Revista Notícias Matosinhos #18 - Janeiro 2019

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JUNHO

TRABALHADORES DO COMÉRCIO IMAGENS ALBERTO ALMEIDA

Quem são os Trabalhadores do Comércio? Os Trabalhadores são hoje um coletivo bem maior do que, originalmente, constituiu o embrião do projeto. São uma espécie de “família” onde cabem diversas tendências musicais, distintas formas de compor e escrever, variados estilos de execução instrumental e vocal e uma pitada de performance teatral com toque satírico. Os Trabalhadores criaram um estilo e uma linguagem com os quais mantêm uma atitude coerente face às mudanças de paradigma. Ao longo destes 38 anos, a banda passou por diversas formações, nas que sempre estiveram presentes diversos elementos fundadores, ainda que, em algum momento não participassem em eventos ou gravações. Desse extenso elenco fazem parte Álvaro Azevedo, João Medicis, Sérgio Castro, Miguel Cerqueira, Jorge Filipe, Pony Machado, Daniel Tércio, Daniela Costa, Diana Basto, Marta Ren, José Santos (já falecido), Isabel Ventura, Luisa Carvalho, Benedita Ribeiro, Ana Freire, Jorge Barros, Quim Pastel, Fiu. Como começou a vossa história? Essa estória está na História da banda, ou dos seus primeiros 10 anos, publicada em livro/CD com o genérico “Das Turmêntas Hà Boua Isperansa” que ainda se pode conseguir, 24

pelo menos através da nossa página de Facebook. Os detalhes são mais que muitos e a vossa revista transformar-se-ia num monográfico sobre Trabalhadores se os contássemos aqui e agora. Não queremos que isso possa suceder, pelo que convidamos os leitores a procurar o livro. Em que medida é que o Norte (neste caso o Porto) influencia o vosso trabalho? Provavelmente o sentido da pergunta deva ser o inverso. Nós estamos convencidos que foi o nosso trabalho que influenciou o Porto e o Norte em geral, eliminando em grande parte o complexo de inferioridade que parecia impedir este povo de assumir o seu sotaque e linguajar tão genuínos. Trabalhos como os editados pelo conjunto António Mafra, onde a originalíssima forma de cantar do Manuel Barros sobressaía, foram influências inestimáveis para todos e para nós em particular. Mas também as tradições Minhotas, Transmontanas e Beirãs, assim como as margens deste belo Douro que nos refresca toda a área metropolitana, foram outros tantos motes para muitas das nossas canções. Quais têm sido as vossas fontes de inspiração? Obviamente o nosso passado de músicos ligados ao Rock e JANEIRO 2019 |


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