Edição 89

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ANO XV - NR.89 - BIMESTRAL - JUNHO16 - DIRECTOR: MIGUEL FERRO MENESES

ADORO O MEU BAIRRO 15ª CORRIDA DO ORIENTE - CASINO LISBOA Dia 5 de Junho

CORRIDA SOLIDÁRIA REFOOD PN Dia 26 de Junho

ADN - ARRAIAL DOS NAVEGANTES Dias 3, 4 e 5 de Junho

The Gathering by Padel POP Dias 4 e 5 de Junho

Amiga do Peito

Desde 2000

Rua Ilha dos Amores 4.17.01 PARQUE DAS NAÇÕES - Tel. 218 956 737 / 218 956 911



EDITORIAL | NP | 3

EDITORIAL O TEMPO E A AMIZADE Não é a primeira vez e não será a última, mas é impossível não falar sobre estes dias de festa que estão a chegar. Principalmente com o tempo a galopar desta forma e tendo noção que já lá vão 14 anos, desde o primeiro arraial, e 15 anos de Notícias do Parque (a celebrar na próxima edição). Década e meia depois de termos entrado, pela primeira vez, naquela pequena loja do Terreiro dos Corvos que servia de abrigo a esta paróquia. E, a galope, estes anos depois, mais de 15.000 pessoas visitam, em festa, o Arraial dos Navegantes. E tão bom que é, hoje, neste novo espaço, com uma nova Igreja, continuarmos a ver as caras que vimos, nessa primeira vez, e todos aqueles que, ao longo destes anos, se foram juntando a esta grande família que torna possível o maior evento que esta comunidade tem (considerado, já, um dos maiores arraiais da cidade de Lisboa). É reconfortante ver o brilho, a alegria a perdurar. A crescer. A aumentar. A passar para as outras gerações. São

FichaTécnica

momentos destes que nos fazem sentir que estamos em casa. Que fazemos parte de algo. Que criam uma identidade. Que nos mostram que não estamos sozinhos. Que fortalecem a união do bairro e o fazem envelhecer em harmonia e bem. Mais do que o evento, estas palavras vão para estes vizinhos que tornam tudo isto possível. Não só pela festa, mas por nos contagiarem pela forma de estar e de Ser. Pela boa disposição, pela amizade. Por darem sem querer nada em troca. Apenas para nos verem bem. Ano após ano, numa inesgotável dedicação. E isso é muito mais do que uma festa, é uma passagem directa para algo maior e melhor. Os amigos da Portela Parte do meu grupo de amigos, com quem cresci na Portela, continua a encontrar-se, 25 anos depois, todas as sextas, ao final da tarde. Chegam a ser dezenas à volta da mesa. Mais do que um ritual, é algo, já, orgânico. Visceral. Faz parte da vida deles. Tal como a respira-

ção ou o batimento cardíaco que são fundamentais para nos manterem vivos. Os laços. As raízes. A união. A amizade. Imortal à velocidade do tempo, à distância, às tarefas que a vida nos vai trazendo. E, apesar de me ter cruzado, ao longo destes anos, com quase todos eles, voltar, tantos anos depois, a ver aquela grande mesa, de sexta de final de tarde, unida, com o mesmo ânimo, o mesmo brilho, foi muito bom. Mesmo sem conseguir recuperar conversas, do passado, com alguns deles, mas, só pelo simples facto de os ver, de estarem ali, de dizer: “Então, tudo bem?”, foi muito bom. Foi como um fio condutor que ligou o meu passado ao meu presente. Foi como recuperar parte de mim, do meu passado, mas em carne e osso. Não sou nada, mas mesmo nada nostálgico. Olho em frente. Mas aqui não se trata do tempo, trata-se da imortalidade da amizade. Trata-se da grandeza que é encontrar, passados tantos anos e já para lá da fronteira dos cabelos brancos, as mesmas pessoas, com o mesmo espírito, cumplicidade e alegria.

NOTA DE REDACÇÃO O artigo de opinião da coluna do PSD, do espaço “Freguesia em Debate” impresso na edição n.º 88, foi publicado com uma gralha de paginação. Por lapso, durante a paginação da coluna, o título impresso, na edição anterior da coluna do PSD (n.º87), não foi substituído pelo título do artigo enviado Algo está podre para a edição n.88: “A no Reino...”. O artigo, o nome do autor e a fotografia foram substituídos, ficando a faltar a substituição do título. O Notícias do Parque apresentou, de imediato, o seu pedido de desculpa ao autor do artigo, João P. Barroso e a Paulo Coelho, do PSD. O Notícias do Parque lamenta esta gralha de paginação que, por vezes, surge quando a paginação dos artigos é feita já em cima do fecho de edição. Por fim, não queríamos deixar de agradecer ao autor do artigo, João P. Barroso, pela forma compreensiva como reagiu ao sucedido.

Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Ana Penim; André Ribeirinho; Carmo Miranda Machado; Conceição Xavier; Diogo Freire de Andrade; Miguel Soares; Paulo Andrade; João Bernardino; João Catalão; José Teles Baltazar; Pedro Gaspar; Rita de Carvalho; Sara Andrade; Sónia Ferreira Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Revisora: Maria de Lurdes Meneses Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 13.500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social: Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul 1990 -503 LISBOA Nr. de Registo ICS -123 919

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4 | NP | LOCAL

ARRAIAL DOS NAVEGANTES É já nos dias 3, 4 e 5 de junho, que se irá realizar mais uma edição do muito aguardado Arraial dos Santos Populares do Parque das Nações - AdN - Arraial dos Navegantes, da freguesia do Parque das Nações, na sua Zona Norte, no recinto junto à Igreja.

IREMOS TER, NA VÉSPERA DO DIA DE ABERTURA DO ARRAIAL, DIA 2 DE JUNHO A PARTIR DAS 21:30, VENDA DE SENHAS, DE MODO A PERMITIR QUE JÁ NÃO TENHAM QUE ESTAR EM FILAS NO DIA SEGUINTE

É já nos dias 3, 4 e 5 de junho, que se irá realizar mais uma edição do muito aguardado Arraial dos Santos Populares do Parque das Nações - AdN Arraial dos Navegantes, da freguesia do Parque das Nações, na sua Zona Norte, no recinto junto à Igreja, e que mais uma vez está integrado nas Festas da Cidade de Lisboa promovidas pela EGEAC, sendo mesmo um dos primeiros eventos do programa. O AdN completa este ano o 14º ano de existência, e continua a registar uma adesão crescente, a exemplo dos últimos anos, por parte da população, comerciantes e empresas do Parque das Nações, sendo já um dos maiores da cidade de Lisboa. Este ano, conta ter cerca de 2.000 lugares

sentados estando prevista a visita de mais de 15 mil pessoas nos três dias do evento. Entre as habituais iguarias próprias destes eventos, onde não faltará a tradicional sardinha assada a par das febras e dos caracóis, encontrará sempre boa disposição e muita alegria proporcionada pela animação musical, também ela própria de qualquer arraial. Apesar da sua dimensão, o Arraial dos Navegantes continua a procurar funcionar num ambiente familiar, reflexo de uma organização conjunta dos Escuteiros do Agrupamento 1100 do Parque das Nações e da própria Paróquia, com a ajuda de um número crescente de voluntários que, com muita alegria e entusiasmo, se empenham para que o nosso Arraial continue a proporcionar o ambiente de festa e qualidade de serviço que a todos já nos habituou. O Arraial dos Navegantes no Parque das Nações insere-se num conjunto de eventos que têm, como principal objetivo, a angariação de fundos para o pagamento do empréstimo contraído para a construção da Nova Igreja do Parque das Nações e respetivo complexo paroquial. Para a realização desta festa o AdN conta com diversos apoios, entre os quais a EGEAC, nomeadamente, através da integração deste evento nas Festas de Lisboa, e da Junta de Freguesia do Parque das Nações que proporciona e disponibiliza meios e apoios para que este evento seja uma grande festa da freguesia, ajudando a que seja uma realidade. Este ano, iremos procurar inovar e melhorar, por forma a criar condições para uma melhor fruição do espaço e para que mais uma vez, o AdN seja um sucesso e um excelente momento de festa.

Para tal a presença de todos vós é fundamental. VENHAM E TRAGAM OS VOSSOS AMIGOS E VIZINHOS!”

Dicas para um melhor Arraial

Compra de senhas - Dado o elevado número de pessoas presentes no AdN, iremos ter, na véspera do dia de abertura do Arraial, dia 2 de Junho a partir das 21:30, venda de senhas, de modo a permitir que já não tenham que estar em filas no dia seguinte. Esta Caixa estará instalada no interior do Centro Pastoral. Sendo as noites de sexta e de sábado as de maior afluência, o “segredo” é chegar cedo, por volta das 19:00. O momento mais tranquilo para visitar o Arraial e degustar as sardinhas assadas “no ponto” tem sido a hora de almoço de Sábado e Domingo, que tem registado uma crescente afluência e adesão, motivada pela oportunidade de desfrutar de toda a oferta do Arraial num ambiente mais calmo e descontraído. Para que o sol não seja uma preocupação, foi criada uma área de sombras na zona das mesas, para que desfrute dos almoços com toda a comodidade, bem como uma tarde de petisco com todo o conforto. Durante os 3 dias do AdN, poderão encontrar, para além dos artigos mais tradicionais neste tipo de eventos, uma selecção cuidada para verdadeiros Arraialistas Gourmet. A partir do dia 3 de Junho, temos, então, à vossa espera: Sardinhas, Bifana no pão, Febra Grelhada, Hamburger (4 variedades), Chouriço Caseiro c/ pão, Morcela (porco preto), Caracóis, Pica Pau,

Moelas, Salada de Polvo, Salada Mista, Salada Pimentos, Caldo Verde, Batatas Fritas (pacote) e Pizzas (4 variedades). Para acompanhar teremos sempre bebidas frescas; Imperial, Sumo Laranja (s/gás/copo), Coca Cola (copo), Ice Tea (copo), Somersby, Limonada, Água (garrafa 0,33 L), Água com gás, Sumo (garrafa 1,5 L), Ice Tea (garrafa 1,5 L), Água (garrafa 1,5 L), Vinho (copo), Vinho (jarro), Sangria (copo), Sangria (jarro), Café e Chá. Este ano com a novidade da Sangria Branca e de Frutos Vermelhos. Para terminar a refeição dispomos, igualmente, de uma grande diversidade de Doces à fatia e em taça, bem como a grande especialidade do Pastel de Nata, e, para terminar em beleza, o Sorbet Limão. Vamos continuar a disponibilizar um espaço dedicado ao Gin, com diversas marcas presentes, bem como alguns digestivos como Vodka, Caipirinha, Mojito e Whisky.

Este ano o AdN trará algumas novidades

A introdução da fila única para os pedidos de alimentação (cozinha e grelhados) para que se possa levantar de uma só vez todos os artigos, a inclusão de um novo espaço de serviço de Bar, na zona da segunda praça do recinto (praça alimentar) e a criação de um espaço de convívio junto ao bar principal, com algumas cadeiras e bancos. Dando resposta a uma necessidade crescente e para um maior conforto de todos serão colocados dois módulos de sanitários, com limpeza permanente, que estarão devidamente sinalizados no recinto.


LOCAL | NP | 5

15ª EDIÇÃO CORRIDA DO ORIENTE – CASINO LISBOA - 5 JUNHO 2016 – 10h00 com distância certificada e cronometragem eletrónica individual, percorrerá toda a zona do Parque das Nações, num trajeto totalmente plano e emoldurado por uma das zonas mais emblemáticas em termos paisagísticos e urbanísticos da cidade de Lisboa. Paralelamente, decorrerá uma Caminhada/Corrida de 2 Km que percorrerá os Jardins do Tejo, junto ao rio, a que se junta, dando continuidade às Edições dos últimos anos, a realização pelas 9h40, de uma mini corrida dirigida para o público mais infantil, alargando, assim, a participação neste evento a todas as idades. Para a edição deste ano prevê-se uma participação superior a 2.000 atletas no conjunto das provas, que poderão contar com várias atividades paralelas à festa das corridas: animação musical, exercícios de aquecimento e alongamentos, esplanada e muito mais, proporcionando momentos de convívio entre todos os participantes. É já no próximo dia 5 de Junho de 2016, pelas 10h00, que decorrerá mais uma Corrida do Oriente - Casino Lisboa, na sua 15ª Edição. Com partida na zona norte do Parque das Nações, junto à nova Igreja, a Prova dos 10 Km,

Para além dos prémios e troféus a atribuir aos primeiros classificados, vai ser oferecido a todos os participantes uma T-shirt técnica e uma caneca comemorativa, ambas alusivas ao evento. A Corrida do Oriente – Casino Lisboa tem um objetivo não lucrativo, de apoio a obras sociais,

visando este ano apoiar a Associação Navegar, instituição com projetos humanitários, sociais e culturais em Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, e o pagamento da construção da Igreja do Parque das Nações.

VENHA PARTICIPAR NESTA FESTA DO DESPORTO E TRAGA OS SEUS AMIGOS E TODA A FAMÍLIA – AGUARDAMOS A VOSSA INSCRIÇÃO AS INSCRIÇÕES PARA A CAMINHADA DOS 2 KM E PARA A MINI CORRIDA PODERÃO TAMBÉM SER EFETUADAS NO ESPAÇO DA CORRIDA DO ORIENTE, NO ARRAIAL DOS NAVEGANTES, NA 6ª FEIRA E SÁBADO, DIAS 3 E 4 DE JUNHO. Informações e inscrições no site: www.corridadooriente.pt, ou nos Serviços da Paróquia do Parque das Nações nos horários habituais.

Três razões pelas quais não deve faltar a estes eventos: 1. Um ambiente comunitário único, onde a comunhão e a fraternidade se sentem; 2. Uma alegria contagiante; 3. Uma festa popular de grande dimensão, que não impede a relação humana de amizade e cumplicidade.

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6 | NP | EVENTO

CORRIDA SOLIDÁRIA REFOOD PARQUE DAS NAÇÕES O ano passado este evento foi uma animação e um sucesso completo conseguindo juntar cerca de 1200 participantes angariando mais de 10.000€€ para a Refood Parque das Nações. Este ano o grupo da Corrida Noturna Parque das Nações volta a organizar este evento que terá lugar no próximo dia 26 de Junho. http://refood.corridanoturna.pt.

A Refood Parque das Nações apoia, diariamente, mais de 100 famílias. Este apoio, que começou no início de 2015, só tem sido possível com a colaboração de alguns comerciantes da freguesia que se juntaram a este projeto que visa combater a fome e o desperdício alimentar. Para que a Refood Parque das Nações possa continuar a apoiar as famílias carenciadas da freguesia, necessitamos de continuar a contar com o apoio dos comerciantes que, diariamente, doam comida, mas para manter este projeto há lugar a um conjunto de custos que necessitam de ser suportados, como caixas para os alimentos, eletricidade, água, produtos de limpeza, etc..

Uma vez que a Refood Parque das Nações não tem qualquer subsídio, torna-se necessário encontrar formas de obter receitas para as suas despesas correntes. Tal como no ano anterior, a Refood Parque das Nações solicitou a colaboração do grupo da Corrida Noturna Parque das Nações para organizar uma corrida/caminhada que decorrerá, no dia 26 de junho, domingo de manhã, no Parque das Nações. Nesta corrida e caminhada o valor das inscrições reverte, na totalidade, para a Refood, para que possa continuar a apoiar as famílias carenciadas da freguesia. Inscrições abertas em: refood.corridanoturna.pt. Alimente esta causa!

Três razões pelas quais não deve faltar a este evento: 1. A Refood precisa de si para continuar a alimentar famílias carenciadas; 2. não vai querer perder uma manhã bem divertida a caminhar ou a correr com imensos amigos e vizinhos; 3. é um excelente pretexto para fazer uma atividade saudável aproveitando a excelência de condições do Parque das Nações. Diogo Madaleno



8 | NP | EVENTO

GRANDE EVENTO DE PADEL NO PARQUE DAS NAÇÕES O evento já se encontra com as inscrições esgotadas, mas, para os fãs e curiosos do Padel, é obrigatório passar, nos dias 4 e 5, pelo Padel Spot Expo, na zona norte, do Parque das Nações. www.facebook.com/clubepadelpop?ref=hl

O “The Gathering – Confronto de Clãs” consiste num torneio entre grupos de jogadores, já existentes ou criados para o efeito (tipicamente grupos de what’s up que jogam entre si), que denominamos por “Clãs”. Cada Clã pode inscrever uma ou mais equipas nas categorias Masculinos/Femininos e Mistos. Cada equipa é constituída por três duplas (de uma só categoria) que se classificam entre 1,2 e 3 (da mais forte à mais fraca) que, por sua vez, vão defrontar as respectivas equipas dos outros Clãs. No último evento tivemos 36 equipas (de 6 jogadores cada) representando 23 Clãs diferentes! Trata-se de um evento onde o espírito genuíno de equipa floresce ao ponto de os clãs terem TODOS criado logotipos próprios e criado equipamentos para o efeito.

Três razões pelas quais não devem deixar de vir a este evento: O Padel Antes de mais é importante referir que o Padel é um desporto de raquete jogado a quatro, que mistura o ténis e o squash, num campo de 20mx10m que por ser rodeado de vidros e grades o que o torna num deporto mais acessível em termos de dificuldade e onde rapidamente se tira prazer sem ser preciso ter grande habilidade. Este é o principal factor que faz do Padel o 2º desporto mais praticado em Espanha (depois do futebol) contando com 4 milhões de praticantes e Portugal está a seguir as suas pisadas como podemos constatar pelo crescimento de clubes e praticantes (de todas as idades, sexo e “formato”) por todo o país.

1. Assistir ao maior evento de Padel alguma vez realizado no Parque das Nações 2. Conhecer esta modalidade em franco crescimento e ver jogadores de todas as idades e géneros a tirar prazer deste viciante desporto 3. Trazer roupas e brinquedos para colocar nos contentores que a Fundação O Século vai ter junto dos campos

Sobre a Padel POP Um grupo de amigos criou o PADEL POP – Comunidade de jogadores de PADEL que visa proporcionar aos associados as melhores condições para a prática e afins de forma transversal e independentev(https://www.facebook.com/clubepadelp op?ref=hl). Neste momento já temos mais de 700 membros registados e estamos a iniciar a ronda de conversações com os clubes com o objectivo de obter melhores preços para os nossos membros. Desde a sua criação, em Junho de 2015, já fizemos 4 eventos próprios mais 3 para terceiros (torneios e debutes para marcas e clubes). Em Janeiro último realizámos o “The Gathering – Confronto de Clãs” onde tivemos a participação de 216 jogadores sendo o maior evento de Padel, não federativo, até agora realizado, em Portugal.

Luis Miguel Nunes



FREGUESIA EM DEBATE Assembleia de Freguesia e executivo As atribuições de cada órgão

Coluna de opinião dos elementos dos partidos/movimentos que representam a AF

O Mundo é o eco das nossas acções

Jorge Alves - CDU cduparquedasnacoes2013@gmail.com

A lei das autarquias locais define que os órgãos representativos da freguesia são a Assembleia de Freguesia (AF) e a Junta de Freguesia, sendo que o primeiro é o órgão deliberativo da freguesia e o segundo o órgão executivo. Não sendo definido, pelo legislador, nenhuma relação hierárquica, entre estes dois órgãos, deverá ser assumida pelos eleitos da Assembleia e do Executivo que, no âmbito das suas competências, os membros de cada órgão deverão exercer o seu mandato de forma autónoma, procurando cumprir as atribuições da freguesia, que de acordo com a Lei, são: a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das respetivas populações. É neste contexto que sendo eleito pelo PCP, na AF do Parque das Nações, entendo ser fundamental centrar a atividade em torno dos problemas concretos da Freguesia que sejam transmitidos pelos moradores ou de que tome conhecimento direto, promovendo depois a divulgação dessas ações e seus resultados, aproveitando os meios que me são facultados, como o é a amável cedência deste espaço no “Notícias do Parque”. Melhor do que muitas palavras, as fotos ilustram alguns dos muitos exemplos desta atividade e seus resultados:

Degradação de acessos na Rua Padre Joaquim Alves Correia. Recomendação do PCP aprovada na AF, para que o executivo, no âmbito das suas competências, promovesse a resolução do problema. Por executar.

Graves deformações no muro de proteção pedonal na Rua João Pinto Ribeiro, no viaduto de atravessamento da linha dos comboios da CP. Recomendação do PCP aprovada na AF para que o executivo, no âmbito das suas competências, promovesse a resolução do problema. Por executar.

Melhoria da sinalização na aproximação da passadeira da Av. João Pinto Ribeiro. Proposta do PCP aprovada na AF. Executada.

Intervenção do PCP na AF, exigindo, em nome dos moradores, a demolição das instalações degradadas da antiga fábrica de Amadeu Gaudêncio e a retirada da cobertura composta por 400 metros de placas de amianto. Como se verifica pelas fotos, a cobertura já foi removida. Importa pois, a propósito destes exemplos, recordar que, de acordo com a Lei, a Assembleia de Freguesia tem, entre outras, as competências de: • Apreciar a recusa da prestação de quaisquer informações ou recusa da entrega de documentos por parte da junta de freguesia ou de qualquer dos seus membros que obstem à realização de ações de acompanhamento e fiscalização; • Acompanhar e fiscalizar a atividade da Junta de Freguesia; • Solicitar e receber informação, sobre assuntos de interesse para a freguesia e sobre a execução de deliberações anteriores. E ainda que compete em exclusivo ao executivo, entre outras: • Exercer os poderes funcionais e cumprir as diligências que lhe sejam determinadas pela Assembleia de Freguesia; • Executar e velar pelo cumprimento das deliberações da Assembleia de Freguesia. Mas porque os eleitos, na nossa opinião, devem tomar as suas decisões tendo por base o diálogo com os cidadãos residentes na freguesia, de modo a, por um lado, ouvir e recolher opiniões diferentes e, por outro, explicar e fundamentar as suas decisões, o PCP apresentou e a AF aprovou a criação de um Conselho Consultivo de Educação e de um Grupo de Trabalho para acompanhamento dos muitos e graves problemas que a nossa Freguesia tem na manutenção do espaço público. Infelizmente, estes grupos de trabalho, que reúnem por iniciativa do executivo, não têm sido convocados para o efeito. Lamentamos esta opção. Se pretender contactar o PCP na Freguesia do Parque das Nações, poderá fazê-lo para: cduparquedasnacoes2013@gmail.com

Anabela Aiveca - PNPN

O Parque das Nações, tão prestigiado quer dentro quer fora de portas, está em vias de grandes alterações e melhoramentos, ou melhor dizendo, está em obras. Já há muitos anos que este local de excelência tem vindo a sofrer alguns liftings mas nenhuma intervenção profunda e estruturante. Toda a cidade de Lisboa está num processo de requalificação de espaços, acessibilidades e melhorias de infra-estruturas e o Parque das Nações não podia ser excepção. Desde há muito tempo que o PNPN vem lutando para que não se tivesse deixado, quase ao abandono, um local de referência como é o Parque das Nações, pois o dinheiro que se investiu na Exposição Mundial de 1998 e anos seguintes, saiu dos impostos que todos pagamos. Além destas obras de melhoramento, muitas também são para repor o que o vandalismo tem danificado. O vandalismo tem-se vindo a instalar pouco a pouco no Parque das Nações, como uma erva daninha que toma conta de um jardim por mais que o seu jardineiro as arranque. Cortar o mal pela raiz seria o mais lógico e eficaz, mas o problema é que essa raiz está tão enraizada que quando estamos convencidos que a debelámos como se de uma doença se tratasse, ei-la que surge novamente um pouquinho mais à frente e, se nos distraímos, aí está ela de novo. Não é fácil acabar com o vandalismo, mas também não é impossível. Tendo em conta que não podemos ter um polícia em cada esquina, cabe a nós cidadãos alertar as autoridades responsáveis, sempre que vemos comportamentos incorrectos, falta de civismo, défice de cidadania, a danificar o nosso espaço. Temos muito o hábito de só reagir quando o mal nos bate à nossa porta, estendamos a nossa porta a este território magnífico que habitamos! A maioria dos moradores não tem noção do que nos custa, a todos nós, a destruição dos equipamentos e da arte urbana que povoam a nossa freguesia. Estamos numa freguesia com uma marca nacional e o número de usufrutuários deste espaço é maior que o número de residentes e só isto já tem um impacto acrescido de deterioração no equipamento urbano.Tentar manter a qualidade do espaço de forma a lesar o menos possível o erário público não é tarefa fácil, se juntarmos a isto, as paredes grafitadas, candeeiros partidos, bancos com as madeiras arrancadas, caixotes do lixo queimados, o equipamento do Jardim da música continuamente roubado e vandalizado, enfim, um rol de materiais que todos os meses os serviços da Junta de Freguesia tem que reparar ou repor e que todos nós pagamos, chega a ser doloroso. Da falta de civismo ao vandalismo vai uma linha muito ténue e, se pensarmos um pouco, no tempo da Parque Expo, foi necessário colocar pilaretes nos passeios para que o desenfreado estacionamento selvagem não tomasse conta das nossas

portas, tal o ímpeto de estacionar o mais perto possível do local onde se pretende ir, e que mesmo com esses pilaretes há sempre quem os deite abaixo destruindo-os e aproveite a ausência de um ou outro que falta recolocar para estacionar onde não deve.

Desde há muito tempo que o PNPN vem lutando para que não se tivesse deixado, quase ao abandono, um local de referência como é o Parque das Nações...

Para termos uma ideia, a Junta de Freguesia repõe 150 pilaretes por mês, sendo que 20 destes ou são destruídos ou desaparecem, custando cada um 30 euros, por isso, é só fazer as contas! Muitas vezes esta falta de civismo não é um problema de classe social, mas educacional, comportamental, fruto de uma profunda crise de valores, da impunidade e de uma descrença completa em princípios básicos de convivência. Quantas vezes vemos automóveis a invadir os passeios e as passadeiras de peões, para os seus utilizadores irem comprar algo rápido. Não podem andar 50 metros e, por isso, têm que estacionar em dupla fila ou em cima de uma passadeira de peões. Ainda me recordo, em 1999, já após a Expo 98 e com muitos locais de estacionamento vazios, haver visitantes e moradores a estacionarem as suas viaturas de forma a atravancar acessos a escadas de edifícios, passadeiras de peões, etc. e o incómodo que era a nossa chamada de atenção por estarem abusivamente a ocupar passeios e passadeiras. Nessa altura nem sequer havia a desculpa que muitos dão hoje em dia para estacionar indevidamente “não há lugar para estacionar”, ou “não demoro é só um minuto” e o que é um facto é que, de minuto em minuto, vai-se incomodando as pessoas que precisam daquele espaço, indevidamente ocupado por carros, para se deslocarem condignamente e em segurança. Voltando à erva daninha a que me referia no início, esta falta de civismo está tão enraizada que nem nos damos conta do exemplo que se está a dar às nossas crianças. E, muitas vezes, começa nos próprios condomínios onde as mesmas largam as bicicletas ou triciclos nos locais comuns de circulação do mesmo, e lá diz o ditado de pequenino…… O mundo é o eco das nossas acções, e há que perder, de uma vez por todas, a ideia de que o espaço público não é de ninguém e, por isso, não importa estragar. Por ser de todos, temos de dar o exemplo, temos o dever de o preservar, para bem dos nossos filhos.


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O Trânsito e a Mobilidade são competências exclusivas da CML, que como é do conhecimento geral, tem lançado um pouco por toda a cidade empreitadas que visam alterar estruturalmente a circulação rodoviária, sem estudar convenientemente o impacto e as consequências futuras de tais opções. Nada me move contra obras de repavimentação (que aplaudo) nem de requalificação ambiental, mas temo pelo resultado final que visa complicar ainda mais a vida, a quem com propriedade opta por utilizar o automóvel para se deslocar. Para já espanta que os projetos não acautelem qualquer medida para a flexibilização da oferta de transporte público. É ainda inconcebível que se pretenda avançar com projetos inquinados por falhas e reticências de vária ordem, ao arrepio do debate e do diálogo com os principais afetados pelas decisões municipais, os moradores e os comerciantes. Apenas a reação de certos setores da sociedade civil e os seus ecos na comunicação social levou o executivo da CML a escutar as opiniões da população e reverter dos projetos em questão (Eixo Central, 2ª Circular e Sete Rios), as medidas mais polémicas e desajustadas da realidade. O vereador Salgado persiste em tratar os lisboetas como peões de brega dos seus desígnios urbanísticos, validados pela agenda política do presidente Medina. Este ávido de reconhecimento pela obra feita que venha a permitir a sua eleição nas autárquicas do próximo ano, não hesita em transformar a nossa cidade num estaleiro de obras que em simultâneo vão persistir durante muitos meses. Nós por cá Preocupados com esta veia experimentalista e com o que aí vem em termos de Mobilidade, foram vários os eleitos de diferentes forças políticas, a levantar o tema na última reunião da Assembleia de Freguesia. Foi solicitado ao executivo local que promova junto do município uma sessão com a presença de responsáveis da CML que permita esclarecer e dissipar as dúvidas nessa matéria. E que, de seguida, convoque uma Assembleia Extraordinária que permita a intervenção dos parquenses sobre projetos de Mobilidade pensados por quem não habita nem utiliza com regularidade este espaço. Interessa suscitar o porquê da alteração no sentido de circulação viária que impedirá o atravessamento integral da zona da Alameda dos Oceanos, atualmente, em trabalhos de pavimentação. Também importa aferir porque tarda a concretização da prometida zona de estacionamento em espinha na R. Gaivotas em Terra e a colocação no terreno de diversas medidas redutoras da velocidade; definir a manutenção de zonas não tarifadas a norte da freguesia, e exigir medidas que impeçam os atropelos constantes a que se assiste na Zona de Acesso Condicionado cujas calçadas de autor têm sido sujeitas a utilização intensiva para estacionamento indevido. Para já anunciam-se duas intervenções que nos

devem deixar apreensivos, até porque, apesar de solicitados os projetos e mapas de alteração de trânsito, não obtive resposta por parte do departamento municipal com competência para o efeito: Troço norte da Alameda dos Oceanos (desde a Rotunda dos Vice Reis até à rotunda onde tem início a Via do Oriente) – após o término da repavimentação em curso a CML pretende criar uma zona 30 e eliminar uma faixa de rodagem em cada sentido para dar lugar a “duas” ciclovias (ver imagem), o que numa zona com muita habitação oca-

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Pré-inspeção

Inspeção Focagem de faróis

sionará problemas de escoamento do tráfego, congestionamentos que geram poluição acrescida, condicionando a circulação aos moradores que legitimamente pretendem utilizar a sua viatura e que são a grande maioria. Num tempo em que as vias de circulação urbana são partilhadas entre automobilistas e ciclistas não entendo a necessidade de desperdiçar recursos substituindo faixas de rodagem por ciclovias? Trata-se de uma zona onde existe espaço para alternativas menos dispendiosas e mais sustentáveis, como, por exemplo, atravessando o Passeio dos Heróis do Mar. Acesso sul ao Parque das Nações (Rotunda da Expo 98) – com o recomeço da obra de edificação dos Jardins do Braço de Prata e a requalificação da zona portuária adjacente em Parque Ribeirinho Oriente, a circulação rodoviária na R. Cintura do Porto de Lisboa encontra-se bastante condicionada, dificultando o acesso à zona sul. Estranho que tal facto tenha passado desapercebido à nossa JF a quem competia, através dos seus meios de comunicação, informar a população do constrangimento. Sabendo que a médio prazo essa via será reservada a trânsito local resta esperar pela disponibilização do projeto para conhecer as alternativas previstas e a calendarização da construção do desnivelamento da Av. Marechal da Costa com a Av. Infante D. Henrique que pode contribuir para minorar os efeitos desta reconversão do tráfego. Aguarda-se com expetativa que a JF agende as iniciativas solicitadas, para as quais desde já apelo aos residentes, aos comerciantes e trabalhadores locais que participem ou se façam representar, pois não é aceitável que intervenções desta natureza sejam decididas sem discussão pública com a população afetada. Nota – Termino com um tributo especial à ação da vogal Conceição Palha que acedeu a um repto lançado há mais de um ano por este eleito e fez aprovar, em reunião de Junta, a atribuição de apoio financeiro anual ao núcleo Refood do Parque das Nações que lhe permitirá fazer face a despesas fixas com o Centro de Operações.

Alinhamento de direção Lavagem e aspiração

CUIDAMOS DO SEU AUTOMÓVEL LINHA DE APOIO

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12 | NP |

PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES

João Franco - PS

Diogo Agostinho - PSD

VALEU A PENA Quem não se recorda de um fado que, gemido corria pelo éter radiofónico e em que a cantora repetia à saciedade:Valeu a pena. Passado um ano da recomposição da Junta de Freguesia, em que o PS assumiu responsabilidades de gestão, podemos afirmar um vigoroso valeu a pena. É que o que estava fadado para o Parque das Nações passava pelo colapso de uma instituição

final já certificado legalmente, embora ainda sujeito a reservas. Outro dos pelouros assumidos pelo PS foi o da Educação. Neste particular foi estabelecida como prioridade a luta pela ampliação da oferta pública do parque escolar da freguesia. Ampliar a Escola Básica do Parque das Nações foi

A população do Parque das Nações pode contar com os socialistas para serem uma voz crítica, mas ao mesmo tempo serem gestores activos e intervenientes na restauração do brilho que a nossa

É bom viver no Parque São já mais de 18 anos que marcam a vida da nova freguesia da cidade de Lisboa. Um lugar que nasceu de raiz e fruto de um projecto nacional, que muito deve orgulhar os portugueses, como foi a Expo 98. Este grande evento deu à cidade de Lisboa uma nova dinâmica a oriente. Viver hoje no Parque das Nações é viver numa cidade dentro da cidade. Quem habita na nossa Freguesia pode muito bem fazer a sua vida dentro da freguesia usufruindo de diversas valências. De escolas a clínicas, (não há centro de saúde é certo), mas de supermercados a restaurantes, de repartição de finanças aos correios, de jardins a ginásios, de lares a bancos, temos um leque variado de opções que nos permite deixar o carro estacionado à sexta e só ligar na segunda para ir trabalhar, caso não trabalhe na nossa Freguesia.

necessita. Por exemplo, com o jardim maravilhoso que olha para o Tejo e vê a Ponte Vasco da Gama, seria interessante a criação de um clube de leitura para usufruir daquele ambiente único. Um pequeno apontamento que poderia fazer a diferença. Mas, também, a situação da Marina precisa de uma grande volta, em consonância com as entidades que governam a cidade, continuamos com uma Marina de costas voltadas para as pessoas e para o Tejo. Apesar do tráfego de ciclistas e corredores, a Marina do Parque das Nações não é apelativa da forma que está. Precisa de vida. Que outro país não iria aproveitar a potencialidade daquele espaço?

freguesia terá de ter outra vez. democraticamente eleita, a Assembleia de Freguesia, com a esperança de que as eleições intercalares trouxessem a composição representativa desejada por alguns, com o varrimento eleitoral dos independentes. Mas, até lá, teríamos uma freguesia paralisada, uma parte da cidade de Lisboa em que a Reforma Administrativa não entraria, dado o bloqueio das instituições. Foi portanto imaginada uma cidade paralisada. E se esta parte da cidade não paralisou, tal devese ao Partido Socialista que teve a atitude correta de assumir responsabilidades e de se prontificar a intervir na gestão da Junta de Freguesia do Parque das Nações. Num momento de particulares dificuldades o Partido Socialista assumiu uma pasta, a das finanças, e deparou-se com um Relatório e Contas referente à execução de 2014 que não tinha condições de vir a ser aprovado. Na verdade o auditor externo recusava-se a dar o seu parecer invocando ter sete reservas – o que equivalia à não Certificação Legal das Contas. Perante esta situação decidiu-se requerer ao Tribunal de Contas uma prorrogação do prazo para a apresentação das contas já com a adopção de algumas correcções formuladas, tendo-se, finalmente, conseguido apresentar um documento

(é) uma prioridade que, agora, está em vias de se concretizar. Mas não só. Está já vedado o terreno, sito na zona norte, onde se erguerá a Escola Básica JI e 1.º ciclo, a ser construída pelo Município de Lisboa. Ao mesmo tempo desenvolvem-se actividades ocupacionais complementares à actividade escolar, na qual a autarquia está profundamente empenhada. A saber, AAAF/CAF, o CAF em férias e o “Há férias no Parque”, os quais movimentam centenas de crianças e são a expressão do empenho da autarquia e dos seus colaboradores ao serviço das famílias e demais população. Um ano depois, estamos em condições de afirmar que foi muito positiva a intervenção do Partido Socialista salvando a autarquia da contrariedade de umas eleições intercalares, relançando a gestão normal da freguesia, integrando-a na Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa. Muito há ainda para fazer e para ser feito neste mandato. A população do Parque das Nações pode contar com os socialistas para serem uma voz crítica, mas, ao mesmo tempo, serem gestores activos e intervenientes na restauração do brilho que a nossa freguesia terá de ter outra vez.

Mas importa começar a olhar para o futuro. Atingimos a maioridade neste espaço. Um ciclo fecha e começa a ser necessário pensar o Parque das Nações a dez anos. Que futuro? Será o que cada um de nós quiser. Mas estou certo de que será um futuro de esperança. Só pode ser, pois todos sentimos como é bom viver no Parque das Nações.

A nossa Freguesia tem conhecido grandes feitos nestes últimos tempos. A inauguração da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, uma igreja moderna e de bom gosto. A inauguração da sede da Junta de Freguesia, funcional e bem localizada, deixando cair e bem a promessa do actual Presidente da Junta de que a sede seria no Pavilhão de Portugal. Mas, a vida da nossa Freguesia, apesar de ser intensa com o número de entradas de visitantes, quer lisboetas, quer turistas, precisa de mais dinâmica. A atracção de turistas e, consequentemente, o aumento de receitas para o comércio do Parque das Nações não pode depender apenas da agenda do MEO Arena ou de Congressos na FIL. Uma agenda cultural e dinâmica deve estar no centro das preocupações da Freguesia. A cultura é hoje um veículo fundamental para potenciar também o crescimento económico que o País

São muitas as missões para a nossa Freguesia, mas estou certo de que iremos encontrar respostas ao longo do tempo. Os moradores desta Freguesia são empenhados e participativos, com um espírito muito acentuado de comunidade, como provam os projectos como a Cicloficina do Oriente, a candidatura por parte da Associação de Moradores para a criação de uma Marcha Popular no Parque das Nações e muitos outros exemplos que nos enchem de orgulho e sentimento de pertença à nossa Freguesia. Mas importa começar a olhar para o futuro. Atingimos a maioridade neste espaço. Um ciclo fecha e começa a ser necessário pensar o Parque das Nações a dez anos. Que futuro? Será o que cada um de nós quiser. Mas estou certo de que será um futuro de esperança. Só pode ser, pois todos sentimos como é bom viver no Parque das Nações.


PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES | NP | 13

Recordar é viver João P. Barroso - PSD

A 22 de Maio de 1998 abria portas aquele que foi o evento de maior envergadura que Portugal alguma vez tinha visto até à data: a Exposição Internacional de Lisboa de 1998. A Exposição Internacional de Lisboa de 1998, ou como é designada, Expo 98, veio celebrar os 500 anos dos descobrimentos portugueses, fazendo com que toda a exposição se desenvolvesse sobre o tema “Os Oceanos: um património para o Futuro”.

de 2013. Após se ter dado vida, era chegada altura de dar uma identidade própria a este novo espaço. Volvidos dezoito anos, altura em que essa identidade própria estaria em condições de assumir o seu primeiro e principal estado de maturação, passando de criança a adulto, constato que, aquilo que era a face mais jovem de uma cidade “menina e moça”, é agora a face decrépita, abandonada e triste de uma cidade que quer crescer além-fronteiras.

Volvidos dezoito anos, os fregueses da mais jovem (e envelhecida) freguesia da cidade de Lisboa esperam que, por entre as brumas da trapalhada e do abandono a que a freguesia foi condenada, o mesmo Gil regresse e com ele regressem também os tão longínquos tempos áureos de uma zona que se quer com vida, bela e jovem!

Para receber esse evento foi remodelada toda a zona oriental de Lisboa, a qual se encontrava degradada, abandonada e esquecida por muitos lisboetas. Um espaço ocupado por um campo infindável de contentores, indústrias poluentes e terrenos destinados ao abandono. Ao todo, cinquenta hectares de puro desperdício e lixo. Tudo isso foi limpo. Onde estavam antes contentores, nasceram prédios modernos, no lugar de baldios e indústrias poluentes surgiram imponentes jardins, numa harmoniosa e equilibrada arquitetura entre betão e natureza.Tudo foi planificado, fazendo surgir uma nova vida na zona costeira do rio Tejo, embelezando-o e enriquecendo-o, dando-lhe luz e alegria. Onde outrora existia lixo, nasceu vida. Para ver a nova maravilha de Lisboa acorreram “tsunamis” de visitantes (segundo os cálculos entre dez a onze milhões),portugueses e estrangeiros, vindos de todos os pontos do país e do mundo, desaguando neste cantinho à beira-mar plantado, apenas e só para ver aquilo que se fez nascer num local onde antes nada havia. Do ponto de vista da imagem do nosso país, a “Expo 98” foi e é um sucesso! Após o encerramento do evento, com passos curtos, mas seguros, fez-se, paulatinamente, crescer, no mesmo espaço, uma vasta e ampla área habitacional, que veio a culminar no nascimento oficial de uma nova freguesia, no decorrer do ano

Já não afluem turistas a este espaço como outrora, não porque não exista nada para ver, mas porque o que existe para ver está feio, sem manutenção e pouco (se não mesmo nada) estimado. Os únicos eventos que se realizam (que nem são da iniciativa do Executivo da Junta), no Parque das Nações são provas de atletismo que obrigam os fregueses a fazer “slalom” pelas ruas desta e de outras freguesias, e anúncios televisivos que fecham estradas e bombas de combustível, ocupando o espaço de estacionamento já de si escasso. O atual executivo da Junta de Freguesia, fechado em si mesmo, esqueceu, há muito, o que é ser jovem, criando e gerindo a mais jovem freguesia à sua imagem e semelhança, envelhecendo-a. Até aquela que foi a mascote de um dos maiores eventos que Portugal já viu- o Gil-, se refugiou, não sei se por vontade própria (movido por um sentimento de vergonha alheia) ou se por vontade do executivo da Junta de Freguesia, num estaleiro, longe das luzes da ribalta em que outrora esteve. Volvidos dezoito anos, os fregueses da mais jovem (e envelhecida) freguesia da cidade de Lisboa esperam que, por entre as brumas da trapalhada e do abandono a que a freguesia foi condenada, o mesmo Gil regresse e com ele regressem também os tão longínquos tempos áureos de uma zona que se quer com vida, bela e jovem!


14 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA ACIPN

A Cidade Imaginada - É a nova Associação de moradores e comerciantes O Parque das Nações conta, desde o início do mês de Março, com uma nova Associação de Moradores e Comerciantes da freguesia denominada ACIPN - A Cidade Imaginada. Acompanhe a atividade da ACIPN no Facebook (https://www.facebook.com/acipn.associacao/) e contacte-nos pelo e-mail geral@acipn.pt.

Novo sistema de sinalética?

Foi com alguma preocupação que tomámos conhecimento de que a JFPN se prepara para definir um novo modelo de sinalética para a freguesia, invocando que "passados 17 anos, as placas de toponímia, de direções, de informações e de equipamentos no Parque das Nações, que nasceram do projeto para a Expo'98, têm hoje uma expressão de abandono". A ACIPN não concorda com esta intenção, na medida em que o sistema de sinalização criado por Henrique Cayatte e Pierluigi Cerri é, ainda hoje, quase duas décadas volvidas, uma referência em termos de design urbano, tendo-se tornado numa das imagens de marca do Parque das Nações. Há cerca de 4 anos, a Parque Expo - Gestão Urbana procedeu a uma empreitada de reformulação da sinalética, onde o conceito subjacente foi precisamente o de preservar a memória da Expo'98, mantendo-se a mesma tipologia das placas de toponímia e encaminhamento, atualizandoas em função da realidade existente. A ACIPN defende, pois, a recuperação e manutenção deste sistema de sinalética impar na cidade de Lisboa em todos os locais onde ele já se encontra implantado, uma solução manifestamente mais económica e que respeita, não só a vontade da grande maioria dos moradores do Parque das Nações, mas, acima de tudo, o legado da Expo'98. Nesse sentido manifestou esta preocupação à JFPN, por carta, no passado mês de fevereiro, não tendo recebido, até ao momento, qualquer resposta.

Siza Vieira e o Parque das Nações

Quando se fala de SizaVieira e Parque das Nações, automaticamente pensamos no Pavilhão de Portugal e na sua majestosa pala. Mas Siza Vieira é também o responsável por outro dos elementos icónicos do Parque das Nações: os bancos em

forma de onda. Desenhados para a Expo'98 e fabricados pela Santa & Cole com o sugestivo nome de "Océano", estes bancos têm consolas de ferro com encosto e assento em madeira, este de ripas largas numa forma ondulada querendo transmitir-nos o movimento da água mas que funciona, ao mesmo tempo, como um delimitador do espaço.

Lamentavelmente, o estado em que grande parte destes bancos se encontra, sobretudo no Parque Tejo, mas não só, resultado do vandalismo, da falta de manutenção ou de reparações low-cost que muitas vezes são piores que o próprio dano, representa uma desconsideração pelo mais premiado dos arquitetos contemporâneos portugueses, bem como pela sua obra. Uma situação a rever.

Visita do Presidente da CML ao Parque das Nações

A ACIPN fez-se representar nas comemorações do Dia daTerra que decorreram, no passado dia 22 de abril, no ParqueTejo, e que contaram com a presença de Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a quem foi entregue uma carta expressando algumas das nossas preocupações relativamente à atual gestão do espaço público do Parque das Nações e do ParqueTejo, em particular. Durante uma breve e cordial conversa, Fernando Medina deixou-nos a garantia de que irá dar atenção e seguimento às questões por nós levantadas. Aguardemos então.

Zona de acesso (pouco) condicionado

Temos vindo a reparar que são cada vez mais os automóveis que circulam e estacionam por toda a Zona de Acesso Condicionado (ZAC) do Parque das Nações, um local onde, supostamente, a circulação de viaturas motorizadas deveria fazer-se mediante uma autorização especial que permite a abertura das barreiras automáticas que delimitam o espaço a Norte (Rua do Bojador), Sul (Rua Pedro e Inês) e Poente (Largo Diogo Cão e Rossio dos Olivais). Salvo as exceções previstas e conhecidas, a circulação e o estacionamento, no interior da ZAC, não são permitidos pelo que importa perceber a que se deve este aparente abuso.

mulheres que a sonharam e materializaram, é certo que o Parque das Nações, como o conhecemos, não existiria. A ACIPN não poderia deixar de assinalar a data e com a preciosa colaboração da Parque Expo, que gentilmente cedeu o espaço do Centro Interpretativo do Parque das Nações, organizou um evento comemorativo que reuniu cerca de duas dezenas de pessoas. Foi tempo para se recordarem muitas histórias e homenagear todos aqueles que pensaram e fizeram a Expo'98 e o Parque das Nações. Depois de se cantarem simbolicamente os parabéns e apagarem as velas, não podia faltar o bolo de aniversário (amavelmente oferecido pela Ceifeira Real)! No final, ficou ainda reforçado o compromisso que nos une pela defesa do magnífico legado que a Expo'98 nos deixou e que a todos nós pertence por direito.

No âmbito do processo de transferência de competências de gestão urbana do Parque das Nações para o município de Lisboa, a EMEL ficou responsável pela gestão do controlo de acessos da ZAC, tendo-se comprometido a “dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela Parque Expo - Gestão Urbana” através do reforço e aplicação das regras anteriormente estabelecidas, visando a segurança dos peões e condutores e a eliminação dos efeitos negativos que a imagem dos veículos transmite na paisagem e no ambiente. Contactada pela ACIPN, a EMEL reconhece esta falha no controlo de acessos à ZAC, justificando-a com uma falha de corrente eléctrica na barreira de entrada na Rua do Bojador, situação à qual é alheia e que já comunicou à JFPN com vista à sua resolução.

A Expo'98 fez 18 anos No dia 22 de maio, cumpriram-se 18 anos sobre a abertura ao público da Expo'98, um evento memorável que encheu de orgulho os portugueses e que ainda hoje é recordado por todos. Sem a Expo'98 e o esforço e dedicação dos homens e

Arraial dos Navegantes É já nos próximos dias 3, 4 e 5 de junho que se realizará a 14.ª edição do Arraial dos Navegantes, um evento sempre muito aguardado e acarinhado por toda a comunidade do Parque das Nações. A ACIPN estará pela primeira vez representada com um stand próprio onde aguardaremos a visita de todos aqueles que quiserem conhecer melhor esta associação e, quem sabe, tornar-se sócios.



16 | NP | LOCAL

“JARDINS GARCIA DE ORTA: UM COMPLEXO DE ESPÉCIES RARAS E DELICADAS EM RECUPERAÇÃO” Luís Lucas Lopes, vogal do Ambiente e Gestão Urbana, fala sobre as obras de recuperação que estão a decorrer nos Jardins Garcia de Orta.

“A JFPN contratou o gabinete do arquiteto João Gomes da Silva para assessorar todos os trabalhos inerentes à sua recuperação, pois foi este prestigiado arquiteto que esteve na origem da criação deste "pavilhão" a céu aberto para a EXPO 98. Assim sendo, está assegurado que todos os trabalhos vão ser executados com o rigor e adaptação técnica que lhes é devido.”

Os Jardins Garcia de Orta

Os Jardins Garcia de Orta integram o espaço público da freguesia do Parque das Nações, com uma utilização em nada comparável ao uso restrito do período da EXPO' 98, quando aquele espaço era considerado um pavilhão a céu aberto, vigiado 24 horas. Na última década, os Jardins que homenageiam o cientista português do Renascimento foram progressivamente vencidos por um certo abandono e degradação. Algumas intervenções superficiais apenas contribuíram para disfarçar a sobrevivência de algumas espécies. Por outro lado, certas espécies, vindas de regiões com características climáticas diversas das existentes em Lisboa, mostraram grandes dificuldades de adaptação. Assim, tornou-se claro para o Executivo da JFPN que seria prioritário desencadear, logo que possível, uma intervenção complexa e estrutural nos Jardins Garcia de Orta, no sentido de os reanimar, quer em termos de saúde das espécies e do espaço, quer como polo de atração no espaço público da freguesia.

A obra de recuperação

A recuperação dos Jardins Garcia de Orta teve início em janeiro de 2016 e está a ser efetuada desde então. As obras estão a cargo da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia do Parque das Nações. A intervenção teve início no primeiro talhão (Jardim de Coloane) e vai prosseguir em todos os cinco talhões que constituem os jardins. As obras no primeiro talhão devem estar concluídas já em julho. Quanto à data prevista de conclusão das obras nos vários talhões: 2º talhão - Jardim de Goa - Outubro de 2016

3º talhão - Jardim de S. Tomé e Príncipe Dezembro de 2016 4º talhão - Jardim da Macaronésia e Cabo Verde - Janeiro de 2017 5º talhão - Jardim de África - Janeiro de 2017 No conjunto, os custos inerentes à recuperação de todos os cinco talhões ascendem a 200 mil euros.

Os trabalhos estão a ser desenvolvidos mantendo a zona protegida dos olhares da população

Estão a ser levados a cabo trabalhos de renovação de todas as estruturas de madeira, de recuperação e limpeza de todos os lagos. Há também um novo projeto de iluminação de interior. Paralelamente, procede-se à recuperação de todos os caminhos existentes. Estamos também a tratar da substituição das estruturas de pedra danificadas, da substituição de todo o sistema de rega, da substituição das espécies vegetais mortas e replantação de novas plantas. Estamos também a cuidar da recuperação de todas as zonas pedonais, mas também da colocação de caleiras novas de drenagem e de bebedouros públicos. Enfim, são variadas e cobrem todo o espaço dos Jardins.

Os cuidados requeridos numa intervenção como esta, feita num lugar que marcou a história do Portugal contemporâneo, a Expo 98

A JFPN contratou o gabinete do arquiteto João Gomes da Silva para assessorar todos os trabalhos

inerentes à sua recuperação, pois foi este prestigiado arquiteto que esteve na origem da criação deste "pavilhão" a céu aberto para a EXPO 98. Assim sendo, está assegurado que todos os trabalhos vão ser executados com o rigor e adaptação técnica que lhes é devido. Trata-se de uma obra complexa devido à grande variedade de espécies existentes, mas também pela exigência redobrada de se fazer – com as necessárias adaptações - num local como este, passados que foram 18 anos, após a sua construção. Planos do Executivo da JFPN para reanimar a curiosidade em torno destes jardins emblemáticos Depois de uma intervenção profunda e cuidadosa num local tão querido e único, como são os Jardins Garcia de Orta, a recuperação deste exlibris da nossa freguesia vai ser alvo de um roteiro lúdico e científico para que os visitantes entendam a história da sua origem.

ENQUADRAMENTO HISTÓRICO: A FLORA MUNDIAL EM CINCO TALHÕES DE JARDIM

Os Jardins Garcia de Orta, criados por ocasião da Exposição Mundial de Lisboa – Expo 98 - recordam uma das figuras mais proeminentes do século XVI português, responsável por um notável trabalho científico de investigação botânica (e a sua aplicação médica) na sua grande parte desenvolvido na Índia. Tendo como pano de fundo o tema dos Oceanos procurou-se, na conceção deste jardim, integrar um conjunto de plantas representativas

dos ecossistemas com que os portugueses, pela primeira vez, tomaram contacto na época dos Descobrimentos. Contando com cerca de 500 árvores e 420 espécies de plantas, os jardins estão organizados em cinco talhões, no troço norte do passeio ribeirinho, cada um representando um ou mais ambientes temáticos. Primeiro encontramos a floresta temperada presente em Macau e na Ilha de Coloane. A frescura é a nota dominante deste talhão onde se encontram diospiros, cameleiras japonesas e fetos. O segundo talhão alberga uma réplica da vegetação de Goa, que alia a frescura da água ao perfume dos citrinos. Caracteriza-se por uma densa cobertura arbustiva, estando as árvores (ficus, erythrinas, palmeiras) concentradas nos extremos. O talhão seguinte recria a floresta tropical densa e húmida, de S. Tomé e Príncipe. Cortado por três planos de água, inclui árvores como a bananeira, palmeiras, duas estrelícias gigantes e jacarandás. A vegetação característica da Macaronésia (onde se incluem a Madeira os Açores e Cabo Verde) foi associada a um único talhão – o quarto. A flora dos Açores e Madeira marca a entrada Sul através de uma orla de Laurissilvae; uma simulação de barranco separa este tema, da vegetação típica de Cabo Verde, marcada por odores florais de tabaco e de café, que apelam ao sentido olfativo do visitante. O último jardim apresenta a floresta aberta da Costa Oriental de África, a Savana Alta e a Estepe Desértica do Sul do continente, numa sucessão de gradientes que vão da vegetação ainda densa, para a arbustiva e desta para a de tipo desértico. Predominam aqui os tons amarelos e verde-secos e no final os “terra”, avermelhados e cinza.


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18 | NP | OPINIÃO

NO BULLY AJUDA-NOS A PARAR O BULLYING! Por: Inês Freire de Andrade ines@nobully.org | facebook.com/NoBullyPT | www.brightconcept.pt/no-bully

Na edição passada falei-te sobre a Associação No Bully Portugal, que tem como sonho tornar Portugal o primeiro país no mundo sem bullying! E tu? Lembras-te como eras quando eras mais novo? Eras gozado? Tinhas medo das humilhações e comentários no recreio e na sala de aula? Vias os teus amigos a serem atacados e não fazias nada com medo de represálias? Segundo um estudo da UNICEF, 1 em cada 3 crianças passa por isto regularmente em Portugal, vive aterrorizada com o facto de ter de ir para a escola e os efeitos são devastadores: • Destruição da autoestima • Transtornos alimentares e de sono • Abuso de substâncias • Dificuldades de interação social • Mau rendimento escolar • Depressão que pode levar ao suicídio COMO COMBATEMOS O BULLYING? Unimos toda a comunidade escolar no combate ao bullying e sua prevenção, através de formações para todos os agentes educativos. Promovemos o desenvolvimento das competências de Inteligência Emocional das crianças e jovens, como a empatia, auto-confiança e inter-ajuda, que diminuem consideravelmente o seu envolvimento em bullying e os preparam melhor para a sua vida futura. COMO PODES FAZER A DIFERENÇA? Ajuda-nos a implementar o nosso piloto numa escola nas Olaias e a ajudar cerca de 650 crianças a viverem uma juventude sem bullying! Este é só o começo de um Portugal onde o bullying deixará de ser um problema. Ao apoiares com apenas 3€, estás a dar a uma destas crianças a possibilidade de terem mais amigos, aprenderem mais, sentirem-se melhor e com mais vontade de ir para a escola! Para isso, basta acederes à nossa campanha de crowdfunding: http://ppl.com.pt/pt/bet24/no-bully-portugal e contribuíres com o valor que quiseres. SOBRE O NOSSO PILOTO: - O que oferecemos: 15 sessões de formação e acompanhamento ao longo do ano • 11 workshops para turmas de alunos • 2 formações para os professores e funcionários • 1 workshop para pais • 1 coaching para a Direção

- Prazos: • Junho 2016 - angariação dos fundos • Julho 2016 - calendarização das formações com a escola • Setembro a Dezembro 2016 - sessões de formação • Janeiro a Junho 2017 - acompanhamento do progresso da escola Mais informação sobre o projeto: www.facebook.com/NoBullyPT www.brightconcept.pt/no-bully

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Paulo Assunção Partner Enjoy Portugal Parque das Nações paulo.assuncao@enjoyportugal.pt Os proprietários de apartamentos no Parque das Nações, que não os usem para habitação própria permanente, devem encarar o Alojamento Local como uma excelente oportunidade para aumentarem o seu rendimento, através do Arrendamento Turístico, que em regra gera retornos superiores ao Arrendamento Tradicional. Ocorre, ainda, a possibilidade de poderem continuar a usufruir da sua casa sempre que o desejarem, e nos períodos que não a utilizam, optarem por fazer arrendamentos de curta ou média duração. Existe, de certa forma, o dogma de que os turistas só procuram alojamento no centro de Lisboa e nas zonas históricas, mas a realidade é um pouco diferente. Efectivamente a maior procura continua a ser por essas zonas, mas com a crescente procura dos Turistas pela cidade de Lisboa, estas zonas começam a ficar sobrelotadas e existe assim a necessidade de encontrar novas localizações para o Alojamento. A maior parte da oferta nas zonas

histórias e no centro de Lisboa é constituída por apartamentos de tipologias pequenas e estes são sobretudo procurados por jovens casais. O alojamento no Parque das Nações é procurado, sobretudo, por famílias com filhos, à procura de tipologias que variam entre o T2 e o T4, consoante o número de filhos. Existem também casos em que as famílias viajam juntas e se alojam no mesmo apartamento, poupando assim na estadia. Casais com mais do que um filho, sabem que por vezes é difícil ficarem alojados em hotéis, uma vez que as alternativas passam por ficar numa suite, que usualmente até esgota rapidamente, ou em 2 quartos, o que por sua vez encarece a estadia. Ficar alojado num apartamento é sempre uma boa alternativa, até porque permite às famílias fazer as suas próprias refeições e poupar, deste modo, nos custos da viagem. O Parque das Nações é, no meu entender e por si só, um destino turístico natural, quer pela sua localização privilegiada na cidade de Lisboa junto ao rio Tejo, com imensas áreas verdes e de lazer, quer pelos pontos de interesse turístico, como a Torre Vasco da Gama e o Oceanário, um dos mais visitados do mundo. Esta zona está também estrategicamente localizada junto ao aeroporto e com uma grande rede de transportes públicos, desde o com-

boio com ligação directa à linha do norte, passando pelo metro com o acesso rápido ao centro de Lisboa. Existe, ainda, um transporte bastante valorizado e procurado pelos turistas, o autocarro turístico “sightseeing”, que passa no Parque das Nações e que permite visitar e ter acesso aos principais pontos de interesse da cidade de Lisboa.

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OPINIÃO | NP | 21

O CORO MULTICULTURAL DO PARQUE DAS NAÇÕES Por: Carmo Miranda Machado carmomachado@me.com

De todas as linguagens existentes, a música é, sem dúvida, a mais universal. Já o Nietzsche dizia que sem a música a vida seria um erro. E eu não posso concordar mais. A música tem sido, ao longo dos tempos, definida das mais variadas formas e serve de homenagem a tudo o que na vida interessa. Para referir aqui a mais valia da música na minha vida - nas nossas vidas – não chegariam vários números deste jornal. Muitos foram os nomes sonantes os que a tentaram definir. Desde ser uma preciosa ajuda na solidão dos nossos dias, uma das mais perfeitas formas de arte, o verbo do futuro, o extravasar do silêncio, o único barulho que pensa, ou a linguagem dos espíritos, como a definiu o poeta Khalil Gibran, como dizia Victor Hugo, a música expressa o que não pode ser dito em palavras mas não pode permanecer em silêncio. Ora, a música, entre outras artes, tem o condão de nos unir. E foi com esse intuito em vista que a Junta de Freguesia do Parque das Nações tomou a iniciativa de criar um coro multicultural dinamizado pelo maestro Luís Bragança Gil, onde se possa unir a diversidade através da música. Sendo várias as nacionalidades presentes no bairro, pretende-se que este coro possa mostrar essa mesma diversidade, unindo diferentes línguas e credos e raças a uma só voz. Sabemos que o Parque das Nações é um território multicultural onde vários países se reuniram para dar a conhecer a sua cultura, no âmbito da Expo 98. A música, se a entendermos como uma linguagem universal de união e criação de uma comunidade, defende bem este objetivo. Assim, e, embora a fase de inscrições já tenha terminado (decorreram nos dias 9 e 10 de maio, no Teatro Camões, as audições do grupo que se inscreveu até 20 de Março), os interessados podem ainda preencher o formulário e serão contactados pelo Pelouro da Cultura da Junta de Freguesia. Porém, caríssimos vizinhos, nem só de música vive o bairro. A criação de um grupo de Teatro de proximidade, da responsabilidade do encenador Nelson Monforte e com inscrições abertas até 30 de maio, é outro dos objetivos deste ativo Pelouro da Cultura que, em parceria com o Teatro Camões, pretende promover esta manifestação artística, atendendo aos indicadores disponíveis de que a população da Freguesia pouco frequenta ou se interessa pelas artes cénicas. No passado mês de novembro, foram incentivadas algumas atividades piloto de promoção do Teatro, das quais se salientam a apresentação de uma peça de teatro nas escolas da freguesia, uma sessão de Teatro de Debate para jovens como ação de sensibilização para comportamentos de risco, assim como uma outra peça infantil foi apresentada na Biblioteca David MourãoFerreira. Deste modo, a Freguesia do Parque das Nações pretende impulsionar o Teatro, localmente, através da dinamização da aprendizagem de

técnicas de Teatro e em apresentações públicas, tanto em espaços próprios (anfiteatros, palcos, espaço público ou outros), como num modelo em que o Teatro vai ao encontro dos fregueses atuando até em salas de condomínio. As artes musicais e representativas são fundamentais para a união entre os homens. E, se como diz Miguel de Cervantes, onde há música não pode haver maldade, façamos do nosso bairro Parque das Nações o palco de um coro multicultural que sirva de exemplo a toda a cidade de Lisboa e a todo este país adormecido que é Portugal.

“Ora, a música, entre outras artes, tem o condão de nos unir. E foi com esse intuito em vista que a Junta de Freguesia do Parque das Nações tomou a iniciativa de criar um coro multicultural dinamizado pelo maestro Luís Bragança Gil, onde se possa unir a diversidade através da música. Sendo várias as nacionalidades presentes no bairro, pretende-se que este coro possa mostrar essa mesma diversidade, unindo diferentes línguas e credos e raças a uma só voz.”

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22 | NP | SUL - CRÓNICA

RECOLHA DE LIXO RECICLÁVEL O nosso Sistema de Recolha Pneumática é um dos maiores do mundo – vamos aproveitá-lo! Por: Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com

Na edição de fevereiro foi abordado este tema e nesta edição vai fazer-se o ponto de situação do que ocorreu, desse mês, até à data. Contactou-se a CML para saber se houve uma melhoria na recolha do lixo reciclável pelas condutas. Com base na informação prestada pela empresa Envac Ibéria –responsável pela manutenção do sistema de recolha pneumática, ao serviço da CML - foi constatado o seguinte: Houve, de certa forma, alguma mobilização da população no sentido de requerer informações sobre o sistema. Essa mobilização traduziu-se através de chamadas telefónicas e e-mails, provenientes de particulares. As perguntas mais frequentes consistiam em obter informações sobre: “Como funciona o sistema”? “Onde posso introduzir os recicláveis no meu condomínio”? “Como faço para requisitar a chave da abertura da porta dos reciclados”? A CML agradece o interesse gerado pela população. Sensibiliza também para a correta separação e colocação (nos dias certos), nas condutas dos resíduos recicláveis. A má utilização da conduta pode contaminar os outros resíduos, acabando por perder o seu valor reciclável. Em relação ao meu prédio, houve vários vizinhos a solicitar a chave da conduta do lixo. Inclusive telefonaram-me para saber mais informações. A minha vizinha Raquel e eu andámos a substituir e colar o autocolante informativo (nas fotos) referente aos dias da recolha. Foram colocados nas portas das condutas pois já estavam danificados. Apesar de haver algumas portas de condutas que necessitavam de uma remoção e limpeza profunda, pelo menos pensamos que ficou melhor do que estava… Seria positivo que cada condomínio pudesse fazer isso à conduta a que está associado – ficaria mais limpo e mais estético. Todos podem ter acesso a este autocolante informativo. Basta que se dirijam à Junta de Freguesia ou, por uma questão de comodidade, podem ir buscar à empresa HSN - gestão de condomínios, no Passeio do Adamastor, Lote 3.11.01. Vou lá deixar para vós. A colocação do lixo na conduta dos recicláveis, não tem a mesma comodidade que os tradicionais Ecopontos. Obedece a dias e horas específicos, não recolhe vidro, os resíduos têm que estar dentro de sacos. Por sua vez, tem grandes vantagens:

• Evita os odores e a sujidade, • Evita a circulação de viaturas de recolha - diminui o impacto sonoro e as emissões de C02, • Evita que sejam colocados ecopontos no território da freguesia.

• Elimina do impacto visual negativo dos contentores na via pública,

Pela minha parte, sou utilizadora das condutas. Não significa que nunca utilize o Ecoponto. Quando vou depositar o vidro no Ecoponto

(quando não vou ao Vidrão), aproveito e deito alguns papéis, ou embalagens, no local correspondente. Mas a minha prática comum é a conduta, pelas vantagens acima apontadas. Se todos estivermos informados, evitam-se situações (como na foto), que se colocam sacos na via pública, no caso concreto, junto ao Vidrão.

COMO TER ACESSO À CHAVE DA CONDUTA? • Solicitar aos gestores dos condomínios ou à empresa ENVAC, Ibéria através do telefone:

21 1212050



24 | NP | LITERATURA

Livros no Parque por: Jorge Fonseca de Almeida

Os Filhos da Meia-Noite de Salman Rushdie Este livro é um tesouro.

de múltiplas, contraditórias mas inescapáveis influências familiares, culturais, politicas. Cada um de nós carrega à nascença uma pesada e longa herança que nos marca e de que não nos podemos libertar. Face aos acontecimentos externos respondemos com o que apreendemos dos que nos antecederam e nos rodeiam. Presa no acaso e na história a margem de autodeterminação do individuo é mínima se não mesmo inexistente. Somos levados na corrente da vida como simples troncos num rio revolto e inconsciente. Mas podemos apesar de tudo encontrar a serenidade e a felicidade. A Índia com as suas cores exóticas e cheiros singulares, e Saleem tem um nariz especial e um olfacto apurado, a Índia com as suas múltiplas línguas, com as suas muitas religiões e fervilhando no caldo das ideologias políticas, a Índia com a sua história milenar, com a sua luta pela independência, com a sua partição em três estados, com a sua violência, a sua pobreza, a sua opulência, a Índia com as suas virtude e defeitos é um mosaico perfeito, o palco ideal para ilustrar como tudo nos toca, nos molda, nos constrói.

Cada ser humano é fruto de uma confluência fantástica de acontecimentos acasos, imprevistos e

O livro filia-se no realismo mágico e nos estudos pós-coloniais mas fá-lo de forma arrojada e irreverente criando novas palavras em inglês, misturando no texto muitas expressões de outras línguas e envolvendo o leitor e tornando-o participante na trama fabulosa da vida de Saleem.

“Egoísta” distinguida com dois Prémios na cerimónia da 25ª edição dos Papies

A revista a cargo da local Patrícia Reis continua a somar prémios sendo a revista portuguesa mais premiada de sempre. Em noite de Gala realizada no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, a cerimónia comemorativa dos 25 anos dos Prémios Papies distinguiu, desta vez, a revista “Egoísta” com mais dois prestigiados galardões. Neste conceituado certame que reuniu os melhores trabalhos de comunicação gráfica, a “Egoísta” foi galardoada na “Categoria de Revista”, com o “Grande Prémio”, pela edição nº 56 dedicada à “Família” e, ainda, com uma Menção Honrosa, na mesma categoria, pela edição nº 55, com a qual celebrou os 15 anos de existência. Com estas duas distinções na Gala Papies, a “Egoísta” reforça, assim, o estatuto de revista portuguesa mais galardoada de sempre, registando 74 prémios, desde o seu lançamento em 2000. A Estoril Sol, proprietária da revista, e a equipa da 004, que faz a mesma publicação há 16 anos, felicitam-se com mais estes prémios. Com um prestígio consolidado, os Prémios Papies são promovidos anualmente pela Revista do PAPEL (DP), uma publicação mensal da Pixelpower dedicada à comunicação gráfica.


LOCAL | NP | 25

SUPER BOCK SUPER ROCK 2016 PARQUE DAS NAÇÕES · 14 a 16 julho Depois de ter regressado, ao PN, o ano passado, o SBSR repete, este ano, a dose com um dos melhores cartazes da Europa — 15 JULHO — PALCO SUPER BOCK IGGY POP MASSIVE ATTACK & YOUNG FATHERS BLOC PARTY

— 14 JULHO — PALCO SUPER BOCK THE NATIONAL DISCLOSURE THE TEMPER TRAP PALCO EDP JAMIE XX KURT VILE VILLAGERS LUCIUS SURMA PALCO CARLSBERG RIOT DJ Shadow Bomba Estéreo PALCO ANTENA 3 SAMUEL ÚRIA PEIXE : AVIÃO BENJAMIM

PALCO EDP KWABS MAC DEMARCO PETITE NOIR RHYE PÁS DE PROBLÈME PALCO CARLSBERG TRIKK MOULLINEX LION BABE — 16 JULHO — PALCO SUPER BOCK KENDRICK LAMAR DE LA SOUL ORELHA NEGRA PALCO EDP FIDLAR KELELA GNR CAPICUA THE PARROTS PALCO CARLSBERG DANIEL HAAKSMAN BATIDA — UMA LATA DJ SET

17º ANIVERSÁRIO DA CRIAÇÃO DO

CLUBE SÉNIOR DO PARQUE DAS NAÇÕES A associação CULTURA SÉNIOR comemorou, no passado dia 21 de Maio, o 17º aniversário da celebração do protocolo entre a Parque Expo e o Inatel para criação do Clube Sénior do Parque das Nações, do qual esta associação se considera a natural sucessora, dado que a sua formação, em Fevereiro de 2004, resultou da cessação inusitada do referido protocolo. Foi pois dia de festa no Cabeço das Rolas, com a participação dos associados, familiares e amigos, que deram largas à sua alegria e realizaram mais uma excelente tarde de convívio, cumprindo o lema da casa “onde a amizade conta mais do que a idade”.

Envolvidos pela música para dançar, que deu ao ambiente o permanente ar de festa, assistiu-se a uma apresentação da aula de ginástica e distinguiram-se as actuações individuais de alguns associados nas suas aplaudidas intervenções, cantando fados e baladas de Coimbra, ou exibindo o som da concertina. A festa terminou com o costumado lanche de convívio, acentuando o espírito familiar das reuniões desta associação. A CULTURA SÉNIOR é uma associação cultural e cívica, que tem por fim contribuir para o bemestar, valorização pessoal, qualidade de vida e cidadania activa dos seus associados.


26 | NP | CRÓNICA

Aprender Nunca é demais!!! Neste artigo iremos falar acerca dos eventos que têm vindo a acontecer no nosso bairro: na Biblioteca David Mourão Ferreira Por: Rosana Pina e Mérita Pina

Bairro Casal dos Machados

e na Associação amigos e idosos da Quinta das Laranjeiras.

www.facebook.com/rosanafortespina

Biblioteca David Mourão Ferreira

entrada no mercado do trabalho. Apesar de muitos terem nascido em Portugal, deparam-se com o problema da documentação que os limita em vários sentidos, tanto nos estudos como no acesso ao trabalho. Sendo a associação um lugar que promove ações de divulgação, informação, sensibilização e aprofundamento do diálogo intercultural «artº 3º. (actividades) », este é o lugar adequado para sensibilizar e consciencializar a comunidade africana do bairro de seus problemas para, depois, se poder promover a interculturalidade. O facto de uma cultura diferente se inserir numa sociedade com outra cultura diferente não implica que as pessoas dessa determinada cultura tenham de abandonar os seus hábitos e costumes para se inserir melhor na sociedade onde residem. A nossa cultura permite-nos manter o contacto com as nossas raízes e identidade. No entanto, filhos que já nasceram aqui, cresceram e foram educados nesta sociedade, acabam por sofrer influências das duas culturas e, assim, transmitem formas diferentes de cultura. Muitas vezes esses jovens não se sentem inseridos nem numa sociedade nem noutra. Isso é um problema sobre o qual cada um que pertence a uma cultura diferente deve refletir, assim, quem sabe, não acharemos resposta para muitos dos problemas que nos afetam e nem sequer damos conta.

Já há vários anos que esta biblioteca municipal promove a leitura, cultura e educação, através dos seus eventos e literatura aos quais todos temos acesso. No entanto, com ajuda dos colaboradores da mesma, cada vez mais novidades têm surgido. Falámos com Alzira Correia uma das organizadoras dos eventos que aconteceram na biblioteca, no mês de Março e Abril: Dia da mulher, Dia da árvore, Dia da poesia, Dia do livro. No Dia da Mulher foi organizado um lanche convívio onde as participantes falaram sobre obras de escritoras portuguesas como: Florbela Espanca, Agustina Bessa Luís, Rosa Lobato Faria. Este convívio denominado “Chá Falante” teve tão bom feedback que a biblioteca pretende repetir para vários tipos de público. Para celebrar o dia da poesia houve dois momentos, um na Escola Infante Henrique e outro no espaço da biblioteca. Na escola, tendo coincidido o dia da poesia com o dia da árvore, às crianças do bairro, foi apresentado um poema de Sidónio Pais, “Pintassilgo”, para estas depois ilustrarem. Dois jovens poetas do bairro, Nando e Igor, foram ler textos de sua própria autoria e falaram da sua experiência na antiga Escola nº 55. Como recordação desse dia e, dado que coincidiu com o dia da árvore, ficou, na escola, uma árvore como símbolo da celebração, tanto da natureza como da poesia.

No decorrer do evento de dia 1 de Maio, Black Life Matter - ENCONTRO DE MENTES QUE BRILHAM tivemos várias participações e apresentações. Desde a poesia, passando pela música, abordando ainda o teatro e, também, a partilha da história de jovens bem sucedidos do bairro como Euclides Castro, Campeão de Jiujitsu, e Hélder Tavares, jogador de futebol no clube de Tondela.

Entretanto, na biblioteca, quatro utilizadores foram descobertos enquanto poetas, dois deles, o Nando e o Igor de quem já falámos, e tiveram os seus poemas em votação e, depois, expostos no espaço da biblioteca. A adesão foi tão boa que assistiram ao evento um total de 30 pessoas. Já no mês de Abril, no Dia do Livro, outra utilizadora trouxe um conto seu acerca de um cão que, depois, as crianças ilustraram. Alzira Correia, falando de toda a sua experiência com a comunidade do bairro, sublinha que a Biblioteca David Mourão Ferreira não tem trabalho para o bairro, mas, sim, com o bairro. A colaboradora afirma sentir um grande carinho por parte da população que, nos momentos de convívio, também, trazem receitas caseiras para partilhar. Dentro da biblioteca não há distinção de classes sociais, profissões, culturas e nacionalidades e isso verifica-se pela diversidade de utilizadores que frequenta o espaço cultural.

No final do evento houve ainda um lanche partilhado onde todos puderem conversar acerca do que assistiram. Apesar da falta de recursos humanos, muito tem sido feito até aqui. Apesar de a biblioteca estar em obras, em Setembro, pretende voltar em força com novas actividades. A mensagem deixada por Alzira é que as pessoas não tenham receio e venham conhecer a biblioteca. Que percam a vergonha, não se deixem prender a rótulos e sintam-se à vontade para entrar num espaço dirigido a todos! As actividades vão sendo divulgadas na página da Junta de Freguesia e o próximo concurso é o de ilustração que já se está a ser promovido.

Evento: Black Life Matter ENCONTRO DE MENTES QUE BRILHAM O evento que teve lugar, no dia 1 de Maio, teve como objetivo dar a conhecer a literatura Africana onde os temas, que são motivos de discussão, se expressam em poemas, onde se fala dos problemas que nós, os Africanos e nossos filhos, que aqui nasceram, enfrentam nesta sociedade de acolhimento. Tendo sido o dia da mãe, lançámos problemas que nos preocupam enquanto mães, que são: a educação dos nossos filhos e sua formação para a

Este evento veio, ainda, com o objectivo de cativar novos alunos para aprenderem inglês e história africana, na Associação Amigos e Idosos da Quinta das Laranjeiras, aos domingos, às onze da manhã. Concluindo: no artigo, desta edição, não queremos deixar de afirmar que educação, cultura, leitura … são muito importantes para o crescimento e formação do ser humano, ajudam-nos a estarmos mais bem preparados para o mundo e a sermos bem sucedidos. Esperemos que este texto vos inspire e cative para os futuros eventos nestas duas instituições. Até à próxima edição!


CRÓNICA | NP | 27

“No artigo, desta edição, não queremos deixar de afirmar que educação, cultura, leitura … são muito importantes para o crescimento e formação do ser humano, ajudam-nos a estarmos mais bem preparados para o mundo e a sermos bem sucedidos.

“Dois jovens poetas do bairro, Nando e Igor, foram ler textos de sua própria autoria e falaram da sua experiência na antiga Escola nº 55. Como recordação desse dia e, dado que coincidiu com o dia da árvore, ficou, na escola, uma árvore como símbolo da celebração, tanto da natureza como da poesia.”


28 | NP | PERFIL

“SER BARMAN É CADA VEZ MENOS SERVIR BEBIDAS,

É SERVIR SENSAÇÕES, CONCRETIZAR DESEJOS E TRANSMITIR EMOÇÕES” www.myriad.pt

€ 2ª feira | Passion Daiquiri – 10€

€ 3ª feira | Amêndoa Amarga – 7€

€ 4ª feira |Myriad Naked Mojito – 7€ € 5ª feira | Gin Fever – 10€

€ 6ª feira |Porto Tónico – 7€

€ Sábado | Licor beirão – 7€

€ Domingo | Sangria – 7€

Nuno Graça tem uma vasta experiência profissional no ramo tendo passado por vários locais de destaque. No setor hoteleiro, antes de ingressar no bar River Lounge do hotel Myriad onde é, atualmente, barman, exerceu funções no hotel Corinthia Lisboa. O BARMAN O que mais me dá satisfação, no meu trabalho, é sentir, seja num cliente de passagem ou num hóspede habitual, a transformação de um rosto que chegou cansado, de uma viagem ou de um simples complicado dia de trabalho, num rosto que diz: “Ainda bem que decidi tomar esta bebida". É o obrigado que é dito pelo sorriso, o "Olá como está?”, que é sentido como um bater do coração, o "até a próxima", que é dito com saudade. É saber que, quando digo: "Como o posso ajudar?", ajudo mesmo. Mesmo sendo só com o sabor da paixão que está nas bebidas que lhes sirvo, como quando lhes digo aquilo que procuram ouvir. Ser "barman" é cada vez menos servir bebidas, é servir sensações, concretizar desejos e transmitir emoções . O que é ser um Barman, nos dias de hoje? A par de todos os conhecimentos e capacidades técnicas e da necessidade da aposta frequente em formação, que são necessárias ao exercício da função, um barman tem que ser, hoje em dia, um relações públicas. A simpatia e a facilidade de comunicação são cruciais para gerar empatia com

o cliente e desta forma prestar um serviço personalizado que vai muito além de lhe oferecer uma bebida saborosa. Afinal os clientes quando procuram um bar, na maioria das vezes, é para viver um momento descontraído, mais informal, seja por motivos essencialmente de lazer ou para questões de trabalho e networking. Que tipo de relacionamento tem com os clientes? Procuro ter uma relação de proximidade, mas respeitando a privacidade e ao mesmo tempo o distanciamento necessários para que o cliente se sinta confortável. Quais as nacionalidades e que tipo de clientes é que passam pelo River Lounge? Por estar inserido num reconhecido hotel de cinco estrelas, o River Lounge é frequentado por pessoas de toda a parte do mundo que estão em Lisboa em trabalho ou em lazer. Os principais clientes que nos visitam são Americanos, Angolanos e Franceses. Mas, sendo um bar aberto ao público, também recebemos muitos clientes que não estão hospedados no hotel. São, na sua maioria, portugueses que aproveitam para tomar o brunch, ao fim-de-semana, jantar para comemorar uma ocasião especial, beber um copo, ao final do dia, e, no verão, frequentar as nossas sunsets parties. Alguém famoso, internacionalmente? Devido à sua localização única aliada à qualidade do serviço, o restaurante e bar River Lounge é

local de eleição de muitas figuras públicas, mas, por uma questão de preservar a privacidade dos nossos clientes, preferimos não as mencionar. Há alguma história mais interessante para contar? Recordo-me de uma história engraçada: uma cliente irlandesa encontrava-se constipada e pediu-me algo para a constipação. Decidi fazer-lhe um “cocktail medicinal” que a deixou bastante melhor. Dessa vez em diante sempre que regressa ao River Lounge dirige-se a mim como “o curandeiro”. Para quem não conhece o restaurante e bar, do Myriad, o que pode encontrar? Com um ambiente exclusivo e contemporâneo, o River Lounge é um espaço singular, em Lisboa. E não é só pela sua incrível localização e vista para o estuário do Tejo! O restaurante, que tem a assinatura do afamado Chef Frederic Breitenbucher, apresenta uma oferta gastronómica diversificada proporcionando diferentes experiências para os diversos momentos do dia. A soberba cozinha de autor com influência mediterrânica é também acompanhada de uma criteriosa seleção de vinhos portugueses. Neste espaço pode fazer um almoço de negócios, apreciar um jantar informal e, ao fim-de-semana, entre o 12h30 às 15h30, saborear, sem pressas, um delicioso brunch. Por sua vez, o bar convida a tomar um chá reconfortante ou um cocktail com amigos, ao fim da tarde. A partir das 19h o espaço pede a ficar um pouco mais com o início da animação musical. O

“O que mais me dá satisfação, no meu trabalho, é sentir, seja num cliente de passagem ou num hóspede habitual, a transformação de um rosto que chegou cansado, de uma viagem ou de um simples complicado dia de trabalho, num rosto que diz: “Ainda bem que decidi tomar esta bebida". É o obrigado que é dito pelo sorriso, o "Olá como está?”, que é sentido como um bater do coração, o "até a próxima", que é dito com saudade. É saber que, quando digo: "Como o posso ajudar?", ajudo mesmo. Mesmo sendo só com o sabor da paixão que está nas bebidas que lhes sirvo, como quando lhes digo aquilo que procuram ouvir.”

DJ convidado anima as noites de domingo a quinta, entre as 19h30 e as 22h30, e sextas e sábados até à 01h00. Em dias de sol, o terraço exterior é o local ideal para tomar uma bebida com vista para o estuário do Tejo.


E num instante passaram 7 anos... Ao olharmos para trás, vemos todo um percurso de desenvolvimento da atividade da mediação imobiliária, intimamente ligado a este bairro, na altura ainda designado por zona de intervenção da Expo e hoje já Freguesia, com administração própria. Ontem, como hoje, continuam as perspetivas de desenvolvimento que sempre a caracterizaram desde o seu início com a Expo 98. Uma nova cidade dentro da cidade, uma zona para viver, para trabalhar, uma zona de lazer.

No início de Julho de 2009, depois da consolidação da nossa presença no Algarve e em Cascais, a Engel & Völkers, alargou as fronteiras da sua atividade e estreou-se na cidade de Lisboa. A localização escolhida foi uma das zonas nobres da cidade, e assim abriu as portas da sua nova loja no Parque das Nações.

Sete anos, que ao parecerem curtos, foram acima de tudo intensos. Junto com os nossos clientes, acompanhamos os desafios, as provações e os êxitos em diversas fases do mercado imobiliário. Primeiro os anos de consolidação da “cidade da expo” e depois os tempos difíceis e turbulentos para o país, influenciados pela crise económica. Hoje temos tempos mais brandos de ascensão e consolidação mas que exigem de nós uma constante atenção à evolução de fatores económicos e sociais,

seja à escala nacional ou mundial. No nosso mundo de informação instantânea e global, pequenos acontecimentos influenciam rapidamente as decisões. A compra, a venda, mudar de casa, um arrendamento, são situações do dia-a-dia, umas mais pensadas e planeadas, outras espontâneas e muitas influenciáveis por notícias boas ou menos boas. No que nos diz respeito estamos cá, como sempre, para ajudar e apoiar, como prestadores de um serviço que o ajuda na tare-

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fa de encontrar um novo lar, ou de vender o atual. Para isso fazemos prospecção de mercado, conhecemos os imóveis, as melhores localizações, os preços, avaliamos os valores e partilhamos consigo todas estas informações para que tome as suas decisões na maior segurança. Obrigado pela confiança, continuamos, como sempre, ao seu dispor. Manuel Neto License Partner Engel & Völkers Parque das Nações


30 | NP | ENTREVISTA

MULHERES DO PARQUE Rita Carvalho entrevista CLÁUDIA CRUZ ritavitorinodecarvalho@gmail.com

“VOU TER SAUDADES DESTES TEMPOS QUE AGORA VIVO”

APRESENTAÇÃO: Cláudia Cruz, 45 anos, Casada (união de facto), mãe de 3 filhos, Tomás de 7 anos, Madalena de 4 anos e Maria a fazer 3 anos em Junho PROFISSÃO: Mãe, Dona de casa e Cake Designer HOBBIES: Gosto muito de cinema, música, teatro e atividades desportivas. Cláudia, como foi o teu percurso até seres residente no Parque das Nações? Nasci em Lisboa, na Freguesia do Campo Grande e em Lisboa cresci. Até que, em 1993, mudei-me para perto de Palmela. Mas, como o bom filho à casa torna, em 2005 voltei para a minha cidade natal, Lisboa, para me juntar ao meu marido que já, aqui, morava no Parque das Nações. E o que tens feito cá por Lisboa? Estudei no ensino oficial e, terminado o Ensino Secundário, fui para a Universidade Autónoma de Lisboa, onde frequentei o curso de Relações Internacionais. Fiz um curso de Programação, fui tradutora de língua Inglesa, fiz legendagem de filmes, trabalhei em Contabilidade, fiz voluntariado na Igreja Portuguesa de Cientologia, que continuo a

fazer, sempre que possível. A partir de 1994, iniciei o meu percurso na função pública, primeiro no Ministério da Educação e, posteriormente, na Segurança Social, até que me desvinculei no ano passado, para me dedicar, totalmente, à família e ao Cake Design - a minha mais recente paixão. Como foi? Quando o Tomás nasceu, em 2009, o meu marido e eu decidimos que eu iria ficar em casa. Como as circunstâncias permitiam, solicitei uma Licença para ficar a cuidar do Tomás, durante dois anos. Daí em diante apareceu a Madalena e, depois, a Maria - a mais “pequenota e reguila” da casa. As licenças foram-se prolongando, até que tomei a decisão de tornar esta vida de mãe, dona de casa e, mais recentemente, cake designer, no meu modo de vida permanente. Porque optaste por ficar em casa a tratar dos teus filhos? Porque eu e o Luís achávamos que seria bom sermos nós a educar os nossos filhos, em vez de deixarmos o assunto em “mãos alheias” (não que isso seja mau…). Fomos ambos educados pelas nossas mães, até irmos para a escola. Penso que isso teve uma grande influência na nossa decisão. Eu tenho um convívio com os meus filhos que, infelizmente, muitos pais não podem ter, porque a vida

assim o exige. A estrutura da nossa sociedade obriga a que as mães tenham de deixar os seus filhos nos infantários, ou numa ama, para que possam ir trabalhar porque, na maioria dos casos, o rendimento de um só membro do casal não é suficiente para fazer face às despesas. Ao fim do dia, vão buscar as crianças, dão-lhes banho, jantar e “camita” - que já está na hora! Acabamos por não conhecer, realmente, os nossos filhos, não achas? Há muitos anos atrás isto não era assim.

“Dediquei-me ao Cake Design de uma forma mais ampla e comecei a fazer bolos para outras pessoas.”

É verdade… Apesar de este papel ser, por vezes, muito desgastante e duro, estou grata ao meu marido por me proporcionar este tipo de vivência com os nossos meninos. Lembro-me que me disseste que estavas a falar com uma amiga e que ela te disse: Que bom! Poderes estar em casa a tratar dos teus filhos... Pois foi! Isso aconteceu quando ainda estava grávida da Madalena. As coisas parecem sempre mais fáceis, até as vivermos pessoalmente. Eu tinha uma vida muito ativa e muito social. Ter ficado em casa foi uma mudança radical no meu modo de vida e custou-me um bocadinho a acostumar-me a esta nova realidade. Tinham-se acabado as idas ao cinema, ao teatro, as saídas com os amigos, as festas, o convívio com os colegas de trabalho, as minhas corridas diárias no parque e toda uma série de outras coisas que eu gostava de fazer. Até saudades

de me levantar às seis e vinte da manhã para ir trabalhar, eu tinha. Esta minha amiga é mãe, trabalhadora e invejava o meu tipo de vida. Eu contei-lhe a minha realidade e disse-lhe que havia momentos em que eu gostava de ter a vida dela, não por achar ser menos trabalhosa, mas porque me fazia falta a vida de sair de casa, estar com outras pessoas, ter tempo para cuidar de mim, física e espiritualmente.


ENTREVISTA | NP | 31

“As coisas parecem sempre mais fáceis, até as vivermos pessoalmente. Eu tinha uma vida muito ativa e muito social. Ter ficado em casa foi uma mudança radical no meu modo de vida e custou-me um bocadinho a acostumar-me a esta nova realidade. Tinham-se acabado as idas ao cinema, ao teatro, as saídas com os amigos, as festas, o convívio com os colegas de trabalho, as minhas corridas diárias no parque e toda uma série de outras coisas que eu gostava de fazer. Até saudades de me levantar às seis e vinte da manhã, para ir trabalhar, eu tinha. Esta minha amiga é mãe, trabalhadora e invejava o meu tipo de vida. Eu contei-lhe a minha realidade e disse-lhe que havia momentos em que eu gostava de ter a vida dela, não por achar ser menos trabalhosa, mas porque me fazia falta a vida de sair de casa, estar com outras pessoas, ter tempo para cuidar de mim, física e espiritualmente.” A vida de dona de casa, embora pareça, não e fácil … Ainda me recordo, quando eu era solteira, tinha duas amigas que estavam em casa com os filhos, a cuidar deles, tal como eu hoje faço e pensava: “mas o que é que elas fazem em casa um dia inteiro?” Como o “peixe morre pela boca”, agora sei bem o que elas faziam um dia inteiro! Cuidar de uma casa de família (no nosso caso somos cinco) desde a limpeza, às refeições, à arrumação (da desarrumação de três crianças), às compras para a casa, às roupas para lavar, estender e engomar, e todas as outras obrigações de mãe… não é “pera doce”! A realidade é que a mim não me sobra tempo para o cinema, teatro, para falar com os amigos ao telefone, etc… Vou ao cabeleireiro a correr, vou às compras a correr, arrumo a casa a correr, vou buscar o Tomás à escola a correr… afinal, porque me queixo eu de não ter tempo para a minha corridinha no parque, se passo os dias a correr?! Pois é [sorrisos]… Às vezes resmungo e digo “Bolas, que nunca mais crescem!”. Mas tenho consciência de que eles estão a crescer e, não tarda, já não param em casa. Nessa altura vou ter saudades destes tempos que agora vivo [sorrisos]… Há sempre vantagen s e inconveni entes nas opções de vida que escolhemos… É isso. O importante é a pessoa se sentir bem com a opção que tomou. E que nem sempre é fácil – foi o que eu procurei transmitir há pouco. Caso isso não aconteça, temos que procurar soluções para ultrapassar isso. Para teres uns momentos criativos e ajudar a família, fazes bolos que vendes às tuas amigas. E são muito bons porque já provei… [sorrisos] Obrigada pelo teu elogio, Rita [sorrisos]. Os bolinhos surgiram depois do Tomás nascer. Fazer bolos foi coisa que nunca me tinha passado pela cabeça. Se há uns bons anos atrás me tivesses dito que eu iria fazer bolos, no futuro, eu ria-me. Bolos?! Um por ano, com sorte, e sem qualquer decoração. Mas o Tomás nasceu e com ele vieram para casa os primeiros bolos decorados com pasta de açúcar. Como sempre tive o bichinho das artes pensei que talvez conseguisse fazer aquelas coisas giras

Produtos Frescos à sua porta

dos bolos. E resolvi tentar! Comecei a investigar o tema, a pasta de açúcar, como é que se trabalhava, comprei o primeiro livro de Cake Design, da Cake Designer portuguesa, Carina Costa, e depressa fiquei com este, quase, vício. Adoro! É muito criativo e também um escape ao meu dia-a-dia. Os bolos começaram a ser para casa e para alguns amigos. Estava sempre ansiando que alguém fizesse anos para eu poder dar largas à imaginação e meter a mão na massa. Quando me desvinculei da Função Pública, e, também, com o intuito de ajudar no orçamento familiar, dediquei-me ao Cake Design de uma forma mais ampla e comecei a fazer bolos para outras pessoas. Criei, assim, “A Casinha Doce da Cláudia” e apesar de ser avessa às redes sociais, criei uma página no Facebook para mostrar ao mundo as minhas criações, das quais tenho bastante orgulho. Mas também ajudas o teu marido… Ajudo o meu marido na área administrativa do seu Centro de Explicações. Ele lecionou durante bastantes anos a disciplina de Matemática, no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências e Tecnologia de Lisboa, até criar o seu negócio próprio, sendo este direcionado ao Ensino Superior, na área da Matemática. Esta é a sua atividade principal e o motor que faz esta família funcionar financeiramente. Paralelamente, é, também, o Diretor da Igreja Portuguesa de Cientologia, de há uns poucos anos para cá. Queres explicar o que é Cientologia e o que faz? Para explicar melhor o que é Cientologia aconselho a consulta do site Scientology.org.. Aí estão todas as respostas quanto ao que é, como funciona, e a opinião de várias pessoas de vários estratos sociais, em relação a esta religião. Acho que assim, qualquer pessoa pode fazer melhor o seu juízo acerca de Cientologia. Eu sou Cientologista há 27 anos e penso que isso significa alguma coisa. O que gostarias de sugerir para o Parque das Nações? Acho este bairro perfeito, mas seria bom se existisse um Centro de Saúde e se as escolas existentes pudessem ser ampliadas para aceitarem mais crianças que aqui residem. Adoro viver aqui!

Horário de Funcionamento:

Segunda a Sábado: 08:00h - 21:00h

Domingos e Feriados: 09:00h - 20:00h Rua Nau Catrineta Lt.3.07.03 Lj A/B - 1990-184 Lisboa Tele.: 211 924 777 - email: pomardasmusas@gmail.com


32 | NP | NÁUTICA

MARINA PARQUE DAS NAÇÕES - www.marinaparquedasnacoes.pt

FÉRIAS NÁUTICAS, CÁ DENTRO

Fotos: Maximilian Xavier

“As Férias Náuticas permitem ao seu filho usufruir das atividades de vela, canoagem, windsurf, stand up paddle, passeios de barco, visitas ao oceanário, ateliês de ciência divertida, onde podem ser cientistas por um dia e atividades no âmbito da Bandeira Azul, onde aprendem sobre as espécies das aves, alertando para a sensibilização ambiental dentro de uma envolvente única em contacto permanente com a natureza.”

Pesca: Saber para bem fazer

Para desanuviar da azáfama diária, nada melhor que recolher à natureza que abraça a sua cidade e dedicar um pouco do seu tempo a contemplála da forma que mais lhe apraz. A pesca é um desporto muito escolhido por vários praticantes que, ora nas margens do rio, ora em embarcações de recreio dão vida ao charmoso Tejo que aparenta continuar a atrair para si um número crescente de amantes desta modalidade. Assim, é necessário tomar por consideração variadas normas que incluam esta atividade num panorama de responsabilidade ambiental. Lembre-se que a pesca deverá obedecer a tamanhos mínimos de captura. Para que a proliferação das espécies seja uma realidade, é necessário que os pescadores sejam detentores de uma atitude de consciência para com as reais ameaças das espécies que habituam os rios e mares e, em particular, o Estuário do Tejo. E porque o rio é uma passagem contínua de diversas formas de vida, funções e, até, estados de espírito e emoções, liberte os canais de navegação de qualquer tipologia de material dedicado à sua atividade, mesmo que devidamente sinalizado, para evitar coimas e assegurar a segurança de todos os passantes. Certifique-se, ainda, que está a

pescar numa área autorizada. Ao pescar em terra, preserve este nosso património de valor, deixando o local limpo e respeitando todos os fatores envolventes, para que todos possam usar o que de tão bom temos. À chegada à sua marina, lembre-se que esta é a sua casa durante o seu tempo de estadia. Respeite a limpeza dos pontões, não despojando materiais ou pescado nos mesmos. Desfrute do melhor que a natureza lhe oferece pois foi para isso que a natureza o fez, assim, a si e a qualquer outro ser vivo, um privilegiado por a contemplar.

Férias Náuticas, aqui, no Parque das Nações

A Marina Parque das Nações coloca à sua disposição as Férias Náuticas mais emocionantes, permitindo aos mais pequenos desenvolver competências de entreajuda e autonomia, estabelecendo contacto direto com o mar e conhecendo de perto os benefícios físicos e bem-estar únicos que a náutica desportiva lhes traz. E já que a vida é feita de momentos memoráveis, dê ao seu filho a oportunidade de tornar as férias escolares num desses momentos. Ideais para cultivar e divertir os jovens dos 10 aos

15 anos, as Férias Náuticas permitem ao seu filho usufruir das atividades de vela, canoagem, windsurf, stand up paddle, passeios de barco, visitas ao oceanário, ateliês de ciência divertida, onde podem ser cientistas por um dia e atividades no âmbito da Bandeira Azul, onde aprendem sobre as espécies das aves, alertando para a sensibilização ambiental dentro de uma envolvente única em contacto permanente com a natureza. Tudo isto aqui na sua Marina. Saiba Mais em www.marinaparquedasnacoes.pt O que fazer, aqui, tão perto de si?

Marina Parque das Nações Festas de Aniversário (para crianças dos 2 aos 14 anos de idade) MPN Sailing Academy (Aulas de Vela para Adultos) Passeios no Rio Tejo Aluguer de Salas (Reuniões e Formações;)

Centro Náutico MPN Aulas Vela Ligeira (Crianças) Sábados 09:30-13:00 Canoagem Domingos 10.00-12:00 Windsurf (Sob marcação) Vela para Todos (Vela adaptada. Procuram-se voluntários e participantes) - 4ª feira 15:00-17:00 Cursos de Navegação (Marinheiro e Patrão Local – 16 de Fevereiro) (Patrão de Costa e Patrão de Alto Mar – Sob consulta) Saiba mais em: Marina Parque das Nações Edifício da Capitania, Passeio de Neptuno www.marinaparquedasnacoes.pt www.facebook.com/marinaparquedasnacoes Tel. 218 949 066


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SABORES DO PARQUE

PREGO D'PESCADOR O PREGO QUE SABE NADAR Abriu em Junho, de 2015, e, inicialmente, chamava-se Marisqueira Cervejaria D'Pescador e procurou recrear o ambiente das mais antigas cervejarias de Lisboa. Este restaurante/cervejaria/marisqueira conseguiu aliar ao conceito dos arrozes tradicionais à inovação gastronómica do PREGO DE ATUM, no bolo do caco com mostarda de Dijon, em variantes regionais do Minho ao Algarve. As mariscadas são de uma variedade excepcional e a frescura dos mariscos já conquistou, não só os moradores do Parque das Nações, como os Turistas que nos visitam. Com uma das maiores esplanadas da Expo, fica entre o Hotel Myriad e a República da Cerveja. Este Verão experimente a nossa cozinha e maravilhe-se com o sabor dos nossos pratos. Esperamos por si um dia destes e só por ser leitor do Notícias do Parque, diga ao nosso Staff e faremos um desconto de 10%. Vencedor no 1º ano de vida de um garfo no concurso Lisboa à Prova

SUGESTÕES DO CHEF *Prego de Atum: - à Pescador - à Portuguesa - à Nortenha - à Algarvia *Arroz de Robalo com perfume de carabineiro *MARISCADAS A nossa cozinha abre às 12H00 e encerra às 00H00. Capacidade: 60 pessoas Piso 0 80 pessoas Piso 1 90 pessoas Esplanada Contactos: Rua do Bojador 17 1990-254 LISBOA Tel. 218 948 061 Telm. 932 323 009 www.pregodpescador.com Facebook.com/pregodpescador.expo Email: Pregodpescador@gmail.com


34 | NP | ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

POR UM MUNDO MELHOR Chef Cláudia Salú MISS SAIGON - COZINHA VEGETARIANA DO MUNDO www.miss-saigon.pt

Almôndegas árabes com molho de iogurte e romã

Preparação: Demolhar a soja em água tépida durante uns minutos, depois escorrer bem, retirar todo excesso de água e reservar. Numa panela anti-aderente dourar a cebola, o alho e o gengibre em azeite. Acrescentar o sal, a pimenta e o ras el hanout. Adicionar a soja e cozinhar em lume brando, mexendo sempre. Adicionar a salsa, a hortelã e as tâmaras, acrescentar um pouco mais de azeite, acertar o sal e triturar com uma varinha mágica até atingir uma mistura homogénea. Moldar as almôndegas e colocar numa assadeira forrada com papel vegetal e assar no forno a 200ª C, durante 20 minutos. Servir com molho fresco de iogurte.

Ingredientes: 400 gr. de soja fina biológica; 1 cebola grande picada; 4 dentes de alho picados; 1 colher de sobremesa de gengibre fresco biológico ralado; 2 colheres de sopa de salsa fresca picada; 1 colher de hortelã fresca picada; 8 tâmaras biológicas picadas; 1 colher de sopa de ras el hanout, mistura de especiarias marroquinas biológicas; Raspa de limão; 1 colher de café de pimenta moída; Azeite e sal q.b.

Molho de iogurte Ingredientes: 400 ml. de iogurte natural de soja biológico; Sumo de 1 limão e a raspa da casca; 1 colher de sopa de hortelã fresca picada; 2 colheres de sopa de azeite; 1 colher de sopa de geleia de arroz biológico; Sal q.b.; 1 Romã.

Preparação: Numa tigela misturar o iorgute com o sumo de limão e a raspa, o sal, o azeite, a geleia de arroz e a hortelã e mexer. Acertar o sal. Servir o molho com as bagas de romã por cima e hortelã picada. Para acompanhar esta receita pode ver o video no Youtube ou no Vimeo procurando por: Miss Saigon.

Manjericão, Morango e Limão Por: Diana Sargedas, Professora do 1.º Ciclo do Colégio Pedro Arrupe e Professora Parceira da Nutri Ventures

Acredito que a aprendizagem é tanto mais significativa, quanto maior a sua utilidade para aquilo que mais nos interessa; que nos satisfaz! Temos e devemos encontrar nas aprendizagens um significado/um sentido que nos faça desejá-la, procurá-la. Cada pergunta, dúvida, ou partilha tornam-se potenciais alvos de investigação. São expostos conhecimentos, adiantadas e testadas hipóteses e… Eis que se constrói o conhecimento! Que surge a aprendizagem! Aprende-se sobre si, sobre o outro, sobre o grupo, sobre o mundo, sobre a relação de si e do outro com o mundo. E pode aprender-se com o lanche…Com o que se come! Com o que a professora come… Eu, a professora da turma, comecei a tomar, à refeição ligeira da manhã, um iogurte natural com sementes, mel e canela. Foi então que começaram as perguntas (dos alunos) em tom curioso e desencorajador de que (e para eles) outros lanches muito mais saborosos existem e eu estou a desperdiçá-los: - ” O que é isso?” - “Que sementes são essas? - “Humm não têm muito bom aspeto!” Houve, inclusive, quem se insurgisse, demonstrando algum pesar e vontade em fazer algo por mim: - “Diana, queres as minhas bolachas de oreo?”- perguntou o G. Bem, a verdade é que esta opção de lanche, mais do que um desejo, foi uma necessidade e eu estava a esforçar-me, realmente, por gostar muito dela e por expressá-lo. Mas, possivelmente, não estava a ser

muito convincente. Até que, do outro lado da sala, ouve-se uma voz que reforça esta minha decisão de me tornar mais saudável, animando-me e fazendome seguir em frente: - “Ah! Eu também como sementes de chia…e de girassol e ponho mel nas panquecas.” E, aos poucos, lá fui conseguindo conquistar alguns adeptos… Todavia, ainda intrigada por esta reação dos alunos, mas crente na sua considerável motivação para a aprendizagem e consciente da sua sede por novos conhecimentos, lancei-lhes um desafio: - “Que vos parece, fazermos, num destes dias, uma bebida saudável, mas muito saborosa? Sendo que ainda terão a possibilidade de descobrir os benefícios dos seus ingredientes para a nossa saúde!? Não é espetacular? – E reforço esta ideia num tom super entusiasmado, gesticulando por todos os lados, como se se tratasse da maior descoberta alguma vez feita numa sala de aula! Claro que desta forma (um pouco exagerada-confesso), a resposta só poderia ser um grande e coletivo: - Simmmm! - Iríamos então fazer o saudável e delicioso sumo de morango, limão e manjericão…Quem sabe se não estaria nesta receita o segredo para tantos males! Estava, então, na altura de pôr mãos à obra. Escolhemos a receita de sumo, dividimos e atribuímos responsabilidades, de acordo com os ingredientes e utensílios necessários. Certificámo-nos que nenhum aluno seria alérgico a nenhum dos ingredientes. No dia seguinte, o relógio marcava 14:30 e alguns aventais estavam já a postos. Os pequenos grupos (de alunos) organizavam a sua bancada e estimavam quantos morangos corres-

ponderiam a 35gr.,que seria a quantidade indicada para um copo (de acordo com a receita que seguíamos): - “Quatro! Cinco!” - diziam eles. E, para seu grande espanto, 35 gr. correspondiam exatamente a dois morangos! – Eis a primeira grande descoberta! Estava tudo ao rubro! A seguir, o manjericão! Seria necessário colocar uma folha. E como cheirava bem! – Esta era a segunda grande descoberta – o cheiro do manjericão, que existe em casa, mas em frasquinhos. Depois, o limão, que sendo usado um pouco mais da conta, tornaria a bebida ácida. Também foi muito fácil de o perceber e comprovar. Por fim, a água! Precisávamos de 40 ml (para um copo, segundo a receita)! Foi preciso pensar e fazer comparações, dado que a indicação de 40 ml é difícil de encontrar num copo medidor. Descobrimos, então, que as garrafas de 0,5 l, existentes na sala, poderiam ajudar-nos a chegar à medida indicada. Estava feita a terceira descoberta – relação entre os litros, os centilitros e mililitros, embora fosse preciso estudar e praticar mais! Claro! O relógio da sala marcava as 15h30. Cheirava a morango e a manjericão. As canecas preparadas para se brindar e beber e… Eis que se descobre, saboreia… - “Está mesmo bom, Diana! Delicioso!” - diziam! Inclinavam a cabeça e seguravam as canecas como se de um copo elegante e de um espumante se tratasse. Mas era muito melhor do que isso! Era o sumo de morango, limão e manjericão feito por nós, apesar de ácido: - “Torna as pessoas mais jovens alguns anos” - Dizia o M., preparando-se para inventar (adora fazê-lo) o

número de anos, depois de pesquisar e compreender que o limão retarda o envelhecimento da pele. - “É bom para o seu coração, avô! Tem que comer morangos!” - Dizia a T. para o avô da L., quando a veio buscar, no final do dia, intrometendo-se em conversa alheia. - “O manjericão é bom para mim! Às vezes estou um pouco nervoso e ansioso, como tu sabes”- partilhou o F., esboçando um sorriso tímido, mas sedutor de quem quer dizer: “Sou um pouco terrível, eu sei, mas tenho salvação – o limão!” Balanço final, num tom exagerado, é certo, mas quase próximo da realidade: o que faz melhor ao corpo e à saúde do que brincar? “ O morango, o manjericão, o limão… e a água!”. Terminando ao jeito do início… Acredito que a aprendizagem é tanto mais significativa, quanto maior for a nossa capacidade de nos apaixonarmos pela vontade de descobrir, de saber e de ser mais com este saber. «Apaixona-te. Permanece apaixonado. Isso decidirá tudo em ti.» Pe. Pedro Arrupe.


NATUREZA | NP | 35

AVES DO PARQUE Textos e Fotografia por: Rodolfo Miguel Begonha

Nome comum: Flamingo ou Flamingo-comum | Nome científico: Phoenicopterus ruber Breve caracterização: O flamingo integra a ordem dos Phoenicopteriformes e a família Phoenicopteridae. Esta ave é, porventura, uma das mais populares junto do público, apesar de muitas pessoas não terem ideia de que também habita em Portugal. Porque é conhecida? Possivelmente devido à divulgação frequente em programas televisivos sobre fauna (incluindo sobre a África austral), também pela sua presença assídua em livros, e, em face da cor rosada das suas penas, muito chamativa – especialmente intensa nos seus primos americanos – e das suas formas características. Na verdade, com comprimento até cerca de 145 cm, os flamingos têm patas finas, longas e rosadas, um longo pescoço e um bico curvo e robusto (avermelhado com zona terminal negra), apropriado para a extracção de alimento em lamas ou meios aquáticos. Podemos notar que existe, normalmente, uma faixa mais pronunciada cor-de-rosa junto às asas, apesar da cor predominante da plumagem ser mais branca do que rosada. Quando voa, mostra

um posicionamento inconfundível, com as patas estendidas para trás e o pescoço estendido para a frente e essa faixa salienta-se paralelamente com zonas pretas. Alimenta-se fundamentalmente de crustáceos, em água salgada ou salobra. Emite sons bastante audíveis de vários tipos, alguns fazem até lembrar os de gansos. Na Europa, os flamingos apenas ocupam regiões do Sul e vivem em grupos, os quais em certas zonas são formados por muitos elementos, como no Parque Nacional de Doñana (perto de Huelva e de Sevilha, em Espanha) e em Camargue (Sul de França), onde se reproduz, construindo ninhos feitos com deposição de lamas até formar montículos. Em Portuga,l estas aves podem ser observadas em grupos relativamente numerosos, nos estuários dos rios Tejo e Sado.Também ocorrem a Norte, na Ria de Aveiro, no centro na lagoa de Óbidos e no estuário do rio Mondego e, mais a Sul, na Reserva de Castro Marim e em outras áreas lodosas do

Algarve. No Parque das Nações: Com exemplares encontrados praticamente durante todo o ano no estuário do Tejo e em zonas próximas - como sapais, mouchões e salinas, quer nas áreas vizinhas logo depois do rio Trancão quer também nos concelhos de Vila Franca de Xira e Alcochete – podem observar-se com mais probabilidade junto à foz do Trancão e, ocasionalmente, em conformidade com as marés, daí até ao skate park e ponte Vasco da Gama.

Durante a maré vazia, nessa área junto à foz do rio Trancão, fica descoberta uma extensão considerável de lamas, a qual é um local privilegiado para a observação de aves, e, apesar da grande pressão urbana nas suas proximidades, deve merecer especial atenção no sentido de ser devidamente preservada. Sendo aves que não gostam de ser perturbadas, estão sempre muito atentas. Quando sentem aproximação humana e consideram que esta é excessiva, os flamingos afastam-se de modo a manterem uma distância de segurança.


36 | NP | AGENDA Crónica de Catarina Figueira

Meninos, hoje vamos sair! Sou a Catarina Figueira. Moro no Parque das Nações, desde 2007. Há dois anos que sou mãe do António Maria. Trabalho no Pavilhão do Conhecimento, onde coordeno a área da Comunicação. Ando sempre à procura de programas para fazermos em família. Também lhe acontece? Então continue a ler. Adventure Park

Se o seu filho passa a vida a trepar móveis e paredes, qual Tarzan, a felicidade dele tem um nome: Adventure Park. Neste parque, situado no Jamor, os miúdos abalançamse por uma densa floresta e sobem às árvores, num percurso de arborismo onde vão encontrar túneis, escadas, redes e argolas. O circuito termina com eles a deslizarem num slide oito metros acima do solo. Não há nada a temer, já que cada criança é equipada com capacete e um arnês que lhe permite andar alegremente de árvore em árvore, sempre ligada a uma linha de vida. O percurso “A Pequena Floresta” é ideal para festas de aniversário. Só tem de riscar os miúdos mariquinhas da lista de convidados.

Palácio Nacional de Queluz

Convenhamos: uma visita a um palácio pode ser um bocejo. E então para os mais novos nem se fala. Mas e se, de repente, aparecer um senhor de cabeleira de tom duvidoso, trajado com uns calções acetinados a roçar o ridículo? Todo este cenário acontece na “Viagem à Corte do Século XVIII”, uma actividade que mistura na dose certa a visita às salas principais daquela que foi a residência de Verão de D. Pedro de Bragança e da Rainha D. Maria I com uma reconstituição histórica onde não faltam muitas das personagens que faziam parte da corte setecentista portuguesa, devidamente trajadas a rigor. De repente é como se a História desse um salto no tempo e o Palácio recuperasse os seus inquilinos de há três séculos. No salão de baile, nos jardins ou na sala do trono surgem princesas, aias e gente nobre a interagir com as famílias do século XXI, como se nunca tivessem deixado de habitar tão faustosos aposentos. Para saber as próximas datas, consulte o site www.parquesdesintra.pt.

Playbowling Cascais

É um dos daqueles sítios que no Verão promete rebentar com eles em actividades como o bubble football ou as minimoto 4. A nossa preferida dá pelo nome de lasermaze e promete despertar o pequeno criminoso reprimido que há em nós (os adultos também podem jogar). Trata-se de um labirinto de raios infra-vermelhos, decorado ao estilo do Museu do Louvre, onde o objectivo é roubar um diamante, tocando no mínimo de raios laser possível. Uma coisa é certa: é fundamental ter flexibilidade para rastejar pelo chão ou fazer o pino, se for caso disso, e assim fintar as dezenas de luzes que vão aparecendo pelo caminho. A partir dos seis anos já se pode experimentar a sensação de ser ladrão profissional mas sem

a parte chata de ter a polícia à perna!

P a r q u e R ec r ea t i v o d o A l t o d a Serafina

Fica dentro do Parque Ecológico de Monsanto e é uma aposta ganha naqueles fins-de-semana em que os miúdos precisam mesmo de gastar energia (todos, portanto!). Pode começar por enfiá-los dentro do labirinto. Mas não os perca, claro. Olho firme porque neste parque eles ficam (ainda) mais entusiasmados do que o costume e a correr de um lado para o outro. O labirinto é só uma das atracções. Há também o parque insuflável, os baloiços e os escorregas, a escolinha de trânsito onde uns andam de bicicleta e outros de trotineta, o farol e o barco dentro de um laguinho, e as tendas dos índios. Tudo no meio de muito verde, a convidar a piqueniques e festas de aniversário sobre a relva.

Passeios a cavalo e de pónei pela Serra de Sintra

Dê descanso ao carro de família e escolha um destes “amigos” para um passeio pela Serra de Sintra. Serão sem dúvida o “meio de transporte” ideal para trilhar os caminhos do Parque da Pena. Crianças e crescidos vão montados no lombo de cavalos e de póneis, à descoberta deste local enigmático e na companhia de um tratador que vai desbravando o caminho. Os passeios mais pequenos variam entre os 30 e os 90 minutos e os maiores chegam às seis horas, com direito a paragem para almoço. Prepare a cesta do piquenique e faça-se ao caminho. Marcações pelo número 21 923 7300.

Cinemateca Júnior

Há a Cinemateca Portuguesa para os cinéfilos crescidos, na Rua Barata Salgueiro. E, depois, há a Cinemateca Júnior, uns quarteirões abaixo, no Palácio Foz, já a chegar aos Restauradores. Ali vão encontrar, quase todos os sábados, sessões de cinema de animação, desde os clássicos da Disney aos filmes dos irmãos Lumière e do Charlot. Em Junho o cartaz apresenta “O Livro da Selva”, “O Verão de Kikujiro”, “Rango” e “As Férias do Senhor Hulot”. No último sábado de cada mês há ateliês onde se exploram algumas das técnicas usadas na sétima arte, como a pixilação, e se constroem brinquedos ópticos como os taumatrópi os e os zo otrópios. Provavelmente os seus filhos nunca irão conseguir dizer estes nomes esquisitos, mas vão perceber que o princípio do movimento das imagens está ali, em objectos aparentemente tão simples. Bons programas!


VIDA | NP | 37

Healthiness Felicidade nos mais pequenos ingredientes da vida Por: Joana Teixeira - www.healthiness.pt

Healthiness.pt

Granola gulosa

Resolvi então tentar antecipar-me e fazer uma granola, igualmente boa, mas sem açúcar refinado, para levar comigo. Posso dizer-vos também que é das granolas mais simples de fazer, porque tem apenas 3 passos. Serve 1 pote Ingredientes: • Duas canecas da seguinte mistura (ou outra à escolha, de que gostem mais): Flocos de Aveia o Flocos de Arroz o Flocos de Trigo Sarraceno o

Chegando a Primavera e o sol, começam as idas à praia, às esplanadas, ao jardim… “E o que é que isto tem a ver com granola?” – perguntam vocês. Tudo! Em alguns destes locais servem taças maravilhosas de iogurte ou de açaí com granola. Esta granola é simplesmente maravilhosa: crocante, doce, com pedaços pequeninos, saborosa,… Mas também está cheia de açúcar refinado, o que não faz nada bem o ano todo e muito menos, agora, que estamos no nosso “Plano Biquini” ao máximo.

• 2 colheres de sopa de óleo de coco • 4 colheres de sopa bem cheias de geleia de arroz (podem escolher outros adoçantes mais saudáveis, mas este foi aquele que considerei que tinha a melhor relação doçura/saúde) Passos: • Derreter o óleo de coco com a geleia de arroz; • Incorporar na panela os restantes ingredientes; • Levar ao forno a 180º, cerca de 15 minutos ou até começar a ficar dourada e ir mexendo regularmente (5 em 5 min) para não queimar. E está feita!

Levo num frasquinho comigo para a praia, juntamente com um iogurte, para comer quando a fome aperta. Também é uma óptima ideia para mandarem para a escola dos mais pequenos. Há, inclusivamente, um frasco nos grandes hipermercados que tem um compartimento para a granola e outro para o iogurte. Fica perfeito! Espero que gostem!


38 | NP | DESPORTO

A JM - Corporate Action tem como objectivo integrar cidadãos mais vulneráveis em actividades desportivas populares.

INCLUSÃO PELO DESPORTO, UMA APOSTA CERTA Por: José Massuça Telemóvel: 938583298 | email: jose.massuca@jm-actions.com

foto: Pau Storch

O projecto Take Action teve a sua primeira acção com o treino e acompanhamento do Miguel Vieira numa corrida de 10kms em estrada. O Miguel Vieira tem 31 anos, é cego total e é um dos atletas já apurados para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro deste ano. Tem também a honra, o orgulho e a responsabilidade de ser o primeiro judoca português a marcar presença numa edição dos Jogos Paralímpicos. Após termos decidido enfrentar este desafio, e tendo em atenção o plano de treinos do Miguel com vista à sua preparação para os Jogos do Rio 2016, demos início aos treinos. Conversámos muito sobre o que devíamos esperar e quais os objectivos principais deste desafio. Rapidamente concordámos que o que gostaríamos mesmo era de disfrutar da experiência e chegar à meta em festa, com um grande sorriso nos lábios, preenchidos com a sensação de realização e, simultaneamente, com a certeza de termos feito algo para motivar outros indivíduos a tentar o mesmo. Depois de um primeiro treino em pista, essencial-

mente para nos “conhecermos” em termos de corrida e para simultaneamente definirmos formas de comunicação e andamentos a adoptar, decidimos que os treinos seguintes teriam que ser em terrenos mais realistas e com vários tipos de piso. Os caminhos do Parque das Nações foram imediatamente uma escolha consensual. Os treinos no Parque das Nações foram de extrema importância, pois para um atleta invisual é essencial conhecer, previamente, as diferentes sensações de corrida por variados tipos de piso. E aqui encontramos, num mesmo trajecto, piso de terra, alcatrão, em paralelos, cimento, relva e até em madeira. Ter treinado por aqui valeu, também, pelas sensações humanas, isto porque a hospitalidade de quem por aqui corria foi extraordinária. Praticamente todos os outros corredores com que nos cruzámos cumprimentavam e incentivavam o Miguel. E isso foi para ele muito importante. E valeu, principalmente, a certeza de que ambos entendemos o desporto como uma poderosa e

importante ferramenta de inclusão social e que atrás do nosso esforço outros seguirão. Acabámos a fazer treinos de passo certo e sincronizados. Fomos, em muitos momentos destes treinos, um só corpo. Também por isso mais certeza tenho do quanto é correcto afirmar que "Integrar não é apenas permitir que também façam mas sim fazermos juntos". No dia da corrida, como pretendido, foi a Festa. Estávamos nervosos? Estávamos. Foi duro? Foi, muito! As pernas doeram? Doeu o corpo todo. Cruzámos a meta de braços no ar, coração aos saltos e sorriso rasgado nos lábios. A auto-estima, a autoconfiança e a capacidade de resiliência cresceram em todos nós com esta corrida. Sabíamos ao que íamos e cada quilómetro que passava era melhor do que o anterior, melhor porque com a distância crescia em nós a certeza de como é fácil Integrar pelo Desporto. Ainda agora terminou e o Miguel já pergunta quando é a próxima. Temos corredor. Conseguimos!

Parabéns e Obrigado a todos os que acreditam neste projecto e que nos apoiam. Nós também queremos mais. Quando é a próxima?

Nos últimos anos percorri um caminho difícil mas muito gratificante. Passei de pessoa totalmente sedentária, a praticante de corrida, trail running e ultra-maratonas. Comecei com pouco e, passo a passo, fui descobrindo que o meu objetivo estava nos meus sonhos e que os obstáculos maiores moravam na minha cabeça. No caminho criei o blogue De Sedentário a Maratonista e, com base no que aprendo e partilho, hoje ajudo quem também quer atingir os seus objetivos, seja correr os primeiros 10 kms, uma maratona, ou quem sabe mais ainda.

2ª EDIÇÃO DA CORRIDA SOLIDÁRIA REFOOD Por: José Guimarães | (00351) 916 848 540 | about.me/joseguimaraes

Tive o primeiro contacto com a Refood por causa do grupo de corrida onde costumo treinar. O grupo Corrida Noturna do Parque das Nações foi criado há quase 2 anos, fruto de iniciativas individuais e de muita vontade de fazer alguma coisa em prol da saúde e bem-estar da comunidade local, utilizando a corrida como formato fácil e atrativo para praticar atividade física. O objetivo era simples: juntar as pessoas que todos os dias utilizam o Parque das Nações para correr, unindo-as num grupo que lhes oferecesse uma motivação adicional para praticar desporto e, quem sabe, levar a sua paixão pela corrida um pouco mais além, em busca dos seus objetivos pessoais. O modelo encontrado era semelhante ao que já se faz um pouco por todo o lado: fixam-se um dia e hora adequados, juntam-se os interessados num local apropriado e, à volta de um percurso com ritmos e distâncias definidas ao gosto de cada um, segue-se a triologia típica do atletismo: aquece-se

o corpo, corre-se (ou caminha-se) e, no final, fazem-se uns alongamentos. Tudo com apoio dos mais experientes, para que a prática seja levada a cabo da forma mais correta possível. O sucesso semanal deste grupo, do qual orgulhosamente faço parte desde o início, tem levado a dinâmicas cada vez mais atrativas para todos os que aproveitam as condições perfeitas do Parque das Nações para praticar exercício físico, possibilitando ainda o acesso aos benefícios das parcerias estabelecidas com empresas e comércio locais. Mas onde é que a Refood entra neste cenário? Ora, no ano passado, o grupo Corrida Noturna Parque das Nações decidiu ir mais além e, aproveitando as sinergias existentes e a boa vontade de todos organizou a 1ª edição da Corrida Solidária Refood, na qual juntou mais de 1.000 participantes, revertendo o valor das inscrições e patrocínios a favor da Refood Parque das Nações. Uma vez que a Refood Parque das Nações não

tem qualquer subsídio, torna-se necessário encontrar formas de obter receitas para as suas despe-

“Uma vez que a Refood Parque das Nações não tem qualquer subsídio, torna-se necessário encontrar formas de obter receitas para as suas despesas diárias.” sas diárias. Assim, depois do sucesso do ano passado, a Corrida Solidária Refood vai voltar a animar o Parque das Nações, já no dia 26 de junho de 2016. Porque, por um lado, é essencial que toda a comunidade colabore na luta contra o desperdício alimentar e contra a fome, fica aqui o apelo para a participação de todos na 2ª edição da

Corrida Solidária Refood. Finalmente, por outro lado, o Parque das Nações volta a afirma-se uma vez mais como um local privilegiado para a prática de atividade física e para o bem-estar daqueles que procuram não só o seu bem-estar físico, como, ainda, encontram no desporto uma forma de ajudar o próximo. Inscrições em http://refood.corridanoturna.pt


APPS | NP |39

PAIS E FILHOS Por: Humberto Neves ardozia.com - humberto.neves@ardozia.com

Tens cromos para a troca? Está aí o Euro 2016 e, claro, a tradicional caderneta de cromos deste campeonato já marca presença em muitas casas. Aliás, uma grande parte dos produtos comerciais televisivos para as crianças têm a determinada altura o momento da caderneta de cromos. Desde os mais pequenos aos mais graúdos, todos gostamos de coleccionar, quem não se lembra da coleção dos aviões das duas grandes guerras que vinham com as “chiclas” Gorilla, eram a preto e branco mas o entusiasmo era imenso, enfim, de forma mais ou menos organizada o coleccionismo pode ser uma prática saudável e educativa. Acontece que nem sempre encontramos cadernetas sobre os temas que gostaríamos. É aqui que gostava de dar a conhecer a Colara. A Colara é uma plataforma de colecção de cromos digitais que disponibiliza, actualmente, cerca de 24 cadernetas nos mais variados temas, desde a TAP, onde se pode ficar a conhecer melhor os aviões e a sua própria história, o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) onde podemos coleccionar as 46 áreas protegidas de Portugal, entre outras. Em breve teremos lá a nossa caderneta de instrumentos musicais. Como funciona? Tem a mesma mecânica de uma caderneta impressa, ou seja, têm de se adquirir saquetas digitais que contêm cada uma 5 cromos, se a caderneta for gratuita existe a possibilidade de resgatar uma saqueta por dia, cujos cromos vamos adicionando às nossas cadernetas. Também aqui irão aparecer cromos repetidos, mas com a vantagem de se conseguir imediatamente pesquisar que colecionadores estão interessados em trocar connosco e enviar, de seguida, uma proposta de troca. No final, conforme a caderneta, poderá haver direito a um brinde que é oferecido a quem completa a caderneta, bem como a opção de adquiri-la no formato impresso. Um aspecto interessante está também na possibilidade de os cromos terem informação multimedia

A Colara é uma plataforma de colecção de cromos digitais que disponibiliza, actualmente, cerca de 24 cadernetas nos mais variados temas, desde a TAP, onde se pode ficar a conhecer melhor os aviões e a sua própria história, o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) onde podemos coleccionar as 46 áreas protegidas de Portugal, entre outras.

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Alameda dos Oceanos, 43E (JUNTO AO CASINO LISBOA) Horário Verão : Segunda, Terça e Quarta das 12H às 20H Quinta e Domingo das 12H às 22H Sexta e Sábado das 12H às 24H Contacto: 211 929 540 - oficinadogelado@gmail.com


40 | NP | DESPORTO

NOTÍCIAS CLUBE TEJO ESCOLA DE TÉNIS JAIME CALDEIRA www.etjc.pt Por: Miguel Soares

FÉRIAS DA PÁSCOA E VERÃO Durante as Férias da Páscoa decorreram semanas de estágios de ténis para os mais jovens. O programa incluiu treino técnico e físico, recuperaram com alongamentos e exercícios de relaxamento e, no último dia, participaram num mini torneio. As Férias de Verão estão a chegar e o programa é de multi-desportos! TÉNIS EM FAMÍLIA NO DIA DA MÃE Tivemos a presença de várias famílias a encherem os nossos campos de ténis. O ambiente foi óptimo com exercícios de cooperação onde a relação familiar é fortificada e a criança ganha autoconfiança e auto-estima. Também houve espaço para um mini-cardio ténis em família.

QUADRO DE HONRA

1- Férias da Páscoa e de Verão 2- Ténis em Família no dia da Mãe 3- Circuito Approach (etapas 3 e 4) 4- Circuito Oriente (5º etapa) 5- 9ª Etapa SmashTour Zona Centro 6- Campeonato Regional Individual de sub14 (Pedro Araujo, vencedor) 7- Clube Ténis do Estoril (etapa Smash tour, Tiago Abreu 2º lugar) 8- Roland Garros o 2º Grand Slam do Ano de 2016 ( 22 de Maio a 05 de Junho)

CIRCUITO APPROACH - ETAPAS 3 / 4 Na etapa 3 o estreante Vitor Lima venceu a consistência de José Henrique por 6/2. A etapa 4 teve José Henrique na sua quarta final consecutiva e vingou a derrota passada contra Luís Rita por 7/5. Ranking: 1º José Henrique (342 pontos), 2º Luís Rita (169 pontos), 3º Fernando Neto (168 pontos). CIRCUITO ORIENTE 5ª ETAPA Hugo Costa ganha a Adilson Salussinga na final da 5a Etapa do Circuito Oriente. Excelente torneio dos dois. Especialmente do Hugo. Quanto ao Adilson, parabéns pela sua primeira final! ATLETAS / COMPETIÇÃO - ETJC Decorreu nos dias 13 e 14 de Maio a 9ª Etapa SmashTour Zona Centro, desta feita disputada nas instalações da Escola de Ténis Jaime Caldeira. Com um total de 70 inscrições divididas entre os escalões de Sub7, Sub9 e Sub10, ( jogadores da "casa" premiados, 4º lugar de João Lopes nos sub9 masculinos, o 3º lugar de Frederica Nunes nos sub9 Femininos, o 2º Lugar de Lourenço Costa nos sub7 mistos e o 1º lugar de Tiago Abreu nos sub10 masculinos No Campeonato Regional Individual de sub14 e sub18 o destaque vai para Pedro Araújo, que se sagrou finalista na prova masculina de sub14. Tiago Abreu deslocou-se ao Clube Ténis do Estoril para disputar uma Etapa Especial do SmashTour, na categoria de sub10,ficando em 2ºlugar! CURIOSIDADES DO TÉNIS Roland Garros o 2º Grand Slam, do Ano de 2016, decorre entre os dias 22 de Maio a 05 de Junho, a não perder!

Nome: Gonçalo Cardoso Idade: 14 anos Clube de Futebol: Sporting Clube onde treina: ETJC Livro: Harry Potter Filme: Hunger Games Actriz/Actor: Jim Carrey Tenista favorito: Novak Djokovic À mesa: Sushi O que dirias aos políticos: Falem menos e trabalhem mais Citação preferida: Viver a vida Futura profissão: Guitarrista

Nome: Miguel Henriques Idade: 14 anos Clube de Futebol: Sporting Clube onde treina: ETJC Livro: The Amazing Spider Man Filme: Deadpool Actriz/Actor: Brad Pitt Tenista favorito: Rafael Nadal À mesa: Lasanha O que dirias aos políticos: Baixem os impostos Citação preferida: Eu penso, logo existo Futura profissão: Informático


DESPORTO | NP | 41

CDOM

Venha conhecer-nos e Ser Desportivo!

UM DIA DE TREINO DO TRIATLO Por: Carlos Ardisson - Comunicação e Marketing www.facebook.com/CDOMoscavide - geral.cdom@gmail.com

Triaousithlon é uma palavra grega que designa um evento atlético composto por três modalidades. Atualmente, o nome Triatlo é, em geral, aplicado a uma combinação de natação, ciclismo e corrida, nessa ordem e sem interrupção entre as modalidades. Há uns dias acompanhei um treino dos jovens atletas do Triatlo do CDOM e gostava de partilhar a minha experiência convosco. Pelas 18H cheguei ao Go Fit, nos Olivais, hora a que os atletas também chegavam acompanhados dos seus Pais, juntando-se, rapidamente, aos seus colegas e treinadores. Pouco depois saímos em direção ao Parque do Vale do silêncio, onde os mais velhos, nesse dia, treinaram. Acompanhei os mais novos que seguiram para o Parque dos Olivais, mais conhecido por ser o local onde existem as Hortas Urbanas, bem ao lado da Av. de Berlim. Curiosamente o local é bastante tranquilo e isolado da confusão em seu redor. Os seus caminhos são ideais para o treino da modalidade, pois apresentam inclinações

diversas e permitem a criação de um percurso circular onde os atletas podem correr. A segurança com as crianças também está salvaguardada pois todo o percurso de treino se faz muito afastado do trânsito que circula pela zona. Depois do aquecimento, desde si já muito animado, foi fantástico ver a energia e o empenho de cada um dos jovens, que quase parecem ser centrais elétricas, tal a energia que emanam. De salientar que nas provas onde competem, as distâncias são adequadas à faixa etária onde se integram, de forma a que todos estejam aptos a poderem participar. Terminado o treino de atletismo com os respectivos alongamentos dirigimo-nos para a piscina do Go Fit, mudança rápida de equipamentos e lá estão eles a nadar numa pista reservada ao seu treino, nesse dia era de 25 metros, mas, noutros dias, treinam, também, na de 50 metros (caso raro nas equipas de triatlo em Portugal). O treinador deu as suas indicações e rapidamente a pista era um mar de atletas treinando com

gosto e mantendo um espírito de uma boa disposição incrível entre jovens que, naquele dia, tinham idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos. Melhor que explicar convido-os a observarem as fotos que tirei deste fim de tarde bem passado na companhia dos jovens Atletas de Triatlo do CDOM (agradeço ao Go Fit Olivais ter permitido a recolha de imagens dos nossos atletas na piscina). Caso os vossos filhos apenas queiram praticar uma das três modalidades do Triatlo também o podem fazer, pois existem as três modalidades em separado, no Clube. Venham daí Ser Desportivo! Para mais informações contactem a página do Facebook: Triatlo CDOM


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SABORES DO PARQUE

MR LIN ASIAN COOKING NOVO RESTAURANTE NO PARQUE DAS NAÇÕES

Camarão com sabor a chá (especialidade da casa); Peixe Agri Doce; Lombinho de Porco Agri Doce; Bolas de Arroz de Coco; Lombo de Novilho com molho de Ostra; Bolas de Gambas Fritas; Beringela com molho de sabor de Peixe na Caçarola; Massa Wenzhou; Frango com ananás fresco; DIM SUM Gambas; Siu Mai de Carne e Gambas e muitos mais. Venha experimentar! MORADA: Parque das Nações - Rua do Bojador, 47, Parque das Nações, Lisboa TELEFONE: 216 091 306 e-mail: mrlin.restaurante@gmail.com

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LOCAL | NP | 43

Cabeleireiro

Unisexo

Apple Lovers venceu o Lisbon Cocktail Week

ARENA LOUNGE DO CASINO LISBOA TEM O MELHOR COCKTAIL DE LISBOA

A Ageas Seguros alia-se à cultura e às artes para a exposição “Apodexis”, uma mostra de ilustração de Proencsa que inaugurou, no dia 6 de maio, às 17h30, no Espaço Cultura Ageas, no Parque das Nações, onde ficará patente até dia 20 de junho.

“Apodexis” é uma exposição pensada como um livro ilustrado. Partindo de uma pesquisa sobre a história da noção de seguro surgiu a vontade de desenhar um conjunto de imagens que explorassem as histórias que o artista foi encontrando dos mercadores babilónios que dividiam os bens por vários barcos para diminuir a percentagem de perda em caso de acidente; as oferendas sazonais ao faraó do Egipto para garantir proteção a um grupo étnico; a necessidade de prova de seguro durante a expansão marítima europeia; o incêndio londrino de 1666 que levou à criação das primeiras Companhias de Seguro Imobiliário; a necessidade dos marinheiros e piratas usarem

brincos de ouro que garantissem o pagamento do seu enterro; e as contemporâneas preocupações em proteger a integridade individual ou o estabelecido sistema de incubação agrícola que garante a produção de alimento. O conjunto das ilustrações define um universo que brinca com signos, objetos e personagens, fazendo perguntas e adivinhas, criando mais problemas do que soluções. Proencsa é a assinatura de Ricardo Batista, ilustrador, licenciado pela Faculdade de Belas Artes em 2008. Desde a sua formação académica tem explorado diferentes meios de expressão artística - vídeo, instalação, pintura - sendo pelo desenho que começa a maior parte do seu trabalho. Como ilustrador interessa-se por interpretar e questionar através da imagem, da construção de enigmas visuais, recorrendo frequentemente à simbologia da cor, dos objetos e à recorrência dos signos visuais. As suas ilustrações afastam-se da linguagem da infografia, ficando numa charneira entre a conceptualização do desenho de autor e a linguagem despretensiosa dos livros infantis. De entre as constantes participações em fanzines e Festivais de banda desenhada destacam-se: a colaboração com Carlos Marques na ilustração do livro História e Geografia de Portugal; o prémio no concurso de Bd de Odemira 2008; a direção e participação da Exposição Má Mére do Coletivo Guilda em 2011; e a participação no festival PRÉ-REFORMA em 2013.

Plazza Rio Galerias

Exposição “Apodexis” no Espaço Cultura Ageas

Nas

Mostra de ilustração de Proencsa

by Geni

Oferta de ESPUMANTE às sextas

Espaço de referência do Casino Lisboa, o Bar Arena Lounge venceu a 1ª edição da Lisbon Cocktail Week. Com uma combinação mágica, o Apple Lovers servido no Arena Lounge foi eleito o melhor cocktail de Lisboa. Trata-se de uma importante distinção que resultou da votação do público, através da plataforma Zomato, e de um

júri constituído por conceituados profissionais do sector que visitou mais de 50 bares a concurso. Concebido por Bruno Gomes, barman do Arena Lounge, o cocktail Apple Lovers distingue-se por uma bem-sucedida combinação: Gin Beefeater, sumo natural de maçã verde, xarope de açúcar, sumo de limão, clara de ovo e manjericão. Recorde-se que o Lisbon Cocktail Week decorreu de 22 de Abril a 1 de Maio, tendo registado um assinalável êxito. Os 50 bares de Lisboa que participaram neste evento continuarão a servir aos seus clientes os cocktails que apresentaram no concurso. O Arena Lounge convida, assim, os visitantes do Casino Lisboa a apreciar, por €7,60, o cocktail Apple Lovers, cuja excelência da combinação de ingredientes, conquistou o primeiro lugar no Lisbon Cocktail Week.

Um espaço para a sua beleza e bem-estar. Tudo para os seus cabelos, rosto e corpo, manicure e pedicure.

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44 | NP | ENTREVISTA

CONVERSA COM... ISABEL AGUIAR RICARDO Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com

PARA DONATIVOS: CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS – IBAN PT50 0035 0379 0000 2726430 11 Nem uma das teorias de Enstein explicaria melhor esta realidade. A antítese

comunidade, tem 20 anos, é estudante de Engenharia e Gestão Industrial, é

do sonho e dos desejos de vida de uma criança do continente europeu e o

catequista, vive no Parque das Nações, é voluntária e um dos elementos da

mesmo universo paralelo de outra do continente africano. Dois mundos

organização deste magnifico projecto, o SABI. Ela põe em marcha eventos

diferentes, duas realidades insofismáveis, dois contextos distintos. Desde a

sociais para angariação de fundos, como torneios de futebol, cafés concerto

supérflua necessidade de valores materiais, por exemplo, até uma quimera

e jantares na paróquia. E não só…

de quem apenas precisa de um pacote de arroz, de uma lição de música, de ler um livro, de ter uma conversa, um sorriso ou um abraço. Mas há mais do que isto…

Num mundo cada vez mais global e materialista, a interajuda humana e o altruísmo têm de estar de mãos dadas, serem inerentes em todas as sociedades.

Isabel Aguiar Ricardo, a “Isabelinha” para a havendo voluntários suficientes, poderemos alargar horizontes, como aconteceu este ano: vamos realizar a primeira missão em terras Cabo Verdianas.

O QUÊ?

O Projecto SABI é um desafio colocado aos jovens da nossa comunidade que pretendam realizar uma experiência de voluntariado junto de populações desfavorecidas.

QUEM?

Os Jovens e adultos a partir dos 18 anos que desejem abraçar uma experiência de voluntariado e que participem na formação até à data limite.

NESSE MESMO LAR, TAMBÉM CONHECI O

MANUEL, UM SENHOR DE 98 ANOS QUE TINHA

COMO?

Uma formação que dura 9 meses, em território nacional, de Outubro a Julho, com o intuito de preparar estes jovens voluntários para intervirem em território africano, em Agosto.

ACABADO DE COLOCAR O SEGUNDO

QUANDO?

Durante as quatro semanas do mês de Agosto.

PORQUÊ?

Com uma população de 197 900 habitantes, 69,5 % de taxa de alfabetização, com um PIB per capita de 1 485 €, a República de São Tomé e Príncipe é um pequeno estado insular de expressão portuguesa em desenvolvimento, com um sistema democrático e com uma economia frágil. Sem uma única actividade económica que sirva de motor de crescimento, são notórias as dificuldades sociais e a completa necessidade de ajuda humanitária.

PACEMAKER.

O SR. MANUEL ESTAVA MUITO FRÁGIL, MOVIMENTAVA-

ONDE?

Na ilha de São Tomé, no distrito de Cantagalo e Caué, nas cidades de Santana e São João dos Angolares, com uma área total de 1001 kms2, que é independente de Portugal desde 1975, e que conta com 4 000 residentes portugueses. Agora, também estendemos a nossa acção a Cabo Verde e ao território nacional.

SR.

A ideia, o desenvolvimento e a execução. Como nasceu o projecto SABI? Fale-nos um pouco sobre as etapas. Este projecto nasceu em 2008 pela geminação entre a paróquia do Parque das Nações e a paróquia de Santana, em São Tomé e Príncipe. Daí surgiu a ideia de fazer um projecto que ligasse as duas paróquias de uma forma continuada, avaliando as necessidades e tentando supri-las. Depois da ideia de servir lá fora, não fazia sentido não se realizarem missões, aqui, em Portugal, visto que a ajuda deve começar pelos que nos estão mais próximos. No entanto, para servir o próximo começou-se por criar acções de formação, com reuniões quinzenais e com Campos de Trabalho e Retiros para preparar a missão de Verão.

SE SEMPRE DE CADEIRA DE RODAS E, EM MENOS DE QUINZE DIAS, E COM A NOSSA AJUDA, JÁ SÓ USAVA Inicialmente, o sabi era apenas um grupo, depois a paróquia toda quis envolver-se e os frutos foram visíveis para toda a comunidade. Assim surgiu o sabi Serviço e Graúdo. Num mundo economicamente desequilibrado, já ponderaram estender a vossa acção a outras localidades? Acho que a parte mais bonita do projecto é a de honrar a palavra dada, o compromisso, acima de tudo. Claro que a ideia é sempre alargar, mas com conta peso e medida e começando sempre por garantir, em primeiro lugar, os compromissos que já assumimos, tanto em Portugal como em São Tomé e Príncipe. Assegurada essa parte e

A SUA BENGALA.

PARECE A COISA

MAIS BANAL MAS TENDO EM CONTA A SUA IDADE, AQUELA RECUPERAÇÃO FOI INCRÍVEL.

A SUA

FILHA, QUANDO NOS VIEMOS EMBORA DISSE-ME:

“OBRIGADA, MESMO, POR TEREM VINDO, TROUXERAM VIDA AO MEU PAI”.


ENTREVISTA | NP | 45

Qual foi a situação que mais a emocionou, aquela de que nunca se esquece? A mais gratificante? É difícil, eu diria mesmo quase impossível, definir o momento mais gratificante que vivi com o SABI pois uma das coisas mais bonitas que aprendi, ao longo desta caminhada, foi a grandeza da simplicidade...e que um “simples obrigado” ou um sorriso renovado são suficientes para marcarem momentos que nunca esquecerei. Quando fui em missão para o Lar da Bafureira, conheci a Dona Glória com 99 anos que pouco ou nada via e que passava o dia a rezar o terço. Comecei a ler-lhe o Evangelho todos os dias, a dar-lhe a comida à boca, sentada ao seu lado, a fazer companhia. Foi um gesto tão simples mas o sorriso e o carinho que a Dona Glória retribuía ainda hoje estão comigo. Nesse mesmo lar, também conheci o Sr. Manuel, um senhor de 98 anos que tinha acabado de colocar o segundo Pacemaker. O Sr. Manuel estava muito frágil, movimentava-se sempre de cadeira de rodas e, em menos de quinze dias, e com a nossa ajuda, já só usava a sua bengala. Parece a coisa mais banal, mas tendo em conta a sua idade, aquela recuperação foi incrível. A sua filha, quando nos viemos embora disse me: “Obrigada, mesmo, por terem vindo, trouxeram vida ao meu pai”. Num total, quantos voluntários têm ou já tiveram? É mais do que um compromisso? Como disse, anteriormente, sentiu-se a necessidade de alargar os grupos, onde a caminhada pudesse ajustar-se ao momento da vida que os voluntários estavam a passar (início de trabalho). Assim surgiu o sabi Servico, que, depois da caminhada no Sabi formação (3 anos) integram este grupo, que consiste em algumas reuniões e onde é proposto que cada voluntário faça trabalho num projecto já existente, como, por exemplo, o refood. Com tantos frutos visíveis na Paróquia do Parque das Nações, os adultos também sentiram necessidade de criar um grupo similar. Assim, surgiu o Sabi Graúdo, que se reúne uma vez por mês, faz uma experiência de férias com sentido, ou seja, aliar o turismo ao serviço dos outros. Podemos ver que o projecto, que reuniu inicialmente cerca de 50 voluntários, com o passar dos anos já podemos contar com mais de 140. Sem dúvida que começa por ser um compromisso ao longo do ano, mas acaba por ser uma família.

Viver o Parque e viver no Parque. Quais as diferenças? Acho que viver no Parque já é, em si, uma excelente coisa, mas, quando temos a oportunidade de experimentar o que o Parque nos oferece, conseguimos ter o melhor. Sinto-me uma privilegiada por estar rodeada de ótimas infraestruturas e de excelentes pessoas como as que aqui vivem, que tornam qualquer projecto em concretizável e com frutos visíveis, como é o caso do Projecto SABI.

“COM TANTOS FRUTOS VISÍVEIS NA

PARÓQUIA DO PARQUE DAS NAÇÕES, OS ADULTOS TAMBÉM SENTIRAM NECESSIDADE DE CRIAR UM GRUPO SIMILAR.

ASSIM, SURGIU O SABI GRAÚDO, QUE SE REÚNE, UMA VEZ POR MÊS, FAZ UMA EXPERIÊNCIA DE FÉRIAS COM

SENTIDO, OU SEJA, ALIAR O TURISMO AO SERVIÇO DOS OUTROS.

PODEMOS VER QUE O PROJECTO, QUE REUNIU, INICIALMENTE, CERCA DE 50 VOLUNTÁRIOS, COM O PASSAR DOS ANOS JÁ PODEMOS CONTAR COM MAIS DE

140.

SEM DÚVIDA QUE COMEÇA POR SER UM COMPROMISSO AO LONGO DO ANO, MAS ACABA POR SER UMA FAMÍLIA.”

Para donativos: Caixa Geral de Depósitos – IBAN PT50 0035 0379 0000 2726430 11 www.facebook.com/Projecto-SABI https://w


46 | NP | OPINIÃO

Sabia que... Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com

GASTRONOMIA…CACHUPA, TÃO LONGE DA VISTA E TÃO PERTO DO CORAÇÃO

Este prato tradicional de Cabo Verde, tipicamente africano, está repleto de simbolismos, em cada ingrediente mais ou menos secreto, numa iguaria que é icónica e que é apetecível em qualquer outro continente. É um pitéu que está para os cabo-verdianos como o cozido à portuguesa está para nós e distingue-se entre cachupa rica, por ter vários

INFANTIL…PSICOLOGIA EM ALERTA AMARELO!

Muitas vezes assumido como um epicentro quando, de facto, é irrevogavelmente fulcral. A maioria dos atletas, ao ingressarem no mundo da compe-

DESPORTO…SUBBUTEO

É nostálgico e lúdico e, por mais anos que passem, mantem-se, claramente, de forma alusiva a um jogo que marcou a infância de algumas gerações, uma viagem “DeLoreana” (do “Regresso ao Futuro”) no recinto do CDOM. É uma modalidade que obriga a níveis de concentração bastan-

tipos de carne, e cachupa pobre, confeccionada com peixe. A diferença entre os dois géneros de cachupa deve-se ao facto de a “rica” conter carne, pouco abundante e cara, o que torna o prato mais dispendioso, e, assim, apenas acessível à população com mais meios. Mas isso é no continente africano. Nós, por cá, importámos esta deliciosa refeição, “rica” ou “pobre”, com mais ou menos calorias, sempre fiel ao conceito, nunca traindo o paladar, o olfato, a visão, numa magia gastronómica, numa viagem de explosões de sabores conterrâneos. Para Patrícia Samira, a proprietária do Grão e Salsa, “a cachupa é perfeita para promover o convívio e proporcionar um ambiente de alegria e de boa disposição. Onde há cachupa, normalmente há festa”. Brinda-nos com uma visita guiada, entre conversas, que despertam e apuram todos os outros sentidos, adormecidos ou não, já na mesa, com o feijão estufado, a galinha e os enchidos, quiabo, óleo de palma, couves e o pirão de mandioca ou de milho. Sem faltição, têm apenas um sonho: ganharem. Mas, na realidade, nem todos, por mais que se esforcem nos treinos, o conseguem. Existem diversos elementos que levam a isso e o mais importante é a genética, pois o atleta já nasce predisposto para ser um campeão e o treino serve para desenvolver toda a sua potencialidade. Claro que outros factores, como a alimentação e o repouso, são indispensáveis. O mais decisivo é a psicologia utilizada com o atleta, que tem que ser mentalmente forte e deve ser preparado desde o início. Mas um grande segredo, ou a chave, está no apoio familiar. O derradeiro objectivo do treino é o de potenciar o máximo rendimento. O treinador tem de te elevados e exige uma estratégia racional, confessa-nos o promotor, Nuno Miguel Silva, de 31 anos. Este jovem tem o objectivo de cativar cada vez mais pessoas, tendo em conta que este clube é o único com este desporto na parte oriental de Lisboa, uma zona extremamente rica em potenciais candidatos. Até à data, esta modalidade é100% subsidiada pelos atletas, com possibilidade de poder vir a beneficiar de alguns apoios em negociação com a JFPN para a aquisição dos materiais necessários ao jogo em si, como campos, balizas, estruturas de madeira para assentar os campos e cavaletes. A época teve início a 01/09/2015, aniversário do Clube com 4 elementos a rondarem os 40 anos e outros 4 com 25 anos. Dia 16 de Julho vai haver um torneio que decorrerá durante o dia todo, a partir das 9:30 h, no restau-

“Para Patrícia Samira, a proprietária do Grão e Salsa, “a cachupa é perfeita para promover o convívio e proporcionar um ambiente de alegria e de boa disposição. Onde há cachupa, normalmente há festa”. Brinda-nos com uma visita guiada, entre conversas, que despertam e apuram todos os outros sentidos, adormecidos ou não, já na mesa, com o feijão estufado, a galinha e os enchidos, quiabo, óleo de palma, couves e o pirão de mandioca ou de milho.” tar um dos ingredientes que preenche, afina e revela todos os outros, o gindungo, mais intenso para Homens de barba rija, menos acentuados para Homens imberbes. Sabia que é comum, no dia seguinte, em África, a cachupa ser refogada e servida com linguiça e ovo estrelado, como reforço de pequeno-almoço? Um Brunch? Muamba, Cachupa e

Caldo de Mancarra (Galinha com molho de amendoim e quiabo), por 7.50 €, são os principais pratos africanos servidos neste polivalente restaurante da zona Sul. Mais em www.facebook.com/graoesalsa, Alameda dos Oceanos 27 A, Telefone 21 139 1250.

“Os melhores atletas do mundo não diferem assim tanto fisicamente dos atletas de nível mais baixo, o que os diferencia são factores psicológicos. Estes sim fazem a diferença entre um campeão e um atleta normal. Mariana Mercedes, a campeã, o desporto, a família, os amigos e a adolescência.” preparar o desportista mentalmente para este conseguir ter um elevado desempenho sobre pressão, e ele não o conseguirá sem que tenha um grande apoio no seio da família. Os melhores atletas do mundo não diferem assim tanto fisicamente dos atletas de nível mais baixo,

o que os diferencia são factores psicológicos. Estes sim fazem a diferença entre um campeão e um atleta normal. Mariana Mercedes, a campeã, o desporto, a família, os amigos e a adolescência. (Continua edição 90/Julho/2016)

“Sabia que o último elemento a entrar na equipa foi o apresentador da RTP e jornalista, Jorge Gabriel, que é um aficionado desta modalidade? Apareçam, candidatos e fans, fica aqui este convite.” rante deste clube. Os treinos realizam-se todas as terças-feiras, das 19 às 21 horas. Sabia que o último elemento a entrar na equipa foi o apresentador da RTP e jornalista, Jorge Gabriel, que é um aficionado desta modalidade? Apareçam, candidatos e fans, fica aqui este convite. Mais em: https://www.facebook.com/CDOMoscavide/ Siga-nos em www.noticiasdoparque.com



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