Ano 2 | Nº 18 | Preço: 1,5€ IVA incluído
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O MELHOR DE 2018 | JANEIRO 2019
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DESTAQUES 24 JUNHO:TRABALHADORES DO COMÉRCIO FICHA TÉCNICA
26 JULHO:HOMENS DE BARBA RIJA!
32 MODA: NEON WINTER EXPLOSION
@NMMATOSINHOSREVISTA | JANEIRO 2019
Diretor: Francisco Samuel Brandão Diretor Adjunto: Mário Costa Editor: Emídio Brandão Coordenação: Catarina Silva Assistente de Direção: Sofia Costa Corpo Redatorial: António Souza-Cardoso; A. Cunha e Silva; Bernardino Costa; Carlos Marinho; Catarina Silva; Emídio Brandão; João Almeida; Joaquim Queirós; José Henrique Correia; José Carlos Oliveira; Paulo Gaspar; Prof. Dr. Júlio Pinto da Costa; Paulo Mengo de Abreu;Teresa Teixeira; Tiago Leão; Tiago Sá Pereira; Vítor Paiva; Soraia Costa Fotografia: Correia dos Santos e Ana Louro Design: Ana Louro Distribuição: Norberto Pereira Propriedade/Impressão: Gráfica Vilar do Pinheiro, Rua Do Castanhal, 2, Vilar Do Pinheiro, Porto Email: revista-nm@emibra.com Sede de Redação: Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Direção Postal: Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos Tlf. Geral: 229 999 310 Tlf. Redação: 229 999 315 Registo: ERC 127008 Depósito Legal: 428306/17 NIPC: 502 505 117 Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares Nota: O Estatuto Editorial encontra-se publicado na página de Internet www.facebook.com/nmmatosinhosrevista
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MATOSINHOS
O MÊS EM REVISTA
Por Francisco Samuel Brandão Num final de um ano que foi triste por se contabilizar muitas perdas de vidas em acidentes que podiam ser evitados, entre os quais se destacam os rodoviários em que os portugueses conseguem números de vítimas impressionantes e retratam, antes de tudo, a sua má educação nas estradas, facto que contribui para esta calamidade nacional, sendo que para mim não é desculpa o mau estado que é verdade – das estradas que somos obrigados a utilizar. A juntar a estes há, ainda, os que mais tarde ou mais cedo iriam acontecer e previamente sinalizados como é caso das pedreiras no Alentejo, que só é explicável pela ganância desmedida de quem
as explora, dando de barato os avisos feitos pelas autoridades na matéria e ignorando por completo a vida das pessoas. Agora, mais recentemente e que ainda está na cabeça das pessoas, um helicóptero que se perde vitimando quatro pessoas que tinham por missão de salvar gente, ao que parece, por falta de acompanhamento dos meios previstos para voos de aeronaves em condições de tempo adverso. Temos o exemplo dos incêndios no ano passado, e já este ano, que são uma praga e decorrem muitas vezes das grandes negociatas dos madeireiros que fazem da desgraça alheia o seu melhor terreno para fazerem fortunas, a que se associam as golpadas de particulares com os apoios a reconstrução das suas habitações. Pelo meio disto tudo temos ainda os bombeiros, que admiro, capitaneados pela múmia Jaime Marta Soares, que pela sua postura e “paixão” mais não demonstra do que a tentativa de preservar os interesses instalados que chocam frontalmente com os objetivos mais alargados e porventura mais adequados dos serviços da Proteção Civil, protagonizando declarações para comunicação social que raiam o ridículo por esconderem a sua verdadeira intenção que é manter-se
na ribalta a qualquer custo, o que para o bombeiro comum que “dá o litro” de borla esta personagem só baralha tudo. E com as vantagens inerentes! A justiça faz o seu caminho e bem, e está aí para resolver muitas dúvidas nas cabeças dos portugueses vítimas sempre de interesses que pairam em nuvens carregadas do “vil metal”. Milhões de palavras foram sempre denunciando a realidade das situações para as gentes, cada vez mais atentas, tomarem consciência do pântano em que se vive, mas, mesmo assim, permitem tão só que ciclicamente mudem – em alguns casos – os atores deixando intacta a mancha da podridão em que estes se movimentam. A NM também produziu, durante a sua existência, muita informação e opinião, não tanto como gostava, mas, foram também muitos milhões de palavras que ao longo dos anos foram disponibilizados aos seus leitores e amigos. Esta edição, premeia os melhores textos, por cada mês deste ano, produzidos pela redação, colaboradores e amigos que tiveram participação ativa na feitura desta publicação e que vão tendo a paciência “missionária” de cumprir uma vocação: escrever. A todos um Bom Ano Novo.
CRÓNICA
ABRIL
AGOSTO
SETEMBRO
PERFIL
DEZEMBRO
As ruas de Matosinhos na segunda metade do século XVIII
Cândido e Tiago Morais: uma vida dedicada à vela
Lista de 10 sinais de alerta para a Doença de Alzheimer e outras demências
Vítor Oliveira, das praias de Matosinhos a 2rei das subidas”
João Gonzalez
Italia, benvenuto a Matosinhos
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Rua Alfredo Cunha, 546 Telf.: 229 381 131 / 229 381 940 Fax: 229 384 766 4450 Matosinhos
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IMAGEM DO MÊS
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CRÓNICA
PROF. DOUTOR
JÚLIO PINTO DA COSTA
AS RUAS DE MATOSINHOS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII RUA DA PONTE DE LEÇA, LARGO DO AREAL E CASA DO CONDE S. SALVADOR (À ESQUERDA)
Não é um trabalho fácil reconstituir o mapa de Matosinhos em finais do Século XVIII, uma vez que não existe, dessa data, qualquer representação cartográfica conhecida. Tomaremos como base deste pequeno trabalho o esboço desenhado por João Augusto Neves Baptista (Dissertação de Mestrado, FLUP), que apresentamos junto ao texto. Não há dúvida que a via estruturante da localidade era a rua das Taipas e a sua continuação, a rua Direita. Hoje, em conjunto, formam a rua Conde Alto Mearim. Contudo, ao contrário de outrora, este já não termina no largo do Areal e, portanto, já não dá acesso ao rio Leça. A importância daquele conjunto de ruas derivava do facto de ser a passagem natural de Norte para Sul, ou vice-versa, ligando por isso o Porto a Leça da Palmeira, atravessando o rio Leça na Ponte dos Arcos. Mas era também a artéria onde moravam mais pessoas. A maioria dos seus habitantes, por essa altura, trabalhava em atividades relacionadas com o mar. Para nascente, viviam lavradores e caseiros. Para poente, o povoamento era escasso. Também era aí (ruas das Taipas e Direita) que se concentrava a maioria dos serviços (sapateiros, boticários, barbeiros, ferradores e cirurgiões). Como se pode verificar no mapa junto, a rua Direita desembocava no largo do Areal, ponto de confluência de di8
PRINCIPAIS RUAS DE MATOSINHOS EM FINAIS DO SÉC. XVIII
versas ruas: rua da Palha, rua Direita, rua do Burgal, rua do Matinho e rua da Ponte de Leça. Esta última, como a designação indica, dava acesso à Ponte dos Arcos. Contudo, aquele largo, por esta altura, era desabitado. A sua grande importância começaria já no dobrar do Século XVIII para o Século XIX. Foi aí que o conde S. Salvador construiu o seu palacete. Curioso é também saber que o largo do Ribeirinho era então designado por largo do Sol e o início da rua Dr. José Ventura chamava-se rua do Sol, que continuava através da rua Velha de Matosinhos, mais tarde chamada rua da Igreja. Só depois é que lhe puseram o nome daquele distinto médico. Outra rua que mudou de nome foi a rua
dos Loureiros, que passou a designar-se rua 1º de Dezembro. Voltando ao largo do Sol, a rua que descia em direção ao rio tinha o mesmo nome que hoje ostenta: rua de S. Roque, assim chamada porque na confluência com a rua Cardeal D. Américo (antiga rua do Paço) estava a capela com o mesmo nome (hoje está no cemitério de Sendim). No Século XVIII, a rua de S. Roque cruzava com a rua do Juncal (Juncal de Cima, hoje rua Brito Capelo), já próximo da rua de Santo Amaro e da capela com o mesmo nome. Esta última rua ligava ao lugar do Areal, junto à praia velha e à foz do rio Leça. JANEIRO 2019 |
EVENTOS
JOSÉ HENRIQUE CORREIA
ETERNA GRATIDÃO “Eterna Gratidão” é o 2º e último livro de Rosalina Azevedo, escritora Vilacondense. A autora apresentou a obra no passado dia 1 de dezembro na Biblioteca Padre Silva Lopes, na freguesia de Lavra, onde reside. Com uma apresentação do Padre Joaquim Moreira dos Santos, a tarde converteu-se num momento de cultura e afetos. Eterna Gratidão é um livro que retrata a vida, a busca pela felicidade e onde se encontra o verdadeiro significado da palavra Gratidão. E se para a autora “um livro deve ser escrito com a alma”, Eterna Gratidão é uma história de esperança e de um eterno amor ao próximo, que transporta o leitor pelo limite das emoções.
DRA. ODILIA SILVA, PADRE JOAQUIM MOREIRA E ROSALINA AZEVEDO
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PROFESSOR DE HISTÓRIA
UNIÃO DE ESPANHA E PORTUGAL? O ESCRITOR ANTÓNIO LOBO ANTUNES MOSTRA-SE FAVORÁVEL “É uma pena que Portugal e Espanha não sejam o mesmo país”. “António Lobo Antunes disse hoje o mesmo que José Saramago há onze anos provocando alguma emoção - exceto nas áreas de comentários de jornais que estão em crise -, enquanto em 2007 havia um enorme clamor, amplificados por políticos e comentadores “ . Nas colunas do jornal catalão La Vanguardia , Lobo Antunes, disse: “Eu não vejo muitas diferenças entre as pessoas da península. Nós somos o mesmo, temos o mesmo modo de reagir, mesmo se comermos melhor na Catalunha do que em Portugal. É lamentável que não sejamos um só e o mesmo país, todos ibéricos. Philip II da Espanha tinha o direito de ser o nosso rei, já que ele foi o grand-filho legítimo de Manuel I st de Portugal”. Eu também acho. Lembro que Saramago, já tinha dito mais ou menos a mesma coisa em 2007, aquando da sua vivência no “exílio político” em Lanzarote, no arquipélago das Ilhas Canárias: “Não tenho a pretensão de ser um profeta, mas acho que nós [Portugal e Espanha] eventualmente nos integraremos ”. O Prémio Nobel da Literatura de 1998 explicou que Portugal poderia perfeitamente tornar-se uma província espanhola: “Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, a Castela-Mancha e teríamos Portugal. A Espanha provavelmente deveria mudar o nome para Ibéria. Se a honra dos nossos cidadãos fosse ofendida, então a questão seria negociar “. Os nacionalismos exacerbados e patéticos não são saudáveis. No caso da Ibéria mais ainda, já que existem inclusivamente, fatores cultural e politico perfeitamente unívocos. Aliás, como diz Lobo Antunes, “só na província da Catalunha a comida é melhor”…francamente, eu acrescentaria uma das Universidades e o mais antigo dos jornais. Toda esta vontade recorda-me a magnitude da Península Ibérica nos finais do século XVI e primeira metade do XVII. “O srºAntónio acessor de Filipe VI” – a potencial temática a estudar. 9
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JANEIRO
ESCOLA DE SEGUNDA OPORTUNIDADE DE MATOSINHOS VENCE PRÉMIO MANUEL ANTÓNIO DA MOTA A Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos foi distinguida no início do mês de dezembro, em cerimónia no Palácio da Bolsa, no Porto, tendo o prémio sido entregue pelo Primeiro-Ministro António Costa. A Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos foi anunciada como a vencedora da 8ª edição do Prémio Manuel António da Mota 2017. O prémio no valor de 50 mil euros chega no mesmo ano em que a Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos - E2OM, uma instituição de formação única 12
em todo o país, celebra uma década de existência. O Prémio Manuel António da Mota, que este ano tinha como tema “2017 Por um Portugal com Futuro”, distingue instituições que se notabilizem por projetos desenvolvidos na área do combate à pobreza e à exclusão social das crianças, jovens e famílias. A E2OM chama a si os jovens que abandonaram a educação e formação, jovens vulneráveis, com baixas qualificações escolares e profissionais e em risco de exclusão social. Depois de frequentarem a E2OM, cerca de 90% dos jovens atendidos continua a estudar ou encontra emprego. JANEIRO 2019 |
PAULO MENGO ABREU PROFESSOR DE HISTÓRIA
O GIGANTE CHINÊS
Desta forma, a Escola responde ao grave problema nacional da elevadíssima taxa de abandono precoce em Portugal, que em 2016 era a quarta pior da União Europeia (um em cada 3 não completa o ensino secundário). A E2OM oferece uma nova oportunidade de formação que encoraja as aprendizagens dos jovens e aposta no desenvolvimento do seu potencial. A formação pela Arte desempenha um papel central no modelo da escola, conferindo-lhe características distintivas das outras ofertas de formação. O trabalho desenvolvido levou a que a ESOM fosse reconhecida como “Exemplar” pelo Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional, sendo distinguida como uma das 44 boas práticas europeias no uso da formação vocacional como resposta ao abandono precoce. A E2OM acolhe cerca de 70 alunos por ano, com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos. Muitos estiveram dois, três, quatro e mais anos fora da escola antes de ingressarem na E2OM. Desenvolve a sua atividade em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos, o Ministério da Educação e o IEFP, sendo a única escola de segunda oportunidade no país, representando Portugal na rede europeia de escolas de 2ª oportunidade (E2C-Europe). | JANEIRO 2019
Xi Jinping, Presidente da República Popular da China, representa o político que conjuga a capacidade intelectual, o pragmatismo, a sobriedade e a modernidade, de tal forma que a soma destas qualidades projeta com mais nitidez a imagem de uma nação mundialmente confiante e pujante. Todavia nem sempre foi assim, mostrando-nos a história um caminho longo e penoso desde a chegada de Mao ao poder, em 1949, passando pelo fracasso do “grande salto em frente” (tentativa de desenvolvimento simultâneo da agricultura e da indústria) que levou à morte, por fome, de dezenas de milhões de camponeses e a um natural descontentamento popular. A resposta foi dura e direta, sob a designação de “Revolução Cultural” catalisada pelos guardas vermelhos sob orientação ideológica do “livro vermelho”, tendo expurgado toda a oposição interna bem como os intelectuais e consolidado o poder de Mao até à sua morte em 1976. Um breve retrato desta época permite-nos percecionar que os dois gigantes comunistas “se digladiam” num contexto de plena “guerra fria”, sendo urgente dar resposta a um país maioritariamente agrícola, ainda que a miséria rural fosse evidente, e industrialmente atrasado. Aqui emerge a figura de Deng Xiaoping, apelidado de revisionista, preso durante a “Revolução Cultural” mas pragmático por convicção, “não importa que o gato seja branco ou preto, o importante é que cace ratos”. Em conformidade, lança o “Programa das quatro modernizações”- Indústria, Agricultura, Ciência e Técnica e Defesa. Daqui nascerão as Zonas Económicas Especiais em áreas costeiras, nas quais se pratica o livre comércio, com capacidade de atrair investidores externos (só em 1983 foram celebrados 188 contratos com empresas estrangeiras), novas indústrias e tecnologia de ponta. Este impulso trouxe milhões de camponeses para as grandes cidades retirando-os da miséria e permitindo, numa fase inicial, ténues melhorias nas suas vidas que entretanto se foram consolidando até aos nossos dias. Atualmente presente nos quatro cantos do mundo graças a investimentos maciços, exportando tecnologia e até turistas, coisa impensável há alguns anos atrás, é referência a ter em conta. Mas não havendo bela sem senão, falha redondamente na área dos Direitos Humanos, existindo um longo caminho a percorrer, começando no que aos seus naturais concerne e acabando no Tibete. Acredito que seja ainda um caminho longo mas algo me diz que Xi Jinping será o estadista da viragem. A seu tempo veremos. 13
FEVEREIRO
O “DESPORTIVO DE LEÇA” CONTINUA A FORMAR JOVENS PARA O BASQUETEBOL NACIONAL IMAGENS CLÁUDIO GOMES
Foi há 46 anos que tudo começou. Estávamos em 1972 quando um grupo de pessoas pertencentes à secção de basquetebol do Leça Futebol Clube, descontentes com a situação que a modalidade vivia, decidiu criar um novo clube. O Grupo Desportivo de Basquete de Leça (GDBL) ou Desportivo de Leça, como é carinhosamente conhecido, nasceu a 1 de junho, com sede no rés-de-chão direito, do número 784 da Rua Direita. António Lima foi o primeiro presidente do clube, António Castanheira, António Rocha e Costa, Augusto Almeida e Rui Almeida completavam os restantes cargos dos órgãos sociais. Ainda em 72, surgiu a primeira equipa 14
sénior de basquetebol masculino. Assim como a fundação do clube surgiu de uma rutura de antigas personalidades ligadas ao Leça, também a escolha da cor vermelha surgiu como oposição ao verde. Nos anos 70, viviam-se anos de enorme rivalidade entre Sport Lisboa e Benfica e Sporting, e, sendo o Leça representado pela cor verde, optou-se pelo vermelho para o Desportivo. Apesar do principal foco ser no basquetebol, o clube revelou-se noutras vertentes ecléticas e chegou mesmo a desenvolver outras atividades desportivas, como o voleibol, o xadrez
e o ténis de mesa. Apesar do sucesso desportivo do voleibol, que conseguiu atingir a Primeira Divisão e vencer diversos títulos nos escalões abaixo, assim como o sucesso cultural que as restantes modalidades trouxeram na união e recriação das pessoas na sede do clube, a falta de espaços para agregar todas estas modalidades, acabou por levar à extinção das mesmas. Presente: Formação de jovens atletas Nos dias que correm, apenas o basquetebol subsiste. O Desportivo de Leça continua a focar o trabalho na formação de jovens atletas. Esta é a principal vertente de um clube que agrega
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EQUIPA SUB-16F
todos os escalões de formação, como nos confirma Jorge Guerra Soares, atual presidente do clube, “a principal filosofia do clube é desenvolver crianças desde a categoria dos babies, tanto do sexo masculino como feminino, na modalidade”. O projeto da equipa sénior, que atualmente se encontra no CNB1 (Primeira Divisão Portuguesa de Basquetebol, referente ao terceiro escalão nacional) mas que já competiu na principal divisão do basquetebol português e na Proliga, “vive com base na paixão dos atletas na prática da modalidade”. “Nós não compramos jogadores nem lhes pagamos para jogar e, como tal, temos sempre esse handicap que, aliado a questões financeiras e ao próprio projeto do clube, andamos sempre entre a Proliga e o CNB1”. Paulinho Patelas é um dos nomes que surge como referência do clube, aquando da passagem pelo principal escalão do basquetebol nacional. Mas, como clube de referência de formação, o maior feito foi a conquista da Taça Nacional de Masculinos Sub-18, a 28 de maio de 2010. Foram vários os atletas que chegaram a representar as cores da Seleção Nacional enquanto jogadores do Desportivo de Leça e que continuam a jogar nos dias de hoje nas principais equipas do basquetebol português. Carlos Cardoso (atualmente jogador do Illiabum Clube da Liga Portuguesa de Basquetebol Placard), Hugo Sotta (a atuar no Sport Clube Lusitânia, também da Liga Portuguesa de Basquetebol Placard), Pedro Meireles, Nuno Amorim e Ed| JANEIRO 2019
PALMARÉS DO DESPORTIVO DE LEÇA.
gar Ribeiro são alguns dos atletas que atingiram o feito de se tornarem internacionais por Portugal, aquando da passagem pelo Desportivo. Um outro nome é Tiago Gavina. Formou-se no clube entre 1996 e 2015, com um interregno de dois anos pelo meio, tendo sido campeão distrital de sub-14 e vencedor do Interassociações de sub-16 pelo clube. Atualmente com 26 anos e a jogar na equipa do Colégio Luso-Internacional do Porto (CLIP), o internacional português por 16 vezes, relembra a passagem pelo Grupo Desportivo
de Leça com “saudade dos colegas de equipa e das amizades criadas na passagem por cada escalão”. “É um clube que tem a grande vantagem de receber bem as pessoas e de acarinhar logo aqueles que vão pela primeira vez a um treino, o que faz com que qualquer um queira voltar para o próximo treino, seja criança ou mais velho”. Sobre um eventual regresso, não passa pela cabeça de Gavina regressar já, embora não seja uma possibilidade posta de parte no futuro, dado que o “Desportivo é o clube do coração”.
NUNO FERREIRA Vogal, PAULO LIMA PEREIRA Vogal, JORGE GUERRA SOARES Presidente, RUI PEDRO RAMOS Tesoureiro, JOSÉ MARIA OLIVEIRA Vogal, DOMINGOS LOURENÇO Vogal 15
clube. Por outro lado, as mensalidades dos atletas, o pagamento de quotas pelos associados e alguns patrocínios são as principais fontes de rendimento do clube. Deste modo, consegue-se fazer frente às despesas referentes a deslocações, inscrições das equipas, alugueres de pavilhões, custos com organizações de jogos, equipamentos e as demais que possam surgir.
EQUIPA SUB-16FM
TEMOS O SONHO DE CONSTRUIR UM PAVILHÃO PRÓPRIO PARA O CLUBE Jorge Guerra é um presidente que fala apaixonadamente do clube que preside, condição, aliás, partilhada pelos restantes membros da direção. Defende que, para chegar a patamares mais elevados no escalão sénior, as bases de treino e desenvolvimento de jogadores são o mais importante. “Tentar que os jogadores da formação sejam cada vez melhores, assim como as condições de treino, e que os atletas acabem por permanecer mais tempo na equipa”. Atualmente, as equipas do Desportivo de Leça espalham as raízes por diversos pavilhões, sendo eles o da Bataria, o dos Congressos e a Escola Básica 2,3 de Leça da Palmeira. Contudo, são mais de 200 atletas que representam o clube, o que leva a uma enorme saturação dos espaços desportivos na freguesia, visto que existem mais equipas das mais diversas modalidades, a utilizar os pavilhões. A título de exemplo, o Pavilhão da Bataria é dividido em três partes na maioria dos treinos, albergando a equipa de basquetebol do Desportivo, assim como outras equipas de 16
várias modalidades, no mesmo espaço, ao mesmo tempo. Deste modo, torna-se mais complicada a maximização da rentabilidade dos treinos e do desenvolvimento dos atletas. Mas de que vive o Desportivo de Leça? Por um lado, a Câmara Municipal de Matosinhos e a Junta da Freguesia de Matosinhos Leça providenciam apoios, através de fundos, para a continuidade e desenvolvimento do projeto. O desenvolvimento das condições de formação, a aquisição de carrinhas para transportar os atletas até aos jogos e as obras na atual sede do clube, localizada no número 99 da Rua Moinho de Vento, em Leça da Palmeira, são alguns dos exemplos de apoios recebidos pelo
Atualmente, o Desportivo de Leça, cujas instalações da sede foram inauguradas em janeiro de 2018, é responsável pela organização de dois torneios com forte expressão internacional. Por um lado, o Torneio Internacional do Farol, compreendido nas idades de sub-14, que vai já na 12º edição e que contou com presenças de Real Madrid, Barcelona, assim como equipas de Inglaterra e Israel. Por outro lado, o Convívio Internacional de Basquetebol José Lopes, que conta com mais de 200 participantes, anualmente. Um clube que se tornou uma referência da região e que continuará a formar jovens no futuro.
NO ESCALÃO SÉNIOR, A NOSSA POLÍTICA PASSA POR TER JOGADORES QUE PRATIQUEM E TREINEM POR AMOR À MODALIDADE E NÃO POR DINHEIRO
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MATOSINHOS…A BORDO DO TEMPO
PROFESSOR
A. CUNHA E SILVA
UM LIVRO DE VAGUEAR PELO PORTO.
Carago!!! Com um livro assim, apetece gatinhar, ser embalado no berço, ter gripe com febre alta, apanhar o sarampo, calçar os chuzes cardados, andar de patins, ouvir os ardinas nas esquinas, chamar pelos avós e tomar às colherinhas o óleo de fígado de bacalhau. Com este livro de vaguear pelo Porto, apetece ir ao Café Diu, passear na Rua das Flores, ir à Flor dos Congregados beber um traçadinho, fazer chichi nas calças, comer um prego, sentar no banco de jardim mais próximo a ouvir um rádio de pilhas. Como terapia tripeira, cada página deste livro pode ler-se esticado ao comprido nas areias da praia ou comodamente sentado numa cadeira, manhosa e esbotenada, num tasco tipo “comes e bebes” ou casa de pasto. Contam-se neste livro alguns episódios do tempo do “era assim a vida” e, para os pobres, “come, que logo bebes”. Por isto, no contexto deste livro de vaguear pelo Porto, pode e deve beber-se um copo, tirar retratos, ter afetos, experimentar sabores e saberes ou até | JANEIRO 2019
lapsos de memória. Mas, se estiver calor, não deixe de beber uma cerveja ou um bagaço, um Martini com gelo ou um licor Beirão. Em todo caso, se o calor apertar será melhor saborear um mazagran, uma água Castello com rodela de limão… ou aquilo que estiver mais à mão. Carago!, vá ao Porto!!! Aconselho que viaje de elétrico nas entrelinhas e, nas linhas das quadrículas dos antigos passeios em cimento, deslize num carrinho de rolamentos. Faça como eu, não deixe para amanhã o que deve fazer hoje e planeie, hoje mesmo, uma visita ao Porto. Vá pelos seus dedos em cada página deste livro. Se tiver dúvidas, vá por mim porque li o livro inteirinho, quero dizer, do princípio ao fim. Vá ao Porto, carago!!! Vá ao Porto no memorial do António Lóio ao Largo dos Lóios, e à Praça Guilherme Gomes Fernandes onde o pai do autor teve uma loja de cortinas. Mas, se preferir ler este livro sem desalapar do sofá – ou sentado, o que é a mesma coisa – à espera de boleia no
Cadillac ou de mota (como passagens do livro) faça isso, não hesite, porque sempre é melhor ir de cu tremido ou de tim-tim à Lapa. O melhor caminho é descer os Clérigos, ir à ponte D. Luís, passear na Ribeira ou na Rua da Madeira, se quiser desenferrujar o prego. Não diga que não, carago!, não diga que nunca fez isso… Na sombra da rua ou na claridade da lua, quero vê-lo a vaguear com este livro na mão pelo Jardim do Carregal ou no de São Lázaro, nem que seja só para armar, penteado à Tony Curtis! Disse o poeta Alexandre O’Neill que o melhor da vida é “Ir e voltar”. Desejo que o leitor vá pelo passeio onde bate a sombra e volte sombreado, com uns nèguinhos (copos de vinho), depois de ter homenageado o autor António Lóio. Nas fraldas deste livro de vaguear pelo Porto cheira a cidreira e a manjerico, e aqui-àtrasado até fui ao Porto em busca destes cheiros… Acabei a comer pataniscas e bolinhos de bacalhau. Louvado seja!
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MARÇO
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PEDRO COUTO SOARES, MÉDICO
O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE É INDISPENSÁVEL, É UMA DAS MAIORES CONQUISTAS DO 25 DE ABRIL IMAGENS CORREIA SANTOS / ULS MATOSINHOS
Pedro Couto Soares enveredou por medicina por gosto e há mais de 30 anos que exerce esta função, na especialidade de medicina geral e familiar. Atualmente é coordenador de uma das unidades de saúde familiares do concelho, a USF Oceanos, e esteve envolvido no processo de reconversão neste novo modelo organizativo. Em entrevista à Notícias Matosinhos falou sobre o processo de reconversão em unidades familiares, de alguns dos assuntos atualmente em debate no setor da saúde e dos principais desafios de um sistema que considera essencial, o Serviço Nacional de Saúde. Notícia Matosinhos (NM): Como decidiu seguir medicina?
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Pedro Couto Soares (PCS): Venho de uma família numerosa e o meu pai era médico, embora eu seja o único filho médico. Deve ter tido alguma influência, com certeza, o facto de o meu pai ser médico, mas sempre gostei. Fui para o curso por gosto. E sempre pensou em trabalhar no serviço público? Eu também faço medicina privada, mas sempre pensei em seguir o serviço público. Numa carreira privada, que ponha totalmente de lado o serviço público, não se tem patrão, é-se patrão de si próprio. A medicina sempre foi feita com os dois setores, público e privado, a par.
Como se encontra organizada a unidade de saúde familiar? Desde que foi criado o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que temos centros de saúde distribuídos por áreas ou freguesias. Em 1977, se não estou em erro, foi feito o decreto-lei do regime remuneratório experimental, que no fundo é precursor das unidades de saúde familiares. Nós, USF Oceanos, candidatamo-nos a esse regime remuneratório experimental, que previa um vencimento diferenciado consoante trabalho. Os funcionários públicos em cada categoria ganham o mesmo, quer produzam muito ou pouco. O regime remuneratório experimental tinha uma componente de vencimento fixa e o resto era estabelecido em função dos
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resultados da produção. Esse serviço evoluiu depois para unidades de saúde familiares. Aqui em Matosinhos temos a USF Oceanos, a USF Horizonte e outra unidade de saúde, que abarcaram todos os utentes do centro de saúde de Matosinhos. Há uma certa autonomia, relativa, em termos organizacionais. Matosinhos foi um dos primeiros concelhos a organizar-se em unidades de saúde familiares. Foram vanguardistas nesta área… Fomos. Basta dizer que em Matosinhos havia dois grupos do regime remuneratório experimental, sendo que no total eram 20 no Grande Porto. Quer dizer alguma coisa. Quem estivesse nesse regime transitava automaticamente para as unidades de saúde familiares. Nós começamos em 2000 e só em 2008 o decreto das unidades se concretizou em termos de organização. A USF Oceanos tem conseguido cumprir os objetivos previstos por este novo modelo de organização? Desde 2008 para cá que esta USF atingiu várias vezes. Houve anos em que não atingimos, mas na maior parte dos anos tivemos direito aos incentivos. Esta organização permite uma maior integração entre os diferentes serviços de saúde e o hospital? Aqui, em particular, existe a Unidade Local de Saúde de Matosinhos, que congrega numa entidade única o hospital e os centros de saúde. Só existem mais duas ou três a nível nacional. Acho que é mais fácil haver cruzamento de
informação e colaboração entre profissionais se estivermos todos ligados numa entidade. É coordenador desta unidade desde a altura da sua abertura. Como descreve esta função? Fundamentalmente passa por tentar conseguir que a equipa funcione, que haja harmonia e bom ambiente de trabalho. No fundo é congregar os esforços. É mais que isso, há mais coisas para fazer, mas o papel fundamental de um coordenador é tentar que as coisas funcionem.
TODAS AS PESSOAS DEVIAM TER UM MÉDICO E ENFERMEIRO DE FAMÍLIA. Quantos utentes têm nesta unidade no momento? PCS: Neste momento são cerca de 16 mil utentes. É possível identificar os serviços mais procurados? Acho que todos no geral. Há dois tipos de consulta: a consulta programada de vigilância, em que fazemos vigilância dos utentes, dos doentes crónicos, das grávidas e dos grupos vulneráveis e de risco, como as crianças. São situações de prevenção da doença, de vigilância. E depois há as situações agudas, curativas, que surgem no próprio dia.
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS
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A medicina evoluiu muito no sentido preventivo. Sim, cada vez mais fazemos prevenção. Acho que por uma questão de mentalidade da população e do próprio serviço. As pessoas hoje estão muito mais mentalizadas para a questão da prevenção. Falando agora da situação da epidemia de gripe que o país atravessou recentemente… Que é anual. Mas que este ano, talvez em parte pela divulgação da comunicação social, foi mais falada e gerou algum alarme. A comunicação social é importantíssima, mas é aquilo que se chama um pau de dois bicos. Eu tenho para mim que estas notícias do caos das urgências assustam imenso a população e fazem com que vá mais às urgências. Porque as pessoas têm medo de morrerem, o que é natural, e se têm uma pontinha de febre calculam que deve ser gripe do pior e vão para as urgências. Isto passa-se com a saúde como com os incêndios, por exemplo. Para mim, passar imagens dos incêndios na televisão repetidamente é incentivar os pirómanos. Eu acho que a gripe deste ano foi como os outros anos, aqui não sentimos nada do outro mundo. Relativo ao estado da saúde pública em Portugal e ao número de profissionais em funções, qual é a sua opinião? O SNS é indispensável, é uma das maiores conquistas do 25 de Abril. Aquela onde as pessoas ganharam mais. Para mim é impensável destruí-lo, ele tem que ser acarinhado, fomentado e melhorado. Todas as pessoas deviam ter um médico e enfermeiro de família. Neste momento penso que ainda há 10% da população sem médico de família. Se é porque não há médicos de família que cheguem, então são precisos mais médicos. E eu julgo que sim, que são precisos mais médicos. Até porque as nossas listas de utentes estão demasiado pesadas, deviam ser reduzidas. Mas primeiro temos que dar médico às pessoas que ainda não têm e depois estruturar de forma a reduzir gradualmente o número de utentes por médico de família. Há que acarinhar o SNS, compensar devidamente os profissionais e alargar o número de profissionais. Isso tenho para mim como certo.
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ABRIL
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Cândido Morais, com 54 anos, pratica agora vela por lazer, mas a sua história começa há 47 anos atrás. O avô materno era piloto na Barra de Leixões e levava-o, sempre que possível, na lancha dos pilotos. Diz que foi precisamente nessa altura que começou a gostar do mar. O gosto particular pela vela surgiu aos seis anos de idade devido a um tio que praticava a modalidade na Mocidade Portuguesa. Nesse tempo a legislação não permitia a prática da vela a crianças com menos de 8 anos, o que fez com que o ‘Pescada’, como é conhecido entre amigos e familiares, cumprisse o seu desejo apenas em 1971, altura em que entra para a Mocidade Portuguesa. Em 1975, pós 25 de abril, termina a Mocidade Portuguesa e é criada a Direção Geral de Desportos. Foi aí que começou na vela ‘a sério’. Participou em várias competições, nacionais e internacionais, e em várias classes, mas afirma convicto que a classe laser foi sempre a sua classe mais forte. Nunca foi campeão nacional
CONQUISTAS • 5 vezes campeão nacional • 16º posição no Camp. Mundo 2006 • Top 20 no europeu de 2007/ 2008 • Participação no Camp. Mundo da Juventude (Jogos olímpicos para juniores) • Várias vitórias em provas nacionais e internacionais. Classe Snipe: • 2 vezes campeão nacional Equipa com Tiago Roquette •Campeão Ibérico Equipa com André Sá Coutinho •Vice-campeão europeu em 2014 Equipa com Tomás Pires de Lima •2º classificado Copa españa 2016 Equipa com Diogo Pinto Match Racing: •Campeão nacional em 2013 Equipa com Diogo Barros, Diogo Couto e Frederico Campos Vaurien: •Campeão nacional Junior Equipa com Afonso Leite
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TIAGO MORAIS
mas andou sempre perto do pódio. Participou num campeonato brasileiro em 1994. Teve a oportunidade de fazer uma prova muito conhecida mundialmente, as Regatas Vasco da Gama, de snipes, que ficou marcada na sua memória por ser uma prova importantíssima que trazia gente de todo o mundo. Em meados de 2000, deixou a competição. E como filho de peixe sabe nadar, e neste caso, sabe também velejar, Tiago Morais com apenas 27 anos já detém um vasto leque de vitórias e participações nacionais e internacionais. Aos seis anos começa uma paixão que resulta da combinação entre o desporto praticado pelo pai e o convívio no restaurante do clube de vela. Foram estes dois fatores que contribuíram para o surgimento de um interesse que ganhou asas para voar mais alto aos oito anos, após perder todos os medos que sentia. Traçou um percurso, criou os seus próprios objetivos: fazer da vela vida a nível olímpico e, futuramente, profissional. E assim foi. Tiago explicou que isto que lhes corre nas veias acabou por ser um negócio de família, que esteve sempre ligada ao projeto. Projeto que envolve o cunhado João Ribeiro, treinador, e o primo Alexandre Soares, treinador também, mais conhecido como o ‘Pescadinha’. E sim, Tiago Morais também ganhou a sua alcunha, o ‘Pescanova’. Relativamente a regras-chave, segundo ambos, não as há. O que é realmente importante é o número de horas passado a praticar a modalidade pois é
QUEM QUISER PRATICAR VELA ONDE E COMO PODE FAZÊ-LO? Dependendo do local escolhido para a prática (rio ou mar) a idade ideal para uma criança começar é dos 6 aos 8 anos. Existem várias academias e qualquer pessoa, dos 8 aos 80, pode praticar e entrar em competições BBDouro; Sport Clube do Porto; Clube Naval de Leça, são algumas academias de referência a nível nacional. “Saber nadar facilita mas a modalidade é totalmente segura, são usados coletes salva-vidas e estão sempre acompanhados por um monitor. Não são necessários testes físicos. Basta vontade de aprender!” TIAGO MORAIS
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CM NUNCA PRATICÁMOS A MODALIDADE EM CONJUNTO… ALIÁS FIZEMOS UM CONTRA O OUTRO! (RISOS) POR ACASO ESTOU À ESPERA DE UM CONVITE DO FILHO (RISOS). TM FICAMOS EMPATADOS… CM ELE GANHOU-ME! (RISOS) NA PRIMEIRA REGATA GANHEI EU MAS DEPOIS ELE DEU-ME UMA TAREIA.
Em 2007 fomos a África do Sul juntos e numa visita ao Cabo da Boa Esperança tivemos um problema com uma carrinha que nos emprestaram e tínhamos o avião passado 3 horas, com macacos a atravessarem-se na estrada! Não conseguíamos sair dali! Tivemos de ir a uma oficina resolver aquilo e depois apanhar um táxi para conseguirmos chegar a tempo de apanhar o avião! TIAGO MORAIS
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um desporto difícil com muitas variáveis que estão em constante alteração como o vento, as correntes, a ondulação. Mesmo conhecendo as condições e a zona, tudo pode mudar a qualquer momento tornando o desporto mais complexo. Dependendo de classe para classe, a parte física começa a ser importante. “Hoje em dia já não chega ser só velejador, é preciso ser atleta!”, assegurou Tiago Morais acrescentando que a parte emocional também conta muito, “porque nós por dia somos capazes de ter duas ou três provas e se a primeira correr mal, temos de ser emocionalmente fortes para prosseguir para as outras.” CÂNDIDO MORAIS
EM MATOSINHOS “Eu acho que a vela já teve mais importância, não só em Matosinhos como a nível nacional. Eu falo por experiência, sou leceiro, e nestes 15 anos que eu tive de alta competição sempre tive bastante apoio da Câmara Municipal de Matosinhos (CMM) a nível pessoal mas também sabia que havia apoio da CMM nos clubes. Agora é menor, fruto da situação económica que vamos vivendo, mas nós somos uma terra de tradição, não só pelos pescadores mas porque fomos sempre virados para o mar, e acho que nos encontramos num momento crescente. Já temos campeões como os irmãos Costa, Diogo Costa e Pedro Costa que há dois anos foram campeões do mundo de 420 e que lutam agora por uma vaga nos jogos olímpicos de Tóquio em 2020. Por outro lado, que é o que me deixa mais triste, é que sinto que há falta de profissionais na área para que os clubes funcionem, ou seja, acho que estão numa gestão corrente/diária e é por isso que ali, na Marina de Leça, se veem cada vez menos barcos. Esta aí o pedido para termos o desporto mais regular na cidade, profissionalizar os clubes e termos pessoas profissionais atrás dos clubes que depois vão trazer o devido retorno a todos.” TIAGO MORAIS
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A MINHA MÃE DEU-ME ESSA ALCUNHA PORQUE EU ANDAVA NA VELA E NA ALTURA NÃO GOSTAVA DE PEIXE! COMEÇOU POR ME CHAMAR O ‘PESCADINHA’ PORQUE EU ERA MUITO FRANZINO E DEPOIS, À MEDIDA QUE FUI CRESCENDO, PASSOU PARA O ‘PESCADA’. CÂNDIDO MORAIS
CÂNDIDO MORAIS
E por entre ondulações, pai e filho escolheram locais diferentes na hora de decidir qual o sítio onde mais gostaram de velejar. Para Cândido Morais foi o Douro. Realizou muitas provas pela Régua e Caldas de Aregos e é a paisagem com tudo o que a envolve que o
fez dar a resposta de imediato, quase sem pensar. Para o filho foi uma escolha mais difícil, mas neste momento um dos sítios que mais lhe dá prazer velejar é Palma de Maiorca, não pela paisagem, mas porque consegue oferecer boas condições meteorológicas o ano todo. JANEIRO 2019 |
MAIO
PRÉMIO FERNANDO TÁVORA: ISA.CLARA NEVES CONQUISTA GALARDÃO POR UNANIMIDADE IMAGENS CMM | TEXTO TERESA TEIXEIRA
“Abordagem científica ao projecto de arquitectura: desde as racionalidades modernas. Entre Europa e Estados Unidos da América” é o título da proposta vencedora. Isa.Clara Neves é doutorada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Trabalhou com Eduardo Souto Moura, fundou a revista Nexus e é autora de vários artigos em diferentes publicações. A trabalhar atualmente na sua investigação de pós-doutoramento, a arquiteta junta este ano ao seu currículo a conquista do prémio Fernando Távora. A cerimónia de anúncio da 13ª edição do certame teve lugar no passado dia 5 de abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Este ano, o júri do prémio foi constituído por José Gomes Fernandes e Carlos Prata, Nuno Sousa, em representação da Ordem dos Arquitetos Secção Regional Norte (OASRN), Benedita Sequeira Pinto, neta de Fernando Távora,
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e pelo investigador Manuel Sobrinho Simões. A proposta de Isa.Clara Neves, que granjeou unanimidade entre o júri, visa “contribuir para a construção de uma visão crítica acerca da influência da tecnologia computacional na disciplina”, conforme descrito pela própria arquiteta. O prémio atribuído a arquiteta foi uma bolsa no valor de 6000 euros, que se destina a financiar a etapa da viagem do projeto. O resultado será apresentado no dia 1 de outubro, Dia Mundial da Arquitetura, numa conferência na Câmara Municipal de Matosinhos. O prémio Fernando Távora foi criado em 2005 e é organizado pela OASRN em parceria com a Câmara de Matosinhos e a Casa da Arquitetura. Nas palavras dos organizadores, este concurso destina-se a celebrar o espírito do arquiteto, que sempre valorizou a viagem como uma componente essencial da investigação arquitetónica. 23
JUNHO
TRABALHADORES DO COMÉRCIO IMAGENS ALBERTO ALMEIDA
Quem são os Trabalhadores do Comércio? Os Trabalhadores são hoje um coletivo bem maior do que, originalmente, constituiu o embrião do projeto. São uma espécie de “família” onde cabem diversas tendências musicais, distintas formas de compor e escrever, variados estilos de execução instrumental e vocal e uma pitada de performance teatral com toque satírico. Os Trabalhadores criaram um estilo e uma linguagem com os quais mantêm uma atitude coerente face às mudanças de paradigma. Ao longo destes 38 anos, a banda passou por diversas formações, nas que sempre estiveram presentes diversos elementos fundadores, ainda que, em algum momento não participassem em eventos ou gravações. Desse extenso elenco fazem parte Álvaro Azevedo, João Medicis, Sérgio Castro, Miguel Cerqueira, Jorge Filipe, Pony Machado, Daniel Tércio, Daniela Costa, Diana Basto, Marta Ren, José Santos (já falecido), Isabel Ventura, Luisa Carvalho, Benedita Ribeiro, Ana Freire, Jorge Barros, Quim Pastel, Fiu. Como começou a vossa história? Essa estória está na História da banda, ou dos seus primeiros 10 anos, publicada em livro/CD com o genérico “Das Turmêntas Hà Boua Isperansa” que ainda se pode conseguir, 24
pelo menos através da nossa página de Facebook. Os detalhes são mais que muitos e a vossa revista transformar-se-ia num monográfico sobre Trabalhadores se os contássemos aqui e agora. Não queremos que isso possa suceder, pelo que convidamos os leitores a procurar o livro. Em que medida é que o Norte (neste caso o Porto) influencia o vosso trabalho? Provavelmente o sentido da pergunta deva ser o inverso. Nós estamos convencidos que foi o nosso trabalho que influenciou o Porto e o Norte em geral, eliminando em grande parte o complexo de inferioridade que parecia impedir este povo de assumir o seu sotaque e linguajar tão genuínos. Trabalhos como os editados pelo conjunto António Mafra, onde a originalíssima forma de cantar do Manuel Barros sobressaía, foram influências inestimáveis para todos e para nós em particular. Mas também as tradições Minhotas, Transmontanas e Beirãs, assim como as margens deste belo Douro que nos refresca toda a área metropolitana, foram outros tantos motes para muitas das nossas canções. Quais têm sido as vossas fontes de inspiração? Obviamente o nosso passado de músicos ligados ao Rock e JANEIRO 2019 |
criam melodias ou temas instrumentais completos aos que, posteriormente, se lhes adiciona uma letra. Qualquer processo é válido.
DISCOGRAFIA •Trip’s à Moda Do Porto LP, PolyGram, 1981
•Na Braza
LP, Polygram, 1982
•Mais Um Membro P’ra Europa LP, TDB, 1986
•Trabalhadores do Comércio Compilação, Polygram, 1989
•Sermões a Todo o Rebanho LP, PolyGram, 1990
•O Milhor dos Trabalhadores do Comércio Compilação, PolyGram, 1995
•O Milhor dos Trabalhadores do Comércio+2 Compilação, PolyGram, 1996
•Iblussom
2CD, Farol/TDB, 2007
•Das Turmêntas Isperansa
Hà
Boua
CD+livro, TDB, 2011
ao Blues, as influências do Jazz e da Música Progressiva que escutávamos ou chegámos a praticar e, afinal, essa abertura que nos impusemos desde o início, estão na origem da diversidade de sonoridades que temos gravadas. De Alfredo Marceneiro a Frank Zappa, para nós, qualquer influência é válida. Creio que uma boa jantarada, um filme de longa-metragem ou uma viajem por terras do Douro, podem dar um belo guião para uma nova composição. Mas também há canções de amor e de desamor ou até de “dor de corno”. Da mesma forma, e porque estamos atentos ao que se passa no mundo, a imigração, a emigração, o massacre e a miséria estão presentes. Somos conscientes, somos gente de bem. Como é o processo de criação das vossas músicas? Pode-se fazer uma canção de muitas maneiras e por muitos motivos. Recentemente escrevemos um hino para uma associação desportiva. Entregaram-nos uma letra e construímos uma melodia e uma harmonia para a suportar. Muitos temas são construídos a partir de uma ideia escrita. Muitas palavras já trazem música ou, pelo menos ritmo. Os “rappers” e “hip-hoppers” são um bom exemplo disso. Mas há momentos, principalmente coletivos, em que se | JANEIRO 2019
Em Matosinhos e no Grande Porto onde costumam dar concertos? Pois o último concerto que demos no Grande Porto foi a 23 de Junho de 2017, na Avenida dos Aliados e perante um mar de gente que nos recebeu de braços abertos. Um concerto memorável, pelo menos para nós. Infelizmente – ou se calhar não – não temos um “manager”, mas a verdade é que tocamos pouco ou, pelo menos, muito menos do que gostaríamos. O último concerto de Matosinhos ocorreu a 4 de Maio de 2013 na alameda da praia na noite em que – dizem – até os extraterrestres nos vieram ouvir. Há anos que nos prometem um recital no Auditório Constantino Nery, mas nunca acontece: santos da casa...! Têm concertos agendados para este ano? Temos, mas realmente são poucos. Ou, pelo menos, muito menos do que gostaríamos e mereceríamos. A questão é que não passamos na rádio “mainstream”, não estamos na moda e não temos o apoio dos media. Para estes últimos somos uma espécie em vias de extinção que lhes serve para preencher programas sobre dinossauros e fenómenos paranormais. Projetos em desenvolvimento ou projetos para o futuro, existem? Quais? Nesta altura do campeonato já não se fazem projetos. Ou se executam as ideias ou o tempo as apaga como as ondas do mar apagam a pegadas que deixamos na areia. Temos quantidade de temas que podíamos gravar e sacar novos discos. Mas, para quê, se o pagode ainda nem sequer ouviu os dois últimos com a atenção devida?! No dia em que o pessoal perceba que o “Iblussom”, que foi talvez o álbum mais vendido em 2007 – e só vendeu 6 mil cópias – esgotou e já não se pode encontrar no mercado, entenderá que algo não vai bem na divulgação da música feita em Portugal. Um disco com colaborações incontornáveis dos Vozes da Rádio, do Rui Veloso ou do Berg, com uma produção esmerada do Nuno Meireles e dos Trabalhadores e com uma sonoridade realmente diferente, devia ter merecido outro tratamento da parte dos meios de comunicação. Ainda assim as críticas foram excelentes. Já estiveram presentes em festivais de referência? Quais? SuperBock, Vilar de Mouros, Paredes de Coura, Delta Tejo...? É isso? Festivais de referência? Para quem? No Delta Tejo de 2008 havia uma foto gigante dos Trabalhadores que se via desde o outro lado da ponte 25 de Abril. Mas isso era assim porque o Montepio queria que fosse e pagou para tal... Percebem? É tudo uma grande tanga... Já ganharam algum prémio, distinção ou homenagem? Creio que sim e, felizmente, não foi dos organismos oficiais, pois isso seria a negação de todo o nosso trabalho. A que me vem à ideia, foi-nos recentemente atribuída pelo Académico Futebol Clube, no Porto e entregue pelo, então, vice-presidente da Câmara, Manuel Pizarro, pelo contributo cultural à região dado pelos Trabalhadores. Esta distinção deixou-nos deveras sensibilizados. 25
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JULHO
Barbeiros dos ricos e dos pobres, dos avós, filhos e netos. São os três tradicionais, são de Matosinhos, e vão dar-nos a conhecer as histórias passadas e presentes, desde o primeiro corte ao último cliente a sair.
António Marinho 59 anos Salão Marinho Rua Álvaro Castelões, 4450-042 Matosinhos
UMA VEZ ESTAVA A SERVIR UM CLIENTE E O MEU PAI A SERVIR OUTRO. ENTRETANTO O CLIENTE QUE EU ATENDI PEGOU NO CASACO E SAIU. PASSADO UNS MINUTOS VOLTOU E DISSE: “OLHE ROUBARAM-ME OS ÓCULOS QUE ESTAVAM NO CASACO E TROCARAM POR UMA CIGARREIRA!” E DIZ O CLIENTE QUE ESTAVA COM O MEU PAI: “NÃO, VOCÊ ESTÁ É VESTIDO COM O MEU CASACO!”. OS CASACOS ERAM IGUAIS!
1918 Abre a Barbearia Santos em Leça da Palmeira. É, provavelmente a barbearia mais antiga da freguesia.
1943 Nasce o Sr. Andrade. Gostava de bailes, de cantar ‘italianices’, de jogar à bola mas foi com o pai, Eugénio de Andrade, que aprendeu aquilo que viria ser a sua profissão.
1950 Abre a Barbearia Andrade. Um espaço que se vem a tornar icónico na cidade de Matosinhos.
1959 Nasce António Marinho, na rua 1º de Maio. Natural de Matosinhos, aprendeu a arte com o pai. Serve desde os 17 anos vários clientes. Chegou a cortar cabelos na Casa dos Pobres, onde ligava o rádio sempre que chegava “para animar a malta”.
1968 Hélder Santos 50 anos Barbearia Santos Rua do Castelo, 4450-718 Leça da Palmeira
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NÓS SEMPRE TIVEMOS MUITOS GATOS AQUI NA BARBEARIA. UNS ENTRAVAM E FICAVAM, OUTROS SAIAM. MAS HAVIA SEMPRE AQUI UM GATO OU OUTRO. UM DIA PEDIRAM-ME PARA LAVAR A CABEÇA E EU DESENRASQUEI A PESSOA AQUI NO LAVATÓRIO. UM VIZINHO CHEGOU E COMO SÓ CONSEGUIA VER A CABEÇA DO SENHOR DISSE: “OUVE LÁ, ESTÁS A LAVAR AÍ O GATO?”. FOI MUITO ENGRAÇADO.
Nasce Hélder Santos, barbeiro na Rua do Castelo em Leça da Palmeira. Aprende a barbear com o avô que já havia ensinado o pai. Nos tempos de escola ia para a barbearia jogar cartas e dominó com os amigos.
1976 António Marinho vai para a tropa, para o Regimento de Comandos, onde, por intermédio de um amigo, começa a cortar cabelos aos colegas do exército.
1990 Reabre o Salão Marinho, desta vez no Centro Comercial Alameda em Matosinhos. Foi o primeiro espaço a abrir no centro comercial. JANEIRO 2019 |
Sr. Andrade 75 anos Barbearia Andrade Rua do Godinho, 464, 4450-067 Matosinhos
JÁ TIVE AQUI UM CLIENTE CARTEIRISTA! VINHA CÁ, CONVERSAVA CONNOSCO E DEPOIS QUANDO IA A SAIR DIZIA: “PEGUE LÁ A CARTEIRA QUE É SUA!”
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“NEM CANTOR SURDO, NEM BARBEIRO MUDO” Pois é, são conhecidos por saberem os segredos e as histórias de meio mundo. E estes não fogem à regra. Sublinharam várias vezes em conversa, a importância do saber ouvir o cliente e das amizades que se vão criando. “EU VENHO CÁ PELAS ANEDOTAS (RISOS) E BOA DISPOSIÇÃO DO ANDRADE. ELE SABE COMO CATIVAR OS CLIENTES. EU ACHO QUE ELE É O EX LIBRIS DA CIDADE DE MATOSINHOS!” – Marcelino, cliente da Barbearia Andrade
AGORA É SEMPRE A ANDAR!
“As máquinas eram manuais e ficávamos com dores nos pulsos. Quando eu comecei fazia tudo à mão, as máquinas agora são elétricas e as navalhas são descartáveis!” Andrade
“NÓS OUVIMOS MUITAS HISTÓRIAS. ISTO FUNCIONA QUASE COMO UM CONSULTÓRIO. FALAMOS DE TUDO. E SÃO TAMBÉM AS HISTÓRIAS DE VIDA QUE ME FAZEM GOSTAR DISTO.” – António Marinho “TENHO VÁRIOS AMIGOS QUE VÊM CÁ SÓ PARA CONVERSAR. ESTAR NA AMENA CAVAQUEIRA. MUITO DELES FICAM CÁ MAIS TEMPO, MESMO APÓS O CORTE, SÓ PARA DESABAFAREM.” – Hélder Santos
“Agora temos as máquinas e antigamente tínhamos de assentar a navalha. Agora é tudo muito mais prático.” Marinho “Eu cheguei a trabalhar com máquinas manuais mas agora é muito melhor. Para além do que vou sempre me atualizando com a internet e não só.” Hélder Santos
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BARBEARIA ANDRADE Sr. Andrade foi solista no Orfeão do Porto em 1962, com apenas 19 anos. Jogou futebol no Senhora da Hora.
O seu pai chamava-se Eugénio de Andrade, era conhecido como ‘o poeta’, porque escrevia poemas e chegou mesmo a escrever um livro. Todos os dias, Eugénio de Andrade colocava um poema diferente na montra da Barbearia Andrade. Ainda tentou conhecer o escritor e poeta José Fontinhas, cujo pseudónimo era Eugénio de Andrade, mas nunca conseguiu. Eugénio de Andrade foi o primeiro barbeiro em Matosinhos a ter um automóvel, um Austin com 10 cavalos, em 1965. Em 1951 a Barbearia Andrade era a melhor barbearia da cidade. O espaço era inovador, desde as cadeiras cromadas às bancadas individuais. O Sr. Andrade tem um cliente com 96 anos, chama-lhe o cliente número 1!
SALÃO MARINHO Marinho já serviu quatro gerações, avô, filho, neto e bisneto, da família Conservas Pinhais. No Salão Marinho está sempre o rádio ligado e na mesma emissora, que só muda quando entra um cliente que pede especificamente para mudar para a SMOOTH FM enquanto António Marinho lhe faz a barba.
BARBEARIA SANTOS A Barbearia Santos ficava no antigo centro da cidade de Leça da Palmeira e era onde iam os estivadores e pescadores cortar o cabelo e a barba depois dos barcos atracarem. Havia muita afluência.
As cadeiras da barbearia são do tempo da abertura, têm 100 anos. QUEM LHES CORTA O CABELO? António Marinho vai cortar o cabelo ao Sr. Andrade na Barbearia Andrade. “GOSTO MUITO DE IR AO ANDRADE. ELE SIM É UMA REFERÊNCIA DAS BARBEARIAS DAQUI!” Hélder Santos domina a arte de tal forma que corta o cabelo a si próprio. “CORTO O MEU E TAMBÉM CORTO O DA MINHA MÃE. QUE ME FAZ AQUI COMPANHIA AQUI DESDE SEMPRE!”
O Sr. Andrade contou-nos que é a esposa que lhe corta o cabelo. “A MINHA ESPOSA ERA COSTUREIRA E TEM ‘JEITO’ COM AS TESOURAS! A PRIMEIRA VEZ QUE ME CORTOU EU PARECIA PELADO MAS AGORA JÁ ESTÁ MELHOR.” (RISOS)
Eugénio de Andrade trabalhou até aos 84 anos e foi o primeiro barbeiro de Matosinhos a fazer o ‘corte à francesa’. O arquiteto Siza Vieira foi cliente desta barbearia.
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AGOSTO
A ALZHEIMER PORTUGAL CRIOU UMA LISTA DE 10 SINAIS DE ALERTA PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER E OUTRAS DEMÊNCIAS: PERDA DE MEMÓRIA Esquecimento de informações recentes. Esquecimento de datas importantes ou eventos Repetição da mesma pergunta várias vezes Uso de auxiliares de memória (por exemplo, notas, lembretes ou dispositivos eletrónicos) ou mesmo membros da família para as coisas que habitualmente se lembrava por si mesmo. O que é normal? Às vezes, esquecer-se de nomes ou palavras, mas recordá-los posteriormente. DIFICULDADE EM PLANEAR OU RESOLVER PROBLEMAS Perda das capacidades de desenvolvimento e seguimento de um plano de trabalho ou trabalhar com números. Dificuldade em seguir uma receita familiar ou gerir as suas contas mensais. Dificuldade de concentração e levar muito mais tempo para fazer coisas que habitualmente fazia de forma mais rápida. O que é normal? Cometer erros ocasionais, por exemplo a passar um cheque. DIFICULDADE EM EXECUTAR TAREFAS FAMILIARES Dificuldade em executar diversas tarefas diárias. Dificuldade em conduzir até um local que já conhece. Gerir um orçamento de trabalho Lembrar-se das regras do seu jogo favorito. Incapacidade de preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquecer-se de que já comeu. O que é normal? Às vezes precisar de ajuda para gravar um programa de televisão ou deixar as batatas no forno e só se lembrar de as servir no final da refeição. PERDA DA NOÇÃO DE TEMPO E DESORIENTAÇÃO As pessoas com Doença de Alzheimer podem perder a noção de datas, estações do ano e da passagem do tempo. Podem ter dificuldades em entender alguma coisa, que não esteja a acontecer naquele preciso momento. Às vezes podem até esquecer-se de onde estão ou como chegaram até lá. O que é normal? Ficar confuso sobre o dia da semana em que se encontra, mas lembrar-se mais tarde. DIFICULDADE EM PERCEBER IMAGENS VISUAIS E RELAÇÕES ESPACIAIS Ter problemas de visão pode ser um sinal de Doença de Alzheimer. Dificuldade de leitura. Dificuldade em calcular distâncias e determinar uma cor ou o contraste. Em termos de perceção, a pessoa pode passar por um espelho e achar que é outra pessoa, não reconhecendo a sua imagem refletida no espelho. O que é normal? Ter problemas de visão devido a cataratas. 30
PROBLEMAS DE LINGUAGEM Dificuldade em acompanhar ou inserir-se numa conversa. Parar a meio da conversa e não saber como continuar ou repetir várias vezes a mesma coisa. Dificuldade em encontrar palavras adequadas para se expressar ou dar nomes errados às coisas. O que é normal? Às vezes ter dificuldade em encontrar a palavra certa para dizer alguma coisa. TROCAR O LUGAR DAS COISAS Colocar as coisas em lugares desadequados. Perder os objetos e não ser capaz de voltar atrás no tempo para se lembrar de quando ou onde o usaram. Às vezes, acusar os outros de lhe roubar as coisas. O que é normal? Perder coisas de vez em quando, como não saber onde estão os óculos ou o comando da televisão. DISCERNIMENTO FRACO OU DIMINUÍDO Sofrer alterações na capacidade de julgamento ou tomada de decisão. Não ser capaz de perceber quando o estão claramente a enganar e ceder a pedidos de dinheiro. Vestir-se desadequadamente ou mesmo não ir logo ao médico quando tem uma infeção, pois não reconhece a infeção como algo problemático. O que é normal? Tomar uma decisão errada de vez em quando. AFASTAMENTO DO TRABALHO E DA VIDA SOCIAL Começar a abandonar os hobbies, atividades sociais, projetos de trabalho ou desportos favoritos. Dificuldade em assistir a um jogo do seu clube até ao fim, como fazia antes, ou esquecer-se de acabar alguma atividade que começaram. O que é normal? Às vezes, sentir-se cansado do trabalho, da família, ou não lhe apetecer sair. ALTERAÇÕES DE HUMOR E PERSONALIDADE Tornar-se confuso, desconfiado, deprimido, com medo ou ansioso. Começar a irritar-se com facilidade em casa, no trabalho, com os amigos ou em locais onde se sinta fora da sua zona de conforto. O que é normal? Desenvolver formas muito específicas de fazer as coisas e irritar-se quando a sua rotina é interrompida.
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JOSÉ CARLOS OLIVEIRA JORNALISTA
JÁ TE VISTE AO ESPELHO?
Já te viste ao espelho? Cada um de nós é um ser único. Deus criou-nos e “quebrou o molde” e é por isso que todos somos diferentes. Uns são mais magros, outros mais rechonchudos, uns mais altos e outros mais pequenos, uns são de cor branca, outros são morenos ou mesmo negros, mas há uma coisa que nos une - todos somos seres humanos. Apesar disto, poucos são os que possuem de si mesmos uma imagem perfeita. Alguns (os autoconvencidos) acham-se quase perfeitos, outros dificilmente encontram em si mesmos “ponta por onde se pegue”. Este novo ano, que agora começa, deve conceder a cada um de nós a oportunidade de nos “vermos ao espelho”. Se o fizermos, veremos que nem somos assim tão maravilhosos como nos julgamos nem tão pouco atrativos como, por vezes, nos sentimos. Cada um de nós, segundo a Bíblia, foi criado à imagem e semelhança de Deus e, apesar dos “estragos” que infligimos a nós mesmos, todos temos um lugar especial no coração do Criador. Acabamos de celebrar o nascimento de Jesus. Aquele que, creio eu, veio a este mundo a pensar na nossa redenção. A um líder judaico, chamado Nicodemos, Jesus falou da necessidade que cada ser humano possui de NASCER DE NOVO. Por isso, devemos entender que a todo o tempo é tempo de recomeçar e que em nenhum tempo é tempo de desistir. Nunca devemos desistir de nós mesmos, de viver. Porque somos seres gregários, nunca devemos desistir dos outros, porque sem eles seremos menos humanidade. Nunca devemos desistir da família, dos amigos, da sociedade (a precisar de mudança) e deste país que é o nosso. E como faremos tudo isto? Com que forças? Se, depois de nos “termos visto ao espelho”, concluirmos que, afinal, não somos assim perfeitos, teremos vontade de olhar para além de nós. Sentiremos desejo de, nem que seja por breves momentos, retirar a nossa atenção daquilo que, embora reluza nem por isso é ouro, até porque (apesar de o termos valorizado) não nos tem preenchido de forma completa. “Vê-te ao espelho” e, a seguir, olha para além de ti. | JANEIRO 2019
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MODA
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NEON WINTER EXPLOSION COMECE 2019 DA MELHOR MANEIRA COM AS NOSSAS PRINCIPAIS ESCOLHAS PARA CADA UMA DAS TRÊS MAIORES TENDÊNCIAS DE CORES FLUORESCENTES: VERDE, ROSA E AMARELO. ELAS IRÃO GARANTIR UM INÍCIO DE ANO NOVO EM GRANDE DESTAQUE. ASOS
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Depois da vaga de “millenial pink” somos invadidos por este rosa-choque que remete para os tempos de infância. Esta cor tem sido utilizada principalmente em looks de festa mas é possível usufruir dela nas peças casuais do dia-a-dia. Irá sentir-se sem dúvida uma barbie fashionista!
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Amarelo, uma cor que sem dúvida vai alegrar os dias mais tristes de inverno. Tal como as outras cores pode usar e abusar ou coordenar com outros tons caso prefira um look mais discreto. 33
CINEMA
NAS SALAS
TIAGO LEÃO BLOG: SALA3
HOMEM-ARANHA NO UNIVERSO ARANHA TÍTULO ORIGINAL: SPIDER-MAN: INTO THE SPIDER-VERSE REALIZADOR: PETER RAMSEY, RODNEY ROTHMAN, BOB PERSICHETTI GÉNERO: ANIMAÇÃO, AVENTURA ELENCO: NICOLAS CAGE (VOZ), HAILEE STEINFELD (VOZ), LIEV SCHREIBER (VOZ), JAKE JOHNSON (VOZ) DURAÇÃO: 120 MIN.
Está a ser um grande ano para quem é fã do conhecido aranhiço da Marvel. Tivemos Tom Holland em “Guerra Infinita”, um pequeno spin-off em “Venom”, um grande videojogo e, para acabar o ano com chave de ouro, uma animação diferente de todas. Depois de Miles Morales se tornar Homem-Aranha, é confrontado com várias versões deste herói doutras dimensões que foram arrastados para este universo. Agora Miles tem de os ajudar a voltar a casa, enquanto tenta ser ele próprio um herói. A animação ganha pelo seu protagonista. Desta vez, não é Peter Parker mas sim Miles, um latino afro-americano assaz diferente da típica personagem que estamos habituados a ver; visitamos os seus relacionamentos familiares e sentimos como ele se habituou a um mundo que deu uma volta de 180º. Por outro lado, esta animação é diferente pelo estilo bastante díspar da animação a que estamos habituados; em várias situações parece que estamos a ver um filme 3D antes de meter os óculos, o que poderá criar algumas dores de cabeça. Os Homens-Aranha de outras dimensões também tiveram direito a desenvolvimento. Desde um Peter Parker mais velho, a primeira versão da mulher aranha, o Homem-Aranha Noir - com uma incrível interpretação de voz de Nicolas Cage! uma versão anime em Peni Parker até Spider-Ham, todos brilham contudo sem nunca ofuscar Miles. “Homem-Aranha - No Universo Aranha” é uma grande animação com grandes doses de ação, sem nunca descurar na história, tudo num estilo visual vibrante. É bem capaz de ser a melhor animação do ano e, para mim, dos melhores do ano. 34
O REGRESSO DE MARY POPPINS
REALIZADOR: ROB MARSHALL GÉNERO: AVENTURA TÍTULO ORIGINAL: MARY POPPINS RETURNS ELENCO: EMILY BLUNT, BEN WHISHAW, MERYL STREEP DATA DE ESTREIA: 20 DEZEMBRO 2018 DURAÇÃO: 130 MINS
A sequela musical, nova e original, Mary Poppins regressa para ajudar a nova geração da família Banks a descobrir a alegria e encanto perdido, devido a uma perda pessoal. Emily Blunt protagoniza a ama quase perfeita com habilidades mágicas, que pode tornar qualquer tarefa numa aventura fantástica e inesquecível, e Lin-Manuel Miranda como o seu amigo Jack, um acendedor de candeeiros de rua, que ajuda a trazer luz – e vida – às ruas de Londres.
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PARA LER
PARA JOGAR O QUE NÃO PODE FALTAR A UM GAMER
UM LIVRO HOJE, PORQUE NÃO? A MINHA HISTÓRIA AUTOR: MICHELLE OBAMA
dança, deu-nos a conhecer a sua mestria no Karaoke, e criou duas filhas sob uma pressão mediática implacável.
O íntimo, poderoso e inspirador livro de memórias da ex-Primeira-Dama dos Estados Unidos. Protagonista de uma vida plena e bem-sucedida, Michelle Obama tornou-se numa das mulheres mais emblemáticas e incontornáveis da nossa era. Como Primeira-Dama dos Estados Unidos da América, e primeira afro-americana a desempenhar esse papel, ajudou a criar a Casa Branca mais acolhedora e inclusiva da história, ao mesmo tempo que se estabeleceu como uma poderosa defensora de mulheres e meninas nos EUA e em todo o mundo, mudando drasticamente a forma como as famílias procuram uma vida mais saudável e ativa, estando sempre ao lado do marido enquanto este conduzia os destinos dos EUA, acompanhando alguns dos seus momentos mais angustiantes. Ao longo do caminho, Michelle Obama mostrou-nos ainda alguns passos de
FOI SEM QUERER QUE TE QUIS AUTOR: RAÚL MINH’ALMA
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HITMAN 2 LANÇAMENTO: 13 DE NOVEMBRO DESENVOLVEDOR: IO INTERACTIVE GENERO: STEALTH, AÇÃO PLATAFORMAS: PS4, XBOX ONE E PC
Quando menos esperamos a vida traz-nos aquilo que tentamos rejeitar. Como era possível Beatriz ter-se apaixonado, sem querer, por Leonardo? A primeira impressão que teve dele foi a pior possível. Era um jovem rico, mal-educado e mimado. Tudo o que mais desprezava em alguém. No entanto, o avô de Leonardo, um homem sábio e profundo conhecedor da vida, viria a aproximá-los. Ao perceber a necessidade de Beatriz em reencontrar o caminho da felicidade depois de várias desilusões amorosas, ele promete dar-lhe a receita para ser feliz no amor. Um segredo escrito e guardado num envelope que ela só poderia abrir depois de cumprida uma tarefa: ajudar Leonardo a fazer as pazes com o seu passado e a tornar-se uma pessoa melhor. O que Beatriz não sabia é que esta missão iria transformar a sua própria vida para sempre.
Hitman 2 é um jogo eletrónico de stealth desenvolvido pela IO Interactive e publicado pela Warner Bros. Interactive Entertainment. É o sétimo título da série Hitman e foi lançado em 13 de novembro de 2018 para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One. Similar ao antecessor, o jogo inclui seis missões, distribuídas por seis localizações distintas incluindo Miami, Nova Zelândia, Colômbia e Mumbai. Depois dos eventos de Hitman, Agente 47 (voz de David Bateson) embarca numa missão à volta do mundo, para caçar o misterioso Shadow Client e desmantelar a sua milícia, enquanto descobre a verdade sobre o seu passado.
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R. DA MARGINAL 535, 4485-303 LABRUGE tlm(s).: 910 522 905 | 912 541 505
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Especialidades: Bife na pedra Bacalhau à Recanto Cabrito assado Vitela assada Arroz de cabidela Caldeirada de peixe Arroz de lingueirão Arroz de marisco Peixe fresco grelhado
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SETEMBRO
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Vítor Oliveira trata-se de uma personalidade que dispensa apresentações. Aos 64 anos de idade, o treinador português conta-nos mais sobre quem é o “Rei das subidas” “UMA PESSOA ABSOLUTAMENTE NORMAL, COMO MUITAS OUTRAS CRIADAS EM MATOSINHOS” Nascido em Matosinhos, a 17 de Novembro de 1953, e filho de “pessoas ligadas ao mar”, Vítor define-se como uma “pessoa normalíssima”. Conta-nos que durante a feliz infância que teve, a praia de Matosinhos era o “centro comercial” dos dias de hoje. “Foram tempos muito felizes e nos quais vivíamos muito mais em sociedade que nos dias de hoje, até porque não haviam tantas opções para nos divertirmos”. “Quer fosse Verão ou Inverno, a praia era o ponto de encontro”, revela, lembrando as fugas à polícia para não serem multados por andarem descalços na rua. Por outro lado, viviam com grande liberdade e com muita segurança. Até aos 15 anos, o basquetebol era a modalidade praticada, no Leixões. “Não podíamos entrar no futebol antes.
Assim que cheguei a essa idade entrei e desde então nunca mais parei”. Coincidindo com a prática do desporto, a nível profissional, Vítor entrou para a faculdade, na área de Engenharia Eletrotécnica. Ao fim de 4 anos e meio feitos de curso, surge o primeiro contrato profissional. A mudança para o Algarve, a nível financeiro, era bastante vantajosa, mas, por outro lado, não dava grande espaço para que continuasse com os estudos. E Vítor escolheu o futebol, deixando os estudos em “banho Maria”. Ao fim de 5 anos ainda tentou voltar a estudar, mas a paragem tinha trazido dificuldades para acompanhar a matéria e nunca mais voltou às salas de aula. O resto é história de um dos treinadores com melhor currículo em Portugal.
VÍTOR OLIVEIRA (NA FILA DE CIMA , QUARTO A CONTAR DA DIREITA) NO CLUBE DO CORAÇÃO
OS AMIGOS MAIS ÍNTIMOS, POR VEZES, AINDA BRINCAM COM O “CABEÇUDO” O “Frota”, alcunha dada pelo padrinho, é pessoa com bastante abertura e muito “terra-a-terra”. “Nunca percebi porque motivo é que me chamavam Frota. Uns anos depois, fiquei o cabeçudo. Os meus amigos diziam que era por ter a
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cabeça grande, outros porque defendiam que eu pensava muito bem”. Os amigos mais íntimos, por vezes, ainda o tratam dessa forma. No entanto, hoje em dia essas alcunhas foram substituídas pela “Rei das Subidas”.
O MEU CLUBE DE SEMPRE FOI O LEIXÕES
Durante toda a carreira desportiva, quer como jogador, quer como treinador, o Leixões foi e é o clube que mais o marcou. “Já passei por muitos clubes, onde fui muito bem tratado e alguns deles ganhei uma grande simpatia. Mas o meu clube do coração é o Leixões”. Começou a carreira no Estádio do Mar e passou ainda por Paredes, Famalicão, Sporting de Espinho, Sporting de Braga e Portimonense. E é em Portimão que surge a oportunidade de ficar como técnico principal do clube.
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VÍTOR OLIVEIRA A DEFENDER AS CORES DO SPORTING DE BRAGA CONTRA O ESTORIL PRAIA | JANEIRO 2019
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NÃO ESTOU NADA ARREPENDIDO DO PASSO QUE DEI. FOI UMA OPÇÃO MUITO FELIZ. FC PAÇOS DE FERREIRA
Tínhamos chegado ao final da temporada de 84/85. Tinha feito uma boa época e estava convencido que ia continuar. O presidente chamou-me e apresentou-me a possibilidade de assinar como treinador. Manuel José era quem ocupava o cargo e ia sair para o Sporting, indicando o meu nome como quem o deveria suceder no comando do clube. Hesitei em aceitar e sugeri dois nomes: Raul Águas e Álvaro Carolino. O presidente não aceitou a minha recusa e poucos dias depois acabei por ficar com o lugar”. No ano de estreia no comando técnico de um clube, Vítor e o Portimonense acabaram no sétimo lugar da tabela, a 8 pontos da Europa.
“O LEIXÕES FOI A SUBIDA MAIS SABOROSA DE TODAS QUE ME ACONTECEU” É impossível ficar indiferente ao carinho e ao brilho nos olhos do técnico sempre que se fala do clube do coração. Defende que, “por direito”, o histórico clube deveria estar na primeira divisão e que só não está nesse posto por “erros nossos”. Quando diz nossos, Vítor Oliveira refere-se a todos os leixonenses, demonstrando que, apesar de já não representar o clube, ainda se sente parte da “família leixonense”. A subida à principal divisão do futebol português, na época de 2006/07,
“ao fim de tantos anos de segunda liga, teve um sabor especial”. “Foi a subida mais saborosa de todas as que tive, no clube onde nasci”, refere o técnico português.
TODO O ESFORÇO A NÍVEL SOCIAL, DESPORTIVO E POLÍTICO, PARA QUE FOSSE UMA CIDADE CADA VEZ MELHOR E TODOS OS MATOSINHENSES SE PUDESSEM ORGULHAR.
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SUBIDAS
1990 1991
1996 1997
1997 1998
“VOLTEI À SEGUNDA LIGA OCASIONALMENTE” Vítor Oliveira revela que recebeu duas propostas de clubes da Liga NOS. Mas a vontade de estar mais próximo do Norte do país e a falta de timing de uma das propostas, fez com que aceitasse o Paços de Ferreira. Clube, aliás, que já orientou e no qual alcançou a primeira subida da carreira, corria a época de 90/91. No entanto, diz-se muito contente com o projeto que encontrou na cidade da Capital do Móvel, o qual aceitou de uma maneira “completamente clara e comprometida” e que “não lhe choca nada voltar ao segundo escalão do futebol português”. Os objetivos para a nova época são os da subida, além da chegada à fase de grupo da Allianz Cup (ou Taça da Liga) já ter sido alcançada e o objetivo ser, agora, chegar o mais longe possível. Quanto ao adversário mais “querido”, define o Leixões como um sério candidato ao título, com um investimento sério e que se pudessem subir Paços de Ferreira e Leixões seria a cereja no topo do bolo.
1998 1999
SE SUBIREM PAÇOS DE FERREIRA E LEIXÕES SERÁ A CEREJA NO TOPO DO BOLO
2006 2007
FC PAÇOS DE FERREIRA
2012 2013
2013 2014
2014 2015
2015 2016
2016 2017 | JANEIRO 2019
ENQUANTO NÃO SE CENTRALIZAREM AS RECEITAS DOS DIREITOS TELEVISIVOS, VAI CONTINUAR A EXISTIR UM GRANDE FOSSO ENTRE OS CLUBES Nem só de táticas vive um treinador. As finanças de um clube são tão ou mais importantes, pois é nesse setor que se vão basear os planteis montados para cada temporada. E Vítor Oliveira defende que “enquanto não houver uma aproximação nas receitas recebidas por todos os clubes, em cada campeonato, continuará a haver os três crónicos candidatos ao título, quatro ou cinco a disputar lugares de acesso à Europa e o resto a lutar pela manutenção”. Por outro lado, na Ledman Liga Pro (Segunda Liga), os “orçamentos são mais equilibrados, o que gera maior equilíbrio no campeonato e incerteza no resultado”. Ainda assim, a “Liga NOS está uns passinhos acima em termos de qualidade”.
FC PAÇOS DE FERREIRA 41
JÁ É TARDE PARA TREINAR UM DOS DITOS 3 GRANDES OU A SELEÇÃO NACIONAL
CURIOSIDADES
PRATO PREFERIDO BACALHAU HOBBIE CONVIVER COM AMIGOS VIAGEM DE SONHO VOLTAR A MATOSINHOS FILME E TUDO O VENTO LEVOU BANDA BEATTLES E SINATRA MOMENTO MAIS MARCANTE NO FUTEBOL? FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL BRAGA SPORTING (“EMPATAMOS” 0-4)
Neste momento, o sonho que tem passa pela subida do Paços, de forma a permitir a repetição de uma subida no clube, 28 anos depois. Na verdade, “a continuidade no futebol é algo a ser revisto ano a ano”. Isto porque “o futebol está a evoluir de uma forma negativa, ficando demasiadamente industrializado, político e comercial”. Como tal, o prazer que tem dentro da modalidade já não é o mesmo de outros tempos. Dessa forma, treinar a Seleção Nacional é carta fora do baralho, defendendo que o lugar está muito bem entregue a 42
Fernando Santos. Ainda assim, antes do Euro 2004, surgiu a possibilidade de integrar a equipa técnica de Manuel José para comandarem os destinos de Portugal. Não aceitou esse papel e a escolha da Federação acabou, também, por recair em Luiz Filipe Scolari para selecionador português e a oportunidade desvaneceu-se. Mas é algo que não retira o sono ao matosinhense, assim como já não é opção um lugar no comando técnico de um dos três grandes.
MAIOR DESILUSÃO? O FALECIMENTO DOS PAIS GOLO QUE MAIS O MARCOU? GOLO DO ANDRÉ CARVALHAS AO MINUTO 93. (Freamunde vs Tondela, última jornada da Época 2014/15 – Golo do Tondela que garantiu a queda do Chaves para o terceiro lugar e a subida do União da Madeira, comandado por Vitor Oliveira, à Liga NOS)
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DESTAQUE
CARLOS MARINHO
NM HOMENAGEIA ENTIDADES DO CONCELHO A próxima edição da Revista NMatosinhos terá como principal finalidade, homenagear grandes figuras e instituições do Concelho de Matosinhos que se destacaram no ano de 2018. Abordaremos categorias de vários setores, desde empresas que têm vindo a contribuir para o bom desenvolvimento da localidade a entidades imprescindíveis da nossa comunidade atual. Informação, comunidade e futuro, serão os focos principais do número #19 da Revista NM. Uma edição a não perder!
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Ano 2 | Nº 17 | Preço: 1,5€ IVA incluído
9 772184 079004
PERSONALIDADE DO ANO
Venha conhecer as grandes figuras e instituições do Concelho
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PROFESSOR DE MATEMÁTICA
2019 E 1729 NÃO SÃO PRIMOS... Todos esperamos um ano de 2019 composto de coisas boas. Pelo menos o número 2019 é um número composto. Dá a sensação de ser um número primo, mas não é. Recordamos que um número primo tem apenas dois divisores. Mas 2019 tem mais de dois divisores. 2019 é também divisível por 3. Basta recordar o critério de divisibilidade do 3, para percebermos que 2+0+1+9=12 é um múltiplo de 3, logo 3 é divisor de 2019. 2019 pode ser escrito como a multiplicação entre 3 e 673 ou 2019 a dividir por 3 dá 673, ou ainda, 2019 a dividir por 673 dá 3. Confuso? Espero que não! 2019 é um número composto. Hoje vamos falar também de outro número composto, o 1729 porque é divisível por 7, dito de outra maneira 1729 a dividir por 7 é igual a 247 ou 7 vezes 247 é igual a 1729. Este número foi popularizado por Srinivasa Ramanujan, um matemático extraordinário que nasceu na Índia. Um dia o seu amigo e matemático Hardy visitou-o no hospital quando este ficou doente e para amaciar o momento referiu que tinha vindo de táxi, com o número insípido e desinteressante 1729. Já na altura em Inglaterra todos os táxis tinha um número associado, estamos a falar em finais do século XIX e o início do século XX. Ramanujan apesar de estar muito doente defendeu o número referindo “olha que não. Trata-se de um número muito interessante!” E explicou: “é o primeiro número inteiro que pode ser escrito como a soma de dois cubos positivos de duas maneiras diferentes.” Temos que 1729 = 13+123=9³+10³. E, Hardy lá aprendeu mais uma preciosidade com aquele matemático vindo do outro lado do mundo. Não era para menos. Estamos a falar de um dos maiores matemáticos da história da ciência mundial. Para percebermos a importância de Ramanujan, as séries “Os Simpsons” e “Futurama” cujos escritores são matemáticos, têm ao longo dos episódios introduzido o número 1729, em sua homenagem. Um exemplo, é o robot Bender da série “Futurama” também designado por Bending Unit22, unit number 1729, serial number 2716057. Recentemente, a sua vida foi objeto por parte da sétima arte de um filme que conta as dificuldades da sua vida mas mostra o génio que ele foi. 2019 tal como 1729 são compostos logo não são primos... Bom ano de 2109 composto de coisas boas e muita matemática! 43
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OUTUBRO
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CASA DA ARQUITETURA RECEBEU O PRESIDENTE DA REPÚBLICA IMAGENS CMM
O Chefe de Estado Português visitou as instalações do local, classificando-o como “uma casa aberta ao mundo” Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Matosinhos para visitar, pela primeira vez, a Casa da Arquitetura. A visita serviu não só para conhecer o local, que faz parte de um programa intenso de reabilitação, por parte da Câmara Municipal de Matosinhos, como também para “apadrinhar” a chegada da “Coleção Brasil / Infinito Vão”, património que passou a fazer parte da instituição. A Coleção é constituída por 103 projetos arquitetónicos, envolvendo mais de 50 mil elementos, como filmes, fotografias ou desenhos, de 90 anos de arquitetura brasileira. O Professor Marcelo identificou a importância da Casa da Arquitetura para a região e para Portugal, defendendo que tem um “horizonte ilimitado” e reconhecendo que se trata de um espaço “aberto ao mundo”. Tratando-se do primeiro estabelecimento português dedicado à divulgação, estudo e valorização da arquitetura, o Presidente salientou a importância do diálogo, do arquivo e do dar e receber. Por fim, 44
LUISA SALGUEIRO ACOMPANHOU DE PERTO MARCELO REBELO DE SOUSA
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PAULO GASPAR PROF. DOUTOR
MUNDO 4.0
MARCELO REBELO DE SOUSA CONTEMPLA A “COLEÇÃO BRASIL/INFINITO VÃO”
disse ainda que “a arquitetura é universal”, defendendo que o Estado deve ajudar a garantir a sustentabilidade do projeto. Quem acompanhou sempre o Presidente da República foi a Presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro. Em declarações exclusivas à NM, destacou a “visibilidade de receber a mais alta figura nacional e a possível magistratura de defesa do espaço que Marcelo Rebelo de Sousa poderá fazer”. “Vi o Presidente naturalmente impressionado com a qualidade e a beleza deste espaço, além de muito interessado em conhecer, em detalhe, tudo o que se faz”, salientou Luísa Salgueiro, garantindo estar certa de que “terá sido uma tarde muito importante para o Centro Português da Arquitetura, que ganhou um novo amigo”. A Presidente da Câmara destacou também a arquitetura e o design, como marcas de Matosinhos, pela renovação no século XXI e por “estar associado a grandes arquitetos matosinhenses, como Álvaro Siza”. Por fim, defendeu ainda “a renovação da identidade do concelho, como Sede do Centro Português de Arquitetura. | JANEIRO 2019
Recentemente fui convidado para estar presente numa conferência europeia sobre o Mundo 4.0 que se realizou em Catez ob Savi no lindo país da Eslovénia. A Eslovénia é um pequeno país, habitado por pouco mais de 2 milhões de pessoas, com índices económicos e sociais que o colocam na elite dos países com uma “vida tranquila”. Com efeito, os eslovenos têm muito orgulho no seu país, na paisagem natural e sobretudo no decréscimo acentuado que se tem vindo a observar ao nível do desemprego e da pobreza. Para além disso, de um modo geral, podemos testemunhar a sua hospitalidade e simpatia para com todos os seus visitantes. Entramos na Eslovénia pela Croácia e, ainda foi muito interessante, termos tido a “velha sensação” de uma “Europa de outros tempos”, pois, ao entrar na Eslovénia ainda nos deparamos com uma “fronteira física” onde todos têm de passar pelos “olhares indiscretos” dos agentes de autoridade do controlo fronteiriço. Após este preâmbulo, importa tecer algumas considerações genéricas que não posso deixar de considerar como “marcas” da conferência. “Marcas” que mereciam outra reflexão, mas que mesmo assim, neste espaço, queremos deixar como “pistas” para discussão nas nossas escolas. Assim sendo: a) Porque é que na generalidade nas nossas escolas (e mesmo na vida) se vive entre o lamento e a preocupação? b) Porque é que na generalidade nas nossas escolas (e mesmo na vida) se vive no “universo da reacção” face aos factos e pouco se vive no “universo da proatividade”? c) Porque é que na generalidade nas nossas escolas (e mesmo na vida) se gasta muito tempo em questões secundárias, esquecendo o primordial? Ficam estas questões, de um conjunto muito diversificado, de outras também pertinentes que foram abordadas na longínqua Eslovénia. Como forma de encerramento da conferência, foi dada a palavra a um estudante da Eslovénia que, de um modo simpático, mas de modo ousado, perguntou: “Como é possível nas escolas, onde existem alunos que vão viver no Mundo 4.0, ainda existir uma formação com muitos (desatualizados) professores da “Revolução Industrial”? 45
PERFIL
JOÃO GONZALEZ IMAGENS JOÃO GONZALEZ
BIO: Apaixonado por cinema, João Gonzalez já conquistou vários prémios por esse mundo fora. Com boa receção dentro e fora de portas, os seus maiores hobbies são a música e o desenho. João é o exemplo perfeito da velha máxima de Confucio: “Escolha um trabalho que goste e não terá que trabalhar um único dia da sua vida.” CINEMA, PORQUÊ? Sempre tive gosto por cinema, especialmente por cinema de animação (sempre gostei de desenhar e cresci com filmes da Disney). Para além disso, toco piano desde os 4 anos. O meu último (e também primeiro) projeto, “The Voyager”, nasceu da ideia de tentar juntar essas duas áreas, sendo uma curta-metragem de animação em que também compus a banda sonora. O QUE JÁ CONQUISTOU NESTE MUNDO? Felizmente a curta tem tido uma boa receção tanto nacional como internacional, tendo vencido o 1º lugar nos Prémios Sophia Estudante da Academia Portuguesa de Cinema para Melhor Curta-metragem de Animação, e mais recentemente foi a vencedora do BFI Future Film Festival International New Talent Award (British Film Institute, Londres). Para além disso, foi também selecionada e exibida em festivais internacionais, em países como Inglaterra, Itália, EUA, México e Lituânia; e também nacionais, onde em alguns tive o privilégio de a poder exibir com uma performance ao vivo, onde toco e acompanho a curta-metragem em tempo real, em piano. HOBBIES? Felizmente os meus hobbies enquadram-se na minha área de trabalho, sendo eles a música (piano) e desenho. VIAGEM DE SONHO? Sempre tive muito interesse em ir à Ásia. PRATO FAVORITO? A francesinha do Francesinha Café, na rua da Alegria no Porto. Aconselho a toda a gente. ALGUM NOVO DESAFIO EM MENTE? Encontro-me neste momento a iniciar a minha segunda curta-metragem de animação, em que para além da parte técnica de desenho e de animação propriamente dita, pretendo mais uma vez compor a banda sonora. Estou também a preparar-me e a tratar das candidaturas para ir tirar um mestrado nesta área no estrangeiro, para o ano. 46
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NOVEMBRO Chama-se Carolina Rocha e tem 18 anos. Desde que se lembra de existir que diz que é de Leça da Palmeira, local de onde não tenciona sair nunca. Gosta muito da mãe, da família e dos seus amigos. Não dispensa, nos tempos livres, tomar café no Bar do Oscar. E faz questão de não perder nenhum pôr-do-sol enquanto por Leça da Palmeira estiver. Estuda na Escola Secundária da Boa Nova onde se encontra a concluir uma disciplina para poder ingressar na faculdade. Joga futsal na Novasemente, em Espinho e está muito satisfeita com a vida que tem. Como apareceu o Futsal na tua vida? Comecei a jogar aos 7 anos no G.D.C. Cohaemato. Sempre joguei com os meus amigos na escola, nos intervalos, e na altura um grande amigo meu de infância, Pedro Maia, trouxe uns papéis de propaganda ao clube e à modalidade e ofereceu a cada aluno da turma e
eu fiquei com um certo entusiasmo de chegar a casa e mostrar a minha mãe, apesar de pensar que não me ia deixar. A minha mãe sempre me apoiou em tudo. Eu fiz natação, karaté, ballet e a minha mae deixava-me fazer tudo sempre porque eram atividades do ATL então ela não precisava de se deslocar para me levar ou ir buscar, caso contrário, não tinha disponibilidade para o fazer, face a motivos profissionais. Então naquela altura, como já andava em tanta coisa, eu pensei que ela não fosse deixar. Cheguei a casa e foi imediato o sorriso na sua cara e uma resposta afirmativa. Fui ao primeiro treino logo no sábado dessa semana. O meu pai foi quem me levou porque a minha mãe trabalhava. Cheguei à “formação”, era assim que se chamava o meu “escalão”, só rapazes... dos 7 aos 14, tudo o que não encaixava nos escalões federados andava lá a treinar. Chorei de medo (risos) mas o meu pai, exercendo a sua função fantástica de super pai,
rapidamente me acalmou e motivou. Estive a treinar ao sábado e ao domingo durante uns meses, até à época acabar e adorava estar lá. Em Junho a minha mãe recebeu um telefonema para eu ingressar na equipa de Benjamins e assim começou oficialmente a minha carreira de futsal. Como foi receber a notícia da convocatória para os Jogos Olímpicos da Juventude? Foi fantástico, foi uma mistura de um suspiro de alívio, por conseguir um dos meus objetivos que era fazer parte da convocatória, com um suster de respiração de nervoso por saber a responsabilidade do que se avizinhava. Mas foi sem dúvida mais um motivo de choro em casa, de felicidade, claro.
CHOREI DE MEDO (RISOS) MAS O MEU PAI EXERCENDO A SUA FUNÇÃO FANTÁSTICA DE SUPER PAI RAPIDAMENTE ME ACALMOU E MOTIVOU Qual a sensação que sentiste quando se sagraram campeãs olímpicas? Não conseguia acreditar, só queria chorar de felicidade. Foi tão bom, não tenho palavras para descrever a sensação de querer tanto uma coisa, trabalhar tanto e consegui-la. Foi mesmo um momento feliz. Qual ou quais os momentos mais marcantes na competição? Momentos marcantes acho que todos os segundos desde o primeiro ao último jogo. Mas o nosso primeiro golo, que fui eu que marquei, foi muito especial. Estávamos todas super nervosas a
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O NOSSO PRIMEIRO GOLO, QUE FUI EU QUE MARQUEI, FOI MUITO ESPECIAL
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TENHO COMO AMBIÇÃO LICENCIAR-ME EM TERAPIA OCUPACIONAL E DEPOIS FAZER O MESTRADO EM PEDIATRIA
PERFIL
Nasceu: 15/01/2000 Idade: 18 anos
Peso: 60 kg jogar contra uma seleção que não fazíamos ideia do que nos trazia, aquele foi o primeiro golo festejado por todas com um sorriso tão grande, só eu sei porque vi, porque todas olhavam para mim e eu tentava olhar para todas. Estávamos felizes e sabíamos que íamos ser mais felizes ainda.
Sinto que estamos a melhorar e bem. Já diria um treinador meu “piorar era impossível” e com razão. Não querendo fazer qualquer tipo de crítica mas sim valorizar e agradecer a quem tanto trabalha para fazer propaganda para o futsal feminino no mundo. Estamos a crescer e devagar se vai ao longe!
No futuro pensas continuar a jogar? Sim. Pretendo levar o futsal o mais longe possível, mas sei que é muito difícil conciliar vida profissional com o futsal. No entanto, no que depender de mim, farei o meu melhor para manter o que mais gosto de fazer na minha vida.
Quais as tuas ambições profissionais? Sempre quis muito ser fisioterapeuta mas não vou conseguir realizar esse sonho porque não tenho notas para entrar nesse curso. Ultimamente estou cada vez mais interessada no que toca à saúde e crianças. Tenho como ambição licenciar-me em Terapia Ocupacional e depois fazer o Mestrado em pediatria.
Como vês a evolução do futsal feminino em Portugal?
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Altura: 1,55 m
Jogos: 69
Golos: 19
Equipas: Novasemente Restauradores Avintenses
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Há alguma história curiosa ou engraçada dos Jogos Olímpicos que gostasses de partilhar? Há várias histórias que levo na minha mente mas que nao posso contar porque envergonharia bastante as minhas colegas. Deixo a recordação de quando houve uma tempestade brutal. Um calor insuportável que traz relâmpagos, trovoada e chuva como nunca vi na vida, parecia que estava no Havaí e nunca lá fui, dezenas de atletas enrolados na bandeira a correr pelas ruas da aldeia,todos molhados, o quanto nos rimos. Também foi muito engraçado o vídeo que fiz para a minha mãe. Houve vários países que desistiram porque não conseguiam dizer “Parabéns Salete”! Tinha imensa piada a maneira como não lhes saía, eles tentavam mas ficavam pelo “paraveis”, “parábes”, “charlete” ou “sulet”, muito bom. Desafio-te a deixar uma mensagem à tua família, amigos e aos matosinhenses. À minha família e amigos só quero deixar o meu sincero obrigada por serem incansáveis. Por todo o apoio, motiva-
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ção e fé que sempre tiveram. Eu já tinha o ouro antes de ir, eu já era feliz antes de ir. A todos os Matosinhenses e amigos desejo que estejam orgulhosos e felizes por todo este percurso que Portugal conquistou fazendo eu parte dele e quero que saibam também que é com todo o orgulho da minha parte que represento o meu país mas também a minha terra.
FAREI O MEU MELHOR PARA MANTER O QUE MAIS GOSTO DE FAZER NA MINHA VIDA
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DEZEMBRO
ITALIA, BENVENUTO A MATOSINHOS IMAGENS IL RISTORANTINO
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Entrada Girella de mozzarella Prato Risotto com Pesto e Tomate Cherry
IL RISTORANTINO
De Milão para Matosinhos, Gaetano Barone, residente em Portugal há mais de dois anos, abriu um espaço em Matosinhos, o Il Ristorantino, onde serve pratos típicos italianos. Delicie-se com as famosas pastas como o Linguini alla Genovese, com carne de vitela, cebola e guanciale cozido, e os Risottos, como o de açafrão com ossobuco, são as especialidades da casa. Nas entradas, a Girella di Mozzarella, com queijo enrolado e recheado com diferentes combinações, é obrigatória, assim como a Torta Caprese, com chocolate e amêndoas o é na sobremesa. Para quem é aficcionado por Itália e pela gastronomia do país, este é um ponto de paragem obrigatório.
SUGESTÃO NM
Bebida Vinho da Casa Sobremesa Torta caprese de chocolate e amêndoas Preço Médio 20€ pax De ambiente relaxado e iluminação leve, este é o sítio ideal para um jantar romântico ou até mesmo para uma refeição em família. Junte os dedos das mãos em forma de aprovação, à boa maneira italiana, e deleite-se com Il Ristorantino. Preggo!
ABERTO DE SEG A SÁB DAS 12.00 ÀS 15.00 E DAS 19.00 ÀS 23.00 RUA SOUSA AROSO 684, MATOSINHOS 4450-287, PORTUGAL TEL: 22 319 1379
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ANTÓNIO DE SOUZACARDOSO
Restaurante Alcaide Rua do Amial, 736 4200-055 Porto Tlf.: 228 322 612
O ALCAIDE DE PORTUGAL O segredo na prevalência dos bons restaurantes de comida regional encontra-se normalmente nas virtudes e resiliência dos seus protagonistas, que habitualmente emergem de uma Família que se entrega ao negócio com uma paixão que vai, tantas vezes, para além do que o próprio negócio recomenda, com a paixão e o carinho que se devota a uma Casa de Família. O protagonista que hoje Vos trago tem uma estória singular – daquelas que demoram a contar, um bom naco de presunto e dois quartilhos de vinho da casa! Manuel Martins Sago (o Sago vem seguramente do francês “sagesse”) nasceu nas boas terras de Monção no seio de uma Família pobre e numerosa. Como tantos da sua condição, atravessava o Rio Minho a nado, com um saco atado por uma corda na cabeça, onde airosamente transportava sabão, arroz, feijão e o mais que a terra dava. Era franzino, mas nadava tão ligeiro quanto a necessidade que tinha daqueles tostões. Que cobrava facilmente dada a escassez de alimentos que grassava em toda a Espanha devastada pela sangrenta e prolongada Guerra Civil. Mas o cântaro de tantas vezes ir à fonte… A desgraça aconteceu - O menino Martins ao aterrar pingado numa das suas incursões em solo galego foi preso e levado à presença do Alcaide de Tuy. O Alcaide mediu com admiração o tamanho daquele menino de apenas 10 anos e perguntou-lhe o que costumava trazer no saco. Como tinha uma perdição por grão-de-bico, depois de almoçar com o menino, fez com ele o trato de beneficiar da proteção da Guarda Civil e da indulgência do Alcaide se, a troco de preço justo, lhe fornecesse algumas das delícias portuguesas que a guerra não permitia que existissem na
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Galiza. O negócio fez-se e o moço Martins saiu agraciado e com boa memória do Alcaide, seu cliente e protetor. Dois anos depois viajou clandestinamente para o Porto. Assentou praça na Rua do Heroísmo e ali ficou, sem saber bem que volta dar à vida. Estacionou num quiosque de Jornais, tentando descortinar alguma proposta de trabalho. A senhora do quiosque, condoída daquela abandonada “franzinice” arranjou-lhe um emprego na Pensão Restaurante Mondariz. Ali teve o seu primeiro ordenado de 50 mil reis, mais a cama, a mesa e a pouca roupa lavada. Teve um percurso intenso pela hotelaria, até no Grande Hotel de Paris trabalhou, e ganhou uma experiência de que poucos empreendedores se podem gabar. Em 1981, em homenagem à “boa memória” que trazia do seu grande protetor, abriu o Alcaide. A Sua Senhora, D. Irene Marinho, segurava a cozinha com mão e panela de ferro. Para o avio da sala escolheu o senhor António Marinho, conhecido de todos por Toni, uma referência da casa que mais tarde compraria a quota ao Senhor Martins, mantendo sociedade com a Mulher Irene. O Restaurante Alcaide que, já agora, se apronta na Rua do Amial é uma grande casa de comer. Nas entradas pontificam os Queijinhos de Nisa, o Salpicão, os Joaquinzinhos ou a Alheira de Caça. Nas sobremesas destaque para o Leite-creme, as belas Queijadas de Estremoz e uma Mousse de Chocolate de belíssima estirpe. As Tripas à quinta-feira, o Cabrito de Castro d’Aire, o cozido às terças, os Miminhos de Vitela, o Entrecosto de Novilho, o Arroz de Cabidela, os fresquíssimos Filetes de Pescada, as Mílharas, o
Rodovalho, o Linguado e o Robalo são ícones da casa que acolhe gente ilustre que tem feito homenagem a este grande Alcaide do Porto e de Portugal. Uma das deliciosas novidades é a “Sopa de Lampreia”. O Avô do Senhor Martins tinha um pesqueiro no Rio Minho. Mas o pesqueiro era só um e os filhos eram 18!! Por isso, as contas eram “más” de fazer. No tempo da lampreia, o Avô Martins, socorria-se de todos os pedaços de lampreias num caldo espesso e de textura aveludada. E, com aquele jeito de quem precisa – o mesmo que fez as tripas à moda do Porto, inventou um prato de enorme sapidez e belíssima textura. Não percam também as Mílharas de Sável e tudo o que a Chefe Irene e o Toni lhe recomendarem. Porque com eles está em boas e sabedoras mãos. Nos últimos anos, dirigida com a mesma devoção e dinamismo pelo Toni, continuou a estar reservado ao moço Martins, o miúdo do Alcaide, a função de relações públicas que perdurará na memória dos tempos. Porque a agradecida barriga dos portuenses tem o bom hábito de “conhecer a mão de quem lhe dá (bem) de comer”.
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BERNARDINO COSTA
VAI UM COPO?
O MONTE
ESPUMANTE QUINTA DO ENCONTRO ROSÉ
Como diz o povo: “Ano Novo, Vida Nova. Pois bem caros leitores e enófilos da NM, para dar as boas vindas ao novo ano, seguindo um pouco o senso comum, a nossa sugestão de Baco para fazer o tal brinde é o, Espumante Quinta do Encontro Rosé. Estamos na presença de um belo espumante monocasta, com uma ótima relação qualidade preço, oriundo da zona por excelência dos vinhos espumantes, Anadia. Produzido pela Quinta do Encontro, e com a mestria do enólogo Osvaldo Amado, este belo espumante é um belíssimo parceiro de festas e não só, acreditem! De salientar também a bela obra arquitetónica que é a sua adega, bem merecedora de uma visita. Notas de prova: De cor rosada bem definida e bolha fina e persistente. Aroma intenso a framboesas, morango e cerejas. Na boca sente-se bem o seu cariz aromático bem como equilíbrio da sua acidez a conferir-lhe elevada frescura, bem com a muita elegância proporcionada pela bolha fina. Um regalo para os sentidos, acreditem. Acompanha na perfeição refeições ligeiras à base de saladas, carnes brancas, sendo também um belo aperitivo.
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Região: Anadia/Bairrada DO Castas: Touriga Nacional Vol. Alc: 12,5% PVP: 7,95€ Enólogo: Osvaldo Amado Produtor: Quinta do Encontro www.quintadoencontro.pt
Localizado no ponto mais alto de Gondomar, o Monte Crasto possui uma das melhores vistas para a cidade. Ao subir a escarpa, e já quase lá no alto, avista-se “O Monte”. Confuso? Nós explicamos! Trata-se de um Tapas bar para todas as estações. Com uma agradável lareira no interior, para as noites de inverno, ou uma esplanada soalheira para os dias mais quentes, O Monte tem uma simpática carta de tapas (onde destacamos as tábuas de enchidos), diversos Gin’s e uma sangria que deixaria qualquer espanhol invejoso. Com um ambiente relaxado e aconchegante, é um ponto de passagem excelente, para “beber um copo” e desfrutar da paisagem envolvente. ‘Bora subir?!
TODOS OS DIAS 12:00 – 02:00 (DOMINGO ATÉ ÀS 00:00) RUA DO MONTE CRASTO 4420-210 GONDOMAR
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Colchões Bases de Camas Estrados Estrados Articulados Cabeceiras Mattresses Bed Bases Bed Frames Articulated Bed Frames Headboards
www.mindol.pt | JANEIRO 2019
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BEM-ESTAR
DIETA MEDITERRÂNICA: UM RECURSO PARA O NOVO ANO TEXTO JOÃO ALMEIDA
Olá caro leitor e seja bem-vindo ao nosso espaço. Ano novo, vida nova correto? Com esta premissa em mente vamos começar o nosso tema que nos remete assim a uma dieta que eu considero uma dieta equilibrada. Chama-se dieta mediterrânea e começou a entrar em voga em 86 depois de se perceber que existia um aumento proporcionalmente igual entre doenças cardiovasculares e o aumento da ingestão de gordura nas dietas. Este aumento de gordura deve-se principalmente à industrialização da alimen56
tação pela necessidade de alimentar muitas mais bocas e de facilitar, ganhando tempo na preparação da comida num mundo cada vez mais apressado. Eu sei, caro leitor, que é uma bênção a sopa pré-feita ou a massa pronta a comer, mas tudo isso tem componentes adicionados que podem ser prejudiciais à saúde. Não, não o quero assustar ou proibir de comer seja lá o que for, apenas alertar que com a industrialização se ganha, efetivamente, tempo mas perde-se saúde. Bem, voltando à dieta, esta rege-se pelo
consumo de cereais, vegetais, legumes, frutas, azeite como gordura principal a par da gordura dos peixes, de carne branca, frutas secas … Ou seja, é uma dieta que poderá ser super-calórica quando confecionada sem consciência ou então uma dieta estupenda quando elaborada de forma pensada. O que eu aconselho é que coloque 1 colher de sopa de azeite para a confecção ou então retire o excesso de azeite da comida até porque, um alimento com gordura, não solta a própria gordura quando confecionado com uma outra gordura o que aumenta a probabilidade JANEIRO 2019 |
da gordura se tornar saturada e trazer algumas patologias menos agradáveis. Eu sei, eu sei que hoje em dia até uma alface tem propriedades que podem levar ao cancro mas é um reflexo de uma sociedade cada vez mais voltada para o consumismo e industrialização. Seja consciente e procure mais sobre esta dieta porque pode ser-lhe bem benéfica apesar de tudo o que lhe dizem sobre os hidratos. Como já expliquei, os hidratos não são um inimigo
RECEITA NM CARIL DE CAMARÃO COM LEGUMES SALTEADOS
Ingredientes 20 Camarões 215 g Curgete 230 g Beringela 160 g Cebola Azeite e alho q.b. Sal q.b. Coentros q.b.
mas sim um aliado por isso, vamos lá desfazer algumas crenças enraizadas e começar a perceber que o questionar as coisas é um dever acima de um direito. Outra grande vantagem desta dieta é a não preferência por carnes vermelhas o que diminui a probabilidade do consumo excessivo de gordura saturada. Tudo isto vem “escrito nos livros” como a dieta ideal a seguir e eu até concordo com as diretrizes mas temos de ser flexíveis e compreender que, potenciarmos X situação não quer dizer que ela aconteça, ou seja, podemos comer muito saudável e ter doenças na mesma. Mais importante do que nutrir o seu corpo, é nutrir a sua mente e esse poderá bem ser o tema da próxima rubrica. Espero que tenha gostado. Obrigado caro leitor e votos de um ótimo ano ! | JANEIRO 2019
Molho de caril 16 g Sumo de Lima 8 g Gengibre 120 g Alho Francês Fresco 3 g Caril Verde 3 g Caril em pó 190 g Natas de Soja Azeite e alho q.b. Sal q.b. Modo de preparação: Comece por cozer os camarões e reserve. Para o molho de caril, salteie em azeite o alho, o gengibre picado e o alho francês cortado em ½ luas. Junte o caril verde assim que esteja bem quente e, de seguida o caril em pó e as natas de soja. Envolva bem e deixar cozinhar em lume brando durante 5 minutos. Junte o sumo de lima e sal. Numa frigideira, coloque azeite e alho e salteie a curgete e a beringela cortada aos cubos. Uma vez salteados, junte o molho de caril e envolva. Adicione os camarões cozidos e acrescente coentros frescos em cima. Transfira a salada para o interior da alface iceberg, junte os gomos de laranja e toranja, assim como o sumo que reservou, acrescente o miolo de noz e o queijo cortado em lascas e sirva com o molho. 57
NA MINHA FREGUESIA U.F. S. MAMEDE DE INFESTA E SENHORA DA HORA
O NATAL NA UNIÃO - DESFILE DE PAIS NATAL PARAM MOMENTANEAMENTE A FREGUESIA DE SÃO MAMEDE DE INFESTA IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA
Iniciou-se no dia 1 de dezembro de 2018, o projeto “O Natal Na União” com o desfile de Pais Natal, evento inédito na União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora. Os 356 participantes percorreram e embelezaram as ruas de São Mamede de Infesta, entre a Capela da Ermida (concentração) até à Igreja Matriz de São Mamede de Infesta, coincidindo com o término da Celebração da Eucaristia. Seguiu-se a inauguração da iluminação e do Presépio da Cidade, pela Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, pela Vereadora Ângela Miranda, pelo Vereador Correia Pinto, pelo Presidente da Junta da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora Leonardo Fernandes e pelo Pe. Ricardo Silva. Leonardo Fernandes agradeceu todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuem para o êxito da atividade “O Natal na União”, deixando uma palavra de apreço a todos aqueles que participaram no desfile. Luisa Salgueiro congratulou-se com o projeto de Natal e pela dinâmica criada nas cidades. O contributo da autarquia foi enriquecer com as iluminações e decorações das Ruas e das Avenidas. A excelência do trabalho realizado até então pelas Instituições, Coletividades e Associações demonstram bem o entusiasmo colocado no desafio proposto pelo Executivo da
Junta da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, nomeadamente na decoração dos espaços públicos (rotundas).
CONCERTO DE NATAL - IGREJA PAROQUIAL DA SENHORA DA HORA “O NATAL NA UNIÃO” IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA
Realizou-se na noite do dia 14 de dezembro de 2018 pelas 21h30 na Igreja Paroquial da Senhora da Hora, um concerto de Natal protagonizado pelo o Orfeão de São Mamede de Infesta e pelo Orfeão de Gueifães da Maia. Inserido na programação “O Natal na União” em parceria com a Paroquia de Nossa Senhora da Hora, os coros, sob a direção do Maestro Sérgio Sousa Martins, ofereceram a todos os fregueses e visitantes um verdadeiro espetáculo único, composto exclusivamente por peças de Natal. O Presidente Leonardo Fernandes marcou presença e assistiu ao concerto na companhia do ilustre Pe. Amaro Gonçalo Ferreira Lopes, que no uso da palavra, sublinhou o desejo que durante todo o novo ano, este espírito natalício esteja presente em todos os lares da freguesia. 58
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“O NATAL EM UNIÃO” - INAUGURAÇÃO DO MERCADINHO DE NATAL IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA
Dia 8 de dezembro de 2018 decorreu a Inauguração do Mercadinho de Natal, na Galeria Municipal Arménio Losa, no Edifício da Junta de Freguesia de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora. Esta atividade está inserida na programação “O Natal na União” e decorre até ao dia 23 de dezembro às sexta-feira das 10h00 ás 23h00, sábado das 10h00 às 24h00 e domingo das 10h00 às 20h00). O Presidente Leonardo Fernandes acompanhado da Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos Luísa Salgueiro assistiram ao espetáculo do grupo “Artividance”, seguindo-se a visita ao Mercadinho de Natal cumprimentando todos os feirantes num gesto de agradecimento à participação.
PRESÉPIO “LUGAR DE ENCONTRO PARA TODOS!” ENCANTOU A CIDADE DA SENHORA DA HORA IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA
Dia 8 de dezembro pelas 18h30 foi inaugurado em conjunto pelo Presidente da Junta da União das Freguesias, Leonardo Fernandes, Pe. Amaro Gonçalo Ferreira Lopes, e responsáveis da Universidade Sénior Ser Mais, António Vilas e Jorge Gomes, o Presépio de Natal “Lugar de Encontro para Todos!” da autoria da Universidade Sénior Ser+ em parceria com a Paróquia de Nossa Senhora da Hora. Uma cerimónia bastante participada, contou com a presença de aproximadamente 100 fregueses que fizeram questão de ver “in loco” o presépio. Leonardo Fernandes, Presidente da Junta, desejou a todos os presentes uma excelente quadra festiva e convidou todos a participarem na atividade que se encontra a decorrer “O Natal na União” nas duas freguesias. Proferiu também, uma palavra de apreço aos mentores deste projeto, António Vilas e Jorge Gomes, que carinhosamente se empenharam e se dedicaram ao desafio lançado, não esquecendo, porém, a Associação Desportiva e Re| JANEIRO 2019
creativa Jogo de Negro, que com os seus jogos de capoeira, deram início à inauguração. Amaro Gonçalo Lopes, Pe. da Paroquia da Nossa Senhora da Hora, benzeu o presépio, sublinhando que esta obra
é uma forma de lembrar que estamos prestes a celebrar uma data especial e do aproximar de Cristo na manjedoura. É uma das mais amadas tradições da época natalícia e uma ferramenta de ensino perfeita para a as crianças.
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MATOSINHOS SPORT
MATOSINHOS (AINDA) COM MAIS DESPORTO! IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS SPORT
Matosinhos continuará no roteiro dos grandes eventos desportivos, recebendo vários de nível europeu e mundial, como a Maratona Internacional do Porto (novembro) o Campeonato da Europa de Basquetebol Sub-20 masculinos (julho) o Campeonato do Mundo de Karaté Shotokan (candidatura em curso, para setembro) o III Torneio Internacional de Polo Aquático (dezembro) e ainda a primeira edição da Aquafitness Competition (em abril/maio), entre outros. Relevamos ainda os Meetings de Natação das Escolas Municipais (março) e Inter Concelhos (junho), da participação das seleções municipais sub-16 nos XIII Jogos do Eixo Atlântico (julho) e da Gala do Desporto (novembro), entre muitos outras provas e torneios, de dezenas de modalidades, que reunirão milhares de intervenientes e espectadores, como o evento Matosinhos, Mar de Desporto, que terá lugar na marginal de Matosinhos, em finais de agosto. A aposta neste tipo de eventos, além de fomentar a prática das modalidades em causa e do desporto em geral, promove e divulga o Concelho, revestindo-se de uma crescente importância, pelo significativo retorno turístico e financeiro que aporta a Matosinhos. O parque desportivo municipal continuará a ser o palco privilegiado da prática federada de mais de 40 entidades municipais, com mais de 7000 atletas em 25 modalidades diferentes, bem como será o local de eleição para a prática desportiva informal dos milhares de matosinhenses que escolhem as atividades da rede de piscinas municipais, o 60
programa Põe-te a Mexer ou as fantásticas atividades dos campos de férias de Verão. Por outro lado, além de um colóquio sobre desporto e saúde (em data a anunciar) a Matosinhos Sport implementará no início deste ano os gabinetes de prescrição de exercício físico ao munícipe, um novo serviço, gratuito e em parceria com a Unidade Local de Saúde de Matosinhos. 2019: Matosinhos mais saudável e ativo, Matosinhos ainda com mais Desporto! ERRATA NO ARTIGO ANTERIOR DA RUBRICA MATOSINHOS SPORT, POR LAPSO, O TÍTULO NÃO CORRESPONDEU AO TEXTO EM QUESTÃO. O TÍTULO CORRETO É “GALA DO DESPORTO DISTINGUE COLETIVIDADES E ATLETAS”.
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CONCURSO DE FOTOGRAFIA Enviem-nos as vossas melhores fotografias de Matosinhos para geral@noticiasmatosinhos.com, juntamente com o nome e legenda. a melhor será publicada na edição seguinte da revista NM Matosinhos
Correia Santos | JANEIRO 2019
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MATOSINHOS HABIT
PRIMEIRA CASA TOTALMENTE ADAPTADA IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS HABIT
A MatosinhosHabit procedeu à entrega da primeira habitação totalmente adaptada a pessoas com mobilidade reduzida. Este projeto, para além do impacto na autonomia das pessoas a quem se destina, contribui também de forma positiva, pela aprendizagem, inovação, experimentação e aplicação de novos materiais, para atender aos interesses dos diferentes agentes envolvidos, por ter na sua génese uma nova forma de conceber a habitação, que se pretende que seja para toda a vida e para pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais. Para além das acessibilidades à habitação, as divisões foram pensadas de forma a permitir a mobilidade e facilitar a circulação interior de uma cadeira de rodas. A casa de banho foi totalmente adaptada desde os sanitários à base de duche. Na cozinha a disposição dos móveis facilita a aproximação e a permanecia na zona de preparação e confeção dos alimentos, os eletrodomésticos encontram-se também a uma altura que permite o fácil acesso e manuseamento. “Todo o projeto foi pensado para que o novo morador tenha um quotidiano o mais independente possível, sem que dependa de terceiros para a maior parte das funções diárias” refere Tiago Maia, administrador da Empresa Municipal. Esta habitação adaptada desenvolvida 62
numa habitação municipal, propriedade do Município de Matosinhos, que se destina a pessoas com necessidades especiais, dando assim uma resposta inovadora que facilita a sua inclusão social e contribui para a melhoria da sua qualidade de vida. É nesta perspetiva e com este espírito, que a MatosinhosHabit, enquanto gestora do património habitacional do Município de Matosinhos, encara este projeto não como um mero custo ou despesa como um investimento na qualidade de vida dos munícipes utentes, discriminando-os positivamente,
em função das suas necessidades especiais, sentindo que executa, assim, um dever essencial ao cumprimento da sua missão. Esta nova habitação era anteriormente um dos “Espaços Cidadão” da União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, que foi positivamente desocupado para a readaptação à nova habitação da MatosinhosHabit. Neste projeto esteve ainda envolvida a Delegação da Cruz Vermelha de Matosinhos, que sinalizou o novo beneficiário e irá agora providenciar o restante mobiliário adaptado. JANEIRO 2019 |
CORREIO DO LEITOR
O QUE SE DIZ NO CONCELHO?
MARIA LEOPOLDINA DINA
O grande problema é mobilidade e transportes. É insuportável conduzir na zona Sul de Matosinhos.Nunca se conduzir em Matosinhos com tanta dor de cabeça tudo tem parquímetros.
FIZ A DEVOLUÇÃO DE UMA COMPRA FEITA NA INTERNET DENTRO DO PRAZO. MAS RECEBI COMO REEMBOLSO UM VALE PARA FUTURAS COMPRAS. TENHO DE ACEITAR? PREFERIA RECEBER O VALOR EM DINHEIRO.
JOAO LOUREIRO
Um concelho com as ruas mais limpas. Matosinhos é uma cidade muito suja infelizmente.
ARMANDO JOSÉ OLIVEIRA
A28 troço Leça da Palmeira / Via Rápida. Para quando uma solução?
LILIANA TRINDADE
Gostava de sugerir melhores transportes para quem trabalha e sai depois das 20h00... já que é muito escasso. saio às 21h e só tenho transporte às 22h30
TINA SILVA
Porque não olhar para a Rua Brito capelo não tem nada atrativo para ir, não tem lojas nenhumas, podia ser mais bem aproveitada vou dar um exemplo, Santa Catarina no Porto. De certeza que iria ter muito mais movimento com boas lojas lá com metro à porta...
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Quando compramos algum artigo pela internet, podemos devolvê-lo no prazo de 14 dias após a sua receção, sendo que o vendedor é obrigado a devolver todas as quantias pagas por esse mesmo artigo no prazo máximo de 14 dias. O Consumidor não é obrigado a aceitar o reembolso do valor noutra forma que não em dinheiro, pelo que pode recusar receber o vale e exigir a devolução total do valor que pagou em numerário. Já assim não será se a compra for feita numa loja física. Aí o comerciante não é obrigado a fazer a troca ou devolução do valor. Sempre que um comerciante aceita efetuar trocas deste género ou as respetivas devoluções, está a fazê-lo a título de mera cortesia comercial e não por obrigação legalmente imposta. Isto, naturalmente, exceto se houver alguma anomalia com o produto, situações às quais se aplicam as normas relativas às garantias dos produtos. Para qualquer esclarecimento adicional, dirija-se à DECO – Rua da Torrinha, 228H, 5º, Porto ou contacte-nos através do e-mail deco.norte@ deco.pt
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HORÓSCOPO
AGENDA
CARNEIRO
BALANÇA
21 mar. a 20 abr.
24 set. a 23 out.
5 DE JANEIRO
Conhecidos por serem: Conquistadores, honestos e teimosos.
Conhecidos por serem: Compreensivos, sociáveis e indecisos.
Este mês: O ano de 2019, será marcado pelo amor e pelo romantismo. Independentemente dos feitos que decidirem realizar, todos serão marcados pela determinação e vontade de alcançar o sucesso.
Este mês: O ano de 2019 terá uma palavra de ordem: oportunidades! Tudo por que tiver de passar será essencial para amadurecer, relativizar e ver o mundo de uma outra forma.
TOURO
ESCORPIÃO
21 abr. a 21 mai.
24 out. a 22 nov.
Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.
Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.
Este mês: 2019 será um ano onde quererão que reparem neles. Devido a esta mudança, terão tendência a afastarem-se de algumas pessoas de forma a conseguirem realizar os seus objetivos.
Este mês: Os astros estarão do lado do seu lado durante todo o ano de 2019. Contudo, será necessário recuperar a sua autoestima para fazer face a possíveis situações menos positivas que possam ocorrer.
GÉMEOS
SAGITÁRIO
22 mai. a 21 jun.
23 nov. a 21 dez.
Conhecidos por serem: Comunicativos, Companheiros e preguiçosos.
Conhecidos por serem: Aventureiros, sonhadores, os eternos insatisfeitos.
Este mês: O ano de 2019, será de realização profissional, onde a vontade de fazer mais e cada vez melhor se imporá ao quotidiano. Passarão por algumas fases menos positivas onde o seu espírito da análise, a sua flexibilidade e a sua inteligência serão essenciais.
Este mês: O ano de 2019 não será muito simples para os/ as nativos/as de Sagitário… Isto porque, algumas dúvidas surgirão relativas a entregarse ao amor ou ao seu desejo de liberdade constante.
CARANGUEJO
CAPRICÓRNIO
22 jun. a 22 jul.
22 dez. a 20 jan.
Conhecidos por serem: Criativos, terem um excelente sentido de humor e bastante emotivos.
Conhecidos por serem: Disciplinados, responsáveis e pessimistas.
Orquestra de Família de Matosinhos Avenida Menéres 456
11 A 13 DE JANEIRO
15 A 2 DE MARÇO
Este mês: Por mais complicadas que possam ser as situações que se atravessarão no seu caminho, sentir-se-á sempre protegido/a e terá a certeza que tomará sempre as decisões mais acertadas.
Exponoivos Exponor
Presépios na Coleção de Cristóvam Dias Galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca
LEÃO
AQUÁRIO
23 jul. a 22 ago.
21 jan. a 20 fev.
19 DE JANEIRO
Conhecidos por serem: Criativos, fortes e vaidosos.
Conhecidos por serem: Divertidos, companheiros, temperamentais.
Este mês: O ano de 2019 não será dos mais calmos, pois algumas contrariedades que não eram de todo esperadas, poderão surgir… e sem aviso prévio! A sua determinação e a sua garra serão postas à prova.
Este mês: O ano de 2019 será movimentado, pois as mudanças por que anseia desde 2018 poderão materializar-se. Contudo, será importante fazer um balanço de todas as suas realizações de 2018 e metas realizáveis.
VIRGEM
Este mês: Terá muitas ambições relativamente ao ano de 2019. Contudo a sua impaciência fará com que tome a maior parte das suas decisões por impulsividade, o que nem sempre será positivo.
PEIXES
23 ago. a 23 set.
21 fev. a 20 mar.
Conhecidos por serem: Perfecionistas, observadores e extremamente críticos.
Conhecidos por serem: Sensíveis, românticos e sonhadores.
Este mês: Ficará feliz pois terá todas as oportunidades para mostrar o seu verdadeiro “Eu”, para mostrar as suas capacidades e para tomar todas as decisões necessárias ao seu bem-estar.
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27 DE JANEIRO
Este mês: 2019 será um ano quase perfeito. Os momentos privilegiados com a família serão bastantes, a nível sentimental e profissional será bem-sucedido/a… Sentir-se-á nas nuvens, conseguindo ignorar as preocupações do quotidiano.
The Happy Mess Teatro Municipal de Matosinhos
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