Edição 87

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ANO XV - NR.87 - BIMESTRAL - FEVEREIRO16 - DIRECTOR: MIGUEL FERRO MENESES

ADORO O MEU BAIRRO

CABINE DE LIVROS NO PN

PARQUE EM OBRAS

Crónica de Carmo Miranda Machado

O que vai mudar na Alameda dos Oceanos? páginas 4 e 5

1 5 º

Desde 2000

A N I V E R S Á R I O

Amiga do Peito

Rua Ilha dos Amores 4.17.01 PARQUE DAS NAÇÕES - Tel. 218 956 737 / 218 956 911

página 18



EDITORIAL | NP | 3 FichaTécnica

EDITORIAL HUMAN HABITAT Henk Ovink, no auditório do Oceanário, dia 22 de Fevereiro.

mos, todos, por aqui, durante mais uns tempos. Desta vez Livia traz-nos Henk Ovink, enviado especial para assuntos internacionais relacionados com água, na Holanda, e quem lidera o programa norte-americano “Rebuild by Design” (considerado pela CNN como o “número 1” das ideias mais inovadoras), criado na sequência do devastador furacão Sandy. Portanto, se tiver duas horas da sua vida para participar, é garantido que sairá de lá mais completo do que quando entrou.

CABINE DE LIVROS NO PARQUE DAS NAÇÕES Sugira locais para a implementação desta ideia. A nossa cronista, escritora e apaixonada por livros, Carmo Miranda Machado, lançou a ideia, numa das edições anteriores do jornal, de trazer, para o nosso PN, uma cabine de leitura onde as pessoas pudessem deixar, levantar e trocar livros.

Nesta edição (pág. 18), Carmo tem novidades sobre esta ideia, que parece estar a ganhar forma, e pede aos moradores que comecem a seleccionar livros para disponibilizarem e que sugiram locais para a implementação desta cabine. Como esta ideia podem surgir outras. Portanto, caro leitor, se tiver alguma ideia, liberte-a da sua cabeça, passe-a, aqui, para o papel e quem sabe... É preciso é acreditar e voar. Como diz Carmo, nesta sua última crónica: “Porque ler é também voar e nós queremos fazer do nosso bairro um local de pessoas mentalmente livres, com ideias novas, abertas à mudança e receptivas ao sonho.” Miguel F. Meneses

geral@noticiasdoparque.com

a partir de

m

Livia Tirone, arquitecta, mora no Parque das Nações desde o seu início e foi responsável pela arquitectura e construção das bioclimáticas:Torre Sul e Torre Verde, marcos da construção sustentável nacional. Sustentabilidade e defesa do ambiente são uma constante na vida desta nossa vizinha, responsável por trazer, ao Parque e ao mundo, as conferências Human Habitat, um dos seus muitos projectos ligados à defesa do planeta. Livia consegue o feito de trazer, ao nosso Parque, os maiores pensadores mundiais sobre estas temáticas. A riqueza das conferências e dos debates costuma ser, no mínimo, inspiradora. O Auditório do Oceanário de Lisboa consegue fazer o mundo parar, por umas horas, para pensar e debater o que está a acontecer e no que podemos fazer para continuar-

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Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Ana Penim; André Ribeirinho; Carmo Miranda Machado; Conceição Xavier; Diogo Freire de Andrade; Miguel Soares; Paulo Andrade; João Bernardino; João Catalão; José Teles Baltazar; Pedro Gaspar; Rita de Carvalho; Sara Andrade; Sónia Ferreira Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Revisora: Maria de Lurdes Meneses Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 13.500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social: Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul 1990 -503 LISBOA Nr. de Registo ICS -123 919


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“Intervenção na Alameda dos Oceanos é a obra mais estruturante” José Moreno, a meio do mandato como Presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, fala sobre a intervenção, na Alameda dos Oceanos, que vai reconduzir esta via ao usufruto prioritário das pessoas em detrimento do tráfego automóvel.

(1) José Moreno; (2) Depois da conclusão da obra a Alameda voltará a ser prioritária para os peões; (3) Programa Praia Campo Sénior; (4) Quiosque do Turismo; (5) Limpeza de Grafittis; (5) Jardim de Ondas; (6) Transporte Solidário Em traços gerais, que tipo de obra vai ser efetuada na Alameda dos Oceanos? E porquê? A intervenção na Alameda dos Oceanos, iniciada em janeiro, é algo há muito esperado pela população. A Alameda tem uma centralidade especial na freguesia. Acontece que o piso foi-se degradando, estava muito irregular; a ciclovia não tinha o piso adequado e a circulação de bicicletas tornava-se difícil; a profusão da sinalética revelou-se exagerada; o tráfego de veículos automóveis e de pesados nem sempre é o adequado; naturalmente, a via pedia uma intervenção urgente. Acreditamos que esta obra vai ter implicações positivas e diretas na qualidade do espaço público, na mobilidade dos cidadãos e na renovação do património urbanístico. Esta intervenção tem conclusão prevista para agosto de 2016, compreende uma importante reestruturação no esquema de circulação rodoviário praticado atualmente. Concretizando: a intervenção contempla a reconstrução do pavimento rodoviário; a substituição, por pilaretes, dos cubos em pedra que delimitam a ciclovia bidirecional atualmente existente, uma ciclovia em ambos os sentidos, com pavimento adequado à circulação de bicicletas; a melhoria da acessibilidade pedonal, com reformulação das passagens de peões; a reorganização das zonas de cargas e descargas e a redefinição da paragem de táxis junto ao Casino Lisboa. Qual é a participação da Junta de Freguesia do Parque das Nações nesta obra? A empreitada é da responsabilidade da Câmara

Municipal de Lisboa, no âmbito do projeto Pavimentar Lisboa 2015-2020, mas conta com o apoio e colaboração da Junta de Freguesia do Parque das Nações. Nós vamos, também, aproveitar esta mega-intervenção para renovar a arborização da Alameda, bem como colocar um novo sistema de rega automático e replantação dos jardins e floreiras. Que mudanças, a nível do trânsito, estão previstas durante a obra? A obra compreende seis fases e deverá prolongar-se por oito meses. Na 1ª fase da intervenção, em curso, na Alameda dos Oceanos (troço central) – que foi iniciada em janeiro de 2016 e cuja previsão de execução é de dois meses - o esquema de circulação habitual sofre alterações, a partir do entroncamento, entre a Alameda dos Oceanos (sentido sul-norte) e a Rua do Bojador. Entre este entroncamento e a rotunda do Parque das Tágides apenas é permitido o sentido de circulação poente-nascente. Excecionalmente, pode haver pequenos ajustamentos sempre que sejam previsíveis grandes ajuntamentos de pessoas junto ao MEO Arena, por exemplo. Todavia, enquanto decorrerem as obras na Alameda dos Oceanos, haverá sempre sinalização e avisos sobre os condicionamentos ao tráfego. Ainda assim, aconselhamos os automobilistas a evitarem a zona de intervenção e, quando tal não for possível, que sigam rigorosamente os conselhos de circulação e a informação disponível no local.


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O que vai mudar depois da conclusão da obra, em agosto deste ano? Como já referi, a JFPN pretende que o esquema de circulação, após a obra, seja condicionado, repondo-se os condicionalismos existentes naquele troço da Alameda dos Oceanos até à abertura do Campus de Justiça. No sentido sul-norte, e a partir do acesso ao parque de estacionamento da doca, será limitado a veículos devidamente autorizados e de emergência. No sentido norte-sul, por forma a evitar a utilização deste troço central da Alameda dos Oceanos como via de atravessamento, será adotado um esquema de circulação, tipo serpenteado, apoiado nas vias a poente (desde o Campus de Justiça - Av. do Atlântico - até à Av. do Mediterrâneo). Esta intenção tem como objetivo fundamental direcionar o tráfego de atravessamento, que atualmente se pratica à custa de vias projetadas para uma função distribuidora local, por dentro do Bairro PN, para as vias com capacidade de absorvê-lo, como a Av. D. João II e Av. Infante D. Henrique. A via será, na sua totalidade, repavimentada, mantendo o perfil transversal atual. Terá um canal rodoviário em cada sentido, como atualmente, e terá um canal destinado a ciclovia unidirecional, em cada sentido, com piso adaptado à circulação em bicicleta. Serão acauteladas zonas para cargas e descargas e criada uma praça de táxis junto ao casino de Lisboa. Por motivos de segurança serão substituídos os

cubos de granito (atualmente existentes no sentido sul-norte para limitar a zona de circulação rodoviária da ciclovia bidirecional) pelos obstáculos usualmente utlizados, no Bairro PN (pilaretes), estando garantida a implantação de pilaretes amovíveis ou rebatíveis nos corredores de emergência já previamente identificados. Está prevista mais alguma obra deste tipo? A par desta intervenção de fundo, na Alameda dos Oceanos, estão a decorrer outras obras no espaço público da que foi a zona central da Expo’98. A cascata de água e as áreas relvadas junto ao Oceanário, o passadiço de madeira junto ao rio, os jardins Garcia de Orta são alguns dos espaços que estão a ser intervencionados neste momento. Até ao verão, seguramente, surgirão recuperados, para usufruto pleno dos fregueses e dos visitantes. Mas, ao nível da circulação e da mobilidade, a intervenção na Alameda dos Oceanos é a obra mais estruturante prevista para os próximos meses. Estamos a preparar a requalificação do separador central da Av. D. João II e, em articulação com a Câmara Municipal de Lisboa, a repavimentação das faixas rodoviárias da mesma. Aproveitando o início do ano, em tópicos gerais, que balanço faz de 2015? Encerrámos o ano transato com o sentido do dever cumprido. Quer do ponto de vista institucional e de infraestruturas necessárias a uma nova

estrutura autárquica, criada de raiz, quer ao nível das intervenções mais urgentes que o território exigia, estamos convictos de que ambos os processos estão no bom caminho. A coligação entre o PNPN e o Partido Socialista, no início de 2015, produziu resultados, possibilitando a estabilidade política necessária ao Executivo da Junta e melhor interação com o Executivo da Câmara de Lisboa: agilizou as necessárias ações de requalificação do espaço público, dando resposta aos desejos dos cidadãos. Tal como expressava o nosso programa, as pessoas são a nossa prioridade. No Executivo da JFPN definimos o nosso modelo de organização, estabelecemos equipas e assentamos competências que nos irão permitir fazer da JFPN um modelo exemplar que concilia descentralização dos serviços e valências de proximidade. O intuito é facilitar a vida aos residentes, com resposta imediata no seu dia-adia. Devemos ser das raras juntas de freguesia onde já se conseguem obter documentos, como atestados, na hora. Por outro lado, assumimos a nossa aposta numa plataforma de comunicação digital acessível aos cidadãos e cidadãs, a que damos corpo através do portal da Junta de Freguesia, que assegura informação em tempo real e transparência de gestão. A oferta social na freguesia é hoje uma realidade. Mais de uma dezena de respostas, implantadas no terreno, dão apoio permanente a cerca de 500 famílias. Em 2015 dois projetos foram lançados com

grande sucesso no combate à exclusão e isolamento social: Transporte Solidário e Programa Praia Campo Senior. No âmbito do desemprego o Gabinete de Inserção Profissional revelou-se de particular importância para a população desempregada. O turismo começou, em 2015, a adquirir a relevância que a freguesia justifica e, nesse âmbito, foi firmado um acordo com o Turismo de Lisboa e inaugurado o primeiro posto de turismo do Parque das Nações, absolutamente fundamental num território que recebe mais de milhão e meio de visitantes estrangeiros ao ano. Em termos de espaço público continuamos a apostar num espaço sustentável, onde os jardins, as calçadas, os passadiços, a frente de rio, o mobiliário urbano e a arte urbana são para todos usufruírem, residentes e visitantes, afirmando o Parque das Nações como uma porta aberta ao mundo. Em 2015 também firmámos importantes parcerias com entidades locais, o que nos permitiu ir mais longe nesta construção e preservação conjunta do Parque das Nações. O Voluntariado assumiu um papel importante neste processo. O objetivo maior é reduzir as assimetrias preexistentes no sentido da maior coesão social. Merece destaque uma iniciativa pioneira na cidade de Lisboa: o Diagnóstico Social da freguesia, que faz o levantamento das necessidades e é uma ferramenta de orientação de políticas, que aprofundaremos nestes dois anos de mandato.

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PARQUE DAS NAÇÕES JÁ TEM GABINETE DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO Segundo adianta a JFPN, este gabinete é destinado a informar e orientar pessoas que pretendam criar o seu próprio negócio ou queiram reformular um negócio já existente. O Notícias do Parque recebeu a informação que “a Junta de Freguesia do Parque das Nações disponibiliza, desde fevereiro, um novo serviço no âmbito do pelouro do Apoio Social. Trata-se do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo (GAE), destinado a informar e orientar pessoas que pretendam criar o seu próprio negócio ou queiram reformular um negócio já existente. O GAE está disponível para todos os residentes recenseados na freguesia e funciona, numa primeira fase, no Espaço Poente da JFPN (Rua Padre Joaquim Alves Correia, lote 23 C/V A, B e C ), às terças-feiras à tarde, por marcação. As sessões de aconselhamento são individuais, gratuitas e totalmente confidenciais. As consultas são realizadas em regime de voluntariado pelo Eng.º António Pinto de Carvalho, uma pessoa com longa experiência em administração de empresas e gestão financeira nos mais variados setores da ativida-

de económica. Para recorrer a estes serviços de apoio ao empreendedorismo basta dirigir-se aos serviços da JFPN e preencher o requerimento ou fazê-lo online em www.jf-parquedasnacoes.pt/pt/gae-gabinete-apoioempreendedorismo e envia-lo para: atendimento@jf-parquedasnacoes.pt .”

Quem quiser recorrer a este gabinete poderá dirigir-se à Junta de Freguesia do PN para preencher o requerimento ou fazê-lo online.

DESFILE DE CARNAVAL O evento, iniciativa dos agentes da 40.ª Esquadra do PN e que conta com o Apoio da Junta de Freguesia, conseguiu reunir,na FIL, centenas de alunos do Parque das Nações. FOTO: JOSÉ BOLDT

O cortejo começou com a concentração das escolas junto às instalações da FIL, pelas 9h30, desfilando, perante o júri, entre as 10h e as 11h00. Este ano a iniciativa foi extensiva aos seniores, através da presença de utentes do Centro de Dia Quinta das Laranjeiras que se juntaram às crianças das Escola EBI/JI Vasco da Gama, Escola Básica do Parque das Nações, Externato João XXIII, Escola EB1 Infante Dom Henrique, Casa das Abelhinhas, Creche e Aparece. Mais uma vez a animação do evento esteve a cargo da Escola Profissional Agostinho

Roseta. Depois da votação do júri, composto por elementos da FIL, JFPN, PSP, Escola Agostinho Roseta e Notícias do Parque, foram distribuídos os prémios aos três primeiros classificados, assim como brindes e lanches a todas as crianças participantes. O Externato João XXIII foi o grande vencedor, seguindo-se a Casa das Abelhinhas e a Escola EB1 Infante Dom Henrique. A 40.ª Esquadra do Parque das Nações conseguiu, uma vez mais, o feito de reunir centenas de crianças do bairro, na FIL, num encontro marcado pela grande animação e confraternização.



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AULAS DE PINTURA INICIAÇÃO À PINTURA A ÓLEO

ESCOLAS DO PN PARTICIPAM EM COMPETIÇÃO NACIONAL A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil já divulgou os vídeos, apelidados de “Hinos da Fruta”, criados pelos 52.832 alunos que participam na 5ª edição do projeto «Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável». Nesta divertida competição nacional que hoje começa, as crianças partilham a cantar as lições que aprenderam ao longo do projeto sobre a importância dos hábitos saudáveis e convidam os adultos a votar no “Hino da Fruta” da turma ou da escola escolhida. A votação aberta a todo o público decorre até dia 10 de março, no site www.heroisdafruta.com e vai apurar 80 hinos finalistas: os 3 mais votados, bem como o mais partilhado de cada distrito ou região autónoma. Lista dos 3 vídeos das escolas participantes da Junta de Freguesia do Parque das Nações: • EBI 1,2 e 3 Vasco da Gama -Sala 1, Sala 2, 1ºA, 1º B, 2ºA, 2º B, 3ºA, 3º B, 4ºA, 4º B, 4º C • EB Parque das Nações -Sala 1, Sala 2, Sala 3, Sala 4 • EB Infante D. Henrique - Sala 1, 1º, 2º, 3º e 4º

NO CENTRO PASTORAL DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES

CONTACTO 913 391 902

«Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» Depois do sucesso das edições anteriores que envolveram, no total, 183.395 alunos, no ano letivo 2015/2016, participam no projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável», 52.832 alunos de 2.607 turmas, de 875 jardins de infância e escolas básicas do 1º ciclo de todos os distritos do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é atualmente o maior programa gratuito de educação para a saúde de âmbito nacional, com uma das maiores taxas de sucesso de sempre em reeducação alimentar infantil em Portugal: está estatisticamente comprovado que a aplicação do modelo pedagógico dos «Heróis da Fruta» aumenta em, pelo menos, 42% o consumo de fruta diário das crianças que nele participam. Além do incentivo ao consumo de fruta nas quantidades recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» leva também às crianças lições importantes sobre alimentação saudável, higiene oral, atividade física, economia e poupança, respeito pelo ambiente e bem-estar emocional, que as ajudam a crescer saudáveis, ativas e felizes. Site oficial do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável»: www.heroisdafruta.com

A votação, aberta a todo o público, decorre até dia 10 de março no site www.heroisdafruta.com e vai apurar 80 hinos finalistas. Para votar numa das escolas do PN terá que entrar, selecionar o distrito, o concelho e, por fim ,o hino da escola em que quer votar. Está estatisticamente comprovado que a aplicação do modelo pedagógico dos «Heróis da Fruta» aumenta em, pelo menos, 42% o consumo de fruta diário das crianças que nele participam.

Sobre a APCOI A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 2010, cuja missão é ajudar a criar um mundo melhor para as futuras gerações, através de iniciativas que valorizem a saúde das crianças, promovam o combate ao sedentarismo ou à má nutrição e previnam a obesidade infantil e todas as doenças associadas. A APCOI é composta por um grupo de voluntários preocupados com a saúde infantil, que se mobilizam em torno da responsabilidade de transmitir melhores hábitos de vida às crianças, ajudando-as a escolher as opções mais saudáveis.



FREGUESIA EM DEBATE

Coluna de opinião dos elementos dos partidos/movimentos que representam a AF

PIB ou FIB, a escolha é

Grandes Opções do Plano e

nossa

Orçamento para 2016

Henrique Sánchez - PNPN

Jorge Alves - CDU cduparquedasnacoes2013@gmail.com

Entrámos no terceiro ano após o Grupo de Cidadãos Parque das Nações Por Nós ter ganho as eleições de Setembro de 2013 com mais de 40% dos votos. Muita água já passou por baixo das pontes, depois de termos ultrapassado várias vicissitudes, como sejam, a não existência de instalações, nem de um quadro de pessoal, depois de uma inusitada, mas percebida, exacerbação por parte de uma oposição, má perdedora, que demorou em digerir a derrota eleitoral. Depois das dificuldades, umas naturais, outras pouco compreensíveis, que a Reforma Administrativa da cidade de Lisboa e a respectiva transferência das diversas competências trouxeram a todo este processo de criar uma Freguesia. Sim, uma Freguesia não se cria por despacho ministerial, depois de resolver divergências internas que foram surgindo ao longo deste caminho, depois de um acordo coligatório com a segunda força mais votada, permitindo avançar na persecução dos nossos compromissos eleitorais, e, por fim, mas não menos importante, do início da recuperação dos inúmeros problemas deixados pela gestão “mãos largas” da Parque Expo, que era incomportável prosseguir, quer por ser despesista, pouco transparente e manifestamente contrária à contenção dos gastos públicos, quer pela situação económica do país, que não só aconselhava como exigia uma gestão criteriosa dos dinheiros públicos. Eis-nos chegados ao terceiro ano do mandato que nos foi conferido, com um plano de intervenções profundas, por iniciativa conjunta da Junta de Freguesia do Parque das Nações e da Câmara Municipal de Lisboa, quer ao nível da recuperação dos espaços verdes, quer da manutenção do mobiliário urbano, quer das diversas e variadas intervenções ao nível da acção social, loja solidária, centro de dia da Quinta das Laranjeiras, respeito pelos maiores da nossa Freguesia, quer das actividades desportivas de jovens e de menos jovens, da educação, tendo sempre como principal bandeira a conclusão da Escola do Parque das Nações, da Biblioteca David Mourão-Ferreira, do programa “Há Férias no Parque”, do programa “Praia Campo Sénior”. Também da Cultura com inúmeras iniciativas, da Mobilidade, cujo Plano de Acção começará a ser implantado este ano, através da construção de ciclovias, alterações ao trânsito e ao estacionamento nas principais vias da Freguesia, da fantástica iniciativa, pelo que tem de mudança de comportamentos, perante a mobilidade e a saúde dos nossos moradores, que é o “CicloExpresso do Oriente” verdadeiro com-

boio de bicicletas para aceder de casa à escola de uma forma racional e saudável. Da utilização de carrinhas 100% eléctricas, na área da Gestão Urbana, que tem trazido poupanças significativas em combustível e na não emissão de gases tóxicos, dando o exemplo face à mudança de comportamentos que cada vez se torna mais urgente nas grandes cidades.

Estamos conscientes das dificuldades que ainda nos esperam, no

entanto, sem divergir dos compro-

missos eleitorais assumidos, iremos levar por diante, por muito que custe a alguns sistemas instalados, este nosso desígnio de mostrar

que, sim, nós cidadãos independentes, não só podemos gerir a

autarquia como, seguramente, o

fazemos de uma forma mais trans-

parente e financeiramente mais saudável. Não estamos comprometidos

com

aparelhos

par-

tidários, sejam eles quais forem, avançando

em

prol

de

uma

sociedade mais justa, mais equitativa, que respeite a população e que

nos permita a todos nós viver mais

felizes, amando e preservando este fantástico espaço em que decidimos viver, trabalhar, educar os nos-

sos filhos, fruir do lazer, fazer

desporto e cuidar dos mais idosos. Mais que o PIB - Produto Interno Bruto, interessa-nos o FIB – Felicidade Interna Bruta.

Claro que é possível, só depende de Nós, cidadãos independentes. De Nós Todos!

A Junta de Freguesia apresentou a sua proposta de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2016”, que foi aprovada, com o meu voto contra, enquanto eleito do PCP, na Assembleia de Freguesia (AF). Não o fiz por uma simples manifestação de diferença de opiniões, naturalmente legítima, mas em coerência com os valores e princípios que defendemos e com os quais nos apresentámos ao eleitorado. Deixo-vos aqui alguns dos muitos argumentos que apresentei e constam da declaração de voto. Orçamento participativo – O executivo da Junta, contrariando as promessas feitas, continua a programar a sua atividade sem ter em conta as opiniões da população, ignorando os princípios norteadores da Agenda XXI Local que preconiza a implementação de mudanças a nível local, tendo por base a democratização e a participação. Mais uma vez, estes documentos não contemplam projetos e ações propostos e decididos pela população, conforme as boas práticas dos Orçamentos Participativos que se integram no conceito de desenvolvimento sustentável como aquele “que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as próprias necessidades”. Vínculo laboral dos trabalhadores da Junta - Os trabalhadores ao serviço da autarquia que desenvolvem um trabalho certo e permanente, e cuja ação se integra no âmbito das competências das Juntas de Freguesia, têm de fazer parte dos seus quadros e, como tal, deverão ter expressão no orçamento. Na Junta, e em todo o país, os trabalhadores têm direito ao trabalho e a um trabalho com direitos, pelo que condenamos esta prática de utilização abusiva de “avençados”, em clara contradição com os tempos de mudança que se vivem e conquistam, sobretudo num contexto em que o Partido que está no Governo, o PS, é também corresponsável pela gestão da Junta. Desequilíbrio orçamental - 72% da receita da Junta é utilizada na manutenção dos Espaços Verdes e Limpeza da Freguesia. Da verba transferida pelo Orçamento de Estado para execução das suas competências, a Junta afeta 2.422.933€, só a estas duas áreas. Estamos perante uma estrutura de orçamento profundamente desequilibrada que resulta da delegação de competências feita pela Câmara, e aceite pela Junta, sem acautelar as necessárias transferências de recursos financeiros, técnicos e humanos. Turismo, Comércio, Habitação, Empreendedorismo e Proteção Civil – orçamento zero – Para a Junta estas áreas, no orçamento, valem zero. Quanto ao

Associativismo, com apenas 1.500€, não é possível apoiar a atividade das Associações da Freguesia (de Moradores, de Jovens, de Estudantes, de Pais, de Reformados, de Escuteiros, Coletividades, etc). A P i s c i n a d o O r i e n te , a f i n a l , é r e n t á v e l Ao contrário do que a Junta tem vindo a afirmar, a receita proveniente das entradas na piscina, das aulas e aluguer (480.000€) chegam para pagar todas as despesas (pessoal, água, eletricidade, manutenção, limpeza, etc). Mais, a Junta só disponibiliza 12.915€ para desenvolver todas as ações na área do Desporto da Freguesia. A Junta não aposta na Educação – Total da receita dos protocolos com a CML e da comparticipação dos Pais: 315.755€. Total da despesa da Junta para todas as ações na Educação: 339.736€. Ou seja, a Junta, apenas “investe” 23.981€ (0,7 %) do seu orçamento. Assim, não será possível: realizar ações de alfabetização; apoiar projetos e iniciativas das escolas públicas e privadas; desenvolver ações de formação; apoiar projetos extracurriculares, visitas de estudo e o transporte escolar; apoiar estágios curriculares e estudos sobre a Freguesia; proceder à reparação dos pequenos problemas de instalações das escolas, etc, etc. Antiga Fábrica Amadeu Guadêncio – vale a pena lutar A população da zona que confina com as instalações desta antiga fábrica uniu-se e exigiu da Junta, da AF e da Câmara, com o apoio dos eleitos do PCP, a resolução deste problema que se arrastava há anos. Na sequência dessas ações já se iniciou o processo de demolição e está prometida a retirada das placas de amianto que faziam parte da cobertura. Interpelações e propostas do PCP - um contributo para uma Freguesia melhor Depois das questões e propostas que o PCP colocou à Junta (conforme solicitado pelos moradores): • Os balneários de apoio à prática de atividades de ar livre, situados na zona Norte da Freguesia, foram reparados. • Foi melhorada a visibilidade da passadeira da Rua João Pinto Ribeiro, aumentando a segurança para os peões. Se desejar ter acesso ao documento integral referido no artigo e/ou pretender contactar o PCP na Freguesia do Parque das Nações, poderá fazê-lo para: cduparquedasnacoes2013@gmail.com


PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES | NP | 11

CRÓNICA DO PARQUE José Teles Baltazar - CDS/PP

OCEANÁRIO E O PAPÃO DA PRIVATIZAÇÃO No nº 84 deste jornal, no espaço da responsabilidade do PNPN, lia-se esta pérola: “Quer o PNPN quer a Junta de Freguesia do Parque das Nações estiveram, desde o início deste tenebroso processo (de privatização/concessão), na 1ª linha do combate pela defesa do Oceanário de Lisboa e para que este equipamento se mantivesse na esfera do domínio público, tendo, para o efeito, lançado uma Petição Pública (…) preservando este magnífico equipamento público, de interesses privados que como sabemos visam mais o lucro do que o benefício do bem comum.” Esta quixotesca posição recolheu o apoio municipal de todas as forças políticas, à exceção do PSD, CDS e MPT. Afinal, a realidade veio a ser outra e bem diferente. Após ter sido concessionado a um reputado e credível grupo económico nacional, o Oceanário de Lisboa acedeu com elevação, a financiar a reabilitação do património arquitetónico e paisagístico envolvente do aquário, os jardins das Ondas, d’Água e da Esplanada D. Carlos I. A comunidade fica grata pelo gesto dos “interesses privados” em benefício do bem comum. Foi fácil? Vamos por partes: - há sete meses realizou-se, no auditório Mar da Palha, a Assembleia de Freguesia Extraordinária por pedido expresso dos cidadãos; - o auditório do aquário apenas foi cedido por o pedido ter sido efetuado em nome de residentes “…nossos vizinhos e com vontade, tal como nós, de ver recuperado este espaço urbano de excelência na sua génese, mas que, nos últimos anos, tem sido negligenciado.”; - durante encontro preparatório do evento, o diretor, Miguel Oliveira, mostrou-se disposto a propor à futura administração que o Oceanário fizesse parte da solução financeira para reabilitar o espaço envolvente; - a relação entre a autarquia local e a equipa de gestão do equipamento cultural mais visitado do país, situado na freguesia, era inexistente; - o presidente da Junta tinha faltado sem aviso prévio a reuniões agendadas, quem sabe se por ter a consciência pesada; - no final dessa sessão, apresentei José Moreno ao diretor Comercial e Operações intercedendo pela marcação de encontro futuro; - para concluir, o grupo que requereu a AF, reuniu com o executivo a quem entregou uma proposta de envolvimento com o Oceanário para recuperar os espaços em questão, como veio a acontecer. O mecenato empresarial tem de ser o caminho a seguir pela autarquia da freguesia de Lisboa, com o maior número de grandes empresas nacionais e estrangeiras instaladas. Já está na calha um novo parque infantil que vai ser uma realidade graças à generosidade do Meo Arena para com a comunidade de que faz parte. Existem outras empresas com abertura para comparticipar na reabilitação

de locais emblemáticos e/ou adquirir novos equipamentos, basta desafiá-las. DA ÓPTIMA GESTÃO PRIVADA À SOFRÍVEL GESTÃO PÚBLICA Rita Domingues veio viver para a freguesia em plena fase de transição administrativa para as autarquias. Talvez por isso, tenha escolhido analisar o “Impacto da mudança da gestão privada para a gestão pública, no caso concreto, no Parque das Nações”, para a sua tese académica em Políticas Públicas Territoriais e Urbanísticas (ISCSP). Com recurso a inquérito eletrónico dirigido a residentes, trabalhadores e comerciantes, recolheu opiniões comparativas entre o nível de satisfação para com cada um dos modelos de gestão do espaço urbano. O questionário abordou temas como: limpeza e manutenção do espaço público; manutenção do património; espaços verdes; separação e recolha de RSU; lugar ideal para viver, trabalhar e passear. Sem me querer substituir à autora na divulgação das conclusões do trabalho, revelo que a grande maioria da amostra é favorável ao modelo praticado pela PEGU que numa escala de 1 a 5, atinge 4,5 das preferências, enquanto a gestão posterior ou seja pelas autarquias, consegue apenas 2,8. ESPINHOSOS ESPAÇOS VERDES Na qualidade de eleito na Assembleia de Freguesia, interpelei o executivo da Junta do porquê de ainda não ter sido anunciado o vencedor do ”Concurso público internacional para aquisição de serviços de manutenção e conservação de espaços verdes, floreiras e árvores de arruamento, sob gestão da freguesia” que previa o início dos trabalhos no passado dia 1 de janeiro. A resposta é que 45 dias depois, “o processo ainda decorre, neste momento está a ser elaborado o relatório final” e a previsão é de que o novo prestador entre ao serviço no dia 1 de março. Até lá, a JF contratou para a manutenção dos jardins os serviços da empresa que, por força de outra proposta contratual, asseguram as tarefas inerentes à poda de árvores da freguesia, como a espaços fomos constatando. Claro que por se tratar de um ajuste direto, o custo deste serviço é muito superior ao valor mensal a pagar, caso o contrato trienal já vigorasse. Informa também que os EV da freguesia não estiveram nenhum dia sem manutenção, o que a ser verdade demonstra a ineficácia da solução encontrada, tantas têm sido as situações de desleixo, por vezes gritantes, que os residentes divulgaram e reportaram desde o início do ano. Mas o mais grave é saber que se não fosse a chuva abundante, até as ervas de toda a espécie que vão disfarçando o estado lastimável de vários relvados e canteiros, estariam secas pois o circuito de rega nº3 que serve os EV a cargo da JF, por falta de água e respetiva pressão, é insuficiente.

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PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES

MUDANÇA DE PARADIGMA

João Domingos - PS

1. A Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia realizada no passado dia 14 de Dezembro, estava destinada, por lei, à discussão e votação dos documentos de gestão da Junta: Orçamento e Plano Plurianual de investimentos. Ao contrário do que aconteceu no ano anterior, em que os documentos previsionais só foram aprovados, no mês de Janeiro de 2015, para o corrente ano foram aprovados em 14 de Dezembro de 2015, conforme o legalmente previsto. Aliás, estamos em crer que a Junta do Parque das Nações terá sido uma das primeiras a aprovar estes documentos de gestão, enquanto, no ano transacto, terá sido porventura a última. É um bom contributo do Partido Socialista para uma gestão da tesouraria com rigor técnico-financeiro. 2. Numa primeira análise ao Orçamento para 2016 sobressai a redução de verbas nas rúbricas de investimento, da Administração Autárquica, comunicação Imagem e um reforço de verbas nos pelouros Mobilidade, Segurança,Ambiente, Gestão Urbana, Juventude Desporto Cultura e Associativismo. Na verdade, sendo este já o terceiro ano de execução orçamental, começa a haver um histórico que nos permite distribuir convenientemente as verbas pelas classificações orgânicas a que respeitam, em vez de se utilizar a rúbrica de Administração, classificado como fundo de reserva indiferenciado. Se tal se percebe e se aceita no ano em que as contas da Junta passaram do regime simplificado para o regime patrimonial, perpetuar aquela arrumação de valores poderia pôr em risco o princípio da transparência. 3. Aliás, o facto de, no ano de 2015, se ter somado na previsão da despesa um valor de 1.300.000,00€, em gastos administrativos, levou à criação de um mito urbano: o de que a degradação das condições das zonas verdes do nosso Parque se devia a uma opção deliberada e despesista do executivo, que esbanjava em avenças e outros gastos sumptuários o que deveria ser aplicado na conservação dos jardins e do restante espaço urbano. Nada de mais falso: o empolamento das despesas administrativas deveu-se à inscrição, muitas vezes com ligeireza, de despesa que era consumida por outras classificações orgânicas. Afirme-se, porém, que é perfeitamente desculpável que uma estrutura saída do nada tenha maiores encargos administrativos nos dois primeiros anos de atividade (2014/15), o que decorre na natureza das funções e tarefas, de limites não conhecidos com precisão. 4.A aposta do orçamento para 2016 é uma autêntica revolução no paradigma. A existência de uma estrutura que suporta o funcionamento da autar-

quia, a saber: pessoal, instalações, mobília e rede informática instalada, permite agora que se escolha como alvo a realização de dois concursos públicos internacionais, já em fase de relatório final e, consequentemente, da elaboração e assinatura dos contratos, que deles hão de resultar, tendo em vista a recuperação da dignidade e da limpeza dos espaços verdes e da área urbana, cuja responsabilidade é da Junta de Freguesia do Parque das Nações. 5. Assim sendo, torna-se necessário acomodar os valores previstos para a execução desses contratos de forma a garantir a sua cabimentação, compromisso e segurança da existência de fundos disponíveis, pois, sem estes elementos devidamente certificados, os mesmos não serão visados pelo Tribunal de Contas. O ano económico de 2016 tem para a Junta o cariz de um ano de trabalho claramente voltado para a recuperação dos espaços verdes e da qualidade do espaço urbano. De uma forma concertada, a Câmara de Lisboa e a Junta de Freguesia caminham lado a lado para o mesmo objectivo: reforçar e fortalecer o Parque das Nações, como polo de atracão, na cidade de lisboa. 6. O reforço de verbas dos pelouros da mobilidade, Segurança e Ambiente, Gestão urbana, Juventude Desporto e Cultura e, Associativismo, traduz a vontade de se melhorar a qualidade de vida dos habitantes e utilizadores do Parque das Nações. 7. Nas grandes Opções do Plano há a realçar a melhoria da divulgação do Parque das Nações, a uniformização da sinalética da Freguesia, a criação de um serviço de apoio domiciliário e de um gabinete de apoio ao empreendedorismo, bem como as intervenções, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, na rua das Gaivotas emTerra, na Estrada de Moscavide e, na Rua da Centieira, bem como a melhoria da rede clicável, a recuperação de um campo desportivo da Quinta das Laranjeiras, do acesso ao Jardim Infantil da EB1 Infante D. Henrique e a reabilitação do jardim de Água. 8. Na reunião descentralizada da Câmara, realizada no passado dia 3 de Fevereiro, na Escola Vasco da Gama, o presidente da C.M.L, Fernando Medina, reafirmou o propósito de manter os elevados standards da freguesia, o compromisso de se aprofundar o investimento na renovação das infraestruturas e de garantir a qualidade urbana e paisagística do Parque das Nações. Face a estes objectivos, a identidade de propósitos é total entre a junta de freguesia do Parque das Nações e o Município.

Lina Lopes - PSD

Um novo olhar sobre o Parque das Nações Vim viver para o Parque das Nações em 2003, quando o nome ainda carecia da explicação adicional de que era o sítio onde se havia realizado a EXPO 98. Durante a semana, ao final da tarde, a zona sul, onde habito, era um deserto. Diariamente chegava ao Parque, vinda do centro de Lisboa, com o olhar a transbordar de carros que cobriam as artérias principais da capital, que se amontoavam nas suas bermas e roubavam parte dos passeios aos peões. Mas aqui, no Parque das Nações, era como estar noutro planeta. Tudo parecia montado para uma população que teimava em não aparecer. Não só os locais

o simples propósito de calcorrear o espaço amplo e apreciar as linhas direitas da arquitetura, as explosões entusiasmantes dos vulcões, a fragrância dos jardins e o panorama lânguido do teleférico, pois tudo o resto estava ainda por aparecer. Recordo-me de, nesses dias, pensar na miríade de vivências e oportunidades de lazer, desporto, educação e fruição cultural que ainda se poderiam vir a abrir a qualquer habitante ou visitante do Parque das Nações. Para tal, bastaria potenciar a localização privilegiada, valorizar os equipamentos existentes, qualificar a oferta de

“Hoje, voltando a olhar este espaço magnífico, sinto que a

maioria das suas potencialidades ainda está por realizar. Gostaria de contar com uma gestão autárquica mais empenhada, com uma Junta de Freguesia mais próxima dos seus fregueses, mais atenta às suas preocupações e mais transparente nos critérios que presidem às intervenções que realiza no território do Parque. O Parque das Nações exige e merece um novo olhar. Um olhar que faça justiça à ambição e grandeza do evento que lhe serviu de berço. Acredito que, no futuro, se vier a ser gerido com visão e determinação, o Parque das Nações tem todas as condições para se tornar o centro moderno da capital.”

de estacionamento abundavam e esperavam pacientemente por quem os quisesse utilizar, como as lojas, os restaurantes, consultórios, escritórios, etc. aguardavam pelos seus futuros proprietários. Hoje os lugares de estacionamento são um bem escasso e dispendioso, os restaurantes fervilham de clientes, os serviços são variados e atraem interessados de todas as redondezas. A realidade do Parque da Nações sobrepôs-se definitivamente à da EXPO 98, relegando esta para o estatuto de evento fundador, mas pertencente ao passado. Não obstante, ainda recordo, dos primeiros anos, a agitação dos fins de semana. Estes contrastavam com os restantes dias da semana pela quantidade surpreendente de pessoas que vinham visitar o Parque. Famílias, excursões, grupos de amigos que viajavam até ao Parque com

serviços para visitantes e residentes e reforçar a qualidade de vida e o bem estar dos habitantes do Parque. Hoje, voltando a olhar este espaço magnífico, sinto que a maioria das suas potencialidades ainda está por realizar. Gostaria de contar com uma gestão autárquica mais empenhada, com uma Junta de Freguesia mais próxima dos seus fregueses, mais atenta às suas preocupações e mais transparente nos critérios que presidem às intervenções que realiza no território do Parque. O Parque das Nações exige e merece um novo olhar. Um olhar que faça justiça à ambição e grandeza do evento que lhe serviu de berço. Acredito que, no futuro, se vier a ser gerido com visão e determinação, o Parque das Nações tem todas as condições para se tornar o centro moderno da capital.



14 | NP | SUL - CRÓNICA

RECOLHA DE LIXO RECICLÁVEL O nosso Sistema de Recolha Pneumática é um dos maiores do mundo – vamos aproveitá-lo! Por: Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com

Recebi recentemente um telefonema de uma residente da Zona Sul, que me disse, muito desapontada: “Então não é que colocaram uns mamarrachos (ecopontos) na Rua dos Aventureiros?! Aquilo fica tão mal ali! E até por uma questão de limpeza!... E atrai tanta porcaria e bicharada…”. A conversa continuou e fiquei interessada neste tema. Para isso, contactei Luís Lucas Lopes, da Junta de Freguesia, a ENVAC, empresa que faz a gestão da recolha de resíduos, mas que me remeteu para Lúcia Melo da CML - Câmara Municipal de Lisboa. Falei também com moradores e comerciantes. Efetuei uma pesquisa junto dos residentes do meu prédio.Verifiquei que só uma família efetua a recolha de lixo reciclável pelas condutas. Os restantes colocam no ecoponto. Há quem as julgasse desativadas. Os utilizadores do ecoponto fazem-no pela comodidade: todos os géneros de lixo reciclável podem ser depositados no próprio dia, ao contrário das condutas. Com todos os que falei, houve uma grande recetividade em mudar hábitos. Só é necessário recordarem o dia da recolha e, alguns, terem acesso à chave para abrir a conduta. Qual a função da CML e da Junta de Freguesia na recolha do lixo? A CML - Câmara Municipal de Lisboa é a responsável pela recolha e transporte dos resíduos urbanos. A Junta de Freguesia tem a responsabilidade da varredura das ruas e jardins. O que é o Sistema de Recolha Pneumática (SP) de Resíduos Urbanos mais conhecido pelas “condutas”? CML: Foi instalado no Parque das Nações, na zona de intervenção da Expo 98. É constituído por uma rede de condutas verticais - com comportas de deposição situadas no interior dos edifícios, ou fora deles. Uma rede horizontal de tubagens subterrâneas - une as redes verticais dos edifícios às Centrais de compactação e armazenamento de resíduos (Central Sul e Central Norte). Nestas centrais, estão instalados os equipamentos necessários à extração do ar da rede das condutas, por forma a assegurar o transporte pneumático dos resíduos ao longo da rede. Os resíduos depositados nas comportas são aspirados por uma potente corrente de ar (50-70 Km/h) até às respetivas Centrais de Recolha, onde são acondicionados. Esta operação, totalmente informatizada, é controlada por meio de um programa automático que comanda a abertura e fecho de válvulas, sem que haja qualquer contacto humano com os sacos de lixo, ao longo das condutas. Após a recolha, compactação e armazenamento, são transportados até ao destino final adequado, de acordo com a tipologia do resíduo recolhido. Este Sistema de Recolha Pneumática é um dos maiores do mundo - devido à extensão da rede e ao número de válvulas associadas.

Quais os benefícios dessa utilização? Para a população e para o ambiente? Resposta da CML: Este sistema apresenta inúmeras vantagens, caso se cumpram as normas de deposição dos RU, tais como, por exemplo: • Eliminação do impacto visual negativo dos contentores de lixo na via pública, • Evita os odores e sujidade provenientes de sacos/contentores existentes na via pública, • Evita a constante circulação de viaturas de recolha - diminuindo o impacto sonoro e as emissões de C02, • Maior conforto no processo de deposição de resíduos - através das bocas ou comportas particulares existentes nos edifícios (ou no exterior), • Deposição dos indiferenciados a qualquer hora do dia, • Deposição dos recicláveis todos os dias, exceto domingos, de forma alternada, até às 21 horas. A Junta de Freguesia acrescenta que, para além dos benefícios referidos, esta utilização vai evitar que sejam colocados ecopontos no território da freguesia. Há a possibilidade do lixo reciclável pelas condutas ser no mesmo dia? A existência de dias específicos - é menos cómodo - pode levar a escolher o ecoponto. Resposta da CML e Junta de freguesia: As embalagens de papel/cartão e o plástico têm dias alternados. Atualmente, ainda não é possível a recolha conjunta de todos os tipos de resíduos devido às especificidades técnicas de receção/triagem dos resíduos. Porque não se pode colocar o vidro nas condutas? Resposta da CML: O comprimento das condutas e a velocidade de sucção dos resíduos faz com que o vidro chegue à central de triagem em pó. Para além de perder o valor para a reciclagem, pode contaminar os outros resíduos (papel e embalagens) e danifica as condutas. Para o efeito, a CML dotou a área do Parque das Nações com a recolha coletiva seletiva de vidro através da instalação de vidrões tipo igloo (um total de 30 vidrões) de forma a possibilitar a valorização deste material. Este equipamento foi alvo de uma intervenção em arte urbana - pintados com o tema alusivo aos Oceanos, tema da Expo 98, por artistas de Arte Urbana, em pareceria com a Galeria de Arte Urbana - para minimizar o impacto visual da colocação deste tipo de equipamento na via pública. Infelizmente, a recolha do vidro através das condutas, em conjunto com outro tipo de fração reciclável é, atualmente, uma impossibilidade. Um dos Ecopontos da zona Sul, inicialmente na Rua Nova dos Mercadores, tem vindo a ser afastado. Passou para a Rua dos Aventureiros, mas também houve insatisfação de residentes: devido à estética, ao ruído e à sujidade. Porque foram colocados os Ecopontos na Zona Sul? Resposta da CML: A colocação dos ecopontos, na

área do Parque das Nações, remonta à altura da Parque Expo – Geurbana. A CML manteve estes equipamentos, para reforço e complemento da recolha do sistema pneumático. Quando os resíduos recicláveis são colocados indevidamente nas condutas provocam entupimentos e bloqueios, tal como, por exemplo, caixas de cartão de maiores dimensões. Fruto das mais de 30 reclamações dos moradores da Rua Nova dos Mercadores, o ecoponto que aí se localizava foi colocado na Rua dos Aventureiros, por ser uma localização menos problemática – não se encontrava junto de nenhuma habitação, não retiraria nenhum local de estacionamento, nem interferiria com as árvores existentes. As reclamações continuaram por parte de outros moradores e, em articulação com a Junta de Freguesia, optou-se pela retirada do mesmo, uma vez que os dois ecopontos que se encontram na zona podem, em princípio, responder às necessidades de recolha de vidro. Se a população utilizar as condutas para o papel/cartão e embalagens, esse ecoponto será desnecessário pois existem outros dois nas proximidades, assim como os vidrões. Uma parte da população desconhece como utilizar. Outros não têm a chave. Têm alguma ação pensada nesse sentido? Resposta da CML: Após a cedência do contrato de Limpeza, Recolha e Transporte de RU da Parque Expo para a CML, e dados os constrangimentos existentes em relação ao vidro, a CML preconizou uma alteração aos dias de recolha dos recicláveis retirando o vidro do sistema. Para o efeito, foi efetuada uma campanha de sensibilização e informação à população tendo-se distribuído e fornecido autocolantes e cartazes prédio a prédio. Esta campanha teve a duração de dois meses e em cada comporta de deposição, quer de indiferenciados quer de seletivas, foram afixados os respetivos materiais de informação. Na altura foi ainda divulgada alguma informação pelo jornal Notícias do Parque. A CML irá fazer nova sensibilização junto dos residentes e estabelecimentos comerciais da zona, para a utilização do sistema pneumático. Resposta da Junta de Freguesia: Cabe à CML e à JFPN divulgar, no seu máximo, a utilização do sistema pneumático aos fregueses, no entanto, também existe um desconhecimento muito grande por parte das administrações de condomínio sobre a utilização do sistema. Se os residentes e comerciantes ficarem sensíveis para esta questão, divulgarem junto de outros residentes, certamente que teremos um bairro mais limpo, ecológico e estético. A Junta de freguesia também não gosta dos ecopontos na área onde existem condutas. Os ecopontos têm que ser vistos como um reforço, sobretudo para os comerciantes, devido às caixas de cartão de maior formato (teriam que ser fragmentadas antes de se deitarem nas condutas) e ao vidro.

Como ter acesso à chave da conduta? Resposta da CML: Os munícipes deverão solicitar aos gestores dos condomínios ou à empresa ENVAC, Ibéria através do seguinte contacto: 21 1212050.

Raquel Silva, residente há 10 anos na Zona Sul do Parque das Nações, sempre utilizou as condutas para fazer a reciclagem. “Utilizo porque é um sistema limpo e único. Embora tenha dias intercalados para colocar os resíduos recicláveis, já estou habituada - e recomendo! Devia ter mais utilização, por isso, fico disponível para ajudar quem não esteja familiarizado com este sistema”. O filho de Raquel, na fotografia, a colocar os resíduos recicláveis na conduta “Os hábitos da população têm vindo a alterar-se desde que os vidrões foram colocados, nunca o PN recolheu tanto vidro” Luís Lucas Lopes, Junta de Freguesia do PN


OPINIÃO | NP | 15

Crónica da Centieira

QUALIFICAÇÃO DO TOPO NORTE DA RUA DA CENTIEIRA Por. Conceição Xavier

Há muito que a Centieira espera pela recuperação do topo norte da rua. Degradado, o espaço nada tem trazido de bom ao Parque das Nações. Tem havido ideias, mas nunca passaram disso mesmo. Agora, com a área a ser gerida pela Freguesia do Parque das Nações, vai, finalmente, avançar a requalificação. Com ideais de lazer, vem colocar um ponto final na longa caminhada de esquecimento a que a Centieira tem sido votada. Centenária, a rua acompanhou a industrialização da zona mais a oriente de Lisboa que quase a asfixiaram com as grandes construções da altura. Com a construção da Expo 98,chegou a temer-se o seu desaparecimento.Por razões várias sobreviveu. Hoje faz parte da história da nossa freguesia. Como tal, tem o direito pleno de estar integrada e harmonizada com as áreas circundantes, tendo as entidades que gerem a freguesia dado especial relevo ao facto, desde que tomaram posse. Pouco importa aqui, de quem tem sido a culpa. O que interessa aos moradores é que não foram esquecidos e, sobretudo, que a valorização da área traga de volta a tão esperada requalificação

O que interessa aos moradores é que não foram esquecidos e, sobretudo, que a valorização da área traga de volta a tão esperada requalificação da rua no seu todo. O passo que foi dado no passado dia 5 de fevereiro, em reunião no Centieirense, cria as melhores expetativas. da rua no seu todo. O passo que foi dado no passado dia 5 de fevereiro, em reunião no Centieirense, cria as melhores expetativas. Foi apresentado o projeto, onde se debateram ideias

e se aprovaram pequenas alterações a pedido dos moradores. Para meados do verão já poderemos usufruir deste local. Ganha a Centieira e toda a Freguesia.


16 | NP | LOCAL

EDP Distribuição testa projeto europeu no PN Pedro Godinho Matos, 35 anos, casado, trabalha na EDP Distribuição. É responsável pela participação da empresa em vários Projetos Europeus e, muito concretamente, pela coordenação da demonstração do projeto Upgrid em Portugal. Morador no Parque das Nações, desde 2007, quem melhor para nos falar deste projeto que escolheu esta Freguesia para dar os seus primeiros passos, em Portugal? lidade necessária para receber toda esta energia proveniente das fontes renováveis, que vão estar dispersas em milhares de locais; e conseguir, em tempo real, alocar a produção existente ao consumo pedido, garantindo a segurança do sistema.

O que é o projeto Upgrid? O projeto Upgrid é um projeto inovador de redes inteligentes de eletricidade, que irá demonstrar, no Parque das Nações, uma rede de futuro com um maior envolvimento dos consumidores. A grande maioria das pessoas tem atualmente um relacionamento distante com o seu operador de redes de eletricidade. E quando se aproximam geralmente não é bom sinal (risos)! Significa que foram afetados por falhas - o que, felizmente, é cada vez mais raro... Por outro lado, hoje em dia é fácil a cada um de nós tornar-se produtor de eletricidade: basta, por exemplo, ter uns painéis solares instalados no telhado. E com os preços destes equipamentos a descer consistentemente no mercado, é expectável que cada vez mais pessoas adiram a esta modalidade, uma vez que é uma forma sustentável de produção de energia, proveniente de fontes renováveis e que não emite gases com efeitos de estufa. Deste modo, o cidadão contribui para melhorar o ambiente e reduz a sua fatura energética. Ora, do ponto de vista da rede de distribuição, lidar com estas alterações é um grande desafio. Porquê? Porque toda a infraestrutura foi planeada, originalmente, para receber a energia de um número limitado de grandes centros produtores: centrais térmicas, hídricas, e outras, e ir distribuindo pelas redes, com diferentes níveis de tensão, até chegar ao consumidor final. Com o incremento das energias renováveis, designadamente a eólica e a fotovoltaica, e a generalização desta capacidade do consumidor se transformar em produtor também, estamos a exigir uma alteração significativa da forma como as redes de eletricidade se devem comportar. No futuro, as redes de eletricidade terão que ter um papel ativo, entregando a flexibi-

E é aqui que entra o Upgrid… É aqui que entra o projeto Upgrid. Com a ambição de dotar de melhores ferramentas quem opera a rede de distribuição de energia elétrica, aumentando a flexibilidade, de modo a conseguir integrar maior quantidade de energia renovável. Uma das ferramentas a que, a nível da Comissão Europeia, se tem dado um grande enfoque é a chamada Gestão da Procura, que no fundo passa por envolver cada um de nós enquanto consumidor, disponibilizando à rede alguma flexibilidade que possamos ter no consumo de energia. Dando um exemplo concreto: se eu tiver um cilindro de aquecimento de água e o utilizar para tomar banho, não vou precisar de ter a água quente as 24 horas do dia, e posso aproveitar para disponibilizar esta flexibilidade à rede, pontualmente, nos momentos em que não preciso. Outro exemplo poderá ser o aquecimento ou arrefecimento… se estiver prevista uma situação de congestionamento da rede durante um período de alguns minutos, havendo a possibilidade de coordenar “o desligar” de vários equipamentos em simultâneo, poderemos evitar problemas. Qual é o papel da EDP Distribuição no projeto? A EDP Distribuição, enquanto operador da rede de distribuição de energia elétrica, assume-se neste projeto como coordenadora da demonstração portuguesa, organizando os trabalhos dos vários parceiros nacionais envolvidos (INESC Porto, NOS e WithUS), mas, também, obviamente, como “cliente” das novas funcionalidades em desenvolvimento e teste, que, por um lado, vão permitir fazer uma gestão mais eficiente da rede, através do aumento de visibilidade e controlo e, por outro lado, uma melhor interação com os agentes de mercado e as diversas partes interessadas. Estas melhorias da gestão e de interação vão resultar da partilha de informação específica, o que contribuirá para a tomada de decisões mais informadas… Porquê o Parque das Nações? O Parque das Nações surge como local de demonstração do projeto Upgrid essencialmente por quatro razões. Primeira, a localização. É uma área urbana e moderna, densamente povoada e com diversas infraestruturas interessantes, como, por exemplo, a rede de carregamento dos veículos elétricos. Segunda razão: a população, reconhecida como muito participativa e informada, com uma excelen-

te dinâmica sociocultural e um estilo de vida saudável. Em terceiro lugar, pelo tecido empresarial da zona, que inclui algumas empresas que participam no projeto, como é o caso de algumas instalações da EDP Distribuição, da NOS. Por fim, pelas infraestruturas técnicas, pois é um local onde a EDP Distribuição já tem a rede inteligente quase totalmente instalada, alguns edifícios têm produção de energia e a rede é moderna, inteiramente subterrânea e com fáceis acessos. Foi a conjugação destes fatores que fez com que a escolha para demonstrador deste projeto Europeu recaísse sobre o Parque das Nações. Quais são os benefícios esperados do projeto? Os benefícios esperados assentam em cinco eixos que se perspetivam atualmente como evoluções naturais do papel das empresas operadoras de redes de distribuição elétricas: primeiro, integração dos clientes, dando-lhes a capacidade de participar ativamente no sistema; segundo, integração de recursos de energia distribuídos (e.g. fontes de energia renovável, veículos elétricos, baterias, etc…), que permitem uma rede com maior flexibilidade, que satisfaça as necessidades dos vários utilizadores; terceiro, operação de rede mais eficiente, possibilitando tomadas de decisão mais informadas e com melhor gestão de risco, garantindo a segurança do sistema; quarto, planeamento e gestão dos ativos da rede, para uma melhor avaliação dos investimentos necessários; quinto, facilitação de mercado, isto é: sendo, como é, o operador de rede de distribuição (a EDP Distribuição) uma empresa regulada e com um papel independente, transparente e isento, o sistema coloca-o na melhor posição para gerir e partilhar toda a informação relevante para os agentes de mercado. Que metas se pretendem atingir? Existem várias metas para o projeto, mas destacaria o aumento da previsibilidade, visibilidade e controlo da rede de distribuição elétrica, através de funcionalidades avançadas que assentam na infraestrutura de redes inteligentes em desenvolvimento; a demonstração do potencial de envolvimento dos consumidores e agentes de mercado, como “fornecedores” de flexibilidade ao sistema, de modo a conseguir aumentar a quantidade de energia renovável nas redes, em segurança, e a consequente redução das emissões de CO2 e outros gases, melhorando o ambiente e contribuindo para as metas Europeias de sustentabilidade, recentemente em foco no COP21 em Paris. Quanto tempo irá durar a demonstração? A demonstração do projeto já arrancou em 2015, mas os efeitos no terreno começarão a sentir-se

“O projeto Upgrid é um projeto inovador de redes inteligentes de eletricidade, que irá demonstrar, no Parque das Nações, uma rede de futuro com um maior envolvimento dos consumidores.” agora, durante o ano de 2016. Vamos começar a testar algumas destas ferramentas que são desenvolvidas no projeto e alguns equipamentos protótipo que instalaremos em casas de alguns consumidores. Temos em curso um inquérito à população, de modo a aferir quais os locais mais favoráveis para intervir. Globalmente, a demonstração engloba cerca de dois anos de trabalho, prolongando-se até meados de 2017. Que impactos são esperados a nível Europeu? A nível Europeu, estes projetos, financiados pelo orçamento de investigação e desenvolvimento da União Europeia, através do programa Horizonte 2020, contribuem, decisivamente, para a implementação de políticas transversais. A Comissão Europeia acompanha de muito perto todos os desenvolvimentos e nomeia peritos independentes para irem acompanhando o projeto, garantindo o alinhamento com a estratégia definida para a inovação Europeia nesta área. O Upgrid tem demonstrações a decorrer em 3 outros países (Espanha, Polónia e Suécia), para além de Portugal, e muito do trabalho desenvolvido é feito conjuntamente, sendo discutido e disseminado intensamente em diversos grupos de trabalho coordenados quer pela Comissão Europeia, quer pelas empresas que participam no consórcio. As conclusões obtidas irão permitir integrar novas tecnologias e modelos de negócio nas empresas, e, também, contribuir para o crescimento económico e o emprego no espaço Europeu. Enquanto morador do Parque, como recebeu a notícia de que seria aqui implementado este projeto Europeu? Teve alguma influência no processo de escolha? Enquanto morador fiquei muito contente com essa notícia, uma vez que me irá permitir ter a possibilidade de desenvolver um projeto inovador, estando diretamente envolvido enquanto membro da comunidade, e podendo começar a usufruir de uma rede elétrica de futuro, mais eficiente e amiga do ambiente. Para além disso, é uma excelente oportunidade para a jovem Freguesia do Parque das Nações se afirmar enquanto referência Europeia nesta área, recebendo este projeto de redes inteligentes, que desenvolve soluções tecnológicas do mais avançado que existe, e as coloca ao dispor dos cidadãos. Influência na escolha? (Sorriso) Então não havia de ter?


LOCAL | NP | 17

UPGRID – Aumentar o QI da rede elétrica A expressão “redes inteligentes”, designadamente quando se fala de distribuição de energia elétrica, não surgirá estranha à maioria da população das grandes urbes. Já (quase) todos ouvimos falar da sua instalação; de que o futuro passa por elas e das vantagens que em si mesmas encerram: maior economia para o Cliente; capacidade de gestão do consumo em tempo real e contribuição, por essa via, para uma verdadeira eficiência energética. O “nome de código” desta realidade – lançada em Évora (já internacionalmente conhecida como InovCity) e alargada depois a 7 concelhos do país, onde foram instaladas EDP Boxes (contadores inteligentes) em substituição dos contadores tradicionais - é Inovgrid. Parque das Nações testa novo projeto Pois bem, chegou o Upgrid. E a Freguesia do Parque das Nações foi a escolhida para a implementação deste projeto – que tem dimensão e participação Europeias e vai ser um passo (bem) à frente neste conceito de inteligência. Desde logo porque apela à participação ativa do consumidor. Inserido num estudo europeu sobre as características e os padrões de consumo de energia das residências do Parque das Nações, o Upgrid inclui a realização de um questionário, por forma a compreender de que modo as redes inteligentes de energia podem beneficiar os seus consumidores. O objetivo é que este questionário – que será disponibilizado brevemente a todos os habitantes da

minimização das suas eventuais perturbações. Este projeto vai também permitir saber que tipo de equipamentos e que hábitos de consumo desta população-alvo, que vai dar, deste modo, uma preciosa ajuda para o desenvolvimento do sistema.

Freguesia – seja respondido pelo máximo de pessoas possível. O Projeto Inovgrid instalou já as EDP Boxes em 12 mil casas da Freguesia (cerca de 90% do objetivo, que será atingido a curto prazo). O novo Projeto Upgrid vai instalar em 100 desses lares um equipamento especial, que irá permitir não só receber informação da rede, como controlar alguns eletrodomésticos, contribuindo para uma maior eficiência energética. Com este equipamento pode-se, se houver necessidade por se detetar um excesso de carga ou alguma anomalia (ou quando, seja qual for a razão, se achar conveniente), ligar ou desligar remotamente equipamentos que estejam ligados em casa. Esta funcionalidade fica ao alcance tanto do consumidor como da EDP Distribuição que se tornam, assim, parceiros na gestão da rede e na

Um projeto de âmbito internacional O Upgrid é financiado pelo Programa de Pesquisa e Inovação Horizonte 2020 da União Europeia, propõe-se melhorar a rede de energia elétrica de baixa tensão de uma forma integrada e está a ser desenvolvido, simultaneamente, em quatro países da EU. Em Portugal, através da EDP Distribuição; na Polónia, pela mão da Energa; na Suécia, a cargo da Vattenfall e, em Espanha, sob a responsabilidade da Iberdrola que é, também, a gestora global deste projeto. Nos quatro países o objetivo é o mesmo: monitorizar e controlar as redes de baixa tensão. Os focos são, contudo, naturalmente diferentes em cada um deles. Em Portugal (Parque das Nações, Lisboa), visa-se melhorar a visibilidade da rede de baixa tensão, através do uso da infraestrutura de contadores inteligentes em casas, postos de carregamento de veículos elétricos e integração de geração distribuída renovável. O projeto fará um uso combinado de dois sistemas residenciais de medição e gestão de energia (do lado da rede e do lado do consumidor) e apostará no desenvolvimento de funcionalidades avançadas para a gestão da rede, incluindo aplicações móveis para apoiar as equipas no terreno.

InovGrid – um Projeto para a Eficiência Energética O InovGrid, lançado em 2007 pela EDP Distribuição, é um Projeto pensado para dar resposta aos objetivos traçados aos níveis europeu e nacional, quer em termos de promoção da utilização racional da energia, quer no que concerne à crescente introdução das energias renováveis, assim como aos desafios relacionados com a mobilidade elétrica. É um Projeto para cumprir um caminho para um sistema elétrico de distribuição inteligente, centrado na telegestão da energia, que vai revolucionar as redes e a sua forma de interação com os consumidores/produtores. O sistema desenvolvido permite, designadamente, o cálculo automático das perdas diárias na rede de Baixa Tensão, tendo por base os dados de telecontagem das instalações e a informação do cadastro da rede. A fiabilidade desta informação é de importância fundamental para perceber em que pontos a rede apresenta anomalias ou vulnerabilidades. Pode dizer-se que em Évora – cidade eleita para a implementação inicial do Projeto em grande escala e, por isso, já hoje internacionalmente conhecida por InovCity – o feito do Ambiente InovCity já contribuiu de modo significativo para o aumento da eficiência energética. E não, apenas, pela via da informação do cadastro de rede, mas, também, pela da correção dos hábitos de consumo, operada pelos próprios clientes, agora detentores de uma “ferramenta” – a sua EDP Box – que os auxilia a ler e interpretar o funcionamento dos equipamentos que diariamente utilizam.


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A ARTE DE LER NO PARQUE Nós somos aquilo que lemos. Alberto Manguel Por: Carmo Miranda Machado

Assim, queridos leitores, serve a presente crónica para vos pedir apenas duas coisas fundamentais: primeira, que comecem a fazer do nosso bairro um local selecionar, de entre os vosso livros, aqueles que poderão de pessoas mentalmente livres, com ideias novas, disponibilizar para a nossa primeira cabine de leitura que, desde abertas à mudança e já vos garanto, marcará o início de uma revolução dos leitores do recetivas ao sonho. E se, como Parque das Nações; segunda, que enviem para o jornal ou para o meu diz Alberto Manguel, nós somos aquilo que e-mail, locais onde gostassem de ver colocada esta primeira cabine de lemos, urge fazer do parque das Nações livros. Porque chegou a hora de trazer os livros ao Parque e espalhá-los um bairro de livros e pelos nossos espaços. Porque ler continua a ser uma porta principal de leitores, onde surpara o contacto com o mundo, com os outros e connosco próprios. jam cada vez mais eventos relacionados com os Porque queremos que, no nosso bairro, a leitura esteja livros, onde aconteçam cluomnipresente, livre, solta. Porque ler é também voar e nós bes de leitura, onde todos os leitores do bairro possam trocar queremos fazer do nosso bairro um local de pessoas livros e leituras entre si. mentalmente livres, com ideias novas, abertas à mudança e recetivas ao sonho.

carmomachado@me.com

No preciso momento em que abro a caixa de correio e encontro o pedido do Miguel Meneses para enviar esta crónica, vários temas me assaltam ao mesmo tempo e eu não sei bem por qual optar. A verdade é que hoje me apetece falar de tudo e de nada, sem ordem estabelecida, deixando correr as palavras a ver onde é que elas chegam... Mas não! A minha consciência não me deixa ir por aí. Pelo contrário, grita-me, exige-me que vos conte a reunião que eu tive há dias com a equipa do pelouro da Cultura da nossa ainda recente Junta de Freguesia. A reunião desempoeirada, flexível e aberta a novas ideias, chefiada pelo Engenheiro Figueiredo Costa, foi uma verdadeira lufada de ar fresco para mim, por vezes ainda carregada de ideias um pouco preconceituosas em relação ao espírito inovador de alguns autarcas. Com efeito, vi-me de repente no meio de pessoas energéticas, predispostas à inovação, decididas a espalhar cultura pelo parque. E a verdade é que, sem qualquer expectativa, fui surpreendida por um encontro no qual tentámos fazer uma verdadeira tempestade de ideias para, juntos, encontrarmos a melhor resposta ao desafio que aqui lancei: a criação de uma primeira cabine de livros no nosso Parque das Nações. Pretende-se com esta cabine de livros criar um espaço onde todos possam ir buscar e deixar livros a qualquer momento, a custo zero, respeitando apenas algumas regras básicas essenciais que atempadamente aqui vos deixaremos. No entanto, para começar, nesta primeira cabine gostaríamos de conseguir oferecer os seguintes setores temáticos: Romance Atual, Romance Clássico, Poesia, Literatura Infantil, Roteiros de Viagem, Livros Técnicos e Livros de Autores do Parque das Nações. Assim, queridos leitores, serve a presente crónica para vos pedir apenas duas coisas fundamentais: primeira, que comecem a selecionar, de entre os vosso livros, aqueles que poderão disponibilizar para a nossa primeira cabine de leitura que, desde já vos garanto, marcará o início de uma revolução dos leitores do Parque das Nações; segunda, que enviem para o jornal ou para o meu e-mail, locais onde gostassem de ver colocada esta primeira cabine de livros. Porque chegou a hora de trazer os livros ao Parque e espalhá-los pelos nossos espaços. Porque ler continua a ser uma porta principal para o contacto com o mundo, com os outros e connosco próprios. Porque queremos que, no nosso bairro, a leitura esteja omnipresente, livre, solta. Porque ler é também voar e nós queremos


EDUCAÇÃO | NP | 19

O IMPACTE DAS ACÇÕES TERRORISTAS NAS CRIANÇAS Teve lugar mais uma palestra enquadrada no VI Ciclo de Conferências: “Os Pais na Escola”, no Externato João XXIII. Esta sessão foi subordinada ao tema: “O impacte das acções terroristas nas crianças” e teve como objectivo ajudar os pais, professores e educadores, em geral, a saber como abordar o assunto. Os recentes atentados terroristas em Paris e a cobertura mediática foram os temas abordados pelo dr. Mauro Pimenta, psicólogo educacional no Externato João XXIII, na sessão que juntou docentes, educadores e pais. “Nem sempre é possível compreender o que vemos na televisão, muito menos quando temos 4, 5 ou 6 anos. Ou quando o que vemos relata cenários de sofrimento provocados por homens. As imagens de pessoas mortas ou feridas nos atentados de Paris podem ser altamente desorganizadoras”, começou por alertar. “A ideia de que existe maldade no mundo pode surgir de um modo ameaçador, fazendo ruir a construção do adulto, a confiança e a tranquilidade necessárias a uma relação saudável” Mauro Pimenta aludiu a uma experiência vivenciada na qual uma menina “após ver imagens de uma mulher grávida pendurada de uma janela do Bataclan a gritar por socorro, perguntou ao pai se podiam ir viver para Plutão…” “O confronto com estas imagens pode gerar diferentes reacções da parte das crianças, que podem preferir evitar o tema, assim como podem colocar questões ou projectar-se na situação visualizada”. Desviá-las da televisão, rádio ou furtar-se a responder às questões colocadas não parece ser solução, advertiu Mauro Pimenta, “uma vez que a televisão, internet, redes sociais, rádio, contexto escolar e a própria família emergem como espaços onde os acontecimentos surgem de modo repetido e dificilmente controlado”. Para o psicólogo educacional, “é importante explicar que as imagens repetidas não são novas, que não está a acontecer um novo ataque. Também é importante não bombardear a criança com um excesso de informação, que ela possa ter dificuldade em descodificar ou assimilar. Em vez de explicações complexas, deve-se optar por frases simples. Por outro lado, as crianças devem ser incentivadas a falar sobre o que sentem e pensam sobre o assunto”. Segundo Mauro Pimenta, “o cuidador também

“Nem sempre é possível compreender o que vemos na televisão, muito menos quando temos 4, 5 ou 6 anos. “

pode valorizar a empatia sentida e demonstrada pela criança face ao sofrimento alheio. E mais importante do que o que se diz é o que se faz. O exemplo que o adulto oferece é mais importante do que aquilo que possa dizer” “O adulto também deve sublinhar o carácter excepcional do sucedido. E tal como o tempo, os pensamentos e sentimentos dos outros não se controlam, também existirão outras diferentes coisas, que também não conseguimos controlar”. A finalizar chamou a atenção para o grau de complexidade da resposta que “deve variar de acordo com a faixa etária do destinatário”. “Um adolescente pode até ter mais informação que o adulto, assim como é capaz de entender mais facilmente a violência envolvida. Nestes casos, é possível falar sobre o modo como se pode reagir numa situação idêntica. Como, por exemplo, a quem ligar.” Por último, salientou que “o retorno à rotina também é organizador, pelo que o evitamento da escola, do trabalho ou de outra qualquer actividade pode revelar-se contraproducente”.


20 | NP | OPINIÃO

Re-food: Um Movimento Nacional Por: Inês Freire de Andrade refoodparquenacoes@gmail.com / www.facebook.com/RefoodParqueDasNacoes Inês Freire de Andrade – 91 444 16 49 | Marta Nogueira Leite – 91 57 15 164 | Fátima Conde – 91 40 21 254

No passado dia 23 de Janeiro, deu-se o 2º Encontro Nacional do Re-food. Neste encontro, juntaram-se cerca de 300 pessoas dos quatro cantos do país, desde Faro a Braga, para celebrar aquilo que têm em comum: o amor pelo projeto Re-food e aquilo que este representa. A ideia começou numa conversa entre Hunter Halder, o nosso fundador, e a sua filha, que não percebia porque era desperdiçada tanta comida boa nos restaurantes. Hoje, temos já 25 núcleos em funcionamento, e várias dezenas em vias de abrir, que apoiam milhares de beneficiários com milhares de voluntários. O que foi uma vez uma ideia é hoje um Movimento Nacional, e, em breve, Ibérico, visto que já se está a iniciar o projeto em Madrid! Ao longo do encontro, ouvimos os planos ambiciosos que a Direção do Re-food tem para a organização, as diretivas a seguir por cada núcleo, e discutimos vários assuntos essenciais para o nosso funcionamento. No fim, tivemos um momento mágico, dinamizado por uma dupla de músicos chamada Quarteto dos Três Irmãos Paulo e Pedro. Começaram por nos oferecer a todos um pequeno tubo de plástico com diferentes cores. De seguida, ensinaramnos a soprar nos tubos, em que cada cor correspondia a uma nota diferente. Que nem um maestro, um dos músicos começou a tocar numas lâmpadas com as mesmas cores, indicando a cada pessoa com essa cor para soprar, enquanto o outro músico nos acompanhava no piano. Foi aí que se deu a magia: todos juntos, fomos capazes de tocar uma melodia, como se fôssemos uma enorme orquestra! Foi sem dúvida um momento maravilhoso e arrepiante, ao sentir-me parte daquele enorme grupo que todos os dias toca a “música” do Re-food. 2015: Um ano de muita alegria e trabalho 2015 foi o ano de abertura do nosso núcleo do Parque das Nações e de início da nossa atividade de aproveitamento de alimentos para doar a pessoas carenciadas. Foi um ano de muita alegria e muito trabalho da parte de todos os nossos voluntários, no qual alcançámos vários sonhos que há muito tínhamos. Recebemos apoios de inúmeros parceiros, mais recentemente da Karcher (máquina de lavagem de pressão e aspirador) e da TEKA (máquina de lavar loiça e frigorífico), essenciais para o nosso funcionamento. Nas imagens seguintes está o resumo deste trabalho:

A ideia começou numa conversa entre Hunter Halder, o nosso fundador, e a sua filha, que não percebia porque era desperdiçada tanta comida boa nos restaurantes. Hoje, temos já 25 núcleos em funcionamento, e várias dezenas em vias de abrir, que apoiam milhares de beneficiários com milhares de voluntários. O que foi uma vez uma ideia é hoje um Movimento Nacional, e, em breve, Ibérico, visto que já se está a iniciar o projeto em Madrid!


OPINIÃO | NP | 21

Por: Rosana Pina e Mérita Pina

Bairro Casal dos Machados

www.facebook.com/rosanafortespina

Ernestina, 59 anos, em Dezembro, fará 22 anos como moradora do Bairro Casal dos Machados. Chegou a Portugal através de um tio que lhe enviou um contrato para trabalhar como doméstica. Nasceu em São Tomé, país onde diz ter sido mais feliz. Aos 16 anos foi viver para Cabo Verde, país de origem da sua mãe. Inicialmente, em Portugal, viveu na Portela na casa dos patrões e mudou-se para os Olivais depois de casar. Viveu durante anos numa casa de madeira com telhado de zinco, também por falta de conhecimentos teve de viver sem luz, água, nem telefone. Ao perguntarmos a diferença com que se deparou entre a vida no bairro e nas barracas, Ernestina (conhecida por Nenê), afirma que uma das vantagens nas barracas era não ter de lidar com o lixo dos outros. No entanto, conclui, dizendo que, em relação às divisões da casa, condições de higiene, etc.. viver no bairro é melhor. Ernestina é mãe de cinco filhos com idades compreendidas entre os 23 e 35 anos e já é avó. Na entrevista, procurámos conhecer um pouco mais da sua vida e dos seus filhos, no bairro. Começámos por perguntar como seus filhos passavam o tempo livre, e Ernestina contou-nos que os filhos gostavam de brincar na rua e não ligavam muito à televisão. Em contraste com a barraca em que viveu, nos Olivais, a entrevistada diz ter passado a ter mais tempo para tratar dos filhos, no entanto, com despesas para pagar tinha muito do seu tempo ocupado com trabalho. Apesar de ter melhores condições habitacionais, num apartamento, para Ernestina, um prédio assemelha-se a uma prisão porque não existe tanto convívio. Os vizinhos não se visitam uns aos outros e as festas são feitas com convidados escolhidos. Diz ainda que as pessoas que vieram das barracas também acabaram por mudar de comportamento. Ernestina consegue ver características boas e más no bairro onde vive. O que vê de mau, no bairro, são as pessoas que gostam de estragar o espaço e não dão valor a coisas boas, e, ainda, o facto de não

existir convívio, não existir apoio necessário aos mais velhos e não existir também apoio aos jovens, a nível social, moral e até religioso. No que diz respeito à construção do prédio onde vive, Ernestina afirma ser um exagero existirem 8 casas num mesmo piso e 3 elevadores, em que apenas um funciona. Na questão: " O que melhoraria no bairro?" Ernestina diz que se poderia mudar muita coisa. Poderia haver uma associação onde a comunidade do bairro pudesse conviver e os mais novos pudessem aprender algo mais sobre a cultura e património africano. Poderia, ainda, ensinar-se, também, que o que existe é para conservar e não para estragar. Contudo, o que a Ernestina vê de bom no bairro são as condições habitacionais. Voltando um pouco ao seu dia-a-dia no bairro, Ernestina afirma passar os seus tempos livres passeando com amigas, indo às compras e ver a cidade. Antigamente, não tinha tempo para passear com os filhos porque, ao fim de semana, era altura para as lides de casa. Um dos locais que diz ter gostado de visitar foi Sintra, mas gostaria de vir a conhecer o Castelo de S. Jorge. Em relação aos filhos perguntámos, também, se estes, ao longo da vida escolar, se depararam com preconceitos por viverem num bairro social. Ernestina responde que, na altura, os filhos falam das coisas e que nem sequer entendemos bem os problemas, mas as crianças sempre foram marginalizadas: "A minha filha mais velha só depois de crescida é que me veio contar que era agredida por colegas e na altura eu nem sequer sabia." Quanto ao percurso escolar dos filhos, apesar de um deles ambicionar ser arquitecto, outra querer ser professora e outra educadora de infância, nenhum deles acabou por concretizar estes objectivos, tendo que começar a ganhar pela vida, acabaram por deixar os estudos e começar a trabalhar. Para finalizar a entrevista colocámos duas questões a Ernestina: "Vê alguma diferença entre um bairro social e um bairro dito normal? Que mensagem deixaria às pessoas que vêem este bairro como uma favela? Quanto à primeira questão, Ernestina confirma que existem diferenças no tratamento, por parte das organizações, entre um bairro social e um bairro dito "normal" e dá como exemplo o facto de existirem duas juntas de freguesia do PN, em locais diferentes, pelo facto dos moradores do Parque das Nações não quererem lidar com as pessoas de bairro. Concluindo a entrevista, a mensagem que Ernestina deixa é que existem pessoas aparentemente mais educadas em bairros ditos normais, mas isto não significa que não se comportem mal e não sejam selvagens de vez em quando. Em qualquer bairro podem existir pessoas boas e más que praticam boas ou más acções, no entanto, muitas vezes essa diferenciação entre bairros parte das próprias instituições, que formam os bairros, como as Juntas de Freguesia, Câmaras, etc..


22 | NP | AGENDA

ACONTECE NO PARQUE CONFERÊNCIAS HUMAN HABITAT 2016 Próxima conferência, 22 fevereiro, 18h30

Henk Ovink Especialista em assuntos relacionados com Água

O PODER DA ÁGUA “No mundo inteiro, a escassez de água constitui-se como o principal risco global, sendo, simultaneamente, o veículo de oportunidade para uma mudança cultural.” Em 2015, Henk Ovink foi indigitado como enviado especial para assuntos internacionais relacionados com água, na Holanda. Lidera o programa norteamericano “Rebuild by Design”, criado na sequência do devastador furacão Sandy. Este programa transformou-se num processo inovador e inclusivo, alterando o paradigma da forma como arquitetos e governo se aproximam para dar resposta a catástrofes e emergências.

Holanda e foi curador da 5ª edição da Arquitetura Internacional Bianual de Roterdão, “Making City”. Com uma vasta experiência nesta área, Henk Ovink é Professor convidado na Universidade de Harvard Graduate School of Design e iniciou, como coordenador, o programa de investigação “Design e Política” na Universidade de Tecnologia de Delft, lançando um conjunto de publicações com o mesmo nome, com a NAI010 Publishers. Saiba mais sobre Ovink e o seu trabalho no programa “Rebuild by Design”: https://www.youtube.com/watch?v=tMzAb2wGHVY

Em 2013, “Rebuild by Design” foi considerado pela CNN como o “número 1” das ideias mais inovadoras.

Não perca! No Auditório do Oceanário de Lisboa.

Henk Ovink foi Diretor Nacional de Planeamento Espacial e Assuntos relacionados com Água na

Mais informações e inscrições em: http://henkovinkhh15.eventbrite.com


AGENDA | NP | 23

Joaquim Monchique estreia “GOD” no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa O Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa estreou, dia 17 de Fevereiro, a comédia “GOD”. Joaquim Monchique é o protagonista de um espectáculo verdadeiramente divinal que oferece ao público abençoados momentos de bom humor. Com a sua habitual irreverência, Joaquim Monchique partilha o palco com Diogo Mesquita e Rui Andrade, prometendo difundir a boa disposição pelos visitantes do Casino Lisboa. Deus chega, então, ao Auditório dos Oceanos e, para que o público o possa ver e ouvir, vai anunciar, através de Joaquim Monchique, o estado das coisas no planeta Terra que, como era de esperar, não se encontra de boa saúde. Isto porque chegou, na realidade, a hora de Deus e dos seus dois anjos, Miguel e Gabriel, mudarem o rumo da Humanidade e tornarem a vida terrena muito mais aprazível. Escrita por David Javerbaum - vencedor de 13 Emmys e dois Grammys, que é um dos guionistas

de eleição de Jon Stewart no "The Daily Show" -, "GOD" ("An Act of God", no original) responde às questões existenciais que têm atormentado o Homem desde a Criação. Com um extraordinário sentido de humor, a comédia que fez furor na Broadway, no último ano, (está actualmente a ser representada em Los Angeles e, em Março, estará em São Francisco), chega agora a Portugal, sendo "certo e seguro que muito irá dar que falar".

CBaby Gil – no dia 19 de Março, no Parque das Nações O Baby Gil OUT, iniciativa que consiste numa programação variada, com actividades para bebés e crianças dos 0 aos 4 anos, regressa ao Parque das Nações no dia 19 de Março, Dia do Pai.

Preparem-se: ELE vem aí! “GOD”, um espectáculo divinal! Texto: David Javerbaum | Encenação: António Pires | Tradução: Ana Sampaio | Adaptação: João Quadros, Joaquim Monchique, António Pires e Rui Filipe Lopes | Cenário e Ass. Encenação: Rui Filipe Lopes | Desenho de Luz: Luís Duarte | Sonoplastia: Hugo Franco. Os espectáculos decorrem às Quintas, Sextas e Sábados, a partir das 21h30, enquanto aos Domingos estão agendados para as 17 horas. M/12 Bilhetes à venda: Ticketline: www.tiketline.pt Informações e reservas: Info & Reservas ligue 1820 (24h). Preços: Descontos: Grupos + 25 Pax - 15% | + 50 Pax 20% | + 100 Pax - 25%

Com base na experiência e know-how acumulados nas diversas áreas ligadas à promoção do

bem estar físico, social e emocional, na infância, a Fundação do Gil concebeu um programa direccionado para crianças dos 0 aos 4 anos de idade. Recorrendo à sua equipa de técnicos especializados, a Fundação do Gil promove um conjunto de actividades para crianças, concentradas trimestralmente em eventos de um dia, com sessões a decorrer em várias salas e com vários horários. Cada actividade tem uma duração máxima de 45 minutos e pretende estimular sensorialmente os bebés com descobertas ao nível dos movimentos, sons, texturas e cores. No dia 19 de Março, com inúmeras actividades distribuídas pelas salas Music, Art, Fun e Zen, o Baby Gil decorrerá no Centro de Negócios do Meo Arena. E nem os irmãos mais velhos e o resto da família serão esquecidos, uma vez que também existe uma sala vocacionada para os receber. No espaço family, as crianças têm brinquedos à sua disposição para se distraírem, os bebés poderão descansar entre uma sessão e outra ou comer a sua papinha e os papás poderão tomar um café ou ler o jornal. Música – Babyoga – Yoga entre histórias – Bebés em Movimento – Massagens terapêuticas chinesas – Zumba kids – Ateliers de bolachinhas – Oficinas de brinquedos – entre outras, são as actividades propostas para esse dia. As inscrições abrirão brevemente e podem ir consultando o facebook da Fundação do Gil ou pedir informações para o geral@fundacaodogil.pt ou 21 3552450.


24 | NP | OPINIÃO

ARQUITETURA É preciso avançar com a construção dos edifícios de escritórios nos terrenos ainda vazios. Precisa-se de escritórios no Parque das Nações. Por: Diogo Freire de Andrade

O QUE ISTO ERA E O QUE ISTO É! Quando entrei para a Parque Expo, em 3 de Abril de 1995, foi o dia em que se celebrou o primeiro contrato de compra e venda para um dos terrenos.

havia risco no investimento. Comprar um terreno para a construção de habitação ou escritórios era tudo menos seguro. Quem arriscou, no início, foram os pequenos promotores/construtores visionários habituados ao risco que compraram lotes de terreno para habitação ou cooperativas que se juntaram e avançaram para a aquisição de lotes residenciais. Não foram os grandes construtores e promotores, não foram os que agora acham fácil apostar no Parque das Nações, não foram os que agora procuram terrenos e que já não existem. A primeira intenção da Parque Expo foi vender terrenos em parcelas inteiras, ou seja, quarteirões. No entanto, a realidade era outra. Era necessário dividir as parcelas em lotes e juntar 8 ou 10 investidores para se preencher um quarteirão. Houve alguns pequenos promotores que apostaram na incerteza e se fizeram grandes. Na envolvente ao Parque das Nações houve muitas pessoas que testemunharam todo o processo de demolição, descontaminação e revitalização dos 330 hectares junto ao rio, as pessoas do bairro de Moscavide são um exemplo. Em conversa com o Sr. Matias, que trabalha há 30 anos no Restaurante Safari, recordámos aquele bocado de Cidade que antes era lixeira, depósito de material de guerra, matadouro e parque petrolífero transformar-se em zona privilegiada. Também ele se lembra do que “aquilo era”. Uma zona degradada e completamente esquecida.

Nessa altura a Zona de Intervenção da Parque Expo era tudo menos apetecível. Em 1995 só havia lama, só havia incertezas, só

Foi uma testemunha de uma renovação incrível de uma parte da cidade. É com estas testemunhas e memórias que nos recordamos daqueles que arriscaram tudo para que o Parque das Nações seja o que é agora.

ESCRITÓRIOS NO PARQUE DAS NAÇÕES – NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ EM FARTURA Os escritórios no Parque das Nações têm tido um sucesso fantástico. Se antes havia uma fome de investidores e de procura de escritórios, hoje em dia, há uma fartura na procura o que fez com que deixasse de haver escritórios para alugar.

Fazendo uma análise do mercado de escritórios, a nível global da cidade de Lisboa, verificamos que estão atualmente em construção 44.000 m2 num total de 5 edifícios que deverão surgir entre 2016 e 2017, todos fora do Parque das Nações. Muito pouco para satisfazer a crescente procura. Já no ano passado e conforme relatou o Diário Imobiliário “...durante 2015 apenas dois edifícios de escritórios foram concluídos em Lisboa, o Castilho 24 (7.161 m2) e a Sede da EDP (13.900 m2).” No entanto, em 2015 foram arrendados quase 145.000 m2, ou seja, os novos não chegaram para a as encomendas e, no futuro, vai haver falta de escritórios novos. Por outro lado esta procura desenfreada de escritórios mostra que há uma evidente recuperação no mercado dos escritórios, em Lisboa. A confiança voltou. Mas não foi sempre assim, no final de 2011, escrevi um artigo sobre escritórios no Parque das Nações, em que referia precisamente a fome que havia e a crise que se fazia sentir: “O Parque das Nações, alvo de grandes projetos imobiliários nos últimos anos, tem-se tornado num ex-líbris e num modelo a seguir, no que diz respeito à promoção de escritórios novos. É, sem dúvida, uma zona com um caráter extremamente

apelativo, moderno e com uma qualidade de oferta muito forte que tem atraído importantes multinacionais para aí implantarem os seus serviços em Portugal. São dados interessantes e animadores visto que ainda há investidores a quererem apostar no Parque das Nações, apesar da crise imobiliária. Podemos concluir que o Parque das Nações é um local apetecível.” Apesar da crise que se prolongou, por vários anos, o Parque das Nações sempre foi um dos locais preferidos para as empresas se instalarem.

Edifícios de qualidade construtiva e arquitetónica, infraestruturas modernas, transportes públicos, espaço público de excelência. É preciso manter este status quo preservando a limpeza, os espaços verdes, nível de iluminação, manutenção das ruas e passeios, apoiar e incentivar o bom comércio e restauração. No entanto, é preciso chamar a atenção para que as construções novas no Parque das Nações estão paradas, não se registam investimentos no mercado de escritórios. A oferta futura é muito reduzida já quase que não há escritórios para alugar. Na verdade a zona do Parque das Nações é, neste momento, a zona com a taxa de desocupação mais baixa, só 4,85% dos escritórios não estão a ser utilizados. Citando Paulo Silva, diretor da Aguirre Newman em Portugal ”... quando não se encontra no Parque das Nações — local de preferência de instalação de muitas grandes empresas nacionais e internacionais — um espaço de escritório novo com 2.000 m2, então está tudo dito…” É preciso avançar com a construção dos edifícios de escritórios nos terrenos ainda vazios. Precisase de escritórios no Parque das Nações.


APPS | NP | 25

ENTRE PAIS E FILHOS Por: Humberto Neves ardozia.com - humberto.neves@ardozia.com

Sugestões de Inverno

Maily A utilização do email faz parte do nosso quotidiano de comunicação. Os nossos filhos, mais cedo ou mais tarde, vão necessitar de o compreender e saber utilizar. A app Maily é precisamente uma app didática de email pensada especificamente para as crianças enviarem mensagens aos seus amigos e família. Todo o interface é muito simples, os contactos estão pré-definidos e o corpo da mensagem assenta muito em desenho, tendo também a possibilidade de adicionar fotografias e caixas de texto. Enviar uma mensagem no Maily é uma forma simpática de as crianças treinarem vários aspectos, tais como a escrita, o desenho, a composição, a criatividade e ao mesmo tempo partilhar o resultado final com um colega. Os pais têm a supervisão da conta, são notificados sempre que o seu filho recebe e envia mensagens. É curioso verificar, mais tarde, a curiosidade e a sensação ao verificarem as respostas que vão chegando. Para crianças a partir dos 5 anos. Disponibilidade: Android/iOS

Doodlecast Por vezes olhamos para o desenho de uma criança e começamos a tentar perceber o que representa, a imaginar como terá lá chegado, qual o seu processo de criação, por onde terá começado e que comentários terá feito durante a sua execução. Doodlecast da Sago mini é uma app que permite gravar o ecrã do tablet enquanto o desenho é feito, ao mesmo tempo que também grava tudo o que é dito. Pode ser usado tanto para uma sessão de desenho - por exemplo entre pais e filhos - como para a execução de um pequeno vídeo explicativo. O resultado final é sempre muito interessante, mas rever, posteriormente, um filme destes é uma redescoberta de pormenores. A app sugere alguns temas para despertar a imaginação, tem um interface que é bastante amigável e todos os filmes gerados podem ser exportados para mais tarde recordar ou serem utilizados noutros fins, como, por exemplo, num livro electrónico. Crianças a partir dos 3 anos. Disponibilidade: iOS

Cassata Panquecas com Maple Syrup Doodlecast da Sago mini é uma app que permite gravar o ecrã do tablet enquanto o desenho é feito, ao mesmo tempo que também grava tudo o que é dito. Pode ser usado tanto para uma sessão de desenho por exemplo, entre pais e filhos - como para a execução de um pequeno vídeo explicativo.

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26 | NP | ENTREVISTA

CONVERSA COM... TIAGO AMARAL Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com

“PROPONHO A ORGANIZAÇÃO DE MASS TRAINING DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO PARQUE DAS NAÇÕES” Tiago Amaral é um vizinho salva-vidas. Este conterrâneo super-herói não se

meados de 2005, para a Alameda dos Oceanos, onde reside desde então.

veste de capa nem se mascara, não voa nem salta de prédio em prédio, mas

Apesar de jovem, vive intensamente o calendário, já teve muitas experiências

impede imensas vezes que o mal impere, que vença, em todas as acções do

menos positivas e outras bastante gratificantes. Salvar alguém é, além de

seu dia. É enfermeiro especialista, desenvolve a actividade no Serviço de

uma atitude altruísta, o intento de vida de qualquer homem ou mulher nesta

Urgência Polivalente e na Viatura Médica de Emergência e Reanimação do

profissão. Gosta de viajar, cinema, teatro, música, leitura, pesca, natação,

Hospital São José. De 34 anos, nascido e criado em Lisboa, morou sempre nesta localidade, dos Olivais desceu, em O QUE FAZ FALTA POR AQUI? Como referi há pouco, o PN tem um potencial enorme. Muito caminho já se fez, mas ainda há outro tanto para se fazer. Relativamente a esse “outro tanto para se fazer” saliento a necessidade de mudança do paradigma vigente. Dou como exemplo a área da saúde onde se investe no tratamento em detrimento da prevenção. Isso leva, obrigatoriamente, não a ganhos mas a perdas em saúde e a um maior gasto de dinheiro a médio e longo prazo. O PN necessita desta mesma mudança: deve-se investir na manutenção das suas infraestruturas, prevenindo a sua deterioração, em vez de se substituir. A médio e longo prazo, a opção de substituição, leva a um maior gasto. Penso que necessitamos, urgentemente, e cingindo-me à minha área de intervenção, de 3 intervenções fulcrais: construção do Centro de Saúde, passadeiras elevadas e bem sinalizadas (porque não luzes refletoras no chão ou sinalização intermitente no chão) assim como de uma maior visibilidade no Parque; necessitamos de ver e de ser vistos. Já por duas vezes, em serviço com a VMER São José, me desloquei ao nosso PN para 2 acidentes de viação que acabaram por ser fatais (e outros tantos não fatais). São medidas urgentes os limitadores de velocidade como o caso de passadeiras elevadas (que tão bem foram construídas aqui ao lado na JF Olivais) e melhor visibilidade (dentro da política de iluminação seguida, uma área sobre a qual não percebo, tecnicamente falando, mas sobre a qual sinto necessidade de denunciar enquanto profissional de saúde). SALVAR VIDAS, MAIS DO QUE UMA PROFISSÃO? É GRATIFICANTE? Confúcio disse um dia “Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”. E eu dou-lhe razão. Ser enfermeiro na área de urgência e emergência preenche-me profissionalmente. A sociedade espera que eu ajude a salvar vidas; é esse o meu papel. A minha procura pelo valor profissional e aperfeiçoamento é um dever deontológico da minha profissão. Ele é perspetivado como forma de garantir, no tempo, a prestação de um cuidado de excelência atualizado e à luz dos saberes e conhecimentos mais recen-

futebol e de exercício ao ar livre…e de viver no Parque das Nações.

tes. Só assim, e em

equi-

pa, se salvam vidas. Faço-o com enorme gosto e sentimento de gratificação profissional, mas, também, pessoal. Apenas salientar que a saúde é o nosso bem mais precioso. Cada um de nós é responsável por ela. E é um dever cívico aprender suporte básico de vida. PERDER ALGUÉM “ON THE JOB”? Quando falamos em salvar vidas somos, muitas vezes, conduzidos a séries televisivas. Estou a lembrar-me do Serviço de Urgência (ER). As primeiras séries foram muito criticadas pois muito do que se fazia não correspondia minimamente à realidade. Com o tempo tudo se aproximou da realidade. Até se contrataram médicos e enfermeiros como consultores. Mas houve sempre um aspeto que se

manteve longe, muito longe: num estudo realizado em 1996, onde investigadores visualizaram uma época inteira da série ER, e publicado no “The New England Journal of Medicine”, as taxas de sobrevivência na série ER eram, significativamente, mais altas do que aquelas que verificamos na realidade. A verdade é que em muitos dos acontecimentos do nosso dia a dia morre-se mais frequentemente do que o que mostram estas séries na televisão. Não é fácil para o enfermeiro e para qualquer profissional de saúde vivenciar uma situação destas. São profissões com um elevado grau de penosidade; vivemos lado a lado com a morte, com o sofrimento, com a dor... Já perdi imensas pessoas tanto no hospital como a nível do pré-hospitalar.

“Quando falamos em salvar vidas somos, muitas vezes, conduzidos a séries televisivas. Estou a lembrar-me do Serviço de Urgência (ER). As primeiras séries foram muito criticadas pois muito do que se fazia não correspondia minimamente à realidade. Com o tempo tudo se aproximou da realidade. Até se contrataram médicos e enfermeiros como consultores. Mas houve sempre um aspeto que se manteve longe, muito longe: num estudo realizado em 1996, onde investigadores visualizaram uma época inteira da série ER, e publicado no “The New England Journal of Medicine”, as taxas de sobrevivência na série ER eram significativamente mais altas do que aquelas que verificamos na realidade. A verdade é que em muitos dos acontecimentos do nosso dia a dia morre-se mais frequentemente do que o que mostram estas séries na televisão.”


ENTREVISTA | NP | 27

“JÁ POR DUAS VEZES, EM SERVIÇO COM A VMER SÃO JOSÉ, ME DESLOQUEI AO NOSSO PN PARA 2 ACIDENTES DE VIAÇÃO QUE ACABARAM POR SER FATAIS

(E OUTROS TANTOS NÃO FATAIS). SÃO MEDIDAS URGENTES OS LIMITADORES DE VELOCIDADE COMO O CASO DE PASSADEIRAS ELEVADAS (QUE TÃO BEM FORAM CONSTRUÍDAS AQUI AO LADO NA JF OLIVAIS) E MELHOR VISIBILIDADE (DENTRO DA POLÍTICA DE ILUMINAÇÃO SEGUIDA, UMA ÁREA SOBRE A QUAL NÃO PERCEBO, TECNICAMENTE FALANDO, MAS SOBRE A QUAL SINTO NECESSIDADE DE DENUNCIAR ENQUANTO PROFISSIONAL DE SAÚDE).

No pré-hospitalar é mais difícil... estamos na rua ou numa residência particular onde a pessoa que está ali caída, inconsciente, sem respirar e sabemos que é o pai de uma menina de 1 ano que está no quarto ali ao lado. Estamos em ambientes que denominamos de “não controlados”. Estamos envolvidos por uma maior componente emocional. Um telemóvel a tocar dentro do bolso de alguém que está em paragem cardio-respiratória... os objetos pessoais, fotografias, familiares que pretendem assistir à reanimação e que nos pedem que o salvemos. No final já chorei... Nós não somos de ferro... De imediato desejamos que, caso haja novo acionamento para uma nova situação, possamos fazer a diferença salvando a vida. UM CASO QUE TENHA GUARDADO NA MEMÓRIA? Tenho 3 casos muito gratificantes. Eu trabalhei no CODU (Centro Orientação de Doentes Urgentes) do INEM entre os anos 2008-2011, altura em que o INEM dispensou os enfermeiros da central, cometendo um erro estratégico, com perdas em saúde. Um dia de manhã recebo uma chamada de um quartel de bombeiros que nos solicitava ajuda telefónica para efetuar um parto. Calmamente foram dadas as indicações e tudo correu bem. A mãe colaborou, a menina nasceu sem intercorrências e os bombeiros estiveram à altura da circunstância. No dia seguinte, um deles descreveu o parto a um jornal nacional e proferiu textualmente duas linhas de indicações que lhe dei. Foi bastante gratificante ter feito a diferença. Outro episódio foi o meu primeiro parto, desta vez, presencial. Acompanhava uma senhora com os seus 35 anos, grávida pela quarta vez, com contrações com menos de 2 minutos de intervalo. Ao descer a rua da Madalena, ao Martim Moniz, e com uma trepidação enorme causada pelos buracos, tivemos de parar. A menina nasceu ali, ajudada pelas minhas mãos. De imediato foi colocada junto à mãe. Ainda hoje me lembro de todos os pormenores. Por último, uma visita a Portugal de um cidadão brasileiro. Acabado de chegar a Lisboa, e após dei-

xar as malas no hotel, foi com a esposa e os seus dois filhos, de aproximadamente 30 anos, conhecer a baixa lisboeta. Dentro da estação de metro dos Restauradores caiu inanimado. Por sorte, no local, estava um amigo e colega enfermeiro do Hospital São José, e do qual tinha sido formador do curso de suporte básico de vida há 1 mês. Ele reconheceu que o senhor estava inconsciente e não respirava. Ligou 112 e mencionou onde estava. De imediato a equipa constituída por mim e por um médico (com uma médica estagiária), dirigiu-se para o local. Em 2 minutos chegámos, continuavam a ser efetuadas as compressões e ventilações que fazem parte do suporte básico de vida, e, neste caso sim, como nas séries de televisão, o doente foi desfibrilhado (aplicado o “choque” com as pás) e recuperou sinais de vida. Passados 30 dias, e, após uma passagem pela cardiologia, unidade de cuidados intensivos e enfermaria, saiu pelo próprio pé e regressou ao Brasil com a promessa de que iria voltar para conhecer a bonita cidade de Lisboa. UMA IDEIA PARA O PN. Como referi há pouco, o reconhecimento precoce e respetivo acionamento da linha 112 seguido das compressões e ventilações é FUNDAMENTAL para que as equipas de emergência médica possam restaurar a componente cardíaca mas, também, assegurar que o cérebro, durante o tempo em que se deslocam a caminho do local, seja bombeado com sangue oxigenado (através das compressões e ventilações). Só assim permitirá que a pessoa recupere totalmente. Uma pessoa com um coração funcional, mas com um cérebro com lesões major, trará repercussões, nomeadamente, a incapacidade da vida de relação ou mesmo a morte cerebral. Todos nós somos importantes na cadeia de sobrevivência. E a cadeia é tanto mais forte quanto mais forte for o seu elo mais fraco. Proponho a organização de mass training de Suporte Básico de Vida no Parque das Nações, e, quem sabe, das mesmas ações nas escolas da nossa freguesia. Estou totalmente disponível de forma pro bono. Haja entidades interessadas.


28 | NP | ENTREVISTA

MULHERES DO PARQUE

“ANDAR DE BICICLETA AJUDA NA MINHA DISPOSIÇÃO” Rita Carvalho entrevista MARIA CRISTINA TACANHO ritavitorinodecarvalho@gmail.com

Apresentação: Maria Cristina Tacanho, 44 anos, casada, mãe de 2 filhos Profissão: Técnica Superior na Função Pública. Hobbies: Andar de bicicleta Como foi o teu percurso até chegares ao Parque das Nações? Vivi 32 anos no Lumiar, sou moradora no Parque das Nações há cerca de 11 anos, com excelentes vizinhos. Por acaso, na entrevista anterior, com a Joana Melo, também se falou dos seus ótimos vizinhos, mas foi uma coincidência [sorrisos] … Sim, foi uma coincidência, [sorrisos] …também sou uma habitante do Parque que elogia os vizinhos que tem. Existe uma boa relação e interajuda entre nós, pelo que dou muito valor. Como exemplo, foi o meu vizinho do 4º andar (Gonçalo Peres) que influenciou o casal Tacanho a ir de bicicleta para o trabalho, promovendo a pedalada ecológica. Os nossos filhos brincam juntos e reúnem-se nas casas uns dos outros. E em relação à aventura de ir de bicicleta para o trabalho? Há cerca de dois anos aderi à bicicleta eléctrica, como meio de transporte para ir trabalhar. Posso dizer que estou a adorar a experiência. Faço ginástica matinal, nunca apanho trânsito e chego, sem stresse, ao trabalho. Não obstante, também utilizo o carro quando chove para ir para o trabalho. Já o meu marido - faça sol, chuva ou vento - vai sempre de bicicleta. Penso que ainda não temos a cultura de ir para o trabalho de bicicleta. Ainda existe o pensamento: chego ao trabalho, cansado e a suar. Bem, com a bicicleta elétrica isso não acontece... também não há muitas ciclovias e as existentes as pessoas passeiam nelas. Adoraria que se fizesse mais ciclovias de acesso à cidade de Lisboa, como, por exemplo, na Avenida Marechal António de Spínola, para que os ciclistas se sentissem mais seguros e, consequentemente, permitiria que houvesse uma maior adesão. Costumas ir pelas ciclovias? Apanho duas ciclovias, uma no Areeiro e outra no Saldanha, mas o meu trajecto é 80% feito na estrada. É por andares muito de bicicleta que, sempre que te vejo, estás bem-disposta [sorrisos]? A boa disposição vem do nosso interior - e o que nos rodeia influencia a nossa disposição. Cabe a nós escolher ambientes agradáveis. Também posso dizer que andar de bicicleta ajuda na minha disposição, consigo libertar alguma tensão de um dia mais difícil.


ENTREVISTA | NP | 29

Cabeleireiro

Unisexo

Também sei que és vegetariana, há quantos anos? Sou vegetariana há 10 anos, influência do meu marido que é vegetariano há cerca de 18 anos. Nos dias de hoje já é possível fazer este tipo de alimentação com equilíbrio, mas quando se fala em vegetarianismo, as pessoas pensam logo em saladas, o que não é verdade. Tenho dois filhos vegetarianos e até agora têm-se dado bem. O meu filho mais velho andou na Escola Básica Parque das Nações, onde forneceram esta alimentação durante cinco anos, desde o pré-escolar até ao 4º ano. O meu filho mais novo, com 2 anos, frequenta a creche Cantinho das Alfazemas onde também fornecem comida vegetariana biológica (aproveito para agradecer à fantástica equipa desta creche por mimarem o meu Gui). Como é que os teus filhos lidam no dia-a-dia com o facto de serem vegetarianos? Têm curiosidade em experimentar comida não vegetariana? Como lidas com isso? O Gabriel já experimentou carne, peixe e fiambre, nós não proibimos que ele coma comida não vegetariana. Em relação ao Gui, ainda é muito novo mas, claro, vai ter curiosidade como o irmão, e nós vamos explicar porque é que somos vegetarianos. Tens alguns exemplos de pratos favoritos vegetarianos que comes com a tua família? Esparguete à bolonhesa, feito com seitan; Tofu à Brás; Empadão de seitan e Hambúrguer vegetariano com batata frita. E relativamente aqui ao Parque das Nações, há

alguma coisa que gostasses de referir? Aproveitava esta oportunidade, para relembrar aos nossos políticos e entidades oficiais o seguinte: Construção de mais uma escola no Parque das Nações Sul - Neste momento a Escola Básica Parque das Nações apenas leciona até ao 1º ciclo e encontra-se a funcionar para além das suas capacidades. As crianças vão crescendo e necessitamos que o 2º e 3º ciclos possam acolher as mesmas, de forma digna e próxima das suas residências. Somos uma freguesia com bastantes habitantes e as atuais escolas não chegam para abranger todas as crianças. Velocidades excessivas e passadeiras inseguras muitos condutores passam com demasiada velocidade junto da Escola Básica Parque das Nações, assim como, na Alameda dos Oceanos, cujas passadeiras se revelam inseguras para as pessoas que as utilizam. O tempo de espera dos semáforos da passadeira em frente da loja de móveis Stockdesign, em nada beneficia o atravessamento dos peões. Lembro que desde a abertura do Pingo Doce- zona sul, a referida passadeira tem sido bastante utilizada, tendo vindo a revelar-se pouco prática e bastante perigosa pois os peões atravessam e a visibilidade encontra-se obstruída pelas Portas do Mar- portal da Expo 98. Dejetos dos cães - queria deixar uma palavra de encorajamento e incentivo a todos aqueles que passeiam os seus animais no sentido de apanharem os seus dejetos. Felizmente, a grande maioria tem tido uma atitude exemplar. Voto para que continuem assim, para o bem-estar de todos e que possam servir de exemplo para aqueles menos cuidadosos.

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“Aproveitava esta oportunidade, para relembrar aos nossos políticos e entidades oficiais o seguinte: Construção de mais uma escola no Parque das Nações Sul “

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“Tenho dois filhos vegetarianos e até agora têm-se dado bem. O meu filho mais velho andou na Escola Básica Parque das Nações, onde forneceram esta alimentação durante cinco anos, desde o pré-escolar até ao 4º ano.”

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30 | NP | MODA

O Parque está na moda A reciclagem é a nova criatividade, a partilha é a nova terapia de compras, a reutilização de artigos do passado é o novo futuro. Por: Sara Andrade

A mais mediática e recente é a marca de Kelly Slater, Outerknown, que utiliza as redes de pesca recuperadas dos Quando Lavoisier, no séc. XVIII, ditou, na Lei da Conservação das Massas, que "na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", não imaginava que estaria a enunciar também as regras de salvaguarda de um futuro nas realidades erigidas pelo Homem, e não apenas os parâmetros pelos quais se rege o mundo natural. Numa altura em que as sociedades modernas já pisaram a fronteira da capacidade de renovação dos recursos e em que urge abandonar a produção desenfreada, aproveitando o que já está feito e transformá-lo ou dar-lhe novo uso, as indústrias em geral - e a da Moda em particular - têm testemunhado soluções que, mantendo o fator novidade, minimizam a exploração máxima de matérias primas e o impacto ambiental dos sistemas de produção atuais. A reciclagem é a nova criatividade, a partilha é a nova terapia de compras, a reutilização de artigos do passado é o novo futuro. Por exemplo, há uma marca portuguesa de artigos de surf que produz quilhas a partir de elementos em plástico deitados para o lixo. Inteiramente desenvolvidos e produzidos em Portugal, a Marlin Fins (re)utiliza polímeros para criar quilhas de pranchas que são, assim, um produto reciclado. Aliás, no âmbito do surf, tem havido várias iniciativas para a limpeza dos mares e outros modos de tornar o mundo mais sustentável - a coleção de Pharrell Williams para a G-Star, "Raw for the Oceans", é já conhecida, mas a mais mediática e recente é a marca de Kelly Slater, Outerknown, que utiliza as redes de pesca recuperadas dos oceanos para desenvolver um nylon especial, o econyl. Numa ótica não só de sustentabilidade, mas também de diminuição da produção em massa e a favor da partilha entre a comunidade, a holandesa Westkust Surf não vende as suas pranchas ou

oceanos para desenvolver um nylon especial, o econyl.

quilhas - partilha os moldes em pdf para download gratuito, de forma a que possa fazer em casa: as pranchas são em cartão (eles podem fazê-lo por si, por um preço muito abaixo das pranchas comuns) e as quilhas imprimem-se em 3D numa impressora perto de si. Iniciativas que parecem fáceis, mas que só singram se houver, da parte da clientela, uma escolha consciente de fazer valê-las. Não vamos abandonar por completo as marcas às quais somos fiéis, mas começar a introduzir, nas nossas práticas de consumo, este tipo de projetos pode instigar os outros a optarem por parâmetros de produção mais sustentáveis. Porque são estas ideias que caminham em direção a um mundo melhor, com capacidade de renovação dos seus recursos para que os nossos filhos e netos ainda possam conhecer os elementos naturais tal como os conhecemos. Um dos meus projetos preferidos, que me foi recém-apresentado, é o do ShareWear. ShareWear.se é um movimento iniciado na Suécia, parte da iniciativa da Democreativity, e a ideia é a partilha de peças de roupa em vez da sua venda. O site já conseguiu que várias marcas nórdicas cedessem stock para a tal partilha, sendo que cada pessoa fica com a peça durante uma semana e, depois, passa ao outro e não ao mesmo. Os cromossomas X do meu corpo não concebem a ideia de ter um guarda-roupa semanal efémero, mas sem dúvida que embarcaria num desafio de reduzir o vestuário ao essencial e versatilizá-lo todas as semanas com elementos que estariam apenas de visita. Tornar a Moda - e o globo - sustentável ainda é um conceito a dar os primeiros passos, mas sem dúvida que as ideias e tecnologias

que estão a surgir mostram que é mais possível do que se julgava. Lembro-me de ler um livro chamado "Dormir nu é ecológico" já deve ter quase uma década. A jornalista, Vanessa Farquharsson, decidiu, ao longo de um ano, tomar uma atitude mais eco-friendly todos os dias: passou a comer apenas produtos locais e da temporada, deixou de mascar pastilhas e usar palhinhas, passou a dormir nua para não acumular pijamas... pequenos passos para uma grande iniciativa, que, agora, ganha dimensão a larga escala com as marcas de moda. Agora que se vai iniciar a Quaresma, acho que vou desafiar-me para, durante 40 dias e 40 noites, ser uma pessoa mais "sustentável".


VIAGENS | NP | 31

OUTRAS NAÇÕES Por: Sónia Ferreira

Viajar é começar de novo, é aprender o que já sabemos, mas com outros olhos, outra parte de nós. Aprendemos mais nas viagens em que deixamos o que nos é confortável ou familiar e mergulhamos numa realidade completamente nova, onde tudo é uma surpresa e um desafio. Tive recentemente uma viagem dessas, a uma parte do mundo que contrasta com a ideia ocidental de cidade, onde as pessoas convivem com o imprevisto, como uma parte habitual do seu dia-a-dia, onde a pobreza é uma sentença de vida e não apenas um início e onde a palavra diversidade ganha uma nova dimensão, pelos contrastes gritantes e as centenas de níveis de vida existentes, como uma esfera infindável de vários tipos de sociedade, cada uma com direitos e deveres, imutável. Foi uma viagem difícil, a nível físico, pela agenda super-lotada e o número elevado de viagens dentro duma única viagem, mas também a nível emocional, pelo confronto com uma realidade tão longe do nosso dia-a-dia, tentando imaginar o que seria a minha vida ali, o que seria ser aquelas pessoas. É curioso ao que nos habituamos e se torna normal para cada um, às vezes, coisas que nunca imaginamos que nos caracterizam, mas que se tornam evidentes nestes momentos em que somos confrontados com algo tão diferente… a forma como reagimos à mudança e ao imprevisto, a nossa visão da infância e dos direitos da humanidade, a vontade de conhecer pequenas histórias ou de preferir saber o “big picture”, a vontade de querer mudar o que vemos e fazer a diferença ou ver o exterior como um postal ilustrado, inalterado pela nossa vontade, é isso que trazemos das viagens e que nos faz confrontar-nos com o que somos e o que queremos ser. Por isso, esta crónica passará a ser também sobre viagens, para partilhar alguns desses momentos e ajudar a ver essa outra parte de nós, vista de fora. Mumbai Estive recentemente na Índia, mais precisamente em Mumbai, e perdi-me em todo aquele ruído imperturbável e contínuo, característico duma cidade cheia de pressa para ir para qualquer lado, mas em que os milhões de habitantes em constante movimento asfixiam o trânsito e tornam qualquer movimento pelas ruas da cidade um verdadeiro teste à paciência e persistência. Mumbai é uma cidade de contrastes, onde se sente o futuro, no meio de tantos prédios onde as maiores empresas deslocalizam serviços centrais de apoio e tecnologia, como se fosse a voz do mundo, mas onde também se vislumbra um passado marcado pela pobreza e pela forte desigualdade social, numa situação onde a nascença determina o sonho de cada um, com o peso duma heran-

ça de séculos, imutável. Mumbai é a cidade mais populosa da Índia e a nona mais populosa do mundo, com cerca de 20 milhões de habitantes. Longe vão os tempos em que era um conjunto de 7 ilhas de território Português, entretanto, as ilhas uniram-se, conquistando território ao mar e tornando-se numa cidade com mais de 600km2 e num dos principais portos da região. Com a segunda economia em maior crescimento do mundo, é fácil perdermo-nos em toda a agitação e vibração constante, onde milhões de carros circulam em faixas imaginárias e muitas vezes em contra-mão, a tentar escapar do caos que é tentar movimentar-se pela cidade, a qualquer hora do dia ou da noite. Circular apenas uns kms pode demorar várias horas e a fila para o porto marítimo é uma aventura interminável de vários dias. A gastronomia é uma mistura das várias regiões da Índia, com muitas variantes do tipo de picante (mas sempre muito!), em todo o tipo de carne (excepto vaca, o animal sagrado, que convive nas ruas com as pessoas com toda a naturalidade) e peixe ou marisco, numa rota de sabores onde o importante é a intensidade e a mistura de especiarias, sempre presentes em todo o tipo de alimentos (incluindo o pão ou as saladas). Com temperaturas acima dos 25ºC durante todo o ano, as monções trazem um maior desafio à cidade, com um maior caos na circulação e ainda uma dificuldade acrescida para os milhões de pessoas que vivem precariamente. O que mais me impressionou foram as crianças na rua, a quantidade delas e a sua alegria e entusiasmo, apesar de tudo. Os milhares de pessoas que vivem diariamente em condições que consideramos impensáveis e que, muito provavelmente, nunca irão ter acesso a algo diferente. A inocência dos seus sorrisos, porque não conhecem a injustiça da sua realidade. Dá vontade de mudar algo, ajudar todos, ainda que um pouco de cada vez, mas cedo percebemos a impotência de cada gesto, porque a verdade é que nada muda, naquela vida, a não ser aquele momento, que tem mais significado para nós do que para eles. Dum lado, uma economia vibrante, um crescimento impensável na Europa, um mar de cores e de sabores, difícil de digerir em tão pouco tempo…Do outro, o contraste social, sem parecer fazer ninguém querer intervir ou mudar as coisas, pelo peso da história e tradições culturais. É difícil ter uma única opinião sobre a cidade, mas tenho várias, consoante cada momento e o que representa. Espero ter conseguido levar-vos comigo nesta viagem e partilhar um pouco das vossas opiniões, sobre o que descobriram ou gostariam de descobrir neste destino.

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32 | NP | NÁUTICA

MARINA PARQUE DAS NAÇÕES - www.marinaparquedasnacoes.pt

DESPORTO NÁUTICO, CÁ DENTRO A Marina Parque das Nações oferece a excelente oportunidade para todos os amantes ou para todos aqueles que se querem iniciar no desporto náutico, sem terem que sair do Parque das Nações. Fotos: Maximilian Xavier

Passeios no Varino Liberdade Já sonha com o final do Inverno? Pois bem, não desespere. Enquanto desfruta das belezas naturais que esta estação tem para lhe oferecer, a Marina Parque das Nações já pensa o programa ideal para que, já a partir de Abril, as suas tardes no Parque das Nações sejam bem mais que um simples passeio à beira-rio. Marque já na sua agenda um passeio no Varino Liberdade, uma embarcação Histórica das águas do Tejo, agora propriedade da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, caracterizada pelo seu porte gracioso e pelos temas coloridos que embelezam o seu casco. Fique por dentro da arte de navegar rumo às belezas do Estuário do Tejo. Consulte o calendário e faça já a sua reserva. 3 Abril - Marina Parque das Nações – Vila Franca de Xira (10h00) 17 Abril- Marina Parque das Nações – Vila Franca de Xira (10h00)

15 Maio - Marina Parque das Nações – Vila Franca de Xira (10h00) 5 Junho - Marina Parque das Nações – Vila Franca de Xira (10h00)

4º Troféu Experimente Almada Nos próximos dias 4 e 5 de Março de 2016, estará de volta, ao Centro, O Troféu “Experimente Almada”, integrado nas comemorações da BTL 2016. Porque o Desporto Náutico é já uma marca do Parque das Nações e do Centro Náutico, o Troféu “Experimente Almada” contará este ano já com a sua 4ª edição, num evento aberto ao público para todos os que pretendam concorrer na classe RS:One. Para si que é fã da modalidade, não fique de fora deste evento e, se não for experiente na modalidade, não faça caso e, sobretudo, não fique em casa! A organização proporciona-lhe, ainda, experiências de Windsurf completamente gratuitas,

para que você, os seus amigos e familiares possam contactar com uma nova forma de estar com o Desporto e com o Mar. O que fazer, aqui, tão perto de si?

Marina Parque das Nações Festas de Aniversário (para crianças dos 2 aos 14 anos de idade) MPN Sailing Academy (Aulas de Vela para Adultos) Passeios no Rio Tejo Aluguer de Salas (Reuniões e Formações;)

Centro Náutico MPN Aulas Vela Ligeira (Crianças) Sábados 09:30-13:00

Canoagem Domingos 10.00-12:00 Windsurf (Sob marcação) Vela para Todos (Vela adaptada. Procuram-se voluntários e participantes) - 4ª feira 15:00-17:00 Cursos de Navegação (Marinheiro e Patrão Local – 16 de Fevereiro) (Patrão de Costa e Patrão de Alto Mar – Sob consulta) Saiba mais em: Marina Parque das Nações Edifício da Capitania, Passeio de Neptuno 1990-193 Lisboa www.marinaparquedasnacoes.pt www.facebook.com/marinaparquedasnacoes info@marinaparquedasnacoes.pt Tel. 218 949 066 / Fax. 218 949 067


NATUREZA | NP | 33

AVES DO PARQUE Textos e Fotografia por: Rodolfo Miguel Begonha Nome comum: Garça-branca ou Garça-branca-pequena Nome científico: Egretta garzetta Breve caracterização: Integra a ordem dos Ciconiiformes, na qual, além das garças (família Ardeidae), se encontram cegonhas, íbis e colhereiros. Esta garça tem cor branca e dimensão média ou pequena quando comparada com a garça-real, por exemplo. Precisamente atendendo ao seu tamanho e cor, a garça-branca é confundida com a garça-boieira, todavia é mais alongada ou esguia e elegante do que esta e possui asas maiores relativamente ao corpo. Na altura em que ocorre a corte, o seu bico é todo preto e como plumagem nupcial desenvolvem-se penachos ou plumas – duas tiras de penas finas e alongadas – na zona da nuca, bem como penas longas mais salientes abaixo do peito e na zona traseira. Fora desta época o bico tem a sua

parte inicial de cor acinzentada. As patas são negras e os dedos contrastam por serem de cor amarela. Graças à cor negra do bico e das patas, podemos distingui-la imediatamente da garça-boieira que os tem amarelados. Quando voa o corpo e a cabeça retraem-se e as pernas ficam estendidas além da cauda. Possui um regime alimentar variado, principalmente constituído por peixes, mas igualmente por caracóis, insectos, repteis, rãs e outras presas. É muito curioso seguir as suas estratégias para capturar as presas, que se caracterizam por imobilização e espera atenta aos movimentos, também, por pequenos passos cuidados e vagarosos, seguidos da projeção rápida sobre a presa lançando o bico no momento final da captura. Pode também correr e abrir as asas. É possível presenciar os seus movimentos rítmicos com as patas nas poças de água de zonas lodosas pouco profundas, destinados a mover as lamas e desse modo afugentar as presas que ali se encontram refugiadas. A nidificação ocorre em colónias que se formam

em árvores ou arbustos de porte adequado, fundamentalmente junto a lagos, áreas pantanosas e rios (nomeadamente em pequenas ilhas com vegetação), onde esta espécie está em conjunto com garças-boieiras. Conhecem-se colónias ao longo do rio Tejo. Geralmente é nestas colónias onde se reúnem diversos exemplares que mais facilmente se podem ouvir os seus gritos ou chamamentos. Típica de zonas húmidas junto aos rios, em estuários ou deltas, também se observa em pauis e procurando alimento em arrozais e em salinas. É mais abundante nas regiões do Sul de Portugal e

no Verão (visto que é uma ave migrante), apesar de existirem animais invernantes.

No Parque das Nações: Não é difícil observar exemplares desta espécie ao longo de toda a zona ribeirinha pertencente ao Parque das Nações, inclusivamente poderemos ter o privilégio de presenciar, de perto, as suas manobras em busca de presas nos terrenos lodosos e pequenas poças que se formam na maré baixa.


34 | NP | ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

POR UM MUNDO MELHOR Chef Cláudia Salú MISS SAIGON - COZINHA VEGETARIANA DO MUNDO www.miss-saigon.pt

TOFU COM ALGAS NORI Ingredientes: 1 kg. Tofu cortado em cubos ou blocos rectangulares; 1 Cebola picada; 1 Colher de sobremesa de alho picado; 2 folhas de louro; Sal marinho e Pimenta preta a gosto.; Azeite q.b.; 2 colheres de sopa de alga nori (flocos) 1 Molho de coentros frescos picados. Preparação: Doure a cebola e alho em azeite e depois adicione o tofu, louro, sal e pimenta preta. Cozinhe tudo por cerca de 10 minutos, mexendo com cuidado para não quebrar o tofu. Acrescente a alga e mexa por mais 5 minutos. Finalize com os coentros frescos picados. Acompanhe com legumes cozidos, arroz integral e/ou feijão e uma salada verde. DOSE: 4 pessoas / VEGAN / SEM GLUTEN

PANQUECAS VERDES DE AVEIA E BANANA O pequeno-almoço dos nossos pequenos Heróis Por: Lillian C. Barros - Nutricionista da Nutri Ventures

Uma verdade quase universal é o facto de quem tem filhos desejar o melhor para o seu futuro, para a sua saúde e para o seu bem estar. Contudo a falta de tempo e, por vezes, até mesmo de imaginação, podem ser um entrave neste investimento! As vidas são cada vez mais ocupadas, as tarefa profissionais, sociais e familiares são exigentes e, por fim, a conclusão é só uma, se houver organização é possível preparar alternativas saudáveis, simples, rápidas, saborosas e atrativas aos olhos dos mais novos! Um dos grandes dilemas que se sentem nas escolas e, segundo os estudos feitos aos hábitos alimentares dos mais jovens, é a omissão de uma das refeições mais importantes do dia: o pequeno almoço! A falta desta refeição está relacionada com um aumento do apetite ao longo do dia e a um maior consumo de alimentos de rápida absorção e elevado índice glicémico, como doces, bolos, bolachas e outros. Assim sendo, oferecer alternativas saudáveis pela

manhã é a melhor forma de começarmos o dia e garantirmos as boas escolhas alimentares. Devemos apostar numa refeição completa que forneça a energia necessária através da ingestão de cereais integrais, fruta e nunca esquecendo o aporte proteico. Se não consegue fascinar a sua criança com a tradicional torrada e o copo de leite simples, mas antes não consegue resistir a preparar uns cereais “da moda”, mas que estão carregados de açúcares, então porque não experimenta inovar? Sim... os olhos também comem, sobretudo nos mais pequenos, e, se aproveitarmos e associarmos os fantásticos nutri-powers que vão sentir depois de comerem estes ingredientes, conseguimos prender a atenção e sobretudo melhorar comportamentos. A receita é simples e pode perfeitamente fazê-la de véspera: Panquecas Verdes de Aveia e Banana. Acho que os adultos também não vão resistir! O que é óptimo! Pois o exemplo dos pais é sempre um dos pilares mais importantes na educação alimentar dos mais novos... Deixo a sugestão “torne-

se mais saudável por si e pela saúde do seu filho”! Espero que goste! PANQUECAS VERDES DE AVEIA E BANANA Receita in: SAN TAMELANCIA:blogspot.pt INGREDIENTES 2 ovos 1 mão de espinafres baby frescos 2 c. sopa de flocos de aveia 1 banana Canela em pó a gosto (opcional)

Triturar até obter uma mistura homogénea.

MODO DE PREPARAÇÃO

2. Levar à frigideira anti-aderente (pode untar com um fio de azeite ou um pouco de óleo de coco) e dourar dos dois lados.

1. Colocar todos os ingredientes dentro de um copo da misturadora (pode utilizar qualquer robot de cozinha ou até mesmo a varinha mágica).

3. Está pronto a servir acompanhadas de fruta fresca, mel biológico ou frutos secos e iogurte grego ligeiro. Fica delicioso!


ESPAÇO SAÚDE

APRESENTADO POR:

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EQUILÍBRIO ENTRE BODY, MIND & SPIRIT Para mais informações contacte: Av. da Peregrinação Lote 4.41.01 Parque das Nações (antigo Club House) 218 962 003 | www.iamfit.com.pt | iamfit.expo.marketing@gmail.com

O Clube Mais do que um ginásio o I AM FIT é um Health Club que privilegia o equilíbrio entre Body, Mind & Spirit. Temos uma área de 10.000 m2 com um leque de serviços ligados à Saúde, Beleza e BemEstar.

Os nossos sócios podem usufruir da sala de musculação e cardio fitness, de estúdios para aulas de grupo, incluindo estúdio de functional training, piscina (interior e exterior), academia de natação, ballet, serviço de personal training, aulas pré e pós pa rto, nutrição, espaço para crianças, courts de ténis, campo de squash, sauna, banho turco e spa. Como ter uma vida saudável? Segundo a Organização Mundial de Saúde (1946) ser saudável é “o bem-estar físico, mental e social, mais do que a mera ausência de doença…”. Maus hábitos, má alimentação, stress e reduzida prática de exercício físico contribuem para o aumento de casos de diabetes, hipertensão arterial e colesterol. Muitos destes problemas poderiam ser evitados com a prática de um estilo de vida saudável. É imperativo mudarmos os nossos hábitos!

Nutrição, exercício físico Dispomos de um Serviço de Nutrição onde os sócios têm acesso a uma consulta premium, em que lhes é facultado o plano alimentar, semestralmente fazem uma reavaliação dos resultados e plano. Caso pretendam, existe a possibilidade de ter um acompanhamento regular. Todos sabemos os benefícios do exercício físico desde que realizado de forma correta, neste sentido, é fundamental ter o seu plano de treino adequado às necessidades e objetivos pretendidos. Ao inscrever-se no I AM FIT irá sentir-se acompanhado desde o início, temos sempre instrutores, na sala, para o apoiar e uma avaliação inicial feita por um personal trainer de forma a delinearlhe um plano de treino. Nutrição, exercício físico e vida saudável são conceitos indissociáveis. Venha conhecer-nos e comece hoje a descobrir os benefícios de uma vida saudável!


36 | NP | COMÉRCIO

O NOSSO COMÉRCIO C O M P R E

C Á

INBEAUTY GOLD Eliminar a gordura localizada A Inbeauty Clinic é uma clínica com soluções avançadas de estética. A equipa, especializada em tratamentos de vanguarda, tem como principal preocupação elaborar um plano personalizado para cada problema estético. A sinergia entre as tecnologias mais recentes de mercado, juntamente com a dermocosmética e

D E N T R O

os planos personalizados de nutrição, permite que os objectivos das clientes sejam atingidos. Nesta altura do ano, o principal objetivo consiste em eliminar a gordura localizada. Como solução, a nossa clínica apresenta o plano Inbeauty Gold, que permite à cliente, em primeiro lugar, desintoxicar o organismo e, só depois, iniciar as sessões de Endermologia de Corpo localizada (tratamento 100% natural e não invasivo que estimula a diminuição de volume das células gordas), seguidas à Intradermoterapia (introdução de substâncias ativas que queimam gordura). Este é um dos vários protocolos inovadores da nossa clínica, onde encontrará múltiplas soluções para se sentir melhor - basta apenas agendar uma sessão de diagnóstico gratuita e sem compromisso, onde a poderemos aconselhar sobre os seus objetivos e a melhor forma de os atingir. Rua do Mar Vermelho 2G | 927921459 - 910782365 facebook.com/inbeautyclinic | www.inbeautyclinic.pt

MODA FEMININA Loja - A touch of Mess Roupa e acessórios femininos

(1) Blusa em seda da marca Pianura Studio, agora com 40% de desconto – 173 Euros

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(3) Botas castanhas da marca RB Di Roccobarocco, agora com 40% de desconto - 87 Euros

Alameda dos Oceanos, 43D 1990-203 Parque das Nações, Lisboa Tel. 218 941 083 www.mess.pt


PUB S A B O R E S D O P A R Q U E

Chegou ao Parque das Nações uma nova forma de comer sushi! No WOOD comemos da caixa, mas pensamos todos fora da caixa! O Restaurante WOOD abriu as suas portas dia 4 de Fevereiro

O WOOD é um novo, moderno e inovador espaço de restauração, em Lisboa, que se inspira na gastronomia Japonesa. Todo o conceito ideológico e de decoração baseia-se na madeira, transportando a tradicional arquitetura Japonesa para um espaço simples, acolhedor e muito confortável. A irreverência desta nova marca vai marcar a forma como comemos sushi, não só por todo o conceito por trás da marca, pela forma como é apresentado o sushi, mas também, pelo tipo de sushi que é servido. A ideia para construção deste novo conceito surge das várias e longas conversas dos dois sócios Mariana Gil e André Cardoso (juntos em outro projeto – Creche & Aparece no Parque das Nações), sobre onde comer bom sushi de forma simples, descomplicada e fácil. O objetivo principal será oferecer às pessoas uma nova experiência de qualidade dentro ou fora de portas do restaurante. No WOOD vai poder saborear sushi com sabores essencialmente tradicionais. Será uma experiência diferente, seja nos molhos que servimos, nas saladas, nas sobremesas ou até nos chás tradicionais Japoneses.

A c o zi n h a f o i p e n s a d a p a r a a q u e l e s q u e a p re c i a m u m su s h i d e q u al id a d e , m a s c o m u m s a b o r

i n t en so e c h e i o d e su r p r es a s. Desd e os molhos ja poneses com q u e p o d e r á c o m er o s e u s u s h i , fazendo com que cada peça seja d i f er en t e d e p e n d en d o d o m o l h o que escolhe, até às sob remesas p e n sa d a s p a r a c a d a e st a ç ã o d o ano, a os chás J aponeses frios e q u e n t e s , t u d o f o i p en s a d o a o p o r menor para que os apaixonad os p o r co m i d a j a p o n e s a s e s i n t a m e m ca s a . No WOOD todos comemos em caixas! É verdade. A caixa é um dos elementos principais e o que rodeia todo o conceito por trás da marca, tudo é servido em caixas. Os dois sócios quiseram desfazer a ideia que comer numa caixa tem que ser uma experiência ligada a prontos a comer de baixa qualidade ou street food. Cada caixa no WOOD foi pensada para que a experiência de cada cliente fosse especial, que sintam que cada caixa foi pensada e preparada – desde o seu design, o seu visual, à sua composição – a pensar na melhor experiência possível. A Mariana, o André e toda a equipa do WOOD está extremamente orgulhosa com a criação deste novo conceito e com a abertura deste novo espaço, por isso estão convidados a visitarem o WOOD e a saírem da caixa connosco!


38 | NP | AGENDA

Crónica de Catarina Figueira

Meninos, hoje vamos sair! Sou a Catarina Figueira. Moro no Parque das Nações, desde 2007. Há dois anos que sou mãe do António Maria. Trabalho no Pavilhão do Conhecimento, onde coordeno a área da Comunicação. Ando sempre à procura de programas para fazermos em família. Também lhe acontece? Então continue a ler. O primeiro mês do ano já lá vai e aposto que ainda está por cumprir aquela resolução de voltar ao ginásio. E os miúdos, continuam a pedir gomas e sumos a toda a hora? Então dêem corda aos sapatos e corram até à nova exposição do Pavilhão do C o n h e c i m e n to . C h a m a - s e E s p i n a f r e s & Desporto e está cheia de dicas para um estilo de vida saudável. Podem começar a desenferrujar, na própria exposição, saltando à corda ou subindo uma parede de escalada.

gi ca onde podemos amassar pão e dar de comer aos animais. A Qu i nta P eda góg ica Arm and o V i l l a r é o s í t i o p e r f e i to p a r a o s m e n i n o s d a c i d a d e d e sc o b r i r e m q u e o s o v o s n ã o n a s c e m n a s c a i x i n h a s d e c a r tã o d o s u p e rm er ca d o . Além das galinhas, vivem, ali, um burro de Miranda, ovelhas de raça merino preto, perus, patos, gansos, coelhos, cabras e porcos pretos do Alentejo.

Jáá c o n he c e o Bounce? Trata-se de um megaparque de trampolins indoor, em Alfragide, com mais de uma centena de estruturas interligadas onde saltar e dar piruetas e cambalhotas (de preferência depois de fazer a digestão). Para os pais mais reticentes fica a garantia da NASA: pular num trampolim durante 10 minutos é mais benéfico para o coração do que correr meia hora. E apagar as velas num sítio destes? Acredite: os seus filhos vão pular (literalmente) de felicidade.

Tem uma família de cinéfilos? Então não perca a 3.ª edição do Festival Play. De 13 a 21 de Fevereiro, o Cinema São Jorge e a Cinemateca Júnior recebem uma selecção de curtas e longasmetragens de todo o mundo, porque nem só de filmes da Disney se faz o cinema para crianças (e neste festival nem os bebés de colo vão ficar de fora). Há também ateliês e um evento muito especial, no dia 20: a projecção do filme O Balão Vermelho (1956), de Albert Lamorisse, acompanhada de música ao vivo com a cantora Rita Redshoes.

É o 2 em 1 perfeito: um concerto para bebés num espaço mágico e cheio de história, como é o Museu de Lisboa – Núcleo do Palácio Pimenta. No primeiro domingo de cada mês, o Conservatório de Música de Sintra muda-se de armas

O Museu da Electricidade, em Belém, ocupa um espaço onde outrora funcionou uma central termoeléctrica que abastecia toda a região de Lisboa. O edifício é imponente e a história da antiga Central Tejo merece ser contada ao vivo. A cereja no topo do bolo é que aos fins-de-semana o Museu organiza actividades para famílias. E gratuitas! Uma delas, o Laboratório de Invenções, vai deixar os miúdos com os cabelos em pé. Literalmente. Cascais não é só sinónimo de praias e de gelados do Santini. Paredes meias com a A5, há uma quinta pedagó-

e bagagens cheias de instrumentos para o Campo Grande para dar música a criaturas de fraldas (dos 9 meses aos 3 anos). Os lugares são limitados e muito concorridos, por isso convém marcar com antecedência através do mail: conservatoriodemusicadesintra@gmail.com. Próximas datas: 6 de Março, 3 de Abril e 5 de Junho. Bons programas!


VIDA | NP | 39

Healthiness Felicidade nos mais pequenos ingredientes da vida Por: Joana Teixeira - www.healthiness.pt

O leite fica na vaca Dica nº1: O leite fica na vaca.

Há uns anos que tenho vindo a mudar a minha forma de viver: de um pacote de bolachas e leite com chocolate ao lanche para um pudim de chia, de me esquecer como era rir à gargalhada para rir todos os dias, de negativa a positiva, de stressada a (ainda) stressada, mas já consciente, de workaholic a lifeaholic. O que é ser lifeaholic? É ser viciada na vida! Literalmente. Aproveitar os pequenos ingredientes de felicidade que ela tem para me dar, juntar a família e os amigos, adicionar uma pitada de dicas saudáveis sem fundamentalismos, incorporar bem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e consumir todos os dias.

E aqui estou eu, a convite do jornal do meu bairro, para partilhar aquilo que me faz feliz. Espero poder contribuir nem que seja 0,0000001 para a vossa felicidade, também, com dicas e receitas simples e saudáveis. Vamos começar?

O leite e seus derivados são normalmente alimentos alergénicos e, por isso, vêm destacados a negrito nos rótulos dos produtos. Inclusivamente, a Harvard School of Public Health recomendou que é prudente limitar o seu consumo. E sim, isto inclui leite, queijo, iogurtes e outros produtos que contenham leite na sua composição, mesmo aqueles que garantem ser “sem lactose” e que acabam por conter a proteína do leite. Obviamente que cada caso é um caso e algumas pessoas são mais ou menos intolerantes. O segredo está em estar atento à reacção do nosso corpo quando cortamos ou aumentamos o consumo de lacticínios. No meu caso, o consumo destes alimentos está reduzido mesmo para o mínimo indispensável. Por isso, trago-vos aqui uma receita de iogurte sem leite, muito simples de fazer e super saborosa. Serve 4 potes Ingredientes: • 1 tigela de morangos (podemos utilizar congelados) • 1 lata de leite de coco (apenas a parte dura) • Sumo de ½ limão • 3 ou 4 colheres de sopa de geleia de arroz (ou outro adoçante à escolha, como xarope de agave, stevia, mel, …) Indicações: • Triturar os morangos. • Juntar o leite de coco, o limão, a geleia e misturar. • Caso tenha utilizado morangos congelados pode comer logo, senão convém levar um pouco ao frigorífico para não ficar tão líquido. Comer! Pode guardar no frigorífico até 3 dias (mas duvido que dure tanto tempo porque, realmente, é muito saboroso).


40 | NP | DESPORTO

NOTÍCIAS CLUBE TEJO ESCOLA DE TÉNIS JAIME CALDEIRA www.etjc.pt Por: Miguel Soares

Fernando Neto, jogador da Liga Approach T4

Até ao momento, qual o jogo mais desafiante que tiveste? Podia apontar vários jogos, mas se é para escolher apenas um, então escolho aquele em que defrontei o João Donato. Nunca tinha jogado com ele, mas cedo vi que iria ser difícil vencê-lo pois ele tem excelentes armas. Contudo, não desisti e acabei por triunfar no super tie break do terceiro set. Qual o jogador que merece mais atenção, relativamente a resultados que tem feito e sua evolução? Não gosto de tirar mérito a nenhum dos meus adversários, até porque tal como os adeptos e pra-

ticantes de ténis sabem, até os jogos "fáceis" podem tornar-se num calvário, e é impossível manter o mesmo ritmo e concentração do princípio ao final de um jogo. Ainda assim, tenho que destacar o Miguel Filipe pela sua rápida evolução e competitividade, sendo difícil derrotá-lo.

Hugo Costa, jogador da Liga Oriente T4

Relata a tua melhor jogada. Não me recordo qual terá sido a minha melhor jogada ou a minha preferida. Mas, certamente, uma em que, depois de várias direitas cruzadas, terei aplicado um winner com uma direita paralela. Ou então ter realizado um amortie perfeito (em que o adversário fica pregado ao chão), após uma longa troca de bolas do fundo do court. São pontos que me dão especial gozo. Que tipo de jogador és? Em que se baseia o teu jogo? Penso ser um jogador bastante seguro, que se movimenta rápido no court e que não falha muito, mas que também podia arriscar mais, por vezes. No entanto, ao longo desta temporada estou a tentar aperfeiçoar a técnica aprendida nas aulas, melhorar nas subidas à rede e melhorar o meu jogo ofensivo do fundo do court, são essas as minhas metas para os próximos desafios.

Até ao momento, qual foi o jogo mais desafiante que tiveste? Foi claramente o jogo que tive com o Adilson. Tive de recuperar de um set perdido e a vitória podia ter caído para qualquer lado. Qual o jogador que merece mais atenção, relativamente a resultados que tem feito e sua evolução? Nesta edição, o jogador a ter em atenção, face aos

resultados que tem vindo a averbar, é o João Lino. É um jogador com um tipo de jogo que me traz muitos problemas e que eu para conseguir ganhar tenho de manter a cabeça no lugar e jogar de forma muito mais táctica do que com qualquer outro. É um jogador que exige muito de mim física e mentalmente. Em termos de evolução, devo salientar o Adilson. Jogo após jogo tem sido cada vez mais difícil ganhar e os últimos encontros têm sido decididos em meros detalhes. Relata a tua melhor jogada. São tantas! Ocorreram-me, agora, duas que fiz no último jogo com o Pedro Monteiro, que o levaram ao desespero. O Pedro dominou o ponto quase todo e atacou com força e profundidade para a minha esquerda e eu, em recurso, (por duas vezes) devolvi a bola com um slice de esquerda, em lob cruzado, que aterrou (por duas vezes) em cima da linha final. Que tipo de jogador és? Em que se baseia o teu jogo? Considero-me um jogador all-court e tento ser o mais ofensivo possível de modo a que não esteja em grandes trocas de bola que acabam por me dar cabo do físico num jogo mais longo.

CDOM

Venha conhecer-nos e Ser Desportivo!

Sabia que pode ser sócio do CDOM por apenas 2,5€ mensais? E ainda menos se for reformado ou menor? Por: Carlos Ardisson - Comunicação e Marketing www.facebook.com/CDOMoscavide - geral.cdom@gmail.com

O ano de 2016 no Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide inicia-se da mesma forma que terminou 2015, com muita atividade, com muita competição. Sente-se uma vontade redobrada para melhorar as prestações de cada um dos atletas permitindo, dessa forma, melhorar o rendimento das respetivas equipas. Com o trabalho que tem sido desenvolvido o futebol melhora a cada fim de semana e os resultados são prova disso. Todos no Desportivo continuam empenhados em contribuir para o desenvolvimento dos jovens atletas, quer a nível físico, quer a nível humano.

Os atletas do triatlo continuam a ter um desempenho de alto nível nas diversas provas onde competem. Nesta altura do ano existem mais duatlos ( corrida e ciclismo) e competições em modalidades como a natação ou corrida. Para um próximo número fica a promessa de abordar com maior detalhe este departamento do CDOM. Visite-nos na nossa página de Facebook, no site que em breve estará disponível (cdom.pt) ou na nossa sede, para nos conhecer melhor e tornar-se sócio do CDOM. Venha daí SER DESPORTIVO!


DESPORTO | NP | 41

Por: Nuno Albuquerque Mestre, 5º Dan Daikenshi - facebook.com/skolivais,

SHORINJI-KEMPO, ARTE MARCIAL JAPONESA

Vice-campeões europeus treinam no PN

O clube de shorinji-kempo do Externato João XXIII alcançou excelentes resultados no recente 7º Campeonato Europeu desta arte marcial, que se disputou em outubro, pela primeira vez, em Portugal. O par Ivan Pereira/João Catarino sagrouse vice-campeão europeu em representação da seleção nacional, que foi a mais numerosa no fantástico Pavilhão Multiusos de Odivelas (com 30 elementos) entre os representantes de 13 países. Ivan Pereira (25 anos) e João Catarino (27 anos) foram os segundos melhores da Europa (atrás de um par francês) na categoria de 2º dan (cinto Negro), na área de ‘kumi embu’, um combate coreografado e pré-combinado, mas onde é enorme o realismo e velocidade das técnicas efetuadas (ataques, defesas, libertações, projeções), que são avaliadas por uma equipa de cinco juízes. Ambos treinam há vários anos no ‘Dojo’ (local de treino das artes marciais) do Externato João XXIII (aberto à comunidade) esta arte marcial japonesa, que tem uma forte componente mental e de defesa pessoal. O shorinji-kempo tem, aliás, conhecido um grande sucesso nesta instituição de ensino, desde a inauguração das novas instalações no Parque das Nações, tendo já passado pela arte centenas de crianças e jovens, praticando atualmente quatro dezenas (quase metade são raparigas e mulheres), já que o shorinji-kempo se integra muito bem no vasto programa de Atividades Extracurriculares do colégio por ser – também – um Sistema Educacional, baseado em valores e princípios, e num grande sentido de solidariedade

(são comuns as iniciativas solidárias por parte dos seus elementos). E se o par masculino é oriundo da classe aberta à comunidade, já o par feminino iniciou-se, exatamente, na classe extracurricular do Externato João XXIII: Margarida Ribeiro (14 anos) e Marta Cruz (13 anos), há vários anos alunos do colégio, foram as mais novas representantes na seleção nacional, após os bons resultados alcançados nos últimos Taikai/Campeonatos nacionais. Sendo ambas ainda da graduação de 2º Kyu (cinto castanho) têm revelado enorme dedicação ao shorinji-kempo, que já praticam há cinco anos. Estrearam-se na categoria de Juniores na seleção nacional, ganhando experiência e motivação com vista a desafios futuros. O 7º Campeonato da Europa de shorinji-kempo integrou-se nas comemorações do 40º aniversário da arte em Portugal (1975~2015), que trouxeram a Portugal meio milhar de praticantes (na sua maioria europeus, mas também do Japão e EUA), para marcar presença no mais concorrido Estágio Europeu jamais realizado. De entre todos os países participantes no Europeu, Portugal foi o mais medalhado, com cinco classificações entre os três primeiros (sendo ainda vice-campeão em Juniores, e medalhado em femininos), a refletir o bom trabalho que a Federação Portuguesa de Shorinji Kempo (FPSK) e os vários mestres e ‘Kenshi’ (praticante desta arte) têm vindo a realizar, com grande dedicação e sem qualquer apoio institucional. A seguir a Portugal, os mais medalhados foram França (4 medalhas), Rússia (3), Espanha (2) e Suécia (1). Em 2017, realiza-se o Taikai/Campeonato Mundial em San Francisco (EUA) onde Portugal tentará repetir alguns destes êxitos, procurando o clube de shorinji-kempo do Externato João XXIII voltar a levar praticantes seus à seleção nacional. Mas, entretanto, o próximo grande objetivo é…a próxima aula; onde as crianças, jovens (e adultos) possam ser felizes e desenvolverem-se de forma equilibrada e saudável, numa classe de shorinji-kempo perto de si. Para mais informações sobre horários e locais de prática, pf contactem-nos para: olivaisbranch@hotmail.com, ou visitem-nos em olivaisbranch.fpsk.pt, www.facebook.com/skolivais, ou externatojoao23.edu.pt


42 | NP | OPINIÃO

Sabia que... Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com

pertinente com o objectivo de atingirem algo mais superior, se tudo der certo, se tudo correr bem, confessam elas, com orgulho. Jes si ca Alexandra, a guarda-redes de 20 anos e a portavoz, revela-nos que se consideram uma equipa muito unida, dedicada, divertida e sempre de portas abertas a receber novas jogadoras que queiram partilhar a mesma experiência. Apesar de, actualmente, infelizmente, ainda não poderem disputar nenhum campeonato, devido ao Sindicato dos jogadores ter bloqueado o acesso à inscrição das equipas seniores, por dívidas antigas de outro executivo deste clube. Mas já treinam, já driblam, já passam e chutam a bola e já marcam golos…muitos golos! A feijões, por amor à camisola, as dez jogadoras treinam 3 vezes por semana, uma no relvado (3ª feira) e duas no pavilhão (4ª feira e 5ª feira). Fazem jogos amigáveis e jogam futsal, mas o sonho é formar uma equipa de 11, imperativamente e sem reservas. E como todos os desportos têm um ou mais jogadores que transcendem o próprio jogo, fazemos força para que estas meninas brilhem e se destaquem neste desporto Rei jogado por princesas e por rainhas! Go girls! Mais em: facebook.com/CDOMoscavide

GASTRONOMIA… TAPAS, TOPAS?

Já começa a ser um símbolo local de gastronomia, por mais embrionário que pareça. Já começa a ser popular. O Tappas Caffé abriu as portas ao público durante o mês de Janeiro, deste ano, ainda se sente o aroma das tintas e a fresco, ainda se sente no ar uma atmosfera de quem quer primar, de quem veio para ficar, para se encaixar no nosso espaço gastronómico, para satisfazer o nosso pecado capital da gula, dos caprichos dos nossos desejos e do nosso exigente paladar. As mesas e as cadeiras foram feitas à mão e notam-se algumas antiguidades na decoração. Neste nicho social que nos liga, nos conecta, a todos, de todos para todos. Rústico e acolhedor, sobressai pela confecção dos pratos, todos preparados num forno a lenha. Sugiro um pouco de tudo, mas confesso que gosto muito da Lasanha no forno a lenha (por 9.50 euros) e as míticas Francesinhas também feitas no forno durante 8 a 10 minutos (por 10.50 euros). No final da refeição é sempre oferecido um chiripiti à base de bagaço, canela e de outras especiarias. A sobremesa da casa é bastante apetecível, a torta de laranja do Marco. É, sem dúvida, uma alternativa para quem é apreciador dos petiscos, das refeições mais ou menos leves, dos lanches, dos almoços ou dos jantares, das tapas. Beba moderadamente e, já sabe, coma fora, cá dentro… Mais em: Alameda dos Oceanos Galerias Plaza, 79A, Lisboa Telefone 913 915 510

PARQUE…HOMENS VERDES.

INFANTIL & JUVENIL…NA SENDA DA CANOAGEM E DA VELA NA DOCA DOS OLIVAIS.

Um programa pedagógico e lúdico destinado a proporcionar o desenvolvimento das aptidões físicas, talentos intelectuais e criativas das crianças, através de uma sinergia, de uma parceria entre a JFPN e o Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide. Visa fomentar os desportos náuticos à beira-rio, na denominada Escola Náutica do Parque das Nações, que incluem Canoagem, Vela, Vela Adaptada, Windsurf, Paddel, entre outras. Para além de usufruírem e utilizarem esta luxuosa zona ribeirinha, situada na Doca dos Olivais, bem no ponto fulcral do PN, é uma estratégia que tem como objectivo potenciar as habilidades desportivas das crianças, avaliando e optimizando o treino, aprofundando o desenvolvimento técnico, permitindo, assim, a experiência dos desportos náuticos a estes alunos, em horário extraescolar. Ricardo C., de 11 anos, aluno da Escola Gaspar Correia, sente que a vela traz a paz, pensa na vida e é um momento único com ele próprio. Mais em: http://www.jf-parquedasnacoes.pt/

DESPORTO…FUTEBOL NO FEMININO.

E elas estão de volta! Elas, quem? Elas, a equipa feminina de futebol do Clube Desportivo Olivais

e Moscavide, após uma fase de paragem, por encerramento temporário deste Clube. São, neste momento, uma equipa recreativa com uma visão

O local: Um jardim. O ponto de encontro, o ponto de passagem, o ponto X…de uma geração Y. O tal ponto de viragem, dos encontros e dos desencontros, dos amores fugazes e daqueles que se fundem numa densidade restrita, o sítio de histórias e de vivências desde a adolescência até à idade adulta. De crescimento e de diversão. De conversas. De tertúlias. E algo mais! Num universo de amizades que ficaram, de outras que partiram, que emigraram, e outras que ficam, ou que vão ficando. Efémeras e etéreas. Muitas por aqui passam. Desde 1998, um ponto de encontro dos jovens das primeiras gerações do nosso Parque, na Zona Norte. Este emblemático jardim, situado no Passeio dos Jacarandás, está repleto de simbolismos, é o Jardim dos Homens Verdes, da célebre es cu ltura con terrân ea os “69 Ho men s de Bessines”, um vernáculo de cultura. De estilo claramente figurativo, Fabrice Hybert, o artista francês que executou a obra, inseriu num lago estas 69 figuras humanas feitas em resina e aço inoxidável, pintadas de verde e embutidas no chão a jorrar água por orifícios individuais. Sabia que o som resultante dos jactos de água simboliza o rumor que ecoa em qualquer agrupamento de pessoas? Sabia, também, que os Jacarandás são consideradas árvores “Rainha”? E que as nossas foram produzidas por sementeira, em viveiro, no Algarve e em Múrcia, em Espanha?



PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO N ORTE

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PARQU E DA S NAÇÕES - EXPO SUL

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