Ano 1 | Nº 2 | Preço: 1,5€ IVA incluído
JOSÉ PEDRO RODRIGUES 9 772184 079004
REVELA AS SUAS MOTIVAÇÕES, NA BUSCA DE UM MUNDO MELHOR 00002
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HOTEL EM 24 NOVO MATOSINHOS ARTE FORA DAS 38 APRISÕES DO 50 MUNICIPALIZAÇÃO ENSINO 1
Colchões Bases de Camas Estrados Estrados Articulados Cabeceiras Mattresses Bed Bases Bed Frames Articulated Bed Frames Headboards
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SETEMBRO 2017 O MÊS EM REVISTA Francisco Samuel Brandão
Eles voltam sempre. Aqueles que fazem ou fizeram da política o seu modo de vida e que ganharam protagonismo em funções que desempenharam em altos cargos de estado não resistem, mais tarde ou mais cedo, em aparecer para a fotografia lançando opiniões, pensamentos e análises sobre o “estado da coisa pública”, a maioria das vezes de forma simpática, mas, há sempre ressabiados que aproveitam o momento para mostrarem o seu “estado figadal”. Convidado para dar uma aula na Universidade de Verão da JSD, cansado por ter feito seiscentos quilómetros e se ter levantado às cinco da manhã, Cavaco Silva vingou-se por este grande incómodo. Vai daí, não poupou políticos e jornalistas, fazendo avaliações com-
portamentais perfeitamente descabidas e impróprias de quem já exerceu a mais alta magistratura do Estado. Mas, como se sabe, normalmente só fala quem tem o que se lhe diga. E, Cavaco Silva esqueceu que foi um dos maiores responsáveis pelos “apertos” a que os portugueses se viram sujeitos, dando cobertura a políticas do PSD/CDS para não se falar, por exemplo, do seu oportunismo na compra à SLN de cerca de 250 mil ações, cada uma por 1 euro, quando o BPN já estava falido e que dois anos mais tarde voltam à mesma instituição com uma valorização de 140%. As bicadas, em particular, a Marcelo Rebelo de Sousa não lhe ficaram bem e mostram o quanto Cavaco Silva está longe da realidade. É que o povo quer mesmo Marcelo pela sua naturalidade, afeto e capacidade de comunicação, que está a anos-luz do seu antecessor, mais sorumbático, não lê jornais e sabe tudo. Não se podia esperar nada mais de que isto depois do ex-presidente ter garantido que nunca mais proferira verborreia remetendo-se ao seu sábio silêncio. Nunca vi nenhum outro ex-presidente, no mínimo, ser tão inconveniente. Por casa temos os nossos candidatos à Câmara, que até fizeram figura para a televisão em entrevista que mais se discutiu “independência” do que propriamente programas para gestão da edilidade, donde concluí que o mais assertivo foi José Pedro Rodrigues e, Narciso Miranda, o mais político.
CAPA
REPORTAGEM
PERFIL
GASTRONOMIA
ENSINO
AR LIVRE
José Pedro Rodrigues, revela as suas motivações, na busca de um mundo melhor
Matosinhos recebe novo hotel de quatro estrelas
Patrícia Esparteiro: a matosinhense que é campeã de karaté
Saborear: O que há de novo em Matosinhos?
Municipalização do ensino em Matosinhos: Que futuro para a educação?
Campeonato do Mundo de Vela realizou-se em Matosinhos
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DESTAQUES 61 AR LIVRE MCNAMARA DEU AULAS DE SURF EM MATOSINHOS
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34 CULTURA
O TEATRO NAS PRISÕES
FESTIVAL DE ARTE URBANA
FICHA TÉCNICA Diretor: Francisco Samuel Brandão Director Adjunto: Mário Costa Editor: Emídio Brandão Coordenação: Rita Carreira Matos Assistente de Direção: Carolina Costa Leite Corpo Redatorial: António Souza-Cardoso; A. Cunha e Silva; Bernardino Costa; Carlos Dias; Carlos Marinho; Carolina Costa Leite; Emídio Brandão; João Almeida; Joaquim Queirós; José Henrique Correia; José Carlos Oliveira; Paulo Gaspar; Prof. Dr. Júlio Pinto da Costa; Paulo Mengo de Abreu; Rita Carreira Matos; Teresa Teixeira; Tiago Leão; Tiago Oliveira Fotografia: Correia dos Santos e José Manuel Ferreira Coordenação Design: Joana Alves Santos Paginação: Tiago Oliveira Diretora Comercial: Sónia Dias Publicidade e Assinaturas: Manuela Duarte Distribuição: Norberto Pereira Propriedade/Impressão: Emibra, Lda, Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Email: revista-nm@emibra.com Sede de Redacção: Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Direcção Postal: Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos Tlf. Geral: 229 999 310 Tlf. Redação: 229 999 315 Registo: ERC 127008 Depósito Legal: 428306/17 Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares Nota: O Estatuto Editorial encontra-se publicado na página de Internet www.facebook.com/revistanm.matosinhos
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Rua Alfredo Cunha, 546 Telf.: 229 381 131 / 229 381 940 Fax: 229 384 766 4450 Matosinhos
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IMAGEM DO MÊS Rua de Brito Capelo
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CRÓNICA
PROFESSOR DOUTOR JÚLIO PINTO DA COSTA
A QUÍMICA DA POLÍTICA Ao meu bisavô António da Silva Gomes Atrás da porta sentia-se o cheiro forte da cânfora e do etanol, usados vezes sem conta na preparação de medicamentos manipulados. Fórmulas químicas ornamentavam as robustas paredes da casa da rua da Igreja1, na esquina com a rua Cartelas Vieira. A par dos livros, jornais e revistas de farmacologia, os de política, porque aquela casa tinha sido também ponto de encontro e de discussão entre militantes de diversos partidos, em especial os do Partido Regenerador. Afonso Faria de Veiga Cabral nasceu em Mesão Frio, no dia 4 de Dezembro de 1864, e faleceu na freguesia de Teixeira, do mesmo concelho, na manhã de 26 de Fevereiro de 1941, onde foi sepultado. Casou com Henriqueta Faria de Veiga Cabral no dia 28 de Abril de 1890. Em 1886 obteve o diploma de farmacêutico de 1ª classe na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Foi em Matosinhos que decidiu viver, na tal casa da rua da Igreja, e foi também aqui que se estabeleceu, tendo fundado a Farmácia Faria, que ainda hoje existe, na esquina da rua Roberto Ivens com a rua Conde S. Salvador. Apesar de ser um homem do interior do país, rapidamente se adaptou à vida da sociedade matosinhense, tendo granjeado a admiração de muitos conterrâneos. A sua simpatia, o seu prestígio e a sua vida intensa, depressa o levaram à liderança do Partido Regenerador no concelho. Exerceu por diversas vezes o cargo de Administrador do Concelho (1908 a 1910), de Vice-Presidente e de Presidente da Câmara (1896 a 1898 e 1902 a 1904), tendo sido o responsável pela introdução da iluminação a gás em Matosinhos e Leça da Palmeira. É ainda do seu tempo na presidência da Câmara Municipal a instalação da rede de distribuição de água a habitações e fontanários. 1
ACTUAL RUA DR, JOSÉ VENTURA
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AFONSO FARIA DE VEIGA CABRAL
Mas Afonso Faria não se ficou pelas fórmulas químicas e pelos discursos políticos. Foi também industrial das pescas, tendo fundado o cerco S. Pedro. Colaborou ainda na Comissão que recolheu fundos para as vítimas do incêndio do Teatro Baquet, no Porto. Foi primeiro secretário da filial da Comissão da Sociedade de Beneficência em Portugal, cujo objectivo consistia em ajudar os cidadãos brasileiros pobres, que viviam em Portugal. Teve idêntico cargo no Grémio de Matosinhos. Colaborou com a Associação Humanitária dos Bombeiros de Matosinhos-Leça, com o Club e com a Assembleia de Matosinhos, e com a Confraria do Santíssimo Sacramento, na qual foi 1º Juiz (1907). Como se vê, uma vida intensa, com múltiplos interesses. Mas terá sido, como parece evidente, à sua farmácia e ao seu partido político que devotou maior atenção. Por isso, atrás da porta de sua casa escondem-se ainda segredos sérios, cujas testemunhas se resumem, hoje, àquelas paredes que resistem ao passar dos anos. Local de reflexão, de confidências, SETEMBRO 2017 |
de estudo e de longos preparativos para as duras campanhas eleitorais contra o Partido Progressista, as testemunhas silenciosas dessa intensa actividade ainda lá estão, desafiando o tempo, numa das artérias históricas da freguesia. Guardam as fórmulas do farmacêutico e as vozes dos grandes da terra em finais do Século XIX e princípios do Século XX. Afonso Faria era um homem de carácter. Não mudava de opinião em função das circunstâncias e, por isso, nunca queimou no bico de Bunsen do seu laboratório os ideais que sempre defendeu. Monárquico regenerador até ao fim, sofreu na pele as consequências da reviravolta política de 1910. Num dia frio dos finais daquele ano, a porta nº 133 da rua da Igreja, onde morava o farmacêutico político, abriu-se aos
CASA ONDE VIVEU AFONSO FARIA DE VEIGA CABRAL
algozes. Não estavam ali para pedir conselho sobre qualquer tratamento, para dar opinião sobre assuntos políticos e muito menos para negociar a compra do peixe do cerco S. Pedro. Atrás dos tacões das suas botas vinham as ordens duras da tortura da prisão. A porta assistiu, mas nada pôde fazer – Afonso Faria recolheu ao cárcere onde permaneceu oito longos meses, sem culpa formada e sem julgamento. Seria posto em liberdade na sequência dos constantes pedidos de dois dos seus adversários republicanos – José Augusto Teixeira Rego e Cristiano de Carvalho. É o que podemos chamar de química da política: os partidos decantam os homens e a nobreza dos ideais mistura-os de novo. Matosinhos, escrito em 23/03/2015 a pedido da Universidade Sénior Florbela Espanca, com o objectivo de servir de suporte a uma exposição e conferência.
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CARLOS MARINHO
A RAPOSA... Por estes dias passei por uma pequena aldeia em Trás-os-Montes, na cidade de Vila Real chamada Justes. Foi por lá que há uns anos foi notícia uma pequena e jovem raposa que de uma forma natural vinha comer à pequena aldeia através das mãos de uma habitante. A ligação era tão real, que quando chamada pelo nome “bonita”, a raposa aproximava-se da casa como dela fizesse parte integrante. De imediato, me lembrei de uma pequena história que não passará de um mito histórico e que falava de uma pequena raposa que tinha sido adotada em muito pequena por um jovem casal. Em pouco tempo, passou a ser mais um elemento daquela família. Era tratada como um animal de companhia. Até que um dia, no café o jovem rapaz em conversa com um amigo, foi alertado por este para o perigo que podiam correr. Defendia o amigo que uma raposa é uma raposa. O lado selvagem e indómito está sempre presente e, a qualquer momento poderia vir ao de cima o seu lado felino e ser um perigo para toda a família, principalmente para o bebé que tinha nascido há pouco tempo. Lembra-te que as raposas são matreiras. Aquela conversa confundiu e agitou o pobre rapaz. Será? Perguntava-se. Ao chegar a casa, meteu as chaves à porta e percebeu que algo não estava bem. Algo inusitado tinha acontecido. Ao abrir a porta a jovem raposa recebeu-a com um sorriso maroto de orelha a orelha e com sangue na boca. Revoltado, foi a correr à cozinha, pegou numa faca e matou a domesticada raposa. Em seguida, foi a correr ao quarto e encontrou o bebé a sorrir todo feliz. Olhou para o chão, mesmo junto ao berço, estava uma grande cobra morta aos dentes da familiar e fiel raposa. Tinha salvo o seu bebé. Na nossa vida, no nosso quotidiano, temos personagens de diferentes tipos, seja na educação, na saúde, na política que nos fazem mudar o nosso caminho, simplesmente porque aquilo que defendemos não sabemos defender, as nossas ideias. 9
CAPA
JOSÉ PEDRO RODRIGUES NATURAL DE SÃO MAMEDE DE INFESTA, JOSÉ PEDRO RODRIGUES CRESCEU DE OLHOS POSTOS NO CLUBE DA TERRA, O QUE LHE VALEU A PAIXÃO PELO AZUL E BRANCO. EM ENTREVISTA, FALA DAS SUAS OPÇÕES DE VIDA E DA IDEOLOGIA QUE AOS 16 ANOS O MOTIVOU A ENTRAR NA MILITÂNCIA POLÍTICA.
IMAGENS CORREIA DOS SANTOS 10
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MATOSINHOS NÃO PODE ABDICAR DA SUA CENTRALIDADE
cialismo, o comunismo, a luta pela democracia, uma ideia de emancipação humana. Em todo o mundo há dificuldades, um conjunto de problemas que causam sofrimento como a fome, a pobreza ou até doenças, facilmente evitáveis, isto, apesar da evolução tecnológica que vivemos hoje. Há dois mundos, um de carência e outro de desperdício e é isto que quero combater. NM - Quem é o José Pedro Rodrigues fora da política? Como foi a sua infância e juventude? JPR - Cresci e vivi toda a minha vida em São Mamede de Infesta, os meus avós paternos são de Picoutos e tinham uma mercearia na Rua 5 de outubro. A janela do meu quarto era por cima do campo do Futebol Clube de Infesta, daí a minha paixão desde miúdo pelo azul e branco. Estudei Comunicação Social na Universidade do Minho, mas ia e vinha todos os dias, mantendo sempre a ligação a esta terra. Estagiei no Jornal de Letras em Lisboa, mas tive sempre a ideia de que voltaria rápido. Neste momento, estou ainda a estudar, frequento o mestrado em Relações Internacionais, na Universidade do Minho, falta terminar a tese. NM - O que o levou a ingressar na militância política? 12
JPR – Foi o sentimento de justiça e o ativismo, ligado à convicção de que é possível construir um mundo melhor, sem injustiças e discriminações e que uma luta deste género começa na nossa rua, na nossa terra. NM - Recorda-se da primeira ação em que participou? JPR - Sim, tinha 16 ou 17 anos. Foi um ato de protesto contra as descargas poluentes na Praia do Paraíso, em Perafita, que, se não estou em erro, foi durante a campanha para as autárquicas de 1997. NM - Tinha família ou amigos ligados ao partido? JPR - Não, ninguém no meu núcleo tinha qualquer ligação ao partido, foi precisamente uma adesão política, ideológica, baseada no sentimento que vincula estes ideais que defendo: o so-
NM - É o único candidato com responsabilidades de vereação na Câmara Municipal de Matosinhos, nomeadamente, no pelouro da mobilidade e transportes. Qual o balanço que faz? JPR - O que de mais representativo foi feito está simbolizado no principal interface de transportes públicos, junto ao Mercado de Matosinhos. Hoje, chegam a este ponto do concelho, linhas de transporte público que foram integradas, pela primeira vez, durante este mandato na rede Andante. Este aumento, de quase 200%, significa que as pessoas voltaram a ter mais 1600 quilómetros de oferta de transportes públicos, por dia, em Matosinhos, faz com que as pessoas que hoje vêm de Lavra, por exemplo, possam poupar dezenas de euros por mês em transportes públicos, ou as pessoas da rua de Gatões, em Custóias, que não tinham transporte há 20 anos, possam SETEMBRO 2017 |
LIVRO PORTUGUÊS
O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago LIVRO ESTRANGEIRO
A Mãe, de Maximo Gorki FILME
O Livro de Cabeceira, de Peter Greenaway UMA FIGURA PORTUGUESA
Álvaro Cunhal UMA FIGURA ESTRANGEIRA
VI Lénine
voltar ao centro de Matosinhos. Estas decisões fizeram a diferença na vida das pessoas, como também a extensão das carreiras 507, 508 e 601 da STCP, que também levaram o transporte público a polos empresariais, onde hoje trabalham milhares de pessoas. Uma outra medida importante, foi a implementação do transporte elétrico no Hospital Pedro Hispano, que já serviu mais de 50 mil pessoas, dando resposta, a uma necessidade de muitos anos. Não é a solução definitiva mas dá um conforto extraordinário aos utentes. NM - Falando da questão dos transportes públicos e dos problemas com a operadora Resende, qual poderá ser a solução? JPR - Durante este mandato fizemos um esforço permanente, junto da Resende, para criar as condições necessárias para a melhoria do serviço. Houve aspetos que foram bem conseguidos, como a ampliação da rede Andante, mas temos de facto problemas, com a qualidade do material circulante e o incumprimento de horários. Tendo havido episódios que causaram sobressalto nas pessoas, a intenção do município foi trabalhar com a Resende na expectativa de resolver os problemas que ainda se mantêm. Neste mo| SETEMBRO 2017
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mento, a solução passa por antecipar o concurso, ao qual a Resende poderá concorrer, estabelecendo regras muito rigorosas, que dizem respeito à frota, que entrará em operação. O que defendo desde já é que metade da frota seja operada por veículos elétricos. Devem ser também definidas regras, no que diz respeito aos horários, à inclusão de todas as linhas na rede Andante e ao alargamento do serviço, pelo menos, para já, a três zonas do concelho: Angeiras de Cima, lugar de Gonçalves e na envolvente à Via Norte, servindo os centros empresariais daquela zona. Julgo que temos condições para que no próximo mandato possamos virar a página neste processo. NM - Que outras medidas há a destacar? JPR - No âmbito do apoio e desenvolvimento económico dos matosinhenses, há a destacar a isenção de derrama para as pequenas empresas com um volume de negócios igual ou inferior a 150 mil euros por ano. Esta medida permitiu a poupança de 600 mil euros a estas empresas. É nossa
DESTINO
Um bom nascer do sol PRATO
Sarrabulho VALOR
Emancipação INSPIRAÇÃO
O meu irmão BANDA PORTUGUESA
Xutos e Pontapés BANDA ESTRANGEIRA
Rammstein; Radiohead UMA MÚSICA PORTUGUESA
Ouvi dizer, de Ornatos Violeta
intenção e é um compromisso, no próximo mandato, ampliar e estender esta isenção às empresas com um volume de faturação igual ou inferior a 500 mil euros por ano. Pretendemos criar condições para as empresas que se mantém no ativo, numa conjuntura ainda com algumas dificuldades. NM - Em termos de medidas concretas para o futuro, quais são as prioridades? JPR - Combater o abandono dos centros históricos. Creio que nesta área, a revitalização da Rua Brito Capelo é prioritária. A retirada do elétrico, que ligava Matosinhos ao centro histórico do Porto, foi o princípio do fim da Brito Capelo. Um espaço como Matosinhos não pode abdicar da sua centralidade face ao Porto. Hoje, quando vemos que cerca de 400 mil pessoas por ano, vão do Porto até ao Passeio Alegre e param ali porque não podem seguir até Matosinhos, por não haver alternativa, é preocupante. Penso que a retirada do elétrico foi a maior machadada na vida do centro de Matosinhos. A Rua Brito Capelo tem o metro, mas nós queremos trazer de volta o elétrico às portas da cidade, à Rua Heróis de França. Não queremos voltar ao passado, mas há decisões que devem ser tomadas para o futuro. NM - No que diz respeito à ação social o que propõe? Neste mandato, através da Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA), o município iniciou um projeto de combate ao analfabetismo, destinado a cidadãos em idade ativa. Um projeto piloto reconhecido até pela Fundação Calouste Gulbenkian. No próximo mandato gostaríamos de manter esta medida no sentido de erradicar este problema do concelho. NM - O facto de ser vereador com fun-
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OS MATOSINHENSES PODEM CONFIAR EM NÓS
ções executivas é um motivo acrescido para a sua recandidatura? JPR - Sabe que quando colocamos as mãos nos problemas e lidamos com eles de forma mais próxima, percebemos que há ainda mais questões por resolver. Termino o meu mandato com esta sensação. Há um exemplo, que considero um dos problemas clássicos de Matosinhos, que é toda a sua identidade virada para o Rio Leça. O rio rasga o município a meio, o projeto de requalificação do vale do Leça, quando tiver a luz do dia, passará a ligar as duas margens de Matosinhos, em vez de “rasgar”. NM - Esta candidatura é um projeto a quatro anos? JPR - Temos propostas políticas que va| SETEMBRO 2017
mos voltar a apresentar, que têm como base programas eleitorais que apresentámos há oito, há 12 ou há 16 anos. As propostas que vamos apresentar, novamente, procuram dar resposta a quatro questões fundamentais: emprego e desenvolvimento económico, através da criação de condições para a fixação de empresas. Os problemas de natureza ambiental, como a articulação da costa de Matosinhos, com a requalificação do Leça e dos caminhos rurais que se cruzam com o património histórico. Pretendemos dar resposta também aos pequenos problemas do dia a dia como a sinalização, a limpeza, a repavimentação, a construção de passeios, ou seja, tornar o espaço público mais bonito e por fim, os transportes que já falámos.
NM - O que o diferencia dos restantes candidatos? JPR - Não conheço ainda os compromissos e os programas de campanha dos outros candidatos para dizer o que me diferencia. Contudo, há pontos que nos caracterizam. Neste mandato, que ainda está a decorrer, recuperámos lugares em todos os órgãos, no concelho de Matosinhos e tivemos responsabilidades no plano executivo. Aquilo que nos diferencia dos outros está relacionado com uma característica da CDU que é o assumir responsabilidades, em minoria, no plano executivo, como fomos capazes de fazer, sem nunca abdicar dos nossos princípios, da nossa identidade e do programa que apresentámos às pessoas. Tornámos claro, no início, deste mandato, perante o grupo de cidadãos eleito, que aceitávamos assumir responsabilidades, mas que nunca deixaríamos de responder perante o nosso programa, nunca deixaríamos de votar contra aquilo que achássemos negativo, estando dispostos a trabalhar e a convergir naquilo que achámos positivo para Matosinhos. Os matosinhenses podem confiar em nós, estamos cá para construir e colaborar para o futuro do concelho.
UMA MÚSICA ESTRANGEIRA
The ghost of Tom Joad, Bruce Springsteen UM HOBBY
Fotografia UM DESPORTO
Ténis (para ver: futebol)
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POLÍTICA
ARRUADA COM CATARINA MARTINS EM MATOSINHOS
A líder do Bloco de Esquerda esteve em Matosinhos para juntamente com os candidatos do partido darem a conhecer as suas propostas. A candidatura liderada por Ferreira dos Santos tem no desporto e na cultura dois eixos importantes para o desenvolvimento do concelho. “A promoção das diferentes disciplinas de desporto entre os cidadãos mais jovens e os menos jovens, deve constituir uma preocupação dos responsáveis autárquicos”, revelou o candidato.
NARCISO MIRANDA QUER ACABAR COM MAUS CHEIROS DA ETAR
O candidato considera urgente acabar com os “maus cheiros” da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), pondo fim ao “rótulo negativo” que o concelho tem em matéria de ambiente. “Matosinhos tem de acabar com as más notícias sobre a ETAR que, recentemente, foi tida como a segunda mais poluente da Europa por metais pesados”, considerou. Para o candidato, as obras de requalificação e ampliação da ETAR são uma medida positiva, mas surgem com dez anos de atraso.
CICLO DE SEMANAS TEMÁTICAS
O Movimento António Parada SIM realiza debates com o objetivo de auscultar os matosinhenses sobre todas as áreas da sociedade civil apresentando o seu programa. A primeira destas iniciativas teve como tema o «Urbanismo, Reabilitação Urbana, Turismo e Património». Uma matéria que tem merecido atenção por parte do candidato, que pretende, entre outras medidas, potenciar a área turística no concelho, dinamizando e rentabilizando o Terminal de Cruzeiros.
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MAIS DE 500 MULHERES EM JANTAR DE APOIO A LUÍSA SALGUEIRO Estiveram presentes mulheres dos mais variados setores de atividade local, desde o ensino ao setor empresarial, bem como, Palmira Macedo, candidata à Assembleia Municipal e Lurdes Queirós, candidata à União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo. Durante o evento, a candidata Luísa Salgueiro, afirmou que pretende “contribuir para a presença das mulheres nos destinos autárquicos do país. Acredito fortemente que aqui em Matosinhos também faremos a diferença”, declarou.
PAN DEFENDE PRÁTICAS EXEMPLARES AO NÍVEL DA PROTEÇÃO AMBIENTAL
O PAN pretende que Matosinhos tenha práticas exemplares ao nível da proteção ambiental, tornando-o um concelho mais limpo e saudável, aplicando o princípio do poluidor-pagador. “Para tal é necessário apostar na sensibilização, fiscalização e aplicação de coimas. As verbas daí resultantes devem ser aplicadas de forma transparente na mitigação dos impactos ambientais. A limpeza e salubridade do ambiente urbano do concelho, rural e natural, também são uma prioridade, não podendo ser feitas concessões que coloquem os interesses individuais acima dos da população e do ambiente”, defende o partido.
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DEBATE DA TVI NÃO DISCUTIU PROBLEMAS DE MATOSINHOS O candidato do PSD considerou que “infelizmente, e como sucede há 20 anos em Matosinhos, quase todo o debate foi perdido a discutir os problemas internos do Partido Socialista”, revelou Jorge Magalhães, em comunicado enviado às redações, após o debate do dia 28 de agosto. O candidato do PSD revela que “queria ter discutido com as demais candidaturas, as propostas que tem para o trânsito e para a mobilidade, para a habitação, para os problemas sociais, para a economia e o emprego”, frisou.
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CRÓNICA
JOAQUIM QUEIRÓS
A PESTE GRISALHA O que o leitor irá ler é o pensamento de um velho e, naturalmente grisalho, uma geração recentemente ofendida como “peste”, por um ganapo político e parlamentar e de maturidade humana de nível zero, que nunca nada terá feito na vida, que também certamente nunca conheceu os seus antecessores - a peste de sua família. Para tal espécie de projeto de homem, dedicamos a palavra de Torga, no seu “Requiem por Mim”, quando o grande senhor das fragas transmontanas escreve: “Aproxima-se o fim. E tenho pena de acabar assim. Em vez de natureza consumada, Ruína humana. Inválido do corpo E tolhido da alma. Morto em todos os órgãos e sentidos. Longo foi o caminho e desmedidos Os sonhos que nele tive. Mas ninguém vive Contra as leis do destino E o destino não quis Que eu me cumprisse como porfiei, E caísse de pé, num desafio, Rio feliz a ir de encontro ao mar Desaguar, E, em largo oceano, eternizar O seu esplendor torrencial do rio” Espevitada foi a minha já enfraquecida vitalidade para o mundo de desespero que a nossa civilização vive, 18
para os farrapos humanos que nos turvam os olhos pelos quatro cantos das cidades e que o tal político tristemente desconhece, aliás como muitos outros, os velhos parecem cães acossados e esfomeados por um osso que seja de carinho. Nos hospitais são quase tantos os velhos “sem família” do que os que estão à espera de um afago ou de um beijo de filho ou de neto. Parece que a Vida os está a oferecer à Morte. Há pais sem filhos e filhos que não querem dizer que têm pais. Nos hospitais há velhos ainda com direito a viver, com direito ainda de olhar para o sol, mas que os querem amortalhar em escuridão. Faz recordar o que se conta que, no século XVII, devido à fome enfrentada pelo povo chinês, muitas famílias abandonaram os seus velhos e os seus doentes na floresta de Ankigahara, situada no monte Hyji, para ali morrerem, livrando-se assim do fardo que eles representavam em tempos difíceis. Não estamos no sécuilo XVII, já passaram muitos séculos, mas hoje quase não estaremos melhor e com dificuldades doutro, mas com compreensão retrógada como aquela com que fomos brindados por alguém que um dia pretende ser poder. Vivemos num país que, pelos Censos de 2015 havia 23.996 velhos a viverem sozinhos; 5.205 a viverem isolados e
8.286 a viverem sozinhos e isolados. E é esta a “peste grisalha” para quem os políticos reservam um dos últimos lugares nas suas prioridades de trabalho, muito embora, no próximo 1 de outubro os cubram de carinhos e até os levarão ao colo para exercerem o seu voto. Quando será que o problema duma população maioritariamente envelhecida merece o respeito pela sua passagem pela vida? Não é tarefa fácil, mas é possível, num mundo humanizado que muitas vezes não queremos que ele seja. Podem-me acusar de ser inoportuno, por ser pessimista e por perturbar o sentido de bem-estar que a leitura desta revista trouxe para brindar os seus leitores, mas nada melhor há na vida do que cada um viver com a sua consciência calibrada para o mundo que os rodeia. Um cabelo branco acabado de cair sobre o teclado do computador. SETEMBRO 2017 |
CONSELHO CONSULTIVO SÉNIOR PROCURA REPRESENTANTES DA POPULAÇÃO Recentemente instituído pelo executivo municipal, o Conselho Consultivo Sénior de Matosinhos vai começar a funcionar nas próximas semanas e vai, por isso, receber candidaturas para ocupar os quatro lugares que deverão ser ocupados por cidadãos sem vínculo institucional, representantes da população idosa de cada uma das uniões de freguesia do concelho. A inscrição deverá ser feita na Loja do Munícipe entre os dias 11 e 14 de setembro, obedecendo a seleção à ordem de entrada da candidatura. Para 6 de setembro está também marcada uma primeira reunião com as IPSS e as universidades seniores de Matosinhos, durante a qual deverão ser eleitos os sete representantes daquelas instituições no Conselho Consultivo Sénior. Para além dos representantes dos cidadãos e das instituições que lidam de mais perto com a realidade da terceira idade, o Conse-
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lho Consultivo Sénior de Matosinhos integrará ainda dois elementos que desenvolvam ou tenham desenvolvido atividade científica na área da gerontologia ou das ciências sociais. No total, este órgão contará com 13 elementos com mais de 55 anos. O Conselho Consultivo Sénior, recorde-se, pretende melhorar a resposta municipal a uma faixa da população que representa já 16,5% dos residentes em Matosinhos, correspondendo a cerca de 29 mil pessoas com 65 ou mais anos. O órgão tem como objetivo assumir-se como espaço privilegiado de participação e debate, visando influenciar a tomada de decisão política no sentido de garantir a plena integração cívica e social dos munícipes mais velhos, assegurando a sua participação na vida da comunidade e um mais fácil acesso a serviços de saúde e de apoio social.
Com vocação consultiva, o Conselho Consultivo Sénior procurará contribuir para a promoção do envelhecimento ativo, articulando as diversas instituições com responsabilidade na matéria (IPSS, autarquias locais e empresas municipais, Segurança Social, entidades da área da saúde e forças de segurança). A Câmara Municipal de Matosinhos disponibilizará os meios logísticos e técnicos necessários ao funcionamento deste órgão. Matosinhos, recorde-se, integra a Rede Mundial de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas. O Município tem vindo, por isso, a mobilizar as instituições e os cidadãos para a construção de uma comunidade mais inclusiva e amiga das famílias e das gerações, tendo levado a cabo, no ano passado, um inquérito alargado à população idosa do concelho, destinado a auscultar as suas principais necessidades e preocupações.
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MUNDO
EUROPA DIVIDIDA? 20
Jeroen Dijsselbloem é desde janeiro de 2013 o presidente do Eurogrupo. Durante o período “negro” da crise, em que a troika esteve em Portugal, foi uma das vozes mais concordantes com o “apertar do cinto”, expressão, à qual se habituaram os portugueses. Após anos de desemprego, emigração em massa, com a condição social e económica do país fragilizada, os portugueses, mais uma vez e aos poucos reergueram-se e seguiram em frente. “Tornamo-nos previsíveis quando nos comportamos de forma consequente e o Pacto (de Estabilidade) da Zona Euro baseia-se em confiança. Na crise do euro, os países do norte mostraram-se solidários para com os países em crise. Como social-democrata, considero a solidariedade da maior importância. SETEMBRO 2017 |
JOSÉ HENRIQUE CORREIA
SIMONE VEIL (1927/2017)
Porém, quem a exige também tem obrigações. Eu não posso gastar o meu dinheiro todo em aguardente e mulheres e pedir-lhe de seguida a sua ajuda. Este princípio é válido a nível pessoal, local, nacional e até a nível europeu”. Foi desta forma, numa entrevista ao jornal Frankfurter Zeitung, que Jeroen Dijsselbloem se referiu aos países do sul da Europa, fazendo “estalar o verniz” entre o Governo português e o Eurogrupo. O primeiro-ministro António Costa pediu até a sua demissão. Mas, mais uma vez, os portugueses seguiram em frente, porque sabem bem os sacrifícios e o esforço que fizeram e fazem todos os dias para se tornarem mais e melhores cidadãos, numa Europa que se quer unida, apresar das fragilidades. | SETEMBRO 2017
A imprensa europeia é unânime: não foi apenas um símbolo da História francesa que partiu; foi um símbolo da História de um continente. "Há poucas figuras políticas que tenham encarnado de tal forma a História do século XX", adiantou o jornal Suddeutschezeitung: "Simone Veil viveu o Holocausto, bateu-se pela emancipação das mulheres e fez tudo pela unificação europeia". Para muitos, a sua eleição como Presidente do Parlamento Europeu, em 1979, constituiu um ponto de viragem na vida do continente. O jornal El País, defeniu-a como "a dignidade da Europa". Veil morreu duas semanas depois de Helmut Kohl. O Le Soir fala "de um século que se apaga". Fica para a História a luta bem sucedida pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez e pelo acesso à contraceção. O seu último lugar será o Panteão (Paris). 21
MATOSINHOS…A BORDO DO TEMPO
PORQUE HOJE É DOMINGO… BOM-DIA AZULEJOS! TEXTO PROFESSOR A. CUNHA E SILVA
RUA DO GODINHO
RUA BRITO CAPELO
RUA BRITO CAPELO
RUA BRITO CAPELO
Jorge Lage, prisioneiro do seu labor profissional, anseia os domingos para libertar o seu amor íntimo pela fotografia. Porque hoje é domingo, terceiro domingo do mês de fevereiro e sétimo ano de 2017, a luz é baixa, fraca, esplêndida para fotografar o tema do dia — azulejos. Jorge Lage deixa-se conduzir pelo brilho da padronagem dos azulejos que alindam as casas de Matosinhos e, neste roteiro, o fotógrafo socorre-se de outros elementos de arquitetura para fixar o original enquadramento… a pedra, a madeira, e o ferro. Mistura linguagens na composição do tema. Nesta aproximação, desvenda-se o mistério...porque hoje é domingo. Através da série fotográfica sobre azulejos, Jorge Lage de22
senvolve um olhar artístico específico, onde revela sentimento pela cor da linha e rigor pela linha da cor. Por isso, oferece um olhar que nós não temos. Olhar próprio, singular, que harmoniza os olhares dos visitantes desta exposição. Os silêncios alongam-se em admirações e, como num sonho desperta os sentidos. No dia-a-dia cansativo, distraídos com a vida, não paramos a olhar estes joguinhos nas paredes. Alguém tem de o fazer por nós, nem que seja num só dia; é preciso cumprimentar os vizinhos, dar de comer aos pássaros, olhar os gatos nos parapeitos das janelas e aos azulejos dar os bons dias... porque hoje é domingo! SETEMBRO 2017 |
PAULO MENGO ABREU
EM DIREÇÃO AO FUTURO No dia 1 de outubro os matosinhenses vão ser chamados a eleger os seus órgãos autárquicos, fruto de uma das maiores conquistas do 25 de abril, consagrada na Constituição de 1976. Ao contrário do que muitos possam pensar, esta opção é da maior relevância, porque legitima o princípio da subsidiariedade, segundo o qual as decisões devem ser tomadas pelo nível de poder que possa garantir a máxima eficácia. Assim, impõe-se o critério da proximidade entre quem decide e as populações, aumentando a responsabilidade da escolha que terá como pilar básico a confiança. Ora, esta, carece de um juízo, o mais informado possível, alicerçado nas respostas que cada um encontrará para as dúvidas que o assaltam. Chegados aqui, e, num exercício de cidadania, gostaria de deixar algumas questões, que julgo essenciais, para a formulação de uma opinião consistente. Será razoável que um ex-militante do PS, desfiliado em abril passado, não por questões ideológicas, aceite o apoio oficial, repito, oficial, do PP? São compatíveis os princípios defendidos pelo PP e pelo próprio, que se afirma repetidamente socialista? Poderá existir uma prática política sem teoria que a suporte, ou seja, a ideologia não tem qualquer peso na decisão? Quando for necessário decidir relativa-
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mente a questões sociais, que valores prevalecerão? Estarão os socialistas e, de um modo geral os matosinhenses, desmemoriados ao ponto de esquecerem o que passaram durante a governação de Passos Coelho e Paulo Portas? Outras questões merecerão também alguma reflexão. O que levará alguém que governou o município durante 29 anos, entre 1977 e 2006, a nova candidatura, depois de derrotado em 2009 por Guilherme Pinto? Haverá porventura novo pensamento político, que se conheça, capaz de a suportar? O que pensarão os eleitores, e muito particularmente os mais jovens, num mundo tecnológico por excelência, da possibilidade de olharem o futuro confiando em práticas com mais de 20 anos? E o que dizer da confusão, não inocente, a propósito do Senhor de Matosinhos, entre religião e política? Teremos porventura regressado ao século XVII em que o poder era legitimado pela sua origem divina? Um terceiro grupo de questões se colocam face à única candidata feminina. O que terá levado alguém que é deputada da nação a decidir avançar para um cargo em que será diariamente questionada pelos seus eleitores? Não seria porventura menos cansativo, apesar de pertencer às Comissões Parlamentares da Saúde e do Trabalho e da Segurança Social, permanecer na Assembleia da República? A ocupação de funções municipais em áreas como a Ação Social, Habitação, Saúde e Juventude, bem como, o trabalho desenvolvido na vereação entre 1997 e 2009 são, ou não, mais-valias para o cargo a que se candidata? E a sua prática quotidiana, alicerçada num programa que privilegia a solidariedade social, aliás, na linha da atuação governativa, vão ou não de encontro às preocupações das nossas gentes? Finalmente, a perceção do seu pensamento, alicerçada no grande número de artigos publicados, bem como, nas várias intervenções políticas, permitem, ou não, aos eleitores, um grau de confiança que sustente o voto? E, sim, apoio incondicionalmente Luísa Salgueiro.
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REPORTAGEM
IMAGENS CORREIA DOS SANTOS
MATOSINHOS RECEBE NOVO HOTEL DE QUATRO ESTRELAS 57 quartos, cinco salas de reuniões com capacidade total para 560 pessoas. Um investimento de cinco milhões de euros e 20 novos postos de trabalhos. São estes alguns dos números que descrevem o Sea Porto Hotel, o novo espaço de que Matosinhos dispõe para receber os seus visitantes. José Armando Ferrinha, mentor do projeto, fala-nos sobre a origem do mesmo e dos seus planos para o futuro. Situado em plena avenida Afonso Henriques, uma das zonas mais centrais e antigas de Matosinhos, o Sea Porto Hotel está de portas abertas des24
de início de agosto. O espaço nasceu com a intenção de suprir uma necessidade que José Armando Ferrinha, investidor do empreendimento, indica ter identificado. “Queria responder às necessidades da nossa terra, na satisfação das carências que ela tem e numa vertente económica e financeira. Tive que analisar a oportunidade e a rentabilidade. Há que minimizar os riscos, o que tentei fazer pela localização, que em turismo é fundamental. Penso que esta unidade está por isso bem localizada. É servida por metro, está no coração de Matosinhos e tem vista para o mar”, referiu. O novo hotel do concelho foi financiado total-
mente por investimentos privados nacionais e é responsável pela criação de 20 novos postos de trabalho. Este investimento no espaço, que tem lugar num antigo prédio habitacional, cuja construção ficou inacabada, foi de cinco milhões de euros. Todo o conceito de design de interior do hotel é baseado na tradição naval e marítima de Matosinhos e na cultura nacional. A decoração conta mesmo com referências à obra de Siza Vieira, como nos explicou o responsável. “Sendo eu filho, neto e bisneto de construtores e carpinteiros navais, ligados à arte naval, não podia ser diferente”, referiu José Armando Ferrinha. O estabeleSETEMBRO 2017 |
cimento está classificado com quatro estrelas e conta com 57 quartos, cujos preços variam entre 70 e 148 euros, dependendo da época do ano e da comodidade pretendida. Além disto, o espaço está também equipado com um deckbar com esplanada, onde é possível saborear vários tipos de petiscos e bebidas. Para além destas facilidades, o empreendimento conta com cinco salas de eventos diferentes, com os nomes de Farol, Boa Nova, Bombordo, Porto e Leixões, que podem acolher até um máximo de 560 pessoas. Outro ponto digno de nota é o facto de a construção do Sea Porto ter em atenção novas preocupações ambientais: o hotel está equipado na totalidade com lâmpadas LED e aposta na separação de resíduos.
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UMA RESPOSTA ÀS NOVAS NECESSIDADES DO CONCELHO O aparecimento do Sea Porto Hotel enquadra-se numa época de crescimento da atividade turística no norte de Portugal. Segundo dados do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), o turismo na região do Porto registou um crescimento médio de 10,70% no ano passado. Este crescimento da atividade turística alastra-se também às áreas limítrofes da cidade do Porto, na qual Matosinhos assume um papel de destaque. Os números do novo terminal de cruzeiros, segundo referido em anúncio da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), ascendem a um volume de 107 escalas de navios em 2017.
Foi neste contexto que José Armando Ferrinha viu a oportunidade de reunir investimento privado para este novo espaço. Na opinião do mentor, o hotel será maioritariamente utilizado por hóspedes que se desloquem a trabalho, embora acredite no potencial turístico da cidade. “Eu penso que será talvez um pouco mais para homens de negócio. Mas temos muitos visitantes espanhóis, já que temos uma relação de geminados com Vilagarcia de Arousa, uma comunidade galaica que fica no eixo Atlântico Norte, o que traz muitos clientes dessa zona. São um povo exigente, o que é bom para nós. É no grau de exigência que nós crescemos”, refere.
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IMAGENS CORREIA DOS SANTOS
A APOSTA NA EXCELÊNCIA DO SERVIÇO Embora se defina como um homem discreto que não gosta de divulgar as suas atividades ou de mediatismo, José Armando Ferrinha tem já uma larga experiência na área da hotelaria. O responsável é também administrador e acionista no TRYP Porto Expo Hotel, em Leça da Palmeira. Uma experiência que leva o investidor a realçar a dificuldade que representa trabalhar neste setor. “É um investi-
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mento de milhões com aproveitamento de tostões. É preciso trabalhar noite e dia, 24 sobre 24 horas”, refere. Neste seguimento, José Armando referiu à nossa revista que embora tenha preocupações com o crescimento da taxa de ocupação do espaço, a maior prioridade é afinar a qualidade do serviço do estabelecimento. “Isto de servir depende muito de nós, mas também do comportamento do nosso cliente.
Temos que estar muito bem preparados para atender o outro. Nem todos podem estar, as pessoas que estão na hotelaria têm que ser pessoas que gostem de pessoas. Nós somos os anfitriões”. Apesar disto, o proprietário encontra-se satisfeito com a procura de hóspedes que tem afluído até agora ao Sea Porto Hotel e acredita que a mesma vai continuar a evoluir favoravelmente até ao final do ano.
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A IMPORTÂNCIA DE GERIR A FATURA DE ENERGIA QSIMPLES Sediada em Leça da Palmeira a qsimples é uma empresa de consultoria com ambições de crescer. Especializada no setor financeiro e energético, oferece aos seus clientes soluções para otimizar custos e simplificar processos de gestão. É no setor da energia que a empresa se tem vindo a focar, sendo já uma referência no setor, prestando assessoria a grandes clientes nacionais e internacionais, bem como, a entidades públicas e IPSS´s. Mas, nem só de grandes clientes vive a qsimples. A empresa conta na sua carteira de clientes com empresas de diversos setores e dimensão, e até mesmo clientes particulares. Grande parte do sucesso da empresa, deve-se a uma maior atenção dos gestores aos custos energéticos, seja
eletricidade ou gás, mas essa atenção ainda não é generalizada, como explica o Managing Partner Nuno Nogueira da Silva: “As empresas multinacionais e as de maior dimensão estão já habituadas a olhar para a fatura energética como um custo que importa gerir e otimizar. No entanto, verificamos que ainda existe pouca atenção da generalidade das PME´s nacionais para este fator de custo, que em alguns casos pode gerar economias de centenas ou mesmo milhares de euros. Parte do nosso trabalho passa por sensibilizar as empresas para a necessidade de manter sob controlo esses custos, nas suas diferentes dimensões – a negociação das condições de fornecimento, a adoção de sistemas de iluminação eficiente, a verificação de perdas de energia, entre outros…”
Aliás, aponta o consultor, existem setores onde a gestão da energia é crítica e não está a ser realizada, como é o caso das instituições de solidariedade social (lares, centros de dia ou clínicas) onde a empresa tem tido uma forte atuação, com resultados muito expressivos ao nível das poupanças geradas: “Já tivemos casos de economizar a essas instituições verbas superiores a uma dezena de milhar de euros, só lamentamos que não nos consultem mais frequentemente”, explica o entrevistado. Para o futuro próximo, esta empresa, que já incorpora capital estrangeiro, aponta para o crescimento e o reforço da estrutura comercial, estando para breve, a abertura de novos escritórios, preferencialmente por via de consultores associados com conhecimento do mercado local. AV. DR. FERNANDO AROSO, 618 TLF. 223 204 949 INFO@QSIMPLES.PT
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LAZER
TENDÊNCIAS OUTONO/INVERNO PARTE I
SETEMBRO ESTÁ AQUI, E ISSO SIGNIFICA QUE FINALMENTE É HORA DE FAZER ALGUMAS COMPRAS DE OUTONO! AQUI ESTÃO ALGUNS DOS ITENS TENDÊNCIA PARA ESTA ESTAÇÃO: TEXTO CAROLINA COSTA LEITE
Para os amantes do estilo “Grunge”, famoso dos anos 90, contem com o regresso do vinil, o cabedal e os quadrados tartan.
MANGO 39,99€
PULL&BEAR 12,99€
Também para esta estação temos o xadrez / tweed, uma das maiores tendências deste outono. Dê um toque moderno ao tradicional inglês. Sem dúvida a opção mais elegante. ZARA – 49,95€
UTERQUE 69,00€
Nos meses mais frios, o pelo é a melhor opção, com um pequeno apontamento, numa peça mais “edgy “ ou num look mais clássico.
Veja na próxima edição a continuação das tendências outono/inverno 2017… até lá… ZARA 39,95€ 28
ZARA 79,95€ SETEMBRO 2017 |
PEQUENOS E CHIQUES A Pequenos e Chiques lançou a nova coleção, outono/inverno, numa altura, em que o regresso às aulas é a preocupação para muitos pais. Com uma vasta oferta e diversidade de artigos, dos 0 aos 14 anos, a loja tem como marca de excelência a Mayoral. A loja que também tem atelier de design e confeção própria, acompanha as tendências da próxima estação. AV. DR. FERNANDO AROSO, Nº 674 TLF. 220 173 268 | TLM. 916 303 689 PEQUENOSECHIQUES@SAPO.PT FACEBOOK.COM/PEQUENOSECHIQUES.PT WWW.PEQUENOSECHIQUES.PT
AGENDA
DIA 15, SEXTA
DIA 23, SÁBADO
DIA 7 A 10
DIA 24, DOMINGO DIA 10, DOMINGO DIA 17, DOMINGO
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CINEMA
NAS SALAS
TIAGO LEÃO BLOG: SALA3
ÍNDICE MÉDIO DE FELICIDADE
O GUARDA-COSTAS E O ASSASSINO TÍTULO ORIGINAL: THE HITMAN'S BODYGUARD REALIZADOR: PATRICK HUGHES GÉNERO: AÇÃO, COMÉDIA ELENCO: RYAN REYNOLDS, SAMUEL L. JACKSON, GARY OLDMAN DURAÇÃO: 1H58
Um filme de ação e comédia com Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson?! Vamos logo ver! Pelo trailer, parece exatamente aquilo que se quer para acabar bem o verão: grandes cenas de ação (talvez não muito realistas) com dois grandes protagonistas a distribuir comédia a todo o momento. Um dos melhores guarda-costas do mundo tem de transportar em segurança um assassino até ao Tribunal de Justiça Internacional, onde vai testemunhar contra um ditador. O filme é tudo aquilo que os trailers prometem, por isso se gostaram deles provavelmente gostarão daquilo que podem ver na sala de cinema. O melhor é, sem dúvida, a química entre os dois atores principais, com Jackson sempre a disparar balas e piadas com a mesma pontaria certeira, e Reynolds como o elemento mais sério a servir de um bom contrabalanço. A história é simples e tem umas pitadas de romance que até calham bem, na forma Elodie Yung e Salma Hayek. O vilão de Gary Oldman parece saído dos filmes de ação dos anos 90 mas funciona bem para a narrativa apresentada. E também temos o nosso Joaquim de Almeida envolvido. Se quisermos algum termo de comparação, pode-se pensar no estilo de “Deadpool”, talvez com Ryan Reynolds, mas com menos violência e sem super-poderes (tirando, claro, o geral super-poder de todos os protagonistas deste género de filmes). “O Guarda-Costas e o Assassino” é um filme simples, divertido e com muita ação. Uma boa maneira de começar a dar as despedidas ao verão.
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REALIZADOR: JOAQUIM LEITÃO GÉNERO: DRAMA ELENCO: MARCO D'ALMEIDA, DINARTE DE FREITAS, ANA MARTA CONTENTE DURAÇÃO: 1H47
2012, Portugal entrou em colapso e Daniel, como milhares de portugueses, perdeu o emprego e deixou de poder pagar a prestação da casa. Marta, a sua mulher foi-se embora para a aldeia natal e levou os dois filhos, Flor e Mateus, com ela. Os seus dois melhores amigos encontram-se ausentes: Almodôvar foi preso quando, desesperado, procurava encontrar uma solução e Xavier está fechado em casa, profundamente deprimido porque o site que os três tinham criado para as pessoas se entreajudarem foi um absoluto fracasso. Mesmo assim, Daniel não desiste de ter esperança. Até que surge um inesperado pedido de ajuda que irá mudar tudo... e Daniel vai voltar a ser feliz.
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Av. Afonso Henriques, 1580 Prolongamento da Av. da República s/n
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IMAGENS FRANCISCO TEIXEIRA/CMM
FULLSTEAM Os FullSteam nasceram em 2012, esta banda de originais tem a sua origem em Matosinhos e é composta por Daniel Rocha (voz), Miguel Moscoso (guitarra), Nuno Pereira (bateria) e Ricardo Pereira (baixo). Em entrevista à NM revelam como começou esta aventura e até pretendem ir no futuro. Qual o género musical onde se enquadram? O espectro musical viaja entre universos sonoros, desde um som "raw" induzido pela voz sem efeitos, ao ritmo melódico da bateria e baixo, que se acentuam nas pausas dos "power riffs" da guitarra, sons puros em harmonia que descrevemos como "Dirty, Raw, Rock". Quais têm sido as vossas fontes de inspiração e influência? Todos os elementos da banda têm as suas preferências musicais, desde o 32
blues, ao rockabilly, do rock n´roll, ao metal. Existem alguns grupos mais recentes como os Graveyard, Clutch, que ganharam a empatia de todos, e claro os clássicos: Led Zeppelin ou Black Sabbath. Como é processo de criação dos vossos trabalhos? O processo de criação pode ser definido por uma mutação de alguns riffs que vão sendo construídos, quer de forma esporádica, ou de forma mecânica (tentativa erro). Após esta primeira fase, o processo de escrita também acontece, de modo, a que as letras sejam consistentes com a melodia. Finalmente, a divisão e construção musical, onde todos os riffs, letras, e elementos extra se encontram e dão origem às nossas músicas. Em Matosinhos, onde costumam dar concertos?
Essencialmente no Maryspot Vintage Bar, também concorremos este ano ao concurso de bandas da cidade promovido pela Junta de Freguesia de Matosinhos - Leça da Palmeira, na qual fomos, os vencedores e que nos deu a oportunidade de atuar nas festas de Sant´Ana em Leça da Palmeira. Qual a vossa agenda para o mês de setembro? A banda encontra-se em processo de preparação para gravar o primeiro EP, portanto, neste momento, estamos concentrados neste objetivo, o que nos preenche a agenda. Quais são os vossos projetos atuais e de futuro? Após a gravação deste primeiro EP, participar nos festivais de verão, e conseguir chegar um pouco mais longe, essencialmente dar concertos e partilhar as nossas músicas com o público. SETEMBRO 2017 |
PARA JOGAR
PARA LER UM LIVRO HOJE, PORQUE NÃO?
O QUE NÃO FALTAR A UM GAMER SONIC MANIA
CHEGAR NOVO A VELHO
LANÇAMENTO: 15 AGOSTO 2017 DESENVOLVEDORES: CHRISTIAN WHITEHEAD PAGODAWEST GAMES, HEADCANNON GÉNERO: PLATAFORMAS PLATAFORMAS: PC, SWITCH, PS4, XBOX ONE
ANO: 2017 AUTOR: MANUEL PINTO COELHO
Manuel Pinto Coelho explica como chegar novo a velho, como ter mais e melhor saúde, mais e melhor longevidade, sem recorrer a medicamentos. Um conjunto de procedimentos baratos, simples e de resultados surpreendentes que são completamente ignorados por força do lobby da indústria farmacêutica.
A QUEDA DOS GIGANTES
ANO: 2015 AU TOR: KEN FOLLETT
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Um documento extraordinário, excecional no rigor da investigação e brilhante na reconstrução dos tempos e das mentalidades da época. Ken Follett, esse grande mestre do romance, publica uma nova obra de grande fôlego histórico, a trilogia «O Século», que atravessará todo o conturbado século XX. Neste primeiro volume, travamos conhecimento com as cinco famílias - americana, alemã, russa, inglesa e escocesa - que nas suas sucessivas gerações serão as grandes protagonistas da trilogia. Mas não esgotam a vasta galeria de personagens, incluindo figuras reais como Winston Churchill, Lenine ou Trotsky, que irão cruzar-se numa complexa rede de relações, no quadro da Primeira Grande Guerra, da Revolução Russa e do movimento sufragista feminino.
Sonic está de volta, numa celebração do passado e do futuro, com um regresso aos gráficos 2D. É possível jogar com 3 personagem, Sonic, Tails e Knuckles, através de novas versões dos níveis clássicos, e enfrentar novos e velhos inimigos, tal como o exercito de robôs malvados do Dr. Eggman. Sonic Mania é imperdível para qualquer fã da série dos antigos jogos da série.
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CULTURA
IMAGENS RUTE FERRAZ
MAIS DO QUE UM FESTIVAL DE ARTE URBANA… O Desenlata vai já na terceira edição. O evento procura através das expressões artísticas alertar para alguns problemas, como a questão da urbanização em Matosinhos Sul. A indústria conserveira, que tanta importância teve, naquela zona da cidade, também é “redescoberta” neste festival.
workshop de graffiti, duas visitas a fábricas de conservas em ruínas, uma exposição de cartazes de autor de artistas locais. Já no ano passado, demos início ao conceito Street Art Tour, um circuito de arte urbana não autorizado em Matosinhos Sul, que compilamos num mapa e promovemos visitas.
Como surgiu o Desenlata - Festival de Arte Independente de Matosinhos? O Desenlata surge em 2015 no âmbito do meu projeto final de mestrado em Design da Imagem, na Faculdade de Belas Artes da Faculdade do Porto. A primeira edição teve um formato não muito diferente deste, contando com: uma graffiti jam com mais de 30 artistas na Escola Secundária Augusto Gomes. Realizou-se também um
Que eventos e iniciativas decorreram no âmbito desta edição? No dia 4 foi a inauguração da exposição Arte na Conserva. Dez artistas foram desafiados a criar rótulos para latas de conserva de 1730g. A exposição está patente de 4 de setembro a 1 de outubro, na Loja Interativa de Turismo de Matosinhos. Este ano contámos também com uma visita guiada à Fábrica de Conservas Portugal Norte
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e degustação de produtos na Companhia das Conservas. Para esta edição, apostamos em novas atividades e outras já realizadas, que se revelarem um sucesso. Fizemos um mural coletivo, com mais de 20 artistas urbanos, no muro exterior poente da Escola Secundária Augusto Gomes e um workshop de graffiti gratuito. Inauguramos as dez novas intervenções do Desenlata Street Art Tour, com uma visita guiada e comentada. Trata-se de um circuito de arte urbana não autorizada, criado em Matosinhos Sul, em grande parte aplicado em fachadas de antigas conserveiras. Com intervenções de artistas nacionais e estrangeiros. Qual a importância do evento para Matosinhos? Mais do que um festival de arte urbana, o Desenlata pretende ser uma chamada de atenção para o problema urbanístico e de gentrificação da zona de Matosinhos Sul. Focando-se não só na promoção e mostra de expressões artísticas no espaço público, Desentala Street Art Tour Artistas Manuela Pimentel (PT); JAS (PT); Hazul (PT); Third (PT); GODMESS (PT); The Caver (PT); Samina (PT); Padure (ROM); Lapiz (NZ); Heitor Corrêa (BR).
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mas também em revisitar a memória e importância da indústria conserveira na história e identidade da cidade de Matosinhos. Quais os agentes, instituições envolvidas na organização do evento? A organização e produção do Desenlata é garantida por mim e uma equipa de independentes, que preferem ficar no anonimato. Sendo o mural coletivo coproduzido com a ÁGIL - Associação de Jovens de Lordelo do Ouro. Quais as parcerias estabelecidas? Esta é a primeira vez que o Desentala conseguiu estabelecer parcerias com outras entidades e empresas. Sendo o mural coletivo uma parceria com a Escola Secundária Augusto Gomes, Super Bock, ÁGIL - Associação de Jovens de Lordelo do Ouro e com o apoio institucional da Câmara Municipal de Matosinhos. Já a exposição Arte na Conserva e a visita à Conservas Portugal Norte são uma parceria com a empresa.
Mural Coletivo: Dub; Rafi; Bent; Dezanove; Bruno Lisboa; Mesk; Guel; Mariana PTKS; Habs; Ato; Third; Fedor; Drako; Bella; Phame; Pips; Deepho; Kayo; Ekyone; Agem; Godmess; Ordem.
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PERFIL
PRATICANTE DE KARATÉ, PORQUÊ? Iniciei aos 6 anos. Aos 14, tornou-se um assunto sério, quando integrei a seleção nacional. O QUE JÁ CONQUISTOU NESTA MODALIDADE? Em julho fui campeã europeia universitária e em agosto conquistei a medalha de ouro no Open de Erzurum - Turquia. Conquistei quatro medalhas europeias (EKF), duas de prata no escalão júnior e duas de bronze no escalão sénior e cadete. Sou 11 vezes campeã nacional.
PATRÍCIA ESPARTEIRO
ENFERMEIRA, PORQUÊ? A área da saúde sempre cativou o meu interesse, embora gostasse de trabalhar num ramo ligado ao desporto. Durante este último ano letivo tirei uma Pós-Graduação em Medicina de Reabilitação do Exercício e do Desporto. HOBBIES? Viajar, se pudesse estaria sempre a fazê-lo! VIAGEM DE SONHO? Irão PRATO FAVORITO? Francesinha NOVO DESAFIO? Agora que o Karaté é uma modalidade olímpica para Tokyo 2020, definitivamente que este se torna o meu novo desafio! Infelizmente, um sonho difícil de alcançar. O único meio de qualificação são os Opens da Karate1 - Premier League, sem qualquer verba por parte da Federação Nacional, ou patrocínios, a participação em todas estas competições torna-se complicada. Mas o sonho está sempre presente, e todos os dias treino com esse objetivo!
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IMAGENS JORGE GIESTA | SETEMBRO 2017
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REPORTAGEM
“O TEATRO É EFETIVAMENTE TRANSFORMADOR” Depois de uma primeira experiência em que levou a arte do palco para dentro da prisão, Luísa Pinto idealizou chegar mais longe: conjugar prisão e teatro com a sociedade civil, trazer a arte para fora de muros e criar um espaço comum, em que atores, reclusos e público partilham as mesmas emoções de forma fraterna e livre. Deste projeto, nasceu a apresentação, no Porto, da peça O Filho Pródigo, no espaço MIRA que, pela primeira vez, juntou músicos e atores profissionais, como Fernanda Lapa, Fernando Soares, João Melo e os músicos Nuno Meireles e Rui David, com reclusos e detidos inimputáveis. Numa conversa informal, Luísa Pinto falou-nos do processo
de criação deste projeto e dos resultados do mesmo e também da sua perspetiva sobre a reinserção social dos ex-reclusos. Considerado recentemente o terceiro país mais pacífico do mundo, Portugal está genericamente habituado à estabilidade. A classificação, dada pelo Instituto para a Economia e Paz (IEP) que é responsável pela elaboração do Índice Global de Paz (IGP), estabelece uma boa nota para o nosso país, na generalidade dos indicativos de segurança. Paradoxalmente, a sociedade portuguesa convive com a realidade das cadeias sobrelotadas e das dificuldades de reinserção dos reclusos. Em 2016, a Direcção-Geral da Reinserção
LUÍSA PINTO
e Serviços Prisionais (DGRSP) relevou que o número de reclusos, em Portugal, ascende a sensivelmente 14 mil. Destes, está estimado que 325 sejam reclusos inimputáveis, ou seja, detidos com problemas de ordem psíquica e cujo tempo de reclusão é, por norma, o mais elevado. Luísa Pinto, atriz e investigadora matosinhense, antiga diretora artística do teatro Constantino Nery, conhece a realidade construída atrás das grades, de projetos que já desenvolveu. Recentemente, a encenação de O Filho Pródigo, nasceu no âmbito da sua tese de doutoramento. Para realizar este projeto, Luísa pretendeu chegar mais longe e fazer o que nunca 38
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UM PROJETO DE AFETOS COM VISTA À REINSERÇÃO antes havia sido feito: criar um grupo com intervenientes dissemelhantes e apresentar a peça ao público fora da prisão. “O grupo era totalmente heterogéneo”, conta “com atores profissionais, com músicos reconhecidos, que tocam ao vivo no espetáculo, com reclusas e reclusos “normais” e inimputáveis”, explicou. Após a definição dos moldes em que se ia construir esta aventura, o momento seguinte passou pela escolha do texto a encenar. Luísa Pinto selecionou O Filho Pródigo, de Helder Wasterlain e João Maria André, devido às emoções que o mesmo privilegia, como o perdão, e pela presença da figura da mãe, essencial no mundo de um recluso, como nos referiu. Depois desta etapa, a montagem do espetáculo ficou pendente de uma imensa operação logística. Seguiram-se cinco meses de ensaios, com vários pedidos de autorização e trâmites burocráticos a acrescerem ao trabalho de encenação. “Nos primeiros dois meses eu ia ensaiar com eles sozinha. Depois de ter feito a seleção, distribuídos os papéis e de perceber quem consegui-
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ria cumprir com dignidade o seu papel, comecei a levar primeiramente os atores e depois os músicos. Toda a burocracia é muito complicada, foram pedidos de autorização constantes, e isto mesmo com todo o apoio incrível que tivemos das instituições que acreditaram no projeto desde o primeiro dia”, referiu. É já com algum distanciamento que Luísa Pinto consegue relatar à nossa revista todas as emoções que estiveram presentes no dia de estreia deste espetáculo, em maio de 2017. A experiência, descrita nas palavras carregadas de emoção da encenadora, não poderia ter sido mais gratificante para os envolvidos. “Foi incrível para nós como experiência de humanização. Acho que todos, profissionais de teatro, saímos de lá muito mais humanizados e eles saíram recuperados, através dessa autoestima que adquiriram, de referências de identidade que começaram a ter orgulho em mostrar”, explicou. Este balanço é em muito suportado pela visão pessoal que Luísa Pinto tem sobre a temática da reinserção
social e do papel da arte nesse processo. A atriz acredita que seria necessário criar mecanismos para se passar de projetos pontuais para um plano continuado. Do ponto de vista da encenadora, a reinserção tem que ser vista como um projeto inclusivo, que envolva todos os setores da sociedade civil e que não seja visto como algo que acontece longe do cidadão comum. “Só nessa reinserção é que eu acredito. Se fizermos teatro só dentro da prisão, sem que a sociedade do exterior os veja, não se criam laços socializadores com o exterior. Não houve tempo de se quebrarem estigmas, só fazendo fora é que podemos começar a transformar mentalidades, para que a não reincidência e a reinserção tenham sucesso”. Luísa Pinto continua ligada a estes reclusos, que fizeram parte da “família” que se formou à volta deste projeto e que já foi visitar após o seu final. A encenadora pretende continuar a trabalhar nesta área - existe já um projeto idealizado por si para a criação de um protocolo regular de arte nas prisões, que está em aprovação na DGRSP, entre outros planos que já tem idealizados. Para a encenadora, a ação local e integrada é um passo importante para se começar a mudar a realidade da reinserção no nosso país. “Aqui em Matosinhos há muito que se pode fazer. Como em todas as cidades, não faltam instituições e não faltam problemas que se possam resolver”. No final da entrevista, Luísa Pinto deixa um desafio: “Que se criem parcerias entre os agentes culturais, os artistas, os criadores, os programadores, as instituições e o ensino superior”.
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GASTRONOMIA
SABOREAR: O QUE HÁ DE NOVO EM MATOSINHOS? DE MATOSINHOS A LEÇA DA PALMEIRA SÃO VÁRIAS AS NOVIDADES ONDE PODE OUVIR MÚSICA AO VIVO, ALMOÇAR COM VISTA PARA A MARINA OU JANTAR COM OS AMIGOS. CONHEÇA AS NOVIDADES.
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AL MERCATO
RUA FRANÇA JÚNIOR, LOJA 15, MERCADO MATOSINHOS
O melhor da cozinha italiana chegou ao Mercado de Matosinhos. As especialidades italianas de peixe do chef Sergio Crivelli, que também tem massas frescas, pizzas e refeições sem glúten, são de comer e chorar por mais. Quando decidir conhecer este espaço não se esqueça que a sobremesa também é para provar.
AQUELE BAR
PÃO DA TERRA
RUA DE LÓ FERREIRA 281, MATOSINHOS
RUA FRANÇA JÚNIOR, MERCADO MUNICIPAL DE MATOSINHOS, LOJA 25, MATOSINHOS
Espaço de conhecimento, envolvimento, discreto, relaxado, com bom ambiente, é assim que o proprietário o define. A música ao vivo, principalmente aos fins de semana, é um dos fatores distintivos deste novo espaço, situado no coração de Matosinhos. Pretende ser um ponto de encontro entre amigos, ideal para beber um copo antes ou depois de jantar.
A Padaria Biológica Pão da Terra é um novo espaço no Mercado de Matosinhos, onde se pode usufruir do aroma a pão quente a qualquer hora do dia, feito com os melhores ingredientes biológicos. Este novo conceito de padaria foca-se na produção artesanal, propondo qualidade no produto, de origem biológica.
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A.DO.RO
RUA MOÍNHO DE VENTO 216, LEÇA DA PALMEIRA
As tapas de mar e as tapas de terra são as grandes atrações deste novo espaço. Camarão à panko, gambas ao alho, alheira com ovo ou salmão fumado com batata doce são boas opções. Nas sobremesas a oferta é muito variada e aqui a escolha pode ficar ao critério da casa. Durante a semana tem menu de executivo ao almoço.
TERRÁREA
MARINA 22
RUA BRITO CAPELO, 1211, 4450-078 MATOSINHOS
MARINA DE LEIXÕES - MOLHE NORTE, LEÇA DA PALMEIRA
Espaço pioneiro na cidade, ideal para tomar café como se estivesse num jardim. Na Terrárea pode almoçar enquanto lhe preparam um ramo de flores. Um espaço natural que une diferentes universos: decoração e comida saudável. O cheesecake e a tarte de amêndoa e alfarroba são uma excelente opção. Ao domingo tem uma oferta especial: brunch.
Este restaurante e bar está no Vela Sport Clube do Porto, mesmo em cima da marina de Leixões, proporcionando uma visão privilegiada e única de Leça da Palmeira. No Marina 22, poderá desfrutar de petiscos, almoçar, jantar ou apenas beber um copo para descontrair. Espaço confortável e informal onde a luz natural predomina, devido às amplas janelas viradas a sul e poente.
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GASTRONOMIA
O MELHOR PEIXE É NO RESTAURANTE S. VALENTIM S. VALENTIM Neste restaurante encontra uma decoração com alguns toques modernos, contrastando com as paredes rústicas. As especialidades da casa são os peixes frescos grelhados no carvão. Das sardinhas ao rodovalho, passando pelas lulas, são muitas as razões para sair daqui satisfeito. Enquanto espera, nada melhor do que petiscar uns percebes. Aqui encontra um serviço simpático e atencioso. Por esta altura do ano, a sardinha é rainha, mas há muito mais para saborear neste espaço liderado por um profissional que cedo chegou ao ramo da restauração. Vindo de Trás-os-Montes, de onde partiu cedo para estudar, o proprietário, o Mestre Valentim Santos, como é conhecido em Matosinhos, tra44
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balhou em Paris num dos melhores restaurantes da cidade. Por lá ficou meia dúzia de anos, aprendendo na cozinha e na sala com os melhores. Ainda muito jovem, com 26 anos, regressa a Portugal, onde abriu o primeiro dos muitos restaurantes que criou, até chegar ao que é hoje um dos mais procurados e bem sucedidos de Matosinhos, o São Valentim. Todos os peixes grelhados no carvão são recomendados, mas há que ter também em conta o arroz de tamboril, o leite creme queimado e um bom vinho para acompanhar.
SUGESTÃO NM ENTRADA Percebes PRATO PRINCIPAL Sardinha assada na brasa SOBREMESA Leite creme
TODOS OS DIAS DAS 12:00 A 15:30, 18:30 A 23:00 TELEFONE - 22 937 9204 RUA HERÓIS DE FRANCA 335, MATOSINHOS
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GASTRONOMIA
PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS E SABORES SUGESTÃO NM
ESQUINA DO AVESSO Os primeiros passos da Esquina do Avesso são dados na direção da cozinha tradicional portuguesa, que incorpora sabores do mundo, sazonalmente criados pelo chef Nuno Castro. Localizado na zona histórica de Leça da Palmeira, o Largo do Castelo, o restaurante Esquina do Avesso promove o conceito de partilha para duas pessoas. As sugestões passam pelo salmão curado com gin e pepino, parfait de
foie gras, rabo de touro e o vegetariano, batatoto de beterraba, acompanhados de um bom e adequado vinho, terminando com umas texturas de framboesa e banoffe, sobremesas que fazem as delícias de todos. Recentemente, a Esquina do Avesso venceu o prémio de melhor restaurante na categoria "Restaurante de Pestiscos", nos prémios “Os Melhores de 2017” pelo Flavors & Senses.
ENTRADA Húmus PRATO PRINCIPAL Pato com risotto de cogumelos SOBREMESA Cheesecake de manteiga de amendoim Preço médio 40 euros para duas pessoas DE TERÇA A DOMINGO DAS 12:30H ÁS 15:00H E DAS 19:30H ÁS 23:00H TEL. 912 286 521 RUA DE SANTA CATARINA, 102 LEÇA DA PALMEIRA
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ONDE COMER FORA?
VEJA A NOSSA SUGESTÃO
COZINHA TÍPICA DE EXCELÊNCIA SUGESTÃO NM
CASA MATOS
ENTRADA No ano de 1915, no local onde hoje se encontra o restaurante Casa Matos, a bisavó do atual proprietário, Adelaide Bandeira, fundou a Casa D´Adelaide, espaço comercial destinado ao serviço de comidas e dormidas. Em 1964, o seu filho, Severiano Almeida, inaugura no mesmo espaço, totalmente remodelado, um café, petisqueira e comércio de mercearia fina com o nome Casa do Coval, tendo como primeiro empregado Manuel Alves, pai do atual proprietário. No mês de janeiro de 1997, Manuel Alves, bisneto da fundadora, inicia um percurso de transformação total do espaço, mantendo o nome Casa Matos. Guarete Alves é responsá| SETEMBRO 2017
vel pela confeção dos maravilhosos cozinhados que transformam esta casa num dos mais prestigiados restaurantes do país. Entre as muitas iguarias destacamos a sopa da pedra e de peixe, a salada de polvo em molho verde ou a orelha de porco grelhada com azeite. Nos petiscos frios, os carapaus em molho de escabeche ou rojões das tripas ou redanho são para provar. Nos pratos principais o bacalhau e o cabrito no forno são os mais procurados. As sobremesas são várias e todas elas uma perdição: quatro queijos, cinco doces, cinco frutas e seis gelados. A variedade na carta dos vinhos também é um fator distinto deste espaço.
Salada de polvo em molho verde
PRATO Cabrito no forno
SOBREMESA Rodízio de sobremesas PREÇO MÉDIO 12,50€ por pessoa RUA PADRE ANTÓNIO ALMEIDA, SALREU - ESTARREJA TEL. 234 841 319 FECHA AOS DOMINGOS E FERIADOS
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ANTÓNIO DE SOUZACARDOSO
CASA DE PASTO DE POUVE
Rua Zeferino Rodrigues Carneiro 125, São Paio de Seide 4770-680 Vila Nova de Famalicão Tlf.: 252 375 491
Tenho uns queridos familiares que detêm um Solar antigo e muito bonito em Pouve, uma freguesia airosa do Concelho de Famalicão. No Solar de Pouve, fazemos encontros regulares de Família, caracterizados por dois postulados intransponíveis: os encontros são masculinos e somos nós que fazemos o amanho e a preparação da refeição. E que bem que nos sabe ir viajando nos sabores do receituário português (acho que ao longo dos anos já o fizemos e comemos todo) e depois ficar ali, no borralho de azinho e no remanso das memórias de Família.
recomendável da cozinheira. Vinha de casa tão boa que só deve ter aprendido a fazer coisas assim! O prato do dia era um prato rojões à boa moda do Minho. E os rojões no Minho não se privam de nada, agarram tudo, no resplendor que o porco dá aos pratos regionais: o redenho, o farinhato ou belouro, o fígado, a tripa e os suculentos rojões. Tudo bem acolitado com a batata corada, a castanha, os grelos e o arroz de forno. No arroz, se for mais robusto ou mais afoito, experimente que também o há, o arroz de sarrabulho!
Pois há pouco tempo o meu amigo e compadre Manuel Serrão que nestas coisas da Mesa nunca brinca, falou-me de mais uma das suas recorrentes descobertas. A Casa de Pasto de Pouve que, vim confirmar ser mesmo encostada ao dito Solar de Família. Um sitio encantador, talvez derivado da recuperação de antigas casas de caseiros, que tem uma esplanada fresca e bonita, num espaço arborizado, muito acolhedor. Entramos e damos de frente com o aroma oficial das cozinhas regionais. O azeite, o alho, a cebola, o louro, soltam-se pela casa fora e acolhem-nos como ninguém. De entrada lá estavam bonitos, uns bolinhos de bacalhau como só o Minho sabe fazer. O presunto de cura leve e o pão firme e quente de mistura faziam o resto, abrindo ainda espaço para umas azeitonas de grande curtimenta. Falamos um pouco com o dono e percebemos a origem
Um vinho honesto do produtor caía com vivacidade nos nossos copos. Ao lado piscávamos o olho a um bacalhau assado de belíssima estirpe e ouvíamos a cantoria de outros prazeres da mesa, como o cabrito, a vitela assada, o arroz pica no chão e tantos outros que explicam a ampla freguesia que acorre a esta casa de Pasto cheia da pronúncia do Norte. Para sobremesa tivemos direito a um travessa de leite-creme feito naquela boa hora. Que bem nos soube, sentir aqueles aromas de “Mãe” que nos favoreceram e aconchegaram a alma e o palato. Nota alta para esta Casa de Pasto de Pouve. A mesma boa cozinha de que também desfrutamos no belíssimo Solar de Pouve. A mesma tempera e o mesmo ADN de casas mais ou menos fidalgas, mas sempre distintas na boa gastronomia com que nos brindam. Um brinde a Pouve por tudo isso!
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VAI UM COPO?
BERNARDINO COSTA ADUELA TABERNA BAR
GRAHAM'S EXTRA DRY WHITE PORTO Graham’s Extra Dry White Porto é a nossa sugestão de vinho este mês. Para além da sua inegável qualidade e, tal como o nome indica, este estilo de Porto é particularmente seco, visto que grande parte do seu açúcar natural é fermentado. O Extra Dry é produzido a partir de castas brancas, predominantemente Malvasia Fina, que confere ao vinho aromas frutados e grande frescura. É um excelente aperitivo, destaca-se também pela sua versatilidade, na hora da degustação. Pode ser simples, ou como porto tónico (água tónica, uma rodela de limão ou lima e duas folhas de hortelã). Recomendo de qualquer uma das maneiras, embora o prefira simples. E não se esqueçam que tem que estar fresco (6 a 10 graus). Ou seja, um parceiro ideal para nos despedirmos do verão em grande. Quem é a Graham's? Fundada em 1820 por William e John Graham no coração do Vale do Douro, a Graham’s desenvolveu ao longo dos anos uma reputação notável como um dos grandes nomes do vinho do Porto. A excelência dos vinhos do Porto da Graham’s está associada à selecção de uvas da maior qualidade, provenientes maioritariamente de cinco quintas consideradas entre as melhores do Vale do Douro: a Quinta dos Malvedos, a Quinta do Tua, a Quinta das Lages (no Vale do rio Torto) e duas outras quintas, a Quin| SETEMBRO 2017
ta da Vila Velha e a Quinta do Vale de Malhadas, propriedades a título particular de membros da família Symington. Estas cinco quintas situadas no coração do Alto Douro beneficiam da combinação única de microclima quente e seco com um solo xistoso único, que proporcionam as condições ideais para o desenvolvimento das videiras e uma maturação ideal das uvas. Região: Douro D.O.C Castas: Malvasia Fina (maioritariamente) Teor Alcoólico: 20% P.V.P: 9,00€ Enólogo: Charles Symington Produtor: Symington Family Estates, Vinhos, S.A. www.grahams-port.com Notas de Prova: Cor amarelo palha límpido, no aroma revela-se, frutado, com notas florais. Na boca é irresistível, com um longo, persistente e seco final de boca. Para além da sua excelente relação qualidade preço é ótimo como aperitivo, acreditem.
Excelente para tomar um café, beber um bom copo de vinho e ouvir boa música. Um espaço que prima pela decoração e por um ambiente descontraído, no coração da cidade do Porto. Tanto à noite como ao final do dia é um ótimo espaço para relaxar e descontrair.
HORÁRIO: DOMINGO E SEGUNDA ABRE ÀS 15H TERÇA A QUINTA DAS 10:00 ÀS 02:00H SEXTA E SÁBADO DAS 10:00 ÀS 04:00H RUA DAS OLIVEIRAS, Nº 36, PORTO TLF. 22 208 4398
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ENSINO
MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO EM MATOSINHOS: QUE FUTURO PARA A EDUCAÇÃO? No âmbito da descentralização de competências estipulada pelo poder central a partir do ano de 2008, em vários setores, incluindo o da Educação, Matosinhos integrou, no último ano letivo, um projeto piloto, juntamente com mais 13 municípios, onde foi testado um novo modelo de gestão educacional, assumido pela autarquia. Existindo pontos positivos, há ainda questões a melhorar, como por exemplo, a avaliação do pessoal não docente. Um ano depois, importa avaliar este processo e perceber o seu rumo. O Decreto-lei número 144 publicado, em 2008, lançou uma nova geração de políticas locais e de políticas sociais de proximidade, “assentes no caminho de uma efetiva descentralização 50
de competências para os municípios. O objetivo é o reforço e a qualificação do poder local, através de uma efetiva descentralização de competências que tenha como horizonte a transformação estrutural das políticas autárquicas, designadamente em matéria de educação, e no quadro do disposto na Lei de Bases do Sistema Educativo e do regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. As competências a transferir para os municípios, resultam, pois, de um consenso negocial entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses”, refere o decreto-lei. Neste contexto, essas responsabilidades passam pela gestão do parque escolar, gestão do pessoal não docente e a gestão curricular, sen-
do que os objetivos principais desta nova política procuram: descentralizar competências dos serviços centrais do Estado para os municípios; respeitar e procurar aprofundar a autonomia e diversidade dos Agrupamentos de Escolas; aprofundar o desenvolvimento de uma maior autonomia pedagógica, curricular, administrativa e organizativa e aproximar o nível da decisão daqueles que serão abrangidos pela mesma. Paulo Mengo, professor e diretor de escola durante 17 anos, questionado sobre esta nova realidade, que em breve, será generalizada a todo o país, considera que “todo este processo só terá sucesso se tiver por base uma alargada base de diálogo e compromisso entre as partes envolvidas. Poderia elencar vários exemplos, mas parece-me suficiente para evidenciar SETEMBRO 2017 |
o melindre da situação, a questão da avaliação do pessoal não docente. Ora, parece-me importante, por uma questão do mais elementar bom senso, e de acordo com os normativos, impedir a possibilidade da Câmara alocar para si a totalidade da avaliação destes profissionais, cabendo a esta unicamente a sua homologação, após avaliação do Diretor, atendendo a que o contacto funcional com os avaliados a este pertence. Qualquer outra possibilidade introduziria um enorme fator de subjetividade, abrindo a porta a todo o tipo de reclamações. Cabe aos Diretores em articulação com os municípios evitar aquilo que seria a substituição direta do poder central pelo local, ou seja, os municípios terem o papel que antes pertencia a Lisboa. Ora, não é esta de todo a letra da Lei, tão pouco o seu espírito, o que feriria de morte a autonomia das Escolas, tão duramente conquistada”, revela. Sobre esta nova realidade e fazendo também um balanço do projeto piloto, o atual vereador da Câmara Municipal de Matosinhos, António Correia Pinto, revelou, no final do ano letivo, que com este | SETEMBRO 2017
projeto pioneiro foi possível “aprofundar o relacionamento com as escolas e os agrupamentos, que já era bom, mas que hoje é um relacionamento mais profundo, já que a autarquia tem, naturalmente, mais competências e os agrupamentos também. Juntos fomos capazes de construir uma relação de compromisso com todos os agentes educativos o que resultou num funcionamento mais regular das escolas sem as dificuldades que o dia a dia, às vezes colocava, em matéria de pessoal não docente ou em matéria de conservação das escolas”. Sobre os aspetos ainda a corrigir, o vereador explica que “era suposto haver uma plataforma que nos permitia, em cada momento, ter dados informativos sobre o insucesso, o abandono e essa plataforma não funcionou, o que nos obrigou a tratar destas questões “à unha”, mas fomos fazendo um caminho de autonomia e de articulação com as escolas que é manifestamente positivo. A relação entre o município e os agrupamentos escolares é de compromisso, partilha e parceria”, destacou.
A DESCENTRALIZAÇÃO VEIO PARA FICAR Esta é uma realidade que deve conhecer novos contornos já no próximo ano, uma vez que, o Governo pretende delegar nos municípios todas as competências, à exceção da tutela dos professores e a gestão das escolas do Parque Escolar, isto, segundo a proposta que o Executivo liderado por António Costa entregou à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em maio, deste ano. Uma nova realidade que acarreta mudança e mais responsabilidades para os municípios, o atual vereador da Mobilidade e Transportes e, candidato da CDU à Câmara Municipal de Matosinhos, vai ao princípio da questão, justificando o porquê de não concordar com esta descentralização, uma vez que, no seu entender, “a educação é uma função social do Estado, indispensável para garantir a coesão do país. Na CDU somos críticos da municipalização da educação porque achamos que não é justo que os jovens de Matosinhos possam ter 51
um tipo de educação diferente dos jovens de outros concelhos. A educação se ficar dependente das capacidades de gestão, financiamento dos municípios ou até de prioridades políticas vai multiplicar as questões de desigualdade. Para nós é injusto, à partida, que uma função social do Estado, um elemento, indispensável, para combater as assimetrias económicas e desenvolvimento entre o litoral e o interior possam passar a ser geridas pelos municípios quando cada um vive diferentes realidades e tem prioridades diferentes”, revela. Jorge Magalhães, candidato do PSD, entende que a medida tem um lado positivo terminando com os “constrangimentos nos concursos de professores e consequente atraso no arranque do ano letivo”, contudo há um problema, “as contratualizações dos professores continuam a ser feitas
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pelo Ministério da Educação e não pela autarquia”, revela. António Parada, candidato independente explica que “temos de aceitar a descentralização”, considerando que em Matosinhos “este processo não foi feito com a concordância dos professores e quando se faz um projeto contra a vontade dos professores começa logo mal. Temos que envolver os parceiros interessados, temos de ter um projeto que funcione muito bem na parte educativa e que envolva todas as entidades”, conclui. A candidata do Partido Socialista, Luísa Salgueiro explica que de uma forma geral concorda com a descentralização já que “corresponde a uma forma de se exercer a política, tal como acho que deve ser feita: com uma grande proximidade entre a classe política e os cidadãos. Com a delegação de competências descentralizam-se algumas
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decisões, que são tomadas mais perto da população e isso é claramente uma vantagem”, destaca, dando o exemplo dos transportes, que também passam para a esfera das autarquias “o que é muito bom para Matosinhos que tem sérios problemas de mobilidade que põem em causa a própria coesão territorial do concelho”. Sobre o projeto piloto implementado em Matosinhos, a candidata socialista destaca os “vários aspetos positivos, nomeadamente, a maior capacidade de resposta às necessidades de manutenção e conservação dos equipamentos, dos estabelecimentos de ensino e a distribuição do pessoal não docente pelas escolas do município”. No que toca à avaliação destes profissionais, Luísa Salgueiro entende “que devem ser envolvidos todos os agentes: sobretudo, naturalmente, os diretores de agrupamento, a quem cabe
a gestão dos recursos humanos, os professores, o pessoal não-docente, como os psicólogos, por exemplo, e os próprios alunos, ficando reservada para a Câmara Municipal a homologação do processo. Penso que depois desse trabalho teremos as respostas necessárias que assegurem a forma mais eficaz e eficiente de garantir a qualidade de ensino e a melhoria do sucesso escolar dos alunos que é o grande objetivo de todos”, conclui. | SETEMBRO 2017
PAULO GASPAR
PORQUE NÃO DAMOS TEMPO À CRIANÇA? O tempo, apesar de ser uma variável universal e estruturante na vida de qualquer ser humano, parece, por vezes, só ser exclusivo do adulto. E mesmo parecendo ser exclusivo do adulto, melhor será, considerar, só alguns adultos, os privilegiados que têm tempo. Ora, a escola, instituição de excelência dedicada às crianças, também não tem contribuído muito para a criação de um tempo para o seu público. Com efeito, o adulto apenas tem sido capaz de criar algum tempo para as crianças, mas sempre sob um desígnio de exagero de formatação do futuro adulto. Assim sendo, onde fica o tempo que a criança deve e, ousamos mesmo dizer, quer usufruir, segundo os seus próprios interesses, enquanto criança? Pois bem, esse tempo, como que é mascarado, em algum tempo que a criança tem, ou parece ter, no seu recreio. A escola, enquanto local privilegiado de uma socialização que se pretende de sucesso tem que, com alguma celeridade, construir um outro tempo para as nossas crianças. Um tempo cognitivo, um tempo artístico, outros tempos… mas sobretudo um tempo que seja humanizado e… livre. Ser criança é, também, viver o seu tempo segundo a sua estrutura psicossocial e não viver o tempo que lhe é oferecido pelo adulto, segundo princípios incompreendidos por essa mesma criança. Na simplicidade da formação do ser humano, devemos almejar que o nosso projecto educacional seja construído sob a ideologia da emergência de… “Um homem livre”. Por isso, urge libertar nas nossas escolas tempo, tempo que possa formar o “Emílio de hoje”, outrora, o “Emílio de Rousseau”.
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ENSINO
MATOSINHENSE VENCE CONCURSO PARA DOUTORAMENTO EM ESPANHA Natural de Matosinhos, Catarina Maia, uma jovem de 25 anos, ingressou este mês no doutoramento na área de Biologia, em Pamplona, Espanha. Antes da sua viagem, estivemos à conversa com a jovem, para percebermos o que a move, neste universo da ciência e investigação. Licenciada, em Biologia, pela Universidade de Coimbra, com uma média final de 16 valores, a entrevistada começa por revelar que depois desta etapa, sempre quis fazer o mestrado, inicialmente “entrei para o mestrado
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em Biologia Molecular e Celular mas não gostei, por ser muito vocacionado para as neurociências, quando pretendia uma área mais relacionada com a investigação clínica, a bioquímica dos sistemas humanos”, explica. Depois ingressou no Mestrado em Biologia Clínica, na Universidade de Aveiro, tendo realizado a sua tese final de curso em Coimbra, no então Instituto Português do Sangue e Transplantação, com o Professor Doutor Artur Paiva, especialista em Imunologia e Hematologia. “A minha tese de mestrado foi o estudo da presença de eosi-
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nofilia, que é o aumento de um tipo de glóbulos brancos, no sangue periférico de crianças e jovens, que tenham sido submetidos a um transplante do fígado”, revela. A investigadora conseguiu obter a classificação de 19 valores com a tese de mestrado. Agora ruma a Pamplona, à Universidade de Navarra, após ter sido selecionada, para dar continuidade ao estudo que iniciou, no âmbito da tese de mestrado. Catarina Maia explica que vai “estudar doentes que têm um tipo de cancro de medula e que estão em fase de tratamento, percebendo se o sistema imunitário está a sofrer alterações e se a terapêutica está a ser benéfica ou não”. Sobre este doutoramento revela esperar “evoluir muito e aprender ao máximo”, contribuindo para a evolução da ciência a favor da saúde, “numa fase em que a medicina e a ciência estão cada vez mais próximas”, conclui.
JOANA SIMÕES
BOAS NOTÍCIAS NO INÍCIO DO NOVO ANO LETIVO: PROPINAS PODEM SER PAGAS EM SETE PRESTAÇÕES Os estudantes do Ensino Superior que frequentem cursos de licenciatura ou mestrado integrado vão poder passar a pagar as propinas em pelo menos sete prestações anuais de acordo com a alteração introduzida por uma recente lei. Este diploma vem harmonizar diferentes práticas por parte das universidades e institutos politécnicos, onde o estudante, por vezes, era obrigado ao pagamento da propina de uma só vez, mas também se verificava que existiam estabelecimentos que admitiam o pagamento por diversas prestações. Com a entrada em vigor deste diploma, a propina será objeto de pagamento em, pelo menos, sete prestações mensais, a contar do ato da matrícula, sem prejuízo da criação de outras modalidades de pagamento, total ou parcial, pelas instituições. Este diploma legal também flexibiliza o pagamento de propinas por parte de quem tem bolsas de ação social, passando a prever que elas só podem ser cobradas “após o início do efetivo pagamento das bolsas”. Esta lei, em vigor a partir de 1 de setembro, aplica-se já ao próximo ano letivo, sendo uma medida importante para a gestão do orçamento familiar de muitas famílias. Para informações ou pedidos de apoio contacte o Gabinete de Proteção Financeira da DECO pessoalmente na Delegação Norte (Rua da Torrinha, 228H, 5º, 4050-610 Porto, das 09h00 às 17h00), através do portal do www. gasdeco.net ou do email: deco.norte@deco.pt
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BEM-ESTAR
PERDER PESO É DIFERENTE DE PERDER GORDURA TEXTO JOÃO ALMEIDA
Olá caro leitor e seja de novo bem-vindo ao nosso espaço de bem-estar. Acredito que já tenha ouvido que somos o que comemos mas, já pensou no que come? Será, por exemplo, um pão só um pão? Pela pergunta já deu para perceber que não, certo? Ok, vamos por partes. Qualquer alimento é composto por pequenas moléculas, tal como nós. Do ponto de vista nutricional, os alimentos têm quilocalorias (kcal). Estas são dadas pelos macronutrientes (macro porque precisamos deles em maior quantidade). Os macronu56
trientes são os hidratos de carbono (HC), as proteínas e os lípidos. Em termos de kcal, um grama de hidratos de carbono tal como um grama de proteínas tem quatro kcal enquanto, um grama de lípidos tem nove kcal e um de álcool sete. Mas, para que serve isto? Ora bem, muito se fala em emagrecer, perder gordura, perder peso, ganhar peso, ganhar músculo, ganhar gordura mas, trocado por miúdos, o que significa? Perder peso é diferente de perder gordura, tal como, ganhar gordura é diferente de ganhar peso… Hum, então porquê?
Bem, perder ou ganhar peso depende de vários factores como a acumulação ou perda de líquidos. Um exemplo é o acordar com mais ou menos dois quilos do que no dia anterior. Isto pode dever-se a ter consumido mais sal/sódio, a ter estado num estado de maior stress ou a alguma alteração fisiológica. Por outro lado, o perder gordura, não significa que tenha que perder peso obrigatoriamente mas sim, comer menos do que gasta em kcal por dia respeitando quantidades essenciais de proteína para não perder juntamente massa magra. SETEMBRO 2017 |
Diariamente, precisamos de “X” kcal e de “X” quantidades de macro e micronutrientes. Se reparar, num rótulo, existe uma coisa chamada valor diário de referência - VDR. Este “palavrão” criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é usado pelas empresas alimentícias para mostrar o que é que “X” produto contém e em que quantidades numa dieta de 2000 kcal (média estabelecida/dia). Até aqui tudo bem se não fossemos todos diferentes, ou seja, são raras
RECEITAS NM MOLHO PESTO
O Pesto pode ser um grande aliado para uma alimentação saudável. O seu composto de ingredientes como o manjericão oferece muitos nutrientes, o azeite oferece gorduras saudáveis e o alho é bastante conhecido quando se trata de benefícios para a saúde.
as pessoas que necessitam de 2000 kcal certas por dia. Porquê? Porque temos muitas variáveis que definem a energia (kcal) que gastamos e precisamos por dia daí, a importância de nutricionistas e de pessoas com conhecimento na área para que não seja enganado por dietas milagrosas como a da maçã ou a do pepino que lhe prometem mudar a vida mas não referem que também a podem tirar. Em tudo é necessário existir um equilíbrio! Espero que tenha gostado e, como sabe, temos “encontro” marcado para o próximo mês. Obrigado. | SETEMBRO 2017
Ingredientes: 1 ramo de manjericão fresco; 50g de cajus; 2 colheres de sopa de azeite; 150ml de água quente; ½ sumo de limão; 3 dentes de alho; 50g de parmesão; Sal e pimenta a gosto. Modo de preparação: Lave e seque bem as folhas de manjericão. Descasque os dentes de alho. Triture com a ajuda de um processador ou com a varinha mágica o azeite, os cajus, os dentes de alho e o queijo parmesão. Junte as folhas de manjericão e volte a misturar até ficar uma pasta verde. Tempere com sal e pimenta a gosto. Sugestão: O molho pesto é uma excelente opção para substituir o molho tradicional das massas e saladas. 57
SAÚDE
O “TRABALHO DE FORMIGUINHA” DAS EQUIPAS DE SAÚDE ESCOLAR GESE- GRUPO DE ENFERMEIROS DE SAÚDE ESCOLA
A Unidade Local de Saúde de Matosinhos, através das suas equipas das unidades que constituem o ACES de Matosinhos, desenvolve um vasto trabalho com a comunidade, nomeadamente no âmbito da Saúde Escolar. São várias as equipas que trabalham afincadamente na escola com os professores, alunos, auxiliares e pais, com o intuito de desenvolver hábitos de vida saudáveis e sustentáveis, envolvendo assim toda uma comunidade. A intervenção em Saúde Escolar por parte destas equipas é, pois, norteada pelos princípios das Escolas Promotoras de Saúde que promovem a equidade, a sustentabilidade, a participação democrática, a educação inclusiva e o empowerment de todos. É assim que, à cabeça, é necessário promover estilos de vida saudáveis e elevar o nível de literacia para a saúde da comunidade educativa, contribuindo assim para uma melhoria da qualidade do ambiente escolar, para a minimização dos riscos para a saúde e automaticamente para um futuro mais sustentável. Ao mesmo tempo promove-se a saúde, previne-se a doença da comunidade educativa e reduz-se o impacto dos problemas de saúde no desempenho escolar. Tudo poderá ter objetivos concretizados se forem estabelecidas 58
parcerias para a qualificação profissional, investigação e inovação da saúde em meio escolar. Ao capacitarmos as crianças e jovens para a tomada de decisão promovemos a adoção de um estilo de vida mais saudável, pois os conhecimentos, os comportamentos e as crenças estabelecidas no início da vida tendem a persistir na vida adulta, tornando-os
mais confiantes e habilitados no desempenho dos seus papéis nas dimensões biológica, afetiva e sociocultural. É nesse intuito que esta vasta equipa multidiscisplinar desenvolve um amplo trabalho com uma população de aproximadamente 20.500 alunos, do concelho de Matosinhos, automaticamente com os seus encarregados de educação, com os docentes e não SETEMBRO 2017 |
docentes, dinamizando projetos integrados nos vários eixos do Programa Nacional de Saúde Escolar. No que se apelidou de Eixo da Capacitação, a equipa trabalha o projeto “Sorrisos”, promovendo a saúde oral das crianças mais pequenas, dotando-as de conhecimentos e competências para prevenção da cárie dentária e promoção da saúde oral. A realização de um rastreio de saúde oral às crianças com cinco anos, o respetivo encaminhamento para os serviços de saúde, em parceria com a autarquia, e o desenvolvimento de sessões de Educação para a Saúde ao jardim-de-infância e
lidade, em parceria com Universidade Católica Portuguesa. Do mesmo modo é trabalhado o projeto “Sexualidade e Afetos” para que haja uma tomada de decisão responsável na adoção dos comportamentos sexuais saudáveis, na prevenção de riscos e suas consequências. A área da “Alimentação Saudável e Atividade Física” é outro projeto em que as equipas trabalham para promover e proteger a saúde, prevenindo a doença, com a implementação de hábitos de alimentação saudável e incremento da atividade física. Com o objetivo de acautelar a violência em contexto escolar,
que desenvolvem todos os programas com a intervenção da comunidade escolar e com a colaboração da Escola Superior de Enfermagem do Porto – dedicam-se ainda ao programa “E-Bug” que visa a sensibilização para a prevenção de doenças transmissíveis e uso prudente dos antibióticos. Estas equipas trabalham ainda a “Inclusão Escolar” quando uma criança apresenta um problema de saúde, passível de afetar a sua aprendizagem ou desenvolvimento individual, os profissionais de saúde devem promover a mobilização de todos os recursos possíveis para a inclusão escolar da crian-
1º ciclo - promovendo a implementação da escovagem, bochecho fluoretado e a emissão de cheques-dentista aos 7, 10 e 13 anos - são algumas das áreas que todos os anos são levadas a cabo. Para os alunos maiores, com o projeto “Decidir para Agir” a equipa ajuda à promoção de competências para a prevenção de consumos aditivos e comportamentos associados à sexua-
as equipas trabalham ainda sobre o “Bullying” promovendo a segurança e as competências socioemocionais. Outras áreas como a promoção dos “Hábitos de Sono e Repouso”, a “Educação Postural”, a “Higiene Corporal” e em especial a “Pediculose”, ou os “Comportamentos Aditivos” são também alvo de um plano anual de intervenção. Do mesmo modo, as equipas -
ça. As equipas de Saúde Escolar acabam por desenvolver o que podemos chamar de verdadeiro “trabalho de formiguinha” pois pretendem contribuir para elevar o nível de literacia em saúde com o objetivo de melhorar a saúde e bem-estar físico, mental e social de toda a comunidade educativa.
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AR LIVRE
CAMPEONATO DO MUNDO DE VELA REALIZOU-SE EM MATOSINHOS DYLAN FLETCHER E SCOTT STUART BITHELL
IMAGENS RICARDO PINTO E MARIA MUIÑA
Os britânicos Dylan Fletcher-Scott e Stuart Bithell e a dupla dinamarquesa Jena Mai Hansen e Katja Salskov-Iversen sagraram-se campeões mundiais de 49er e 49er FX, respetivamente. Na prova, que decorreu de 28 de agosto a 2 de setembro, na Frente Atlântica do Porto e Matosinhos, os portugueses Jorge Lima e José Costa terminaram a prova na 12ª posição da geral. “O objetivo principal da época foi cumprido, que era a manutenção no Projeto Olímpico e garantir condições para o 60
futuro. Obviamente, que queríamos mais. Comprometemo-nos ao Top 10/12, fomos para o último dia com possibilidades de pódio, de nível 2 ou de nível 1 de Projeto Olímpico, inclusive, mas não conseguimos concretizar. Tivemos ali algumas situações inesperadas, estava um dia puxado e a este nível os erros pagam-se caros. O 12º lugar deixa-nos orgulhosos, mas queríamos mais”, afirmou Jorge Lima no final da prova.
JENA MAI HANSEN E KATJA SALSKOV IVERSEN
JORGE LIMA E JOSÉ COSTA SETEMBRO 2017 |
GARRETT MCNAMARA ESTEVE EM MATOSINHOS A DAR AULAS DE SURF
JOSÉ CARLOS OLIVEIRA
IMAGENS BUONDI SURF SESSIONS
AI SERPA PINTO, SERPA PINTO…
Um domingo de manhã diferente para os jovens que tiveram oportunidade de ter aulas de surf gratuitas com o recordista da maior onda do mundo Garrett McNamara. Ao todo estiveram 40 participantes na Praia de Matosinhos. O surfista, que se apaixonou por Portugal, confidenciou que “partilhar a minha paixão pelo surf com estas crianças é das experiências mais enriquecedoras e magníficas. Estamos a desfrutar do que mais gostamos de fazer na vida”. Os participantes, sobretudo os mais jovens, não esconderam a felicidade e o entusiasmo pela oportunidade de conhecerem um dos ícones do surf mundial.
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Todos sabemos da importância que a Avenida Serpa Pinto tem para Matosinhos. Bem próxima da Lota do Pescado, com um sem número de estabelecimentos comerciais (incluindo alguns da indústria hoteleira) faz com que muitos a procurem para trabalhar, morar, adquirir produtos e para se regalar com a boa gastronomia. Não há muito que alguém (certamente bem-intencionado) quis, ao nível do trânsito, realizar explorações naquela artéria com nome de explorador. Surgiram os mecos e o tracejado, para fazer separação entre duas vias e para cortar a possibilidade de mudanças de direção. Agora, com obras mais profundas, temos passeios largos e pouco espaço para a circulação de veículos (uma ideia que já vem de trás). A ideia é privilegiar os peões, penalizando o tráfego automóvel. Tudo faria sentido se existissem vias alternativas para que, por exemplo, os transportes públicos pudessem circular sem “empatar” toda a gente. Como não há, sempre que os mesmos necessitam de “apanhar” ou “largar” passageiros, dão ao trânsito daquela avenida uma imagem dantesca. Se interrogados, os autores do projeto são capazes de insistir na tese de que “é preciso moralizar o trânsito automóvel e que temos que habituar a população a usar menos o carro, a andar mais a pé ou de transporte público”. Mas onde estão os transportes públicos apelativos? Não se estará a colocar “o carro à frente dos bois”? Não seria preferível tratar dos problemas a montante antes de os tentar resolver a jusante?
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NO CONCELHO
HOSPITALÁRIOS NO CAMINHO DE SANTIAGO IMAGENS FRANCISCO TEIXEIRA/CMM
Rufam os bombos, erguem-se as flâmulas e afiam-se as adagas: está quase a começar a décima segunda edição da feira medieval: Os Hospitalários no Caminho de Santiago, que este ano se realiza entre os dias 7 e 10 de setembro, no recinto montado em torno do Mosteiro de Leça do Balio, em Matosinhos. Tal como ali sucedeu 62
no ano de 1372, o rei D. Fernando e Dona Leonor Telles vão consumar um dos mais polémicos matrimónios da História de Portugal, sendo desta vez encarnados pelos atores Nuno Janeiro e Diana Marquês Guerra, bem conhecidos do público português sobretudo pela sua participação em telenovelas e séries televisivas. SETEMBRO 2017 |
PORTO DE LEIXÕES ABERTO AO PÚBLICO O Porto de Leixões abre as portas à população pelo nono ano consecutivo, no dia 16 de setembro. Mais uma vez com uma agenda cheia e com atividades para todos os gostos, concentradas no Terminal de Cruzeiros. O dia 16 de setembro vai receber diversas iniciativas, como as visitas guiadas à área portuária, visitas a embarcações e ao terminal de cruzeiros, concertos, animação para as famílias e a regata do porto de Leixões. Este ano destaca-se ainda a exposição do | SETEMBRO 2017
Concurso de Fotografias do Porto de Leixões, que vai já na 5ª edição, e a exposição “Passagens”, uma mostra de arte contemporânea em parceria com a Fundação de Serralves, e que poderá ser visitada no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões até ao dia 17 de setembro. No âmbito desta celebração, no domingo anterior, dia 10, às 10h00, vai realizar-se a 4ª Corrida do Porto de Leixões, que conta com um percurso de 10 km dentro da área portuária. 63
NO CONCELHO
RUA SILVA AROSO NOVO ARMAZÉM
CAOS NO TRÂNSITO NA RUA SILVA AROSO EM PERAFITA Mesmo à beira desta rua existe um armazém onde todos os dias os camiões têm de abastecer. Não existindo espaço para as manobras, estas têm de ser feitas em plena via pública, causando transtorno a quem tem de esperar na fila, isto, repetidamente, todos os dias. Agora, um pouco mais acima, está a ser construído um outro armazém de abastecimento e o futuro avizinha-se ainda mais complicado, para quem todos os dias circula nesta estrada. Uma nova solução tem de ser pensada para esta zona, já que não existem quaisquer alternativas a esta via.
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CORREIO DO LEITOR
O QUE SE DIZ NO CONCELHO?
STCP COM NOVAS LINHAS ATÉ AO MAR SHOPPING FÁTIMA COELHO
Casas de banho na Praia de Matosinhos e passadiços na areia até perto do mar, quem tem carro de bebé ou ande de cadeiras de rodas tem direito de ir até beira mar. Uma praia tão bonita e sem apoio nenhum.
FERNANDO JORGE GARCIA
Desde o dia 31 de julho que o MAR Shopping é servido por três novas linhas da STCP: 507, 508 e 601. A empresa refere que para isso foram realizadas algumas alterações para garantir um acesso mais rápido e cómodo à zona comercial de Leça, com o menor impacto possível nos percursos habituais.
Tolerância zero a todos os carros estacionados em cima de passeios. Proibição de assadores em cima dos passeios, lugares de estacionamento e nas estradas. Esplanadas dos restaurantes não podem ocupar todo o passeio, contentores do lixo em cada restaurante, para uma maior limpeza e asseio. Requalificação dos parques, limpeza das ruas e passeios. Terminar com as invenções de obras que estão a destruir as nossas ruas.
CAROLINA COSTA LEITE
Gostaria de demonstrar a minha indignação relativa às obras na N107. Inicialmente, por se tratar de uma estrada com bastante movimento, principalmente de camiões, entendo que tenham substituído os semáforos por rotundas. No entanto, não consigo entender o motivo de ter apenas uma faixa, de cada lado, o trânsito não flui e continuam as filas, a zona pedonal tem uma dimensão excessiva. Além disso, gostaria de deixar uma sugestão: uma linha de metro do aeroporto até ao Mar Shopping ao longo do separador central da N107.
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HORÓSCOPO CARNEIRO
GÉMEOS
LEÃO
BALANÇA
SAGITÁRIO
AQUÁRIO
21 mar. a 20 abr.
22 mai. a 21 jun.
23 jul. a 22 ago.
24 set. a 23 set.
23 nov. a 21 dez.
21 jan. a 20 fev.
Conhecidos por serem: Conquistadores, honestos e teimosos.
Conhecidos por serem: Comunicativos, Companheiros e preguiçosos.
Conhecidos por serem: Criativos, fortes e vaidosos.
Conhecidos por serem: Compreensivos, sociáveis e indecisos.
Conhecidos por serem: Aventureiros, sonhadores, os eternos insatisfeitos.
Conhecidos por serem: Divertidos, companheiros, temperamentais.
Embora tenha ganho mais responsabilidades, no que diz respeito à sua vida profissional, continua mais interessado na diversão e no lazer. Concentre-se no trabalho, verá como no final será recompensado.
Não seja precipitado na tomada de decisões. Será um mês repleto de oportunidades, pense e ponderadamente dê-lhes a sua resposta. Sucesso.
Aproveite para estar com a família e amigos, faça atividades ao ar livre. Vai sentir-se mais liberto.
Aceite os desafios com boa disposição, lembre-se, a oportunidade de crescer depende única e exclusivamente de si. Agarre as oportunidades.
O regresso ao trabalho é, por vezes complicado. Não se deixe desmotivar, afinal este foi o caminho que escolheu, certamente vai ser recompensado.
TOURO
CARANGUEJO
VIRGEM
ESCORPIÃO
CAPRICÓRNIO
PEIXES
21 abr. a 21 mai.
22 jun. a 22 jul.
23 ago. a 23 set.
24 out. a 22 nov.
22 dez. a 20 jan.
21 fev. a 20 mar.
Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.
Conhecidos por serem: Criativos, terem um excelente sentido de humor e bastante emotivos.
Conhecidos por serem: Perfecionistas, observadores e extremamente críticos.
Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.
Conhecidos por serem: Disciplinados, responsáveis e pessimistas.
Conhecidos por serem: Sensíveis, românticos e sonhadores.
Terá que mostrar-se flexível e pronto para mudanças de última hora. Seja positivo. Não deixe que as críticas o afetem. Será recompensado pelo esforço.
Não se deixe envolver demasiado pelos problemas dos outros. Concentre-se no seu trabalho e seja cauteloso no que toca a tomadas de decisão.
Não tenha medo de dar a sua opinião. Confie nas suas capacidades. Antecipe os desafios e veja o potencial das novas oportunidades.
Concentre-se nos projetos pendentes, eles vão trazer-lhe muito sucesso.
Será fantástico para recuperar o tempo perdido. Partilhe com a família e amigos os seus novos projetos, eles podem ajudar mais do que imagina.
Não será fácil, será desafiado múltiplas vezes e os resultados vão tardar a chegar. Mantenha a calma, a sua oportunidade estará mais próxima do que imagina.
Aproveite sair da rotina, faça uma viagem ou saia da sua cidade no fim de semana. Está a precisar descansar.
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