Revista Notícias Matosinhos #25 - Agosto 2019

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Ano 3 | Nº 25 | Preço: 1,5€ IVA incluído

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CASA DA ARQUITECTURA ENRIQUECE ACERVOS JOSÉ RAMOS: 25 ANOS À FRENTE DA ZARCO MANUEL VALENTE, UMA PAIXÃO PELAS CORRIDAS

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O TRABALHO NOS PORTOS: PRESENTE E FUTURO FEDERAÇÃO NACIONAL DO SINDICATO DE TRABALHADORES PORTUÁRIOS MENSAL | Agosto de 2019

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JARDIM & ARTE

MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS VERDES • CONTROLO DE PRAGAS • PLANTAÇÃO DE RELVADOS • DECORAÇÃO FLORAL • SISTEMA DE REGA ORÇAMENTOS GRATUITOS: jardinagem.arte.jardim@gmail.com

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DESTAQUES 9 POLÍTICA: MATOSINHOS RECEBE EMBAIXADOR DOS EAU FICHA TÉCNICA

21 GENTE QUE PASSA 26 MÚSICA: PELA NOSSA TERRA ANA FEEL

@NMMATOSINHOSREVISTA | AGOSTO 2019

Diretor: Francisco Samuel Brandão Diretor Adjunto: Mário Costa Editor: Emídio Brandão Coordenação: Catarina Silva Assistente de Direção: Sofia Costa Corpo Redatorial: António Souza-Cardoso; A. Cunha e Silva; Barbara Barbosa; Bernardino Costa; Carlos Marinho; Catarina Silva; Emídio Brandão; Francisco Brandão; João Almeida; Joaquim Queirós; José Henrique Correia; José Carlos Oliveira; Marta Carvalho; Paulo Gaspar; Prof. Dr. Júlio Pinto da Costa; Paulo Mengo de Abreu; Pedro Ferreira; Teresa Teixeira; Tiago Leão; Tiago Sá Pereira; Vítor Paiva; Fotografia: Correia dos Santos e Ana Louro Design: Ana Louro Distribuição: Norberto Pereira Propriedade: Emibra Lda. Impressão: Gráfica Vilar do Pinheiro, Rua Do Castanhal, 2, Vilar Do Pinheiro, Porto Email: revista-nm@emibra.com Sede de Redação/ Edição: Rua da Cruz 1070, 4450-112 Lavra Direção Postal: Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos Tlf. Geral: 229 999 310 Tlf. Redação: 229 999 315 Registo: ERC 127008 Depósito Legal: 428306/17 NIPC: 502 505 117 Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares Nota: O Estatuto Editorial encontra-se publicado na página de Internet https://www.facebook.com/pg/NMmatosinhosrevista/about/?ref=page_internal

@REVISTANMATOSINHOS 3


AGOSTO 2019

MATOSINHOS

O MÊS EM REVISTA

Por Francisco Samuel Brandão Por vezes mergulho no espaço para meditar sobre a nossa existência, ver caminhos percorridos e outros por percorrer, e tenho a sensação de que a humanidade, ao ritmo galopante que viaja no tempo, e da forma que como viaja, só está a encurtar a vida deste magnifico planeta azul que, a uma altitude de cem quilómetros é de uma beleza inigualável. É claro que para isso tenho que entrar em sites da NASA para poder avaliar a nossa real dimensão em termos cósmicos e verificar o tamanho dos terrá-

queos, só possível a grande distância e ausência de perturbações auditivas, isto é: em silêncio absoluto. Mas que vejo eu? Nada que já se não saiba! Parece tudo bem à vista desarmada, enquadrado na beleza de um quadro de fundo negro em que o único ponto (azul celeste) de realce é o Lar Comum dos seus habitantes, que àquela distância inspira a paz dos monges e o sossego de planícies desabitadas. Isto só possível a quem consegue viajar no espaço com os meios de que disponho, ou, então, através dos testemunhos dos que fizeram do espaço a sua vida: aos astronautas. Mas não é assim tão edílico. A nossa Casa Comum está de facto ameaçada pelo comportamento dos humanos, uns de forma consciente, outros nem tanto, mas todos contribuem com uma postura inaceitável para o equilíbrio do ecossistema. E tudo isto porque o peso do “vil metal” sofre de surdez crónica não dando qual-

quer relevância aos custos que mais tarde ou mais cedo a população mundial irá sofrer (já sofre). Há alguns acordos entre poderosos e senhores do planeta para que se aja com mais ponderação na forma do tratamento que se dá à Terra com intenção de prolongar a habitabilidade de todos os seres que nela existem. Será que vai haver tempo bastante para a paragem que se impõe? Não sei! Sei sim, que a luta gananciosa pelo poder terreno não para, nem parará, enquanto houver simples avisos dos riscos que corremos mas, um dia, pode ser mesmo uma tragédia global a avaliar pelo comportamento dos elementos da natureza bem plasmados nas ocorrências dos seus efeitos em vários pontos do planeta. As populações devem ser as primeiros a serem educados, a todos ao níveis, para que se constate que não se pode pôr a governá-los gente que, antes de tudo, vê o lucro imediato manifestando o maior desrespeito pelo seu vizinho do Lar Comum.

CRÓNICA

SOCIEDADE

O PAÍS

DESPORTO

MODA

NAS SALAS

Do Largo da Igreja ao Rio Leça (III)

Tecnologia 5G na Vigilância das Praias

Ana Gomes

Portugal sagrase campeão do Mundo de Hóquei em Patins

Olá agosto!

Variações

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Rua Alfredo Cunha, 546 Telf.: 229 381 131 / 229 381 940 Fax: 229 384 766 4450 Matosinhos

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IMAGEM DO MÊS

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Correia Santos | AGOSTO 2019

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CRÓNICA

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PROF. DOUTOR

JÚLIO PINTO DA COSTA

DO LARGO DA IGREJA AO RIO LEÇA (III)

Continuando o texto anterior, retomemos o entroncamento da Rua da Igreja (Rua Dr. José Ventura) com a rua da Palha (rua Cartelas Vieira). Nessa esquina existe ainda a casa onde viveu Afonso Faria de Veiga Cabral (1861 – 1941), natural de Baião, farmacêutico, fundador da farmácia Faria, dirigente do Partido Regenerador (monárquico) e por diversas vezes Administrador do Concelho e Presidente da Câmara. A ele se devem importantes melhorias na vida de matosinhenses e leceiros, nomeadamente a iluminação das ruas (a gás), o abastecimento de água a numerosas habitações e a construção de fontanários. Afonso Faria teve ainda uma enorme atividade industrial (armações de pesca) e de benemerência. Após a Implantação da República esteve preso durante oito longos meses. Voltou à liberdade, sem julgamento, por intercessão de Teixeira Rego e Cristiano de Carvalho. À semelhança da rua Conde Alto Mearim, também a rua da

Igreja foi a escolhida para residência de algumas das pessoas mais conhecidas e importantes de Matosinhos. Assim, um pouco mais à frente, do lado esquerdo quem desce, onde hoje funciona uma creche/infantário gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Matosinhos, viveu em tempos o embaixador de Portugal na Santa Sé, Manuel Jorge Forbes de Bessa (1864 – 1934), casado com Mariana Ventura dos Santos Reis. Foi também presidente da Câmara dos Deputados e do Senado, assim como secretário da Presidência da República no tempo de Sidónio Pais. Forbes Bessa foi dirigente do Partido Progressista (monárquico), portanto opositor de Afonso Faria – não apenas na política, mas também nas lutas entre as confrarias do Bom Jesus e do Santíssimo Sacramento, por alturas da viragem do século (XIX para XX). Mais tarde aderiu ao Partido Republicano e depois à União Republicana e ao Partido Nacional Republicano.

AFONSO FARIA VEIGA CABRAL

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MANUEL JORGE FORBES BESSA

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POLÍTICA

MOOSA ABDULWAHID ALKHAJAH E LUÍSA SALGUEIRO

EMBAIXADOR DOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS RECEBIDO EM MATOSINHOS IMAGENS CMM

No passado dia 3 de julho, o embaixador dos Emirados Árabes Unidos, Moosa Abdulwahid Alkhajah visitou os paços do concelho, tendo apresentado cumprimentos oficiais a Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos. De entre outras coisas, este acordo serviu para estabelecer um novo canal de cooperação empresarial entre Matosinhos e o Dubai. Esta visita deveu-se ao facto do lançamento de uma nova ligação direta entre o Aeroporto Internacional do Dubai e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, inaugurado no dia anterior com a chegada de um Boeing 777 da Emirates Airlines.

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Moosa Abdulwahid Alkhajah demonstrou especial interesse numa futura cooperação empresarial nas áreas do turismo, do mar, da hotelaria e da investigação. Em cima da mesa ficou a possibilidade de uma delegação de Matosinhos se deslocar aos EAU afim de explorar estas e outras oportunidades de negócio. Esta nova linha aérea da Emirates, ligando o Aeroporto Francisco Sá Carneiro ao Aeroporto Internacional do Dubai, vai operar quatro vezes por semana, mas a companhia pondera passar a efetuar esta ligação diariamente, facilitando as ligações à Ásia, à Austrália e a África.

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A Calculus Projects desenvolve a sua actividade no ramo da consultoria e assessoria económica-financeira, sendo especializada em projectos no âmbito do Portugal 2020 e apresentando uma vasta experiência em áreas distintas como: // Indústria (mobiliário, têxtil, entre outros); // Comércio (retalho e por grosso); //Prestação de serviços (designers, decoradores e arquitectos, entre outros); //Turismo e Restauração.

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CAPA

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AGENTES PORTUÁRIOS DEBATERAM O PRESENTE E FUTURO DO TRABALHO NOS PORTOS NACIONAIS

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS SINDICATOS DE TRABALHADORES PORTUÁRIOS IMAGENS FEDERAÇÃO NACIONAL DOS SINDICATOS DE TRABALHADORES PORTUÁRIOS

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CAPA

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A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários (FNSTP) promoveu, no dia 13 de abril, um fórum dedicado ao tema “O trabalho nos portos: presente e futuro”, no Auditório Almada Negreiros, no Porto de Lisboa. A iniciativa contou com as presenças de vários agentes portuários e encerrou com o discurso da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. Um debate voltado para o futuro, sem esquecer o presente e o passado do trabalho portuário. Foi este o mote dado pela FNSTP para a realização do fórum “O trabalho nos portos: presente e futuro”. A iniciativa foi inaugurada por Aristides Peixoto, presidente da FNSTP, Enrico Tortolano, da Docker’s Station, e João Carvalho, presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. Numa primeira mensagem aos presentes, Aristides Peixoto deixou vincado o apreço pela presença das comitivas dos portos da Figueira da Foz e Setúbal, “que não sendo associados da Federação, quiseram marcar presença neste evento”.

“O nome que demos a este fórum visa incentivar a discussão e a visão dos trabalhadores sobre a nossa atividade diária. Julgo que é a primeira vez que se faz uma abordagem tão vasta do trabalho portuário. Para nós é importante levar ao país uma nova imagem dos trabalhadores portuários, que não pretendem ser notícia pelos piores motivos, mas sim pelos melhores. Além disso, também queremos passar a ideia que há outra forma de fazer sindicalismo e nesse capítulo louvamos a coragem dos trabalhadores de Aveiro e da

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SILVESTRE DE SOUSA, ADVOGADO DA FNSTP; ANTÓNIO VIEIRA, PRESIDENTE DA FNSTP; ANTÓNIO JESUS REIS

Figueira da Foz, que tiveram coragem para se libertar das amarras de um sindicalismo pouco correto e honesto”, afirmou Aristides Peixoto. No primeiro painel do dia, subordinado ao tema “Importância dos sindicatos nas relações de trabalho”, participaram Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UGT, João de Deus, membro da Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários – FEDPORMAR, e Silvestre de Sousa, consultor jurídico da FNSTP. Sem receio, Sérgio Monte começou

JAIME VIEIRA DOS SANTOS, PRESIDENTE DA COMUNIDADE PORTUÁRIA DE LEIXÕES; BELMIRO DA COSTA, SECRETÁRIO GERAL DOS AGENTES NAVEGANTES; RICARDO DA FONSECA, PRESIDENTE DA ANEC

por dizer que o setor portuário “é fundamental para o país”. O sindicalista lamentou, contudo, a perda de influência dos sindicatos nas relações laborais, “sobretudo após a intervenção da Troika”. Para o secretário-geral adjunto da UGT, a negociação coletiva continua a ser “a base de tudo” e a greve deve ser vista como “última opção, porque é uma arma e como qualquer arma, fere ou mata”. João de Deus corroborou a ideia de Sérgio Monte e considerou a negociação coletiva “fundamental na atividade dos sindicatos”. “Sem isso, nada existe, nem sequer a concertação social”. Por sua vez, Silvestre de Sousa trouxe a este fórum um discurso centrado no sindicalismo responsável, considerando a atividade dos sindicatos “de inquestionável utilidade e de grande mais-valia social”. “As associações sindicais devem promover as medidas adequadas, eficazes e permanentes para salvaguardar os direitos e garantias dos trabalhadores”, apontou o consultor jurídico da FNSTP. Os trabalhos da parte da manhã encerraram com um retrato da realidade

FERNANDO MOREIRA , ADMNISTRADOR DA GPL, EMPRESA DE TRAB. PORTUÁRIO DE LEIXÕES

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ibérica, tendo sido chamados à mesa, Rui Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Terminais Portuários de Aveiro, Paulo Freitas, vice-presidente do Sindicato XXI dos Trabalhadores dos Terminais de Carga Contentorizada de Sines, Álvaro Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Sines, Javier Expósito Paradela, ex-diretor da ANESCO, ex-membro da FEPORT e assessor da ASECOB, e Pedro García Navarro, secretário-geral da ANESCO. “O porto de Aveiro tem vindo a crescer na movimentação de mercadorias, com um crescimento de 49% em oito anos de registo. Infelizmente, o trabalho portuário de Aveiro sofreu vários ataques cirúrgicos de instabilidade laboral por via das empresas de estiva e de trabalhos temporários, durante o período da recessão económica, de 2013 em diante. A todas essas circunstâncias, aliaram-se vários ataques graças, também, a uma obsessão de liderança sindical. A falta de liderança sindical nesse período colocou os trabalhadores de Aveiro num plano de debilidade mórbi-

da”, confessou Rui Oliveira, sobre o período mais recente do porto de Aveiro. O exemplo de Sines, o maior terminal de carga contentorizada do país - que irá sofrer brevemente um aumento de capacidade na designada fase 3 -, foi depois evocado por Paulo Freitas, que ambiciona “uma gestão e liderança mais focadas nos desafios que aí vêm”. “Todos os trabalhadores que temos são necessários e a estabilidade profissional é um dos temas pelos quais nos vamos bater sempre”, deixou presente. Por último, Paulo Freitas admitiu que o Estado “não é um bom gestor, porque não tem capacidade para investir na melhoria de condições”. No entanto, o vice-presidente do Sindicato XXI alertou os investidores privados, sobretudo estrangeiros, que o investimento nos portos nacionais implica, de forma associada, um “conhecimento intrínseco das nossas leis laborais, tradições e costumes”. De Espanha, Javier Expósito Paradela e Pedro García Navarro focaram a formação dos trabalhadores como peça fundamental para o futuro do setor

RICARDO DA FONSECA; ALCINO OLIVEIRA, PRESIDENTE DA GPL, EMPRESA DE TRABALHO PORTUÁRIO DE LEIXÕES

portuário, sem esquecer a entrada de novas tecnologias, sintetizadas naquilo que os agentes operários chamam de “automatização dos processos portuários”. De acordo com os responsáveis espanhóis, a automatização “deve merecer grande cuidado” da parte dos agentes portuários, sem se tornar um “mons-

AMÉRICO VIEIRA; LÍDIA SEQUEIRA, PRESIDENTE DA APPASSOCIAÇÃO DOS POSTOS DE PORTUGAL;JAIME VIEIRA DOS SANTOS

RICARDO DA FONSECA, PRESIDENTE DA ANECAP; DANIEL PEREIRA, DIRIGENTE DA APAT

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JOÃO CARVALHO, PRESIDENTE DA AMT- AUTORIDADE DA MOBILIDADE E TRANSPORTES 15


TRABALHADORES PORTUÁRIOS DE SETÚBAL COM LÍDIA SEQUEIRA

Da parte da tarde o primeiro debate versou o Regime de Trabalho nos Portos Nacionais. O tema contou com os testemunhos de Lídia Sequeira, presidente da Associação dos Portos de Portugal (APP), Américo Vieira, vice-presidente do Sindicato dos Estivadores de Leixões, e Jaime Vieira dos tro temido”. “Os trabalhadores têm que se proteger desse tipo de tecnologia e de outro tipo de ‘ataques’, através, nomeadamente, da negociação coletiva. É difícil adivinharmos o futuro, mas 60% do mercado laboral vai ser afetado pela evolução tecnológica, que pode, inclusive, alterar os vários mercados laborais e fazer desaparecer várias profissões. É por isso que devemos questionar-nos sobre o nosso papel hoje e sobre o que podemos fazer para antecipar estes cenários”, alertou Pedro García Navarro.

TEMOS À NOSSA FRENTE UM FUTURO PROMISSOR

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turo promissor”, resumiu a presidente da APP. Américo Vieira começou por resumir o histórico do Porto de Leixões e a experiência do sindicato deste porto para, em seguida, apontar ao futuro, tendo presente que “um problema laboral é também um problema de todos os agentes que operam num porto”. “Recentemente, no plano sindical, regressamos a um clima de conflito, com a possibilidade dos trabalhadores se filiarem noutros sindicatos dentro de cada porto. A essas pessoas o que peço é: abdiquem de egoísmos e desistam da necessidade de protagonismo indi-

JOÃO DE DEUS, DIRIGENTE DA FERSMAR; ARISTIDES PEIXOTO; JOÃO PAULO, DIRIGENTE DO SINDICATO 2013 DE AVEIRO

Santos, presidente da Comunidade Portuária de Leixões. Lídia Sequeira começou por recordar à plateia que “o transporte marítimo ainda representa uma enorme fatia do transporte de mercadorias no mundo”, apontando a 2050, de acordo com dados da OCDE, que ditam que o transporte marítimo representará, nesse ano, uma fatia de 83% no que diz respeito ao transporte de mercadorias mundial. “Temos à nossa frente um fu-

GUILHERME REGO, PRESIDENTE DA APDL; JOÃO CARVALHO

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vidual”, exortou Américo Vieira. Noutro plano, Jaime Vieira dos Santos revelou que a Comunidade Portuária de Leixões está a preparar um grupo de reflexão sobre todos os pontos focados no fórum, “onde os sindicatos terão, evidentemente, presença garantida”. “Hoje falou-se da importância da formação nos nossos setores. É certo que é importante, mas primeiro é necessário descobrir perfis para o futuro do setor. Nesse sentido, a capacitação digital é uma oportunidade, bem como o emprego emocional, que implica a relação de uns com os outros, esse compromisso social e humano que não podemos olvidar. Somos seres de afetos, por isso necessitamos também desse mesmo afeto. Contudo, termino como gostaria de terminar: é preciso prepararmo-nos para a mudança, porque ela vem”, atestou o presidente da Comunidade Portuária de Leixões.

O encerramento da ordem de trabalhos ficou à responsabilidade da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. A responsável pelo setor mostrou-se orgulhosa pela iniciativa impulsionada pela FNSTP e considerou salutar a discussão sobre o presente e futuro do trabalho nos portos. “É certo que para projetarmos o futuro temos que olhar para o passado, mas temos que estar conciliados com esse passado. O futuro tem que ser seguramente mais sustentável. É importante que saibamos lidar com a sustentabilidade ambiental, social, desenvolvimento tecnológico e digitalização, sem esquecer a dignificação da mão de obra. Essa sustentabilidade só será possível com melhor equipamento e melhores instalações, sem deixar de fora os recursos humanos. Os portos do futuro devem ser um ecossistema de inovação tecnológica, que potencie o desenvolvimento sustentável nos portos”, co-

CRISTINA PEDRA, ADMNISTRADORA DA ETPRAM - EMPRESA DE TRABALHO PORTUARIO DA MADEIRA; FERNANDO MOREIRA

TRABALHO PORTUÁRIO DE LEIXÕES

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meçou por afirmar Ana Paula Vitorino. A representante do Governo neste fórum considerou mais relevante uma adaptação ao invés de uma revolução perante a introdução de novas tecnologias no dia a dia do trabalho portuário. “Tem que haver cada vez mais formação qualificada. Temos que preparar os nossos trabalhadores para viverem

nesse mundo e ninguém se pode demitir dessa responsabilidade. Nem os sindicatos, nem os operadores portuários, nem as administrações portuárias. Os nossos portos provaram bem a sua resiliência, sobretudo em tempos de crise, da Troika. Temos essa garantia, que os nossos portos são resilientes”, recordou a governante.

ARISTIDES PEIXOTO, PRESIDENTE DA FNSTP; MINISTRA DO MM, ANA PAULA VITORINO; CARLOS SILVA, SECRETÁRIO GERAL DA UGT

DIOGO MARECOS, ADMNISTRADOR DA YLPORT, DIOGO CARVALHEDA, GABINETE DO MINISTÉRIO DO MAR; AMÉRICO VIEIRA

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Por fim, a ministra do Mar concluiu o seu discurso com um desafio aos sindicatos, sem esquecer a greve de Setúbal: “cumpram o vosso dever com responsabilidade. O que aconteceu em Setúbal, se tivesse durado mais uns tempos, poderia ter determinado o fim daquele porto. Em boa hora o salvamos, todos nós”.

MARCÍLIA MONTENEGRO, ADMNISTRADORA DO TCGL; ADOLFO PAIÃO, ADMNISTRADOR DO TCGL; NUNO LOPES, DIRETOR DE OPERAÇÕES DO TCGL

PAULO MARIANO; ADOLFO PAIÃO; ALCINO OLIVEIRA; CURVAL, DIRETOR DA GPA- GESTÃO PORTUÁRIA DE AVEIRO

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IDENTIFICAÇÃO DOS ORADORES ABERTURA

PAULO GASPAR PROF. DOUTOR

Aristides

Enrico Tortolano

João Carvalho

RECONHECIMENTO…

1º PAINEL

Sérgio Monte

João de Deus

Silvestre de Sousa

2º PAINEL

Rui Oliveira

Paulo Freitas

Javier Expósito Paradela

Álvaro Pereira

Pedro García Navarro

3º PAINEL

Lídia Sequeira Jaime Vieira dos Santos Américo Vieira 4º PAINEL

José Laranjeira Anselmo ENCERRAMENTO

Carlos Silva

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Mais um ano letivo chegou ao seu términus. Um ano letivo, como tantos outros, um ano letivo tão diferente dos outros. Um ano letivo especial para todos, especialmente para os professores. Com efeito, finalmente foi reconhecido o papel dos professores na educação dos nossos jovens, na reconstrução de uma sociedade mais justa. Assim mesmo… todas as associações de pais do nosso país encheram os jornais com palavras de profundo reconhecimento pelo fantástico empenho, dedicação e profissionalismo com que os professores contribuíram para a educação dos seus filhos. Finalmente todos os portugueses perceberam que os pais estimam os professores dos seus filhos, não os considerando “um bando de mal feitores” como às vezes, no mínimo, parece subentender-se. Associado a tal reconhecimento, foram as próprias associações de pais de todo o país que assinaram uma petição, em defesa de uma carreira profissional dos professores justa e exigiram, em simultâneo, o rejuvenescimento da classe. Tenho a certeza que esta posição das associações de pais do nosso país é usual em todos os fins de ano letivo. No entanto, estranhamente, só neste fim de ano letivo, as manchetes dos jornais fizeram eco de tais palavras. Mesmo estranho… ou, em última análise, todos nós, temos estado pouco atentos às notícias dos jornais, por esta altura. Por outro lado, também assistimos a um desfile de discursos, com palavras de reconhecimento pelo trabalho dos professores, oriundos de todos os quadrantes políticos, nos mais diversos canais de televisão e rádio… De repente, toca o despertador… lá terei de ir até à escola para tratar dos assuntos de organização do próximo ano letivo.

Ana Paula Vitorino

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SOCIEDADE

TECNOLOGIA 5G NA VIGILÂNCIA DAS PRAIAS IMAGENS CMM

A quinta geração de comunicações móveis pode ajudar a salvar vidas. Foi o que ficou demonstrado numa simulação de salvamento da NOS realizada no início deste verão em Matosinhos, a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) em Portugal, com a colaboração do CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto. Um drone, controlado à distância, com captura de vídeo de alta definição e que utiliza a tecnologia 5G para ligação à sala de comando, detetou um surfista que necessitava de assistência. A partir da sala de comando, no (CEiiA), e com o auxílio de óculos de realidade virtual, através das imagens 360º filmadas pelo drone, foi identificada a situação de perigo e ativado de imediato o Sistema de Salvamento Balnear da Câmara Municipal de Matosinhos. Já em maio, a NOS fez uma demonstração semelhante, mas aplicada a veículos autónomos de socorro e emergência. O administrador da NOS, Manuel Ramalho Eanes, conside20

rou que este foi um dia especial porque “Matosinhos volta a ser protagonista no caminho que a NOS está a percorrer até à chegada da quinta geração de telecomunicações móveis”. “Comprometemo-nos a estar no portão da frente desta evolução tecnológica e é esse o caminho que com firmeza estamos a percorrer. A tecnologia 5G vai permitir tornar as cidades mais inteligentes, seguras e sustentáveis”, salientou. A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e o Vereador da Proteção Civil, José Pedro Rodrigues, marcaram presença na simulação de salvamento. Luísa Salgueiro destacou o papel que as autarquias devem desempenhar junto da população na “mudança de mentalidades” relativamente à tecnologia e à inovação. Também o diretor-executivo do CEiiA, José Rui Felizardo, sublinhou que o 5G é uma tecnologia que “vai mudar as nossas vidas”.

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GENTE QUE PASSA PELA NOSSA TERRA

MARIA JOÃO MENGO Talvez tudo tenha começado em Tavira, já que na década de 50, o meu sogro aqui fez a tropa. Assim, quando o Paulo me apresentou aos Pais, o Sr. Mengo ouvindo o meu nome perguntou com a sua pronúncia cerrada”- O seu pai é militar? Esteve em Tavira?” A um sim tímido, próprio das circunstâncias, pronunciou ”-Então só pode ser boa rapariga!”. O veredito estava dado e lentamente Matosinhos começou a fazer parte da minha vida. Aqui vivi os primeiros oito anos de casada. Saudades de ver a azáfama, do corre-corre em frente à casa dos meus sogros, do parque a servir de sala de jogo dos mais velhos, dos jogos do Leixões onde me deliciava com os dizeres genuínos da massa associativa feminina a defender o seu clube. Saudades dos jogos de voleibol, em que eu maravilhada assistia à Rosário a jogar, como de magia se tratasse; saudades do Senhor de Matosinhos, onde tantas vezes passeei de braço dado com o avô do Paulo que gentilmente me comprava uma gaiola com um grilo. Mas a vida nómada de professora não era fácil e as saudades da minha Aveiro e dos meus pais falaram mais alto e um dia, o Paulo vendo os meus olhos marejados de saudade ao olhar a minha planície, tirou a mão do volante e pousando-a na minha mão disse: “-Vamos concorrer para a Aveiro”. E assim foi! Matosinhos, cidade do abraço fraterno e eterno do Emídio e da Ângela! Saudade que tenho das tardes em que íamos os quatro tomar café ao aeroporto de Pedras Rubras ver os aviões. Matosinhos, cidade que me agraciou com o companheiro da minha vida! Não, eu não estive de passagem, eu fiquei!

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O PAÍS

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ANA GOMES

ANA GOMES TEXTO FRANCISCO BRANDÃO

Ana Maria Rosa Martins Gomes nasceu em Lisboa há sessenta e três anos, licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa e, desde estudante faz percurso político, inicialmente pelo MRPP, em 1972, onde militavam nomes como Durão Barroso, Maria José Morgado, Arnaldo Matos, Saldanha Sanches, entre outros, todos eles referências históricas na política nacional, que encenaram grandes batalhas em defesa dos seus ideais. Terminado o curso em Direito, em 1979, obtém um diploma de Direito Comunitário que a levou a ingressar na carreira diplomática tornando-se consultora do presidente República Ramalho Eanes para a diplomacia, iniciando um percurso que até hoje não parou de contabilizar importantes cargos, quer em Portugal quer na Europa Comunitária. Em 2002 adere ao PS, deixa a diplomacia, e, um ano mais tarde, pelos socialistas, ganha lugar como eurodeputada, no Parlamento Europeu, lugar que manteve até maio deste ano, desempenhando um incontável número de cargos e missões que a levaram a viajar por todo o mundo, a lugares algo pouco pacíficos. Com um vasto e invejável currículo, não possível de ser transcrito em pouco espaço, Ana Gomes, aos olhos das pessoas que acompanham minimamente a causa pública, eleva-se e faz diferença pela frontalidade com que assume a defesa dos valores éticos e morais que envolvem as comu22

nidades, numa missão pouco comum nos políticos, privilegiando a luta pela ilegalidade e corrupção que grassa por todo o lado, denunciando-a, ou pelo menos, chamando a atenção dos poderes públicos instituídos para a reposição do que é justo, sem deixar de considerar que quando há culpados, eles devem ser punidos. De verbo fácil e acutilante, não deixa muitas vezes de pôr “nome às coisas”, sem complexos ou receios, granjeando com isso animosidade entre os poderosos e o aplauso da grande maioria das pessoas de bem. Para Ana Gomes o povo conta. E por isso, a sua luta contra quem delapida, nas suas variadas formas, o erário público, é incessante. O Football Leaks, - entre outros, como “A lavandaria do Benfica?”, “Dinheiros e relações com Angola” - é talvez o caso planetário mais recente e poderoso em que se envolve na descoberta de monumentais ilegalidades produzidas por quem se julga acima de qualquer suspeita e intocável, cujo comportamento acarreta sempre enormes prejuízos para os contribuintes de qualquer país. Daí que questione a razão porque Portugal não dá importância ao “whistleblower” português, quando há nove países com investigações paradas sobre o mesmo assunto a solicitarem a sua colaboração. Ana Gomes ficará na História pela sua coragem e apaixonada frontalidade. AGOSTO 2019 |


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CULTURA

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ARQº NUNO SAMPAIO

CASA DA ARQUITECTURA ENRIQUECE ACERVO IMAGENS CMM

O acervo dos arquitetos Francisco Melo e Jorge Gigante foi doado à Casa da Arquitectura no passado dia 11 de julho. O contrato de doação foi assinado por Francisco Melo e pelos herdeiros de Jorge Gigante e, pela parte da Casa da Arquitectura, pelo seu diretor executivo, Nuno Sampaio. A cerimónia de assinatura do contrato contou com a presença do Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha. Em 1956, Francisco Melo e Jorge Gigante constituíram um gabinete conjunto, no Porto, que, durante anos foi local de formação de muitas gerações de arquitetos. Entre as várias obras que Francisco Melo e Jorge Gigante criaram, destaque para as centrais telefónicas dos TLP (Telefones de Lisboa e Porto), a ampliação da Central Telefónica do Bonfim ou da Central Telefónica de Arcozelo, as cooperativas de Mafamude (Gaia) e Cohaemato (Matosinhos), ou a ampliação do Centro Social da Sé do Porto, junto às escadas dos Guindais. | AGOSTO 2019

A apresentação do acervo doado esteve a cargo do Professor Domingos Tavares, antigo colaborador, que recordou o processo de trabalho de “grande entendimento” entre Francisco Melo e Jorge Gigante. Também Nuno Sampaio salientou “a ação formativa do escritório” e a “qualidade do trabalho que marcou as nossas cidades de uma forma muito positiva”. Constituído por peças desenhadas, peças escritas e uma vasta coleção de fotografias, o acervo abrange a atividade dos dois arquitetos desde o final da década de cinquenta até ao início dos anos 90. Do acervo fazem parte 152 projetos de várias tipologias: central telefónica (31), urbanismo (22) habitação unifamiliar (21), serviços/comércio (19), habitação coletiva 815), equipamento (15), indústria (8) e hotelaria (5).

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SAÚDE

IRMANDADE DOS CLÉRIGOS E LIGA DOS AMIGOS AJUDAM A ADQUIRIR NOVA TECNOLOGIA DE SEGURANÇA NO VALOR DE 56 MIL EUROS

ANTONIO-TAVEIRA

IMAGENS | TEXTO UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS

Pedro Hispano já tem a funcionar novas “pulseirinhas anti-rapto” de bebés e crianças. Com a ajuda da Irmandade dos Clérigos e da Liga dos Amigos do Hospital de Matosinhos, o Bloco de Partos e os serviços de Obstetrícia, Neonatologia e Pediatria do Hospital Pedro Hispano já têm a funcionar um novo sistema de proteção e segurança de bebés e crianças - as chamadas pulseirinhas anti-rapto - dotado da tecnologia mais recente existente nesta área. O reforço das condições de segurança dos cerca de 1600 bebés que, anualmente, nascem no Hospital Pedro Hispa24

no e das crianças aqui internadas, exigiu um investimento de 56 mil euros, possível através das ações de solidariedade dinamizadas pela Irmandade dos Clérigos, fazendo reverter o valor das entradas de visita à Torre dos Clérigos a favor deste projeto, que contou também com colaboração da Liga dos Amigos. Assim, D. Américo de Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa, deslocou-se ao Hospital Pedro Hispano, a 15 de julho, para inaugurar o novo sistema, sublinhando a preocupação da instituição em “proporcionar este reforço de segurança aos recém-nascidos”. AGOSTO 2019 |


PAULO MENGO ABREU Unidade Materno Fetal reabre após obras de modernização Durante a visita, D. Américo de Aguiar, na companhia do Conselho de Administração, de elementos da Liga dos Amigos e de profissionais dos vários serviços, ficou também a conhecer a “nova” Unidade Materno Fetal do HPH, reaberta uns dias antes, após as obras de remodelação que transformaram aquele espaço, também integrado no Departamento da Mulher, da Criança e do Jovem. Com esta intervenção, o Conselho de Administração pretendeu melhorar as condições de conforto e hotelaria para as suas utentes, bem como de trabalho para os seus profissionais. O espaço está agora irreconhecível, pois além das obras estruturais que permitiram melhorar as instalações, a unidade foi decorada com um tema muito querido a Matosinhos. Desenhos coloridos de habitantes marinhos reais ou imaginários – peixes, medusas, estrelas-do-mar e sereias – decoram agora as paredes dos quartos e espaços comuns desta unidade, conquistando os sorrisos das utentes. As pinturas da nova Unidade Materno Fetal são da autoria de um grupo de alunos do curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto que, voluntariamente, se disponibilizou para este projeto, enquanto a realização da obra esteve a cargo da equipa do Serviço de Instalações e Equipamentos da ULSM. A reorganização do espaço, com a criação de novas salas de trabalho para a equipa de enfermagem e de mudança na distribuição de camas, vai permitir um novo fluxo de trabalho em articulação com o Bloco de Partos, localizado na proximidade desta unidade. O conforto das grávidas aqui internadas – que incluem diferentes situações clínicas relacionadas com complicações da gravidez – é o objetivo fundamental desta aposta que a ULM tem vindo a concretizar, na resposta às necessidades das mães e bebés, além da segurança clínica que é garantida. Assim, nos últimos meses, a ULSM não só investiu na melhoria das condições de conforto dos serviços, mas também na segurança dos bebés e crianças, adquirindo um novo sistema de pulseirinhas anti-rapto, bem como na preparação para o parto e parentalidade, proporcionando às grávidas (casais) aulas em meio aquático de preparação para o parto.

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

A DESMISTIFICAÇÃO DO AUMENTO DOS IMPOSTOS

O último debate da atual legislatura relativo ao estado da nação deixou bem vincadas as diferenças entre direita e esquerda e mesmo no interior destas áreas políticas, deixando adivinhar argumentos a esgrimir na campanha eleitoral que se aproxima. Na realidade a perceção do impacto desta legislatura na vida dos portugueses abriu uma primeira clivagem, transversal aos vários partidos, permitindo-nos percecionar três posições distintas, a saber: um PS orgulhoso da trajetória económica do país e da recuperação de rendimentos das famílias, bem como da crescente solidez da Segurança Social; os partidos que suportam o governo acentuando que sem eles nada teria sido possível, mas ao mesmo tempo lembrando que só não se foi mais longe porque o governo apostou todas as fichas na obsessão do défice; a direita parlamentar culpando o executivo pelas deficiências dos serviços públicos e, pelo que é seu entendimento, o “brutal” aumento da carga fiscal. Dito isto parece-me que finalmente foi possível desmistificar, em boa parte graças à intervenção de Mário Centeno, a questão do acréscimo da receita fiscal por parte do estado que tanto tem entrincheirado opiniões. Assim: a opção do atual governo foi a de aligeirar impostos diretos junto das classes médias e baixas, de que o alargamento dos escalões de IRS é exemplo; apostar no aumento do rendimento disponível das famílias e como tal alavancar a procura interna e a receita dos impostos indiretos; estimular o mercado de trabalho, atraindo investidores, de que é exemplo a criação de cerca de 350 mil novos empregos, aumentando dessa forma as contribuições para a segurança social. Tendo sido alcançadas com sucesso estas variáveis seria inevitável uma dinamização das receitas fiscais, consequência direta do alargamento da base tributiva. Ora, o exemplo mais objetivo do exposto foi o crescimento, no primeiro trimestre do presente ano, das já referidas receitas. Será que algum concidadão, na sua boa-fé, consegue dar um exemplo que seja do aumento de qualquer imposto neste período? Se não o conseguir fazer encontrou a resposta para tal questão. 25


MÚSICA

QUANDO A MÚSICA CORRE NAS VEIAS IMAGENS SÓNIA BRITO PHOTOGRAPHY

Ana Filipa, conhecida como Ana Feel, tem 34 anos e é uma apaixonada pela música, moda e pelo comportamento humano. DJ desde 1998, exerce Psicologia na Câmara Municipal de Matosinhos desde 2008. A música sempre fez parte da sua vida e enquanto nova ouvia os discos do pai – Pink Floyd, Genesis, entre outros. Poucos anos mais tarde, Ana torna-se DJ. De onde surge a vontade de ser DJ? Não faço ideia (risos). Apenas me recordo de ter os meus 12 ou 13 anos (em 1997/1998) e de ver o canal VIVA da TV Cabo, nomeadamente as Love Parades, e todo o tipo de programas da Dance Scene da época, nos quais explicavam como se misturavam músicas de vinil para vinil. Fiquei bastante curiosa e interessada em aprender mais. Ouvia nas rádios, spots de escolas com cursos de DJ e convenci o meu pai a inscrever-me numa escola. Apesar de ser a mais nova da turma, tive a sorte de ter professores que acreditaram em mim e em 1999 tive o meu primeiro gig oficial no Pacha d’Ofir.

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Foi uma escolha ponderada ou é o ritmo que te corre nas veias? Foi uma escolha muito ponderada pelo meu pai, pelo facto de ser muito nova. Depois cresce um “bichinho” que fica a vida inteira, e por muito que me distancie do djing, tenho sempre que matar saudades. Qual o grande desafio que enfrentas nesta profissão? Felizmente não é a minha profissão mas sim um hobby que posso praticar quando quero e tenho disponibilidade. Tenho a sorte de ter um trabalho estável que me permite escolher os locais e timings neste segundo “trabalho”. No entanto tenho vários amigos que exercem esta atividade a tempo inteiro e não é fácil, de todo. Muitas vezes têm que se sujeitar ao registo musical da casa e dos frequentadores da mesma e a péssimos “cachets” para conseguirem ter dinheiro ao final do mês. Ainda nesta linha do desafio, penso que, por um lado, atualmente, há muito mais espaço e abertura para crescer enquanto DJ freelancer, mas por outro, é fácil hoje

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em dia um jovem intitular-se de DJ. Basta levar uma pen, passar o que toda a gente gosta e sincronizar as músicas. É triste e muito injusto para os que respeitam e praticam esta arte. Pode considerar-se que os DJ’s tocam música? Pessoalmente não gosto de usar esse termo. Considero que os Dj’s passam ou misturam músicas. Ainda te lembras da tua primeira atuação? Como foi? Claro. 1999. Pacha d’Ofir. Festa da agência Colors. Atuei pelas 3h30 da madrugada na Main Stage do Pacha, a seguir ao internacional Lenny Fontana. Levei a família toda atrás e estavam todos orgulhosos, como se fosse graduar-me ou algo do género (risos). Como sou muito baixinha, e na altura só tinha 13 anos, tive de passar música em cima de um

Ana Feel já trabalhou com nomes sonantes como Eddie Wise, Alec Wizz, H20, Aguy , Rui Vargas, Yen Sung, Rui Trintaeum, Phil (Freshkitos), Gustavo (Freshkitos), Nuno F., Smile, XL Garcia, Peter G., Pete tha Zouk, entre outros.

Algarve. Atuei a seguir ao Pete tha Zouk e antes do XL Garcia (que foi um dos meus padrinhos na altura). Eram 7 da manhã e o sol estava a nascer. Abriram as portas de acesso à praia e a casa estava cheia. Tudo de braços no ar e lembro-me de ter passado nessa altura uma música de Tony Humphries que fez o pessoal delirar. Tinha lágrimas nos olhos. Foi incrível. Na saída da discoteca o meu pai deu um “beijinho” (bateu) com o carro dele no carro do Tha Zouk. O segundo foi em 2005/2006. Já tinha decidido que iria distanciar-me do djing, porque não estava a conseguir conciliar de uma forma positiva com a faculdade. Foi o meu último “grande” gig. Foi numa das edições do “Sai de Saia” no Indústria Porto, na qual era cabeça de cartaz. Estava num misto de emoções. Cansada, entusiasmada, nervosa, triste... Entrei às 2h00 da manhã e acabei às 7h. Foi perfeito. Casa cheia, muita gente que foi lá por minha causa, braços no ar, encores ... chorei, ri ... não podia ter pedido melhor “despedida” do que aquela. Planos para o futuro? Percebi ao longo de todos estes anos que é na música que renasço e que ela tem de fazer parte da minha vida para sempre, portanto nunca irei deixar de pôr música, mas não me imagino a viver integralmente desta arte.

daqueles caixotes de fruta porque não chegava aos pratos (risos). Foi surreal. O Lenny perguntou-me que idade tinha e só me lembro de me sentir nas nuvens. O set correu-me muito bem - tinha os discos e as misturas estudadas 20 mil vezes em casa! Foi aí a abertura oficial de portas para a carreira da Ana Feel. Quais as tuas referências musicais? Tantas!!! Frankie Knuckles, Dennis Ferrer, Tony Humphries, Moodyman, Jazzanova, St. Germain, Agnes, Move D, King Britt, Henrik Schwarz, Kraftwerk, Steve Bug, Arthur Russel, Mountain People, Metro Area, Miss Kittin, Sascha Dive, Ame, Ron Trent, Marcel Dettman, Osunlade, Chateau Flight, Joakim, Guillaume, Stefan Goldman, Chez Damier, Dixon, Theo Parrish, Manuel Tur, Marshall Jefferson, Booka Shade, Lcd Soundsystem, Deetron, Carl Craig, Gui Boratto, Lerry Levan, Anja Shneider, Cobblestone Jazz, Rick Wade, Juan Atkins, Derrick May, Omar S, Kevin Saunderson, Charles Webster, Joy Orbison, Loco Dice, Christian Pommer, Sebo K, Laurine Frost, Ricardo Villalobos, Lawrence, Ben Klock, Maya Jane Coles … . Consegues descrever o melhor momento da tua carreira, até agora? Tenho dois momentos que choro sempre que me lembro deles. O primeiro foi nos inícios dos anos 2000 na Locomia no | AGOSTO 2019

COMO SOU MUITO BAIXINHA, E NA ALTURA SÓ TINHA 13 ANOS, TIVE DE PASSAR MÚSICA EM CIMA DE UM DAQUELES CAIXOTES DE FRUTA PORQUE NÃO CHEGAVA AOS PRATOS (RISOS). FOI SURREAL. 27


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ESPECIALIDADES: BIFE NA PEDRA BACALHAU À RECANTO CABRITO ASSADO VITELA ASSADA ARROZ DE CABIDELA CALDEIRADA DE PEIXE ARROZ DE LINGUEIRÃO ARROZ DE MARISCO PEIXE FRESCO GRELHADO

CHEF LUÍS RAMOS

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DESPORTO

PORTUGAL SAGRA-SE CAMPEÃO DO MUNDO DE HÓQUEI EM PATINS IMAGENS CATARINA MAIA

Seleção Nacional derrota Argentina e conquista o 16.º título do palmarés na prova É nosso! Portugal conquistou o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins. Após empate sem golos no final do tempo regulamentar e do prolongamento, a Seleção Portuguesa ultrapassou a congénere argentina, no desempate por grandes penalidades. Gonçalo Alves e Hélder Nunes concretizaram as oportunidades dos portugueses, ao passo que Carlos Nicolia foi o único a conseguir ultrapassar a muralha deno-

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minada por Ângelo Girão. Com este triunfo, Portugal reconquista o trono mundial da competição, algo que não acontecia desde 2003, aquando da organização da prova em Oliveira de Azeméis. De referir, ainda, que durante o torneio, Portugal qualificou-se num grupo composto pela Argentina (que viria a reencontrar na grande final), Chile e Colômbia, além de ultrapassar as seleções da Itália, e da equipa da casa, Espanha, até alcançar a partida decisiva. PARABÉNS PORTUGAL!

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CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS INVESTE NO DESPORTO IMAGENSCMM

Protocolos de apoio à formação ascendem a mais de 466 mil euros O desporto continua a ser visto com grande importância pelo Executivo matosinhense. Prova disso são os apoios para a formação de jovens atletas, que contam com verbas superiores a 466 mil euros, a serem distribuídas por 50 diferentes instituições. A Associação Cultural Recreativa e Desportiva – Arena de Matosinhos, o Clube de Andebol de Leça, o Grupo Desportivo Basquete de Leça ou o Grupo Desportivo e Cultural da Cohaemato são apenas alguns dos distinguidos. A cerimónia de assinatura teve lugar no passado dia 11 de julho, no Edifício dos Paços do Concelho, com a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e a Administradora da Matosinhos Sport, Helena Vaz, a marcarem presença.

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MODA

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OLÁ AGOSTO! AGOSTO SIGNIFICA FÉRIAS, PRAIA, RISOS E FELICIDADE. MAS TAMBÉM SIGNIFICA ROUPAS MAIS LEVES, HAPPY E COLORIDAS. NESTA EDIÇÃO FALAMOS DAS PEÇAS MAIS GIRAS PARA O TEU VERÃO E PARA OS TEUS DIAS DE FÉRIAS. DESDE OS ESTAMPADOS FLORAIS AOS ACESSÓRIOS MAIS IN. TEXTO SOFIA COSTA ZARA

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São flores, são flores. Acreditamos que a tendência marca uma estação e o mês de agosto está repleto de flores. Em vestidos, saias, calções, camisas e até em acessórios, as estampas florais marcama a época.

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CINEMA

NAS SALAS

TIAGO LEÃO BLOG: SALA3

PLANO DE FUGA 3 TÍTULO ORIGINAL: ESCAPE PLAN: THE EXTRACTORS REALIZADOR: JOHN HERZFELD GÉNERO: ACÇÃO ELENCO: SÉRGIO PRAIA, FILIPE DUARTE, VICTORIA GUERRA, AUGUSTO MADEIRA, TOMÁS ALVES, MADALENA BRANDÃO, JOSÉ RAPOSO, TERESA MADRUGA DURAÇÃO: 97 M

Estou seriamente surpreendido por “Plano de Fuga 3” ter direito a uma estreia no grande ecrã. Tem todo o aspeto de ser um lançamento direto para as plataformas digitais e/ou DVD. Mas bem, a curiosidade levou a melhor e lá acabei por dedicar-lhe algum tempo. Embora seja uma sequela, o filme faz um bom trabalho em informar sobre quem são as personagens, as suas relações e acontecimentos passados, por isso, quem quiser entrar de cabeça nisto, está à vontade. Só que a sua história não é grande coisa. É um filme em que a ação é o foco principal e mesmo nesse departamento, podia estar melhor. Até estava esperançoso com o início, onde somos presenteados com grandes cenas de artes marciais, tanto de Jin Zhang como de Harry Shum Jr., que pareciam antever algo de qualidade. Infelizmente, não conseguiu cumprir. Depois da parte inicial, tudo se torna monótono e, com a insistência de ter a maioria das cenas de noite, não se via grande coisa. Sylvester Stallone e Dave Bautista estarem lá ou serem interpretados por outros atores não devia fazer assim uma grande diferença, já que não conseguem acrescentar nenhuma intensidade especial à ação. Quem sobressai mais é o vilão interpretado por Devon Sawa, que consegue ter umas cenas mais interessantes. Vamos ter um “Plano de Fuga 4”? Não digo que não, já que com um orçamento de 45 milhões de dólares é mais fácil de recuperar o investimento, mas, sinceramente, tirando o primeiro, já desliguei desta saga.

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VARIAÇÕES

REALIZADOR: JOÃO MAIA GÉNERO: DRAMA, BIOGRAFIA TÍTULO ORIGINAL: VARIAÇÕES ELENCO: SÉRGIO PRAIA, FILIPE DUARTE, VICTORIA GUERRA, AUGUSTO MADEIRA, TOMÁS ALVES, MADALENA BRANDÃO, JOSÉ RAPOSO, TERESA MADRUGA DURAÇÃO: 108 MINUTOS

A vida de António Ribeiro, barbeiro e figura da movida lisboeta no final dos anos 70, perseguindo o sonho de se tornar cantor e compositor, apesar de não saber uma nota de música. O filme conta o seu processo de transformação na personagem artística que foi António Variações, compositor, cantor excêntrico e popular, que viu a carreira fulgurante interrompida pela morte, em 1984. Nos cinemas a 22 de agosto.

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PARA LER

PARA JOGAR O QUE NÃO PODE FALTAR A UM GAMER

UM LIVRO HOJE, PORQUE NÃO? LÁ, ONDE O VENTO CHORA

HARRY POTTER: WIZARDS UNITE

AUTOR: DELIA OWENS

TEXTO VÍTOR PAIVA

A história de Kya, que vive isolada no pantanal a que chama casa. Inteligente e sensível, aprendeu a sobreviver sozinha depois de ter sido abandonada por todas as pessoas importantes da sua vida. Um romance de estreia da bióloga norte-americana de 70 anos, Delia Owens, que trabalhou nesta obra durante 10 anos. O livro tornou-se um sucesso nos Estados Unidos e vendeu uns impressionantes 2.5 milhões de exemplares e permaneceu nos Tops de venda mais de 40 semanas seguidas.

O SENHOR AUTOR: E.L. JAMES

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LANÇAMENTO: JUNHO 2019 DESENVOLVEDOR: NIANTIC LABS GENERO: RPG, REALIDADE AUMENTADA PLATAFORMA: ANDROID E IOS

A história é contada no coração de Londres e nas paisagens idílicas da Cornualha, passando pela rude beleza dos Balcãs, O Senhor é uma montanha russa de perigo e desejo, que deixará o leitor sem fôlego até à última página. A vida tem tratado bem Maxim Trevelyan. Com a sua beleza, dinheiro e relações privilegiadas, nunca teve de trabalhar e raras vezes dormiu sozinho. Mas tudo isso muda quando na sequência de uma tragédia ele herda a riqueza, as propriedades, e o título nobiliárquico da família, com toda a responsabilidade que essa herança acarreta. É um papel para o qual não está preparado e que só a custo consegue enfrentar. Mas o seu maior desafio é conter o desejo por uma jovem enigmática que inesperadamente chegou a Inglaterra, trazendo consigo pouco mais do que um passado perturbante e perigoso. Tímida, linda de morrer e musicalmente sobredotada, ela revela-se misteriosamente tentadora.

A Febre pode estar a chegar! Finalmente saiu a tão aguardada “sequela” de Pokemon Go! Depois da loucura do verão de 2016, a niantic pretende repetir a dose. Mas a tarefa adivinha-se difícil. Desta vez, mergulhamos no mundo mágico de Harry Potter, com o objetivo de salvar o mundo. O processo e jogabilidade é idêntica, a de Pokemon. Mas talvez menos conseguida, intuitiva e viciante. Apenas pelo facto de os objectivos do jogo serem completamente distintos. Existem grandes diferenças nas quais se destacam por exemplo na presença de uma narrativa, no processo de “caça”ou no facto de pudermos jogar com amigos. Talvez não se torne o sucesso de Pokémon, mas certamente temos um jogo bem mais interessante e complexo.

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MUNDO

‘EL CHAPO’ CONDENADO A PENA DE PRISÃO PERPÉTUA IMAGENS EDGARD GARRIDO - REUTERS

O maior narcotraficante da história, conhecido como ‘El Chapo’, de 62 anos foi considerado culpado de crimes como tráfico de droga, corrupção, posse de armas e lavagem de dinheiro, no passado dia 17 de julho. O julgamento do século, como é considerado, começou em novembro do ano passado chega agora ao fim, após largos meses de audiências e com mais de 50 testemunhas ouvidas no Tribunal Federal de Brooklyn. 36

Joaquin ‘El Chapo’ Guzmán foi no passado dia 17 de julho condenado a prisão perpétua. O narcotraficante mais poderoso desde a morte de Pablo Escobar, havia sido considerado culpado em fevereiro de todos os crimes de que estava acusado. Passará agora o resto da vida numa prisão de alta segurança nos Estados Unidos, sem hipótese de liberdade condicional. ‘El Chapo’ teve a oportunidade de falar cerca de 15 minutos AGOSTO 2019 |


JOSÉ HENRIQUE CORREIA PROFESSOR DE HISTÓRIA

OS ESTADOS UNIDOS DEVEM PAGAR REPARAÇÕES PELA ESCRAVIDÃO?

EL CHAPO

antes de conhecer a sentença, tendo acusado o tribunal de um “julgamento injusto” pela má conduta dos jurados. “Foi-me negado um julgamento justo, quando todos estavam a ver”, disse, aproveitando para denunciar as más condições das prisões norte-americanas e revelando que terá sofrido “tortura psicológica, emocional e mental”, enquanto detido. E acrescentou ainda “Uma vez que o governo vai mandar-me para uma prisão onde o meu nome nunca mais vai ser ouvido novamente, aproveito esta oportunidade para dizer: não houve justiça aqui”. Joaquin Guzmán, de 62 anos, foi acusado de ter dirigido, entre 1989 e 2014, o cartel de Sinaloa, que enviou para os Estados Unidos mais de 154 toneladas de cocaína e grandes quantidades de heroína, metanfetaminas e marijuana, avaliadas em mais de 14 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros). | AGOSTO 2019

Um projeto de lei, que está a contemplar a reparação aos descendentes das vítimas da escravatura, deu origem a um debate em 19 de junho. Em 18 de junho, Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado, deu resposta a propósito de reparos relacionados com a escravidão: os Estados Unidos devem ou não ser responsabilizados por aquilo que aconteceu há 150 anos atrás ( ?). A resposta apresenta uma estranha teoria da governançao, ou a ideia de que as responsabilidades dos Estados Unidos se limitam ao tempo de vida das gerações [diretamente envolvidas]. No entanto, bem depois do ano 2000, os Estados Unidos continuam a pagar as pensões de reforma aos descendentes dos soldados que lutaram durante a guerra de Secessão (18611865). « Nós respeitamos tratados que remontam ao início do século XIX, mesmo se nenhum dos signatários já não exista » ; « Muitos de nós gostariam que as nossas obrigações fossem limitadas para as coisas de que somos total e individualmente responsáveis. Mas somos cidadãos americanos, tão enraizados num projeto coletivo que ultrapassa a nossa pessoa. Estamos conscientes do legado que é a nossa ascendência, e portanto, colocados perante o dilema dos reparos: o dilema do legado ». É impossível imaginar a América sem o legado da escravidão. Como escreveu o historiador Ed Batista, escravização “tem formato de todos os pilares da economia e da vida política” americano. Em 1836, mais do que 600 milhões - quase 50% da actividade económica nos Estados Unidos, provinha direta ou indiretamente do algodão produzido por 1 milhão de escravos. Na altura da emancipação, representaram o principal trunfo do país: 3 bilhões de dólares desde 1860, mais do que qualquer outros activos nacionais juntos. O método escolhido para manter esse ativo não foi baseado na bajulação ou persuasão, mas na tortura, estupro e tráfico de crianças. A escravidão durou duzentos e cinquenta anos naquelas terras. Na abolição da escravatura, os Estados Unidos poder-se-iam ter aplicado mais e a todos, independentemente da cor da pele, ou dos valores sagrados - a vida, liberdade e procura da felicidade. A 19 de junho, as audições foram realizadas num projeto de lei para criar uma Comissão “para estudar e conceber propostas para reparações para Africano-americanos”. A ideia de reparações manteve-se marginal ao longo do tempo, mas as circunstâncias mudaram: o projeto tem o apoio de 60 democratas eleitos para a Câmara dos deputados, mesmo se for improvável passar no Senado, controlado pelos republicanos.

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ENTREVISTA

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LEANDRO EMANUEL PEREIRA APRESENTA-NOS “UM LIVRO PARA MORAR” IMAGENS FOCAL POINT STUDIO

Com 35 anos de idade Leandro é pai e marido, poeta e psicólogo. Curioso pelo conhecimento e comportamento humano, aproveita os temos livres para escrever e fez da poesia um hobbie. Um Livro Para Morar é já o segundo livro deste autor Matosinhense. 38

Quem é o Leandro? Fala-nos um pouco de ti. Eu tenho 35 anos, sou casado e pai de um menino de quatro anos, que tem autismo e aproveito para revelar isso, porque é uma questão fundamental na minha vida. Nestes quatros anos já me

ensinou mais do que se calhar eu poderei ensinar na vida toda. Sou licenciado em Psicologia Organizacional e sou uma pessoa muito curiosa, um pouco obcecado pelo conhecimento, gosto de desporto, socializar, no fundo usufruir de todas as coisas da vida.

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Há quantos anos escreves e como surge o gosto pela poesia? Desde tenra idade que me interesso pela escrita. Comecei teria uns 11 anos, na escola, quando comecei a ter mais conhecimentos da escrita poética e depois quando estudei Fernando Pessoa, que eu considero o meu mestre literário, comecei a perceber com profundidade o que era a poesia e comecei a identificar-me ainda mais. Os versos sempre me saíram com naturalidade e com frequência, não era algo treinado. Falas-nos em Fernando Pessoa. O que te atrai nele? Eu considero Fernando Pessoa um visionário. As pessoas têm a noção que é um dos maiores da literatura portuguesa e eu também concordo. Penso que ele conseguia ver a realidade de uma forma que a maioria das pessoas não o conseguia fazer, colocando isso no papel. O que mais te inspira, para além dos poetas? O Ser Humano sempre foi uma grande paixão por mim, o universo, compreender o porquê de estarmos aqui, quem somos. Comecei a fazer essas questões muito cedo e isso também se reflete na minha poesia, quem ler, vai perceber que faço desde a crítica social, menciono o universo, questões de natureza humana, são sempre mencionadas.

Licenciaste-te em psicologia e escreves poemas. Há aqui uma relação entre o teu “eu interior” e o facto de seres psicólogo? Há, claro que há. Eu já gostava de Filosofia, é uma disciplina que sempre gostei e que nos faz refletir, que é algo que eu penso que nos falta nos dias de hoje, e depois quando comecei a estudar Psicologia, no 12º e a aprofundar sobretudo Freud, que é uma das minhas influências, e depois segui para a faculdade, escolhi Psicologia e ainda bem, porque fez todo o sentido para mim, felizmente. Eu queria compreender o Ser Humano cada vez mais e levando o paradoxo da sapiência de Nietzsche, em que ele diz que “à medida que nos vamos instruindo, temos mais noção da nossa ignorância” eu tenho noção que aquilo que sei é uma gota de água e o que ignoro é um oceano. Mas a psicologia ajuda-me a interpretar de forma mais concreta o comportamento humano, porque a inspiração surge-me de uma forma espontânea, às vezes estou quase a dormir e de repente lembro-me de qualquer coisa… E nesse momento tornas-te um “Bernardo Soares”… [Risos] Exatamente! E levanto-me mesmo e registo num papel ou no telemóvel, outras vezes a conduzir, chego a parar o carro para anotar de algo que me lembrei naquele momento, para depois não me esquecer. Antigamen-

te até tinha um pequeno dicionário ao lado da cama e às vezes lembrava-me de uma palavra e ia logo ver o significado e anotava. Esta obra chama-se “Um Livro para Morar”. De que forma podemos morar dentro deste livro? O que eu pretendo com esta metáfora é que através dos meus pensamentos, as pessoas consigam de uma forma harmoniosa se consigam enquadrar nessa minha visão e lhes possa dar um conforto similar ao contexto de um lar, e que se revejam a elas próprias. Ou seja, um lar deve ter um determinado critério, um lugar onde se cresce, onde há bons ensinamentos, e é o que eu pretendo com o meu livro, que os meus poemas sirvam de reflexão e que as pessoas consigam ser encaminhadas para determinados aspetos positivos, abrindo perspetivas e melhorando algumas questões da sua própria vida. Como concilias a tua vida profissional com este hobbie? É um complemento? Sim, para mim a poesia, como já mencionei, é uma paixão, é linguagem da alma e é uma das formas, sobretudo a principal, onde eu faço a catarse das minhas frustrações, todo o aglomerado de conhecimento que vou adquirindo. Não tenho dividendos financeiros da poesia, ainda que me permita sobreviver, mas gostaria que isso um dia acontecesse, na medida em que poderia fazer poesia mais amiúde, dedicar-me mais, mas nunca deixarei de escrever, não escrevo para ter sucesso, escrevo o que me vai na alma. E se comecei a publicar foi porque pessoas me foram dizendo, durante alguns anos para o fazer, mas sobretudo, escrevo porque adoro fazê-lo e isso para mim é o mais importante.

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ENSINO

JOSÉ RAMOS: À FRENTE DA ZARCO HÁ 25 ANOS IMAGENS E.S. JOÃO GONÇALVES ZARCO

Dr. José Ramos, fale-nos um pouco de si, quem é, a sua formação… Nasci, cresci e estudei no Porto, licenciando-me em Geografia pela Universidade do Porto, tendo, posteriormente, realizado uma pós graduação e mestrado em Administração e Gestão Escolar. No entanto, a grande e verdadeira formação é concretizada no dia-a-dia, a trabalhar numa escola de grande dimensão e com características de enorme diversidade e complexidade.

urbano. No entanto, desde muito cedo, comecei a lecionar, tendo desenvolvido uma excelente relação com os alunos o que se traduziu numa experiência fantástica. A certa altura, fui convidado para exercer funções no Ministério da Educação, na Direção Regional de Educação do Norte, tendo-se seguido a primeira formação em Administração e Gestão, que tinha bastante que ver com planificação da educação. Comecei a gostar muito desta área e começou a germinar a vontade de gerir uma escola.

Sempre quis ser professor? No início, não. Na minha formação de base como geógrafo, encaminhava-me para especialista em planeamento rural e

Faz este ano 25 anos que se tornou diretor desta Escola. Sempre foi uma ambição para si, gerir um estabelecimento de ensino?

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Quando sou convidado, há 25 anos, para vir gerir esta escola, sem experiência alguma, foi um “tiro no escuro”, mas pensei “vamos lá ver o que vai acontecer”. Na altura, eu era um dos Presidentes do Conselho Diretivo mais jovem do país, tinha cerca de 33 anos. Acabei por reunir uma equipa também inexperiente, que tinha estado comigo na Direção Regional (antiga DREN) e, embora não tivéssemos a experiência de gestão, sabíamos a quem recorrer e isso ajudou imenso. Nessa altura, eu percebi que não conseguia conciliar as aulas e a direção da escola e assumi apenas a gestão. Não posso dizer que, na altura, fosse uma ambição gerir uma escola, mas existia uma vontade de aplicar a formação que tinha realizado nessa área. Hoje, claramente, sim… tem sido uma experiência muito rica, principalmente porque durante todo este tempo nunca houve dois anos iguais. Há sempre uma inovação, uma mudança ou algum projeto diferente. Felizmente, temos uma escola muito dinâmica, que adere aos projetos e conseguimos sempre criar coisas novas. É isso que diferencia esta de outras escolas? Eu acho que sim. Esta foi a primeira escola da cidade, a antiga Escola Industrial e Comercial de Matosinhos, e esta tipologia de escolas tinha uma certa conotação negativa, porque quem para lá ia procurava uma formação profissionalizante que encaminhasse para o mercado de trabalho e não iria para a Universidade para prosseguir estudos. Ora, os pais dos alunos com um nível social mais elevado colocavam os seus filhos no liceu, na expectativa de prosseguirem os estudos. O que aconteceu de há 25 anos para cá foi precisamente uma tentativa de revolução de mentalidades. Efetivamente, aos poucos e com grande dificuldade, tentamos inverter esta lógica de pensamento. Conseguimos dinamizar uma série de projetos inovadores e de sucesso e podemos dizer que hoje a Zarco, em grande parte das vezes, é a primeira opção dos pais de Matosinhos, e mesmo de fora. Mesmo em termos de ranking das escolas, temos ficado praticamente sempre em primeiro lugar de entre as escolas do concelho e com uma boa posição entre as escolas públicas, a nível nacional.

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CARLOS MARINHO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

NA HORA DE DAR À “SOLA” Agosto é a altura de nos prepararmos para trabalhar o descanso. Num dos verões passados, em Madrid, num parque de diversões onde para além de montanhas russas e outras atrações, tinha um espaço inusitado onde as pessoas poderiam ter uma experiência única de terror. Fomos colocados numa fila em grupo de 10 pessoas percorrendo um espaço inóspito e assustador ao longo de corredores escuros onde se passeiam personagens (atores) disfarçados e vestidos de uma forma verdadeiramente assustadora. Esta experiência fez-me lembrar o trabalho em equipa. Porquê? Ao longo de centenas de metros, só temos uma hipótese. “Andar” (sofrer) em equipa, percorrer o espaço. 10 pessoas que nunca se viram, tornam-se num só. Sempre com o (des)apoio incomodativo daqueles seres aterradores. Todos em bicos de pés e com sustos permanentes de metro em metro ao longo de uma eternidade (uns 10 minutos apenas), com toques subtis no momento certo, eis que já quase no final desta aventura pensei:” “depois desta maluqueira toda só falta o “gajo” da motosserra. Nesse momento, com um ruído ensurdecedor, aparece do nada uma figura arrepiante com um motosserra na mão com um barulho absolutamente incrível a ir ao encontro das pessoas, a recordar o filme de terror “o Pesadelo em Elm Street” de Freddy Krueger. Deviam ter visto, como todos descobrimos uma saída… isoladamente. Nesse momento pensamos: “Está na hora de dar corda aos sapatos! Salve-se quem puder!” A união na hora do aperto desfez-se num segundo…” Como referiu o poeta francês Pierre Reverdy “o mais sólido e mais duradouro traço de união entre os seres é a barreira”. Bem, neste caso chamava-se motosserra. Num instante destrui toda a solidez à prova de bala desta equipa. Na hora do aperto, em momentos complexos, nas pequenas ou grandes equipas, aí vê-se quem são os verdadeiros elementos do grupo. É caso para dizer, está na hora de dar à “sola”. Boas férias.

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ENSINO Que autoavaliação faz deste percurso? Como o classifica, de 0 a 20? De 0 a 20, eu só posso classificar com 20. Foi uma profissão que eu adotei no início e que mantenho. Tenho uma equipa de direção fantástica, grande parte deles trabalha comigo há mais de 20 anos e são eles, também, o garante das coisas correrem bem. Eu tenho tido a felicidade de ter vindo a escolher as pessoas certas para os lugares certos e é isso que me permite ter tempo para ser mais que um mero gestor. Penso conseguir assumir uma função de liderança que é muito diferente de gestão. Que grandes desafios encontra como diretor? O desafio da qualidade associado à da falta de autonomia, principalmente quando temos uma ideia, temos um projeto, temos experiência e consciência de que o que propomos é algo bom, mas depois ficamos dependentes que o Ministério da Educação autorize. Nós fomos das primeiras 22 escolas a ter um contrato de autonomia com o Ministério da Educação, mas isso foi essencialmente marketing e nunca foi inteiramente real, não temos nenhuma margem de autonomia superior às outras escolas do país. Quais as principais diferenças entre hoje e há 25 anos? Há imensas diferenças. Em 25 anos, a sociedade transformou-se completamente, as leis da educação, as leis da gestão da educação foram todas alteradas várias vezes, houve uma grande evolução. Havia e continua a haver um grande défice de responsabilidade na definição e decisão em Educação… as políticas educativas não podem estar dependen-

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tes dos ciclos políticos, em educação não se decide e executa em quatro anos, não dá tempo para avaliar as medidas que são implementadas. Vendo as coisas pelo lado positivo, é a forma como nós conseguimos contornar tudo isto e ter sucesso, alunos felizes, professores, que apesar de todos os ventos contrários da classe docente, são excelentes profissionais. Dá a sensação que aqui, na Zarco, as coisas são diferentes, conseguem tirar essa “capa” negativa e colocar na sala de aula todas as competências e com muita qualidade, pois os resultados são muitíssimo bons. Após 25 anos… pretende continuar à frente da Escola? Algum plano traçado para o futuro? Eu fui reeleito o ano passado, por isso ainda tenho mais três anos de mandato como diretor, ainda vou dar continuidade a este projeto. É um trabalho muito gratificante e temos algumas coisas que nos orgulham, nós somos, por exemplo, a única escola pública do país com certificado de qualidade da ISSO 9001 de 2015, que é a mais recente certificação de qualidade. Nós não temos isto com fins de “arranjar clientes”, nós, felizmente, temos muitos alunos, fazemos isto apenas para que nós próprios possamos melhorar e isso é que nos ajuda a ter uma capacidade de autocrítica, capacidade de não só fazermos a nossa autoavaliação, mas complementá-la com a vinda de alguém de fora, isentos de qualquer opinião, que nos venha alertar para aquilo que esteja menos bem. Ora, isto permite-nos avançar com qualidade nas práticas, com resultados e sucesso, o que nos dá, realmente, vontade de continuar à frente de uma escola com “64 anos a construir futuros”.

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L I N D A DE S O U S A CABELEIREIROS

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EVENTOS

PRÉMIO MOBIS CONTINUA A DAR QUE FALAR Passaram quase 3 meses desde a noite da Gala do XIII Prémio Mobis, que decorreu no espaço do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões mas o Prémio continua a dar que falar. Este evento foi criado pela primeira vez em 2001 e continua a crescer com o objetivo de celebrar a qualidade e excelência do mobiliário português, da arquitetura, do design e do empreendedorismo. O evento, reuniu empresários portugueses e compradores internacionais mas não foram apenas estes que foram galardoados com o único prémio do setor em Portugal. A AIMMP, associação mais representativa do setor, recebeu o prémio da categoria de Associativismo, entregue por Emídio Brandão ao atual Presidente da Associação, Dr. Vítor Poças. A AIMMP é a única associação empresarial com uma perspetiva de Fileira, representando as empresas de Serra44

FRANCISCO SAMUEL, DIRETOR DA REVISTA NM MATOSINHOS E FÁTIMA TORRES, DIRETORA DE COMUNICAÇÃO DA AIMMP.

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JOSÉ CARLOS OLIVEIRA JORNALISTA

A TRANSITORIEDADE DA VIDA

VITOR POÇAS, PRESIDENTE DA AIMMP E EMÍDIO BRANDÃO, DIRETOR DO PRÉMIO MOBIS.

ção de Madeira, de Painéis Derivados de Madeira, de Carpintaria e outros Produtos de Madeira, de Mobiliário e de Importação e Exportação de Madeiras. Fátima Torres, ex-jornalista e pivô da RTP, conhecida também pelos seus trabalhos como repórter de guerra, e atual Diretora de Comunicação da AIMMP, levou para casa, verdadeiramente emocionada, o prémio de Jornalismo, atribuído por Francisco Brandão, diretor da Revista NM Matosinhos. De entre outras coisas, o Diretor do Prémio Mobis, Emídio Brandão evidenciou a importância dos projetos de internacionalização para as empresas do setor, através dos apoios do Portugal 2020, como uma “excelente oportunidade para as empresas”, uma vez que através destes projetos financiados, as empresas podem apostar em diversas áreas distintas, como a presença em feiras internacionais e a comunicação. | AGOSTO 2019

Alguém disse, como muito acerto, que a saúde do ser humano é um estado transitório que não augura nada de bom. O nosso povo costuma dizer que “pra morrer basta estar vivo”. Tendo isto como certo, é bom lembrar como é importante valorizarmos a vida e vivê-la da forma mais útil que nos seja possível. Olharmos para o que nos cerca e os que nos cercam e, apesar de (maioritariamente) nos termos tornado pessoas com tendência para centrarmos a nossa atenção no que podemos desfrutar de imediato, procurarmos olhar para cima, interrogando-nos se não haverá mais nada para além daquilo que podemos ver e, nalguns casos, tocar. Uma história, antiga, conta-nos que um homem abastado, apreciador de arte, resolveu um dia encomendar (a um pintor de reconhecido mérito e que era conhecido como cristão convicto) um quadro, para um novo espaço que tinha edificado na sua mansão. O homem rico, depois de mostrar o espaço onde pretendia que o quadro ficasse, deu ao pintor total liberdade para o que colocar naquela pintura, confiando na sua criatividade. Passado algum tempo o pintor apareceu em casa do cliente levando já consigo a obra pronta. Na pintura havia, para além da paisagem natural, a figura de um homem (de enxada na mão) a cavar um enorme buraco no solo. No céu, por entre algumas nuvens, surgiam umas mãos divinas a oferecer uma enorme coroa de ouro. O homem rico gostou da pintura e quis saber qual o significado da mesma. O artista não se fez rogado e explicou: “Trata-se do homem da enxada. Tão concentrado está no buraco que teima em cavar que não tem tempo de levantar a cabeça e olhar para cima. Por isso não consegue ver aquelas mãos divinas que lhe oferecem algo muito melhor. Uma coroa de ouro”. A maior parte das pessoas passa por esta vida a correr, sem tempo para olhar (com olhos de ver) para aquilo que as rodeia, quanto mais para aquilo que, de cima, lhes é oferecido. Se te revês nesta história do cavador, olha para cima. Há algo mais importante à tua espera. 45


EVENTOS

RECRIAÇÃO HISTÓRICA D’ “OS PIRATAS” FOI UM SUCESSO IMAGENS CMM

Durante três dias, milhares de pessoas percorreram a zona envolvente ao Forte Nossa Senhora das Neves, em Leça da Palmeira, e vibraram com um dos maiores eventos promovidos pela Câmara Municipal de Matosinhos. Além de dar a conhecer o património histórico e cultural do Concelho, esta importante recriação histórica contribuiu para a atração do turismo e para a dinamização da economia local, nomeadamente no setor da restauração. Este regresso ao passado levou os visitantes a uma viagem desde o início no século XVI até ao tempo áureo da pirataria, entre finais do século XVII e o século XVIII. Foi durante este período que ocorreram os maiores danos, entre raptos e pilhagens, que se fizeram sentir na costa portuguesa. Aliás, já nessa altura, Matosinhos era um porto comercial importante. Para minimizar os ataques dos piratas, foi construído o Forte Nossa Senhora das Neves, entre outras fortificações edificadas ao longo da costa. O programa de “Os Piratas” foi muito recheado, oferecendo aos visitantes um conjunto de atividades para toda a família. 46

Visitas guiadas, caça ao tesouro, artesanato, música, dança, malabarismo e acrobacia, animação itinerante, duelos e zaragatas, e, claro, está a gastronomia bem presente nas tabernas que adornaram o recinto.

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PINTA RAUL Serviços de Pintura Interiores e Exteriores tel.:913 547 542 | e-mail: raulcompinta@gmail.com | AGOSTO 2019

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PERFIL

MANUEL VALENTE IMAGENS RUI RIBEIRO

BIO: Natural de Matosinhos, onde nasceu a 20 de Abril de 1971, Manuel Valente manteve-se sempre fiel à sua terra. O seu pai, Claudino Valente, que foi um exemplo no comércio de automóveis, tornou-se, desde muito cedo, uma referência na vida e na profissão do filho. Daí que, aos dezassete anos, Manuel Valente surge como chefe de vendas e avaliador da Primauto, concessionário da Fiat em Matosinhos, onde permaneceu até aos vinte e nove anos. Viver e trabalhar neste meio, aliado à paixão pelo desporto automóvel, como prova a sua iniciação no karting, ainda criança, rapidamente o fez seguir no âmbito das corridas automobilísticas. Em 1993, participa no Troféu de Iniciados, em Toyota Starlet; Troféu Datsun 1200; Campeonato PTCC; Troféu Super Seven by Toyo e Provas de resistências. Atualmente participa no Open de Velocidade e no Troféu C1 Learn & Drive. A sua ligação às corridas, mantém-no, profissionalmente, na mesma área, exercendo funções na CAR VAZ em Matosinhos. AUTOMÓVEIS PORQUÊ? A irreverência própria da adolescência e o meio em que nasci e cresci, levam-me a cimentar o meu gosto pelos automóveis, desde muito novo e a incluí-los na minha atividade profissional e recreativa. Neste sentido, enquanto estudante, fui-me preparando para fazer o meu percurso nas vendas. O QUE É O AUTOMOBILISMO (PARA SI)? O automobilismo é o desporto que contém um conjunto de elementos que desperta em mim uma paixão pela prática. A envolvência com o espaço exterior, a adrenalina que provoca, o ambiente e o “cheiro” que envolve, levam-me a refugiar na prática deste desporto. PRÉMIOS E DISTINÇÕES? Em 2010 obtive o 1º lugar na Resistência das 6H em Clássicos de Braga, sendo o primeiro 1300 a conseguir a vitória, num Datsun 1200. HOBBIES? Dado o gosto e envolvência pelos e com os automóveis, para mim, a atividade profissional e ser piloto, constituem os meus próprios hobbies. VIAGEM DE SONHO Idealizo uma viagem aos EUA e à China, entre outros locais. PRATO FAVORITO? A preferência vai para Comida Mediterrânica e Italiana. PROJETOS PARA O FUTURO? De acordo com os gostos que me trazem uma realização pessoal, manter-me-ei ligado ao mundo automóvel, sempre atento ao que é inovador e procurando ganhar mais troféus. 48

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GASTRONOMIA

ESQUERDA: PAULO GOMES , GERENTE DIREITA: MANUEL SAÚL ,PROPRIETÁRIO

SUGESTÃO NM

CHURRASCO QUE VALE OURO!

Entrada Polvo cozido com molho verde

GRELHA D’OURO

Prato Bife à Cortador

Com abertura em Março de 2016, o Grelha D’Ouro – Matosinhos nasceu num espaço totalmente reconstruído a pensar no bem-estar e conforto de todos os clientes. O restaurante dispõe de uma acolhedora sala com capacidade para 85 pessoas e de um espaço para Take Away para que os clientes possam também saborear os pratos na comodidade das suas casas. Comece por um pratinho de polvo cozido, regado com o tradicional molho verde, umas azeitonas com alho e azeite ou até um salpicão caseiro, 50

partido finamente, como manda a lei. Para o conduto, opte pelo fiel amigo: um bacalhau à Grelha d’Ouro ou delicioso Bife à Cortador, acompanhado de batata frita e legumes. Para terminar, uma mousse de chocolate caseira, para finalizar com doçura este manjar digno de rei. O atendimento simpático e atencioso fazem parte do serviço de excelência, proporcionado pelo pessoal da casa. Os sabores deliciosos e tradicionais são o prato do dia desta casa, que diariamente trabalha para servir o melhor aos seus clientes.

Bebida Cartuxa Sobremesa Mousse de Chocolate Preço Médio 20€ SEGUNDA – SÁBADO DAS 12:00 ÀS 15:00 E DAS 19:30 ÀS 22:00 DOMINGO DAS 09:00 ÀS 15:00 R. DA CRUZ DE PAU 350, 4450-050 SRA. DA HORA AGOSTO 2019 |


GASTRONOMIA

CARNES COM ALMA BÔ 457 IMAGENS BÔ 457

O Bô 457 é um espaço dedicado à qualidade do bom produto nacional e essencialmente ao conhecimento da boa carne. Desde a exemplar francesinha ao hambúrguer rústico, a posta transmontana e aos excelentes cortes como costeletão, T-Bone e Tomahawk, o Bô 457 apresenta uma carta de sabores úni-

cos, procurando marcar a diferença, modernizar e seduzir quem os visita. Com uma decoração sóbria e descontraída mas com detalhes simples e sublimes, têm como principal objetivo apaixonar os visitantes através dos diferentes sabores e pelo serviço exemplar.

SUGESTÃO NM Prato Posta transmontana em torrada azeiteira e batata frita Bebida Cerveja artesanal Sobremesa Mil folhas de caramelo Preço médio 25€ p/pessoa

ENCERRADO À SEGUNDA-FEIRA. TERÇA, QUARTA, QUINTA E DOMINGO DAS 12:30 ÀS 14:30 E DAS 19:30 ÀS 22:30 SEXTA E SÁBADO DAS 12:30 ÀS 14:30 E DAS 19:30 ÀS 23:00 RUA DR. EDUARDO TORRES, 457 MATOSINHOS | AGOSTO 2019

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ONDE COMER FORA?

VEJA A NOSSA SUGESTÃO

PRIMAZIA E SINGULARIDADE DE SABOR SUGESTÃO NM

MANUEL JÚLIO

Prato Leitão Assado

IMAGENS JAVI B PATROCÍNIO CUTCUT

O restaurante Manuel Júlio na Mealhada é daqueles que não deixa ninguém indiferente. Em terra de tão afamado leitão, lá fomos provar a dita iguaria, não sem antes acalmar o estômago com um saboroso queijo e uma deliciosa alheira, petiscados com pão bem fresco. Um bom vinho espumante acompanhou a refeição, que se avizinhou rapidamente. Não poderia ser melhor: um leitão bem suculento por dentro, carne tenra com uma capa crocante e tostada, uma delícia para o palato e para todos os sentidos. Depois 52

desta iguaria, e porque se a comida vai para o bucho a sobremesa acalma o coração, fomos presenteados com uma bela de uma mousse de chocolate e leite creme, ambos caseiros, servidos no ponto. Terminamos com um café quente que nos deu ânimo para continuar a tarde, depois deste repasto sem precedentes. O restaurante Manuel Júlio destaca-se pela primazia e singularidade de sabor, tradição e família, tendo uma figura de destaque no panorama gastronómico da região.

Sobremesa Leite Creme Preço Médio 30€ pax

DE TERÇA A SÁBADO DAS 10:00 ÀS 23:00 DOMINGO DAS 10:00 ÀS 15:00 SEGUNDAS ENCERRADO SANTA LUZIA, 3050-106, BARCOUÇO

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ANTÓNIO DE SOUZACARDOSO

Restaurante Trás de Orelha Rua Heróis de França, 549 4450-159 Matosinhos

É MESMO DE TRÁS DA ORELHA Revisitámos há uns tempos um restaurante com fulgor e tradição em Matosinhos. De peixe e de grelha sim senhor. Mas também de outros grandes pratos regionais que aqui se fazem com o rigor de quem está há muitos anos no negócio. A organização é de natureza familiar. João Alves é o Chefe da grelha e da cozinha. Cidália Alves e Silvério Marques lideram a sala. Do que sai da cozinha já falaremos. A sala é bonita, evocativa das grandes casas do mar, com uma amesendação tradicional e um serviço atento e familiar. Para começar pode pedir uma lulinha frita – pequena, besuntada no seu molho que tão bem sabe com um pão de centeio ainda quente. A petinga é de uma enorme frescura e sai no ponto estaladiço de fritura que fazem daquilo que é pequeno, uma das grandes entradas da costa portuguesa. E por falar em costa também o camarão aqui aparece e pontifica ajudando a preparar as papilas para o conduto que se avizinha. A primeira recomendação vai para o peixe grelhado. Fresquíssimo e de grelha segura e irrepreensível. Não vale a pena escolher. Entregue-se confiadamente às sugestões de Cidália ou de Silvério. Desde o Robalo, à Dourada, ao Peixe-Galo, à Corvina, ao Linguado, ao Cherne, enfim a tudo o que o Mar generosamente nos dá. Com o peixe fica sempre bem e os acompanhamentos são variados e bem-feitos. Os arrozes caldosos que abrem no tacho, com destaque para um fantástico arroz de feijão vermelho. A açordinha de ovas, aqui tratada com primor nas texturas e no paladar marinho.

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belíssima textura e queimado na hora. Os vinhos são de escolha ampla e de preço equilibrado. Foi um prazer voltar aqui e saber que as coisas seguras como esta, felizmente permanecem. E aqui o seguro é que a comida é sempre de “Trás da Orelha”!

Mas se lhe apetecer carne, não fique constrangido. Porque da grelha também sai uma boa picanha, um naco ou uma costelinha. Tudo sem segredos. Sal gordo e domínio do lume que é o que basta quando a matéria-prima não desmerece. Ainda tem a alternativa de ir um pouco mais longe. Mas aí só por encomenda. É o cabeço da cabeça de Peixe, do peixe ao sal e do peixe assado, ou de um cabritinho assado que nos aparece com todos os seus “matadouros”. Na sobremesa o Rei é o leite-creme, de

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BERNARDINO COSTA

VAI UM COPO?

BIT BAR

PINTAS PORTO TAWNY 10 ANOS

O vinho do Porto está na moda, felizmente! Muito se deve á resiliência e pensamento a longo prazo dos produtores. Para muitos de nós, um companheiro especial, para ocasiões especiais, um belo aperitivo, nomeadamente os Whites, Os Ruby´s, Tawny´s, LBV´s e os afamados Vintage. Pois bem este mês a nossa sugestão de baco é um Tawny. Produzido, pela Wine & Soul, projecto do casal de enólogos, Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges, temos o Pintas Tawny 10 anos (que e segundo os produtores a grande percentagem de tawny´s neste lote ronda os 15 anos). Temos aqui um belíssimo bend de vinhas velhas (cerca de 30 castas) situadas no Vale do Pinhão. Quem é que nunca ouviu falar nos vinhos Pintas, acalmados nacinal e internacionalmente! Estamos na presença de um belíssimo tawny, onde tudo o que se espera deste tipo de porto, está lá. Desde os frutos secos, mel, os figos secos. Fundada em 2001 pelo casal Wine & Soul não é de estranhar que fruto de um conhecimento e íntima ligação a esta região e a cada parcela de vinha, tem permitido obter e atingir patamares de qualidade únicos neste panorama. “O nosso objectivo é criar vinhos que expressem todo o caracter das vinhas e castas indígenas do Douro, procurando o equilíbrio entre a concentração, complexidade e elegância”. A sua vinificação é de uvas previamente seleccionadas e desengaçadas, fermentaram em lagares com pisa a pé. O estágio decorreu em cascos antigos de castanho português durante cerca de 10 anos.

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Região: Douro DOC Castas: Vinhas Velhas Teor Alcoólico: 19,50% P.V.P: 26,050€ (aprox) Produtor e Enólogo: Wine & Soul – Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges

Notas de prova: Bonita cor dourada ambar. No nariz percebe-se de imediatos que estamos na presença de um grande vinho. Com aromas frescos e complexos de nozes associados a notas de mel e figos. Na boca então é um regalo para os sentidos, revela-se extremamente rico de sabores, a confirmar a sua riqueza aromática. Final muito longo e que nos leva a desejar que nunca acabe.

IMAGENS BIT BAR

Um espaço onde a cerveja alemã é rainha, onde não falta o ambiente rústico, os sons pop/rock e muita simpatia. É assim caracterizado o Bit Bar. Localizado em Leça da Palmeira, o espaço oferece uma vasta gama de bebidas, com destaque para a cerveja e para o gin boa música e ambiente convidativo a uma saída com amigos, nestas noites quentes de verão que agora se avizinham. Afastado dos grandes centros, este bar proporciona um interessante alinhamento musical e caipirinhas com descontos às quartas-feiras. Aproveite a esplanada, que durante o verão se mostra convidativa e aproveite o Bit!. SEGUNDA A SEXTA, DAS 21H ÀS 02H A PARTIR DAS 22H R. DIREITA 235, 4450-652 LEÇA DA PALMEIRA

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TODOS OS DIAS DAS 12:00 ÀS 15:30 E DAS 18:30 ÀS 23:00 TELEFONE - 22 937 9204 RUA HERÓIS DE FRANÇA 335, MATOSINHOS | AGOSTO 2019

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BEM-ESTAR

AS MELHORES VITAMINAS E NUTRIENTES CONTRA A QUEDA DE CABELO FONTE SAPO LIFESTYLE

Alopécia é o termo científico para o que vulgarmente se denomina “queda de cabelo”. É um problema comum que afeta uma percentagem significativa da população. Este um termo vago que diz respeito a um conjunto de doenças com causas, tratamentos e prognósticos muito diferentes. A alopécia androgenética e o deflúvio telogénico são os tipos mais comuns. Podem ser exemplificados, no primeiro caso, como a vulgar calvície, geneticamente determinada e, no segundo caso, como a queda ativa de cabelo, secundária a múltiplos fatores como alterações hormonais, défices nutricio56

nais, perda abrupta de peso, anemia, período pós parto, stress, período pós cirurgia ou fármacos. O consumo de suplementos alimentares para problemas capilares está a aumentar nas sociedades desenvolvidas, embora estes cocktails, assumidos como milagrosos, não tenham eficácia em todos os tipos de alopécias. A sua utilização obedece ao pressuposto de que a matriz do folículo piloso necessita de determinados nutrientes para produzir a haste capilar e mantê-la saudável. No entanto, a evidência científica dos benefícios de grande parte destes compostos ainda é escassa.

Na maior parte das vezes são compostos por múltiplas substâncias, maioritariamente vitaminas, minerais e proteínas. Apresentam-se sob a forma de comprimidos ou pós solúveis e visam complementar a carência do organismo em nutrientes e vitaminas essenciais, promovendo o crescimento e fortalecimento de cabelos e unhas. Estes suplementos podem ser complementados por produtos de aplicação tópica que atuam diretamente no ciclo do cabelo, prolongando a fase de crescimento ativo.

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Os componentes que podem ser fornecidos através de suplementos nutricionais são: Vitamina A, C e E: propriedades antioxidantes; Vitaminas B3 (niacina): melhora a circulação sanguínea; estimula o crescimento do cabelo; Vitamina B5 (ácido pantoténico): retarda o aparecimento de cabelo branco e retarda a queda de cabelo, Vitamina B6; Vitamina B9 (ácido fólico); Vitamina B12; Vitamina D;

Vitamina B7 ou H (biotina): a mais popular, ajuda na produção de queratina, retarda o aparecimento de cabelo branco; essencial para a hidratação do cabelo; Aminoácidos/ proteínas: compõem 90% da estrutura do cabelo; Cisteína, metionina, cistina, arginina, lisina, glutamina; Ferro; Zinco: importante na configuração da queratina, produção de colagénio e multiplicação celular. Importa referir que o uso indiscriminado e prolongado de suplementos alimentares deverá ser desencorajado e a sua escolha deve ser individualizada, tendo por base a avaliação clínica durante a consulta médica, dirigindo o tratamento à causa da patologia. As explicações são da médica Rita Guedes, Dermatologista no Hospital de Vila Nova de Gaia. | AGOSTO 2019

RECEITA NM PÃO RECHEADO COM QUEIJO E CHOURIÇO

Ingredientes Pão redondo médio, tipo alentejano ou de Mafra 150g de queijo mozarela ralado 150g de queijo emmental ralado 200g de maionese 200g de chouriço de carne magro cortado em cubinhos 1 dente de alho grande Folhas de orégãos secas Pimenta preta Modo de preparação: Com uma faca de serrilha, corte o topo do pão. Com a ajuda de uma faca e de uma colher, retire o miolo do pão, sem o rachar. Na picadora, coloque o chouriço e o dente de alho. Triture tudo até que fique bem picado. Coloque o chouriço numa tigela. Tempere com pimenta e uma colher de sopa bem cheia de folhas de orégãos. Misture a maionese. Adicione os queijos e misture muito bem com uma colher até que fique uma pasta homogénea. Coloque o pão num prato que possa ir ao forno. Encha o pão com o recheio e enquanto recheia, acalque ligeiramente com uma colher para cobrir todo o interior. Por fim, polvilhe com folhas de orégãos. Leve ao forno pré-aquecido nos 180ºC e deixe assar aproximadamente 40 minutos. Quando o recheio estiver bem derretido e lourinho, retire. Sirva acompanhado com tostinhas ou com o miolo de pão cortado em fatias. 57


NA MINHA FREGUESIA U.F. S. MAMEDE DE INFESTA E SENHORA DA HORA

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO ACOLHE O XVIII ANIVERSÁRIO DE ELEVAÇÃO A CIDADE DE SÃO MAMEDE DE INFESTA IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA

Cumpriu-se no dia 12 de julho de 2019, o XVIII Aniversário da Elevação de São Mamede Infesta a Cidade, por isso foi importante celebrar e fortificar este momento tão ansiado e merecido pelos Mamedense, descrição feita pela Dra. Sofia Nascimento e José Freitas que fantasticamente e com profundo sentimento das suas origens Mamedenses tornaram cúmplices e elevaram a cidade e a sua comemoração. Foi por certo uma Honra para a União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora e em particular para a Cidade de São Mamede de Infesta, comemorar este dia em proximidade com os Mamedenses e os Senhorenses. Pensar esta cidade, pensar São Mamede Infesta só tem sentido se tivermos presente o seu passado, a sua história que a identifica e a distingue. Facilmente cai no esquecimento um passado. Um passado de homens e mulheres cujo legado contribuiu para o progresso da nossa cidade. A grandeza dos homenageados reclama por uma atitude pautada por valores como, humildade e lealdade a par do reconhecimento público daqueles que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de São Mamede de Infesta. Instituições - Homenageadas com Placa de Mérito pela Junta da União de Freguesias - Escola de Segunda Oportunidade - APPACDM Centro Dr. Leonardo Coimbra - AMAS - Associação Mamedense de Apoio Social - Iscap - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto Individualidades (Medalha de Honra da Cidade – Pela Junta da União das Freguesias) - Prof. Dr. Hélder Maiato - Joaquim Alves Faria - Marta Ortigão Sampaio (Título Póstumo) - Honório Novo

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Com muita honra e elevado orgulho que o Presidente Leonardo Fernandes e todo o seu executivo, que por razões distintas sentem São Mamede de Infesta como sua terra e dizem de coração cheio “Sou Mamedense”. Todos os homenageados e todos os presentes, o nosso reconhecimento, a nossa sentida gratidão pelo brilho com que nos brindaram nesta cerimónia. A partilhar este nobre momento, esteve presente o Vereador da Câmara Municipal de Matosinhos, Prof. Correia Pinto, em representação da Presidente Dra. Luisa Salgueiro, entre outras individualidades da Cidade e do Concelho. O Projeto 65, abrilhantou a noite, com um fantástico concerto. Grupo musical constituído por Martim Gavina, Gonçalo Paiva e Gonçalo Cabral, que apresentaram covers e temas originais num registo acústico. Um agradecimento especial ao Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto na pessoa do seu Presidente Professor Fernando Magalhães e seus colaboradores Dra. Susana Pinto e Dr. Ricardo Soares, que foram incansáveis em toda a preparação logística do evento.

AGENDA

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FÉRIAS DESPORTIVAS DE VERÃO 2019 MAGIKLAND IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA

No dia 11 de julho de 2019, crianças (cerca de 200) das Férias Desportivas de Verão 2019 da Junta da União das Fregeusias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora rumaram à aventura até ao parque MagikLand na cidade de Penafiel para um dia em cheio de diversão e alegria. Assumindo já a preferência dos mais novos por este dia já habitual na programação das nossas Férias Desportivas. O parque de diversões Magikland possui um pouco de tudo para todos. Desde a piscina Lago do Galeão, com água cristalina para os dias quentes de Verão, até ao refúgio dos piratas, muito há a descobrir e a fazer nas 6 áreas temáticas do parque. Leonardo Fernandes e o seu executivo, continuam a apostar neste dia, considerando que é sem dúvida um espaço encantador para os mais pequenos, devido à sua diversidade de atividades e de ser notória a preocupação por parte da organização em tornar este parque mais apelativo ano após ano. Facto este que o levou acompanhar presencialmente a tarde na integra, convivendo junto dos mais novos.

XIV FESTIVAL ZÉS PEREIRAS SÃO MAMEDE DE INFESTA IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA

Durante o primeiro fim de semana de julho, a praça da cidadania acolheu já o tradicional dia mais barulhento do ano. Trata-se do Festival Zés Pereiras, dedicado aos bombos, apoiado pela Junta da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora e Câmara Municipal de Matosinhos na pessoa da sua Presidente Dra. Luisa Salgueiro. Organizado por Alvaro Cardoso, Presidente da Associação Desportiva e Recreativa Águias de São Mamede de Infesta, este evento conta já com 14 edições na sua história, e será para continuar. Os grupos desfilaram esta tarde entre a Escola Secundária Abel Salazar e o edifício da Junta de Freguesia de São Mamede de Infesta, onde atuaram no palco instalado na Praça da Cidadania. Presente esteve o Presidente da União das Freguesias de São Mamede de Infesta, Prof. Leonardo Fernandes, acompanhado do seu executivo nas pessoas de Arnaldo Silva e Vitor Fitas Preto, que tiveram oportunidade de entregar as devidas lembranças do Festival. Este ano, os grupos convidados pela organização foram o Grupo de Bombos Escola de Modelos, o Grupo de Bombos de S. Bento de Vairão, Grupo de Bombos “Os Amigos da Galhofa”, Grupo de Bombos de Ala, Grupo de Bombos Santa Marta de Penaguião, Associação. Bombos Cult. e Lazer de

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S. Sebastião do Barco, Grupo de Bombos “Os independentes da Raimoda”, Grupo de Bombos Amigas da Terra, Grupo de Bombos Lousada a Rufar, Associação Filarmónica de Para de Todeia. O Festival termina na Praça das Cidadania, com a apresentação e atuação individual de cada grupo.

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NA MINHA FREGUESIA J.F. PERAFITA, LAVRA E SANTA CRUZ DO BISPO

GOALKEEPER SUMMER TOURNAMENT 2019 IMAGENS | TEXTO J.F. PERAFITA

172 guarda-redes participaram na 1ª Edição do Torneio Goalkeeper Summer Tournament Matosinhos 2019, uma organização conjunta entre a UD Lavrense e a S4P - Sports for Pro’. O evento de convívio e competição entre guarda-redes de todas idades e de ambos os sexos, oriundos de vários locais do País, decorreu a 6 de Julho, no Complexo Desportivo de Lavra. Refira-se que a iniciativa com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, Matosinhos Sport - Empresa Municipal de Desporto e da União de Freguesias - Perafita, Lavra e Stᵃ Cruz do Bispo.

HOMENAGEM AOS COMBATENTES DA UNIÃO DE FREGUESIAS IMAGENS | TEXTO J.F. PERAFITA

Foi realizada em julho a cerimónia de homenagem aos Combatentes da União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, mortos na Guerra do Ultramar. A cerimónia teve lugar os três territórios da União de Freguesias, onde foram inauguradas as placas de homenagem aos combatentes de Perafita e Santa Cruz do Bispo. Esta homenagem é da organização da Liga dos Combatentes, em parceria com a União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo.

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AGOSTO 2019 |


MATOSINHOS SPORT

PISCINA DA QUINTA DA CONCEIÇÃO IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS SPORT

Depois de um ano de obras de requalificação, a Piscina da Quinta da Conceição, uma obra de Siza Vieira inaugurada em 1965, reabriu em junho. A Piscina da Quinta da Conceição é uma obra do Arq. Álvaro Siza Vieira e foi inaugurada em 1965, encontrando-se inserida na Quinta da Conceição, um parque público localizado na freguesia de Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, distrito do Porto. Inicialmente o local era as instalações do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ordem de São Francisco que lá chegou em 1481. Atualmente ainda é visível o antigo claustro do convento, alguns chafarizes, um portal de estilo manuelino e a capela de São Francisco.

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Na década de 60, a Quinta foi alvo de importantes melhoramentos coordenados por Fernando Távora, renomado arquiteto do sec. XX, onde se destaca o pavilhão de ténis e a piscina. Além da piscina, o espaço dispõe de vestiários e balneários e um bar/lounge. Funciona durante a época balnear - entre junho e setembro - das 9h00 às 19h00. Aos sábados, às 15h30, e até 31 de agosto há aulas de hidroginástica gratuitas, incluídas no valor da entrada. Saiba mais em www.matosinhosport.com e em www.facebook.com/Matosinhos.Sport/

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MATOSINHOS HABIT

MATOSINHOSHABIT DISPONIBILIZA NOVOS MEIOS DE PAGAMENTO DE RENDAS IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS HABIT

A MatosinhosHabit vai avançar, já no inicio do mês de agosto, com duas novas modalidades de regularização de rendas, o pagamento por referência bancária e Payshop. O objetivo é simplificar o processo de liquidação dos alugueres municipais, especialmente para os inquilinos que, não tendo possibilidade de ativar o pagamento por débito direto, têm de se deslocar todos os meses aos serviços da empresa municipal de habitação. Sem qualquer custo adicional, para além dos habituais métodos, o pagamento das rendas vai passar a poder ser realizado, também, em qualquer

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balcão das lojas CTT ou ponto Payshop. “Consideramos que o pagamento das rendas tem de ser um processo fácil e acessível, porque o nosso compromisso é para com as pessoas e com a desburocratização das suas vidas. E é por isso que avançamos com estes novos métodos, contribuindo para que os nossos inquilinos não tenham de se deslocar propositadamente aos serviços da MatosinhosHabit para efetuar apenas um simples pagamento”, sustenta Tiago Maia, administrador da empresa municipal. Recorde-se que o cumprimento do pagamento das rendas da MatosinhosHa-

bit foi, em 2018, de 98%, cifrando a taxa de dívida numa das mais baixas de sempre. A receita para este sucesso parece assentar na política de proximidade desenvolvida pela empresa municipal que, por um lado, permite a regularização das dívidas através de um acordo de pagamento faseado, e por outro, dispõem de um serviço de aconselhamento económico-financeiro, prestado através do parceiro IPSUM HOME, que acompanha os munícipes na gestão do orçamento familiar e em eventuais processos de resolução financeira litigiosa.

AGOSTO 2019 |


CORREIO DO LEITOR

O QUE SE DIZ NO CONCELHO? OSKAR SILVA

VOO ATRASADO? JÁ LHE ACONTECEU?

O problema dos animais sem dono que vagueiam por todas as freguesias.

ANTÓNIO NETO

Melhor limpeza, melhor iluminação publica e arranjo dos passeios principalmente em Leça da Palmeira. Mais vigilância da Policia durante a noite.

MARIA PEREIRA

Podiam melhorar o parque infantil em frente à Câmara.

CRISTINA COSTA

Melhorar a limpeza das ruas, é lixo por todo o lado, as camionetas e horários da Resende, cheiram mal e parece que vão desfazer-se a qualquer momento e apanhar uma é um momento de sorte... Melhorar o estacionamento para carros (quase que temos de pedir desculpa por estar a passar no passeio) e já agora tirar os posters gigantes que tapam a visibilidade das paragens, ou estamos de pé junto à estrada, ou então corremos o risco de não vermos os transportes quando passam (já me aconteceu).

MARCO SIMÃO

A limpeza da cidade! Em Leça da Palmeira os contentores do lixo estão sempre cheios!

ANTÓNIO MATOZINHOS

Bom acho que alargar as ruas vai comprometer as calçadas...mas para já poderia implantar-se sítios de parking para diminuir os carros nas calçadas e ruas.

| AGOSTO 2019

Em épocas de maior tráfego, as viagens nem sempre correm bem. Os casos de atrasos de voos são comuns e os problemas que os consumidores enfrentam são muitos. Conhece os seus direitos de passageiro aéreo? Atraso do voo O consumidor tem direito a receber assistência por parte da companhia aérea, que deve disponibilizar chamadas telefónicas ou mensagens por correio eletrónico, bebidas, refeição, alojamento se se tornar necessário, e transporte para o local de alojamento. Estas regras aplicam-se aos atrasos de: • 2 horas ou mais, caso se trate de viagens até 1500 quilómetros; • 3 horas ou mais, se forem viagens com mais de 1500 quilómetros dentro do Espaço Económico Europeu (EEE)e no de quaisquer outros voos entre 1500 e 3500 quilómetros Nos restantes voos, o atraso tem de ser, no mínimo, de 4 horas. O passageiro tem ainda direito ao reembolso do bilhete e a ser transportado de volta para o local de partida original se o voo atrasar, pelo menos, 5 horas, e decidir não viajar. Em alternativa, pode seguir para o destino assim que possível. Se chegar ao destino final com um atraso de 3 horas ou mais, pode ter direito a uma indemnização entre € 250 e € 600. Excetuam-se os casos em que a companhia aérea consiga provar que o atraso foi causado por circunstâncias extraordinárias (tempestade, greve, por exemplo). Onde reclamar? Contacte em primeiro lugar a transportadora aérea do seu voo ou o aeroporto (para assuntos relacionados com a assistência a passageiros com mobilidade reduzida). Se não ficar satisfeito com a resposta, pode reclamar junto do organismo nacional responsável do Estado-membro onde o problema ocorreu. No caso português a entidade responsável é a ANAC - Autoridade Nacional da Aviação Civil. Pode sempre remeter-nos a sua reclamação – deco.norte@deco.pt 63


HORÓSCOPO

AGENDA

CARNEIRO

BALANÇA

21 mar. a 20 abr.

24 set. a 23 out.

ATÉ 18 DE AGOSTO

Conhecidos por serem: Conquistadores, honestos e teimosos.

Conhecidos por serem: Compreensivos, sociáveis e indecisos.

Este mês: Finalmente, tem oportunidade de sair e conhecer alguém novo. Mesmo os relacionamentos de longo prazo prosperarão neste período.

Este mês: A situação nos relacionamentos será tranquila e harmoniosa. Portanto, poderá desfrutar de longas noites românticas a dois, sem interrupções.

TOURO

ESCORPIÃO

21 abr. a 21 mai.

24 out. a 22 nov.

Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês: Em agosto, pode esperar estabilidade no trabalho. Será um bom mês para tirar férias. Você merece.

Este mês: Agosto será um período muito produtivo se o Escorpião conseguir organizar o seu tempo. Na carreira, o objetivo que definiu estará ao seu alcance.

GÉMEOS

SAGITÁRIO

22 mai. a 21 jun.

23 nov. a 21 dez.

Conhecidos por serem: Comunicativos, Companheiros e preguiçosos.

Conhecidos por serem: Aventureiros, sonhadores, os eternos insatisfeitos.

Este mês: Se há muito tempo deseja uma mudança, agora é o momento certo para fazer algo sobre isso. Agosto estará cheio de energia positiva em todas as áreas.

Este mês: Em agosto o Sagitário deve estar atento à área do trabalho. O impacto da fadiga que sentirá durante este mês fará com que cometa um pequeno erro.

CARANGUEJO

CAPRICÓRNIO

22 jun. a 22 jul.

22 dez. a 20 jan.

Conhecidos por serem: Criativos, terem um excelente sentido de humor e bastante emotivos.

Conhecidos por serem: Disciplinados, responsáveis e pessimistas.

Este mês: Este mês quente de verão trará sucesso profissional a Caranguejo. Pode concentrar-se completamente enquanto outros já estão em modo de descanso.

Este mês: Capricórnio dedicará este período à carreira. Agora há uma nova oportunidade, pelo que é necessário retomar o caminho.

LEÃO

AQUÁRIO

23 jul. a 22 ago.

21 jan. a 20 fev.

Conhecidos por serem: Criativos, fortes e vaidosos.

Conhecidos por serem: Divertidos, companheiros, temperamentais.

Este mês: Infelizmente, este mês não será positivo, pelo contrário. As influências externas farão com que Leão reduza o seu ritmo de trabalho e terá agora de se esforçar para recuperar.

VIRGEM

31 DE AGOSTO

Expensive Soul Marginal de Leça da Palmeira

Feira dos Golfinhos Jardim Basilio Teles

ATÉ 21 DE SETEMBRO

Viva o Verão Matosinhos

ATÉ 8 DE SETEMBRO

Este mês: Agosto trará eventos relevantes na área de trabalho, pelo que o Aquário deve concentrar a sua atenção nesta área.

PEIXES

23 ago. a 23 set.

21 fev. a 20 mar.

Conhecidos por serem: Perfecionistas, observadores e extremamente críticos.

Conhecidos por serem: Sensíveis, românticos e sonhadores.

Este mês: O horóscopo promete a Virgem sucesso na carreira no início de agosto. Não tenha medo de usar o seu rigor e boas capacidades organizacionais.

Este mês: Mentalmente estará em completa paz e harmonia e parecer-lhe-á que nada o irá derrubar.

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AGOSTO 2019 |


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| AGOSTO 2019

Albino, Vítor e Zacarias são três empresários de sucesso do concelho de Vila do Conde que pretendem ligar a freguesia de Labruge (Vila do Conde) à freguesia de Lavra (Matosinhos) e à A28. Os encontros têm vindo a ser assíduos, pois acreditam que ambas as freguesias terão um potencial, sendo unidas através de uma via com melhores acessos. Labruge possui 5,07 km² de área e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (2011), tem 2806 habitantes, ao passo que Lavra possui 12 km² de área e 10 033 habitantes, de acordo com o mesmo organismo.

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