Revista Notícias Matosinhos #29 - Dezembro 2019

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O MELHOR DE 2019


JARDIM & ARTE

MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS VERDES • CONTROLO DE PRAGAS • PLANTAÇÃO DE RELVADOS • DECORAÇÃO FLORAL • SISTEMA DE REGA ORÇAMENTOS GRATUITOS: jardinagem.arte.jardim@gmail.com

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Destaques Pg. 22 - Junho

Ficha Técnica

Pg. 16 - Março

Pg. 30 - Moda

@NMMATOSINHOSREVISTA | Dezembro 2019

Diretor: Francisco Samuel Brandão Diretor Adjunto: Mário Costa Editor: Emídio Brandão Coordenação: Catarina Silva Assistente de Direção: Sofia Costa Corpo Redatorial: António Souza-Cardoso; A. Cunha e Silva; Barbara Barbosa; Bernardino Costa; Carlos Marinho; Catarina Silva; Emídio Brandão; Francisco Fernandes Brandão; Francisco Moreira; João Almeida; Joaquim Queirós; José Henrique Correia; José Carlos Oliveira; Marta Carvalho; Paulo Gaspar; Prof. Dr. Júlio Pinto da Costa; Paulo Mengo de Abreu; Pedro Ferreira; Teresa Teixeira; Tiago Leão; Tiago Sá Pereira; Vítor Paiva; Fotografia: Correia dos Santos Design: Cuba Distribuição: Norberto Pereira Propriedade: Emibra Lda. Impressão: Gráfica Vilar do Pinheiro, Rua Do Castanhal, 2, Vilar Do Pinheiro, Porto Email: revista-nm@emibra.com Sede de Redação/ Edição: Rua da Cruz 1070, 4450-112 Lavra Direção Postal: Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos Tlf. Geral: 229 999 310 Tlf. Redação: 229 999 315 Registo: ERC 127008 Depósito Legal: 428306/17 NIPC: 502 505 117 Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares Nota: O Estatuto Editorial encontra-se publicado na página de Internet https://www.facebook.com/pg/NMmatosinhosrevista/about/?ref=page_internal

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MATOSINHOS

O MÊS EM REVISTA Por Francisco Samuel Brandão Mais um ano que passa em vários calendários, com festas da época à porta, governo velho com roupagens arejadas na tentativa de governação por mais quatro anos, o que vai ser difícil, porque a conjuntura económica mundial pode alterar-se e, cá dentro, historicamente, acabamos por sentir os efeitos nas mutações políticas e nos nossos bolsos. Ao contrário do que o governo apregoa, as pessoas não estão a viver melhor, estão quase na mesma, porque o custo de vida continua a subir - exemplo, na área

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da habitação onde se registam grandes burlas e enorme especulação com valores incomportáveis para o português comum - com o Estado a “faturar” e a engordar através do aumento de impostos, acrescentando receita, ente outros, com aqueles que já não constam das listagens dos desempregados do IEFP e supostamente arranjaram colocação laboral, donde resulta que, pela convergência destes e outros vários fatores, ao que parece, segundo informação recente do governo, “o dinheiro este ano até sobrou”. Talvez para salvaguardar situações futuras adversas. Talvez! Indo e vendo, vamos estar atentos ao que se nos depara no próximo ano, na espe-

rança de que tudo vá correr, pelo menos, nunca pior. António Costa tem trabalho realizado podia ser melhor -, apreciado pelos pares europeus, e neste momento até está com sorte pois não tem contraditório à altura, isto é, não tem grande oposição e se ela existe é do partido mais votado a seguir ao PS, na última chamada às urnas, onde conta com amigo Rui Rio que não obstaculiza gratuitamente o que muitos dos outros atores políticos fazem. Mesmo com eleições no PSD, em janeiro, à procura de líder, não creio que António Costa vá perder o amigo e adversário político que desfruta da postura de defesa dos portugueses no tempo e não embarca naquilo a que chama vigarices. Mas o que se espera dos sombreados e labirínticos corredores das sedes partidárias? Nada que os mais atentos não se saibam! E temos ainda um grande Presidente dum país pequeno, Marcelo Rebelo de Sousa, que está “em todas” e tornou-se num grande árbitro, atento a todas as jogadas baixas que prejudiquem os portugueses, ainda que, por isso, alguns não lhe poupem críticas em surdina por se ter tornado mais povo do que o “povo”. Mas o que esperavam? Só quem não conhece as origens e o percurso do nosso Presidente é que pode pensar o contrário da quase totalidade dos portugueses espalhados pelo mundo. Pena é que não possamos ir com ele até ao Corvo, mas, não faz mal, fiquemos por cá com um Bom Natal. Para todos!

Crónica

Evento do ano

Julho

Agosto

Moda

Novembro

Do largo da Igreja ao Rio Leça (VIII)

Um “Sim” para a vida toda

A arte de andar sobre rodas

José Ramos – à Frente da Zarco há 25 anos

Brindamos à época festiva

Luísa Salgueiro: dois anos à frente de Matosinhos

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Rua Alfredo Cunha, 546 4450 Matosinhos Telf.: 229 381 131 / 229 381 940 Fax: 229 384 766

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Imagem do ano

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Crónica

Júlio Pinto da Costa Prof. Doutor

DO LARGO DA IGREJA AO RIO LEÇA (VII) Retomemos o nosso percurso pela rua de S. Roque. Logo a seguir à viela dos Laços (Travessa de S. Roque), onde hoje existe um largo, situava-se antigamente a Farmácia Cunha (antiga Farmácia Matos) que, mais tarde, mudou as suas instalações para o outro lado da rua. Ainda aí se encontra. Durante um bom período de tempo (na mudança de Século XIX/XX), a farmácia foi local de encontro de personalidades de relevo, reunidas em torno do seu dono, António Maria da Cunha. Aí compareciam Teixeira Rego, Leonardo Coimbra, Domingues de Oliveira, Afonso Cordeiro e Cristiano de Carvalho. O anfitrião, além de farmacêutico foi director do jornal local “Verdade” e dirigente de diversas instituições. Um pouco à frente há um pequeno largo, que permite a bifurcação da rua de S. Roque, mantendo-se esta do lado esquerdo, enquanto que à direita fica a rua Cardeal D. Américo, antes chamada rua do Paço. Nesse pequeno largo esteve em tempos a capela de S. Roque, a mesma que hoje se encontra no cemitério de Sendim, para onde foi transferida na década de 40 do Século XX. Grande parte do edifício entrava pelo quintal da casa do Dr. Serafim Oliveira (Dr. Lourinha), que se situava no gaveto, separando as já mencionadas ruas.

Viela de S. Roque (Foto de Américo Freitas)

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Capela de S. Roque (local de origem)

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Destaque

Carlos Marinho Prof. de Matemática

NM Homenageia entidades do Concelho A próxima edição da Revista NM Magazine terá como principal finalidade, homenagear grandes figuras e instituições do Concelho de Matosinhos que se destacaram no ano de 2019. Abordaremos categorias de vários setores, desde empresas que têm vindo a contribuir para o bom desenvolvimento da localidade a entidades imprescindíveis da nossa comunidade atual. Informação, comunidade e futuro, serão os focos principais do número #31 da Revista NM. Uma edição a não perder!

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Ano 2 | Nº 17 | Preço: 1,5€ IVA incluído

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PERSONALIDADE DO ANO

Vá em Fitas de Mobius August Mobius nasceu na Alemanha a 17 de novembro de 1790. Tinha uma paixão natural pela matemática, embora se tenha inscrito no curso de direito na Universidade de Leipzig, em 1809, a pedido da sua família. Mudam-se os tempos mas as vontades dos pais e famílias permanecem. Até o jovem August teve pressões familiares para manter o status quo de uma vida de sucesso porque o curso de direito era para a época o melhor para o impulso de uma vida sem problemas financeiros e de sucesso garantido. Apesar de todas as influências internas, rapidamente mudou o ímpeto da sua aprendizagem, concentrando-se no que mais gostava, a matemática e a astronomia. Em bom tempo o fez. Quem é que troca trabalhar matemática e ser feliz para o resto da vida por um curso de direito? Mobuis sabia exatamente qual era sua paixão. E nenhuma fama ou conforto financeiro lhe tiraram a ideia de ser feliz. A sua carreira como docente não foi nada fácil, nomeadamente em termos financeiros. Na época, os professores da sua categoria cobravam uma propina aos seus alunos pelas aulas que lecionavam. As fracas afluências às suas aulas obrigavam-no muitas vezes, a publicitar junto da classe discente a oferta das aulas. O seu trabalho mais emblemático e que fica na história da ciência como uma das maiores descobertas foi a fita de Möbius. Trata-se de um objeto obtido pela colagem das duas extremidades de uma fita, após dar meia volta numa delas. Möbius morreu aos 77 anos, em Leipzig decorria o ano de 1868, depois de ter ensinado durante longos 50 anos, muitas vezes em condições severas. Morreu o génio ficou a obra. Se tiver ido para o curso de direito como a sua família pretendia, tinha provavelmente sido um jurista afortunado, ganhando muito dinheiro, mas não teria sido uma das maiores figuras da história da ciência. Por isso, estamos a falar dele 229 anos depois do seu nascimento. Não vá em fitas quando tiver de escolher o futuro dos seus filhos. Deixe-os fazer o que eles gostem, porque é para toda a vida. Veja o exemplo, deste filme ou melhor da fita de Mobuis.

Venha conhecer as grandes figuras e instituições do Concelho

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Evento do ano

Um “Sim” para toda a vida Foi no dia 11 de outubro de 2019 que Álvaro Lopes e a esposa Carmen realizaram a cerimónia de Bodas de Ouro. 50 anos de vida em comum que celebraram junto da família e alguns amigos. Álvaro conheceu Carmen tinha ela 16 anos através de um amigo, Agostinho Maurício, que os apresentou. Pouco tempo depois o namoro era evidente e passados quatro anos, e feliz por ter encontrado a mulher da sua vida, Álvaro pediu a mão de Carmen e resolveram casar. O matrimónio foi na Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, a mesma onde renovaram os votos de 50 anos de casamento. Em conversa com a NM Magazine, o atual Presidente da Federação Portuguesa de

Voleibol, diz-nos: “foram “50 anos de excelentes momentos. O nascimento das nossas filhas e mais tarde dos maravilhosos cinco netos… mas também houve momentos menos bons. Afirmamos que é difícil, porque nem sempre as coisas correm como nós pretendemos, mas felizmente soubemos ultrapassar fases da vida menos boas. Temos orgulho em dizer que soubemos contornar lado a lado, onde o amor é diariamente alimentado, a harmonia e paciência são cultivados e nunca nos faltaram as forças para gerir a paz e a coragem. Alcançar 50 anos de matrimónio é sempre uma proeza fantástica e é um sinal de que entre os dois existe um amor verdadeiro”.

À pergunta sobre qual o segredo deste casamento duradouro, Álvaro Lopes afirma que é sem sombra de dúvida o saber compreender, respeitar, ouvir amar e estar sempre com Deus. No final da conversa, Álvaro aproveitou ainda para um pequeno conselho: “para os casais mais jovens, que pensam casar, nunca baixem os braços nos momentos menos bons… nunca ponham em causa o amor que têm pelo outro. Quanto a eles mesmos, o presidente remata: “A vida é um caminho longo e um dia diremos com alegria, não foi fácil, mas conseguimos.”

Carmen Pinto Lopes e Dr. Álvaro Lopes

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Carmen Pinto Lopes e Dr. Álvaro Lopes com amigos do CPM

Carmen Pinto Lopes e Dr. Álvaro Lopes com Netos | Dezembro 2019

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Janeiro

“Futebol e arbitragem: Matemática solução!”

Imagens Carlos Marinho

O futebol é um desporto que move paixões. Estão estimadas em todo o mundo que 265 milhões de pessoas praticam futebol, 4% da população mundial. A arbitragem faz parte desse universo. Cerca de 5 milhões serão árbitros e dirigentes. Noventa minutos é o tempo de um jogo de futebol e de uma aula de matemática. Esta ação matemática, desportiva, pedagógica, didática teve a mesma duração sem intervalo. O que é que a matemática tem a ver com futebol e a arbitragem? Carlos Marinho, Professor de Matemática e Coordenador do Clube de Matemática da Sociedade Portuguesa de Matemática explicou aos alunos do 3º ano do curso profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, sob coordenação do Professor José Esteves do Agrupamento de Escolas do Padrão da Légua em Matosinhos, e aos seus convidados que a matemática está presente em todos os momentos do jogo. Usando as 4 operações básicas do cálculo, a geometria básica e análise estatística, aclarou alguns problemas (incógnitas) que os árbitros e jogadores se debatem durante o jogo de futebol. O VAR, o fora de jogo, o lançamento lateral, o pontapé de canto, o golo, a moeda ao ar saiu em defesa dos árbitros ao provar que das três equipas, aquela que erra menos é claramente a da arbitragem, com uma fiabilidade de mais de 95%. Estes foram os lances estudados ao pormenor. 12

Referiu ainda que nos jogos em direto as televisões devem privilegiar o plano (parte - retângulo de 3x68 metros) em vez da irregular linha. O futebol é um jogo a 3 dimensões e, só o plano nos pode dar uma imagem correta de cada lance. Explicou com exemplos e ferramentas próprias quando uma bola está toda dentro da baliza ou bem colocada no quarto de círculo ou mesmo sai da linha lateral/fundo. Tudo claro apoiado na melhor ciência do planeta. Garantiu que das 3 equipas aquela que erra menos é a da arbitragem. Disse ainda que a lei do fora de jogo conforme está legislada não favorece o trabalho da equipa da arbitragem por ser uma lei que não é comutativa. Como curiosidade disse que cabem 68 casas com uma base de 7 metros de largura por 15 de comprimento num campo de futebol. Artur Soares Dias, árbitro internacional e o melhor árbitro português da atualidade referiu que era um prazer estar presente nesta ação do seu amigo professor Carlos Marinho. Habitualmente não aceita este tipo de convites, mas que esta ação era especial. Gosta muito de ser árbitro por causa do pai Soares Dias, que também foi árbitro. Quando ia aos jogos via as pessoas a tomar posições contra as decisões do pai e aquilo fazia-lhe confusão. Por isso, decidiu que gostava de ser árbitro e tentar errar o menos possível para se tornar um bom árbitro. Refere que é orgulho apitar no estrangeiro “É como se eu esti| Dezembro 2019


vesse a representar o nosso país. É um orgulho muito grande”, reiterando que a comunicação é essencial entre a equipa de arbitragem. Rui Licínio, árbitro assistente internacional e o melhor nos últimos 2 anos em Portugal por seu lado referiu que quando toma a decisão raramente hesita. Quando decide pensa que está a tomar a resolução mais acertada. O futebol joga-se a uma velocidade elevada, por vezes existem lances muito difíceis de ajuizar. Desde a bola fora ou outro lance qualquer, quando toma a decisão, decide segundo as leis matemáticas, mesmo que o público reclame, porque sabe que a televisão a seguir vai-lhe dar razão. Deixou aos presentes uma curiosidade extraordinária dizendo que quando a equipa de arbitragem comunica, existem palavras parónimas que não se podem dizer… e deu o exemplo, das palavras “não” e “mão”. Comentou aindauma imagem apresentada por Carlos Marinho de um jogo brasileiro onde o árbitro assistente desenhou literalmente um arco de circunferência em pleno relvado. Disse que em Portugal não temos uma cultura desportiva para que o árbitro assistente possa realizar esse movimento, acrescentando que para além disso só o árbitro principal tem o spray. Vitor Oliveira é atual treinador do Paços de Ferreira disse que o clube que mais gosta é o Leixões S. C. Foi jogador e treinou a equipa fazendo com subisse de divisão há uns anos atrás, algo que não acontecia há muito tempo. Defendeu que arbitrar é uma atividade extraordinariamente complexa e difícil. No futebol, 4x3x3 é uma tática. Para o matemático 4x3x3 são 36. Nesta ação, a matemática Carlos Marinho deu tática e explicou pormenores do jogo como nunca se viu. Defendeu que existem muitas dúvidas no futebol e na arbitragem, parafraseando Júlio Pomar “as minhas dúvidas são o meu material mais precioso.”

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José Henrique Correia Prof. de História

Shakespeare and Company, uma livraria mítica centenária Como pode uma livraria tornar-se um emblema da cidade?” pergunta o The Guardian. Não há “nenhum equivalente de Shakespeare e companhia em toda a cidade de Paris” - “refúgio de paz lindamente desordenado”. Em Londres, há a London Review Bookshop e “os seus saquinhos muito populares entre os jovens, mas os clientes querem visitar uma livraria bem abastecida”, - Nenhuma livraria de Londres está tão profundamente enraizada no mito da cidade que faz parte de um suposto circuito turístico, ao lado do Big Ben, da Abadia de Westminster e do Palácio de Buckingham”. As razões para este sucesso são múltiplas. “A loja em si é linda”,madeira escura, lanternas baixas, livros empilhados no chão ... Uma “ligeira confusão” considerada “inegavelmente sedutora num mundo onde a maioria dos romances são comprados de acordo com as recomendações de um algoritmo num site limpo e branco”. Além disso, “a sua localização é perfeita”. É neste contexto que “aspirantes a escritores podem passar a noite na loja de graça” em troca de algumas horas de trabalho, por exemplo, escrevendo “uma autobiografia curta”. Mas mais importante, há “a sua história glamourosa; “os escritores famosos, F. Scott Fitzgerald, James Joyce e Ernest Hemingway”. Em síntese, “mais do que uma loja, Shakespeare and Company é uma lenda.”

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Fevereiro

Imagens Felicinao Lima

Vitor Santos / Campeão Europeu e Mundial de Kickboxing Chama-se Vítor Santos, é campeão europeu e mundial de kickboxing, tem apenas 15 anos e é natural de Matosinhos. O pequeno grande atleta sagrou-se campeão europeu em 2017, em Santorini, na Grécia, e venceu o campeonato de kickboxing em Buenos Aires, na Argentina, em 2018. Desde muito novo, Vítor Santos, começou a interessar-se pelo boxe e pediu aos pais para experimentar esta modalidade. Quando chegou à academia, o treinador César Moreira, viu um grande potencial no pequeno atleta. O jovem, começou a treinar kickboxing aos dez anos pratica todos os dias da semana. Já trouxe para Portugal duas medalhas de ouro e assume que é necessário muito esforço e dedicação. César Moreira, acredita que o jovem terá um futuro promissor pela frente. “Se continuar como tem feito até aqui, com talento natural, acompanhado de 14

trabalho e dedicação, acredito que terá muito sucesso”, explicou o treinador do atleta à revista “Men´s Health”. Para além de ser um atleta português mundialmente reconhecido, “o Vítor é também um excelente aluno. Está nos quadros de honra e tem uma bolsa de mérito”. É um orgulho inexplicável, confessa com satisfação a mãe, Andreia Santos. Sem dúvida que o esforço e a dedicação são o segredo para tamanhas conquistas.

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Vítor, como é que tudo começou, como surgiu a tua paixão pelo O que gostas de fazer para além do kickboxing, nos teus tempos kickboxing? livres? Desde pequeno que sempre gostei de desportos de combate, comecei com apenas quatro anos a praticar karaté e capoeira. Depois comecei a ver os filmes do famoso Rocky Balboa e foi aí que comecei a interessar-me pelo desporto e a sentir aquele bichinho. Pedi aos meus pais para experimentar e aos 10 anos comecei a praticar kickboxing.

Como é normal na minha idade gosto de jogar videojogos e conviver com os meus amigos. No entanto, o tempo livre não é assim tanto pois tenho que ter uma rotina organizada entre a escola, o centro de estudos e os treinos de boxe e kickboxing. Com tudo isto não sobra assim tanto tempo.

Quais são os teus planos para o futuro? Como é que um menino de 15 anos já conquistou um título mundial No futuro pretendo seguir o curso de Gestão Desportiva, é uma de kickboxing? forma de manter-me sempre ligado ao kickboxing. Uma das minhas ambições é poder conciliar a atividade profissional com a Com muito treino, esforço e dedicação tudo é possível. Trei- minha grande paixão. no todos os dias da semana, muitas horas. Atualmente treino kickboxing três vezes por semana e boxe duas vezes. Cada treino tem cerca de duas horas. Quais os prémios e distinções que já ganhaste e em que países?

Esforço-me muito para conquistar os meus sonhos

Fui campeão regional nacional no nosso país, campeão europeu na Grécia em 2017 e campeão mundial na Argentina em 2018, em Kickboxing. Como te sentes ao ser um jovem prodígio? Não me considero um jovem prodígio, simplesmente esforço-me muito para conquistar os meus sonhos. É preciso muito empenho e dedicação da minha parte.

Com muito treino, esforço e dedicação tudo é possível. Atualmente treino kickboxing três vezes por semana e boxe duas vezes O teu treinador, o César, é muito exigente? Juntos conseguiram chegar a grandes vitórias, como explicas esse feito? Sim, o César é muito exigente mas também tem que ser. Penso que conseguimos alcançar estes títulos devido à minha vontade e ambição juntamente com a dedicação do César - não só comigo mas com todos os atletas. Como trabalhamos arduamente os resultados acabam por aparecer. Quem é a tua inspiração no Boxe? Será o Rocky Balboa? Sim, sem dúvida que foi uma grande inspiração para mim e incentivou-me a começar a praticar este desporto. Quando via filmes de combate sentia uma adrenalina especial e foi um dos motivos que me levaram a praticar este desporto.

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Março

Imagens Casa da Arquitectura

Casa da Arquitectura 2018 foi um ano de consolidação para a Casa da Arquitectura, que em novembro festejou um ano de atividade no renovado quarteirão da Real Vinícola, tendo conseguido atingir o seu objetivo de chegar

até vários públicos, levando a arquitetura tetura, tratando-a e levando-a a debate para fora dos limites da profissão. Criar público, continuam a ser os objetivos da coleções transversais com uma curado- Casa da Arquitectura. ria específica num determinado território e tempo e, por outro lado, arquivar arqui-

Serviço educativo Programa caleidoscópio O Programa Caleidoscópio, oferece um conjunto de atividades educativas desenhado para pessoas de todas as idades e talentos, especialistas ou curiosos, que conta com a colaboração de vários convidados de diferentes áreas: arquitetura, ambiente, história, ciência, tecnologia, arte, literatura, educação, etc. Tem como 16

missão ser um laboratório focado na descoberta, no debate e na experimentação, compartilhando uma compreensão participativa, inclusiva, pluridisciplinar e informal da aprendizagem.

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Atividades

Música

Eduardo Souto de Moura

Orquestra de jazz

Casa das historias Paula Rego

O Programa Caleidoscópio, oferece um conjunto de atividades educativas desenhado para pessoas de todas as idades e talentos, especialistas ou curiosos, que conta com a colaboração de vários convidados de diferentes áreas: arquitetura, ambiente, história, ciência, tecnologia,

Real vinícola As construções agora recuperadas e adaptadas integraram a antiga instalação fabril edificada entre 1897 e 1901 pela sociedade Menéres & Companhia, destinada à Real Companhia Vinícola. Resistente à progressiva transformação industrial e ocupação habitacional do lugar, a sua preservação e adaptação deve-se ao elevado valor patrimonial e cultural. A Casa pode assim, em conjunto com outras entidades nacionais e internacionais, estabelecer uma rede alargada de arquivos de arquitetura, fomentando o intercâmbio de experiências, coleções, métodos de trabalho e técnicos especializados.

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arte, literatura, educação, etc. Tem como missão ser um laboratório focado na descoberta, no debate e na experimentação, compartilhando uma compreensão participativa, inclusiva, pluridisciplinar e informal da aprendizagem.

A Orquestra Jazz de Matosinhos localiza-se também no quarteirão da Real Vinícola. Este espaço reúne todas as condições que garantem o crescimento da Orquestra e a continuidade do trabalho de excelência que tem desenvolvido, nacional e internacionalmente, e que foi recentemente distinguido pelo Primeiro-Ministro com a Medalha de Mérito Cultural.

A orquestra tem um programa dedicado aos ‘Novos talentos’ onde músicos da nova geração podem tocar com a orquestra.

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Abril

Tomada de posse da associação do estabelecimento prisional do Porto No passado dia 21 de fevereiro de 2019, em Custóias, realizou-se nova tomada de posse da Associação do Estabelecimento Prisional do Porto. Foi num clima descontraído que a nova lista tomou posse para os próximos dois anos.

Agente principal zamora, Agente principal Garcez, Subcomissário Leite, Comissário Sá Teixeira

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José Luís, António Carvalho, Arsénio Fonseca

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Eventes

Terminal de Cruzeiros de Leixões recebeu primeira escala inaugural das 15 previstas para 2019

Petisqueira 3 amigos

Imagens APDL

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões recebeu, em fevereiro, a escala inaugural do mais recente navio da companhia alemã Tui Cruises, o Mein Schiff 2, na sua viagem de batismo. Com cerca de 316 metros de comprimento e 36 de largura, é uma das maiores embarcações que o terminal já acolheu. O navio foi lançado, no início do ano, nos estaleiros navais de Meyer Turku, na Finlândia, e atracou no porto de Leixões ainda antes de ser batizado. De forma a perpetuar esta escala histórica, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) realizou uma cerimónia de troca de placas comemorativas entre o comandante do navio e a

Autoridade Portuária. Com partida em Bremerhaven, na Alemanha, o Mein Schiff 2 trazia a bordo cerca de três mil turistas, maioritariamente alemães, e uma tripulação de mais de mil elementos. Este cruzeiro contou, ainda, com escalas nos portos da Corunha, Lisboa e Cádiz, num itinerário com destino a Gran Canária, em Espanha. Este foi o primeiro navio de cruzeiros a atracar em Leixões em 2019, que se antevê como mais um ano recorde ao nível de cruzeiros. São 113 as escalas previstas (das quais 15 inaugurais) e a chegada de mais de 120 mil turistas ao terminal, já considerado como uma das maiores portas de entrada do Norte de Portugal.

Um local aconchegante e uma saborosa comida caseira é a definição da Petisqueira 3 Amigos. Gerida por Domingos Mateus, é um espaço onde, para além de uma refeição de deixar crescer água na boca, as sobremesas são muito bem-vindas e o preço é simpático, combinando com o dono da casa. Localiza-se no nº 34 da Rua Augusto Cardia Pires em Leça da Palmeira, Matosinhos.

Tasca do João

Em dia de aniversário, o senhor João, que dá nome à respetiva Tasca, festejou com amigos, proporcionando um verdadeiro almoço nortenho: um exímio arroz de cabidela, cozinhado pelo próprio João. Um verdadeiro petisco e regalo para as papilas gustativas!

Velhos amigos

A amizade, tal como o Natal, celebra-se quando o homem quiser. Por isso, Amílcar, Gonçalves, Fernando e Horácio juntaram-se num almoço onde não faltou a boa disposição e um recordar dos anos passados juntos.

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Maio

Boaventura Silveira lança novo livro sobre o povo de Lavra Imagens José Manuel

Este é já o 9º livro do autor. “Lavra, desde Moisés (há 3500 anos) até hoje” é o título do novo livro deste escritor, investigador e professor lavrense. Laçado no passado dia 28 de abril, o livro trata as gentes de Lavra desde os seus primeiros habitantes até aos dias de hoje. “Está provado quando surgiram os primeiros habitantes, precisamente há 3500 anos atrás. Foco assim as pessoas de Lavra desde o início até 2019. Foi um trabalho muito penoso, pois exige muita investigação. Termino o Livro em 2019 a falar do que existe hoje em Lavra. As 14 associações desportivas, recreativas e culturais e também os 21 movimentos da Igreja”, afirma. O escritor acompanhou o povo desta terra, que começou por ser agricultor e dedicado à pastorícia, há cerca de 3500 anos. “Surgiu aqui na zona da igreja do cemitério de Lavra um planalto muito suave, com dois cursos de água e relativamente perto do mar. Chegou-se a essa conclusão do primeiro grupo de lavrenses, num livro intitulado “Povoado da Idade do Bronze Médio no Litoral”. Ora o Bronze Médio foi exatamente de 2000 AC até sensivelmente 1000 AC. Os autores do livro situam esse período em 1500 AC. Como Cristo nasceu há cerca de 2000 anos, em 20

números redondos começou tudo há 3500 anos.” O autor explica ainda que o nome Moisés surgiu porque nasceu nessa altura, sendo uma figura incontornável do Antigo Testamento. Para escrever este livro o autor fez uma pesquisa intensiva, principalmente sobre o que escreveram os antigos padres de Lavra, Padre Ramos e Padre Silva Lopes, para além de estudos da historiadora Conceição Pires, do Gabinete de História e Arqueologia da Câmara Municipal. Este é já o 9º livro de Boaventura Silveira, que tem habituado os leitores com a sua escrita sobre Lavra e a história deste povo. No lançamento deste livro estiveram presentes, D. António Taipa, Bispo Emérito Auxiliar do Porto, Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, vereador da Cultura e Lurdes Queirós, Presidente da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo e demais amigos e família de Boaventura Silveira.

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Paulo Gaspar Prof. Doutor

FIM AOS “CHUMBOS”? Aqui e acolá vai-se lendo e ouvindo que, em breve, vai ser legislado “a proibição dos chumbos”. Infelizmente, a essa notícia, associou-se logo a ideia economicista que subjaz a tal pretensão. Com efeito, são os milhares de euros que se poupam com o fim das retenções que parecem ser o pilar de sustentabilidade de tal medida. Triste país o nosso que só sabe traçar o seu rumo com a máquina de calcular na mão. O sistema educativo, a educação dos nossos jovens merecia outro respeito, merecia uma reflexão profunda e séria acerca do que se pretende para o presente e futuro da nossa sociedade. Parece-me que outros valores, que não os economicistas, deviam estar subjacentes à discussão do “fim das retenções”. Tal medida tem de ser equacionada tendo em conta todo um conjunto de variáveis que gravitam em torno das escolas e sobretudo com a implicação séria de todos os agentes educativos. Só com o envolvimento de todos se conseguirão que as medidas reformistas tenham sucesso e não se constituam apenas como medidas artificiais sem grande impacto no desenvolvimento educativo dos nossos jovens. Urge refletir, sem grandes ruídos, acerca do percurso escolar de cada um dos nossos alunos, sempre com o objetivo real de potenciar o sucesso educativo de cada um, independentemente das regras que se venham a determinar para esse mesmo percurso escolar. Não obstante da pertinência que tal medida (até) pode ter, seria bem mais interessante que um dia se colocasse uma placa “encerrado para obras” e aquando da abertura, se visualizasse uma reforma total e não só pequenos “remendos” como tem sido prática corrente.

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Junho

Gala Mobis premeia empresas de Matosinhos e Casa da Arquitectura

Arqº Nuno Sampaio da Casa da Arquictetura

A XIII Gala do Prémio Mobis juntou cerca de 220 pessoas no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, no passado sábado dia 25 de maio. Empresas e marcas de mobiliário, arquitetura e design juntaram-se no concelho de Matosinhos para celebrar uma vez mais este setor, que tem vindo a dar cartas dentro e fora do país. Empresas e pessoas individuais desfilaram perante diversas entidades, dando mostras do dinamismo e do empreendedorismo português, que faz desta fileira uma das que tem apresentado um maior número de resultados positivos no campo das exportações. A Gala do Prémio Mobis contou ainda com a presença da Presidente da Câmara de Matosinhos, Dra. Luísa Salgueiro, do Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, 22

Eng.º João Vieira Lopes, do Presidente da AIMMP - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, Dr. Vítor Poças e do Presidente do Conselho Diretivo do IAPMEI, Professor Dr. Nuno Mangas. No que diz respeito ao concelho de Matosinhos as empresas vencedoras foram a Números de Veludo Interiores, na categoria Geração Empreendedora, a BS Interiores nas categorias Geração Gold | Geração Empreendedora e Mulheres de Sucesso e a ShiStudio na categoria Mulheres de Sucesso. A Casa da Arquitectura recebeu também um galardão pelas mãos do Arquiteto Nuno Sampaio, na categoria Arquitetura.

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Emídio Brandão, Diretor do Prémio Mobis, salientou no seu discurso de encerramento: “Hoje produzimos bem, temos design de excelência, empresários muito empreendedores, foram criadas marcas de grande valor e vendemos para todo o mundo. Mas há ainda muito a fazer, principalmente na área da comunicação e todos devemos combater esta lacuna das empresas. Num mundo cada vez mais globalizado é imperativo que a comunicação esteja em primeiro lugar e há que mudar este paradigma.” O Diretor do Prémio Mobis evidenciou ainda a importância dos projetos de internacionalização para as empresas do setor, através dos apoios do Portugal 2020, como uma “excelente oportunidade para as empresas”, uma vez que através destes projetos financiados, as empresas podem apostar em diversas áreas distintas, como a presença em feiras internacionais e a

comunicação. Recorde-se que o setor do mobiliário, que de momento reúne 55.000 postos de trabalho diretos, cada vez mais tem apostado na exportação. Prevê-se, que em 2018, tenha atingido um novo recorde de exportações na casa dos 2,5 mil milhões de euros, para um volume de negócios que deve ultrapassar os 3,5 mil milhões de euros e um saldo positivo na balança comercial na ordem dos 900 milhões de euros. Esta indústria, que tem tido uma evolução positiva nos últimos anos, exporta cerca de 70% da sua produção e nos últimos nove anos as exportações do setor cresceram, em média, acima dos 100 milhões de euros por ano, tornando-se num dos setores de maior destaque da economia portuguesa ao nível das exportações.

Cátia Neves e Anabela Moreira BS Interiores | Dezembro 2019

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Julho

A arte de andar sobre rodas Texto Francisco Brandão Imagens Jorge Simões

Jorge Simões tem 24 anos e desde os 10 que começou a fazer as primeiras manobras no skate. Primeiro por diversão, depois quase que “por obrigação”. Não se imagina fora da tábua e das quatro rodas e para ele o skate é uma forma de estar na vida. Como nasce o bichinho pelo skate? Comecei a andar de skate com o meu primo. Um sábado fui a casa dele, como era habitual todos os fins-de-semana, e fomos ter com um amigo dele que ia andar de skate. Na altura até lhe perguntei o que era, o meu primo já praticava mas eu não sabia. Experimentei andar e adorei! Pouco tempo mais tarde pedi um skate ao meu pai, eu, que adorava jogar futebol e praticava a modalidade deixei de o fazer. Comecei a “skatar” só por diversão mas a verdade é que até hoje não parei. O que significa o skate para ti? 24

O skate para mim é uma forma de estar na vida, basta um ou dois dias sem andar e passo mal. Sinto-me quase “obrigado” a fazê-lo porque sem andar de skate parece que me falta uma parte de mim. Basicamente é o meu estilo de vida, tudo o que faço é à volta do skate, até mesmo o meu círculo de amigos. Quantas horas andas de skate por dia? Normalmente não tenho horas definidas, mas quase sempre à tarde entre as 14:00h e as 19:00h, mas não tenho um horário fixo. O skate é bom nisso, tenho toda a liberdade para andar, se quiser parar uma semana e depois voltar posso fazê-lo.

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O skate foi votado modalidade olímpica pelo comitê olímpico internacional, sendo que vai ser já incluído em 2020 nos jogos olímpicos de Tóquio. Como vês este acontecimento? Um ponto de viragem na história do desporto? Penso que vai ser bom e ao mesmo tempo não. Vai trazer mais gente – ainda que haja já muita malta nova a andar de skate – mas ao mesmo tempo não, porque avaliar as manobras, a meu ver, não é uma coisa natural do skate. Por exemplo, pode haver duas pessoas, a fazer duas manobras iguais, e serem pontuadas de forma diferente, muito às vezes por causa do estilo com que é feito e não pela técnica em si. Depois, na minha opinião, certas marcas com grande poder financeiro vão fazer determinadas leis que se tornam injustas, porque sendo eu patrocinado pelas marcas que sou, chego lá e sou obrigado a usar um equipamento da marca X ou Y. Isso vês a acontecer no futebol, no rugby, no andebol, entre outros desportos, mas no skate não. De qualquer forma, tem muitos pontos positivos, desde que foi votado modalidade olímpica, começaram a ser construídos mais skateparks, na Maia, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, etc. Como vês a prática da modalidade em Portugal? Há imensos skaters realmente bons, em Lisboa o Bruno BP, o Gustavo Ribeiro e o irmão, Gabriel, e conseguimos ver isso nos campeonatos agora. Antigamente nas finais dos campeonatos via-se sempre 5 skaters que andavam bem. Hoje em dia, nas finais, já tens uns quantos skaters novos e isso torna a competição muito mais renhida.

O que te ensinou o skate? Desde miúdo que sempre andei de skate com pessoal mais velho. Isso foi muito importante para mim porque me ajudou a crescer, ensinaram-me a não ter medo e a arriscar. Como sempre pratiquei na rua, também me ajudou a lidar com algumas situações menos boas, pessoas às vezes arrogantes, que te olham de lado por andar de skate, que não vêm a modalidade com bons olhos, esse tipo de coisas. Qual é o maior desafio em andar de skate? Sem dúvida enfrentar o medo. Mas quando isso acontece, quando nos superamos a nós próprios, vem a adrenalina. E isso é incrível. Tens alguma manobra favorita? Tenho várias, tenho umas que faço mais que outras, mas talvez a minha favorita seja o 360 flip. Que momento recordas como sendo o mais caricato? Foi em Itália no ano passado, estava na Tour da Volcom e os meus amigos levaram-me a um corrimão para eu descer com o skate. Era um corrimão com curvas, com mais de 20 escadas e eu disse que talvez conseguisse descer. Tentei e caí de costas, barriga, de todas as formas possíveis. Havia lá um bar e de todas as vezes que descia ia contra a esplanada. Apostaram comigo 50 e uma garrafa de whisky se eu conseguisse. Ao fim de várias tentativas e depois de várias quedas e sempre a tentar gravar as manobras, lá consegui! Foi uma festa para todos, fomos jantar e festejar por causa disso, foi muito gratificante para mim porque foi verdadeiramente difícil.

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É possível fazer do skate uma profissão estável e viver dele? Sim, sem dúvida alguma. Hoje em dia o skate dita muitas modas, mesmo no vestuário, há grandes marcas de roupa que começaram com o skate, e isso gera mais dinheiro em torno deste pequeno mundo. Depois com a internet, porque se antigamente tínhamos de ir a determinados sítios para nos verem a andar, hoje em dia é tudo muito mais fácil, através das redes sociais e do Youtube, podemos divulgar as nossas manobras, publicá-las e fazê-las chegar muito mais longe. O que é preciso para ser um bom skater? Isso é uma pergunta difícil. Talvez a palavra seja persistência mas acima de tudo ser uma diversão para quem anda. Por exemplo, quando estou a tentar gravar uma manobra, se não me estiver a divertir, parece que a manobra não flui e nessa altura, sento-me e paro. E se hoje em dia o skate é o meu ganha-pão, nunca que me esqueço que tudo começou por carolice, para me divertir. Mas sim, é preciso muita persistência porque ninguém nasce ensinado. Uma mensagem para quem tem vontade de iniciar a modalidade ou até mesmo para quem já a pratica? Para quem tem vontade de experimentar deve mesmo fazê-lo porque, para mim, é das melhores coisas do mundo. É um grande prazer que eu tenho poder andar com os amigos, pousar o skate no chão e andar pela rua livremente, como também fazemos no dia mundial do skate, a 21 de junho. Para quem já pratica, acho que não deve parar.

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Agosto

José Ramos: À frente da Zarco há 25 anos Imagens E.S. João Gonçalves Zarco

Dr. José Ramos, fale-nos um pouco de si, quem é, a sua formação… Nasci, cresci e estudei no Porto, licenciando-me em Geografia pela Universidade do Porto, tendo, posteriormente, realizado uma pós graduação e mestrado em Administração e Gestão Escolar. No entanto, a grande e verdadeira formação é concretizada no dia-a-dia, a trabalhar numa escola de grande dimensão e com características de enorme diversidade e complexidade.

desenvolvido uma excelente relação com os alunos o que se traduziu numa experiência fantástica. A certa altura, fui convidado para exercer funções no Ministério da Educação, na Direção Regional de Educação do Norte, tendo-se seguido a primeira formação em Administração e Gestão, que tinha bastante que ver com planificação da educação. Comecei a gostar muito desta área e começou a germinar a vontade de gerir uma escola.

Sempre quis ser professor? No início, não. Na minha formação de base como geógrafo, encaminhava-me para especialista em planeamento rural e urbano. No entanto, desde muito cedo, comecei a lecionar, tendo 28

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Faz este ano 25 anos que se tornou diretor desta Escola. Sempre foi uma ambição para si, gerir um estabelecimento de ensino? Quando sou convidado, há 25 anos, para vir gerir esta escola, sem experiência alguma, foi um “tiro no escuro”, mas pensei “vamos lá ver o que vai acontecer”. Na altura, eu era um dos Presidentes do Conselho Diretivo mais jovem do país, tinha cerca de 33 anos. Acabei por reunir uma equipa também inexperiente, que tinha estado comigo na Direção Regional (antiga DREN) e, embora não tivéssemos a experiência de gestão, sabíamos a quem recorrer e isso ajudou imenso. Nessa altura, eu percebi que não conseguia conciliar as aulas e a direção da escola e assumi apenas a gestão. Não posso dizer que, na altura, fosse uma ambição gerir uma escola, mas existia uma vontade de aplicar a formação que tinha realizado nessa área. Hoje, claramente, sim… tem sido uma experiência muito rica, principalmente porque durante todo este tempo nunca houve dois anos iguais. Há sempre uma inovação, uma mudança ou algum projeto diferente. Felizmente, temos uma escola muito dinâmica, que adere aos projetos e conseguimos sempre criar coisas novas. É isso que diferencia esta de outras escolas? Eu acho que sim. Esta foi a primeira escola da cidade, a antiga Escola Industrial e Comercial de Matosinhos, e esta tipologia de escolas tinha uma certa conotação negativa, porque quem para lá ia procurava uma formação profissionalizante que encaminhasse para o mercado de trabalho e não iria para a Universidade para prosseguir estudos. Ora, os pais dos alunos com um nível social mais elevado colocavam os seus filhos no liceu, na expectativa de prosseguirem os estudos. O que aconteceu de há 25 anos para cá foi precisamente uma tentativa de revolução de mentalidades. Efetivamente, aos poucos e com grande dificuldade, tentamos inverter esta lógica de pensamento. Conseguimos dinamizar uma série de projetos inovadores e de sucesso e podemos dizer que hoje a Zarco, em grande parte das vezes, é a primeira opção dos pais de Matosinhos, e mesmo de fora. Mesmo em termos de ranking das escolas, temos ficado praticamente sempre em primeiro lugar de entre as escolas do concelho e com uma boa posição entre as escolas públicas, a nível nacional.

Quais as principais diferenças entre hoje e há 25 anos? Há imensas diferenças. Em 25 anos, a sociedade transformou-se completamente, as leis da educação, as leis da gestão da educação foram todas alteradas várias vezes, houve uma grande evolução. Havia e continua a haver um grande défice de responsabilidade na definição e decisão em Educação… as políticas educativas não podem estar dependentes dos ciclos políticos, em educação não se decide e executa em quatro anos, não dá tempo para avaliar as medidas que são implementadas. Vendo as coisas pelo lado positivo, é a forma como nós conseguimos contornar tudo isto e ter sucesso, alunos felizes, professores, que apesar de todos os ventos contrários da classe docente, são excelentes profissionais. Dá a sensação que aqui, na Zarco, as coisas são diferentes, conseguem tirar essa “capa” negativa e colocar na sala de aula todas as competências e com muita qualidade, pois os resultados são muitíssimo bons. Após 25 anos… pretende continuar à frente da Escola? Algum plano traçado para o futuro? Eu fui reeleito o ano passado, por isso ainda tenho mais três anos de mandato como diretor, ainda vou dar continuidade a este projeto. É um trabalho muito gratificante e temos algumas coisas que nos orgulham, nós somos, por exemplo, a única escola pública do país com certificado de qualidade da ISSO 9001 de 2015, que é a mais recente certificação de qualidade. Nós não temos isto com fins de “arranjar clientes”, nós, felizmente, temos muitos alunos, fazemos isto apenas para que nós próprios possamos melhorar e isso é que nos ajuda a ter uma capacidade de autocrítica, capacidade de não só fazermos a nossa autoavaliação, mas complementá-la com a vinda de alguém de fora, isentos de qualquer opinião, que nos venha alertar para aquilo que esteja menos bem. Ora, isto permite-nos avançar com qualidade nas práticas, com resultados e sucesso, o que nos dá, realmente, vontade de continuar à frente de uma escola com “64 anos a construir futuros”.

Que autoavaliação faz deste percurso? Como o classifica, de 0 a 20? De 0 a 20, eu só posso classificar com 20. Foi uma profissão que eu adotei no início e que mantenho. Tenho uma equipa de direção fantástica, grande parte deles trabalha comigo há mais de 20 anos e são eles, também, o garante das coisas correrem bem. Eu tenho tido a felicidade de ter vindo a escolher as pessoas certas para os lugares certos e é isso que me permite ter tempo para ser mais que um mero gestor. Penso conseguir assumir uma função de liderança que é muito diferente de gestão. Que grandes desafios encontra como diretor? O desafio da qualidade associado à da falta de autonomia, principalmente quando temos uma ideia, temos um projeto, temos experiência e consciência de que o que propomos é algo bom, mas depois ficamos dependentes que o Ministério da Educação autorize. Nós fomos das primeiras 22 escolas a ter um contrato de autonomia com o Ministério da Educação, mas isso foi essencialmente marketing e nunca foi inteiramente real, não temos nenhuma margem de autonomia superior às outras escolas do país. | Dezembro 2019

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Moda

Brindamos à época festiva

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De brilhos a lantejoulas, ao veludo e às cores fortes, a quadra festiva não tem de ser aborrecida. Para uma festa de empresa, um jantar de amigos ou um almoço de família junto à árvore de Natal, existe um look ideal para cada ocasião. Qual é o seu? MANGO 35.99.

Brilhe! As mais femininas podem usar e abusar de peças carregadas de lantejoulas, seja para um jantar de amigos ou de família. Complete com uma sandália clássica e uma bolsa simples. BERSHKA 39.90

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Acessórios para completar o brilho Muitos são os acessórios que pode completar com o seu look nesta época festiva. No entanto, os mais in desde ano são os arcos, volumosos e clássicos. Os travessões continuam a ser um musthave, os brincos dourados e destacados também são uma boa aposta.

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Tiago Leão

Nas salas

Blog: Sala 3

Toy Story 4

Os Anjos de Charlie Realizador: Elizabeth Banks Género: Ação Título Original: Charlie’s Angels Elenco: Kristen Stewart, Naomi Scott, Ella Balinska Duração: 120 min.

Alguém estava à espera de ver mais um “Toy Story”? Todos estávamos contentes com o desfecho desta saga. Por isso, com o anúncio de um quarto filme, a Pixar estava em “risco” de estragar um belo legado. Agora como brinquedos da Bonnie, Woody e companhia tem uma nova dinâmica. Quando ela cria um novo brinquedo em Forky e partem todos numa jornada, descobrem que o mundo é muito maior do que pensavam. Sinceramente, acho este o mais fraco de todos. É verdade que, no terceiro filme tivemos a conclusão da história de Andy, e agora é a vez de Woody ter o seu desfecho. Era preciso? Depois de ver o filme, acho que não. Adiante. Tanto os cenários como as personagens parecem incrivelmente fotorealistas, com um incrível detalhe. Porém, muito do aspeto“cartonesco” das personagens foi perdido mas não é por isso que o filme deixa de parecer incrível. Temos várias personagens novas, o já mencionado Forky, Gabby Gabby, Duke Caboom e o regresso de Bo Peep. E, se o reencontro de Woody e Peep foi um bom retornar ao passado, o enredo de Forky não foi daqueles que me agradou muito. Foi quase como obrigá-lo a ser uma coisa que ele não tinha qualquer interesse em ser e que não fazia parte do seu destino. O resto do grupo de brinquedos foi varrido para segundo plano, incluindo Buzz Lightyear, e perderam-se muitas das suas interações, o que é uma pena. No final, acabei por gostar deste novo “Toy Story”, porém não teve uma história tão boa, nem causou tanto impacto como os anteriores.

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Elizabeth Banks está no comando da próxima geração de Anjos - Kristen Stewart, Naomi Scott e Ella Balinska - trabalhando para o misterioso Charles Townsend. Os Anjos de Charlie sempre ofereceram aos seus clientes conhecimentos em segurança e investigação, e agora a Agência Townsend começou a expandir-se internacionalmente. As mulheres mais inteligentes, mais destemidas e mais bem treinadas, formam múltiplas equipas de Anjos guiadas por vários Bosley, e irão enfrentar duras missões em todo o mundo. Quando uma jovem engenheira de sistemas alerta para uma perigosa tecnologia, esta equipa de Anjos é chamada à ação, colocando as suas vidas em risco para nos proteger a todos. | Dezembro 2019


Para ler

Para jogar

Astérix - A Filha Longa Pétala de de Vercingétorixlie Mar Autor: Jean-Yves Ferri

Autor: Isabel Allende

Escoltada por dois chefes da região de Arverne, uma misteriosa adolescente acaba de chegar à aldeia. Ela é procurada por César e pelos seus legionários, e há boas razões para isso: na aldeia, sussurra-se que o pai da visitante é nada mais nada menos do que… o próprio Vercingétorix, o grande chefe gaulês outrora derrotado em Alésia!

Espanha, final da década de 1930. A vitória iminente das tropas franquistas na Guerra Civil obriga milhares de pessoas a abandonar o país, numa perigosa viagem através dos Pirenéus. Entre eles, Roser Bruguera, uma jovem viúva, e Víctor Dalmau, médico e irmão do falecido marido de Roser. Em França, conseguem embarcar no Winnipeg, um navio fretado pelo poeta Pablo Neruda que transportou mais de 2 mil espanhóis até ao Chile - essa «longa pétala de mar, de vinho e de neve» -, onde são recebidos como heróis.

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Planet Zoo Lançamento: Novembro 2019 Desenvolvedor: Frontier Developments Género: Simulação, construção e administração Plataforma: Microsoft Windows Planet Zoo é um sucessor espiritual do Zoo Tycoon, com uma jogabilidade semelhante à variante de parque temático do estúdio, Planet Coaster. O jogo contém um modo de história onde os jogadores têm como objetivo contruir um zoológico com mais de 50 animais. Os animais, controlados pela inteligência artificial, comportam-se de maneira realista. Por exemplo, os lobos adotam uma mentalidade de matilha. Cada espécie tem os seus próprios requisitos e necessidades que o jogador deve satisfazer. Os animais diferem no genoma e este pode ser alterado com o propósito de aumentar a esperança de vida, alterar o tamanho, reduzir o risco de doenças e aumentar os níveis de fertilidade. Este jogo não é só um jogo de gestão, é um jogo de sobrevivência. Com os seus múltiplos modos de jogo torna-se um jogo essencial para os fãs de animais e para quem gosta de novos e variados desafios.

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NÃO TENHA MEDO DE CRESCER. INOVE, INTERNACIONALIZE E CRESÇA CONNOSCO. // Diagnóstico de necessidades

// Elaboração e submissão de candidaturas

// Estudo de viabilidade económico-financeira

// Implementação e assistência técnica de projetos

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Setembro

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Em Matosinhos há uma loja única no país para os amantes de Fingerboard. Chama-se Yellowood e está de portas abertas para que possaconhecer este mundo do skate entre os dedos

Skate na palma da mão

Texto Francisco Brandão Imagens Yellowood | Dezembro 2019

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A Yellowood é uma marca Portuguesa que se dedica ao fabrico e comércio de Fingerboards e Skateboards. O Fingerboard é uma modalidade onde se anda de skate com os dedos. Esta modalidade está em crescimento e é uma ótima experiência desde crianças a adultos e qualquer pessoa pode praticar. Philippe de Goyri, fundador da Yellowood, explica à Revista NM Matosinhos como tudo começou.

signer gráfico e estava ao computador. Tinha lá um skate de plástico, daqueles que saem como brindes, na altura comecei a ver aquilo, percebi que dava para sacar umas manobras, dava para fazer o ollie, que é base de todas as manobras de skate e a partir daí começou um novo mundo. Fiz pesquisas, percebi que em Portugal não havia nada dedicado a isto, que havia poucas coisas a nível mundial e foi aí que nasceu a Yellowood, juntando a Qual o conceito dos Fingerboards, como palavra “amarelo” e “madeira”. As nossas surge esta paixão? pranchas têm sempre a madeira amarela O Fingerboard começou com o skate, que associada e foi esse conceito que também no fundo é a base de tudo isto e também deu muita força à marca. por eu andar de skate há mais de 30 anos. Enquanto skater tentamos sempre expli- Como caracterizam a vossa marca? car as manobras com os dedos e surgiu Hoje em dia a nossa marca é conhecida um bocadinho por aí, a necessidade de internacionalmente, recebemos cá em se querer andar de skate quando não se Matosinhos muita gente vinda de outros pode, quando estamos sentados à secre- países para nos conhecerem, temos muitária por exemplo. tos seguidores, quer no Instagram, quer no Facebook, porque é uma marca caracComo nasce a Yellowood, de onde surge terizada pela qualidade, desde as tábuas, esta ideia? aos eixos, às rodas, e as pessoas gostam Eu trabalhava há muitos anos como de- disso e querem vir conhecer.

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É curioso também como é que este espaço aqui no concelho acolhe tantos turistas e vem tanta gente de todo o mundo de propósito a Matosinhos para conhecer o nosso espaço!

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Quem é que vos visita mais? É curioso como é que este espaço aqui no concelho acolhe tantos turistas e vem tanta gente de todo o mundo de propósito a Matosinhos para nos conhecer! Recebemos desde Japoneses, Corianos, Canadianos, Americanos, vem mesmo gente aqui parar a Matosinhos. Fazem a viagem de propósito? Sim, os miúdos dizem aos pais que querem vir cá e eles organizam as férias todas em volta do Fingerboard, para poderem vir aqui, é incrível como é que um objeto tão pequeno consegue mudar tanto a vida das pessoas! Quem mais pratica este desporto? Os skaters são quem mais pratica ou a modalidade transcende o skate? Este desporto é praticado por muitos skaters como é óbvio, mas há também muita gente que, não andando de skate, com medo até de andar no skate grande, pratica o fingerboard porque não há o risco de grandes lesões. Além disso há pessoas de várias idades a praticar a modalidade e na realidade toda a gente o pode fazer, sem dúvida.

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Fingerboard

Esqueleto do Fingerboard

Deck

Trucks

Rolamentos

Rodas

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Sabemos que há campeonatos de fingerboards. Qual ou quais os mais impactantes? Nós fazemos aqui um campeonato no aniversário da loja, este ano fazemos 13 anos. Depois há campeonatos internacionais, há um muito grande na Alemanha, o Fast Fingers, cheguei a participar vários anos, conheço bem o campeonato. Em setembro, aqui na loja vamos fazer um também muito grande.

Enquanto praticante de fingerboard, algum momento marcante que gostasse de recordar? Quando tudo começou, os primeiros eventos, foram um marco muito importante e esta continua a ser a única loja 100% dedicada ao fingerboard, aberta todos os dias no país, e mesmo no mundo não há muitas e isso foi um marco tanto nacional como internacional.

O que é preciso para ser um bom “rider” desta prática desportiva? Para ser um bom rider é preciso treinar muito porque o fingerboard não é fácil, é preciso muita dedicação; depois com a prática é importante que não se falhem muitas manobras. No fundo é ser-se dedicado, há muita gente que começa e acaba passado pouco tempo. Os bons são aqueles que vão evoluindo ao longo do tempo, não desistem e vão ficando.

À semelhança do skate tradicional, também no fingerboard se podem mudar as peças para uma melhor performance? Sim, a ideia é sempre fazer a réplica do skate grande, mas em ponto pequeno. Temos a prancha que nós chamamos de “deck”, feita de madeira, com as camadas todas e depois temos os “trucks” e as rodas pequenas que têm rolamentos, tudo tal e qual o skate. Até o próprio processo de construção e de fabrico.

Quanto custa um Fingerboard básico? Os Fingerboards mais básicos que nós temos, os de iniciação, custam 8 euros; depois há uns que são já semi-profissionais que custam 30 euros e os profissionais rondam os 100 euros. A Yellowood foi pioneira em construir no país uma plataforma para os praticantes deste desporto. Qual o maior desafio em fazê-lo? Contou com algum apoio? A Yellowood foi a primeira marca portuguesa a fazer um parque de Fingerboard público e para a comunidade que temos aqui na loja em Matosinhos. Não foi fácil porque na altura só tivemos patrocínio dos Cafés Tenco e da empresa que nos ajudou a construir a parte metálica. De qualquer forma, fizemos, foi complicado mas o parque encontra-se na loja, na parte exterior e um também no interior e vem gente de todo o mundo conhecer. O parque é uma “Meca” do Fingerboard a nível mundial!

Decks da Yellowood

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O nosso espaço é um santuário para Fingerboarding aberto diariamente com muitos parques ao ar livre e dentro de casa, recebemos entusiastas de Fingerboard de todo o mundo. | Dezembro 2019

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Phillipe de Goyri, fundador da Yellowood

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Eu trabalhava há muitos anos como designer gráfico e estava ao computador e tinha lá um skate de plástico, daqueles que saem como brinde. Na altura comecei a ver aquilo, percebi que dava para sacar umas manobras, dava para fazer o ollie, que é a base de todas as manobras de skate e a partir daí começou um novo mundo. É possível fazer do fingerboard uma profissão e viver deste desporto? É possível, nós somos fabricantes das peças, dos componentes, somos uma marca, neste momento profissional, 100% de Fingerboard. Quem tiver uma marca associada que possa fazer produtos, pode viver disso, como é o nosso caso, mas viver apenas do desporto é complicado, existe um ou outro caso que é profissional e é pago, mas não é fácil.

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Com que mercados a Yellowood trabalha? Nós vendemos para o mundo todo, somos uma marca internacional, mas vendemos particularmente em muita quantidade para os Estados Unidos, nomeadamente para a Califórnia, que por incrível que pareça é a terra do skate e são eles o nosso principal cliente mas vendemos para a Europa toda também e para a Ásia. Mas 90% do que nós produzimos é exportação.

Que mensagem gostaria de deixar aos que têm vontade de iniciar a prática deste desporto e, claro, a quem já pratica? Quem quiser começar venha cá à loja e fica a conhecer o nosso espaço, temos aqui rampas e parques para as pessoas treinarem e temos os melhores produtos de todas as marcas! O que é preciso é persistência, vontade de querer aprender, evoluir… Depois é bom, porque se pode praticar em qualquer lado, qualquer pessoa pode fazê-lo. O que é preciso é vontade e com o tempo de treino as coisas ficam cada vez mais fáceis. 43


Outubro

Mulheres de sucesso Clara e Teresa Portela, 53 e 54 anos respetivamente. Desde muito novas que deixaram Terras Transmontanas e desceram da Régua até ao Porto, onde encontraram um sentido – para a vida toda! Empresárias de sucesso, mulheres do Norte e donas de uma alegria imensa mostram-nos do que são feitos os sonhos e que nunca é tarde de mais para os concretizar. Vamos começar pelo início da aventura: como é que vieram parar ao Porto? Clara Portela: Nascemos na Régua e eramos quatro irmãs. Era um pouco difícil para os meus pais ter quatro filhas a estudar, então eu decidi pedir a uma senhora que vivia cá no Porto se me arranjava um trabalho. Um dia eu estava a vindimar e essa senhora veio ter comigo e garantiu-me trabalho aqui. O meu pai trouxe-me, a chorar, a perguntar se era realmente isto que eu queria e eu disse que sim. Fui trabalhar para a Confeitaria Ferreira, em Matosinhos, onde trabalhava das 08:00 às 20:00. A certa altura faltou uma funcionária e eu perguntei se podia trazer uma irmã e foi aí que a Teresa veio para o Porto. Trabalhei na Confeitaria 20 anos! 44

Teresa Portela: Nós trabalhamos as duas ao balcão, na Confeitaria Ferreira, em Brito Capelo e a minha irmã conheceu os patrões todos até à atualidade. Depois saímos as duas e estabelecemo-nos. Onde é que se estabeleceram? TP: No Tribunal de Matosinhos. Fomos convidadas porque tínhamos todas as qualidades para estarmos lá e fizeram-nos uma carta para o Ministério da Justiça, dizendo que tínhamos 22 anos de experiência para ficarmos responsáveis pela cantina e pelo café. Esperamos cerca de um ano e meio pela resposta, porque íamos ser as primeiras no país a ter um café com cantina dentro de um tribunal. Depois de 18 anos tivemos um novo convite, desta vez para a cantina da Polícia Judiciária e estamos lá há 8 anos. Posteriormente ainda exploramos quatro bares pertencentes à Câmara mas depois não tínhamos condições para continuar, eram muitas coisas, então ficamos com o Tribunal, a PJ e a Cantina dos Guardas Prisionais em Custóias.

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Durante todo este percurso, que desafios encontraram? CP: Vendo pelo lado positivo, os eventos sem dúvida, com altas entidades, já fizemos um lanche para 750 pessoas com a Polícia da Belavista; também já fizemos no tribunal para 400 pessoas, com juízes, procuradores… Às vezes algumas dificuldades pelo caminho, nem sempre as pessoas conseguem viver com o sucesso dos outros… mas sempre demos a volta por cima, nunca desistimos e é por isso que hoje estamos aqui. Isso significa que também já serviram figuras importantes do nosso país… TP: Sim, tivemos já o prestígio de servir Presidentes da Câmara do Porto, Bispos, Diretores de várias entidades, o Ministro da Defesa… e sempre nos saímos bem, sempre elogiaram o nosso trabalho. Todos os espaços com os quais trabalhamos foi através de convite, nunca nos propusemos a concurso e é isso também que nos orgulha. E os clientes, são simpáticos? Acolhem-vos bem? TP: Sim, convivemos sempre um pouco à hora de almoço, tudo se tornou um ambiente familiar, por vezes até acabam por desabafar situações familiares, eles connosco e nós com eles… no fundo, acabamos por ser família. Há familiares diretos que às vezes acabam por saber menos da nossa vida do que alguns clientes nossos, ainda que a nossa família seja muito unida! Consideram-se mulheres de sucesso? CP: Sim, sim! Mas com muito, muito trabalho! Ainda agora é assim! Às vezes trabalho 15 dias, ou três semanas ou até mesmo um mês sem folgar! Se não houver funcionário para me substituir, eu venho na mesma, ainda que tenha mais alguém a trabalhar. Projetos de futuro? TP: Como dizia há pouco, nós já atingimos o patamar dos 50 anos, a Clara tem 53 e eu 54. Nós temos uma série de cantinas que exploramos mas no fundo não é nosso. É claro que prestamos o melhor serviço, sempre tivemos bom aval por parte de todos e nunca nos mandaram embora de onde quer que fosse. Contudo, achamos está na altura de termos um cantinho só nosso. Então já adquirimos um café, através de um trespasse! Compramos e será nosso. Irá ser inaugurado agora no mês de outubro, eu gostava que fosse a 12 de outubro, porque faz 40 anos que a minha irmã se mudou para Matosinhos, onde aliás passamos praticamente toda a nossa vida. Já tem nome e chama-se “Café Irmãs”. Será para os nossos amigos, os nossos clientes, e fica na Rua Alfredo Cunha, em frente ao Centro de Saúde de Matosinhos. E este café também terá refeições? CP: Sim, o café também servirá refeições, iremos ter pratos do dia. Nós trabalhamos muito no tribunal com os professores, porque lhes era permitido ir lá almoçar. Entretanto deixaram de poder ir e o meu objetivo é alcançar também essas pessoas, para que voltem a estar connosco mas agora neste novo espaço renovado que é só nosso.

Paulo Mengo Abreu Prof. de História

A política beligerante da administração Trump Até para os mais distraídos é visível que nos últimos tempos vários países da América Latina têm vivido em clima de elevada instabilidade, de tal forma que se contam já às centenas o número daqueles que perderam a vida. Para a maioria de nós, europeus, a tendência natural vai no sentido de depreciar tal situação tendo em conta a distância quilométrica que nos separa, ignorando assim a aldeia global de que todos, bem ou mal, fazemos parte. Parece-me evidente que se trata de um grave erro de perceção atendendo à potencial influência que tal situação já está a ter à escala global. Venezuela, Chile, Bolívia, Colômbia e até mesmo a maior nação sul-americana, o Brasil, não escapam a esta turbulência que coloca em causa a vida de centenas de milhões de pessoas. Desde logo pelo efeito migratório que já se verifica em larga dimensão, a adicionar à questão transfronteiriça entre os EUA e o México, atingindo claramente os mais desfavorecidos. Em segundo lugar a inerente questão geopolítica, a qual tem fortes conexões com interesses económicos, ou não fossem algumas destas nações produtoras de Petróleo. A conexão à escala global remete-nos para a política americana face ao Médio Oriente, propositadamente potenciadora de uma crescente e perigosa instabilidade, jogando no “tabuleiro” das tensas relações entre o Irão e a Arábia Saudita, tão-somente as maiores potências Xiita e Sunita e, não por acaso, dois dos maiores produtores mundiais de Crude. Ora, é difícil ignorar que existe em tudo isto um denominador comum, ou seja, a mão, neste caso bem visível, dos EUA. Repare-se na forma como foram manobradas na sombra as chefias militares bolivianas, as quais impeliram o Presidente eleito Evo Morales, não por acaso indígena, a sair do país, e em contraste foi ignorado o assassinato brutal do jornalista saudi, Jamal kashogui, praticado na embaixada da Turquia, bem como todos os atentados diários aos direitos humanos a mando das autoridades do bárbaro regime saudita. A explicação é clara e resulta da aprovação por parte da administração Trump da venda de armas no valor de 8 mil milhões de dólares a este país do médio oriente. “América First”!!!

Passados todos estes anos… valeu a pena o esforço? TP: Sim, valeu! Temos o nosso património, a nossa família, a casa que sempre sonhamos, vamos ter o nosso cantinho…não nos podemos queixar! | Dezembro 2019

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Novembro

Luísa Salgueiro: dois anos à frente de Matosinhos Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos em conversa com o NM Jornal, onde fala sobre as suas prioridades, os desafios e o investimento no futuro.

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Há dois anos, numa entrevista à revista NM O que pode proporcionar o concelho a quem dizia que queria retribuir a Matosinhos o o visita? que o concelho lhe proporcionou. Conseguiu retribuir? De que forma? Existem, desde logo, três áreas de interesse: o património religioso e cultural, a Gostava muito de ver as coisas a acon- arquitectura e o design; e, a gastronomia. tecer com mais velocidade, mas ainda Este último, embora mais cristalizado, assim estou contente com os resultados precisa de um investimento permanenque temos vindo a alcançar, sobretudo na te porque a concorrência e a exigência forma como estamos a investir no futu- são cada vez maiores. Felizmente, temos ro. Desde logo pela importância que Ma- bons resultados porque se Portugal é o tosinhos continua a dar à educação. Isso melhor destino turístico do ano, Matosinão se traduz apenas na revolução do nhos foi galardoado com o prémio de “Meparque escolar que ocorreu nos últimos lhor Destino Gastronómico do Ano”. Para anos - e que chegará nos próximos dois além da programação cultural regular, anos às escolas da Boa Nova, Abel Sala- existiu uma aposta muito significativa no zar, Godinho, Barranha e Agudela -, mas setor da hotelaria, umas das áreas mais sobretudo no investimento no currículo empregadoras, com o Festival do Peixe local, na forma como decidimos utilizar e Marisco - um evento que, em apenas as competências que nos foram transfe- duas edições, registou 80 mil visitantes ridas a favor da história e tradições locais, – e o investimento na qualificação dos remas também como fomos capazes de in- cursos humanos. Houve um intenso tratroduzir novas competências - como a balho de parceria com o Instituto de Emrobótica, a programação e a computação prego e Formação Profissional, a Escola -, decisivas para o futuro. Em segundo lu- de Hotelaria do Porto e as associações gar, na amortização da dívida. Entre 2017 empresariais para qualificar o pessoal ao e 2019, a Câmara Municipal de Matosinhos serviço nos estabelecimentos, mas soamortizou praticamente 20 milhões de bretudo formar pessoas em situação de euros de empréstimos. Em 2020, a previ- desemprego. O património cultural e relisão é que se alcance a dívida mais baixa gioso une toda a nossa comunidade, seja dos últimos 20 anos, último ano em que nas grandes tradições populares como a é possível comparar. Isto significa que as devoção ao Senhor de Matosinhos, seja próximas gerações terão mais liberdade pela nossa história secular vivida todos os para decidir o seu futuro sem o encargo anos através dos Hospitalários a Caminho da dívida. A conclusão da revisão do Plano de Santiago, junto ao Mosteiro de Leça Diretor Municipal foi também um marco do Balio. Finalmente, desejavelmente no destes dois anos. Não só porque estava próximo ano, vamos finalmente inaugurar para ser revisto há vários anos e foi fei- o Museu do Mar e da Indústria Conserveito com o envolvimento e participação dos ra, fruto de uma parceria com a histórica cidadãos, mas sobretudo porque orienta o desenvolvimento de Matosinhos por novos valores, sobretudo o da sustentabilidade ambiental, consagrando mais faixas de salvaguarda ambiental e conservando a reserva ecológica. Por último, mas não menos importante, também investimos no futuro quando decidimos que a prevenção no domínio da saúde era uma área prioritária, abrindo o Gabinete de Prescrição de Atividade Física, em conjunto com a Unidade Local de Saúde, ou quando captamos investimento e postos de trabalho qualificados, como as novas empresas que têm vindo a instalar-se em Matosinhos, da Sodexo à Finerge, do BNP Paribas à Revolut. Enfim, a melhor retribuição que posso dar é garantir que os jovens e as próximas gerações têm futuro em Matosinhos.

Pinhais. Estamos a elaborar um projeto para que o segundo piso do Mercado Municipal de Angeiras acomode um albergue para os peregrinos que nos visitam a caminho de Santiago de Compostela. Só no primeiro semestre deste ano, o número de peregrinos que recorreu à Loja Interativa de Turismo de Matosinhos aumentou 24%. Por último, mas não menos importante, temos feito uma aposta muito clara na arquitectura como fator diferenciador devido à presença do traço de Siza Vieira, filho da terra, através da Piscina das Marés ou da Casa de Chá da Boa Nova. O sucesso da Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura nestes primeiros dois anos prova que esta estratégia de diferenciação tem frutos. Existem vários projetos de hotéis em construção e outros ainda em processo de licenciamento, mas o turismo não tem impacto apenas nos estabelecimentos hoteleiros. É decisivo para a vida da cidade, sobretudo no que diz respeito ao comércio tradicional, que é uma área muito acarinhada por este executivo. Durante a época do Natal e no Verão, altura do ano em que os turistas mais nos visitam, temos apostado muito numa programação especial nas principais artérias comerciais, nomeadamente a Brito Capelo. Como é viver após estes dois anos, sendo presidente da Câmara? Como é que isso mudou a sua vida e perspetiva de vida? Apenas quem passa por estas funções tem real noção do desafio constante que elas representam. Sinto uma grande hon-

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ra em servir Matosinhos e tenho a sorte, face às minhas funções anteriores, de agora estar mais próximo da minha família e o seu apoio é fundamental para prosseguir com o trabalho. Também por isso, pela emergência das dificuldades que, por vezes, surgem na gestão da profissional e familiar, aceitei o desafio que a nossa Conselheira Local para a Igualdade me lançou na concretização de medidas que promovam a igualdade de género, que incluam a conciliação da vida profissional, familiar e pessoal na Câmara Municipal de Matosinhos. Sempre teve como prioridade melhorar a vida das pessoas. De que forma já conseguiu fazê-lo neste período de tempo? Vou destacar apenas quatro. Em primeiro lugar, a sustentabilidade financeira tem permitido apostar na descida da taxa de IMI. Em 2019 baixámos novamente para os 0,375%. No próximo ano o imposto vai voltar a diminuir, fixando-se em 0,35%. Durante o período eleitoral comprometi-me com esta redução gradual ao longo do mandato e assim será. Isto significa que a Câmara abdica mais de 7 milhões de euros por ano, mas é uma poupança que as famílias sentem no orçamento familiar.

E o mais relevante é que isso tem sido feito sem colocar em causa a estratégia de redução do passivo financeiro da Autarquia, desonerando gerações futuras. Em segundo lugar, temos em curso um ambicioso programa de requalificação do parque habitacional público que irá oferecer melhores condições de habitabilidade a centenas de famílias que residem nos conjuntos habitacionais municipais, mas fomos mais longe ao ser um dos primeiros municípios com candidatura formalizada ao Primeiro Direito. Este programa, com um investimento previsto de 80 milhões, vai permitir oferecer melhores condições de habitabilidade a famílias, mesmo as que se encontrem a residir em habitações arrendadas no mercado privado ou proprietários privados. O Município de Matosinhos, em conjunto com a Área Metropolitana do Porto, desencadeou o processo de intermunicipalização da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto. Esta é uma oportunidade única para, em primeiro lugar, consolidar a empresa e melhorar as condições do serviço, adaptando-a aos desafios da mobilidade inteligente; e, em segundo lugar, preparar a empresa para assumir-se como operador interno exclusivo daqui a alguns anos. Até ao final do ano será divulgado

o concurso público internacional para selecionar o novo operador de transportes, que substituirá a Maré. A empresa de transportes coletivos escolhida pelo concurso público internacional vai operar em mais cinco linhas do que a atual, consubstanciando em mais 20 quilómetros de rede viária de cobertura. Lavra vai ter mais três linhas: uma de ligação ao Marshopping pelo centro de Perafita, outra de ligação ao Aeroporto e uma outra de ligação à estação de metro Vilar do Pinheiro. A camioneta vai também voltar a chegar a Pampelido vários anos depois. Estas são decisões muito importantes para a vida das pessoas. Por fim, não menos importante, a Bolsa Municipal de Cuidadores e o “Matosinhos a Cuidar”, que procuram auxiliar os cuidadores informais, são medidas extremamente importantes porque são pessoas que têm dedicado a sua vida a cuidar de quem amam e precisam muito que alguém as ajude na sua tarefa para que continuem a fazê-lo. Que grandes dificuldades encontra sendo o rosto do concelho? A maior dificuldade do poder local atualmente é mesmo o cumprimento dos procedimentos administrativos da con-

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Imagens CMN - Corredor Verde do Leça

tratação pública. É muito difícil explicar às pessoas que um concurso público demora meio ano, se existirem candidatos e não houver impugnações, e que ainda temos que esperar vários meses pelo visto do Tribunal de Contas. Compreendo que, tratando-se de dinheiro público, o Estado se proteja, mas existe um problema real de desconfiança pelo desfasamento entre a necessidade concreta das pessoas e tempo da resposta. Isso é mesmo o mais difícil. Ultrapassando a questão administrativa, Matosinhos apresenta três grandes desafios não exclusivamente, mas sobretudo decorrentes do dinamismo económico que apresenta: a falha de mercado ao nível do acesso à habitação, o aumento do trânsito e a sustentabilidade ambiental. Quanto mais população atrai, mais emprego cria, o património imobiliário valoriza, aumentam os resíduos produzidos e os movimentos pendulares. Muito em breve será apresentado o mapeamento com a oferta pública de habitação de arrendamento acessível para os próximos anos, algo muito relevante para responder ao direito constitucionalmente consagrado de ter uma habitação. O trânsito e a higiene urbana são os dois principais problemas das cidades de uma forma geral. Matosinhos monitoriza, desde 2017, as três principais entradas de Matosinhos: Av. D Afonso Henriques, Circunvalação e Av. Duarte Pacheco. Chegamos à conclusão que entram na cidade mais 3 mil carros por dia. Não é possível continuar a crescer neste ritmo por isso temos que continuar a aumentar e qualificar a oferta de transporte público; apostar em novas formas de mobilidade, como as bicicletas, motas e trotinetes partilhadas; | Dezembro 2019

reforçar a fiscalização para desbloquear situações de estacionamento indevido; construir novos interruptores de comunicação com as autoestradas existentes. Matosinhos, Terra de Horizonte e Mar… como define o antes e o agora do concelho? Matosinhos, tradição e ambição. Como tenho vindo a afirmar, Matosinhos continua a ser uma terra de pescadores, mas é cada vez mais um Município que também olha para o mar como recurso de investigação e desenvolvimento, assim o confirma a presença do CIIMAR, algo que ambicionávamos há muito tempo, e a conquista do CEiiA. O primeiro, já consolidado enquanto infraestrutura única a nível nacional de investigação marinha e dos recursos do mar; o segundo convidado para integrar a Plataforma de Negócios para a Sustentabilidade dos Oceanos das Nações Unidas. Matosinhos dispõe de um potencial ímpar para se afirmar enquanto cluster nacional para as áreas das TIC, mobilidade, indústrias criativas e economia azul. Portanto, Matosinhos aposta na sua vocação mais tradicional, que se desenvolveu em torno da atividade do Porto de Leixões, e explora os desafios da contemporaneidade a partir dessa visão de preservação cultural e patrimonial. Que projetos futuros estão em vista para o concelho e que nos já revelar? O que falta ainda fazer? Existe muito por fazer. Na verdade, aquilo que é mais importante neste momento é conservar o espaço público. Essa é a grande aposta dos próximos dois anos,

traduzindo-se na requalificação da rede viária, construção de passeios, renovação do mobiliário urbano e requalificação dos equipamentos municipais. É decisivo manter a cidade em dia. Durante muitos anos estivemos presos em restrições financeiras e de recursos humanos, que resultaram numa degradação generalizada do espaço público, que temos agora que inverter. A medida mais marcante do atual mandato, o Corredor Verde do Leça vai finalmente avançar com a consignação da obra depois de cumpridas todas as formalidades legais. Para além da ampliação do Centro de Recolha Oficial de Animais de Matosinhos, garantindo mais capacidade e melhores condições, fruto de uma parceria com a Sociedade Protetora dos Animais, será criado um novo Centro de Recolha Animal para cerca de mil animais, em Santa Cruz do Bispo, freguesia onde também construímos um Parque para Matilhas. Estamos a desenvolver esforços junto da Administração Central para, com base na rede da economia social vigente, reforçar a cobertura ao nível de creche, lar e instituições de apoio à deficiência. Nem as pessoas, nem os agentes políticos apostam muito num discurso relativamente às questões sociais, muito pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo das últimas décadas, mas considero que o setor social desempenha um papel essencial num concelho que cresce a diferentes velocidades para garantir o reforço da coesão social. Mas a coesão social deve ser acompanhada de coesão territorial e, para tal, temos como objetivo desencadear o processo de constituição de uma área de reabilitação urbana por cada antiga freguesia. 49


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Tradicional e Acolhedora

Sugestão NM Entrada Pataniscas

Taskuinha Rumoceano Imagens IL Ristorantino

Cheirinho a maresia e a boa comida. Staff simpático e ambiente acolhedor. Trata-se da Taskuinha Rumoceano, e quem gere é o mestre Anselmo Cardoso. Quem entra fica hipnotizado pela decoração, desde cachecóis, camisolas, mensagens em pequenos papéis até elementos ligados ao mar, os olhos perdem-se e os pormenores saltam à vista. Recheado de bons petiscos, pode começar umas amêijoas, pataniscas ou uma alheira de caça, sem esquecer o pão com chouriço de comer e chorar por mais. Depois uma francesinha, lulas ao alho ou um bacalhau à Brás. Para beber, que não falte a sangria e mais tarde, um gin. Quem se aventura, experi50

menta o bagaço com mel à moda da casa para o remate final. Simples e original, com preços acessíveis e de grande qualidade. Fica na primeira linha de mar e é uma tasca portuguesa, com certeza!

Bebiba Sangria Prato Francesinha Preço Médio 15€/ pax Avenida dos Banhos 185, Vila do Conde 4485-850 De Ter. a Dom. das 11:00 às 02:00 | Dezembro 2019


António de SouzaCardoso

Restaurante Margarida Rua do Castelo, nº59 Leça da Palmeira, Porto Tlf.: 229 961 402

Margarida, tão querida Eu, Leceiro de adopção (que saudades daquela “enorme Camarilha”) e putativo conhecedor das suas ofertas degustativas, não conhecia ainda um verdadeiro santuário da boa comida, ali tão perto de uma das mais bonitas praias de Portugal. Nas traseiras do Forte de Nossa Senhora das Neves e do Clube de Leça, mesmo junto ao Arquinho do Castelo, lá se ergue a Margarida onde fomos levados pela mão amiga do António Cunha, um grande empreendedor têxtil, do Grupo Orfama. Gostamos logo da casa e da amesendação. À séria, em cantaria e azulejo mas sem pretensões desnecessárias. Acolhedora na recepção festiva e calorosa que nos é dada logo à entrada pelo Senhor Vítor. Pedimos alguma coisa para picar e depois de um belíssimo paio do lombo, uma alheira finíssima e uma morcela de excelente estirpe, descarregaram-nos na mesa um tacho forte e fundo, com um “miminho só para provar”. Eram umas tripas, de véspera, de quando elas se apu-

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ram no desfazer do feijão manteiga e na mistura dos sucos do pernil, do fumado e da boa tripa portuense. Provamos um bocadinho, depois outro, ainda mais uma, duas colheres e, quando demos por nós, já adornávamos o rabo na cadeira, de sorriso feito e “malas quase aviadas”. Mas estávamos ali sem pressa para um convívio lento e saboroso e, por isso, lá fomos arranjando coragem para o resto. E que resto! Na mesa apresentou-se a grande açorda da “Margarida”. O prato ícone da casa, feito de pão denso e escuro, como convém, com o camarão bem envolvido num estrugido generoso e puxado, que aproveita os sucos das cabeças que ali não têm lugar mas deixam ficar o mar que está dentro delas. Um toque de coentros. Só um toque, porque a erva é magnífica quando não a deixamos tomar conta de tudo. E este preparo, vem no próprio pão como é de boa arte, a fumegar ainda e a convocar-nos a todos para a grande festa da mesa.

Depois da açorda veio um robalo grelhado, húmido ainda, acolitado por um divino arroz de grelos que abria ainda na mesa, insinuando-se à companhia do peixe. Acabamos com um soberbo leite creme, na linha da cozinha segura e antiga, comandada com alegria pela grande Margarida. Mas há outros pratos que temos que recomendar. Os assados – magníficos em assadeira de barro, de peixe ou da cabeça de um bacalhau de boa cura, ambos mergulhados num azeite inesquecível das margens do Côa e enfeitados de batata nova, daquelas que não se encontram facilmente. Boa carta de vinhos e um serviço bonito e familiar, como só dois bons nortenhos – o Sr. Vítor e o Sr. Manuel, conseguem. Os parabéns agradecidos a esta Margarida, tão querida, que floresce viçosa em Leça da Palmeira.

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Perfil

Manuel Valente BIO Natural de Matosinhos, onde nasceu a 20 de Abril de 1971, Manuel Valente manteve-se sempre fiel à sua terra. O seu pai, Claudino Valente, que foi um exemplo no comércio de automóveis, tornou-se, desde muito cedo, uma referência na vida e na profissão do filho. Daí que, aos dezassete anos, Manuel Valente surge como chefe de vendas e avaliador da Primauto, concessionário da Fiat em Matosinhos, onde permaneceu até aos vinte e nove anos. Viver e trabalhar neste meio, aliado à paixão pelo desporto automóvel, como prova a sua iniciação no karting, ainda criança, rapidamente o fez seguir no âmbito das corridas automobilísticas. Em 1993, participa no Troféu de Iniciados, em Toyota Starlet; Troféu Datsun 1200; Campeonato PTCC; Troféu Super Seven by Toyo e Provas de resistências. Atualmente participa no Open de Velocidade e no Troféu C1 Learn & Drive. A sua ligação às corridas, mantém-no, profissionalmente, na mesma área, exercendo funções na CAR VAZ em Matosinhos. Automóveis porquê? A irreverência própria da adolescência e o meio em que nasci e cresci, levam-me a cimentar o meu gosto pelos automóveis, desde muito novo e a incluí-los na minha atividade profissional e recreativa. Neste sentido, enquanto estudante, fui-me preparando para fazer o meu percurso nas vendas. O que é o automobilismo (para si)? O automobilismo é o desporto que contém um conjunto de elementos que desperta em mim uma paixão pela prática. A envolvência com o espaço exterior, a adrenalina que provoca, o ambiente e o “cheiro” que envolve, levam-me a refugiar na prática deste desporto. Prémios e distinções? Em 2010 obtive o 1º lugar na Resistência das 6H em Clássicos de Braga, sendo o primeiro 1300 a conseguir a vitória, num Datsun 1200. Hobbies Dado o gosto e envolvência pelos e com os automóveis, para mim, a atividade profissional e ser piloto, constituem os meus próprios hobbies. Viagem de sonho Idealizo uma viagem aos EUA e à China, entre outros locais. Prato favorito A preferência vai para Comida Mediterrânica e Italiana. Projetos para o futuro De acordo com os gostos que me trazem uma realização pessoal, manter-me-ei ligado ao mundo automóvel, sempre atento ao que é inovador e procurando ganhar mais troféus. 52

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Bernardino Costa

Vai um copo?

Letraria Craft Beer Garden

Quinta da Fonte Souto Tinto 2017 Quinta da Fonte Souto é a nova propriedade da Symington, sobejamente conhecidos pelos vinhos do Porto. Situada no alto Alentejo, Portalegre e na zona da serra de São Mamede, esta é a primeira “aventura” deste produtor fora da região do Douro. Sendo que 2017, é o ano da primeira colheita com a chancela Symington. O Quinta da Fonte Souto Tinto 2017, não deixa os pergaminhos, quer da zona, quer do produtor em mãos alheias. Estamos na presença de um vinho de alta qualidade, cheio de caracter, personalidade e restantes características próprias dos vinho, oriundos da zona da Serra de S. Mamede (altitude e micro-clima), quando bem trabalhados, quer pela natureza, quer pelo homem. Um blend de cinco castas muitíssimo bem conseguido, 40% Alicante Bouschet, 25% Trincadeira 15% Cabernet Sauvignon, 10% Syrah 10% Alfrocheiro. 50% onde se faz notar e bem os 6 meses de estágio em barricas de carvalho francês de 400lts. Aromas de mata mediterrânica com notas balsâmicas de caruma e resina. Na boca revela-se taninos bem redondos, complexo mas suculento. Sabores de frutos do bosque, especiarias e até algum mentol. De grande aptidão gastronómica e um potencial de evolução. A ter em conta as próximas produções, pois promete.

Dedicado às cervejas artesanais o Letraria Craft Beer Garden pertence aos produtores da Cerveja Letra, que dá nome ao bar. Este espaço é especial pois inclui um jardim ao ar livre, com uma grande panóplia de cervejas, quer nacionais quer internacionais. Com um staff simpático e sempre disponível poderá acompanhar a cerveja com um menu variado de hamburguers, francesinha ou uma tosta mista – diz-se a melhor do Porto e é servida com batata doce frita e molho de alho. Para conversar e sair com amigos este bar é uma opção devido ao seu ambiente descontraído. Fica a quatro minutos a pé da estação de Metro do Bolhão. Seg – Sex: 16h – 24h. |Sáb: 17h – 2h. | Dom: 16h – 23h Rua da Alegria, 101, Porto

Quinta da Fonte Souto Tinto2017 Região: Alentejo Teor Alcoólico: 14% P.V.P: 14,5€ Enólogos: Charles Symington, Pedro Correia e José Daniel Soares. Produtor: Symington Family Estates, Vinhos, S.A. Até breve com outro vinho. Bernardino Costa bernascosta@hotmail.com 966929982 54

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Colchões Bases de Camas Estrados Estrados Articulados Cabeceiras Mattresses Bed Bases Bed Frames Articulated Bed Frames Headboards

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Bem estar

Texto João Almeida

“Sonhar mas não acordado” “Olá caro leitor e seja bem-vindo ao nosso espaço dedicado ao bem-estar. Hoje, vou reflectir sobre o ser egoísta. Crescemos a pensar que é mau e que ser altruista é que é o caminho contudo, no mundo material, ser egoísta é a melhor forma de se enquadrar, se proteger e conseguir o que quer atingir. Quando me refiro a ser egoísta, é no bom sentido da palavra. Como em tudo, existem sempre dois lados. O real significado das palavras é aquilo que lhe dá como significado. O paraiso é alcançado , para uns, fazendo boas acções e, para outros, é explodirem, literalmente, num pavilhão com milhares de pessoas. Por isso, ponha-se sempre em primeiro lugar. Sim, leu bem, você SEMPRE em primeiro lugar. É socialmente correcto “tomar” conta de toda a gente, ser amável e bondoso contudo, no mundo de hoje, deveria de haver uma disciplina do género “sonhar sim mas não acordado”. Na minha opinião, nós, o nosso eu, deve estar em primeiro lugar. Em ética e deontologia existe 56

uma máxima que nos relata “ Faz sempre o correcto, se tiveres que fazer o mal, faz o menos mal possível “. Enuncio esta frase para que não seja mal interpretado. Entenda caro leitor, você em primeiro lugar não lhe dá o livre arbítrio de ser uma besta que não respeita nada nem ninguém. O “menos mal possível” neste “cenário” é o olhar por si zelando SEMPRE pelos outros. Um exemplo, amanhã tem uma entrevista de trabalho e hoje, aquele(a) amigo(a) liga-lhe para aquele serão “épico”. Na nossa consciência ainda primitiva começamos a pensar e lá vem aquela questão “Que mal faz? Amanhã é outro dia e nem sei se cá estou. Vou perder isto, perder este momento?”. Eu respondo, se me permite , não vai se não for moderado ou então vai se não souber que o mundo é real e que acredita que basta querer para tudo ficar bem. O mundo não funciona assim por isso, não vamos sonhar acordados. Temos de estar despertos, atentos e sermos capazes de compreender que o mundo de fantasia existe sim, em contos de fadas, filmes e livros. Quando acordamos temos que estar a | Dezembro 2019


Receita NM Creme de Tomate com Manjericão

Ingredientes 2 tomates médios maduros 1 dente de alho 1 cebola picada 2 batatas médias 1l de água Azeite q.b. Sal q.b. Manjericão q.b.

100% por isso, aquele “serão épico”, pode ser o pior dos males para si e para o mundo porque você estando bem, o mundo pode ficar um lugar melhor. Como se diz, o “karma”, aquela ação reação que se propaga em ondas cósmicas. Por outro lado, o zelar pelo seu amigo, é tão simples como lhe dizer “hoje não mas se amanhã correr bem, temos que festejar”. Não vai ficar chateado e muito possivelmente tem o carácter para dizer se a saida amanhã tem implicações na vida dele ou não por isso, acaba por fazer o bem. Não quero de todo ser moralista , apenas dou a minha opinião já que tenho o privilégio de escrever esta rúbrica. Ou seja, nós SEMPRE em primeiro lugar é para termos a noção de que temos que ser responsáveis pelas nossas acções para podermos chegar aos resultados que queremos. Espero que tenha gostado caro leitor e claro, aguardo por si na próxima edição.

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Modo de Preparação Coloque a panela com a água para ferver. Junte o alho, a cebola as batatas e os tomates. Tempere com sal e azeite. Deixe cozinhar em lume médio. Quando os legumes estiverem cozidos rale-os com a ajuda da varinha mágica até obter um creme. Sirva com manjericão. Bom apetite.

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Na minha freguesia U.F. S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora

2ª Edição de “O Natal na União” - Pais Natal desfilaram na Freguesia de São Mamede de Infesta - Inauguração da Iluminação e Presépido da Cidade Iniciou-se na tarde dia 1 de dezembro de 2019, a 2ª Edição de “O Natal Na União” com o desfile de Pais Natal, evento inédito no concelho de Matosinhos. Os 500 participantes percorreram e embelezaram as ruas de São Mamede de Infesta, entre a Capela da Ermida (concentração) até à Igreja Matriz de São Mamede de Infesta. Na metade do percurso, fez-se já a tradicional paragem no Kastelo. Seguiu-se a inauguração da iluminação e do Presépio da Cidade, pela Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos Dra. Luísa Salgueiro, pela Vereadora Dra. Ângela Miranda pelo Presidente da Junta da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora Prof. Leonardo Fernandes, seu executivo e Jorge Sousa responsável pela atividade. Na oportunidade, o Presidente da Junta da União agradeceu todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuiram para o êxito do desfile, deixando uma palavra de carinho a todos os participantes. A Sra. Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos Dra. Luísa Salgueiro congratulou-se com a 2ª edição do projeto de Natal

e pela dinâmica criada nas cidades. A Excelência do trabalho realizado até então pelas Instituições, Coletividades e Associações demonstram bem o entusiasmo colocado no desafio proposto pelo Executivo da Junta da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, nomeadamente na decoração dos espaços públicos (rotundas). Apelando à comunidade que acompanhe e participe no programa a decorrer, que poderá ser consultado em: https://www.uf-smish.pt/o-natal-uniao/

1ª Taça da Superliga de CicloCross Aporto 2019 | São Mamede de Infesta Na manha do dia 24 de novembro de 2019, realizou-se em São receberem os respetivas troféus e lembranças, muitos deles Mamede de Infesta, no Parque de Picoutos, a 1ª Taça da Su- pela primeira vez. perliga de CicloCross Aporto 2019 organizada pelo Clube BTT Matosinhos e contou com a presença de muitos atletas que disputaram a vitória em várias categorias, numa pista improvisada que segundo os especialistas, estava ao nível do Campeonato da Europa da Modalidade. A prova teve o acompanhamento permanente das diversas entidades envolvidas no evento, os quais se destacam a Sra. Vereadora da Ação Social, Juventude e Voluntariado da Câmara Municipal de Matosinhos, Ângela Miranda, do Sr. Administrador Executivo da Matosinhos Sport - Empresa Municipal de Desporto, Vasco Pinho e do Sr. Presidente da Junta da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, Leonardo Fernandes, do Sr. Presidente do Clube Btt de Matosinhos, Sérgio Silva. Marcou igualmente presença, José Borges um dos mais notáveis atletas portugueses, campeão nacional de enduro e downhill. No final do evento realizou-se a cerimónia protocolar de entrega de prémios. Os premiados subiram confiantes ao pódio para 58

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Venda de Natal Solidária - Lions Clube Senhora da Hora Arrancou oficialmente dia 23 de novembro de 2019 no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Senhora da Hora, a já tradicional Venda de Natal, organizada pelos Lions Clube Senhora da Hora. Tal como em anos anteriores, poderão encontrar produtos de excelência, desde vestuário, artesanato, sabonetes, mel, compotas, vinhos, azeites, fumeiro, livros, plantas, presépios e tantos outros produtos a preços acessíveis para as prendinhas no sapatinho de Natal, e não só. O Presidente Leonardo Fernandes, acompanhado por Ilde Pinto, secretário do executivo, pode testemunhar e congratular-se com a iniciativa louvando todos que a tornam, ano após ano, possível, aproveitando o próprio para fazer as suas habituais compras de Natal. Não menos importante, a inauguração da Venda de Natal Solidária pode também contar com a ilustre presença do Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia, Hugo Castro. A Venda de Natal estará no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Senhora da Hora (junto à estação de metro da Senhora da Hora) até ao dia 15 de dezembro, entre as 15h00 e as 19h00. Seja solidário e poupe neste Natal com produtos de qualidade!

Cartaz: Natal na União

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Na minha freguesia U.F. Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo

Inaugurada no último sábado uma nova pastelaria artesanal em Santa Cruz do Bispo. Este projeto, criado por Ana Sá e António Sá, obteve uma taxa de financiamento de 50% numa candidatura a fundos comunitários, acompanhada e apoiada pela Câmara Municipal de Matosinhos. O projeto foi concretizado com o apoio do Grupo de Ação Local (GAL) Litoral Rural – Associação de Desenvolvimento Regional, entidade que na região gere o Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e Emprego (SI2E). “A ARDOCE pretende recuperar as características tradicionais da pastelaria portuguesa e da região, em parceria com a produção agrícola local, contribuindo para a dinamização da eco-

nomia da região.” Na inauguração estiveram presentes a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, a Presidente da Junta da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Lurdes Queirós, a Coordenadora do Grupo de Ação Local Litoral Rural – Associação de Desenvolvimento Regional (DLBC), Cláudia Castro Araújo, do Diretor Municipal de Projetos Especiais e Investimento, Paulo Gomes, dos proprietários Ana Sá e António Sá, e do arquiteto autor do projeto do espaço, Pedro Gon.

Requalificação de passeios rua ocidental (perafita) Banda filarmónica de Matosinhos/Leça em santa cruz do bispo

A Presidente de Junta, Lurdes Queirós, visitou no passado dia 4 de dezembro, a intervenção em curso no território da União de Freguesias que consiste na construção de um passeio na Rua Ocidental - Perafita, com vista a melhorar as acessibilidades e a segurança dos peões. Foi referenciado pela autarca que esta obra, a cargo da Câmara Municipal de Matosinhos, acontece no âmbito da sua política de requalificação e reabilitação das vias públicas e passeios da União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo.

No passado sábado, 30 de novembro, decorreu em Santa Cruz do Bispo o concerto da Banda Filarmónica de Matosinhos-Leça em Santa Cruz do Bispo. Quanto ao alinhamento, a Banda Filarmónica presenteou os presentes com alguns temas musicais, entre eles, Impressões (marcha de concerto de Ilídio Costa), Seleção da Ópera Aída - G. Verdi (Arrº de Manuel Maria Baltazar), The Lord Of the Rings (Excertos da sinfonia nº1 de Johan de Meij) Arrº de Paul Lavender, Moment for Morricone (Morricone - De Mey) e Português suave - Fantasia rapsódica de Carlos Marques. Marcou presença no evento a Presidente de Junta, Lurdes Queirós, acompanhada dos restantes membros do executivo.

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Matosinhos Sport

Gala do Desporto de Matosinhos

O Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos recebeu, na noite de 15 de novembro, mais uma edição da Gala do Desporto, uma iniciativa de homenagem às coletividades e atletas do concelho de Matosinhos que se destacaram nas mais diversas modalidades. Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e do Conselho de Administração da Matosinhos Sport, abriu a Gala do Desporto visivelmente satisfeita com o mérito desportivo alcançado por mais de 500 atletas na época desportiva 2018-2019, destacando que Matosinhos é “orgulhosamente um município parceiro do associativismo desportivo” Luísa Salgueiro aproveitou ainda o momento para endereçar um agradecimento especial às coletividades, à Matosinhos Sport, aos atletas, treinadores, dirigentes técnicos e Presidentes, bem como aos seus familiares, que são sem dúvida tantas e em tantos momentos um dos suportes indispensáveis à boa prestação na atividade desportiva. E a noite foi de grande festa com a presença de mais de 2.500 pessoas e a homenagem aos atletas e equipas que se sagraram campeões regionais, nacionais ou internacionais durante o ano de 2018 ou na época desportiva de 2018/2019 em modalidades desportivas tão diferentes como o andebol, o andebol de praia, o | Dezembro 2019

atletismo, o basquetebol, o futebol, o futsal, a ginástica, o golfe, o karaté, o kick boxing, a natação, a orientação, a patinagem artística, a pesca desportiva, o surf, o tiro, o triatlo, a vela, a vela adaptada, o vietvodao, o voleibol ou o xadrez. Durante o evento foram distinguidas 37 coletividades do concelho de Matosinhos, homenageando-se também todos os atletas que se sagraram campeões, cerca de 500, com destaque para os 48 troféus de nível europeu e mundial nas respetivas modalidades. Houve ainda lugar a uma homenagem à Presidente da autarquia levada a cabo pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), com a apresentação de um vídeo, e a entrega de uma lembrança a Luísa Salgueiro pelo Presidente da FPB, Manuel Fernandes. A entrega de prémios às coletividades e atletas foi feita pela Presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, pela Presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Palmira Macedo, pelo Vereador dos Recursos Humanos, Valentim Campos, pelo Vereador Pedro Rodrigues, pelos administradores da Matosinhos Sport, Helena Vaz e Vasco Pinho e pelos Presidentes das Uniões de Freguesia do Concelho.

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Matosinhso Habit

Estratégia Local de Habitação – 1.º Direito” aprovada em Matosinhos No âmbito da implementação das novas políticas de habitação, a MatosinhosHabit, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos, elaborou uma candidatura de acesso ao programa “Estratégia Local de Habitação – 1.º Direito” que acaba de ser aprovada, por unanimidade, na Assembleia Municipal de Matosinhos. Trata-se de um projecto que pretende responder às necessidades das pessoas ou agregados familiares que vivam em condições indignas e estejam em situação de carência financeira. Por outro lado, esta estratégia pretende também definir e programar a intervenção municipal no domínio da habitação e enquadrar as candidaturas a programas de financiamento para promover soluções habitacionais. O “1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação” é um programa que concede apoio público à promoção de soluções habitacionais para pessoas e famílias que vivam em condições habitacionais indignas, não disponham de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada e sejam cidadãos nacionais ou, sendo estrangeiros, que reúnam as condições previamente estabelecidas. Assim, e no âmbito desta candidatura, a MatosinhosHabit realizou um diagnóstico das carências habitacionais no concelho de Matosinhos, onde foi apresentado um conjunto diversificado de intervenções, a concretizar no período 2020-2025, que poderão abranger cerca de 2.700 agregados familiares (quase 6.300 pessoas), garantindo-lhes o acesso a condições habitacionais dignas e adequadas. Para Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, “a aprova62

ção desta candidatura vem culminar com o trabalho que temos desenvolvido ao longo destes últimos dois anos e que se prende, sobretudo, com a cedência de habitações apropriadas e onde as pessoas possam habitar com toda a dignidade. Através desta candidatura vamos conseguir encontrar uma nova resposta para fazer face ao problema da habitação em Matosinhos.” O programa “1º Direito” pode financiar intervenções de reabilitação, auto-promoção, construção ou aquisição de habitação e está aberto a um leque alargado de beneficiários diretos e entidades beneficiárias. O investimento total estimado na Estratégia Local de Habitação da Matosinhos é de cerca de 80 milhões de euros, incluindo o custo do próprio município e dos proprietários privados e o apoio do programa, que será concedido combinando apoios não reembolsáveis e empréstimos bonificados.

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Correio Leitor

O QUE SE DIZ NO CONCELHO? Rosa Coelho Que a Resende 105 e 106 deixem de passar na Rua Dr. Albano de Sá Lima em Leça da Palmeira, pois passam com grande velocidade, sobem os passeios, e amassam os carros todos e não assumem a responsabilidade. Os lixeiros igualmente.

Maria Isabel Gonçalves Gostaria que a Rua Brito Capelo voltasse a ter a vida de há uns anos atrás, e um pequeno reforço e atenção com as camionetas da Resende (vulgo Maré). Obrigado.

Sara Reis Melhor iluminação pública. Esperança Limpeza das ruas e dos pavimentos.

Agostinho Pereira Mais civismo e menos dejetos de cães pelos passeios.

Catarina Jacob Acho que pelo menos uma pessoa por habitação deveria ter estacionamento gratuito na rua onde vive.

Garantias, trocas e devoluções das compras de Natal A época natalícia está aí à porta e por melhor intenção que alguém tenha em oferecer-nos um presente no Natal, podemos ter de trocar porque não serve, tem defeito, porque é um presente repetido ou simplesmente por não gostarmos. Depois da romaria para as compras natalícias, segue-se a outra para as trocas e devoluções. Assim, se neste Natal for presenteado com uma máquina fotográfica ou um telemóvel, saiba que tem 2 (dois) anos de garantia. Caso o aparelho apresente algum problema, o consumidor poderá optar pela troca, reparação, redução preço ou a devolução do bem com o respetivo reembolso. O direito à garantia nunca pode ser retirado aos consumidores, seja o equipamento vendido em promoção ou na época de natal. Cenário diferente será aquele em que o consumidor pretende trocar ou pedir o reembolso de um presente que simplesmente não gostou. Na ausência de defeito do produto, as lojas apenas serão obrigadas a trocar se a isso se obrigaram por meio de talão ou aviso e por mera cortesia comercial. Nestes casos, ficará ao critério da loja a decisão sobre o método de devolução. Há lojas que deixam trocar um bem apenas por outro igual ou equivalente; outras que permitem a troca por outro produto; outras que emitem vales de desconto e por fim, aquelas que procedem ao reembolso do valor. De todo modo, aconselhamos a manter e a conservar o comprovativo de compra, a embalagem, etiqueta e rotulagem originais, caso pretenda trocar o bem que lhe foi oferecido. DECO: deco.norte@deco.pt

Atendimento presencial da DECO: Rua da Torrinha, 228H, 5º, 4050-610 Porto (das 09h às 17h)

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Horóscopo Carneiro Conhecidos por serem: Compreensivos, sociáveis e indecisos.

Balança Conhecidos por serem: Compreensivos, sociáveis e indecisos.

Este mês: Lembre-se de que o seu signo é de personalidade intensa e forte; portanto, precisa de trabalhar esse aspeto e tentar ser mais tolerante.

Este mês:Terá dias de muitas notícias agradáveis, lembre-se de que está no momento ideal de ser quem quer na vida e este mês haverá a oportunidade que tanto esperava.

Touro Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Escorpião Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês: Serão semanas de trabalho duro e compromissos; lembre-se de que o seu signo deve estar ocupado para que a sua energia flua mais facilmente e, assim, progrida nos seus projetos.

Este mês: Irá ter muitos compromissos familiares e fará compras de última hora, afinal, o seu signo é muito detalhista e gosta de ficar bem com todos.

Gémeos Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Sagitário Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês: Dezembro será cheio de lembranças e vida familiar. Verá muitas pessoas vindo até si. Serão 31 dias de novas oportunidades de trabalho e ideias para iniciar um negócio ou projeto.

Este mês: É o seu mês de sorte. Leve em consideração que o seu signo aventureiro está sempre no centro de toda a energia, por isso tente não entrar nos problemas de outras pessoas.

Caranguejo Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Capricórnio Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês: Dezembro é um mês para renovar-se completamente e esquecer os ressentimentos. São dias de perdão e convivência com pessoas queridas e o momento ideal para começar de novo.

Este mês:Nos dias em que estiver com vontade de ser alguém bom e forte, lembre-se que dezembro é um dos seus melhores meses para começar a fazer tudo o que planeou.

Leão Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Aquário Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês:Terá dias cheios de novas emoções, viagens e conhecerá pessoas importantes. O seu signo sente-se sempre melhor em dezembro porque gosta de eventos importantes.

Este mês:Dezembro é o mês mais agradável para o seu signo. Evite falar demais se estiver em reuniões informais com pessoas do trabalho.

Virgem Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Peixe Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês:Em dezembro, a sua energia positiva crescerá e fará tudo o que tem em mente. O seu signo gosta muito da vida familiar e de ajudar os seus entes queridos. Tenha cuidado com os documentos que assinar.

Este mês:Este mês será uma renovação completa no seu modo de ser. Dezembro trará sorte para o seu signo e muito mais, aumentando as energias positivas que o cercam.

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Agenda

14 de Dezembro a 1 de Fevereiro Exposição de Jorge Irasagarra Galeria Municipal

16 de Novembro a 23 de Fevereiro

2 de Janeiro a 5 de Janeiro

Exposição “As Famílias de Augusto Gomes” Museu da Quinta de Santiago

Chapatim Seminar Matosinhos

18 de Dezembro a 3 de Janeiro

30 de Novembro a 4 de Janeiro

Atividades de Natal Casa da Juventude de Matosinhos

Mercado Doce Mercado (Oficina de Contos e Cozinha Criativa) Mercado Municipal de Matosinhos

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Papelaria Clássica Av. Serpa Pinto 566, 4450-295 Matosinhos

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Garagem Solmar Rua de Alfredo Cunha 546, 4450-022 Matosinhos

Repsol A4 Av. da Liberdade, Matosinhos

Themas & Phenómenos R. Pedras de Novais 365, 4450-329 Leça da Palmeira

José P. Oliveira LDA Rua alfredo e Cunha - Loja 1.115 4450023 Matosinhos

Repsol CIR Av. Dom Afonso Henriques 42, 4450-013 Matosinhos

São Mamede de Infesta

Polana Tabacaria Tomás Av. Dr. Fernando Aroso 176, 4450-602 Rua de Tomaz Ribeiro 475, Leça da Palmeira 4450-041 Matosinhos

Casa pião da sorte Rua Nova do Seixo 15/17, S. Mamede Infesta

Tabacaria Tomás Rua de Tomaz Ribeiro 475, 4450-041 Matosinhos

David Ribeiro Quiosque, S. Mamede Infesta

Matosinhos

Rios & Rios Rua Brito Capelo, 772 Matosinhos

Leça da Palmeira

Senhora da Hora

Espacial - Livraria e Papelaria LDA Av. Dom Afonso Henriques 1088, 4450011 Matosinhos

Carocha Papelaria Av. Combatentes da Grande Guerra 651, 4450-337 Leça da Palmeira

Papelaria Machado Av. Manuel Pinto Azevedo 579, Sra. da Hora

Garagem Solmar Rua de Alfredo Cunha 546, 4450-022 Matosinhos

H&D Papelaria Rua Alberto Laura Moreira Jr 289, Leça da Palmeira

Pirilampo Av. António Domingues dos Santos 50, 4460 Sra. da Hora

José P. Oliveira LDA Rua alfredo e Cunha - Loja 1.115 4450023 Matosinhos

Lavin Av. Dr. Fernando Aroso 562, 4450-662 Leça da Palmeira

Papelaria Brindel Av. Dr. Fernando Aroso 176, 4450-602 R. Conde Alto Meirim, 1185, Matosinhos

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