Revista Notícias Matosinhos #01 - Agosto 2017

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Ano 1 | Nº 1 | Preço: 1,5€ IVA incluído

JORGE MAGALHÃES CONTA-NOS A SUA HISTÓRIA DE VIDA E OS PLANOS PARA FUTURO | AGOSTO 2017

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ESPLANADAS DE VERÃO ESCOLA SECUNDÁRIA DA BOA NOVA O QUE FALHOU NA RECOLHA DO "LIXO" 1


Colchões Bases de Camas Estrados Estrados Articulados Cabeceiras Mattresses Bed Bases Bed Frames Articulated Bed Frames Headboards

www.mindol.pt 2

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AGOSTO 2017 ENCARTE PAG 10 LEÇA À NOITE

ÍNDICE

ROTEIRO EM LEÇA DA PALMEIRA

28 JOSÉ FAFIÃES A PAIXÃO PELO DESPORTO AUTOMÓVEL

54 AR LIVRE CAMINHADA NOS PASSADIÇOS

CAPA

PERFIL

GASTRONOMIA

POLÍTICA

CULTURA

EVENTOS

Entrevista a Jorge Magalhães, médico, pai e um apaixonado por Matosinhos

Salomé Ferreira, a matosinhense que é campeã de boxe feminino

Visitámos o Chanquinhas e a Hamburgueria da Praia, em Leça da Palmeira

Saiba quem são os candidatos às autárquicas do dia 1 de outubro

Casa da Arquitetura abre portas em novembro

Lançamento da NM Matosinhos e apresentação das equipas do Leixões SC, com Cristina Ferreira

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O MÊS EM REVISTA Francisco Samuel Brandão

Meteorologia com valores instáveis para a época, um verão que já não é o de outros tempos a fazer meditar Donald Trump sobre os acordos de Paris no que concerne ao futuro do Planeta, o povo começa, legitimamente, as férias, aparentemente mais desafogadas do que há uns anos atrás, mas por outro lado, os nossos bombeiros não têm tempo para isso, ao contrário de António Costa, o nosso primeiro-ministro, que à distância no tempo merece nota negativa por ter abandonado uma situação de crise, indo de férias, quando sessenta e tal portugueses pereciam numa tragédia de que não há memória. Mesmo assim, o discurso da oposição não abona muito por tentar tirar desforço de uma situação de infelicidade que podia cair em qualquer momento com qualquer governo, esquecendo ainda, que o culminar desta tragédia mora no seu tempo de governação, porque na prática sabia que tudo isto podia acontecer e não preveniu as situações a pensar que quem viesse depois fecharia a porta. Pena é que esteja a perder o seu tempo, porque no atual contexto, nem Passos Coelho nem Assunção Cristas têm qualquer hipótese de alcançar a cadeira do poder e, a primeira prova, pode já ser dada em outubro próximo, nas autárquicas, onde Matosinhos será com certeza mais uma vez o retrato da vontade do povo. A este propósito, no alinhamento do que tínhamos definido anteriormente sobre os candidatos à Câmara Municipal de Matosinhos, ouvimos Jorge Magalhães, putativo candidato do PSD, personalidade de mérito, pelo percurso de vida retratado em entrevista, vem dizer que os matosinhenses estão tristes e propõe algumas ideias, não virgens, que farão esta gente sentir-se melhor. A ideia é boa, mas a história tem demonstrado que todos ex-presidentes da edilidade, por sinal com residência no centro esquerda, a começar por Narciso Miranda até ao saudoso Guilherme Pinto proporcionaram um desenvolvimento no concelho que deixou os ma-

tosinhenses num patamar de qualidade de vida interessante que dificilmente será ultrapassado por qualquer proposta de outras cores partidárias. Aliás, a nível de direção nacional, a começar pelo seu líder, o PSD demonstra algum desnorte, para não se falar, domesticamente, das atribulações na escolha do candidato laranja. Não chegam as magníficas fotografias promocionais de atividade da empresa que gere os lixos em Matosinhos para convencer as pessoas, ou entidades interessadas nos seus serviços, que estamos a falar duma casa com prestígio e bons serviços prestados. Não! Na prática o resultado do primeiro mês de exercício contratual com câmara, a empresa que limpa Matosinhos deixa a terra com mau aspeto a fazer-me lembrar as ruas de Istambul, mas há trinta anos. A população, algumas vezes, também não ajuda muito em matéria de civismo, mas há que estudar previamente esses deslizes para que não se chegue a um estado de limpeza caótico. Desde muito pequeno que me habituei à circulação do mais emblemático meio transporte rodoviário do concelho de Matosinhos. Toda a gente conhecia os Resendes e os seus transportes, que desde há muitos anos encurtam distâncias entre lugares, freguesias e o coração da cidade, provavelmente transportando, nos seus assentos de madeira de então milhares de pessoas com destinos cruzados. Registo com pena e preocupação que, desde há tempos, este emblema começou a ser notícia na comunicação social pelas piores razões, donde ressaltam questões de segurança para os utentes e população em geral. Há que fazer algo de concreto e objetivo no sentido de minorar estragos futuros evitando o crescimento do seu largo palmarés nestas matérias. É preciso investir e renovar o parque de transportes ou então acabar de vez com ele para, nada nem ninguém estar sujeito a este latente perigo. Uma boa razão para dois casos em que Eduardo Pinheiro deve usar os galões para limpar a casa.

FACEBOOK.COM/REVISTANM-MATOSINHOS 4

FICHA TÉCNICA Diretor: Francisco Samuel Brandão Director Adjunto: Mário Costa Editor: Emídio Brandão Coordenação: Rita Carreira Matos Assistente de Direção: Carolina Costa Leite Corpo Redatorial: António Souza-Cardoso; A. Cunha e Silva; Bernardino Costa; Carlos Dias; Carlos Marinho; Carolina Costa Leite; Emídio Brandão; João Almeida; Joaquim Queirós; José Henrique Correia; José Carlos Oliveira; Paulo Gaspar; Paulo Nogueira; Prof. Dr. Júlio Pinto da Costa; Paulo Mengo de Abreu; Rita Carreira Matos; Teresa Teixeira; Tiago Leão; Tiago Oliveira Fotografia: Correia dos Santos e José Manuel Ferreira Coordenação Design: Joana Alves Santos Paginação: Tiago Oliveira Diretora Comercial: Sónia Dias Publicidade e Assinaturas: Manuela Duarte Distribuição: Norberto Pereira Propriedade/Impressão: Emibra, Lda, Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Email: revista-nm@emibra.com Sede de Redacção: Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Direcção Postal: Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos Tlf. Geral: 229 999 310 Tlf. Redação: 229 999 315 Registo: ERC 127008 Depósito Legal: 428306/17 Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares

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Rua Alfredo Cunha, 546 Telf.: 229 381 131 / 229 381 940 Fax: 229 384 766 4450 Matosinhos

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IMAGEM DO MÊS

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CAPA

JORGE MAGALHÃES JORGE MAGALHÃES NASCEU EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS E VIVE EM LEÇA DA PALMEIRA HÁ MAIS DE 35 ANOS. CASADO, PAI E AVÔ DEDICA A SUA VIDA À MEDICINA, À FAMÍLIA E À COMUNIDADE. FOMOS CONHECER O HOMEM QUE DESDE PEQUENO PESCAVA À BEIRA-MAR COM O PAI, NA TERRA QUE O ADOTOU: LEÇA DA PALMEIRA.

IMAGENS CORREIA DOS SANTOS 8

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MATOSINHOS TEM QUE DAR A VOLTA

NM - Conte-nos como foi a sua juventude? JM - Nasci em 1954, em Oliveira de Azeméis, o meu pai era engenheiro eletrotécnico e tinha uma oficina de reparação de pequenos eletrodomésticos, onde eu costumava trabalhar enquanto estudava. Em 1957, a pedido do meu avô paterno, que precisava de quem o ajudasse na gestão de uma propriedade em São Lourenço, Minas Gerais, Brasil, fui com os meus pais e com o meu irmão António para lá. A minha mãe não se deu bem e, em 1959, regressámos, fomos viver para o Porto, zona do Carvalhido, até 1980. Nesse ano, trabalhei em Mesão Frio, juntamente com a minha esposa, depois viemos para Matosinhos e, desde 10

1982, que moramos em Leça da Palmeira. Mas, de 1960 até 1982 vinha com o meu pai para a praia de Leça e para o Cabo do Mundo todos os verões. Vínhamos pescar desde as oito e meia da manhã até à hora de almoço, ainda hoje é uma zona que me transmite energia, tranquilidade é um local que frequento muitas vezes. No fundo desde a minha infância que estou ligado a esta terra. NM - Porque decidiu estudar medicina? JM - Fiquei na dúvida se ia para engenharia ou medicina, o meu avô era médico e eu gostava imenso de medicina, de poder ajudar os outros, da emergência, mas também gostava

da engenharia, da eletricidade, ainda hoje é uma área que me alicia. A medicina, se nós percebermos os mecanismos não é complicada, mas a minha vocação principal é poder ajudar os outros e foi isto que me levou a ser médico. Mas não foi fácil porque, durante todo o meu liceu, saía das aulas e ia ajudar o meu pai na oficina Radial, na Rua Pedro Hispano, no Porto, era o mais velho de três irmãos e sentia-me na obrigação de ajudar. Hoje se voltasse atrás fazia rigorosamente o mesmo. NM - Em que locais trabalhou? JM - Estive um ano em Mesão Frio e depois estive três anos em Tarouca. Quando fui para Tarouca já dava aulas na Faculdade de Medicina, no Porto, AGOSTO 2017 |


onde lecionei de 1976 a 1995, ajudava também um cirurgião e trabalhava como médico num concessionário de automóveis. Nos primeiros seis meses ia e vinha todos dias, foi uma altura complicada. Quando já estava destacado para vir para o Porto, o Ministério da Saúde colocou-me como delegado de saúde, diretor do centro de saúde e diretor do hospital em Tarouca, então entre 1982 e 1985, os meus dias eram entre Tarouca, Porto e Leça da Palmeira. De 1985 até 2015 fui médico no Centro de Saúde de Ramalde. Desde que me formei que sou também médico voluntário do Santuário de Fátima. NM - Porque escolheu viver em Leça da Palmeira? JM - Não podia esquecer as raízes da minha mulher que é filha de um matosinhense e de uma leceira e o meu gosto desde pequeno por esta terra. Leça e Matosinhos para mim são a minha terra natal.

MATOSINHOS PAROU NO TEMPO

NM - Atualmente, é médico no Centro Social e Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto, em Perafita e na ALADI (Associação Lavrense de Apoio ao Deficiente Intelectual), em Lavra. O que o motiva a estar ligado a estas instituições? JM - Nós vamos ficando mais velhos, naturalmente, temos de pensar que devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem a nós. Se ajudarmos os mais idosos a terem uma melhor qualidade de vida ajudamo-nos a nós próprios e, ao mesmo tempo, damos um exemplo à comunidade, o que é muito importante. O conceito de família perdeu-se e é preciso recuperar o conceito de entreajuda. Quanto ao ALADI, os utentes têm o direito à vida e à integração na comunidade, naquela instituição há pessoas fantásticas e talentosas, no natal, por exemplo, fazem presépios maravilhosos, faço coleção de alguns até. NM - Foi vereador na CM de Matosinhos, entre 1997 e 2001, o que o levou à militância política? JM - Sou militante do Partido Social Democrata (PSD), desde 1989. Ingressei num partido em que as suas

linhas gerais coincidiam com o meu pensamento de poder ajudar, dando-me oportunidade para ter uma posição mais ativa na sociedade. Enquanto vereador fui aprendendo algumas coisas, fiquei com mais conhecimento para lidar com os problemas na sociedade, muitas vezes, desencadeados por ações das câmaras municipais. NM - O que o motiva a candidatar-se à Câmara Municipal de Matosinhos? JM - Sou candidato porque acho que Matosinhos tem que dar a volta, os matosinhenses não me parece que sejam felizes. O que vou dizer pode ser “forte” mas, Matosinhos parou no tempo, é preciso ir aos alicerces dos problemas. Uma das medidas que proponho é a redução da carga fiscal, os matosinhenses pagam muito de impostos, ao nível do IMI, IRS, derrama. Ao reduzi-los é possível atrair novos investidores, mais pessoas e riqueza para o concelho. Construíram-se habitações a mais sem perceber a capacidade de mobilidade dessas pessoas, à hora de ponta, sair ou entrar em Matosinhos é o caos. Este concelho não pode ser visto como dormitório do Porto, Matosinhos tem que voltar a

Livro português

"A mão do diabo" de José Rodrigues dos Santos Livro estrangeiro

"O caminho do Peregrino" de John Bunyan Filme

"Les uns e les autres" de Cloud Lelouch Figura portuguesa

Manuel Arriaga Figura estrangeira

Irmã Teresa de Calcutá Destino

África

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ser considerada a terceira maior cidade do país, como já foi em tempos. A economia tem de ser revitalizada pela indústria e comércio, pela criação de mais postos de trabalho. NM - Que outras medidas propõe e que áreas considera prioritárias? JM - A inter-relação entre o jovem e o idoso. Há a possibilidade de se criar mais lares de permanência e lares de dia, se a isto juntarmos a possibilidade de crianças do pré-escolar e escolar conviverem com estes, os mais jovens vão aprender toda uma história e cultura, preservando a nossa identidade. Por outro lado, os jovens vão ensinar aos seniores coisas que eles já não tem capacidade de aprender. Desta interli-

fruir da cidade. Matosinhos tem restaurantes de excelente qualidade mas não criou mais condições. A câmara criou ficticiamente eventos como os Piratas, a Lenda de Cayo Carpo, a Feira Medieval, em Leça do Balio, eventos que pretendo manter se for eleito, mas que são temporários, temos que pensar ao longo de todo o ano. Os navios

chegam ao Terminal do Porto de Leixões e os turistas vão logo para o Porto, quando se devia levar estas pessoas a conhecer e visitar Matosinhos, mas a parte histórica da cidade nem sequer está devidamente sinalizada. É precioso criar à saída do Terminal atrativos que levem os turistas a querer conhecer Matosinhos. Um exemplo que dou

Prato

Bacalhau Valores

Honestidade/dignidade Inspiração

Cristo Banda portuguesa

Banda da Armada Portuguesa Banda estrangeira

Banda e Coro do Exército Russo

gação criam-se e mantém-se ligações e preserva-se o conceito de família e interajuda. Outra área está relacionada com a revitalização e dinamização do comércio de rua no sentido de fixar mais jovens no concelho. NM - Indo de encontro ao que está a dizer, acha que Matosinhos está a saber aproveitar o boom do turismo que se vive no Porto? JM - Não. O Porto criou infraestruturas para que as pessoas possam usu12

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OS MATOSINHENSES NÃO ESTÃO FELIZES

é levar os ranchos a atuar, mostrando as nossas raízes e cultura, cativando as pessoas. Mas há mais: espetáculos de rua, revitalização do comércio tradicional, com produtos típicos. NM - Em termos de mobilidade e acessibilidades o que há a fazer? JM - Nós temos um cancro que é a circunvalação e as acessibilidades a Matosinhos e Leça da Palmeira. É preciso que a Área Metropolitana do Porto pense nisto a sério, porque não é só um problema do nosso concelho, tem de haver uma interligação. Dentro do concelho devem ser criados meios de transportes mais rápidos mas, para isso, é preciso redefinir a rede viária, as pessoas agora são obrigadas a ter carro se quiserem morar em determinadas zonas do concelho. A somar a isto, temos a contratualização de empresas de transportes que dão problemas há pelo menos 20 anos, sendo que, só agora, a dois meses de eleições, é que estão a ser tomadas medidas para corrigir esta situação.

NM - Como vê a municipalização da educação? JM - O Governo ao delegar nas autarquias novas responsabilidades, por um lado, está a desresponsabilizar-se neste setor, dando às autarquias novas competências. Acho que esta medida tem um lado muito positivo que é o facto de acabar com os constrangimentos nos concursos de professores e consequente atraso no arranque do ano letivo. O problema é que a descentralização educacional proposta pelo Governo não é total, pois não abrange as contratualizações dos professores que continuam a ser feitas pelo Ministério da Educação e não pela autarquia.

Música portuguesa

"A Samaritana", Fado de Coimbra Música estrangeira

"Memorys" da musical "The Cats" de Andrew Lloyd Webber Hobbies

Colecionismo e Leitura Desporto

Pesca e Desporto Automóvel

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NM - Que outras medidas pretende tomar? JM - Na questão da saúde há problemas por resolver, não posso conceber que haja matosinhenses que demorem tempos infinitos para terem uma consulta no centro de saúde. O acesso ao Hospital Pedro Hispano também tem de ser melhorado. Há muitas areias que têm de se limpar em Matosinhos. NM - A sua candidatura é um projeto a quatro anos? JM - Não, no mínimo é um projeto a oito anos ou mais se assim os matosinhenses o entenderem. Primeiro é preciso criar os alicerces de todos os projetos que temos em mente, depois é preciso “construir”, nada se consegue fazer em quatro anos, por isso, é no mínimo um projeto a oito anos. Não vou fazer obras para enganar, criou-se um centro comercial muito bom, mas ao pé de um hospital e agora tem de se construir à pressa um acesso de emergência ao hospital. Agora vão aumentar o Norteshopping e eu questiono: como vai ficar o trânsito? É preciso criar alicerces, não só obras de embelezamento. Quero que os matosinhenses sejam verdadeiramente felizes. 13


PERFIL

SALOMÉ FERREIRA

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PRATICANTE DE BOXE, PORQUÊ? Experimentei a modalidade por curiosidade e adorei. Aprendi a ver o boxe de outra forma, não é só um desporto de contacto, possui muita técnica, sendo uma modalidade que exige perspicácia e inteligência. O boxe representa também uma mais-valia na defesa pessoal. O QUE JÁ CONQUISTOU NESTA MODALIDADE? Campeã nacional e regional de boxe, na categoria de 54 quilos, em 2016. Campeã regional de kickboxing, na mesma categoria, em 2015. Iniciei-me na competição, em 2009, já participei em 22 combates, com 20 vitórias, uma derrota e um match nulo. HOBBIES? Treino, leitura, passeio e cinema. VIAGEM DE SONHO? Austrália. PRATO FAVORITO? Salmão com legumes salteados. NOVOS DESAFIOS? Boxe For Ladies, projeto recente no ginásio VR Fitness, em Leça da Palmeira, onde dou aulas de boxe a mulheres. O projeto embora muito recente está a correr muito bem, a procura tem sido gradual, as aulas são divertidas, mas com um grau de esforço elevado ao nível de verdadeiras atletas! Outro desafio é a abertura de um estúdio para dar treino físico e boxe como personal trainer, onde a ideia passará por ser o/a atleta a marcar a sua própria aula mediante a sua disponibilidade.

IMAGENS JORGE GIESTA | AGOSTO 2017

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ESPLANADAS: APROVEITE O VERÃO DE MATOSINHOS ATÉ ANGEIRAS DE OLHOS NO MAR OU SIMPLESMENTE PARA APROVEITAR O SOL, HÁ MUITAS FORMAS DE GOZAR O VERÃO, SEMPRE COM BONS PETISCOS E COCKTAILS A ACOMPANHAR.

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A ESPLANADA MAIS BONITA ONDAS DO MAR – CAFÉ LOUNGE Provavelmente a esplanada mais bonita de Matosinhos”, dizem os fiéis frequentadores e clientes, mas também quem chega pela primeira vez. Ganha pontos devido à sua excelente localização, com o metro disponível a poucos metros e com uma vista deslumbrante para a Praia de Matosinhos e para o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. Seja para almoçar, jantar, beber um chá, petiscar ou apenas tomar um café, o Ondas do Mar – Café Lounge é um 18

dos locais de eleição, situado no final da Avenida da República, no início da Marginal de Matosinhos, com uma fantástica esplanada, onde nada é deixado ao acaso. No interior, também com vista para a praia, o espaço é perfeito para almoços e jantares de grupo. O peixe fresco é um dos atrativos mas, os pratos de carne também fazem as delícias da casa. Todos os dias há menu com prato de carne ou de peixe. Os coktails, gins e a sangria são alguns dos bons motivos AGOSTO 2017 |


SUGESTÃO NM ENTRADA Porto tónico e salmão fumado PRATO Filetes de pescada com salada russa

que levam muitos a relaxar ao final do dia ou ao fim de semana no Ondas do Mar. Deolinda Alves o rosto simpático que recebe todos com a mesma boa disposição, está à frente do negócio há cinco anos, mas conta com uma vasta experiência, mais de 20 anos, no ramo da restauração, onde liderou espaços de renome no Porto, Leça da Palmeira e Matosinhos. O Ondas do Mar – Café | AGOSTO 2017

Lounge preparou para o mês de agosto uma série de eventos temáticos e espetáculos de música ao vivo. Para estar a par destas festas basta consultar a página de Facebook oficial do bar. Com horário alargado ao longo do ano, aqui a mudança de estação quase não se sente, "seja inverno ou verão, dinamizamos diversos eventos todos os meses", afirma a responsável.

SOBREMESA Bolo caseiro de cenoura e chocolate DAS 08:00 ÀS 02:00 TODOS OS DIAS AVENIDA REPÚBLICA, 47 MATOSINHOS TLF. 229 376 513 ONDASDOMAR47@GMAIL.COM WWW.FACEBOOK.COM/CAFE.ONDAS.DO.MAR/

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ONDAS SOBRE O MAR

RUA DE ALMEIRIGA NORTE, PERAFITA

Alia o restaurante com peixe e marisco fresco, à esplanada com vista privilegiada para a Praia do Cabo do Mundo. Ideal para beber um copo antes de jantar, marcar um café com amigos ou saborear um gelado com chantilly, especialidade da casa.

VAGAS

XIRINGUITO

AVENIDA NORTON DE MATOS, MATOSINHOS

AVENIDA CORONEL HELDER RIBEIRO, LEÇA DA PALMEIRA

O Restaurante Bar Esplanada Vagas está localizado em Matosinhos junto ao mar da Praia Cidade São Salvador, uma das mais emblemáticas praias do Norte. O restaurante e esplanada apresentam um menu com uma grande variedade da cozinha mediterrânica a completar com sumos naturais e cocktails refrescantes. O Vagas tem um encanto especial pois a vista deslumbrante e os aromas marítimos tornam cada momento único.

A sangria de frutos vermelhos e a salada servida em metade de abacaxi são alguns dos motivos que levam muitos a almoçar nesta esplanada deslumbrante, situada junto à Praia do Aterro, em Leça da Palmeira. Com vista para o mar, é ótimo para saborear um gelado ou recarregar baterias durante os dias de praia, o Xiringuito é também opção para almoçar e relaxar nos dias de trabalho.

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BAR PEDRAS DO CORGO

RUA PADRE AMARO, LAVRA

Longe da azáfama do centro, entre a praia e o centro de Lavra, este é um bar onde se pode levar as crianças para almoçar tranquilamente durante um dia de praia. Ao fim de semana, principalmente no verão, tem espetáculos de música ao vivo.

KEBRADA

LAIS DE GUIA

RUA DA AGUDELA, PERAFITA

AVENIDA NORTON DE MATOS, MATOSINHOS

Situado na praia com o mesmo nome, este bar é ideal para aproveitar o sol e ouvir o barulho do mar, enquanto coloca a leitura em dia. Local calmo, resguardado e relaxante, com uma grande esplanada, onde nada é deixado ao acaso, como os puffs colocados estrategicamente no espaço exterior.

Com uma vista privilegiada sobre o Terminal de Cruzeiros de Leixões, no extenso areal da Praia de Matosinhos, o Lais de Guia é excelente para relaxar e contemplar o pôr do sol, enquanto se bebe um coktail ou um batido de fruta. Ideal para almoçar e jantar ou simplesmente para um snack rápido. As ofertas são muito diversificadas.

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GASTRONOMIA

O BOM DA COZINHA PORTUGUESA AQUI TÃO PERTO O CHANQUINHAS A completar 43 anos, o restaurante situado no coração de Leça da Palmeira é encantador, a começar pela decoração clássica, com elementos que nos fazem viajar no tempo, com peças dignas de museu. Com nova gerência desde o dia 1 de julho de 2016, a simpatia e boa disposição do staff manteve-se pois, apesar da mudança, os colaboradores permaneceram no restaurante. As propostas para um almoço ou jantar são várias e podemos começar pelo pastel de camarão, gambas à La Guillo, passando pelo rodízio composto por pimentos padrón, pataniscas, petinga e cogumelos. Nos pratos principais, as sugestões também são diversas e igualmente deliciosas: pescada à marinheiro, o cartão de visita da casa, bacalhau à moda de Braga e arroz de cabidela. 22

Os rojões à minhota e as tripas à moda do Porto também devem ser tidos em conta. Nas sobremesas, o Chanquinhas prima pela exclusividade de ser dos únicos restaurantes no concelho que tem o Crepe Suzette, preparado na hora, em plena sala, uma delícia típica da gastronomia francesa, que vai bem com uma bola de gelado. O leite creme queimado, o pão de ló ou o pudim abade de priscos também fazem parte das especialidades. O restaurante organiza jantares para grupos em duas salas distintas, a sala VIP, com capacidade para 40 pessoas, o salão rústico para 80 e a sala principal possui 70 lugares. De salientar que convém reservar mesa, sobretudo, ao fim de semana. Siga a nossa propostas e deixe-se encantar pelas delícias e simpatia deste local.

SUGESTÃO NM ENTRADA Rodízio de tapas PRATO PRINCIPAL Tripas à moda do Porto Arroz de Cabidela SOBREMESA Crepe Suzette BEBIDA Montes Ermos Douro tinto ou branco Preço médio para duas pessoas: 45 euros SEGUNDA A SÁBADO DAS 12:00 ÀS 15:00 E DAS 19:30 À 00:00 DOMINGO: DAS 12.00 ÀS 15:00 RUA DE SANTANA 243, LEÇA DA PALMEIRA A PARTIR DE SETEMBRO FECHAM À SEGUNDA-FEIRA

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HAMBÚRGUERES COM VISTA PARA O MAR HAMBURGUERIA DA PRAIA Em novembro de 2016, abria em Cedofeita a Hamburgueria da Praça, um projeto implementado pelas mãos do jovem chef Hugo Bessa, de 30 anos, cujo conceito revelou ser um sucesso. Estando as suas origens intimamente ligadas à renovada vila de Leça da Palmeira, Hugo Bessa decidiu trazer os seus hambúrgueres até à praia, e assim nasce, a 15 de junho de 2017, um novo espaço, de seu nome Hamburgueria da Praia, com uma invejável vista para o mar. O espaço com 80 metros quadrados tem 38 lugares sentados, no interior e 16 na esplanada. “O Porto era um mercado que eu não dominava”, conta o chef, “Leça da Palmeira é a minha terra, conheço muito melhor, sei como são as pessoas aqui...” Na nova hamburgueria tudo foi pensado ao pormenor, desde a decoração ao menu, passando pela simpatia e profissionalismo do staff. A carta foi adaptada à nova localização | AGOSTO 2017

do restaurante e à sua temática, sendo possível provar hambúrgueres e pregos cujos nomes nos lembram em tudo a praia e o mar: o Navegador, com alface, tomate, mozzarella e azeitonas laminadas; o Farol, com cogumelos Portobello, agrião, queijo parmesão e cebola roxa; o Sereia, que tem gambas laminadas ao alho, com alface, gema de ovo braseada, queijo flamengo e molho cocktail. Outras opções são o Âncora, com presunto serrano, queijo da Serra, ovo estrelado, cebola caramelizada e alface roxa; o Pôr do Sol, de alheira de Mirandela, ovo estrelado, queijo de cabra e mel; e o vegetariano, com alface, tomate, cebola confitada, mozzarella envolvida em ervas e molho de iogurte. Para terminar em beleza a sua refeição, tem ao seu dispor a famosa sobremesa da casa, a Pennacota com molho de morango, o cheesecake de frutos do bosque, a merengada de lima e a açaí com granola, iogurte grego e mel.

SUGESTÃO NM PRATO O Sereia SOBREMESA Pennacota com molho de morango TERÇA A DOMINGO, ENTRE AS 12H E AS 16H E AS 19H E 23H. RUA SARMENTO PIMENTEL, 63 4450-790 LEÇA DA PALMEIRA

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ANTÓNIO DE SOUZACARDOSO

ICHIBAN

Av. do Brasil 454 4150-153 Porto Tlf.: 226 186 111 ichiban.foz@gmail.com

A vida é feita de modas e quando o sushi e os sushiman viraram moda em Portugal, era ver os restaurantes chineses a transformarem-se de um dia para o outro, nos tranquilos e imperiais restaurantes japoneses. Digo isto porque no Porto há poucos restaurantes japoneses, nesta aceção cultural e gastronómica da palavra. Um deles é o Ichiban - que, não é por acaso, significa - o que está em primeiro lugar! Filipe Dams (que já abandonou o projecto) e João César Machado foram os empreendedores que fundaram este lugar tranquilo e inspirador nos seus três meios pisos. Se for sushiano, vai estar na sua praia. O peixe é todo fresco e todo da nossa costa, Açores incluído. Mas se o produto faz a diferença toda, o resto que não é pouco, sobra para quem o tra-

lhe dar.As tempuras de gamba e de polvo são do melhor que tenho comido. Há um truque no polme que julgo que é pôr e tirar do fogo forte, mas é aí que se vai buscar aquele crocante que casa tão bem com a textura suave da gamba e do polvo. Tenha sempre um miso ao seu lado. É uma sopa, não mais do que isso, quase comparada, se lhe tirar a carne, a um caldo do cozido. Mas tem um efeito calmante e pode ser bebido não antes, mas durante a refeição. Aqui o dashi é sublime e, por isso pode confiar em qualquer dos caldos ou arrozes que lhe são servidos. Onde depois de uma longa aprendizagem me reconciliei com a cozinha japonesa foi no sashimi. Aqui sim, fico deliciado com o pargo, o carapau, o atum (o famoso tomo) o

balha e, a verdade, é que Filipe Dams e João César Machado tiveram a inteligência de ir buscar um grande Chef japonês. Dizem as más línguas que iam criando na altura, um severo problema diplomático, porque segundo consta foram desencaminhar à Embaixada do Japão nada mais nada menos que o Chef principal do Embaixador - o Chef Masaki Onishi. Se é "sushiano" ou aficionado pela cozinha verdadeira e histórica do Japão, não tenho nada para lhe ensinar. Apareça e verá com os seus próprios olhos ou, para ser mais rigoroso, com a sua própria boca que eu não exagerei. Mas se não é sushiano, como eu não sou, então já tenho umas dicas para

rodovalho, o peixe galo... É o mar a estropiar-nos os sentidos de tal ordem que o meu conselho é comerem devagar, com a mesma suavidade que é usada para cortar cirurgicamente esta carne do mar. O Ichiban tem um menu executivo por 16,5 euros. Mas tem miso, tem entrada, tem sushi ou sashimi, ou peixe, ou carne, tem tarte ou bola de gelado, enfim tem tudo, por um preço justo em qualquer lado do mundo. Enfim, caro leitor, aqui fica mais um restaurante de mar, este a representar a cultura e a cozinha japonesa, com um rigor e um cuidado que fazem mesmo dele - o primeiro de todos.

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VEJA A NOSSA SUGESTÃO

INSPIRAÇÃO NORTENHA EM LISBOA DOTE CERVEJARIA MODERNA

Em outubro de 2015, Paulo Freitas e Henrique Fernandes decidem criar um novo conceito de cervejaria numa das mais emblemáticas Avenidas de Lisboa, a Avenida da Liberdade. Nasce assim o primeiro restaurante Dote, com uma cozinha típica portuguesa, que se inspira na arte de bem receber do norte, sob a gerência de João Gaito. No espaço de um ano e nove meses já abriram mais dois restaurantes em Lisboa, sempre com o mesmo conceito de cervejaria moderna, onde a estrela é a francesinha. Os clientes são recebidos pelo chef de sala Jhonisson Silva, e na cozinha são muitas as variedades preparadas pe26

las mãos do chef José Figueiredo, das mais tradicionais às mais criativas. É o caso da francesinha, filetes de polvo com arroz de feijão, costeletas de borrego grelhadas com manteiga de hortelã, espetada de tamboril com gambas, lombo de bacalhau com crosta de azeitona e tornedó do lombo em redução de vinho tinto. Para acompanhar nada melhor que a carta de vinhos exclusivamente portuguesa. O espaço está bem organizado, de forma a receber grandes grupos, famílias e até mesmo casais. A sua simpática esplanada convida quer de verão quer de inverno.

SUGESTÃO NM ENTRADA Strudel de queijo de cabra com ameixa, nozes e mel PRATO Hambúrguer de alheira de caça SOBREMESA Tarte de maça com leite creme PREÇO MÉDIO 12,50€ por pessoa TODOS OS DIAS DAS 12:00 À 01:00. DOTE BARATA SALGUEIRO RUA BARATA SALGUEIRO, 37 A 1250 – 042 LISBOA DOTE ALVALADE AV. DA IGREJA, 24 B 1700-237 LISBOA DOTE ODIVELAS RUA PULIDO VALENTE, 6C 2675-670 ODIVELAS

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VAI UM COPO?

BERNARDINO COSTA

CASA DO LIVRO

AVIDAGOS

BRANCO 2015

Tanta é a oferta nos tempos atuais, no que aos prazeres de baco diz respeito, que escolher um vinho, muitas vezes acaba por ser uma aventura. Muitas vezes olhamos para as estantes das garrafeiras com uma ideia do que procuramos, seja porque já conhecemos e é um valor seguro, seja porque lemos aqui ou ali algo sobre um determinado vinho, região ou produtor que nos despertou alguma curiosidade, ou então por sugestão de um amigo, aí sim torna a nossa busca muito mais simplificada. Se assim não for, é mesmo uma aventura, tal é a diversificação da oferta. Pois bem, este mês caros leitores e enófilos, para além da sua qualidade intrínseca e com uma ótima relação qualidade preço, a nossa sugestão é o Avidagos Branco 2015 Douro DOC. Um vinho e produtor relativamente pouco conhecidos. A Quinta dos Avidagos é um produtor de vinhos DOC Douro da qual Pedro Tamagnini é a cara mais visível, explora quatro quintas com vinhas, localizadas num raio de 5 km da Régua na região do Douro, pertencentes à família Nunes de Matos. Sendo as castas utilizadas para a produção deste branco, são as autóctones: Gouveio, Rabigato, Viosinho e Malvasia Fina.

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Avidagos Branco 2015 Região: Douro D.O.C Castas: Malvasia Fina, Gouveio Real, Vital , Viozinho e Arinto Teor Alcoólico: 12,5% P.V.P: 4,80€ Produtor: Nunes de Matos Pedro Tamagnini: info@quintadosavidagos.com Notas de Prova: De cor citrina com nuances palha. No aroma revela boa intensidade onde sobressaem os frutos de caroço já maduros (ameixa branca e pêssego). Na boca mostra-se cremoso, diria amanteigado, acidez no ponto, fresco, fruto também das notas minerais onde e também se confirmam a notas de fruta de caroço e com final de boca persistente, mas, muito agradável. Um belo conjunto, acreditem.

Partindo de um conceito de puro lazer e descontração, a Casa do Livro é um espaço onde a intemporalidade dos livros e a variedade dos vários sons musicais, seja pelos Dj´s convidados ou concertos ao vivo, contribuem para o despertar de novos sentidos.

Os cocktails e os vinhos são os mais procurados, neste espaço icónico, em plena Baixa do Porto. RUA DA GALERIA DE PARIS, 85 PORTO TLF.22 202 5101 HORÁRIO: TODOS OS DIAS DAS 21:00 ÀS 03:00

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REPORTAGEM

AO VOLANTE DO DATSUN 1200 IMAGENS NUNO ORGANISTA E JOÃO BRAGA AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE

José Fafiães ingressou na competição do desporto automóvel, em 2007, quando participou no Circuito da Boavista, no Porto, num carro emprestado por amigos que depois decidiu adquirir, para participar em mais provas. Numa sala repleta de troféus, onde ainda falta o primeiro lugar no circuito de Vila Real, fomos conhecer a paixão e as histórias deste piloto e empresário da indústria metalúrgica.

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Quais os troféus mais emblemáticos que conquistou? O de campeão nacional é sem dúvida o mais importante. Em 2010, foi fantástico fazer parte da equipa de três pilotos, que venceu a prova de seis horas de Braga com um carro pequeno, um Datsun 1200. Agora já começo a ficar “chateado” em ser vice-campeão, é a terceira vez que fico em segundo lugar no campeonato nacional. Em Vila Real e no Estoril tive azar com avarias no carro e não venci. Este ano, estou em segundo lugar novamente, mas se ganhar as quatro provas que ainda faltam, garantidamente, sou campeão. Quando há imprevistos como acidentes ou avarias como reage? Este ano, em Vila Real, desisti da prova por uma das avarias mais improváveis, avariou a bobine elétrica. Quando há acidentes é mais complicado, o ano passado, também em Vila Real, desfiz um carro num acidente que envolveu seis viaturas, levei um toque por trás e já não houve nada a fazer. Nestas situações é complicado, reclamamos sempre e, por vezes, é preciso esfriar os ânimos, sabe que, em termos de custos, estamos por nossa conta e risco…

CIRCUITO DE VILA REAL

Quando começou esta paixão pelo desporto automóvel? Com os meus 10 anos assisti às corridas em Luanda, II Grande Prémio Palanca Negra, onde por sinal houve um grave acidente com Andrade Villar, em Porsche e, além do próprio piloto, houve alguns mortos e vários feridos. Recorda-se do momento/episódio que o fez querer ser piloto? O querer, penso que sempre existiu, o poder é que não. O desporto automóvel é um desporto caro, logo, no meu caso, sempre houve outras prioridades a cumprir. Com 15 anos o meu pai deu-me uma Honda Mini Monkey e alterei tudo o que pude. Na altura, era o melhor “piloto do mundo”, pensava eu.

HÁ COMPETIÇÕES MUITO DESGASTANTES, JÁ ME ACONTECEU TERMINAR UMA PROVA E NÃO ME AGUENTAR DE PÉ NO FIM. Sempre correu em competições de clássicos? Sim, a minha primeira corrida oficial foi no circuito da Boavista, em 2007, com um Datsun de troféu, que começou por uma brincadeira entre amigos. Desde logo decidi evoluir o carro para GR 2 tornando-o mais competitivo. O investimento é enorme, pelo que tento usufruir deste ao máximo, não mudando para outras categorias. O gosto pela velocidade é o principal aliciante? Sem dúvida, velocidade e adrenalina. O que passa pela sua cabeça quando o semáforo vermelho se apaga? No início era complicado, olhava para tudo sem ver nada, com o tempo aprendemos a controlar os ânimos, neste momento, só ouço o barulho do motor, tenho em atenção a posição de cada um na pista, estou o mais concentrado possível no semáforo. Vamos todos numa expectativa enorme, no momento, em que passa a meta parece que tudo cai, como se fosse um castelo de cartas.

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Que tipo de preparação física faz para aguentar estas provas? Não sou o melhor exemplo, não faço qualquer preparação, tenho um trabalho que já exige muito de mim fisicamente, no entanto, tenho uma preocupação em beber muita água, antes e durante as provas, há competições muito desgastantes, já me aconteceu terminar uma prova e não me aguentar de pé no fim. Como é conciliar a paixão pelas corridas com a vida profissional? É muito complicado, testar sequer o carro, tenho pouco tempo. Por exemplo, este ano, foi a primeira vez que realizei testes e não correu muito bem. As corridas fazem com que perca sempre as sextas-feiras e tenho de coordenar o trabalho com os meus colaboradores.

1º LUGAR, H75, AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE

Qual é o seu piloto de referência? Desde pequenino que colecionava as histórias dos pilotos, nesse tempo, o meu ídolo era o Jackie Stewart, depois admirava Nigel Mansell, gosto muito dos carros da Ferrari. Há sempre uma marca que nos diz mais. Pensa no dia em que deixará de correr? Não penso muito nisso, ainda, mas sei que um dia tenho de deixar, hoje, quando por qualquer momento tenho de desistir já fico “a roer as unhas”, mas também desde que a minha vida permita vou continuar, porque a parte financeira é determinante, este desporto é dispendioso.

PAULO MENGO ABREU

TRANSIÇÃO E RETENÇÃO NO ENSINO BÁSICO Por vezes alguma comunicação social lança temas que, sem uma análise detalhada, mais do que esclarecer, objetivamente, confundem. Vem isto a propósito da mais recente polémica relacionada com a notícia de que as escolas estavam a transitar alunos com quatro e cinco negativas. Ora tal “novidade”, que não o é, de todo, não resiste a uma análise mais profunda baseada na lei e no conhecimento daqueles que diariamente estão no terreno. Vejamos: a legislação vigente, de há anos a esta parte, refere que a retenção tem caráter excecional; às escolas é permitido definir, através do Conselho Pedagógico, e, com caráter indicativo, os critérios de transição no ensino básico e nos anos não terminais de ciclo, sendo que, nos terminais, os critérios estão definidos por lei; porque cada caso é um caso, devem os Conselhos de Turma analisar a situação de cada aluno (percurso escolar, necessidades educativas, meio socioeconómico, entre outros) e perceber se a retenção contribuirá positivamente para o seu percurso escolar; a decisão de retenção deverá acontecer se se entender que até ao final do ciclo o discente não conseguirá recuperar e, portanto, não atingirá os objetivos aí definidos. Posto isto, duas questões que merecem alguma reflexão: seria legítimo analisar-se com a mesma bitola, no ensino básico e, portanto, dentro da escolaridade obrigatória, alunos oriundos do Bairro do Cerco e de Belém? Não deverá a escola pública funcionar como amortecedor social?

Como é o ambiente entre os pilotos? Os pilotos são todos amigos, há uns mais que outros, claro que há “guerras”, em termos de competição, mas há uma sã convivência entre todos e espírito de entreajuda, emprestamos material uns aos outros, se for preciso, por exemplo. 30

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Av. Afonso Henriques, 1580 Prolongamento da Av. da República s/n

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JOAQUIM QUEIRÓS

O PRAZER DE ANDAR NAS BOCAS DO MUNDO

Pronto, dirão alguns, lá vem a maldita da política. Calma, amigos, essa coisa com grande sabor e proveito para alguns, já não consegue ter acesso às nossas cansadas goelas. O prazer de que pretendemos falar, de andar nas bocas do mundo, é das sardinhas, esse peixinho maravilhoso e que pede meças em benefícios para a saúde dos humanos, às trutas, cavalas, atuns, arenques e salmões. Isso mesmo. O tal ómega que todos precisamos. A sardinha é, sem dúvida alguma, 32

perdoem-nos a ousadia, é a embaixatriz de Matosinhos. Frita, de escabeche a fazer saltar a língua de encontro ao céu da boca como ela faz no bater das ondas do mar; salgada e cozida com batatas e grelos; em conserva que está em todas as mesas do mundo, saltando no paladar de gente branca, negra e amarela; assada acompanhada de batatas e pimentos, acompanhada de um vinho fresquinho de qualquer região portuguesa, sardinha assada que é quase uma bandeira nacional acenada desde Vila

Real de Santo António ao saltar da ponte de Valença do Minho. A sardinha assada que vemos em Matosinhos, por exemplo, ter mais importância que um discurso vibrante de um presidente, mimoseada pelo apetite de nacionais e estrangeiros, enquanto dos inúmeros fogareiros e, desculpem os outros, do grande inspirador e condutor de verdadeiros hinos de sabor saído dos grelhados do Serrão. É verdade que a sardinha de há mais de meio século era o alimento da gente mais pobre e fez história dos pais doutrora de alimentarem a família sob a disciplina imposta pela pobreza de “uma sardinha para três”, ela foi crescendo de tamanho e categoria e formosamente deitada num colchão de azeite e tomate, de barco ou de avião, começou a passear-se pelo mundo que sabe apreciar. Passou a ter honras internacionais. Hoje, há não aniversário português ou visita estrangeira que não tenha na sua mesa a “senhora embaixatriz” a Sardinha, com a sua capa bordada a afagos de fogo, a pérolas de sal e abençoada com gotas de um vinho, qual banho de rosas. E cá ficamos à espera de mais meia dúzia. Marisco? Não, mandem entrar a senhora embaixatriz – a Sardinha. AGOSTO 2017 |


PAULO GASPAR

PORQUE OUSAR DEFENDER A FLEXIBILIDADE CURRICULAR? FECHAR A SETE

AV. SERPA PINTO,756 R/C D 4450-283 | TLF. 220 930 126 GERAL@FECHARASETE.COM

RESTAURANTE PIZZARIA BONN LEÇA

AV. DR. FERNANDO AROSO, 1248 4450-587 LEÇA DA PALMEIRA TLF. 229 953 870 | AGOSTO 2017

Situada no centro da cidade de Matosinhos, a loja garante há 20 anos a segurança de todos os seus clientes. Com o slogan “A loja de segurança da sua confiança”, a Fechar a Sete trata da abertura de portas, cofres e carros com o maior sigilo, bem como, a duplicação de chaves auto e habitação.

O Restaurante/Pizzaria Bonn Leça é um espaço familiar, localizado em Leça da Palmeira, especializado em pizzas e outros pratos italianos, como lasanha, tagliatella com camarão e tagliatella bolonhesa. Serve também alguns pratos da cozinha nacional, tais como posta de vitela à mirandesa, francesinhas e bacalhau à Braga.

Na simplicidade de alguns comportamentos de uma criança podemos, na prática, explicitar o que se espera com a flexibilidade curricular nas nossas escolas. Há uma dezena de anos, ao acompanhar a infância do meu filho, era extraordinário ver o seu entusiasmo ao assistir à série infantil “Bob, O Construtor” e a sua minuciosa capacidade de observar, pacientemente, as aranhas a construir as suas teias. Se por um lado, delirava(mos) ver o Bob a construir pontes atrás de pontes num emaranhado de vias, por outro lado ficava(mos) em absoluto silêncio, observando o trabalho fantástico das aranhas na construção das teias. Assim, se num período “pré-Bob”, na sala de aula sempre se “construiu” uma simples e longa “auto-estrada”, onde todos os alunos tinham de percorrer o mesmo caminho; no período “pós-Bob”, na sala de aula, “constroem-se” pontes, possibilitando-se deste modo que, cada aluno faça a escolha da sua ponte para percorrer o seu próprio caminho. Neste contexto, é primordial que o professor abandone o seu “poder monárquico”, do interior espacial e, comece a construir um coletivo interdependente expresso no desenho da(s) “teia(s) escolar(es)”. Com efeito, só o “mestre” caminhando ao lado dos seus alunos, facilitará o caminhar de todos pelas diferentes “pontes do sucesso”. Tudo isto só será exequível se a escola for ousada, abandonando paradigmas do passado que em nada contribuem para a felicidade do sucesso do presente. Caminhemos sem medos… 33


ENSINO

IMAGENS CORREIA DOS SANTOS

UMA ESCOLA DE AFETOS ESCOLA SECUNDÁRIA DA BOA NOVA, LEÇA DA PALMEIRA A Escola Secundária da Boa Nova, em Leça da Palmeira, promove desde há vários anos uma forte relação com a comunidade onde está incluída. Inês Marques Vilar está nesta escola há 27 anos, quinze dos quais passados na direção. Há sete anos assumiu a posição de diretora. Numa entrevista à nossa revista, a professora contou-nos um pouco sobre os vários projetos que tem em curso Notícias Matosinhos: Quais têm sido os maiores desafios na direção desta escola? Inês Marques Vilar: O maior desafio é estarmos numa escola que não teve qualquer obra de requalificação no meio de um parque escolar que está 34

todo requalificado e renovado. A escola tem feito um esforço enorme para conseguir que os alunos tenham o ensino com o mínimo de condições e equipamentos. Mas não é uma escola com um edifício tão atrativo como as restantes escolas que foram requalificadas. NM: E qual a oferta formativa que têm disponível? IMV: Temos os quatro cursos científico humanísticos a funcionar: ciências e tecnologias, línguas e humanidades, ciências sócio económicas e artes visuais. E, já com uma certa história e consolidação, temos três cursos profissionais: o técnico auxiliar de saúde, o técnico comercial e o de técnico de gestão e programação de sistemas informáticos.

NM: Sobre os projetos de solidariedade da escola, quais destaca? IMV: Há dois projetos que em termos de relações humanas e solidariedade são magníficos. Um envolve os seniores da comunidade, que é o “Informática para Todos”. São os nossos alunos do curso de informática, no seu tempo livre, que ensinam os nossos seniores a trabalhar com computadores. Temos 45 alunos idosos ensinados pelos mais jovens. Temos outro projeto na vertente da solidariedade, em que alunos do 12º ano, com tardes livres, adotam alunos do ensino básico com dificuldades. São eles que fazem a tutoria. Em termos de resultados escolares e de correção de comportamentos tem sido uma mais-valia enorme. AGOSTO 2017 |


NM: Falou-nos sobre esta escola ser uma escola de afetos. Refere-se à relação com os alunos? IMV: E com a comunidade. Nós temos em primeiro lugar uma associação de pais muito interventiva e colaborante, o que é muito bom já que estamos todos a trabalhar para o mesmo objetivo. Muitos destes pais foram nossos antigos alunos e, portanto, há um sentimento de pertença à escola. Isso contribui para que parte da associação colabore imenso nos projetos da escola – mesmo nas pequenas obras. Nesta escola naturalmente que nos importamos com o sucesso académico dos alunos, mas mais que isso, interessamo-nos com a formação integral do aluno. Daí que a escola tenha 21 projetos, porque realmente para nós é muito importante que possamos dizer que formamos boas pessoas e não só bons alunos.

projeto educativo é muito engraçada: tem escrito um conjunto de valores que foram identificados pelos alunos e comunidade educativa como primordiais. E aparece o sucesso, mas aparecem também muitos valores ligados a essa formação integral do aluno, que para nós é muito importante.

NM: Em termos de projeto educativo, quais são as vossas linhas orientadoras? IMV: Preocupamo-nos com o sucesso. A esse propósito a capa do nosso

NM: Esta escola tem a particularidade de ser a única do concelho de Matosinhos que tem alunos autistas no secundário. Como é feita a integração destes alunos na escola?

INÊS MARQUES VILAR, DIRETORA | AGOSTO 2017

IMV: Sim, temos a unidade de autismo do ensino secundário. Esta escola é um bocadinho sui generis, o que resulta da preocupação do pessoal docente e não docente com a formação integral do aluno e no ênfase dado ao respeito pelo outro e à solidariedade. Por parte dos outros alunos, que os recebem muito bem, não há olhares que mostrem a diferença. Eles participam quando há atividades da escola, tentamos sempre integrá-los. NM: E o balanço que faz é positivo? Foi um grande desafio integrar estes alunos na escola? IMV: Este ano foi o segundo ano que funcionou, é recente, mas o balanço é muito positivo. Sei que está a ser bastante difícil abrir outras unidades no concelho, porque os recursos humanos que têm de ser adstritos são muitos. Naquela unidade tenho três funcionárias da escola de forma exclusiva. Temos um aluno que precisa de uma pessoa a tempo inteiro, por exemplo. NM: Como vê o projeto da flexibilidade curricular, em que 25% do currículo passa a ser definido pela escola? INM: Embora concorde com esta medida, em termos organizacionais não vai ser fácil. Nós estamos formatados para algo que nos impõem do minis35


tério com determinada carga horária que temos que cumprir. Mas penso que com algum trabalho de preparação durante o próximo ano letivo vamos chegar ao que todos desejávamos – que o currículo esteja adaptado ao contexto interno e externo de cada escola. NM: Falando agora do projeto Aproximar, que dá mais competências à Câmara e retira às escola. Dessas competências, o que não deveria migrar? O que deveria ficar na escola e o que deveria ser da câmara? IMV: As competências ligadas à gestão do pessoal não docente. A câmara dá uma doação de poderes aos diretores para organizar o trabalho do pessoal não docente, mas há situações muito complicadas. O pessoal não docente percebe que quem é o superior hierárquico não é o diretor, mas sim a câmara. E isso levanta algumas questões, porque existe um retirar de um poder que é necessário à organização do dia-a-dia das escolas. O projeto Aproximar vai depender de quem estiver à frente dos desígnios da educação na câmara. Neste momento temos um vereador da educação que foi professor e diretor de uma escola e, por isso, tem uma certa sensibilidade para estas questões de gestão escolar. Mas

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não sabemos quem vai integrar este pelouro amanhã, o que pode deixar as coisas totalmente diferentes. A escola fica um pouco dependente da política educativa municipal. NM: E esse será o vosso principal problema nesta coordenação? IMV: Nós temos que ver que só estamos no projeto Aproximar há três anos. Ainda há muita coisa por afinar e não vamos olhar para tudo como negativo. Vamos olhar no sentido de colaborar e de pensar que as coisas vão ingressar no bom caminho. Mas dando um exemplo, nós estamos no projeto em que certas competências foram entregues à câmara e que já não devíamos responder por elas ao ministério e estamos, neste momento, a responder a duas entidades. Ou seja, o ministério delegou competências à câmara e não se quer consciencializar que já não lhe pertencem, que são da câmara. E nós, escolas, é que estamos aqui neste confronto de que temos que responder às duas exigências, porque não nos podemos esquecer que dependemos da direção central. NM: Na sua opinião, quais são as vantagens e desvantagens deste projeto? E o que haverá ainda a afinar?

IMV: Em termos de pontos fortes, e nos quais a câmara já nos ajudava imenso mesmo sem ter essa competência, o auxílio em determinadas obras às vezes de valor mais avultado. Neste momento temos uma resposta rápida por parte da câmara em termos de recursos materiais. Os alunos e professores talvez ainda não se apercebam desses problemas funcionais. Em termos de gestão é que é um bocadinho mais complicado com a câmara – ainda existe um pouco de confusão sobre quem manda no quê. E o caso do pessoal não docente é mais problemático. E falo dos auxiliares, mas se falarmos do pessoal superior técnico, como os psicólogos, a confusão ainda é maior. Porque o psicólogo que foi colocado na escola, para orientação vocacional dos alunos, vê-se um pouco perdido porque alguém na câmara pretende que faça mais alguma coisa para além das funções para as quais foi contratado. Eles já não têm que prestar contas ao ministério, mas foram colocados pelo ministério na escola para um determinado serviço. AGOSTO 2017 |


CARLOS MARINHO

SEMMERING

NM: O que gostaria de dizer à comunidade sobre a sua escola e aquilo que a distingue? Eu penso que é como diz o presidente da nossa associação de pais: a nossa escola não é melhor nem pior que as outras, é diferente. Há realmente por parte de todos os elementos da comunidade escolar e educativa um espírito de colaboração enorme: eu sei que posso contar com as pessoas. Aqui os alunos também têm muita autonomia e criatividade, que lhes é dada pelos professores e mesmo pela diretora. NM: E ter alunos aqui com 19 e 20, é um orgulho? IMV: Claro que sim. Mas, mais que isso, é um orgulho saber que são boas pessoas, indivíduos magníficos mesmo. Que quando é preciso ajudar os outros todos arregaçam as mangas. Para mim o maior orgulho, para além dos resultados académicos, é ouvir dizer que são excelentes pessoas.

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A matemática é a ciência mais antiga do planeta Terra. Muitos são os matemáticos que estiveram à frente do tempo. Tiveram razão antes do tempo. Determinadas descobertas vieram a ser fundamentais na evolução do nosso mundo. A geometria de Ptolomeu, a alavanca de Aristóteles, a visão telescópica de Galileu, a progressão geométrica na lousa de Gauss, o referencial cartesiano de Descartes, o duelo matinal de Galois, a maçã de Newton ou Hamilton e os quaterniões entre outros realizaram descobertas que permitem que nos dias de hoje o ser humano tenha uma qualidade de vida quase incogitável. A pergunta que se pode fazer é a seguinte: se todos estes brilhantes matemáticos, génios das suas épocas não tivessem, através da matemática, feito estas descobertas, será que teríamos a mesma qualidade no nosso dia-a-dia? A resposta é simples e direta. Não! A matemática está na base de tudo. Todas estas descobertas permitiram sistematizar o desenvolvimento. Sem a matemática ainda estaríamos na idade da pedra, mesmo considerando que todas estas descobertas baseadas na matemática estão dotadas de invisibilidade. A matemática não se vê. A maioria não percebe nem consegue ver a importância da matemática. Este artigo generalista faz lembrar uma bela história que aconteceu numa zona dos Alpes entre a Áustria e a Itália chamada “Semmering”. É uma montanha muito íngreme e alta. Uns visionários deram ordens para que nessa zona se construísse uma linha férrea para ligar Viena a Veneza. Construíram essa linha férrea mesmo antes de existir o comboio de ligação. Construíram-na porque sabiam que um dia chegaria o comboio. As descobertas/construções de modelos matemáticos serviram de base à descoberta de tudo, antecipando grandes coisas, fazendo lembrar o inóspito local de Semmering. Quando os matemáticos descobriram estas importantes soluções, nesta montanha alta e íngreme chamada matemática, eles sabiam que um dia haveria algo importante que surgiria a todo o vapor... 37


POLÍTICA

CANDIDATOS DO MOVIMENTO "ANTÓNIO PARADA SIM!” A MATOSINHOS António Parada é candidato independente à autarquia matosinhense, juntam-se a ele: Diana Tomé, natural de Matosinhos, foi a escolhida para liderar a candidatura a Matosinhos, Leça. Para a UF de Lavra, Perafita, e Santa Cruz do Bispo o candidato é Gustavo Pinhal. Como candidato à Senhora da Hora, São Mamede de Infesta, a escolha recaiu em Erica Sousa. Por último, José Leirós é o candidato a Custóias, Leça do Balio, Guifões.

BLOCO DE ESQUERDA NA FEIRA DA SENHORA DA HORA O Bloco de Esquerda visitou a Feira da Senhora da Hora no passado dia 15 de junho para ouvir e contactar com a população. Juntamente com os candidatos autárquicos esteve a coordenadora nacional do partido Catarina Martins. O BE tem como candidatos aos órgãos autárquicos: Ferreira Santos, Câmara Municipal de Matosinhos, Sílvia Moutinho Carreira, UF de Matosinhos e Leça da Palmeira, Jorge Sousa candidato à UF de Sra. da Hora e São Mamede de Infesta, Marco Santos para a UF de Perafita, Lavra e S.C. Bispo e Ernesto Magalhães, candidato à UF de Custóias, Guifões e Leça do Balio.

CANDIDATOS DO MOVIMENTO “NARCISO MIRANDA POR MATOSINHOS” O movimento liderado por Narciso Miranda tem como candidatos às freguesias António Moutinho Mendes, atual presidente da Freguesia de S.Mamede de Infesta e Senhora da Hora, Rodolfo Maia Mesquita, atual presidente da UF de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Armando Paulo Brandão Oliveira, candidato à UF de Matosinhos e Leça da Palmeira e ainda Bruno Miguel da Silva Pereira para a UF de Custóias, Leça de Balio e Guifões.

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PS APRESENTOU CANDIDATOS AOS DIFERENTES ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

FALAR “DE CIMA DA BURRA” No Hospital Pedro Hispano, a CDU defende a melhoria das acessibilidades estendendo o transporte elétrico gratuito, Tuk boleias, até à estação de metro. O apoio às pequenas e médias empresas (PME) também é uma das preocupações da candidatura liderada por José Pedro Rodrigues, assim a CDU pretende estender a isenção da derrama a todas as PME's, com um volume de negócios anual igual ou inferior a meio milhão de euros.

CDU APRESENTA PROPOSTAS No Hospital Pedro Hispano, a CDU defende a melhoria das acessibilidades estendendo o transporte elétrico gratuito, Tuk boleias, até à estação de metro. O apoio às pequenas e médias empresas (PME) também é uma das preocupações da candidatura liderada por José Pedro Rodrigues, assim a CDU pretende estender a isenção da derrama a todas as PME's, com um volume de negócios anual igual ou inferior a meio milhão de euros.

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Um dia assisti a uma cena contagiante. Vinha de metro (entre a estação da Trindade e Matosinhos) e reparei numa menina, muito sossegada mas atenta, sentada no seu carrinho de bebé que a mãe segurava. Na estação seguinte entrou um cidadão deficiente que se fazia locomover num carrinho adaptado e a criança, que até ali não tinha falado com ninguém, de imediato começou a falar com aquele cidadão como se ambos já se conhecessem há muito tempo. Até a mãe da pequenita estava pasmada. Após algumas estações aquele cidadão preparou-se para sair. Apercebendo-se disso a criança pergunta-lhe se ele vai embora e ao saber que sim a menina começou a atirar-lhe beijinhos e a dizer-lhe adeus, situação que se manteve já com a porta do veículo fechada e com o mesmo em andamento. Fiquei a interrogar-me sobre o porquê daquela criança ter ganho, de forma tão rápida, uma empatia tão grande para com aquele cidadão e de repente descobri. Quer ela, quer ele, estavam ao mesmo nível. Sentados num carrinho, ao contrário dos outros passageiros. Lembrei-me, de imediato, que tantas vezes nos custa comunicar com os outros porque podemos, sem darmos por isso, estar a falar “de cima da burra” como se fossemos superiores àqueles com quem queremos comunicar. Independentemente da posição social, profissional ou de liderança que ocupemos, devemos lembrar que o segredo para uma eficaz comunicação é não falar “de cima da burra” e tratar os outros com o respeito que todos os seres humanos merecem.

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CRÓNICA

PROFESSOR DOUTOR JÚLIO PINTO DA COSTA

ALBERGARIAS E MERCEARIAS Entre as primeiras instituições de assistência existentes em Portugal contavam-se as albergarias e as mercearias. A albergaria, cuja primeira, em Portugal, foi fundada por D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques) em Mesão Frio, foi a instituição que antecedeu o hospital (spital). Recebia doentes, mas também peregrinos e viajantes. Não tinha quadro médico ou de enfermagem mas apenas curiosos que iam mitigando o sofrimento daqueles que necessitavam de cuidados. Uma vez por outra recebiam a visita de médi-

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cos (físicos), quase sempre com uma preparação deficiente. Havia, contudo, um conjunto de albergarias com melhores condições e, por isso, mais procuradas: as que se situavam nos conventos. Eram servidas por frades e tinham, por isso, uma assistência mais regular e de melhor qualidade, tanto mais que o saber nesta área era dominado pelos religiosos, quer devido ao seu acesso aos livros, quer como resultado da transmissão oral de conhecimentos. As albergarias situadas nos conventos tinham, para além da enfermaria, uma farmácia (botica), uma biblioteca

e uma pequena horta para cultivo de plantas medicinais. Embora não seja objecto de muitas referências, também o convento de Bouças (Bouças de Baixo, em Matosinhos) teve a sua albergaria (Serrão, citado por Graça, em Hospitais e outros estabelecimentos assistenciais até ao final do Século XV). Terá sido, inclusive, uma das mais antigas existentes em Portugal (provavelmente, do Século XII ou XIII). Em Lavra também existiu um convento, talvez do Século IX. Contudo, António Francisco Ramos (Lavra. Apontamento para a sua monografia) nada diz sobre a existência, aí, de uma albergaria. Outra instituição assistencial dos primeiros tempos da nacionalidade foi a mercearia. O termo servia para designar os estabelecimentos que se destinavam a acolher pessoas pobres, por vezes nobres caídos na desgraça, dando-lhes dormida e comida. A troco desta mercê, eram os mesmos obrigados a rezar diariamente pelo seu benemérito e a cuidar dos seus bens. Em Matosinhos houve, pelo menos, uma mercearia junto ao mosteiro de Leça do Balio. É António do Carmo Velho de Barbosa (Memória histórica da antiguidade do mosteiro de Leça, chamado do Balio) que o diz. Do lado direito de quem está virado para a igreja havia uma construção, logo a seguir à torre, na qual moravam merAGOSTO 2017 |


ceeiros e merceeiras, ou seja, os que beneficiavam da generosidade de um terceiro. O próprio autor do livro antes citado aí morou, quando o expulsaram da residência em que vivia. A edificação em causa terá sido erguida para receber a rainha Santa Mafalda, filha de D. Sancho I, por volta de 1250. Na planta que se junta, retirada da obra referida, as casas mencionadas estão identificadas a ponteado. Nelas terão também vivido os capelães da Capela de Ferro, o pároco e, mais recentemente, os caseiros do bailiado. Foram demolidas em 1844. As albergarias e as mercearias foram estabelecimentos assistenciais que assumiram uma enorme importância nos primeiros séculos da existência de Portugal e até mesmo antes. Inaugurados por beneméritos ou por reis, deles dependeu o bem-estar de muitos portugueses. O concelho de Matosinhos não ficou à margem deste movimento.

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MUNDO

O “TESOUREIRO DA EUROPA” Quando a troika esteve em Portugal e durante todo o período mais grave da crise económica, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão despertou “ódios e paixões”. Há portugueses que nem podem ouvir falar dele, há outros que apreciam a sua veia política e o conhecimento aprofundado das finanças europeias. A Portugal teceu sempre duras críticas e, na sua opinião, fomos muitas vezes vistos como incumpridores. Recentemente, surpreendeu portu42

gueses e até vários dirigentes europeus, ao comparar o atual ministro das Finanças português, Mário Centeno a Cristiano Ronaldo. Terá sido pelo cumprimento do défice? Não se sabe ao certo o motivo. Mas antes deste feliz episódio, mais concretamente, em março, tinha lançado um alerta ao nosso país: “Certifiquem-se de que não precisam de resgate”, reforçando mais uma vez a ideia de que “a pressão imposta nos planos de resgate funcionou bem”. Há já quem AGOSTO 2017 |


JOSÉ HENRIQUE CORREIA

O BLOCO DE NOTAS DE MATTEO RENZI Se quiser voltar ao poder, o ex-primeiro-ministro italiano só tem a ganhar em inspirar-se no novo Presidente francês. A eleição de Macron levanta problemas a Matteo Renzi, apesar dos pontos comuns, de que tanto se falou na assembleia do Partido Democrata (PD) que voltou a eleger Renzi para secretário-geral (a 30 de abril). Macron é uma novidade na paisagem política francesa e europeia. Já Renzi, sendo certo que foi novo, deixou de o ser. Presidente recém eleito, prepara-se para reconstruir o eixo com Berlim para determinar os equilíbrios do velho continente, possivelmente em detrimento da Itália. Renzi saiu há pouco do Palácio Chigi (sede do Governo italiano), após a estrondosa derrota política no referendo de 4 de dezembro. Tentará regressar, sim. o considere o “tesoureiro da Europa”, visto que muitas das medidas não avançam sem a sua aprovação. Talvez muitos não saibam que o facto de estar numa cadeira de rodas se deve ao facto de, em outubro de 1990, ter sido vítima de uma tentativa de assassinato, numa ação de campanha eleitoral, no Estado Federal de Baden-Württemberg. Sobreviveu, mas desde então que se desloca em cadeira de rodas depois de sofrer paralisia parcial ao levar um tiro na coluna vertebral. | AGOSTO 2017

Pode-se discutir o valor da inovação em França ou Itália, onde o descontentamento com os governos e obrigações impostas por instituições supranacionais, aliado ao sentimento latente de insegurança, lança a população nos braços de populistas. Macron ganhou por ser reformista, tecnocrata, europeísta, nem de direita nem de esquerda. Contestou a estrutura política da V República, os partidos da alternância e Marine Le Pen. Mas está exposto às armadilhas na novidade: a política 2.0, reduzida ao marketing dos candidatos e sujeita ao humor flutuante dos eleitores, sensíveis às promessas, mas pouco dispostas a pagar o preço das mesmas. Renzi tem algo a ensinar a Macron e alguma coisa a aprender dele. O líder do PD venceu o humorista Beppe Grillo (do movimento 5 estrelas) nas europeias de 2014, no entanto Grillo viria a travar-lhe as reformas políticas. Macron derrotou Le Pen, deverá todavia, conter-se. Renzi reeleito para liderar o PD, pode aprender com Macron a convicção que ganha quem mostra a coragem das suas ideias, não quem renuncia a elas ou pega nas dos adversários. Em vez de apresentar, retirar e repor a bandeira estrelada da Europa, é melhor deixá-la desfraldada ao vento. Para vencer novamente, Renzi só precisa de ser igual a si próprio. 43


SAÚDE

MANTER O CÉREBRO SAUDÁVEL É UMA PRIORIDADE DE TODAS AS NAÇÕES UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS ASSOCIA-SE AO DIA MUNDIAL DO CÉREBRO COM INICIATIVAS DE INFORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO À POPULAÇÃO SOBRE O AVC No dia 22 de julho celebrou-se o Dia Mundial do Cérebro dedicado ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma epidemia que em Portugal atinge cerca de três pessoas por hora, resultando num total aproximado de 25 mil portugueses num ano. Só no Serviço de Urgência do Hospital Pedro Hispano/ ULSM são atendidos, todos os anos, cerca de 800 novos doentes com AVC, provenientes dos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. 44

É sobre estes números que importa refletir, por duas razões fundamentais: primeiro porque o AVC se pode prevenir e segundo porque o AVC se pode tratar. Isto significa que o AVC não é uma fatalidade. É possível reduzir o seu número e aumentar a proporção de doentes que recupera completamente depois de um AVC, voltando a assumir as suas funções na sociedade e na família.

Como prevenir Como cidadãos somos responsáveis por reduzir, desde cedo, o nosso risco individual de sofrer um AVC, sendo essencial para isso vigiar e combater ativamente os principais fatores de risco modificáveis: tabagismo, consumo excessivo de álcool, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, colesterol elevado, doença cardíaca como a fibrilação auricular. É muito importante que, todos os anos, com a ajuda do nosso médico de família, façamos um balanço individual destes factores e iniciemos estratégias para os corrigir. AGOSTO 2017 |


Como tratar Hoje é possível desobstruir, atempadamente, os vasos sanguíneos e tratar os doentes em unidades de AVC, aumentando assim a probabilidade de uma boa recuperação. Tanto a população como as instituições de saúde devem estar preparadas, pois “tempo é cérebro”. A população precisa de conhecer os sinais de alerta e saber como ativar, rapidamente, a Via Verde para o AVC. Assim, sempre que identifique a instalação abrupta de um dos sinais de alerta para AVC ou 3F, como será mais fácil de fixar: - Alteração na Fala com dificuldade em se expressar ou perceber o que lhe dizem; - Face descaída de um dos lados (boca ao lado); - Perda de Força num dos lados do corpo. Deve contactar o número nacional de emergência médica 112 e ativar a Via Verde para o AVC. Ao fazê-lo, está a garantir que o doente chega rapidamente ao hospital e que vai ter acesso ao tratamento indicado o mais precocemente possível, aumentando assim as probabilidades de uma recuperação completa. Às instituições, como à Unidade Local de Saúde de Matosinhos, cabe a organização dos cuidados de fase aguda e de reabilitação, articulando para isso todos os departamentos e serviços clínicos essenciais (Emergência, Neurologia, Medicina Interna, Neurorradiologia, Medicina Física e Reabilitação). É fundamental que estejam aptos a garantir a cada novo doente com AVC o acesso rápido ao melhor tratamento possível, e assim à maior probabilidade de recuperação sem perda de funcionalidade. Como Unidade Local de Saúde, associamo-nos a esta iniciativa da WFN, implementada em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Neurologia, e celebramos o Dia Mundial do Cérebro. Estamos certos de que a sensibilização da população para o AVC é fundamental aos nossos objectivos: reduzir o número de novos AVC por ano e aumentar o número de doentes devolvidos à sociedade sem sequelas depois de um AVC. VÍTOR TEDIM CRUZ, NEUROLOGISTA DIRETOR DO SERVIÇO DE NEUROLOGIA DA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS INVESTIGADOR DOUTORADO DO INSTITUTO DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO PORTO MEMBRO DA DIRECÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DO AVC

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JOANA SIMÕES

APLICAÇÃO MÓVEL PARA FÉRIAS TRANQUILAS APPY TOURIST A Appytourist é uma aplicação móvel que ajuda turistas nacionais e estrangeiros a estar mais informados e a saber sempre como agir na defesa dos seus direitos como consumidores. Imagine que está hospedado num hotel e que pretende reclamar de algum dos serviços prestados, mas não sabe como. Appytourist ajuda-o! A Appytourist permite acesso rápido e fácil a informações essenciais sobre os direitos dos turistas em áreas como o alojamento, os circuitos turísticos, os transportes, a diversão, as compras, os restaurantes, passando até pelas viagens compradas em agência, nas estadias em Portugal. A app contém ainda uma área de destaques e acesso a um live chat especialmente dedicado aos turistas que visitam o Porto, com respostas rápidas e personalizadas. A aplicação está disponível em português, inglês e francês e, em breve, permitirá também a consulta em alemão e espanhol. Esta aplicação, desenvolvida pela DECO Norte com o apoio da Universidade do Porto e da Câmara Municipal do Porto, poderá, no futuro, ser alargada a outras cidades e regiões do país. Para mais informações consulte www.appytourist.pt Email: deco.norte@deco.pt

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BEM-ESTAR

JOÃO ALMEIDA

MOTIVAÇÃO Olá e seja bem-vindo ao nosso espaço dedicado ao bem-estar. Hoje vamos criar controvérsia, o que é para si qualidade de vida? Seja qual for a sua resposta ela não está certa nem errada. Acho muito bem quem defende que amor é tudo o que precisamos para ser felizes (viva a Floribela), como também, acho muito bem quem prega que os bens materiais ajudam a que tudo se torne mais confortável. Quem sou eu para julgar… Na realidade, todos precisamos de motivos para agir (a tal e muito procurada motivação).

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Movimento é vida e, independentemente de qual o combustível, o que interessa é que tenha um sorriso na cara sempre que se olha ao espelho. Não interessa o que dizem, o que falam, o que comentam ou o que pensam! Convença-se de que a vida é sua logo, e pela lógica da batata, se decidir que X lhe vai trazer algo de bom vá atrás e logo verá se realmente é verdade ou não. (lembre-se que o maior erro é ter medo de errar porque, é a partir daqui, que aprendemos e podemos evoluir). Não tem que seguir o rebanho, as

dietas milagrosas, os 20 passos para o sucesso nem muito menos acreditar em tudo o que vê e/ou ouve. Todos os dias somos bombardeados por a mais recente invenção de como ter qualidade de vida, seja ela em forma de comprimidos milagrosos ou de tratamentos espectaculares ou até de algum produto que promete virar a nossa vida… (esses marotos do marketing). Se fizéssemos um plenário ia ser quase uma batalha campal porque, qualidade de vida e bem-estar, são conceitos diferentes para a toda a gente.

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Tudo depende da nossa perceção do mundo e, que fique bem claro, da nossa realidade. “Sempre me queixei porque não tinha sapatos até perceber que existem pessoas que não têm pés”. Não me recordo onde ouvi ou li isto mas, na verdade, fez-me perceber que tudo é relativo. Atenção que não estou aqui a pregar para olhar para o mal dos outros (acho que era deserdado). O que quero deixar no ar é a possibilidade de ver as coisas com outros olhos re-

RECEITAS NM GELADO DE MORANGO E MANJERICÃO

Quando nos vem à cabeça aquele pensamento “apetecia-me tanto um doce” nos meses mais quentes, como estes, normalmente esse doce é um gelado. Nada melhor que uma opção menos calórica e ainda assim deliciosa.

fletindo assim, um pouco mais, para que a sua viagem pelo mundo seja algo mais agradável. Na minha opinião, quem está melhor do que eu, é um tónico para eu melhorar e, quem está pior, um motivo para agradecer tudo o que tenho. Quem vive de quase, quase não vive por isso, desde que não entre na liberdade de ninguém, tem o direito de ir atrás do que acredita ser o melhor para si, mesmo que não o seja. O mais importante é perceber que está aqui para ser humano e não ser perfeito. Espero que tenha gostado e claro, vemo-nos no próximo mês! Facebook: Um Projeto à tua medida. | AGOSTO 2017

Ingredientes: 1 copo de água fervida; 1 copo de água fria; 1 colher de café de adoçante líquido de stevia 1 ramo de manjericão; 4 folhas de manjericão, fatiadas finas; 1 limão espremido; Morangos, cortados a meio. Modo de preparação: Junte o mel ao copo de água fervida e retire do lume. Adicione o sumo de limão o ramo de manjerição e o copo de agua fria, deixe apurar os sabores enquanto arrefece. Posteriormente junte os morangos e as folhas de manjericão previamente cortadas. Finalmente vire a mistura nos moldes e coloque-a no congelador. Aqui tem um delicioso gelado com poucas calorias!

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CULTURA

CASA DA ARQUITETURA ABRE OFICIALMENTE EM NOVEMBRO

IMAGENS CASA DA ARQUITECTURA

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18 de novembro é o dia da abertura de portas da Casa da Arquitetura, em Matosinhos. O anúncio oficial foi feito por Eduardo Pinheiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e o arquiteto Nuno Sampaio, diretor executivo da Casa da Arquitetura, no âmbito, do Open House Porto 2017. A sede desta instituição é a Real Vinícola, em Matosinhos, que já está praticamente reabilitada, tendo sido este mês palco do evento Moda Mar. O espaço pretende ser um arquivo de arquitetura e dos documentos de processo, querendo ser uma celebração da arquitetura, através do reforço e aposta à visita a obras arquitetónicas da região. AGOSTO 2017 |


INCUBADORA DE DESIGN ABRIU PORTAS À CIDADE

IMAGENS ESAD

Situado em pleno Mercado de Matosinhos, o projeto promovido pelo município e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos realizou no sábado, dia 15 de julho, um open day. Os espaços das empresas estiveram abertos ao público com uma proposta de programação que inclui workshops, demonstrações e conversas. Inaugurada há dois anos, a Incubadora de Design é uma estrutura inovadora que alberga um conjunto de empresas do setor gráfico, arquitetura, equipamento, produção têxtil, moda, joalharia e multimédia, entre as quais se contam os nomes de Joana Ribeiro, Maria Gambina, Maria Milano, e Toni Grilo ou projetos como a inovadora The New Digital School.

INAUGURADA EXPOSIÇÃO DO MÁRTIR SÃO SEBASTIÃO Patente na Santa Casa da Misericórdia de Matosinhos, a mostra foi organizada pelo Professor Cunha e Silva e visa dar a conhecer diversas imagens do padroeiro dos pescadores. O evento de inauguração contou com uma palestra, sobre a presença deste santo no concelho de Matosinhos, proferida pelo Professor Cunha e Silva. Alfredo Barros doou à Santa Casa da Misericórdia de Matosinhos, "A Lacrimosa", | AGOSTO 2017

uma obra que ilustra a reposição do Mártir São Sebastião no túmulo. É a primeira obra de arte a ser doada a esta instituição no século XXI. Durante a palestra, o professor Cunha e Silva revelou também que no próximo ano lançará um novo livro dedicado à presença do Mártir São Sebastião em Matosinhos. No final foi também apresentado o biscoito de São Sebastião da confeitaria Bom Bom Charme. 49


MATOSINHOS…A BORDO DO TEMPO

PROFESSOR A. CUNHA E SILVA

DIÁLOGOS (IN)ACABADOS Quando se palmilha o percurso cíclico da obra de Alfredo Barros, fica-se sempre na expectativa do próximo encontro, isto porque o artista expõe comedidamente o seu trabalho, é um pintor eremita. Uma vez chegados à hora da imensidão dos sinais renovadores, embalam-se palavras novas, revêem-se gestos e olhares envoltos na memória dos saberes e segredos antigos – diálogos (in)acabados. Agora, sempre que esta partilha se retoma com a obra do pintor, ainda no espaço ressoam pensamentos em que vagueiam, imagens de panejamentos, paisagens, artefactos, frutos, obstáculos vítreos, enfiamento de perspetivas – estilhaços de outros quebrantes de enfeitiçamento da arte feita no tempo e dos tempos. O pintor surpreende-nos com a obsessão do bem pintar, técnica primorosa a denunciar a incansável tarefa de anos do seu labor. É um perfeccionista de carácter impulsivo. Importa (assim espero) aos privilegiados leitores visitantes deste novo ciclo, enfrentar o discurso, o frente a frente com o desafiador diálogo animador de pistas oníricas, com a obra exposta. Neste diálogo imaginário, podemos competir com aquela tela que nos oferece uma significa50

SELECIONADO 1º PRÉMIO

tiva melancolia, e avaliar afinal que estamos cúmplices, porque arfamos, de tons menores uma melopeia intimista. Noutra, a discussão atinge a atmosfera da desordem, e, adensa-nos o suspirar por um recôndito lugar aquecido e tranquilo, ou quem

sabe…um terreiro de luta? Se nos devotarmos na pesquisa, encontramos um tema onde se esconde a ironia e essa máscara assenta-nos no rosto como uma metamorfose. Nesta imagética, espreita-nos a “Ilha dos Mortos”, obra que nos assombra, AGOSTO 2017 |


discorrer do diálogo, com as apetências, exigências, incomodidades, e sobre esse cordel instável, caminharmos até ao ponto (de unidade?), que nos há-de levar ao outro lado da objetividade ou subjetividade que a obra de Alfredo Barros nos oferece. Cosmografismos – acidentais ou incidentais – das virtualidades, das discussões, das leituras e diálogos acabados ou inacabados que esperam como sentinelas alinhadas o disparo de novos jogos de dualidade, porque como diz o poeta Alexandre O’Neil “estamos todos bem servidos/ de solidão.”

NATUREZA MORTA

que nos alerta, como ruído de côncavo sino na hora surda do toque das trindades – a oração recolhida. Não estamos sós quando enfrentamos a obra de Alfredo Barros, algum mistério nos impele para o diálogo!... Divergente ou convergente. Perante a viagem temática, podemos livremente puxar o cordel do guião icónico que melhor se ajuste ao nosso momentâneo estado de espírito e, a partir daí, conduzir o O MENINO QUE QUERIA AGARRAR O SOL

NÚMEROS DE VELUDO Números de Veludo Interiores foi criada em agosto de 2013, na sequência de outros projetos. A comemorar o quarto aniversário, a empresa apesar de recente tem profissionais com longos anos de experiência no setor do Mobiliário & Decoração de Interiores. A loja conta com o decorador de interiores Manuel Neves.

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MODA

CAROLINA COSTA LEITE

VITAMIN SEA O verão chegou e com ele, novas tendências, principalmente quando se trata de moda de praia, deparamo-nos com novas texturas, modelos e com a versatilidade das peças, podendo usá-las não só na praia mas também no dia-a-dia. A tendência que permanece forte é sem dúvida o fato-de-banho, com variações de todos os tipos, que se destaca como a opção mais elegante.

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As peças em croché continuam a ser uma escolha para o verão de 2017, esta peça tem a vantagem de poder usá-la não só na praia com também como um complemento do seu outfit de verão. AGOSTO 2017 |


CINEMA

NAS SALAS

TIAGO LEÃO BLOG: SALA3

BABY DRIVER

CARROS 3 TÍTULO ORIGINAL: CARS 3 DIRETOR: BRIAN FEE GÉNERO: ANIMAÇÃO, COMÉDIA ELENCO: OWEN WILSON, CRISTELA ALONZO, CHRIS COOPER DURAÇÃO: 1H42

DIRETOR: EDGAR WRIGHT GÉNERO: AÇÃO ELENCO: ANSEL ELGORT, LILY JAMES, JAMIE FOXX, EIZA GONZÁLEZ, ENTRE OUTROS DURAÇÃO: 1H52

Baby, um jovem e talentoso condutor, especialista em fugas em assaltos (Ansel Elgort), confia na batida da sua banda sonora pessoal para ser o melhor. Quando encontra a miúda dos seus sonhos (Lily James), Baby vê nela a oportunidade de deixar para trás a sua vida de crime e sair desse universo. No entanto, ao se ver coagido a trabalhar para um chefe do crime (Kevin Spacey), e quando um golpe condenado ameaça a sua vida, o seu romance e a sua liberdade, ele terá de optar pela música certa… Um dos franchises mais fracos da Pixar tem direito a mais uma sequela. O motivo? Pelos bons resultados de bilheteira de “Carros 2” (cuja qualidade deixa muito a desejar) e pela Disney conseguir vender muitos carrinhos aos mais novos. Faísca McQueen tem que provar que ainda consegue competir com os mais jovens e rápidos carros. “Carros 3” tem duas coisas a seu favor em relação ao filme anterior. A animação está bem melhor - não se nota tanto nos carros, mas sim no ambiente, que está bem mais detalhado e envolvente. Além do mais, a história também é mais interessante: a passagem do testemunho para uma geração mais jovem não é algo comum em animações. O problema é que o interesse fica por aí, já que se consegue prever facilmente tudo o que vai acontecer. Nem as crianças parecem interessadas no que está acontecer, já que, pelo menos na minha secção, as corridas é que provocavam reação neste público. Embora seja uma animação melhor, não é a que se destaca neste verão. | AGOSTO 2017

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AR LIVRE

CAMINHADA NAS PRAIAS DE LEÇA ATÉ ANGEIRAS IMAGEM CMM

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Ao longo de 16 quilómetros, sempre com o mar em pano de fundo, os passadiços que começam em Leça da Palmeira, estendem-se já até ao concelho vizinho de Vila do Conde. Muito frequentado pelos caminhantes, que rumam a Santiago de Compostela, é um percurso que proporciona uma experiência revigorante, principalmente aos amantes da natureza. Criados em 2008, têm interrupção na Praia do Facho e na Praia da Memória, neste momento, a Câmara Municipal de Matosinhos já tem os projetos prontos para serem postos a

concurso público para a concretização dos passadiços nestes dois locais. Através desta infraestrutura foi possível mostrar locais, praias e recantos desconhecidos, tendo sido valorizado o património natural e paisagístico existente que até então eram perfeitamente desconhecido. A orla costeira de Matosinhos adquiriu aquilo que não tinha, uma identificação, uma leitura única na paisagem e um elevado potencial atrativo humano e empreendedor. Atreva-se a embarcar nesta “viagem”. AGOSTO 2017 |


PARA LER

PARA JOGAR

UM LIVRO HOJE, PORQUE NÃO?

O QUE NÃO FALTAR A UM GAMER

DIÁRIO DE UM ZÉ NINGUÉM

PYRE

ANO: 2017 AUTOR: GEORGE GROSSMITH

LANÇAMENTO: 25 JULHO 2017 DESENVOLVEDOR: SUPERGIANT GAMES GÉNERO: RPG PLATAFORMAS: PC, PS4

O Sr. Pooter é um homem de ambições modestas, satisfeito com a sua vidinha normal. No entanto, é constantemente importunado por comerciantes desagradáveis, funcionários administrativos impertinentes e amigos caprichosos. Por muito que se esforce, Pooter não consegue evitar os embaraçosos mal-entendidos da vida. Este zé-ninguém criado por George e Weedon Grossmith tornou-se uma personagem cómica imortal, que satiriza a empáfia da classe média suburbana inglesa de finais do século XIX.

OFICINA POEIRAS ANO: 2015 AU TOR: LEONOR POEIRAS

Leonor Poeiras, sendo a mais nova de cinco irmãos, cedo se entusiasmou a recriar tudo o que deles herdava de forma a tornar cada objeto ou peça de vestuário em algo inquestionavelmente seu. Com o incentivo da mãe, que sempre estimulou a criatividade dos filhos, foi tomando o gosto até se apaixonar e se tornar 100% adepta do conceito Do It Yourself, onde a perfeição raramente é alcançada e nunca é o objectivo. Desta sua necessidade de diferenciação ao site e à Oficina que tem desde 2014, o sonho e a imaginação cresceram e a vontade de partilhar este modo de vida com os outros transporta-se para este livro. | AGOSTO 2017

"Pyre" é o terceiro jogo do estúdio Supergiant Games, os criadores de "Bastion" e "Transistor". Este é um jogo RPG com mais de 20 personagens diferentes, em que cada jogador terá a sua história única, conforme as suas escolhas e o desempenho que tiver nos desafios encontrados. Apresentando uma estética vibrante e uma banda sonora rica e atmosférica, "Pyre" promete ser o maior e o mais imaginativo dos seus antecessores.

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EVENTOS

LANÇAMENTO DA REVISTA NM

HENRIQUE CALISTO, HÉLDER TORRES, FRANCISCO SAMUEL BRANDÃO, JOAQUIM QUEIRÓS, ABEL PEREIRA

Amigos, colaboradores e personalidades do concelho fizeram questão de marcar presença no evento.

PAULO FERREIRA, FERNANDO MONTEIRO, PEDRO SOUSA, LUÍSA SALGUEIRO, JÚLIO PINTO DA COSTA

FERNANDO MOREIRA, MANUEL RODRIGUES, ALCINO DE OLIVEIRA

BERNARDINO COSTA 56

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ANTÓNIO CONDE

ROSÁRIA DIAZ, FILIPA DIAZ, PAULO FERREIRA

CORREIA SANTOS

EQUIPA EMIBRA PEDRO SOUSA E CUNHA E SILVA

CAROLINA COSTA LEITE, HELENA GOMES

FERREIRA DOS SANTOS | AGOSTO 2017

JOSÉ MANUEL MAIA E JOAQUIM PINTO

JOÃO ALMEIDA E SEBASTIÃO FURTADO

MANUEL ANTÓNIO, PAULO GASPAR, LEONARDO FERNANDES E CARLOS DIAS 57


PAULA CONDE E RICARDO FILINTO

MARIA INÊS BRANDÃO

KELLY ALMEIDA, ARMINDA BRANDÃO

NORBERTO PEREIRA, MARLENE PEREIRA E TIAGO OLIVEIRA

EMÍDIO BRANDÃO, JOSÉ CARLOS OLIVEIRA, RUI ANDRÉ

MANUELA GALANTE

FRANCISCO SAMUEL BRANDÃO

JOAQUIM QUEIRÓS 58

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AVENIDA ANTUNES GUIMARÃES, 175 LEÇA DA PALMEIRA 4450-620 TLF. +351 22 409 9132

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EVENTOS

APRESENTAÇÃO DAS EQUIPAS DO LEIXÕES PARA A PRÓXIMA ÉPOCA

PAULO LOPO, PRESIDENTE DA SAD

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O evento que decorreu no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, foi apresentado por Cristina Ferreira

CRISTINA FERREIRA

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CORREIO DO LEITOR

O QUE SE DIZ NO CONCELHO? ACESSIBILIDADES E IMPOSTOS SARA REIS

Melhoria do pavimento nas estradas do concelho, assim como, a descida do IMI e taxa de resíduos e águas e saneamento. JOSÉ TERROSO MODESTO

Sempre a pensar nos outros (os que não têm meio de transporte), aquilo que gostava mesmo era que existisse uma boa e eficiente rede de transportes públicos na nossa cidade, nas nossas freguesias, até à periferia.

RECOLHA DE RESÍDUOS FLÁVIO ANTÓNIO

Correr com a nova empresa que recolhe os lixos, nunca vi, que me lembre, a cidade tão suja, a câmara tem de tomar medidas drásticas em relação a esta empresa, no cruzamento com da Rua Nova de Sendim com a Avenida Salgado Zenha os contentoras do papel, plásticos e vidro já não são despejados há cerca de 15 dias.

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NO CONCELHO

CORREDOR VERDE DO LEÇA VAI SER UMA REALIDADE LEÇA DO BALIO

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O investimento de 10 milhões de euros vai permitir criar um novo espaço de lazer no concelho, o Corredor Verde do Leça vai desenvolver-se ao longo de 18 quilómetros, desde a foz do rio até à Ponte das Varas, em Leça do Balio, criando uma zona única no Grande Porto, ligando o litoral ao interior do concelho de Matosinhos. A

obra já foi lançada e deve estar concluída dentro de três anos. Interligado com a rede de passadiços do Corredor Litoral, o projeto promoverá a requalificação ambiental do leito do rio Leça e incluirá as importantes marcas culturais, históricas e patrimoniais existentes ao longo do percurso.

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ETAR DE LEÇA DA PALMEIRA NO 2º LUGAR DO RANKING DA LIBERTAÇÃO DE METAIS PESADOS EM MEIO HÍDRICO Segundo o último relatório tornado público pela Agência Europeia do Ambiente sobre os poluentes libertados pelo setor industrial na europa em 2015, Portugal ocupa o segundo e terceiro lugar do pódio no que diz respeito, à libertação de metais pesados em meio hídrico. A ETAR de Leça da Palmeira ocupa o 2º lugar com 3,5% da poluição total com metais pesados da Europa, seguida de Gaia que ocupa o 3º lugar.

MUNICÍPIO TEM INTENÇÃO DE SUBSTITUIR RESENDE

A autarquia de Matosinhos informou a operadora de transportes públicos Resende da antecipação, com efeitos imediatos, da abertura de um concurso público para a concessão dos transportes públicos em Matosinhos. A proposta para a imediata abertura do concurso para a nova concessão foi apresentada em reunião do Conselho Metropolitano a 28 de julho. O investimento insuficiente na substituição, conservação e manutenção de viaturas, bem como os dados alarmantes que constam do relatório elaborado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes levaram a autarquia e a Área Metropolitana do Porto a declararem tolerância zero à empresa de transportes. | AGOSTO 2017

ASSINADO PROTOCOLO PARA A CONSTRUÇÃO DO ACESSO DE EMERGÊNCIA AO HOSPITAL PEDRO HISPANO

Assinado a 10 de julho o protocolo permite à Câmara Municipal de Matosinhos iniciar a construção de um acesso de emergência ao Hospital Pedro Hispano a partir da A28, substituindo-se à Infraestruturas de Portugal. O momento contou com a presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. O acesso ligará a A28 aos arruamentos internos do hospital e destina-se exclusivamente a ambulâncias em serviço de emergência. Ficará desde já preparado para ser integrado numa futura obra de alargamento do troço Sendim/ rotunda da AEP da A28. 63


LEONOR POEIRAS MARCOU PRESENÇA EM MATOSINHOS A apresentadora promoveu um workshop sobre hortas biológicas, no âmbito da programação gratuita “MAR Shopping Food Exerience”. Sendo a mais nova de cinco irmãos, cedo se entusiasmou a recriar tudo o que deles herdava de forma a tornar cada objeto ou peça de vestuário em algo inquestionavelmente seu. Foi tomando o gosto até se tornar 100% adepta do conceito Do It Yourself.

D4RKFRAME, YOUTUBER E FERNANDO MENDES, APRESENTADOR

OPTICENTER INAUGURA ESPAÇO INOVADOR EM MATOSINHOS

Com esta nova loja, a empresa pretende entregar aos clientes óculos progressivos em 2-3 horas. Este espaço inclui quatro gabinetes equipados com a mais recente tecnologia, um investimento de 1 milhão de euros. A loja com 500 metros quadrados está situada no Matosinhos Retail Park (junto ao IKEA).

CONTINENTE MODELO DE LEÇA DO BALIO ASSINALOU OITO ANOS LEÇA DO BALIO Localizada na zona da Rua da Mainça e com uma equipa de profissionais composta por 70 colaboradores, o supermercado tem servido uma população de 17.571 habitantes. No âmbito do aniversário, Luísa Ribeiro, diretora da loja afirmou que “celebramos estes oito anos com muito orgulho pelo trabalho desenvolvido até aqui. Queremos continuar a crescer e a servir a população de Leça do Balio, que temos vindo a conhecer ao longo destes oito anos e para quem queremos continuar a trabalhar”. 64

AGOSTO 2017 |


QUEM FALHOU NA RECOLHA DO “LIXO” EM MATOSINHOS? Desde o dia 1 de julho, que a mudança na concessão de recolha de resíduos sólidos, em Matosinhos, deixou os moradores insatisfeitos. Com os contentores cheios e as ruas mais sujas que o normal, muitos habitantes reclamaram junto da Câmara Municipal. Os primeiros dias foram os mais caóticos, no Facebook muitos iam publicando imagens de contentores cheios e lixo no chão espalhado pelas ruas do concelho, desde a Praia de Angeiras, a

um condomínio no centro de Matosinhos, revela “que desde a mudança de concessão que não é feita a recolha de resíduos no prédio onde moro, o espaço destinado ao lixo doméstico está a abarrotar, vou ter de ligar para a câmara a pedir para fazerem a recolha”. Os comerciantes junto à zona do Mercado de Matosinhos também notaram a diferença, revelam que a situação já melhorou, mas que ainda não regressou à normalidade. Em esclarecimento à revista NM, Paulo Renato Reis, ad-

LUGAR DA PINGUELA, CUSTÓIAS

Leça da Palmeira, passando pelo centro da cidade de Matosinhos, a mudança foi notória. O município explicou em comunicado, emitido a 11 de julho, que “o problema estava relacionado com falhas de organização e de meios patenteadas pela nova empresa concessionária do serviço”, garantindo que tudo ia fazer para que a situação regressasse à normalidade o mais rápido possível. A 20 de julho, José Luís, administrador de | AGOSTO 2017

ministrador da Ecorede, empresa responsável pela recolha de resíduos no concelho, desde o dia 1 de julho, revela que se tratam de problemas inerentes “a um período de adaptação. É expectável que no arranque de um contrato com a dimensão e complexidade do de Matosinhos ocorram situações menos positivas”, considera, revelando que “estimamos que no final do mês de julho a situação já esteja normalizada”.

Queixas chegam à GNR Entretanto, num dos depósitos de lixo administrados pela Ecorede, cedido pela Câmara Municipal, situado no Lugar da Pinguela, em Custóias, alguns moradores detetaram uma “lixeira” a céu aberto e decidiram recorrer às autoridades, já que consideram estar em causa a saúde pública. As imagens revelam que os resíduos eram depositados sem qualquer tipo de tratamento, permanecendo ali vários dias, até que o mau cheiro começou a incomodar os habitantes. A Ecorede é responsável por esta concessão após ter vencido o concurso lançado pelo município de Matosinhos, em 2015. A empresa ficou em primeiro lugar, mas devido à contestação em tribunal das concorrentes, o processo foi mais demorado. Fontes ligadas a esta questão revelam que, neste momento, o processo está entregue ao Tribunal Supremo Administrativo, uma vez que a empresa venceu o concurso por apresentar o orçamento mais baixo, quando em termos técnicos existiriam propostas melhores. Atualmente, o problema não está ainda normalizado, existem relatos de falhas, sobretudo nos condomínios onde a recolha tem de ser feita dentro dos prédios. 65


LAZER

HORÓSCOPO

AGENDA

CARNEIRO

CARANGUEJO

BALANÇA

CAPRICÓRNIO

21 mar. a 20 abr.

22 jun. a 22 jul.

24 set. a 23 set.

22 dez. a 20 jan.

Lado Positivo: Corajosos, determinados e honestos Lado negativo: Impacientes, impulsivos e por vezes egoístas Gostam de: Ganhar, Assumir papel de lideres e desportos individuais Não gostam de: Atrasos, inercia e fracassar.

Lado Positivo: Criativos, óptimo sentido de humor e sensíveis Lado negativo: Egoístas, impacientes e irritadiços Gostam de: Arte, “hobbies” em casa – “o seu lar é o seu castelo”, um longo jantar com amigos. Não gostam de: revelar quaisquer aspectos relativos à sua vida privada.

Lado Positivo: Compreensivos, simpáticos e sociáveis Lado negativo: Indecisos, inconstantes e orgulhosos Gostam de: harmonia, gentileza e de conversar Não gostam de: violência e injustiça

Lado Positivo: Responsáveis, disciplinados e persistentes. Lado negativo: Pessimistas, desconfiados e pouco solidários. Gostam de: Música, da família e de manter as tradições. Não gostam de: quase tudo tem um determinado aspecto a apontar.

As suas emoções estão estáveis, é uma boa altura para fazer planos de férias com o ser parceiro, fortaleça a sua relação. Se for solteiro esta será uma óptima altura para determinar um plano que o vai colocar cada vez mais próximo de alcançar o seu sonho.

Será uma óptima altura para um romântico “getaway”, deixe a sua imaginação fluir, não se irá arrepender. Se for solteiro, aproveite para explorar um lugar novo e deixe-se levar pela aventura do desconhecido, sem duvidada, vai valer a pena.

Seja grato. Aprecie tudo o que já conquistou e tem na sua vida. Orgulhe-se das suas vitórias, batalhou bastante para as vencer. Este mês aproveite para relaxar escolha um destino e vá, faça-se acompanhar de pessoas que lhe sejam especiais. Aproveite, é mais que merecido.

As suas emoções estão ao rubro, sente-se cansado, é muita responsabilidade a cair sobre si. Nos dias de maior desgaste vá para uma praia ao final da tarde e fique lá por tempo indeterminado, aprecie o por do sol, fique em silencio e tente ver o lado bom de todo este esforço. No final será recompensado.

TOURO

LEÃO

ESCORPIÃO

AQUÁRIO

21 abr. a 21 mai.

23 jul. a 22 ago.

24 out. a 22 nov.

21 jan. a 20 fev.

Lado Positivo: Confiáveis, pacientes, responsáveis e práticos Lado negativo: Teimosos, possessivos e intransigentes Gostam de: Conforto, estabilidade, programas culturais Não gostam de: mudanças repentinas e complicações

Lado Positivo: Criativos, generosos e alegres Lado negativo: Preguiçosos, egocêntricos e vaidosos. Gostam de: ser admirados e reconhecidos Não gostam de: ser ignorados nem de fracassar.

Lado Positivo: Determinados, persistentes e verdadeiros amigos Lado negativo: Rancorosos, vingativos, manipuladores e ciumentos Gostam de: Provocações, de estarem certos , da Verdade, de viver uma grande paixão. Não gostam de: Desonestidade, de revelar segredos e de mentiras

Lado Positivo: Independentes, persistentes e humanitários Lado negativo: Egoístas, temperamentais, intransigentes e influenciáveis Gostam de: fazer novas amizades, conversar, especialmente com bons ouvintes, e de lutar por uma causa em que acredita. Não gostam de: Limitações, promessas quebradas e deslealdade.

Será a altura ideal para “arregaçar as mangas” e “colocar mãos à obra” deixe a sua criatividade brilhar. Lembre-se ouça os conselhos que têm para si, o seu objectivo está mais próximo do que imagina.

Preste atenção aos sinais, ouça e fique atento ao que o rodeia. Esta é altura para avançar com os seus projectos, trabalhe e siga o seu instinto. Este será um mês de ganhos.

Diga o que “lhe passa pela cabeça”, todas essas ideias podem vir a dar frutos. Escolha as pessoas certas para partilha-las. Este será um mês de mudança. A sua criatividade finalmente vai dar frutos.

Inspiração é a palavra para este mês. Tire uns dias. Respire novos ares. Observe. Avalie. No regresso sentir-se-á motivado para implementar algumas mudanças no que toca à sua vida profissional.

GÉMEOS

VIRGEM

SAGITÁRIO

PEIXES

22 mai. a 21 jun.

23 ago. a 23 set.

23 nov. a 21 dez.

21 fev. a 20 mar.

Lado Positivo: Carinhosos, gentis e comunicativos. Lado negativo: Indecisos, nervosos e inquietos. Gostam de: Musica, livros, viagens curtas e conversar no “chat” ou por sms com praticamente toda a lista de amigos/conhecidos. Não gostam de: Estar sozinhos, da falta de actividade, e nem da rotina.

Lado Positivo: Leais, trabalhadores e amáveis Lado negativo: Tímidos e extremamente críticos Gostam de: Animais, comida saudável e da natureza Não gostam de: Pedir ajuda, ser o centro das atenções, e pessoas indelicadas.

Lado Positivo: Generoso, honestos e com um sentido de humor apurado. Lado negativo: Impacientes e Inconstante e eternos insatisfeitos. Gostam de: Filosofia, liberdade e de política. Não gostam de: Imposições, que os contrariem e de burocracias.

Lado Positivo: Gentis, amáveis e prestativos Lado negativo: Negativos, desejam, por vezes, escapar à realidade e vitimizam-se. Gostam de: Ler, discutir temas espirituais e dormir. Não gostam de: Crueldade, criticas e de “sabixões”

Poderá sentir uma contradição relativamente a uma tomada de decisão, por um lado seria óptimo para a sua carreira, por outro emocionalmente sente-se perdido. Pese ambas, veja o que lhe trará mais felicidade a longo prazo.

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Sente-se um pouco perdido? Parece que nada corre bem? Que por muito que trabalhe não chega a lugar algum? Tenha calma. Relaxe. Tente ser menos crítico consigo mesmo, procure ver o que já alcançou até agora e não o caminho longo que anda tem por percorrer.

O romance está no ar… Deixe-se levar pelas emoções. Chegou o momento para se abrir, seja verdadeiro e terá uma relação como nunca imaginou.

A sua atitude pela manhã, vai determinar como os outros o vão tratar. Tente encarar este mês de forma diferente é verão, está sol, calor, os dias estão mais longos, não há razão para acordar “de mal com a vida”. Mude de atitude e verá… Este mês será único.

DIA 6, DOMINGO

DIA 19, SÁBADO

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