrescida Produtividade. Um maior controlo e monitorização torna a gestão mais eficaz e conduz a maior poupança de custos com Saúde, traduzindo-se num Retorno maior para as organizações e para a Sociedade, como um Todo.
SENTAR É O NOVO FUMAR O colaborador estar muito tempo sentado é a causa de muitas condições de saúde que não se limitam a dores lombares ou dores de cabeça. Assim há outros problemas agravados, como sejam a perda de força muscular, má digestão, problemas respiratórios, obesidade e até mesmo diabetes, que resultam disto. Isto relaciona-se com o facto de a coluna estar no centro de tudo, já que é aqui que se encontram os nervos, que controlam músculos, órgãos, glândulas e articulações do corpo. Desde logo, adotar uma série de exercícios é importante para amenizar os efeitos, mas não é suficiente, pois importa, primeiro que tudo, diminuir o período em que se permanece sentado. Ficar sentado é, assim, tão prejudicial quanto fumar. O FENÓMENO TEXT NECK Desde o aparecimento do smart phone, que milhões de pessoas, em todo o mundo, passam, várias horas por dia, a ler de cabeça baixa: emails, sms ou a navegar na internet. Esta nova realidade veio resultar no mais recente fenómeno apelidado, mundialmente, de “text neck”. Os sintomas vão, entre outros, desde as dores de pescoço, ombros e nuca, dores de cabeça, dormência e formigueiro nos braços e mãos e, também, problemas de respiração. Assim, o excesso de horas que os colaboradores estão sentados em frente ao computador, os erros de postura que assumem nas suas rotinas diárias e, inclusive, o uso do smart phone (text neck), são responsáveis por graves problemas de saúde, causando, nas organizações, aumento do absentismo, “presentismo” (está presente mas não suficientemente produtivo), fatores estes que, conjuntamente, impactam a sua produtividade dos colaboradores. A boa notícia é que, tendo consciência deste facto, é possível HOJE tendo por base um diagnóstico prévio, apostar na prevenção e controlo, apresentando soluções de saúde customizadas para as empresas e respectivos colaboradores, com o recurso a um processo integrado e tecnlogia ímpar em Portugal. A SOLUÇÃO CORPORATIVA GLOBAL WELLNESS – INTERESSE DAS ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADE Colocando a saúde e o bem-estar do colaborador em primeiro lugar, a Global Wellness (GW)
parte de um princípio muito utilizado entre economistas: “uma empresa é tão saudável quanto os seus colaboradores”. Se um colaborador não se sente bem, se tem regularmente dores musculares, dores de cabeça, entre muitas outras queixas, a sua produtividade vai, obrigatoriamente, baixar. Estudos científicos estimam, entre outros factos, que: • 7 em cada 10 portugueses sofrem ou já sofreram de dores nas costas, a causa mais frequente das visitas ao médico; • este tipo de distúrbios representam mais de 50% das causas de incapacidade física em idade laboral e são um dos principais motivos para as ausências no trabalho. Tendo presente estas estimativas, no nosso entender, é dada uma oportunidade às empresas para um: • diagnóstico atempado e prevenção; • gestão adequada destes problemas impactará directamente a produtividade (os colaboradores sentem-se melhor, com mais energia e qualidade de vida); • controlo adequado da evolução dos custos futuros, com a gestão dos temas da Saúde e Bemestar dos colaboradores; • retorno do investimento acrescido para as organizações, baseados numa monitorização regular.
A Global Wellness escolheu o Parque das Nações, em 2006, contagiada pela energia saudável do bairro. Dos espaços verdes ao modernismo, do grande número de pessoas a praticarem exercício, pelo crescente número de empresas e pela qualidade de vida representativa do novo século.
Por outro lado, hoje há uma maior sensibilização para as doenças do foro psicológico, como o stresse, ou patologias crónicas, como diabetes, colesterol ou doenças cardíacas, mas os mesmos estudos também revelam que as lesões músculoesqueléticas irão onerar mais a economia do que todas estas doenças crónicas juntas. Por tudo isto acreditamos que a GW proporciona um serviço único, no mercado, composto por soluções de saúde para as empresas e com o recurso a tecnologia ímpar em Portugal, fundamentado numa disciplina e gestão cuidada, com monitorização dos distúrbios músculo-esqueléticos, que visam aumentar o Estar Bem, provocando maior Satisfação no Trabalho e Produtividade. Associado a um adequado controlo e monitorização dos custos futuros (diretos e indiretos), torna a gestão mais eficaz, com poupança de custos com Saúde, traduzindo-se não só em mais Retorno para as organizações como para a Sociedade, como um Todo.
telefone: (+351) 218 969 164 e-mail: info@gwcentres.com www.gwcentres.com
Juntos desenhamos estratégias de bem-estar para a sua Organização. Cuidamos dos seus colaboradores melhorando a sua produtividade e satisfação laboral, reduzindo o abstentismo e o presentismo.
ESPAÇO SAÚDE APRESENTADO POR:
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“REDUZIR A VELOCIDADE DE ENVELHECER” “O anti-aging é vocacionado para todas as pessoas com mais de 30 a 35 anos, que pretendem manter a sua juventude, a sua aparência física e a sua forma, no que respeita às capacidades físicas e intelectuais, otimizando a saúde e prevenindo doenças.”
Quem Somos
A MyMoment é uma clínica médica, registada na ERS como prestadora de cuidados de saúde sob o número E113133, vocacionada para a prestação de serviços de medicina estética e cirurgia plástica, presente há 10 anos no Parque das Nações. Para mais informações, contacte: 21 894 94 94, info@mymoment.pt ou o site www.mymoment.pt.
Anti-envelhecimento
A medicina anti-aging pode atrasar significativamente o nosso relógio biológico, reduzindo a velocidade com que envelhecemos. O anti-aging é vocacionado para todas as pessoas com mais de 30 a 35 anos, que pretendem manter a sua juventude, a sua aparência física e a sua forma, no que respeita às capacidades físicas e intelectuais, otimizando a saúde e prevenindo doenças. Sendo o antiaging um campo vasto, focamo-nos, neste artigo, na manutenção da aparência física e nos tratamentos que permitem retardar os efeitos do tempo no nosso rosto.
Os efeitos do envelhecimento no rosto
Com o decorrer dos anos, a nossa pele tende a tornar-se mais seca, perde elasticidade, por redução das fibras de colagénio e elastina, tornando-se progressivamente mais enrugada. Os tecidos sofrem a ação da gravidade, assim como os músculos e a gordura facial, dando origem à flacidez. Aparecem as rugas, a queda das bochechas, o queixo duplo, as sobrancelhas caídas e as depressões faciais. A pele é ainda sujeita à radiação solar, causando danos nas células, o que provoca também manchas e outras marcas.
Alameda dos Oceanos, 81F
De que forma podemos melhorar a qualidade da nossa longevidade?
Antes de mais, é importante ser feito o diagnóstico por um médico especializado. Graças à evolução da medicina estética, existem muitos tratamentos que se podem realizar no rosto, para lhe devolver um aspecto mais jovem, incluindo a aplicação de toxina botulínica (rugas), preenchimentos com ácido hialurónico, uma substância natural que se perde com o tempo (vitalidade, sulcos, volume facial, firmeza de pele), peelings ou laser (manchas e marcas, renovação celular), carboxiterapia facial (flacidez), até às mais simples limpezas de pele, que se devem realizar periodicamente. A cirurgia plástica também pode ser um aliado no combate ao envelhecimento, ao permitir remover a pele em excesso que se acumula no rosto (sobrancelhas, pescoço, face).
Telf.:21 894 94 94 info@mymoment.pt
www.mymoment.pt
32 | NP | ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
POR UM MUNDO MELHOR Chef Cláudia Salú MISS SAIGON - COZINHA VEGETARIANA DO MUNDO www.miss-saigon.pt
Festas sem pecado! Comer bem, com prazer e com consciência é o nosso objectivo. Por este motivo resolvemos criar uma sobremesa que pudesse satisfazer todos os que estão juntos à mesa num ambiente de festa, considerando quem não pode comer lacticínios, ovos, açúcar, glúten!
Nesta época de festas, entre familiares e amigos, é costume exagerar-se nos doces e na quantidade de comida que se ingere! Cada vez mais a "fartura" à mesa não é sinónimo de "riqueza" e felicidade! Por um lado, é nesta altura que se verifica o maior fluxo de desperdício e de lixo alimentares. Por outro lado, também é nesta altura que se dão os maiores acidentes relacionados com a comida que se ingere, seja pela quantidade exagerada e misturas de produtos processados, juntamente com bebidas alcoólicas. Tornam-se autênticos “cocktails molotov” ou até “bombas letais” dentro do organismo, principalmente nas pessoas que têm problemas de saúde, como, por exemplo, as diabetes, níveis altos de colesterol ou determinadas intolerâncias alimentares, como os celíacos. A festa deixa de ser festa nestas situações extremas, por isso o nosso equilíbrio e bem estar é também dos que nos rodeiam! Comer bem, com prazer e com consciência é o nosso objectivo. Por este motivo resolvemos criar
Fica a nossa sugestão fazendo votos de umas festas felizes em harmonia com o Mundo!
Preparação: Bater a margarina com geleia de arroz. Adicione a fécula de batata, a farinha, o cacau, o fermento e o leite. Bater até ficar homogéneo e, no fim, misturar as tâmaras picadas. Colocar numa forma untada com margarina vegetal e farinha sem glúten e colocar no forno por 30 minutos.
Bolo de cacau com tâmaras com cobertura de baunilha Vegan/ sem Glúten/ sem Açúcar
Deixar arrefecer por completo e colocar a cobertura e decorar a gosto com cacau, amêndoas, nozes ou pistachio.
Ingredientes: 150 Grs. de margarina vegetal; 100 Grs. de farinha de arroz; 250 Grs. de geleia de arroz; 30 Grs. de cacau 150 Grs. de tâmaras picadas (cerca de 10 tâmaras) 250 ml de leite de soja; 125 Grs. de fécula de batata; 1 colher de chá de essência de baunilha; 1 colher de sobremesa de fermento sem gluten
Cobertura de Creme de baunilha
uma sobremesa que pudesse satisfazer todos os que estão juntos à mesa num ambiente de festa, considerando quem não pode comer lacticínios, ovos, açúcar, glúten!
Ingredientes: 1 pacote de natas de soja (200 ml.); 125 ml. de leite de soja; 2 colheres de sopa de geleia de arroz; 1 colher de sopa de maizena; 1 colher de chá de essência de baunilha; 3 cascas de limão; 1 colher de sobremesa de margarina vegetal.
Nesta época de festas entre familiares e amigos é costume exagerar-se nos doces e na quantidade de comida que se ingere! Cada vez mais a "fartura" à mesa não é sinónimo de "riqueza" e felicidade! Preparação: Numa panela pequena misturar a maizena com o leite de soja. Depois adicionar os restantes ingredientes e levar ao lume até engrossar. Retirar as cascas de limão e, depois de frio, bater com a varinha mágica até ficar cremoso. Cobrir o bolo a gosto. Nota: Todos os ingredientes desta receita são provenientes de agricultura biológica.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL INFANTIL | NP | 33
Hambúrguer de salmão com palitos de batata doce Por: Daniel Estriga, Chef Nutri Ventures
Com o ritmo de vida acelerado que temos, todos os dias, é difícil termos tempo para planear e cozinhar refeições saudáveis a pensar nos mais pequenos, todos os dias. A boa notícia é que podemos adotar truques simples que fazem a diferença. Um bom exemplo são os lanches que o seu filho leva para a escola para comer entre as refeições. De forma a reduzir o consumo de alimentos processados, em vez de pacotes de bolachas, as peças de fruta, os frutos secos ou as rodelas de cenoura são uma opção mais nutritiva. Para tornar estes lanches mais divertidos, as frutas e a cenoura podem ser cortadas com formas criativas. Ao pequeno-almoço, os cereais de pacote, que geralmente apresentam quantidades elevadas de açúcar, podem também ser alternados com pão escuro com queijo e iogurte natural ou de fruta. Para as refeições serem ainda mais saudáveis, outro truque rápido é comprar sempre frutas e legumes da época, uma opção que se deve tornar um hábito nas compras diárias. Nem todos os produtos da terra são produzidos em pomares e hortas de Portugal, muitos chegam de ‘reinos’ muito distantes – que é o que acontece
com a maior parte dos alimentos que não são da época. Esses alimentos são colhidos verdes para amadurecerem no caminho, o que faz com que a fruta e os legumes não amadureçam de forma natural e, por isso, percam parte dos nutrientes e das vitaminas que os constituem e que tanta importância têm para dar força aos mais pequenos. Outro simples truque é trocar alguns dos alimentos por outros mais saudáveis e nutritivos nas refeições favoritas dos seus filhos. Uma refeição, com gorduras e excesso de sal, pode facilmente ser substituída por uma refeição saudável, rápida e saborosa. Por isso, como alternativa ao hambúrguer de carne com batatas fritas, sugiro uma receita de hambúrguer de salmão com palitos de batata doce. Receita: Hambúrguer de salmão com palitos de batata doce (ou Hambúrguer do Reino Azul com palitos Mágicos do Mestre Amarelo) Ingredientes: - 1 lombo de salmão picado - Cebolinho qb
- 2 colheres de chá de chalotas picadas - 1 manga pequena - 3 batatas doces - Azeite q.b. - Mistura de ervas (tomilho, alecrim) - Sal e pimenta q.b. - 1 clara de ovo Preparação: Corte o salmão aos cubos e de seguida pique-os. Junte um pouco de chalotas, cebolinho, manga, a clara de um ovo e um pouco de azeite. Com a ajuda do seu pequeno Herói, misture tudo com o salmão picado. Tempere com sal e pimenta. Deixe à criatividade do seu pequeno ajudante criar a forma do seu hambúrguer e leve a refrigerar durante cerca de meia hora no frigorífico. De seguida, coloque um pouco de azeite na frigideira e, quando estiver bem quente, coloque o hambúrguer. Para o acompanhamento, corte as batatas em palitos. Primeiro, coloque os palitos em água fervida durante 1 minuto. Depois ponha as batatas num tabuleiro com um fio de azeite e a mistura de ervas e leve ao forno a 200º durante cerca de 20 minutos.
Biografia do Chef Aos 28 anos, Daniel Estriga recorda que ser chef nunca foi um sonho de criança, mas, neste momento, já não se via a fazer outra coisa: vê a cozinha como um ato de paixão e de partilha, mas também de constante procura de novos sabores, sempre com um toque de irreverência e originalidade. Formou-se na Escola de Hotelaria do Estoril, passou por restaurantes de renome e trabalhou com chefs como Paulo Morais ou Bertílio Gomes, até que decidiu abrir o restaurante Conceito Food Store, em Bicesse, onde oferece uma cozinha de autor, mas que não esquece os valores mais tradicionais da gastronomia portuguesa. A funcionar há 4 anos, o restaurante oferece também serviços de takeaway, catering, worshops e loja gourmet.
34 | NP | DESPORTO
NOTÍCIAS CLUBE TEJO ESCOLA DE TÉNIS JAIME CALDEIRA / www.etjc.pt Por: Miguel Soares
CIRCUITO APPROACH O Circuito Approach começou com mais uma edição a levar jogadores estreantes às finais. José Henrique venceu Fernando Oliveira por 6-3. Parabéns! CIRCUITO ORIENTE O Circuito Oriente começou a todo gás e a 1ª Etapa foi explosiva. Francisco Macedo sagrou-se campeão frente a João Lino, na final. Com um ténis agressivo e jogo de rede irrepreensível, conseguiu confirmar todo o seu favoritismo. Parabéns! PASSATEMPO TECNIFIBRE O nosso aluno Fernando Neto foi o grande vencedor do passatempo Tecnifibre que decorreu durante o mês de Outubro, entre todos os Clubes de Ténis da Europa, patrocinados pela marca, com a selfie mais original e ganhou um bilhete para o Barclays ATP World Tour Finals onde pôde ver os melhores tenistas do mundo em acção. STARTER TENNIS MIX TECNIFIBRE Arrancou este domingo dia 15 e irá continuar todos os domingos, das 18h às 20h, clínicas e jogos para ajudar os nossos alunos a perceberem as regras e o jogo de pares . ATLETAS / COMPETIÇÃO - ETJC No fim-de-semana de 14 e 15, de Novembro, a comitiva da ETJC deslocou-se ao Quinta das Flores Clube de Ténis para colocar em competição os seus mais novos atletas. Divididos pelas categorias de Sub8 e Sub10, fomos representados pelos atletas: Frederica Nunes, Manuel Duarte, João Lopes, Tiago Abreu, Guilherme Pimenta, Diogo Pipa, Matilde Silva, Beatriz Rosas e Chuci Sun. Todos eles demonstraram imenso empenho, entrega e nível! A todos, os nossos parabéns! Rodrigo Silva foi o vencedor em Elvas , na categoria de Sub18 Masculinos, ao vencer, na final, Duarte Rodrigues pelos parciais de 6/2 – 6/0. Vasco Roque esteve a representar a ETJC na categoria de sub16, em Setúbal , e apenas não saboreou a vitória na derradeira final de singulares, após desistir por lesão. Pedro Araújo sagrou-se campeão do Torneio Outono Cup, na categoria de Sub16 masculinos. Pedro, de apenas 13 anos (!), venceu, na final, o jogador da casa Salvador Salema pelos parciais 6/1 - 6/3.
QUADRO DE HONRA 1 - Circuito Approach (foto José Henrique) 2 - Circuito Oriente ( Francisco Macedo (dirt). venceu João Lino (esq) ) 3 - Passatempo Tecnifibre (foto vencedor Fernando Neto) 4 - Quinta das Flores Clube de Ténis (foto pequeninos) sub 8 e sub 10 5 - Rodrigo Silva (foto vencedor em Elvas , na categoria de Sub18 Masculinos ) 6 - Vasco Roque (foto final sub 16 em Setúbal ) 7 - Pedro Araújo (foto vencedor do Torneio Outono Cup, na categoria de Sub16 (esq)
Nome: Estevão Baltazar Idade: 9 Clube de Futebol: Sporting Clube onde treina: ETJC Livro: Cherub Filme: John Wick Actriz/Actor: Tom Cruise Tenista favorito: Roger Federer À mesa: Bife O que dirias aos políticos: Decidam-se rápido! Citação preferida: É bom quando o Sporting ganha Futura profissão: Tenista
Nome: Francisco Miguel Idade: 11 Clube de Futebol: S.L.Benfica Clube onde treina: ETJC Livro: Cherub Filme: Velocidade Furiosa 7 Actriz/Actor: Vin Diesel Tenista favorito: Rafael Nadal À mesa: Lasanha O que dirias aos políticos: Parem o que estão a fazer! Citação preferida: Façam pouco barulho! Futura profissão: Futebolista
AGENDA | NP | 35
Com entrada livre, a 7 de Dezembro
HMB no Casino Lisboa em noite de concerto Arena Live
Produtos Frescos à sua porta
Feliz Natal e um ótimo 2016!
O programa inicia-se, a partir das 21h30, com o Dj Kaspar O Arena Lounge do Casino Lisboa acolhe, até ao final do ano, o ciclo de “Concertos Arena Live 2015”. O programa decorre às Segundas-Feiras, pelas 22h30, excepto na noite de Reveillon. A entrada é livre.
Em noite de festa, os HMB protagonizam, na próxima Segunda-Feira, 7 de Dezembro, a partir das 22h30, um novo concerto Arena Live no Casino Lisboa. Inspirados nos melhores registos de soul e r’n’b, os HMB sobem ao palco do Arena Lounge para interpretar um elenco de temas bem conhecidos do público. A entrada é livre. Com um segundo disco editado, no final de 2014, intitulado “Sente”, os HMB são, actualmente, uma das bandas mais mediáticas no panorama nacional. É impossível o público ficar indiferente com a energia de “Dia D”, “Feeling” ou, do mais recente, “Naptel Xulima”. O álbum “Sente” reúne, ainda, outras composições que já conquistaram o público como, por exemplo, “Sorri Para Mim”, “Super Ego”, “Tudo Muda”, “Só Nós Os Dois” ou “Tua Maneira”. Após terem esgotado, a 19 de Abril de 2013, o Arena Lounge, no âmbito da celebração do 7º aniversário do Casino Lisboa, os HMB prometem, na próxima segunda-Feira, outro memorável concerto repleto de momentos interactivos com o público. O programa da próxima etapa do ciclo de concertos “Arena Live” inicia-se com o Dj Kaspar que selecciona, logo pelas 21h30, os melhores ritmos musicais que antecipam a actuação dos HMB, agendada para as 22h30. No final do concerto “Arena Live”, o Dj Kaspar regressa à Juke Box para um segundo set prolongando o ambiente de festa até à uma hora da madrugada. A entrada é livre. Ciclo de concertos “Arena Live 2015” - 07 de Dezembro: HMB - 14 de Dezembro: Regula - 21 de Dezembro: Pedro Abrunhosa & Comité Caviar - 31 de Dezembro: Os Azeitonas (Réveillon)
Após terem esgotado, a 19 de Abril de 2013, o Arena Lounge, no âmbito da celebração do 7º aniversário do Casino Lisboa, os HMB prometem, na próxima segunda-Feira, outro memorável concerto repleto de momentos interactivos com o público.
Horário de Funcionamento:
Segunda a Sábado: 08:00h - 21:00h
Domingos e Feriados: 09:00h - 20:00h Rua Nau Catrineta Lt.3.07.03 Lj A/B - 1990-184 Lisboa Tele.: 211 924 777 - email: pomardasmusas@gmail.com
36 | NP | DESPORTO
CDOM
Venha conhecer-nos e Ser Desportivo!
Sabia que pode ser sócio do CDOM por apenas 2,5€ mensais? E ainda menos se for reformado ou menor? Por: Carlos Ardisson - Comunicação e Marketing www.facebook.com/CDOMoscavide - geral.cdom@gmail.com
Nesta altura do ano a época desportiva no Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide decorre em pleno. O Futebol está em plena competição em diversos escalões. Nos juniores (escalão mais velho em competição) os resultados começam a surgir, ainda, recentemente, o empate fora de portas com o ADCEO (2-2) é disso prova. Há que lembrar que a equipa de juniores partiu do zero este ano, mas com muito trabalho e dedicação caminha-se no sentido certo. Juvenis, iniciados, infantis e benjamins defendem alegremente e com muita garra as cores do Emblema e permitem que a Instituição Centenária de Utilidade Pública faça aquilo para que foi criada: permitir aos jovens a prática de desporto tornando-os mais saudáveis e contribuindo de forma indelével para a sua formação como atletas e como pessoas . O Triatlo (nesta fase do ano com provas de natação e atletismo) tem tido um excelente desempenho. Prova disso são os resultados obtidos em diversas categorias, como por exemplo: Aquatlo COL iniciados e juvenis: Pódios Iniciados 1ª Classificada - Mariana Mercedes 6ª Classificada - Catarina Silva Juvenis 5º Classificado - Gonçalo Leite 8º Classificado - Diogo Germano 9º Classificado - Gustavo Alves Campeonato de Abertura de corta-mato. Benjamins A: Gonçalo Guimarães 3º e 3º no camp.de abertura de corta-mato Catarina Rodrigues 5ª Rodrigo Leite 5º Rodrigo Neves 8º Benjamins B: Luana Quaresma 4ª e 3ª no camp.de abertura de corta-mato Luna Neves 8ª Iniciados: Maria Tomé 6ª Gonçalo Leite 12º Grande prémio de Atletismo Cândido de Oliveira 2º Rodrigo Leite 3º Tiago Catarrinho , 4ª Joana Alves 7º Rodrigo Neves 9º João Rodrigues 11ª Maria Alves 12ª Catarina Rodrigues
12º João Fino 19ª Catarina Silva 20ª Luana Quaresma 20º Gonçalo Leite 23º Gustavo Alves 24ª Luna Neves 28º Diogo Germano 29ª Ana Neto E como muito mais havia a dizer, convido-vos a acederem à página do Triatlo Olivais e Moscavide, no Facebook, para poderem assistir a vídeos dos atletas em ação e aos outros resultados. O Andebol, modalidade em que o Desportivo já teve uma presença relevante, renasce e começa a dar os primeiros passos. Aproveito para endereçar um convite, para quem tem entre 8 e 13 anos e gostava de aprender a jogar a modalidade, para comparecer no Pavilhão Multiusos Vítor Paiva, na sede do Clube, às 4ª feiras (18-19) e sábados (1112h30m). Uma modalidade que surge neste momento no CDOM é o Subbuteo. Quantos de nós passámos inúmeras horas divertidos (e às vezes enraivecidos) com este jogo há uns bons anos? Pois se ainda tem os dedos a fervilhar por mais uns golos, esta é a altura certa para voltar à competição! Já existem, neste momento, 4 jogadores com as cores do Desportivo e há recetividade para muitos mais (treinos terças feiras 19-21h). O CDOM já se estreou também nos torneios desta modalidade. Para mais informações: subbuteo.cdom@gmail.com Sabia que pode ser sócio do CDOM por apenas 2,5€ mensais? E ainda menos se for reformado ou menor? Gostava ainda de lhe endereçar um convite, o de se tornar Sócio do CDOM, ao fazê-lo por um valor simbólico (2,5€/ mês) estará a participar ativamente no esforço que toda a Direção faz, a de devolver a glória a este que é o maior Clube da nossa recente Freguesia e que por todos precisa de ser acarinhado como Instituição Centenária que pretende fazer aquilo para que foi criada: Permitir que os jovens pratiquem desporto. Visite-nos, na nossa página de Facebook, ou no site que em breve estará disponível (cdom.pt) ou ainda na nossa sede para nos conhecer melhor e tornar-se sócio do CDOM. Aproveito para em meu nome e de toda a Direção do CDOM desejar a todos os leitores e às suas Famílias um Feliz Natal e um Excelente Ano de 2016 (com muito desporto!) Venha daí SER DESPORTIVO!
APPS | NP | 37
“É muito interessante observar como uma criança consegue ter uma percepção mais desprendida dos limites e impossibilidades colocadas nos mundos.” Por: Humberto Neves ardozia.com - humberto.neves@ardozia.com
Para começar esta rubrica nada melhor do que ir buscar duas verdadeiras obras de arte apesar dos estilos completamente diferentes. São dois jogos point-and-click ou touch tão belos quanto interessantes no seu design, ilustração e com experiências de jogo únicas.
Machinarium A Amanita Design é uma empresa de design checa que não se rege pelos ditames do tempo que, normalmente, são exigidos na produção e actualização dos jogos. Criam com o seu próprio ritmo e o Machinarium é o resultado bem polido de um excelente jogo do estilo point-and-click que agarra tanto pais como filhos. É a história de um pequeno robot (Josef) que se vê envolvido na aventura de encontrar a sua namorada (Berta) que foi raptada pelos “maus” na cidade de Machinarium. Durante o percurso
temos de resolver enigmas e problemas lógicos para ir descobrindo o caminho certo. Trata-se de uma verdadeira obra de arte com um design e ilustração muito próprio, para além da excelente banda sonora produzida por Tomás Dvořák que pode, inclusive, ser adquirida separadamente. Disponibilidade: Android/iOS/Consolas
Monument Valey A princesa Ida é a personagem que temos de
guiar por um conjunto de mundos fantásticos baseados em geometrias impossíveis, muitas delas retiradas das ideias trabalhadas por Escher, tal como o triângulo de Penrose. O jogo avança através de mundos cada vez mais complexos onde temos de descobrir o caminho de saída para a nossa princesa. A forma como olhamos cada um dos mundo determina a nossa capacidade de o interpretar e de conseguir levar
a princesa a bom porto. É muito interessante observar como uma criança consegue ter uma percepção mais desprendida dos limites e impossibilidades colocadas nos mundos. A banda sonora e os efeitos estão muito bem conseguidos e dão ao jogo um ar misterioso e profundo. Disponibilidade: Android/iO S/Windows Phone
38 | NP | CRUZ VERMELHA
CRUZ VERMELHA PORTUGUESA PARQUE DAS NAÇÕES Por: Vera Julião, Vice-Presidente Tel. Directo: : +351 218 962 235
Recolha de Bens Alimentares A Delegação do Parque das Nações efetuou, a 17 e 18 de Outubro, mais uma recolha de bens alimentares na Loja do Continente do Centro Comercial Vasco da Gama e na Loja Meu Super do Parque das Nações, envolvendo 110 voluntários. Foi, como sempre, um complexo e exaustivo trabalho de sensibilização da população para a importância desta missão no âmbito da Luta Contra a Fome. Não podemos deixar de referir e agradecer ao Sr. Padre Paulo Franco, Pároco da Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, a total disponibilidade das instalações que nos permitiu, durante as 2 semanas de intenso trabalho, guardar todos os bens alimentares recolhidos, proceder à sua separação, ensacamento e distribuição pelas diferentes instituições para posterior entrega às numerosas famílias carenciadas. Sem esta inestimável ajuda nunca poderíamos, por falta de instalações, levar a bom termo, esta missão. Diretamente envolvidos na Ação Nacional de Recolha de Bens Alimentares, a favor da Cruz Vermelha Portuguesa, estiveram: 1. Os membros da Comissão Administrativa da Delegação; 2. Aida Marrano, do Secretariado Diocesano de Lisboa, ONPC; 3. Os familiares dos Escuteiros Marítimos, o Agrupamento 1100 Parque das Nações, do CNE; 4. Voluntários e colaboradores da Delegação, num total de 110 pessoas. Graças à generosidade dos portugueses, o total dos bens alimentares recolhidos foi de 9167 unidades, que foram distribuídas, por todas as instituições da Freguesia do Parque das Nações, a 371 famílias carenciadas num universo de 1484 pessoas. Foram ainda contempladas as seguintes instituições: • CNE – Agrupamento 1100 Parque das Nações • Ajuda de Berço • Servas da Irmã Madre Teresa de Calcutá, sediadas em Lisboa, no Bairro de Chelas. Esta distribuição será realizada em duas fases: • A primeira já efetuada. • A segunda no Natal. A participação da Delegação do Parque das
Nações nesta Ação Nacional de Recolha de Alimentos constituiu um dos objetivos do seu Plano de Atividades para o ano de 2015, integrado na vertente de apoio à sobrevivência da população mais vulnerável do Parque das Nações, proporcionando-lhes uma melhoria da sua qualidade de vida. Consideramos que foi atingido o objetivo para o qual nos entregámos de corpo e alma, porque o nosso lema é SERVIR, tendo sempre como principais pólos de orientação da nossa gestão o trabalho para aliviar o sofrimento dos mais pobres e necessitados, a todos os níveis, e a defesa do bom nome da Cruz Vermelha Portuguesa. A Delegação do Parque das Nações agradece, penhoradamente, a todos os que se empenharam nesta Campanha oferecendo o seu tempo e trabalho em prol da melhoria da qualidade de vida dos grupos mais vulneráveis. BEM HAJAM!
O que é a Ajuda de Berço? Como podemos ajudar os mais pequeninos? Hoje vou falar-vos de uma das “bandeiras” da Delegação da Cruz Vermelha do Parque das Nações que muito nos honra pela colaboração que temos dado a uma das mais prestigiadas instituições de solidariedade social de Lisboa – Ajuda de Berço! Peço a vossa particular atenção para a leitura deste artigo, que será extenso, mas que tem como intenção dar-vos a conhecer melhor o crucial papel desenvolvido, por esta instituição, junto de muitas das crianças indefesas e em risco da zona de Lisboa que são encaminhadas pelas vias judiciais competentes para aí receberem o que merecem, um crescimento digno, com amor, cuidados e assistência a todos os níveis. A Ajuda de Berço acolhe crianças em sério risco, desde o 1º dia de nascimento aos 9 anos de idade, sozinhas ou com irmãos, oriundas de famílias desestruturadas, filhas de pais que as abandonam ou não têm condições para as criar devido a sérios problemas de alcoolismo, toxicodependência, prostituição. Muitas destas crianças são vítimas de maus tratos, abusos sexuais, falta de lar ou abandono, que necessitam de proteção.
Os bebés, desde o nascimento até aos 2 anos de idade, encontram-se no Centro de Acolhimento na Avenida de Ceuta, com cuidadoras para os amar e cuidar, sendo, nos primeiros 6 meses de vida, acompanhados pela mesma pessoa, recriando o ambiente de uma casa de família. O Centro de Acolhimento de Monsanto recebe meninos e meninas, dos 2 aos 9 anos de idade, sozinhos ou com irmãos, agrupados por idades ou necessidades, onde lhes são prestados todos os cuidados necessários, não só através de cuidadores que lhes dão mimo, brincadeira, socialização, assistência e as integram num meio familiar, desde a ida à creche até ao fim da escola primária. O Centro de Acolhimento de Cuidados Continuados, ainda em desenvolvimento, mas onde já recebe algumas crianças com graves doenças crónicas, sem perspetivas de adoção e que necessitam de cuidados especiais de saúde, onde possam passar o tempo de vida que têm com todo o afeto e dignidade que merecem. Todas estas crianças, desde a sua entrada nesta Casa até ao encaminhamento para uma família de adoção ou regresso à família biológica que lhes garanta um merecido e feliz futuro, são acompanhadas por uma equipa multidisciplinar de médicos, pediatras, psicólogos, terapeutas e outro pessoal técnico especializado. A Direção da Delegação da CVP do Parque das Nações decidiu, em 2013, que uma das ações constantes do seu Plano de Atividades é prestar o máximo de auxílio a estas crianças, canalizando para a Ajuda de Berço o maior número de donativos recolhidos. A todos vós damos a conhecer melhor a nossa iniciativa, solicitando-vos que nos ajudem a concretizar este objetivo que traçámos, através da doação de roupa e calçado, dos 0 aos 9 anos, roupa de berço ou cama de criança, cobertores, atoalhados, livros e jogos, mochilas, material escolar, cadeiras e carrinhos de bebé, papas lácteas, latas de leite em pó, leite, fraldas descartáveis, pomadas para bebé, champô e outros artigos de higiene, soro fisiológico, frascos de paracetamol infantil, chuchas, papel higiénico, detergentes e tantos outros artigos que todos vós com famílias constituídas sabem que estas crianças necessitam! A Delegação do Parque das Nações, na sua Casa do Arboreto, estará pronta para receber estas dádivas todas as tardes de 4ª Feira, das 15H00 às
18H00. É esta parte das nossas vidas que nos ajuda a continuar a lutar, lado a lado, convosco, com tanto esforço, é certo, muitas vezes para além do limite das nossas capacidades físicas, mas de cabeça erguida, pois sabemos que cumprimos a nossa missão de servir os mais pequeninos e infortunados num mundo tão desumanizado! “O teste da moralidade de uma sociedade é o que ela faz às suas crianças!”
O saber e o sabor da partilha das nossas crianças Como à semelhança do ano anterior, vamos ter a nossa Caixa de Natal destinada a recolher todos os brinquedos, jogos, livros… para as crianças mais vulneráveis da nossa sociedade. Assim, propomos a todas as famílias que incentivem os mais pequenos ao saber e sabor de partilhar dando o que já não usam ou têm a mais para ser distribuído aos meninos e meninas pobres. Porque as nossas crianças recebem muitos presentes no Natal e para que possam escolher os brinquedos mais usados, repetidos ou aqueles que já estão há muito tempo guardados nas prateleiras ou gavetas, convido-vos a, durante as férias, tirar um pouco desse tempo para fazer essa escolha, porque há muitos meninos à espera deles para também poderem brincar! O “Natal” desses meninos será celebrado mais tarde, quando os vossos brinquedos lhes forem entregues, depois do vosso Natal, porque, sabem uma coisa? Este “Natal” pode ser celebrado em qualquer dia, no dia em que tivermos os brinquedos para dar aos meninos mais pobres! Dos 3 contentores existentes na Delegação da Cruz Vermelha do Parque das Nações, existe um, devidamente identificado e reservado exclusivamente à colocação dos brinquedos que já se encontra disponível e estará até ao dia 6 de Janeiro de 2016! Queridos meninos e meninas do Parque das Nações, sejam generosos e façam as vossas doações para que outras crianças possam ter também as suas horas de brincadeira e todos vós se possam sentir muito orgulhosos de terem participado, com a vossa ajuda, numa missão tão bonita…a de dar a todos os que precisam de ajuda!
AGENDA INFANTIL | NP | 39
“Férias Debaixo de Água” Nota: Para participar neste programa é indispensável uma reserva prévia, que está condicionada às vagas existentes. Este programa realiza-se apenas com um número mínimo de crianças. O programa pode ser alterado caso a idade e/ou desenvolvimento do grupo, bem como outras condições assim o determinem.
Frederico Tomás Tlm: 962 183 455 frederico.tomas@century21.pt
Eu acredito no rigor e no trabalho, conto já com 29 transações, este ano, 58 pessoas que depositaram a sua confiança em mim. Se quer comprar, arrendar ou vender o seu imóvel fale comigo.
Para saber mais consulte: www.oceanario.pt O Oceanário de Lisboa convida os pequenos “marinheiros” a passarem as férias de Natal em “alto mar”. Trocar terra firme pelos oceanos, o pinheiro pelas algas marinhas e os presentes pelo conhecimento das espécies marinhas é a proposta para viver uma experiência única através do programa “Férias Debaixo de Água”. De 18 a 31 de dezembro, as crianças, dos 4 aos 12 anos, vão “viajar” pelos diferentes habitats do planeta e conhecer a biodiversidade marinha. Tudo isto enquanto aprendem sobre a importância dos oceanos para o planeta e para todos nós. Um programa tão convidativo que até o Pai Natal vai querer trocar o trenó pelo kit de mergulho. Das lontras marinhas do Pacífico aos pinguins do Antártico, passando pelas florestas tropicais e pelos corais do Índico, estas férias vão ser recheadas de atividades divertidas e educativas. No fim, vão poder descobrir quais os melhores “presentes” para a conservação dos oceanos. No dia 22 de dezembro, os pequenos “exploradores” podem prolongar o programa noite dentro com a atividade “Dormindo com os Tubarões”. Os mais atentos poderão ver os imponentes tubarões a “entrarem”, não pela chaminé, mas sim pelas águas do Aquário Central. No dia seguinte, continua a aventura das “Férias Debaixo de Água”. Quem estará pronto para passar dois dias inesquecíveis e sem interrupção no Oceanário? O programa, com atividades hands on, artes plásticas e dramáticas, observação de animais, investigação e muito mais, tem horários flexíveis, que se ajustam à rotina dos pais. O programa visa também promover momentos de tranquilidade e descanso no período de férias, no ambiente tranquilo e relaxante do Oceanário. Dias*: De 18 a 31 de dezembro 2015 (*exceto fins de semana e feriados) Horário: Das 8h30 às 18h30 Idades: Dos 4 aos 12 anos. Preços: 40€, por dia, por participante; pacotes de 4 dias, 150€; pacotes de 5 dias, 180€ (inclui entradas nas exposições do Oceanário, atividades, materiais, almoço, lanche, seguro e uma lembrança). O preço de pacote já inclui desconto, pelo que não acumula com outras promoções ou descontos.
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No dia 22 de dezembro, os pequenos “exploradores” podem prolongar o programa noite dentro com a atividade “Dormindo com os Tubarões”. Os mais atentos poderão ver os imponentes tubarões a “entrarem”, não pela chaminé, mas sim pelas águas do Aquário Central. No dia seguinte, continua a aventura das “Férias
Obrigado a todos que, durante o ano 2015, confiaram na
nossa equipa e nos nossos serviços.
Debaixo de Água”. Quem estará pronto para passar dois dias inesquecíveis e sem interrupção no Oceanário?
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Duches Quentes Mas, se a popularidade e dimensão da rede Couch Surfing pode representar uma experiência demasiado avassaladora, existem redes mais específicas e pequenas. Uma delas é a “Warm Showers”, ou “Duches Quentes”, dedicada a quem viaja de bicicleta. Há cerca de 6 meses inscrevi-me, com a salvaguarda de que ainda faltava convencer a mãe dos meus filhos a deixar entrar “estranhos” em nossa casa... Por: Gonçalo Peres
Muito provavelmente já ouviram falar do “Couch Surfing”, uma comunidade de anfitriões e viajantes que trocam gratuitamente hospitalidade. É uma experiência de partilha muito interessante, pois permite às pessoas conhecer o mundo de forma mais económica e ter um contacto mais directo com as populações que visitam, que nunca conseguiriam ficando num hotel ou num hostel, juntamente com outros viajantes. Mas se a popularidade e dimensão da rede Couch Surfing pode representar uma experiência demasiado avassaladora, existem redes mais específicas e pequenas. Uma delas é a “Warm Showers”, ou “Duches Quentes”, dedicada a quem viaja de bicicleta. Há cerca de 6 meses inscrevi-me, com a salvaguarda de que ainda faltava convencer a mãe dos meus filhos a deixar entrar “estranhos” em nossa casa. Se analisarmos este receio do ponto de vista racional, não tem grande fundamento. Primeiro, porque quem viaja de bicicleta está numa posição altamente vulnerável. Uma “vulnerabilidade intencional”, que desperta a bondade de estranhos, abrindo as portas do relacionamento, amizade e entre-ajuda. Quem viaja de carro tem, à partida, um “meio de fuga” muito mais eficaz, mas muito menos receptividade quando chega a um novo destino. Segundo, podemos consultar o “currículo” dos viajantes através dos comentários dos seus anteriores anfitriões. Em terceiro lugar, está estatisticamente provado que os “perigos” vêm quase sempre do próprio meio familiar e de conhecidos. Receios à parte, em Novembro, decidi receber os meus primeiros hóspedes. Um casal francês, a viajar em bicicleta durante um ano, com as duas filhas de 6 e 8 anos. Já estavam em viagem há 3 meses e quando me contactaram estavam em Santiago de Compostela. Chegaram num Sábado, ao final da tarde, e ficaram os 4 instalados num quarto. Quem viaja de bicicleta vem munido de sacos-cama, toalhas e outros acessórios, pelo que precisam, apenas, dum tecto, acesso à casa-de-banho, cozinha e, preferencialmente, uma máquina de lavar e local para secar a roupa. De resto, esta família era bastante organizada e isso notava-se, entre outras coisas, pela forma como me arrumavam sempre a cozinha. No Domingo fui mostrar-lhes os bairros de Alfama, Castelo e Mouraria e as praças da Figueira, Rossio e Comércio. O possível para um dia com quatro crianças, os meus dois rapazes e as suas duas raparigas, que brincaram como amigos de longa data, mesmo sem falarem a mesma língua, neste grande “parque temático infantil” que é o centro histórico. Para os outros dias dei-lhes dicas de como usarem a nossa boa rede de transportes públicos para irem à Embaixada de França, a Sintra e andarem no famoso Eléctrico 28, sem as filas do costume. Claro que ficaram fãs de Lisboa e com
Um Bike to School diferente nas “limousines” dos nossos hóspedes e uma oportunidade para eles conhecerem as “rotinas matinais duma típica família portuguesa”
vontade de voltar para conhecer ainda melhor. O único senão: o excesso de automóveis e as velocidades praticadas. Confessaram que bastou passar a fronteira de Espanha para Portugal, para notarem a falta de respeito dos automobilistas portugueses pela segurança dos mais vulneráveis. Uma “bola vermelha” que mancha o nosso lindo país e a simpatia do nosso povo. Durante estes dias em que partilhámos refeições, conversas, ideias, passeios, brincadeiras, ficou a plena sensação de que estávamos a receber não “estranhos”, mas sim “amigos”, ou até mesmo,
“familiares”. Se os nossos preconceitos fantasiam pessoas pouco comuns a viajar de bicicleta com os filhos, a “realidade” não podia ser mais “normal”. Podiam ser os nossos vizinhos do lado. São apenas pessoas que pensam “fora da caixa”, com “curiosidade”, uma mente aberta e um forte sentido ecologista. Para quem se questiona: “e a escola das filhas?”, a resposta é: “ensino doméstico” - estudam e fazem os exames como as outras crianças. Na realidade, com esta experiência de vida, vão aprender, em um ano, o que algumas pessoas não aprendem
numa vida inteira. Com muita pena nossa e deles, poucos dias depois continuaram viagem, rumo ao sul do país, onde muitas noites serão passadas numa tenda, em plena natureza, com vista para o pôr-do-sol destes radiosos dias de Novembro, que se afunda no mar da Costa Alentejana. Em resumo, foi uma experiência mutuamente enriquecedora, uma das mais marcantes deste ano, que recomendo e da qual ficou uma amizade que se estende como uma teia pelo mundo globalizado.
OPINIÃO | NP | 41
O Parque está na moda “E, a pergunta incontornável: quanto do que comprou será devolvido ainda esta semana? Talvez valha a pena não comprar com os 20% de desconto e comprar menos e melhor, do que consumir em quantidade.” Por: Sara Andrade
Não tenho nada contra um dia inteiro de descontos. Aliás, fins de semana inteiros, como aconteceu. Penso até serem importantes, numa altura em que todos os tostões contam e há famílias numerosas a prepararem-se para a época de festas, mas quando os descontos são de 20% e não de 80% (como acontece nos Estados Unidos, de onde "roubámos" esta ideia), estaremos a ser movidos pela necessidade ou pelo capricho? E não será incongruente que um fim de semana que encheu lojas de clientes e criou filas para centros comerciais tenha sido o mesmo que deveria encher (ainda mais) os sacos do Banco Alimentar?
tos, mas continuaremos a deturpar a ideia de fomento das relações pessoais em prol de um fim de semana de compras a saldo? Este sábado e domingo de novembro, com temperaturas na ordem dos 18º, sol e céu limpo, viu os centros comerciais mais frequentados que os parques ou as praias portuguesas. E mesmo nesses espaços cobertos, o nacional não ficou salvaguardado: continua a preferir-se o Made in China por 70 euros com 20% de desconto, que o Made in Portugal por 50 euros a full price. Olhamos para a etiqueta no colarinho, mas não para aquela nas costuras. Não percebemos que os 75% de algodão "tuga" sai mais barato que os 40% de polyester estrangeiro, mesmo com pvp reduzido. Houve muita gente que neste black weekend ganhou muita coisa nova, mas houve quem ganhasse mais, mesmo que tivesse voltado para casa, depois de uns dias fora, de mãos a abanar.
Não que os resultados do BA tenham sido fracos, afinal, 425 mil pessoas vão ser beneficiadas com a recolha de mais de duas mil toneladas de alimen-
Isto não é um manifesto contra promoções (eu sou toda a favor de aproveitar bons negócios), pelo contrário: eu também fui à black friday perce-
Há um anúncio de uma operadora móvel que está a comover o mundo. Apela ao reencontro, à união familiar, ao mais importante do Natal: os que nos são próximos. É possível que essa operadora móvel não tenha ido às compras na Black Friday.
ber se havia algo que fizesse sentido comprar nesta oportunidade - mas entre "o fazer sentido" e o "ato de comprar" há um mundo de diferença. Isto é um manifesto sobre a prioridade das promoções e o seu aproveitamento desenfreado: vale a pena sacrificar um fim de semana em família pela fila para os provadores? Vale a pena sacrificar uma esplanada numa manhã solarenga de outono pelo parque de estacionamento com alertas sobre o nível de CO2?Vale a pena preterir o comércio tradicional pelos fóruns e shoppings? E, a pergunta incontornável: quanto do que comprou será devolvido ainda esta semana? Talvez valha a pena não comprar com os 20% de desconto e comprar menos e melhor, do que consumir em quantidade. Definitivamente, vale a pena não sacrificar o tempo de qualidade - que não tem preço - pela redução percentual do material. O melhor acontece quando nos unimos. Mas pelos descontos ou pelo que conta? Feliz Natal.
42 | NP | OPINIÃO
Um Natal mais solidário no Parque das Nações Por: Inês Freire de Andrade refoodparquenacoes@gmail.com / www.facebook.com/RefoodParqueDasNacoes Inês Freire de Andrade – 91 444 16 49 | Marta Nogueira Leite – 91 57 15 164 | Fátima Conde – 91 40 21 254
“Ao olhar para trás, orgulhamo-nos do que já alcançámos, mas a nossa vontade de crescer é enorme: queremos mais voluntários, mais fontes de alimentos, mais parceiros, mais espaço, para que possamos ajudar as cerca de 80 pessoas que esperam o nosso apoio! Para tal, a vossa ajuda é essencial.”
Este mês celebramos o primeiro Natal desde a abertura do Re-food do Parque das Nações. Para marcar esta data e demostrar o carinho que temos pelas 48 famílias que apoiamos, vamos juntar-nos todos, dia 23, no nosso centro, para lhes oferecer cabazes de Natal e presentes às crianças que poderiam não ter esse mimo este ano. Estes cabazes foram-nos oferecidos pela Cruz Vermelha do Parque das Nações e mais virão para o ano novo, doados pela IBM e pela Imobiliária Prado. Queremos que seja um dia especial, em que, para além das ofertas materiais, partilhemos o nosso amor àqueles que, por uma razão ou por outra, infelizmente, não têm acesso àquilo que nós já damos por garantido. O nosso último mês foi preenchido. Tivemos o nosso primeiro evento de convívio de voluntários, dia 24 de Outubro, na Escola Básica/Integrada Vasco da Gama, que como podem ver nas fotografias foi muito animado! Fizemos parte da “Manhã Saudável” organizada pela Rede L&M, que junta as várias instituições sociais com ação nos bairros da Quinta das Laranjeiras e do Casal dos Machados, onde apoiámos atletas esforçados com idades dos 4 aos 80. Recebemos, também, alimentos do Magusto do Oriente organizado pela Paróquia de Nossa Sra. Dos Navegantes; da organização de apoio a refugiados “Famílias Como as Nossas”, entre muitos outros. Ao olhar para trás, orgulhamo-nos do que já alcançámos, mas a nossa vontade de crescer é enorme: queremos mais voluntários, mais fontes de alimentos, mais parceiros, mais espaço, para que possamos ajudar as cerca de 80 pessoas que esperam o nosso apoio! Para tal, a vossa ajuda é essencial. Nesta época de maior reflexão, desafio-os a pensar, dentro dos vossos valores e convicções, que mais poderiam fazer pelos outros, quer seja pela família, pelos amigos, pelos refugiados ou pelos vizinhos que precisem. Acredito que há sempre mais alguma coisa que podemos fazer - e que tem sempre um impacto positivo. Fica o desafio!
Fotos: Entrega de cabazes de Natal pela Cruz Vermelha do Parque das Nações, representada pela VicePresidente Vera Julião, com a nossa gestora Fátima Conde; Convívio de Voluntários; Cartaz do Convívio de Voluntários; Marta Leite e Marta Eiras, gestoras do Re-food, no evento de convívio; Voluntários e gestores do Re-food no Convívio; Jovens participantes da “Manhã Solidária”, organizada pela Rede L&M, Ana Paula Abreu e Fátima Conde, gestoras do Re-food, a condicionarem os excedentes do Magusto do Oriente, organizado pela Paróquia de Nossa Sra. dos Navegantes.
NATUREZA | NP | 43
AVES DO PARQUE Textos e Fotografia por: Rodolfo Miguel Begonha Nome comum: Pombo-torcaz Nome científico: Columba palumbus Breve caracterização: Faz parte da família Columbidae. Havendo populações residentes em Portugal, tem, contudo, origem no Norte da Europa onde é abundante, migrando para Sul e aumentando, também, os seus efetivos avistados entre nós durante o Inverno. Quer no Outono quer no Inverno concentram-se mais exemplares no Sul do nosso país. Trata-se de um pombo que frequentemente não é identificado pelas pessoas devido a ser relativamente discreto e/ou por ser confundido com os pombos comuns que se encontram profusamente representados na capital. Porém, além da sua plumagem, globalmente de cor cinzenta, possui características muito particulares que o permitem distinguir dos demais. Desde logo tem maiores dimensões que as dos outros pombos, sendo até o maior pombo de
Portugal em estado selvagem, com cerca de 40 cm de comprimento. O seu bico é relativamente curto e fino, sobressaindo uma cor alaranjada ou amarelada. Enquanto que a cabeça e as asas são acinzentadas, salienta-se uma mancha azul-esverdeada na zona da nuca, a qual não é demasiado pronunciada. Ocorrem também zonas brancas que lhe são muito particulares, especialmente na zona inferior do pescoço – esta especialmente visível e importante para a sua identificação – mas também sob a forma de faixas ou listas nas asas e na cauda. No peito a tonalidade assume um cinzento-rosado, normalmente, suave. As patas são rosadas e a cauda é maior do que as de outros pombos e termina com tom escuro. Encontram-se em parques arborizados, bem como em matas e florestas, sendo observados em bosques de carvalhos ou olivais, mas, também, em zonas abertas e em campos quando encontram alimento. Além de vários grãos e sementes (como as de girassol), a sua dieta engloba frutos silvestres e outros de porte considerável incluindo bolotas
“As crias poderão iniciar-se no voo logo a partir de, aproximadamente, 25 dias depois do seu nascimento.”
de sobreiros e de azinheira. No que respeita à nidificação, escolhe árvores de grande porte onde deposita e une ramos e ervas que servem para construir a plataforma que constituirá o respetivo ninho. A reprodução pode verificar-se logo a partir de Janeiro, mas, habitualmente, ocorre em Fevereiro ou Março e poderá estender-se até Agosto. É frequente efetuar mais do que uma postura, podendo registar-se até 3 posturas, cada uma, geralmente, de 2 ovos e com um período de incubação de 17 dias, na qual participam ambos os progenitores. As crias poderão iniciar-se no voo logo a partir de, aproximada-
mente, 25 dias depois do seu nascimento. No Parque das Nações: Observam-se, ocasionalmente, exemplares desta espécie percorrendo em voo zonas do Parque das Nações, também em árvores ou alimentandose no solo, mais facilmente observados quando se encontram pousados em áreas relvadas, fundamentalmente no Parque do Tejo. Geralmente avistam-se em pequenos grupos ou aos pares e admite-se que sejam aves provenientes de populações habitualmente mais presentes em freguesias vizinhas.
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A ANTIGA CHAMINÉ DA SACOR Por: Sérgio Gomes - C.C. 00133568 Lisboa, 15 de Outubro de 2015
Moro no Parque das Nações, desde 2007, e também “ ADORO O MEU BAIRRO” como está bem explícito na primeira página do último número de Outubro, e foi por adorar este bairro à beira do Tejo que escolhi vir para cá morar. Durante algum tempo comentei orgulhoso com amigos o facto de serem visíveis, à noite, empregados da limpeza a trabalhar.Vi também com muita satisfação os elogios que eram feitos por estrangeiros, na Internet, ao meu bairro. Infelizmente o tempo passou, continuo a ADORAR O MEU BAIRRO, mas lamento o estado de degradação a que alguns locais chegaram. Neste caso apenas e só quero falar da antiga “Chaminé da Sacor”, actualmente, “Torre da Galp”. Chamam-lhe, agora, a Torre da Galp porque, ao que parece, é esta empresa que detém a responsabilidade da manutenção da mesma por ser sua proprietária. Foi o que ouvi dizer. Um pouco de história para os mais novos ou avivar as memórias mais frágeis. Desde que me conheço (já tenho 68 anos) que aprendi a viver com a “chaminé da Sacor” em muitas ocasiões e em outras tantas conversas familiares ou entre amigos. No local que agora é o BAIRRO QUE MUITOS ADORAM, antes de acontecer a Expo-98 e antes de ter sido uma lixeira a céu aberto, neste local existiu um complexo petrolífero onde pontificava imponente uma chaminé que deitava fogo para o céu vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Perto da marina ao início do bairro ainda são visíveis esqueletos de reservatórios de petróleo. Sempre ouvi dizer que, se acontecesse uma tragédia com as dezenas de reservatórios que existiam no complexo, Lisboa desaparecia. Felizmente tal não aconteceu e em seu lugar nasceu o BAIRRO QUE EU ADORO e onde decidi viver. Moro na Porta do Mar e a minha varanda está de frente para a referida Ex-Chaminé o que significa viver com um icon do Parque das Nações fotografado por milhares de turistas, transformado num pesadelo quase diário. Mas este pesadelo só o é devido ao amadorismo e incúria e abandono a que foi votado por quem tem a responsabilidade de o cuidar: ao que parece é a GALP e passo a explicar porquê: 1 - A rampa em caracol que nasceu com a Expo-98 e que devia ser utilizada, apenas por peões para apreciar a vista ou para atravessar a Alameda dos Oceanos, está transformada na prova de montanha para os milhares de ciclistas e praticantes de atletismo com mais ou menos barriga que a utilizam com todos os inconvenientes ambientais (ruído) para quem ali mora. Mas quando meninos com skates decidem fazer provas de velocidade ou filmes para colocar no youtube então o barulho é infernal. Já vi senhoras que tranquilamente subiam a rampa empurrando carrinhos
“No dia em que Kadafi e muitos outros presidentes cá estiveram e tinham que passar na Alameda dos Oceanos, em frente à minha casa, eu vi dois indivíduos a subir ao alto da Torre sendo que um levava um objecto suspeito na mão. Chamei a Polícia que os apanhou no alto da Torre em flagrante mas a filmar. Nesse dia o Comissário da P.S.P. de Lisboa mandou um agente agradecer-me em seu nome pelo acto de cidadania que tivera porque se, em vez de estar a filmar, os homens se preparassem para um atentado tinha sido muito grave.” de bebé serem surpreendidas e abalroadas por ciclistas a descer em grande velocidade. Os mesmos ciclistas (adultos ou jovens) são os responsáveis pelas dezenas de placas partidas cujos vidros se podem ver na calçada e dão à Torre o aspecto lamentável que hoje apresenta. Um turista, certa vez, perguntou-me: “mas ninguém cuida desta maravilha?”. 2 - Eu próprio já devo ter chamado a Polícia, a quem saúdo e agradeço o grande trabalho que fazem para nos proteger, várias dezenas de vezes sempre pela mesma razão: bandos de jovens (o máximo que contei foi 25) que sobem ao alto da Torre durante a noite, se embriagam, gritam, fazem raves, urinam e atiram com as garrafas para a rua. Da minha varanda já os vi a descer pela parte de fora como alpinistas completamente embriagados colocando a sua própria vida em risco. Alguns são filhos de “gente” que, depois de chamada à pressa pelos “meninos”, fazem o trabalho pedagógico da Polícia parecer uma anedota além de frustrante. Outros nem cá moram. Uma vez mais, para os elementos da Polícia que já fizeram com que eu e muitos vizinhos (alguns sem coragem para intervir) dormissemos um pouco melhor, a minha saudação grata. 3 - O abandono e desleixo desta Torre é tal, que num dia de muito vento uma das placas, à entrada da rampa, se soltou e fui eu que, se quis dormir porque o barulho era ensurdecedor, a fui reparar e prender com arame. Esses arames ainda hoje lá estão, enferrujados mas a cuidar do meu sono. Isto aconteceu em 2009. Mas há placas metálicas a soltarem-se no seu interior. Basta que o vento seja mais forte e ouvem-se assustadoramente. Quando a tragédia acontecer e alguém for apanhado por uma placa, na rua, ninguém vai ser culpado. 4 - O último acontecimento (trágico) ocorreu na madrugada de 7 para 8 de Outubro, deste ano, pelas três da madrugada, quando uma jovem, por razões desconhecidas, se infiltrou nas entranhas da rampa e desconhecendo a quantidade de placas que faltam na mesma, caiu de uma altura de mais de dez metros para a rua só sendo encontrada em estado muito
grave, às 7h da manhã do dia 8, por alguém que passava. O sangue tal como os estragos causados e os vidros partidos ainda são visíveis. Mas para que estes tristes acontecimentos não tivessem acontecido ou para que este ícone do meu bairro não se torne cada vez pior, basta que quem tem a obrigação de cuidar da sua manutenção coloque à entrada da escada de acesso ao topo (facilmente transponível até por uma criança) uma placa a dizer: ACESSO SÓ PERMITIDO COM AUTORIZAÇÃO em português e inglês porque muitos turistas o fazem para fotografar. Um deles partiu mesmo uma perna ao escorregar na escada de ferro. Para evitar que os ciclistas e praticantes de atletismo não utilizem a rampa e incomodem os condóminos dos prédios em volta, basta colocar uma corrente à entrada da rampa (que não impeça os peões de subir) e um letreiro visível a informar: SÓ PARA PEÕES igualmente em inglês e português. Não sugiro coimas mas, se entenderem que é melhor, eu que pago todos os meus impostos e tento ser cumpridor civicamente, concordo. Nota final No dia em que Kadafi e muitos outros presidentes cá estiveram e tinham que passar na Alameda dos Oceanos, em frente à minha casa, eu vi dois indivíduos a subir ao alto da Torre sendo que um levava um objecto suspeito na mão. Chamei a Polícia que os apanhou no alto da Torre, em flagrante, mas a filmar. Nesse dia o Comissário da P.S.P. de Lisboa mandou um agente agradecer-me em seu nome pelo acto de cidadania que tivera porque, se em vez de estar a filmar os homens se preparassem para um atentado, tinha sido muito grave. Para mim este acto nada teve de relevante por me ser normal, mas é com o mesmo espírito e por GOSTAR MUITO DO MEU BAIRRO que eu fico perplexo e me apetece sugerir à GALP (caso seja a responsável da Torre) que, se não tiver dinheiro para melhorar as condições desta Torre que é um ícone para os lisboetas com mais de cinquenta anos e são muitos, sem falar nos turistas, me ofereço para fazer um peditório e, desse modo, juntamente com os vizinhos à volta da Torre poder finalmente dormir descansado.
OPINIÃO | NP | 45
CARREIRA DO 708 Sustentabilidade: mudança a duas velocidades
Moro no Parque há 15 anos. Há 14 que uso a bicicleta, há 10 que apanho o 708, há 3 que uso o carro. Acompanho com alegria as mudanças tão tardias quanto bem-vindas relativamente à implementação de uma cultura de vida sustentável. Cresci com o Bairro e, no meu horizonte de miúda, só havia três pessoas a usar a bicicleta como meio de transporte: o emblemático professor Artur Pastor, a minha mãe e uma senhora que fala tão bem francês quanto português e que mora no lote X. Assim foi durante anos.
A população usuária do 708 é constituída maioritariamente por estudantes dos colégios e escolas, empregadas domésticas, estudantes universitários, jovens trabalhadores e reformados, mas acredito que seria mais abrangente se a frequência do mesmo correspondesse à referida nos horários. Ninguém é alheio à certeza dos atrasos do 708, mas ultimamente as carreiras omitem-se: espera-se uma hora por um autocarro que deve passar de 15 em 15 minutos! Num mundo que gira a uma velocidade crescente, estar no sítio certo à hora certa é fundamental. Por motivos diversos, esperar tanto não é
compatível com o modo de vida ocidental do século XXI e, ainda que fosse, é francamente desagradável. Se até as pessoas que querem usar o autocarro não podem, como estabelecer o exemplo para quem nem se lembra dessa proto-alternativa? Queremos um Parque mais sustentável, mas essa mudança só pode ser plena se todas as frentes caminharem no mesmo sentido. Cimentadas as bicicletas, venha a constância do autocarro! Apelo aos insatisfeitos, interessados, curiosos, enfim, às forças vivas para se manifestarem. Somos finalmente uma freguesia autónoma, somos um Bairro com B grande, façamo-nos ouvir a uma voz perante quem de Direito. Viva a vida no Parque! Diana N.A. Santana Figueiredo, residente do Parque desde 30 de Junho de 2000.
M/18
Ora muito mudou. Todavia a par da construção de paragens, do comboio de meninos que vai de bicicleta para escola, de estudantes universitários e jovens trabalhadores que se apiam na gare do oriente, da afirmação das ciclovias, há uma lacuna gritante que
corrompe o cerne da tão apregoada sustentabilidade. Se costuma andar de autocarro, o leitor já percebeu que me refiro à carreira do 708.
“Queremos um Parque mais sustentável, mas essa mudança só pode ser plena se todas as frentes caminharem no mesmo sentido. Cimentadas as bicicletas, venha a constância do autocarro! Apelo aos insatisfeitos, interessados, curiosos, enfim, às forças vivas para se manifestarem. Somos finalmente uma freguesia autónoma, somos um Bairro com B grande, façamo-nos ouvir a uma voz perante quem de Direito. Viva a vida no Parque!”
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Programação sujeita a alterações.
46 | NP | OPINIÃO
Sabia que... Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com
DESPORTO…O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DE JOVENS ATLETAS NO RUGBY. Decorria o ano de 1845 quando, no Reino Unido, foi criado este desporto, inicialmente, uma variante baseada no Futebol, designada por Rugby Football. Um mito local ou uma verdade sofismável conta que esta prática terá sido inspirada numa jogada irregular de um aluno chamado Wlliam Webb Ellis da Rugby School, na cidade de Rugby, em Inglaterra, que, num jogo de Futebol em 1823, pegou na bola durante o jogo com as mãos e seguiu até à linha de fundo do adversário. No Parque das Nações, a escola de Rugby do Colégio Pedro Arrupe (CPA) surgiu em 2011 como actividade de enriquecimento curricular, tendo, desde então, vindo a crescer de forma bastante sustentada, contando com 77 jovens atletas entre os escalões de sub 8 e sub 16. Começa, assim, a ser um projecto de referência no desenvolvimento da modalidade em contexto escolar. Os treinos decorrem nas instalações desportivas e são orientados por treinadores experientes e credenciados. Para além da participação em todas as competições, o Rugby CPA é um dos impulsionadores da Taça entre Colégios (Colégios CUP) e é um caso único no panorama nacional, sendo a única escola que participa em todas as competições, apenas, com seus alunos. Coragem, respeito e lealdade. Mais em: http://www.colegiopedroarrupe.pt/
GASTRONOMIA…DE LA FRANCE POUR NOUS! E pronto, a questão persiste nesta altura do ano. O que escolher durante o mês de Dezembro, com a chegada da época natalícia, em que as festas, almoços e jantares de grupo fazem parte da agenda e estão inerentes a todos os estilos de vida? Todas as desculpas e mais algumas servem para se colocar a dieta de parte e fazer, assim, todos os abusos alimentares imperarem! A pensar que em Janeiro se recuperará a linha ambígua, a silhueta, o peso ideal, o tal desejado. Ou congruente. Optei por fazer um combinado, um prato do menu vegetariano, com salada e um molho repleto de ingredientes secretos. Muito apetitoso e bastante misterioso. Um bife de Seitan acompanhado de batatas fritas, regado com molho Brasserie em harmonia com uma salada de nozes, alface e rúcula, num emblemático restaurante “colorido” de cores francesas fundidas com um ambiente muito intimista, descontraído,
elegante e sedutor. Central no nosso Parque, a meio de tudo e a caminho de todos, La Brasserie de L'entrecôte proporciona momentos perfeitos com cheiros e sabores delicados, bem ao estilo da cozinha francesa, espalhando no nosso coração português as iguarias confecionadas a pensar em todos. Um conceito inspirado no famoso café de Paris, em Genève, é boemiamente dedicado a almoços e jantares de negócios, de amigos, de família, com um toque claramente romântico. Por 17, 95€ por pessoa ou a alternativa com mais saída, o Entrecôte de vaca com o mesmo conceito de combinado por 19, 45 €. São estes os únicos pratos e os pratos únicos que o cardápio nos oferece. Desejo a todos um Feliz Natal com boas entradas em 2016 e um abraço sentido a todo o povo Francês…e, claro, para todos os nossos vizinhos. Mais em: http://www. bra ss eri eentreco te.p t/ Alameda dos Oceanos nº 43 21 8962220
INFANTIL…CATEQUESE, INSTRUIR EM VIVA VOZ. Ensinar, adestrar, divulgar, massificar é uma arte que é um luxo pedagógico e filantrópico, que não é para todos. As crianças, em fase mais suscetível de interrogações e de dúvidas, durante o crescimento, necessitam muito de uma linha reta que as direcione do ponto A ao ponto B, que as leve a um porto de abrigo, a uma zona de conforto, a uma explicação filosófica ou religiosa, ao encontro do legado que os nossos antepassados programaram, para que nos encontrássemos connosco próprios, que explicasse quem somos, de onde viemos, para onde vamos e todos os porquês da vida. Todas as respostas a todas as perguntas. Todos os dogmas. Os preceitos da religião católica, ditados em formato histórico e de crença, de fé, para que meninos e meninas com idades, desde os 7 anos e adultos a partir dos 16, possam acreditar e aprender, através da voz da nossa Igreja dos Navegantes, a mensagem de Deus, transmitida através de catequistas, da bíblia e dos catecismos. A missão dos 58 catequistas desta paróquia é ensinar os valores da teologia, da religião católica, a 554 crianças com o acréscimo de
59 do colégio João XXIII. São 10 missões em 10 anos: 1ºano “Jesus Gosta de Mim” Festa do Sinal da Cruz; 2ºano “Ensina-nos a Rezar” Festa do Pai Nosso; 3ºano “Queremos Seguir Jesus” Festa do Perdão e Primeira Comunhão; 4ºano “Tens Palavras de Vida Eterna” Entrega das Bíblias; 5ºano “Sereis o meu Povo” Entrega do Credo; 6ºano “Creio em Jesus Cristo” Profissão de Fé; 7ºano “Projeto +”; 8ºano “Somos +” Festa da Vida; 9ºano “o desafio de Viver” Festa do Compromisso; 10ºano “A alegria de Crer” Crisma. O Catecumenato é a caminhada de preparação para os 3 Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Primeira Comunhão e Crisma) para crianças que entram na catequese sem serem batizadas, o primeiro ano é de acolhimento e, nos três seguintes, paralelamente à catequese semanal, fazem uma caminhada específica como preparação para receberem os Sacramentos da Iniciação Cristã. "Na fé e na esperança o mundo discordará, mas todo o interesse da humanidade está na caridade”. Mais em: http://www.paroquia-navegantes.org/site/index.php/formacao/catequese/turma s-e-horarios PARQUE…MAR DA PALHA. Quando se fala, nos dias de hoje, em Mar da Palha, relacionamos Mar da Palha com restaurantes, bares, ou empresas, empreendimentos, blogues ou algo mais. Mas, afinal, o que é o Mar da Palha? O Mar da Palha é a junção que une o Rio Tejo e o Oceano Atlântico, a via fluvial e o caminho marítimo, na costa Atlântica, onde o Tejo se funde, num delta, entre ilhotas, conhecidas na gíria local por mouchões, para se encontrar num estreito gargalo, que faz a comunicação entre o grande oceano e o Mar da Palha. O Rio Tejo tem uma grande bacia, no seu estuário, muito próximo da foz, em que o ponto mais largo tem 23 kms de largura. É caracterizado pelos seus fundos baixos em constante mutação. Toda a navegação fluvial é feita pelas calas e por canais mantidos às cotas necessárias através de dragagens, como o do canal do Barreiro, na margem Sul. Sabia que o nome foi escolhido devido aos resíduos vegetais arrastados pelo rio Tejo das lezírias ribatejanas a montante, que, empurradas pelas correntes e ventos, circulam em toda a sua extensão? E que a água no Mar da Palha é salobra (água doce com água salgada) e as suas margens são, quase todas, sapais (terreno alagadiço), onde várias espécies de aves vêm nidificar, algumas migratórias, e, na margem sul do rio, estabeleceuse, assim, uma reserva natural?
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