Boletim Filosófico da Nova Acrópole
Nº2 | Distribuição Gratuita | Jan-Mar 2010
Conhece-te curso
Filosofia e
Psicologia Prática
Hipátia Na demanda da Alma dos Números
A Navalha de Barbear Indivíduo ou massa? Até uma Nova Liberdade A Arte de Triunfar na Vida Meditações
Leonardo da Vinci
programa
de actividades
Lisboa Porto Coimbra Aveiro vide interior
Imperador-Filósofo Marco Aurélio
Nasrudin e a Chave Perdida
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº2
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O Para quê
conhecer-se? José Carlos Fernández | Dir. da Nova Acrópole em Portugal
Ficha Técnica Propriedade Nova Acrópole Portugal Av. Antº Aug. Aguiar, 17 4º esqº 1050-012 Lisboa Director José Carlos Fernández Projecto Editorial Paulo Loução Grafismo Daniel Oliveira
Colaboração JORGE ANGEL LIVRAGA Delia Steinberg Guzmán José Carlos Fernández Tradução Cleto Saldanha Sónia Oliveira
nome deste Boletim Filosófico é uma máxima moral, um ensinamento milenar, uma petição e também uma recordação, bem como um símbolo de todos os enamorados da verdade e do saber: “Conhece-te a ti mesmo” foi atribuida a um dos Sete Sábios Gregos, personagens históricas cuja prudência e visão espiritual fez com que todos eles penetrassem no mito e fossem representados juntos em pinturas, mosaicos, representações teatrais: os seus conselhos e ensinamentos, sempre lapidários, parecem jóias e cada uma delas pode muito bem converter-se num lema de vida. Os historiadores gregos e romanos dizem que grande parte destas máximas estava gravada nos muros do Templo de Apolo, Deus da Harmonia, no santuário de Delfos. E também que o “Conhece-te a ti mesmo”, com letras de ouro, figurava na fachada do dito Templo e que Platão completaria esta máxima: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Mundo” pois o ser humano, como microcosmos, é o resumo e espelho de tudo quanto vive e respira no universo, em todos os seus planos de consciência. De qualquer forma, se esta máxima chegou até nós, e é tão conhecida é devido a Sócrates, esta personagem grega que se converteu no próprio simbolo da Filosofia do diálogo racional que busca o sentido da vida e a verdade por detrás de todos os véus e aparências. Uma máxima que incita a buscar dentro de cada um as respostas, pois descobrir e conhecer a própria alma é conhecer e descobrir a alma de tudo o que existe. Os gregos de há quase mil anos, e através deles a nossa civilização ocidental, modelaram as suas vidas e mentes ajudadas por estas máximas de fogo imperecíveis, ainda que, como é lógico, nem sempre souberam valer-se delas.
Podemos recordar algumas das máximas destes Sete Sábios Gregos, todas elas são regras de ouro da difícil Arte de Viver se forem usadas como ferramentas para formar o próprio carácter e não só como um «objecto intelectual» estéril: «Não desejes o impossível» (Quílon de Esparta) «A medida é o melhor» (Cleóbulo de Lindos) «O exercício do poder mostra a pessoa tal como ela é» (Pítaco de Mitilene) «Não faças nada por dinheiro» (Periandro de Corinto) «Nada em excesso» (Sólon) «Não permitas que a tua língua vá mais rápido do que a tua inteligência» (Bias de Priene). Alguns investigadores atribuem o «Conhece-te a ti
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mesmo» a Tales de Mileto, o filósofo jónio que esquematizou o famoso teorema das linhas paralelas cortadas por duas rectas, teorema que é uma expressão geométrica da Lei de Analogia na Natureza e que enlaça o mundo dos Números (Aritmética) com o da Geometria, ou seja, o das verdadeiras causas com os verdadeiros efeitos. A queda do Império Romano significou o fim desta forma de pensar e de viver, medida e prudente, mas a máxima “Conhece-te a ti mesmo” foi, é e será a bandeira e insígnia dos apaixonados pela sabedoria. Porquê? Podemos responder com outro dos ensinamentos atribuídos aos Sete Sábios Gregos: de todos os hábitos do ser humano, o mais pernicioso e comum, o que mais dor causa e o que em definitivo arrebata o seu tempo de vida é querer ser diferente de quem se é, ou seja, querer imitar a outro ou comparar-se desnecessariamente aos restantes. A verdade é que passamos a vida a imitar os outros em vez de procurarmos no fundo da alma aquilo que temos para oferecer ao mundo, quem e como somos realmente e como desenvolver essa natureza interior, a única que nos pode outorgar a verdadeira felicidade. Os filósofos egípcios e indianos compararam este processo de crescimento e abertura da alma com o crescimento do lótus e como este abre as suas pétalas por cima das correntes enlameadas do medíocre e massificante para um Sol de pura autenticidade. Disseram, também, que a nossa verdadeira essência é como uma estrela e que devemos caminhar em direcção a essa estrela. Conhecer-se a si mesmo é arrancar a máscara, desvelar quem somos, sair da massa, despertar o indivíduo. É, portanto, o princípio da liberdade interior: pode um leão que sempre viveu como uma ovelha e que acreditou mesmo que era uma ovelha ser livre como ovelha? Não, somente poderá ser livre a partir da sua verdadeira natureza, ou seja, como leão e quando despertar o seu Ser Leão parecer-lhe-á
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Esse Tu mesmo é a chave que abre todas as portas, pois que portas se podem abrir sendo outro?
Conhecer-se a si mesmo é arrancar a máscara, desvelar quem somos, sair da massa, despertar o indivíduo
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que toda a sua vida anterior foi como um sonho. Na estela funerária (stecci) de um sábio da tradição mística bogomil, do séc. XI ou XII, figura a seguinte inscrição: «Tu que lês nesta minha pedra, talvez tenhas ido até à estrela e regressado, já que ali não há nada mais a não ser tu mesmo de novo». Esse «Tu mesmo» é a chave que abre todas as portas, pois que portas se podem abrir sendo outro? Se, caminhando pela noite, encontrarmos uma corda e acreditarmos que é uma serpente, o medo de passarmos, todos os movimentos que realizarmos, etc... serão inúteis, porque não se trata de uma serpente, mas de uma corda. Assim, a vida que construimos acreditando ser «outro» diferente de Quem-somos-realmente, sem ter despertado a nossa verdadeira natureza é uma miragem, uma perda de tempo e, afastados da nossa verdadeira senda, um caminho de dor. Quando a nossa alma se abre à bênção de um céu estrelado, quando sentimos que desperta com a suavíssima paleta de cores de um amanhecer, quando estremece com a pureza e vigor de uma cascata ou parece que dança ao contemplar o balançar dos ramos das árvores e o cintilar das suas folhas beijadas pelo vento, porquê a natureza se apresenta como uma promessa, como uma esperança, como um desafio, como uma canção, como uma árvore mágica cujos frutos de ouro são as infinitas respostas que Nela podemos ler? O eco desta canção da vida na nossa alma faz-nos pensar que essas imagens e estas verdades vivem e esperam dentro. Se não fosse assim, a beleza da natureza não encontraria resposta na alma. Conhecer-se a si mesmo é conhecer o segredo da natureza, é encontrar dentro de nós montanhas e vales, estrelas e lama também, é encontrar o ponto de convergência do caminho de vida e do caminho da alma, o mistério da Dupla Espiral. Conhecer-se a si mesmo é saber que nos encontramos num labirinto e, também, encontrar o fio de prata, o fio de Ariadna que nos permita sair feliz e triunfalmente. Conhecer-se a si mesmo é a pedra angular para sermos fiéis a nós mesmos e sem fidelidade aos nossos compromissos e sonhos, ou seja, a nós próprios, a vida é um inferno e um baile de máscaras.
A escada de ouro Vida limpa, mente aberta, Coração puro, intelecto desperto, percepção espiritual sem véus, fraternidade face ao condíscipulo. Prontidão para dar e receber conselho e instrução, leal sentido de dever face ao mestre obediência aos mandatos da Verdade, todas as vezes que colocamos a nossa confiança Nele e acreditamos que o Mestre a possui.. Valor para suportar as injustiças pessoais, enérgica declaração de princípios, valente defesa dos que são injustamente atacados, e olhar sempre fixo no ideal humano de progresso e perfeição que revela a ciência secreta. —Essa é a Escada de Ouro, por cujos degraus o aspirante pode ascender ao Templo da Sabedoria Divina. H. P. Blavatsky
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A navalha de barbear Saindo um dia a navalha de barba do cabo que serve de bainha a si mesma, e pondo-se ao sol, viu o sol espelhar-se no seu corpo; daí sentiu extrema vaidade, e dando voltas ao pensamento, começou para consigo mesma a dizer: - Ora tornarei àquela loja donde novamente saí? Certamente que não; não agrada aos Deuses que tanta beleza caia em tão vil condição! Que loucura seria a que me conduziu a rapar barbas ensaboadas de rústicos aldeãos e a fazer mecânicas operações! Este corpo é para tais exercícios? Claro que não. Vou esconder-me em qualquer sítio oculto, e ali com tranquilo repouso tenciono passar a minha vida. E assim, escondida por muitos meses, um dia voltando ao ar livre, e saindo da sua bainha, viu-se parecida com uma serra ferrugenta, e a sua superfície já não reflectia o sol resplandecente. Com vão arrependimento debalde chorou o dano irreparável, dizendo para consigo: - Oh! Quanto melhor seria exercer com o barbeiro o meu perdido corte de tanta finura! Onde está a lustrosa superfície? É claro que a má e incómoda ferrugem a consumiu! O mesmo acontece aos espíritos que em vez do exercício se entregam ao ócio; estes, tal como a dita navalha, perdem a sua cortante subtileza, e a ferrugem da ignorância destrói a sua forma.
Fábula Leonardo da Vinci
Pistas de Reflexão : - Já me comportei como a navalha? - Tenho receio de me comprometer em nome de uma suposta tranquilidade? - Fujo às minhas responsabilidades naturais? - Sinto que a Vida me pede algo mas a minha personalidade resiste? Essa resistência tem oxidado a minha alma?
- A ambição e o gosto pela imagem desviou-me do caminho natural? Ainda posso regressar à via que me torna feliz?
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
Quando Hipátia, a última grande filósofa de Alexandria, fechou os seus olhos ao ser torturada por um grupo de cristãos fanáticos, os parabolani, e exalava o seu último suspiro, a sua alma deve ter-se elevado como uma águia, finalmente livre da prisão de carne e sangue em que vivia. Estávamos no ano 415 d. C. e o Império Romano agonizava desfeito em farrapos face ao avanço das muitas hordas bárbaras, ávidas de cobiça e vingança. A chama do conhecimento e do amor à sabedoria das Escolas de Filosofia e de Oratória, que tinham iluminado o Mundo Clássico desde Empédocles e Pitágoras durante mais de mil anos, e que estava agora ameaçada por todas as formas de fanatismo, decomposição moral, insegurança, recebia o gélido alento de uma Idade Média e ardia cada vez mais débilmente. As consciências, sem vias racionais para estruturar uma visão ordenada do mundo, eram arrastadas pelas fantasias e loucuras de pseudomísticos que anunciavam a iminência do fim do mundo, o regresso de Cristo e a ressurreição carnal dos mortos. Era neste ambiente de louca insensatez que um Santo Ambrósio de Milão, a cujo discurso se rendia o ceptro imperial de Teodósio, defendia que toda a história de Roma tinha sido uma preparação para a chegada do cristianismo, que traria, por fim, a sonhada Idade de Ouro de pura concórdia, felicidade, paz a todos os seres vivos. Dizia que naquele século, finalmente, o Império Romano tinha despertado do seu sonho de ignorância ao abraçar o único e verdadeiro credo da nova religião, importado dos povos vencidos do deserto. Santo Agostinho, educado na filosofia e ciência gregas, devendo, portanto, conhecer os argumentos de Eratóstenes sobre a esfericidade da Terra, afirmava nos seus discursos e livros que a Terra não podia ser redonda pois os antípodas, estando de cabeça para baixo, cairiam no nada. Era deste modo como o Santo de Hipona arrastava o vulgo à insensatez, banhando os seus escritos com as lágrimas de devoção e verbo do seu fogo. Foi neste tempo conturbado que Hipátia, mística, astrónoma, matemática e filósofa, viveu e ensinou. Teve que presenciar a destruição dos santuários an-
tigos e o assassinato e tortura dos seus sacerdotes e defensores pelas mãos dos fanáticos enlouquecidos sob as ordens, primeiro, do bispo Teófilo, e depois de Cirilo, a queima da Biblioteca de Alexandria, mas mesmo assim, preserverando no seu dever de guiar centenas, quiçá milhares de jovens e adultos no conhecimento de si mesmos, da Natureza e das suas leis. De todas as partes do mundo chegavam jovens para ouvir a sabedoria inspirada de Hipátia e recuperar a fé na harmonia da Alma do Mundo, na sua perfeição matemática e musical, na Justiça inflexível que governa o curso dos acontecimentos, dos quais sofremos os seus efeitos ignorando as suas causas. Pouco sabemos dela: que escreveu vários tratados de Matemática e Geometria, como um Comentário filosófico sobre a obra Cónicas de Apolónio de Pérgamo e outro de Aritmética de Diofanto; que os seus discípulos se converteram em personagenschave em todo o Império Romano, prefeitos de cidades, conselheiros do imperador, bispos cristãos (como Sinésio, bispo de Ptolemaide), etc; que era a mulher mais sábia do seu tempo que todos, salvo os fanáticos sectários, respeitavam e amavam, sendo, para além disso, de uma beleza proverbial; ensinava tanto nas diversas instituições de Alexandria, como em praças públicas e na sua própria Escola de Filosofia; que o prefeito de Alexandria, Orestes, ouvia os seus prudentes conselhos como se fosse um oráculo sagrado; que inventou, provavelmente, o astrolábio para determinar as posições dos astros e um medidor de líquidos ou densidades. Para além das poucas linhas que os historiadores Damáscio e Sócrates lhe dedicaram, o pouco que sabemos provém das cartas que lhe enviou o seu discípulo Sinésio de Cirene, que, já sendo bispo, chama-a «mãe, irmã, mestra» considerando-se o seu mais fiel servidor, uma vez que servi-la, era servir os decretos da sabedoria, ou seja, a mais pura voz da consciência da Alma imortal. Através de Sinésio chegamos a conhecer a profunda e vital irmandade de almas que partilhavam os seus discípulos e as experiências místico-filosóficas vividas junto da filósofa, das quais, como insiste Sinésio,
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«não podíamos falar, pois ninguém nos compreenderia, nem acreditaria em nós». Sabemos também que a Matemática e Geometria que ensinava eram disciplinas sagradas através das quais os seus discípulos podiam abrir as asas da sua alma e voar num Céu de Ideias Puras, não só pensando e nomeando, mas vivendo a Eternidade, a Beleza, a Bondade, a Justiça e a Ordem Universal, uma vez que tudo se encontra regido pelo Número. Por exemplo, as equações matemáticas de Diofanto e as propriedades geométricas das curvas cónicas (parábola, círculo, elipse e hipérbole) não eram ferramentas de cálculo ou abstrações de formas da Natureza, mas «diagramas de meditação», como os mandalas tibetanos ou os yantras hindus para, seguindo um método racional, aprofundar internamente nos mistérios da sua própria alma que não é senão uma língua de fogo da Alma da Natureza, portanto, imortal.
Formato: 16x23 cm | Nº Páginas: 220
Conferência/Lançamento do Livro (com a presença do escritor):
Hipátia
Na demanda da Alma dos Números Coimbra Aveiro Porto Lisboa
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27 de Janeiro 28 de Janeiro 29 de Janeiro 4 de Fevereiro
Vide locais nas últimas páginas.
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Sabedoria & Bom Humor
Nasrudin e a chave perdida
Nasrudin, o grande sábio muçulmano do séc. XII, estava em certa ocasião, agachado, tacteando o solo como se estivesse procurando algo aproveitando a luz de uma lâmpada. Um conhecido seu aproximou-se e, ao vê-lo desta maneira, perguntou-lhe: -Meu querido Nasrudin, que procuras, perdeste algo? -Pois sim, perdi uma chave, e aqui estou desde há um bocado à procura dela sem a encontrar. Queres ajudar-me? -Claro que sim.
E juntos continuaram procurando a chave, aproveitando a luz que na noite propagava um poste. Passados uns minutos aproximou-se outro conhecido do sábio Nasrudin. -Olá! Que fazeis, que estais buscando? - Nasrudin perdeu uma chave e nós estamos à procura dela, se puderes ajuda-nos. -Claro, claro. E todos juntos agachados e aproveitando a luz do poste tentavam encontrar a chave perdida de Nasrudin. Dez minutos depois, os amigos começaram a ficar inquietos, era impossível que depois do tempo que levavam ali a procurá-la ainda não tivesse aparecido, e perguntaram: -Nasrudin, como é possível que não a encontremos, não há aqui muitos sítios para procurar… Estás seguro que a perdeste aqui? -Não, de forma alguma, perdi-a dentro de casa, mas como está tão escuro optei por procurá-la aqui, que há mais luz. Os ensinamentos de Nasrudin, como em geral os derivados da mística sufi, por paradóxicos que pareçam têm sempre um significado escondido. Nesta narração expõe-se o drama, de todos sabido, de que ainda quando aceitamos que as chaves da vida e a verdadeira solução aos nossos problemas se encontra, “no interior de casa”, no interior da alma, sem dúvida, preferimos buscá-las fora, no conhecido, onde estamos habituados. Porque é muito esforçado e às vezes incómodo penetrar no interior de nós mesmos, conhecer-nos e encontrar a verdadeira resposta àquilo que nos inquieta. Sentimo-nos incapazes de encontrar a força para enfrentar a adversidade e vencer o medo. Estamos tão mecanizados que perdemos, ou não encontramos a perspectiva real ante os jogos de formas mutáveis do mundo, jogos que nos fascinam, nos adormecem e fazem que percamos as verdadeiras oportunidades. Não podemos, pois, censurar a Nasrudin o que estava a fazer, pois todos fazemos o mesmo, a maior parte dos dias da nossa vida, e sem dúvida fechamos os olhos da alma, e continuamos a procurar FORA.
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A arte
de
triunfar
Delia Steinberg Guzm谩n
Dir. Internacional da Nova Acr贸pole
na Vida
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
Há muitíssima gente – embora haja ainda mais que não encaixa nestes parâmetros – que conseguiu adaptarse às exigências do nosso tempo. Aparentemente têm tudo mas, no entanto, as estatísticas demonstram-nos que aumentam progressivamente os estados de psicose, de depressão, de angústia, de insatisfação, de solidão, de agressividade, de tédio, de corrupção e muitas outras situações psicológicas que constituem o quadro geral do “stress”. Deveremos pensar então que estas pessoas não triunfaram? Ou que o seu triunfo não é total, que não preenche as suas vidas? Que é uma luta constante para nunca chegar a porto algum? Deveremos, talvez, encarar outros tipos de triunfo que, embora saiam da modalidades vulgarmente aceites, podem chegar a ser mais efectivos? Inclinamo-nos, sem dúvida alguma, para a segunda pergunta e para as respostas nela implícitas. Uma das questões que mais nos preocupa a todos é a falibilidade das coisas que conseguimos, a pouca duração daquilo que julgávamos perdurável, a instabilidade do que supúnhamos inamovível. Com o êxito sucede precisamente o mesmo: necessitamos de um êxito que, por pequeno que seja, não se desvaneça de imediato e nos deixe ao menos uma dose de insatisfação e de paz. Propomos, assim, umas chaves simples para a obtenção, nos mais variados terrenos, de um triunfo mais humano, mais estável, mais em harmonia com os nossos sonhos e aspirações. É evidente que não basta sonhar para nos transformarmos em triunfadores. Há que actuar, há que saber desenvolver uma actividade sã baseada na vontade. Não actuar porque sim, mas escolher as melhores e mais adequadas acções. O velho conselho de conhecer-se a si mesmo não perdeu actualidade; não podemos considerar uma acção proveitosa se não soubermos quem somos e quais as nossas habilidades e possibilidades. E uma vez que as conhecemos, há que exercitá-las de modo a termos alguma actividade que seja útil a nós e aos outros. Há que fazer bem todos os trabalhos que empreendemos, não só pelo prémio que podemos receber, mas pela satisfação de comprovar a nossa eficácia. Saber conformar-se com o que vamos obtendo e, ao mesmo tempo, nunca nos conformarmos, procurando sempre uma quota mais alta de rendimento. Nunca nos deixarmos sucumbir face aos problemas, por mais difíceis que pareçam. Pelo contrário, há que forçar a imaginação a encontrar saídas e soluções.
Conceber as dificuldades como provas para a nossa inteligência e vontade. E, no pior dos casos, converter os fracassos em novas oportunidades para voltar a começar. Saber aproveitar as oportunidades. A vida está cheia de oportunidades, mas se caminharmos com os olhos fechados, jamais as descobriremos. Se nos fecharmos nos nossos próprios conflitos e os ruminamos constantemente, perdemos energias e não saímos desse círculo vicioso, desprezando as mil e uma portas que o pretenso labirinto nos estava a oferecer. Esforçar-se continuamente em amar, que é a melhor forma de sentir-se bem consigo próprio. Procurar o sentido da Vida e esforçar-se por encontrar o sentido da nossa própria vida. Nada sucede por acaso, e só obtém respostas aquele que as procura com espírito de sabedoria, com o valor de quem dá com certa conquista. Melhorar diariamente tudo o que fazemos; melhorar sem desfalecimento tudo o que nos rodeia. Pôr beleza em todos os cantos; pôr luz em todos os sítios – externos e internos – em que estamos. Quem conseguir aplicar estas poucas chaves será uma pessoa segura de si mesma, uma pessoa satisfeita na medida em que a satisfação é alimento dos humanos. Será, realmente, um triunfador. E embora ninguém o confesse, porque a moda não permite, todos gostariam de alcançar este tipo de êxito. Se fossemos muitos a trabalhar assim, valeria a pena converter em moda esta forma tão particular na vida.
Quem conseguir aplicar estas poucas chaves será uma pessoa segura de si mesma
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Meditações do Imperador-Filósofo
Marco Aurélio
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
É uma loucura trabalhar toda a vida se a nossa imaginação e os nossos esforços não tendem para a um determinado fim. Há um mundo do qual fazes parte, e este universo está regido por um ser supremo, cuja essência se reflecte no teu espírito, a tua vida está circunscrita ao tempo. Portanto, se não aproveitas o tempo para buscar a tranquilidade da alma, esta desaparecerá contigo e já não conseguirás alcançá-la. Aborrecer-se com o que sucede é como querer desertar da natureza. Em parte alguma poderá o homem encontrar um retiro tão agradável como na intimidade da sua própria alma, se esta se encontra em ordem e livre de paixões. O que não piora o ser humano tampouco piora a sua vida nem o prejudica interior ou exteriormente.
13 Segue sempre o caminho mais curto, que é o da Natureza. Segui-lo-ás se todas as tuas acções e todas as tuas palavras estão inspiradas unicamente pela razão. Esta linha de conduta poupar-te-á muitas penas, muitas contrariedades e evitar-te-á também, o obrar com astúcia e hipocrisia.
Não há nada que encha tanto o ser humano de alegria como o fazer o que é próprio da sua natureza: amar aos semelhantes, desprezar tudo o que afecta os sentidos, distinguir o falso do verdadeiro, observar cuidadosamente a natureza universal e acatar todos os acontecimentos que as leis nos aportem.
O verdadeiro benfeitor não reclama nada, senão que se prepara para outra boa acção, como a vinha, que ao chegar a estação dá outra vez o seu fruto.
Cala a tua imaginação, retém os movimentos do teu coração, apaga os teus desejos e procura que a tua alma seja dona de si mesma.
Adorna a tua alma com a simplicidade, a modéstia e a indiferença para tudo o que ocupa o término médio entre a virtude e o vício. Sê o amigo do género humano. Obedece a Deus, porque, segundo diz o poeta, “tudo se encontra submetido às sua leis.” Se levo a cabo um acto faço-o pensando no bem da humanidade; se me sucede algum acidente, aceito-o tendo em conta que vem dos deuses e da origem de todas as coisas e de todos os acontecimentos.
Acabam de ofender-te? Pensa, imediatamente na tua alma, na do universo, na desse homem. Na tua, para inculcar-lhe o espírito de justiça, na do universo, para recordar o conjunto do qual fazes parte; na desse homem para saber se obrou por ignorância ou com intenção premeditada. Considera ao mesmo tempo que, como ser humano, é teu irmão.
Marco Aurélio considerava-se Filósofo antes que Imperador e isso reflectiuse na forma valorosa como procurou viver e também nos escritos que legou para a posteridade. A sua única obra, hoje conhecida como “Pensamentos para mim próprio” era na realidade o seu diário.
escolha
A Escolha Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº2
Indivíduo
O ser humano não é uma mancha de azeite; o ser humano é uma chama de fogo que nasceu para elevar-se, para chegar ao topo e dar luz; perder-se no espaço infinito, não sem antes ter alumiado a terra e ter queimado a madeira que a sustém.
Necessitamos de um ser humano que seja como a fruto da manga: suave por fora mas duro como o ferro por dentro.
Indivíduo
O homem deve ser como uma espada, o seu corpo deve ser como a baínha. Um dia chegará a morrer e então a alma deve sair do corpo cantando, luminosa como a lâmina de uma espada. E então a bainha ficará vazia e inútil, e será deitada à terra; mas a espada, o pedaço de luz das estrelas que ficou aprisionada na terra, voltará às estrelas. Sejamos simples, sejamos verazes, sejamos naturais, e o filósofo que dorme dentro de cada ser humano despertará inexoravelmente. Assim como uma corrente é tão forte como o mais débil dos seus elos, assim como uma muralha que esteja construída por blocos de mármore; para poder fazer uma humanidade melhor, cada um de nós necessita de ser melhor. O ser humano recebe a harmonia da sua vida interior, do seu ser interior, aquele recôndito que está mais além de todas as coisas, aquele que é capaz de julgar-se a si mesmo, de rectificar a sua própria vida. O ser humano não só tem fome de pão; o homem tem hoje mais do que nunca, fome de Dignidade. Não quer ser um número numa estatística, ou uma cifra num cálculo de rendimento económico. Quer Ser Humano no verdadeiro sentido, quer amar, sofrer, trabalhar, desafiar o destino, triunfar ou fracassar, mas viver humanamente. O povo está cansado de improvisos que o bajulam para melhor o explorar, que o consultem sobre o que não sabe, que lhe peçam o que não tem, que o façam ajoelhar ante o que não crêem.
o
a
a é tua...
ou
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Massa A massa derrete a essência do homem. O efeito da massa sobre a alma humana é terrível; a própria e verdadeira vontade do homem, cujas raízes são espirituais, está a derreter-se e no seu lugar está a ser inculcada uma outra «vontade» que deriva da sua natureza instintiva e animal. A massa é sempre inumana e sem espírito, é a existência sem ser, a crença sem a fé, a filosofia sem a verdade. A massa cria dependência, não suporta aqueles que não pertencem a ela, não gosta daqueles que se destacam dela, não gosta de independência. A massa criou uma grande maquinaria e os que dependem dela convertem-se nos seus servidores; devem servi-la, alimentá-la e cuidar dela. A massa sempre procura satisfações rápidas e as suas fontes preferidas de satisfação continuam a ser a comida, o sexo, as coisas materiais, a influência e o poder. A massa separa o homem da sua própria essência, arranca-o das suas raízes espirituais, deixa a sua alma à mercê de uma multiplicidade de ventos e correntes, que a levam para muito longe das coisas essenciais e a rompem por dentro. A Massa cria uma cultura e uma sociedade sem objectivos, sem razão de ser e sem sentido de vida.
As máximas foram extraídas do livro Reflexões de um Filósofo de Jorge Angel Livraga, Editorial Nova Acrópole.
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Até uma nova liberdade Jorge Angel Livraga | Fundador da Org. Internacional Nova Acrópole
Retirado do livro Magia, religión y ciencia para el tercer milenio da Editorial Nueva Acropolis, Espanha
Nas minhas viagens às vezes tenho experiências profundas em contacto com as pessoas e às vezes até são dramáticas. Por exemplo, na minha última viagem pela Europa encontrei-me com diferentes grupos de pessoas. Mas todos tinham um denominador comum: reunir-se ao redor de uma mesa e falar de uma maneira teórica. Todas as pessoas iam ser melhores, e o mundo ia ser algo assim como a cidade de Deus da que nos falava S. Agostinho, algo novo, algo melhor, onde não existisse o dinheiro, onde não existisse a opressão, nem existisse nada mau..., e quando tinham dito tudo isso, olhavam o relógio e diziam: “Tenho que ir, a minha mulher está à minha espera” ou, “Estou cansado e amanhã tenho de me levantar cedo para ir trabalhar”... ou seja, esses homens que falavam da liberdade absoluta, que falavam de mudar o mundo de forma absoluta, e que pretendiam ter o direito de mudar a vida dos demais, não eram capazes de libertar-se das suas circunstâncias nem por um instante! Daí que a nossa busca face a uma nova liberdade não intelectualizada seria uma liberdade viva. E para viver esta liberdade temos que perguntar-nos o que somos, o que queremos ser, onde estamos, somos um monte de células animado por uma espécie de impulso eléctrico? Somos a criação da Divindade ou simplesmente o fruto de um momento de amor entre os nossos pais? Temos de conhecer-nos a nós próprios e saber o que se vai libertar, ou seja, que sou exactamente, para poder libertar-nos. Temos de compreender que não somos a nossa pele, nem as nossas mãos, nem a nossa roupa, nem a nossa casa, nem os nossos bens materiais, nem sequer a nossa carne. Ainda que tenhamos dores e sofrimentos seguimos pensando, seguimos vivendo, seguimos sentindo, seguimos sonhando mais além das nossas dores e dos nossos sofrimentos. Não somos tampouco a juventude e a vitalidade que podemos ter. Com o passar dos anos o ser interior não morre; o homem que realmente é idealista faz que esse idealismo continue vivendo sempre, a única coisa que envelhece são as células epiteliais. O ser humano no seu interior pode continuar sentindose igualmente jovem. O homem é muito mais profundo do que o seu corpo e a sua vitalidade. Se alguém me faz cansar e começo a dizer más pa-
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
lavras de que logo me arrependo, esse algo que em mim julga o injusto não pode ser a mesma coisa que o que se cansa. O arco não é a flecha. A flecha está cravada longe, no centro do alvo, mas há algo que a lançou. Isso quer dizer que há algo por detrás das minhas emoções, algo que está avaliando as minhas emoções, que está julgando as minhas emoções. E se me equivoco em algo digo para mim próprio:”Homem, que bruto sou”, porque disse que dois mais dois são cinco, quando são quatro, isso quer dizer que também há algo que está avaliando a minha mente. O homem recebe harmonia da sua vida interior, do seu ser interior, daquilo recôndito que está mais além de todas as coisas, daquilo que é capaz de julgar-se a si mesmo, de rectificar a sua própria vida, daquilo que está fundamentado na ética, não numa moral de costumes, mas numa ética profunda. A verdadeira ressurreição do homem como humanidade, a superação da crise, não está em baixar o preço do petróleo. A nossa crise é moral, espiritual, é uma crise de falta de fé. Essa é a nossa verdadeira crise. Não nos falta petróleo, não nos falta pão, o que nos falta fundamentalmente é a força espiritual. Os homens com força espiritual souberam extrair, como na velha Castilha, de quatro pedras duras e secas, frondosos jardins. Os homens com força espiritual souberam ir sobre pequenos navios de madeira que se incendiavam a cada momento e faziam entrar água pelos quatro costados, de um lado ao outro do mundo. Os homens com uma força espiritual verdadeira souberam escrever e ditar aos demais, ainda que analfabetos, grandes obras que cruzaram a História, indo de século em século, cruzando os séculos como degraus. Sócrates era analfabeto e, sem dúvida, proferia as suas palavras aos seus discipulos e o seu pensamento chega-nos ainda hoje. Assim encontramos em todas as partes que a verdadeira natureza do que nos impulsiona é sempre espiritual. Nós, por meio do espirito podemos fazer florescer as terras secas; podemos sulcar as águas, levantar montanhas artificiais, partir montanhas naturais. O espírito, por meio da vontade, cria a necessidade de um desenvolvimento espiritual de todas as coisas. A grande revolução que se está forjando dentro dos nossos jovens, que nos olham às vezes com olhar
admirado, não é um revolução capitalista nem marxista, é uma revolução espiritual. É o espirito que causa uma revolução de um mundo novo, de um mundo diferente, onde os valores não se compram nem se vendem e onde existe uma real liberdade. A real liberdade que não está em confronto com a obediência às leis da natureza, que são mecânicas e inamovíveis. Por natureza os astros giram no firmamento; por natureza reproduzem-se as aves que sulcam o céu e reproduzem-se os peixes no fundo dos mares ou na corrente dos rios. Por natureza temos de chegar a revitalizar-nos. Por natureza espiritual, por vocação de vida e de perpetuidade temos que tirar de nós o medo à morte, o medo a perecer, o medo à frustração, o medo à pequenez. Essas são as verdadeiras barreiras que devemos deitar abaixo em busca de uma nova liberdade que nos libertará, não dos demais homens, mas das nossas próprias limitações, do nosso temor à morte, do nosso egoísmo atávico, da nossa indiferença, da nossa cobardia, que nos faz intervir cada dia menos no socorro dos necessitados e passar ao largo.
Temos que libertar-nos dessa alienação profunda que é sentir que podemos manipular o nosso antojo e os demais; temos que tirar de nós essa demagogia. Todos os homens têm direito não só a um pedaço de pão, não só a ter roupa; todos os homens têm direito a ter um pouco de dignidade, por Deus! Vale mais um mendigo que ainda que mal vestido e atirado no chão guarde no seu rosto um só sinal de dignidade, que o homem coberto de veludo e ouro que, sem dúvida, tem os olhos mortos, porque dentro do seu coração atraiçoou os seu próprios compromissos... A dignidade é o que nos verticaliza, o que nos permite ser diferentes das bestas. Devemos então perseverar na nossa dignidade. No nosso mundo
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no nosso acesso à nova liberdade, pomos como elementos de necessidade absoluta o conhecer-nos a nós próprios, saber onde estamos, respeitar os demais homens e mulheres, dignificarmos a nós mesmos, tratar de dignificar os demais, tratar de dignificar todas as coisas. Respeitar não somente todos os homens e mulheres, mas também os mais velhos simbolos; respeitar os animais e as plantas, porque todos têm direito a viver num mundo que seja mais justo e mais luminoso.
E essa liberdade, sem dúvida, é uma obediência à lei da natureza. Quem é mais livre do que o sol? Quem pode parar o sol com a mão? E, sem dúvida, o sol ciclicamente aparece e desaparece, o sol segue o seu curso através dos astros, preso a uma galáxia, à sua Via Láctea, evoluindo naquela imensidão escura, mas ele, é todo luz! Queremos ser como o sol! Temos que voltar a entender os símbolos naturais, que não os traduzam os pseudo-filósofos através de palavras abstrusas em livros estranhos que nunca escrevemos e que poucas vezes lemos. Temos que voltar à leitura directa das coisas; temos que voltar a florescer com as flores, a fundir-nos na terra com as raízes, a correr com a água, a queimar com o fogo; e a amar, viver, progredir, sentir, sonhar com todos os homens do mundo, sem nenhuma diferença de raça nem de cor. Porque a alma, senhores, não tem raça, nem cor, nem sexo, nem orelhas, nem barba. A alma está muito mais além de todas as aparências. Isso é fundamental que afirmemos. Essa é a grande liberdade que propomos, uma nova liberdade que não se baseie em formas intelectuais, mas numa vivência individual e depois colectiva das leis da natureza. Porque só - como disse Platão - a obediência nos fará livres. Mas não a obediência a outro homem, não a obediência a uma só jaula ainda que esteja pintada de ouro, mas a obediência à lei natural que levamos em nós mesmos. É o “Eu sou! Eu sou! Eu sou!” e com isso não prejudicar aos demais. E que os demais também possam dizer: “Eu sou!” Que cada qual possa afirmar a sua própria liberdade fundamentada na sua recta consciência. Nesse dia, meus amigos, nascerá de novo o diálogo. Voltaremos a sentar-nos nas mesmas mesas, a cantar velhas canções, a unir os nossos corações; voltaremos a entender o calor e a cor do fogo; volta-
remos a entender outra vez o voo dos pássaros e o idioma sussurrante das ondas do mar sobre a costa. Nesse dia seremos realmente livres. E isso proponho a todos; Uma marcha orgulhosa e alegre até uma nova liberdade!
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
Imaginemos que temos entre as nossas mãos as peças de um puzzle e queremos montá-lo. Tem muitas, muitas peças, 3000, por exemplo, e dispomos de um tempo limitado para o montar. O pior é que não sabemos qual é a imagem que devemos formar mas, no entanto, alguma vez sonhamos com ela, num sonho de pura felicidade. E não só não sabemos bem como é a imagem, mas, além disso, sentimos que nos reclama, desde o mais profundo do coração, o retorno à existência, e somente podemos realizar isso montando o puzzle.
FILOSOFIA PRÁTICA UMA ESTRATÉGIA DE VIDA
José Carlos Fernández
Este é, em definitivo, o drama da vida de cada um: esta tem sentido, um porquê e um para quê e na alma de cada um existe um cenário que deve ser reconstruído com as peças do puzzle da nossa existência. O tempo desliza, imparável, e como numa ampulheta, somente dispomos de uma quantidade limitada deste e ninguém nos pode outorgar mais daquilo que o destino nos deu, nem sabemos de quanto tempo dispomos. Não somente para viver mais, mas para podermos armar o puzzle, ou uma parte do mesmo. É possível que, para além das portas da morte, nos seja mostrada outra vez, em todo o seu esplendor, a imagem que queríamos montar, e, seguramente, lamentaremos tudo aquilo que sentimos intimamente que devíamos ter realizado – os sonhos e recordações da alma, a imagem do puzzle – e não o fizemos. O que a Filosofia Prática pretende é abrir os olhos da alma e saber, definitivamente, o que a verdadeira vida nos reclama desde o interior, tendo em conta que mostra um cenário diferente a cada um. O Filósofo, como a própria palavra indica, é o amante da Sabedoria, e esta é a essência da vida, a sua alma e a luz que ilumina as suas sendas e permite ver mais além das ilusões que os desejos e os temores geram, mais além do caleidoscópio do momento presente e dos jogos de opinião do mundo, também caleidoscópicos. Às vezes unimos, guiados pelo amor, por um raio de inteligência ou por uma recordação indefinida, várias
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das peças do puzzle e sentimos uma profunda felicidade, uma certeza de que esse é o caminho. E assim é, mas o caminho avança ainda mais no invisível e um Sol de plenitude e felicidade espera no final do mesmo, atraindo-nos com o seu influxo. Talvez esta imagem do puzzle da vida seja um dos diferentes cenários que devemos atravessar e que se vislumbram desde esse caminho interno que nos leva à perfeição, à suma Bondade, Verdade e Justiça. A Filosofia Prática procura e ama essa sabedoria que pode iluminar o caminho da vida e proporciona ferramentas e estratégias reunidas por todos os sábios que nos precederam no mundo e que deixaram pegadas perduráveis. A sua experiência é o nosso tesouro. Podemos comprovar facilmente se este legado nos faz vislumbrar melhor este cenário que devemos montar com as peças do puzzle da nossa vida. Como somente nós podemos armar o puzzle, cada um é responsável pelo seu; mais ninguém o é.
Foi com esta perspectiva que organizámos na Associação Cultural Nova Acrópole, um curso de filosofia prática que sintetiza magníficos tesouros de sabedoria passados e presentes, com o fito de proporcionar, quanto mais não seja, uma semente de certeza, bem como o saber encontrar e usar estas ferramentas e estratégias necessárias na Arte da Vida. Uma semente de certeza que se pode converter num bosque de bem-aventurança. Alguns dos temas que seleccionamos com este objectivo são:
O que é a Filosofia Prática e a sua utilidade como estratégia de vida As sete Leis do Universo e do Homem O Caminho Interior da alma e as provas da vida
A conquista da felicidade e o despertar da alma Os tesouros da mente iluminada O segredo do Tempo e como aproveitá-lo verdadeiramente Ideais e mitos: o motor da História e o Eterno Retorno
Usámos como fontes de conhecimento textos egípcios e herméticos, como as Leis do Kybalion; jóias da mística tibetana, como A Voz do Silêncio (o livro que inspirou Fernando Pessoa); o Dhammapada budista; A Brevidade da Vida do filósofo romano Séneca e a Filosofia de Platão, especialmente o “Mito da Caverna” e outros capítulos da República. No céu saber é ver, na terra saber é recordar. Píndaro: Poeta grego do século VI a.C.
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
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Revista
ACRÓPOLE
Brevemente nas bancas
4 º N
ie
2ª sér
A Nova Acrópole apoio este projecto e é parceiro oficial
Vamos pôr mãos à 0bra e limpar a floresta portuguesa num só dia
Boletim Filosรณfico | Conhece-te a ti mesmo | Nยบ2
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Filosofia
e Psicologia Prรกtica
Sabedoria Viva do Oriente e do Ocidente
www.nova-acropole.pt Lisboa
Porto
Coimbra
Aveiro
Tel.: 213 523 056
Tel.: 226 009 277
Tel.: 239 108 209
Tel.: 234 480 181
lisboa@nova-acropole.pt
porto@nova-acropole.pt
coimbra@nova-acropole.pt
aveiro@nova-acropole.pt
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
CURSO DE FORMAÇÃO
Filosofia e Psicologia Prática O ser humano caminha pela Vida e ao mesmo tempo questiona-se porque caminha. A viagem iniciou-se há muito tempo, mas sempre surge a pergunta: Para onde vamos? A Filosofia (philo: amor, procura + Sophia: sabedoria, conhecimento vivencial) mostra-nos a possibilidade de encontrar resposta para esta e muitas outras questões. O ser humano necessita de caminhar com convicção, e para fazê-lo precisa de conhecer os motivos e os fundamentos. Se tu és um buscador e queres descobrir as respostas que estão por detrás de alguns dos puzzles da Vida, este curso é para ti, pois a FILOSOFIA guarda um tesouro para aqueles que se atrevem a abrir os seus horizontes.
Descobre o mundo que te rodeia: - O filósofo como protagonista de uma mudança no mundo. - Grécia: a política e a arte de governo de si próprio. - O mito da caverna: como conseguir ser autêntico num mundo manipulado. - O despertar da alma e a educação à maneira clássica.
Descobre o nosso legado ancestral: - A filosofia como meio para aprender e entender a história. - Ideais que inspiraram os homens e transformaram a história. - A Mitologia: uma forma de entender os ensinamentos mais além do tempo. - O Homem e o seu destino. - Como ser protagonista da nossa própria existência.
Descobre-te a ti próprio: - As sete dimensões no Homem e no Universo. - O equilíbrio como meio para alcançar a felicidade. - Os caminhos da sabedoria: o amor, a Beleza e a Filosofia. - Índia: a Guerra e harmonia interior. - Karma e Dharma: o Homem e o sentido da vida. - Filosofia Budista: Vias para a superação da dor.
16 sessões - 1 vez por semana - diversos horários
Inscrições Abertas
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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº2
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Aveiro programa
Actividades
2010
Dia 28 | Quinta-feira | 21h Conferência/Apresentação de livro Viagem Iniciática de
Hipátia
Na demanda da Alma dos números Por José Carlos Fernández Autor do livro e Dir. da Nova Acrópole Portugal
Local: I.P.J. Aveiro Entrada Livre
janeiro Dia 8 | Sexta-feira | 21h Conferência
Dieta Ortomolecular Legado Ancestral - Entrada Livre
Por Conceição Bento
fevereiro
Dia 15 | Sexta-feira | 21h
Dia 5 | Sexta-feira | 21h
Tertúlia
Tertúlia Poética
Panchatantra
al-Mu’tamid
Fábulas do Oriente Por Graça Lameira - Entrada Livre
O rei poeta de Al-Andalus - Entrada Livre
Por João Ferro
Dias 25/26/27 e 29 | 20h30
Dia 20 | Sábado | 16h
Apresentação/Abertura de curso
Projecção comentada
Filosofia e Psicologia Prática
Tocar e Lutar
Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente
O milagre da música
Inscrições até 22 de Janeiro Vários horários pós-laboral | 16 aulas | 1 dia por semana Máximo 10 Participantes
Por Daniel Oliveira | Dir. Nova Acrópole de Aveiro
Entrada Livre Dias 22/23/24 e 26 | 20h30 Apresentação/Abertura de curso
Filosofia e Psicologia Prática Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente
Inscrições até 19 de Fevereiro Vários horários pós-laboral | 16 aulas | 1 dia por semana Máximo 10 Participantes
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
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março Dia 6 | Sábado | A partir das 15h Conta-Contos na rua A Viagem de
Ulisses Traga o seu filho e deixe-o embarcar... Por Sónia Oliveira
Local: Jardim do Rossio
Notícias Em Janeiro mudámos a nossa sede para um lugar mais central na cidade. Estaremos a partir de agora no
Nº 15 da Rua Tenente Resende (1º Andar - sala B), próximo da Praça do Peixe.
Dia 11 | Quinta-feira | 21h Visualizações Criativas com música de
Mendelssohn Por José Carlos Fernández Escritor e Dir. da Nova Acrópole Portugal
Entrada livre
Os nossos contactos também mudam, assim, caso queira contactar-nos, eis os números: 234 480 181 e 931 783 234.
Inscrições até 11 de Março Praias
Mapa de Localização
Dia 20 | Sábado
Rossio
Dia L
Limpar Portugal
Praça do Peixe
Rua pedo nal
Nós vamos limpar Portugal | E tu? Vais ficar em casa? Nova Acrópole - Parceira do Projecto Limpar Portugal Visite http://limparportugal.ning.com e inscreva-se Rua
p
Praça edonal J. Melo Freitas
Dia 28 | Sábado | 09h Caminhada na Natureza
Nova Acrópole
com leitura seleccionada de trechos do
Igreja Vera Cruz
Bhagavad Gita Inscrições até 26 de Março (Livre)
Local: Serra do Buçaco
Horário de atendimento:
Museu
D Av. ho
ixin o Pe
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r. Lo
De segunda a sexta das 20h30 às 21h30
Contactos para informações e inscrições Rua Tenente Resende, Nº 15 - Sala B | 3800-268 Aveiro
Tel. 933 931 022
aveiro@nova-acropole.pt
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº2
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Coimbra programa
Actividades
2010
Dia 21 | Quinta-feira | 21h Conferência
Entretenimento: Quando a fantasia tem um papel Por Cátia Figueiredo - Psicóloga e Investigadora
Entrada Livre Dia 23 | Sábado | Das 16h às 18h
janeiro Dia 7 | Quinta-feira | 21h
Atelier criativo
Pintar com música Por Françoise Terseur (Artista plástica e formadora da Nova Acrópole)
Inscrições abertas
Conferência
Mais Filosofia e menos stress Por José Ramos | Dir. Nova Acrópole Coimbra
Dia 27 | Quarta-feira | 21h Conferência/Apresentação de livro
Entrada Livre
Hipátia de Alexandria e a sabedoria antiga
Dia 11 | Segunda-feira | 20h
Viagem Iniciática de Hipátia Na demanda da Alma dos números
Início de curso
Filosofia e Psicologia Prática Horário: segundas-feiras das 20H às 22H
Inscrições abertas
Por José Carlos Fernández Autor do livro e Dir. da Nova Acrópole Portugal
Local: Casa municipal da cultura Entrada Livre
Apresentação de assistência livre
fevereiro Dia 4 | Quinta-feira | Das 20h às 22h Workshop
Psicologia Positiva no dia-a-dia:
a felicidade alcançável
Conhece-te melhor... | Vence os teus medos... | Abre os teus horizontes...
Novo início: Dia 19 | Terça-feira | 15h (das 15h às 17h) Dia 14 | Quinta-feira | 21h Conferência
A presença de Deus Por Françoise Terseur
(Escritora, investigadora e formadora da Nova Acrópole)
Entrada Livre
1º Módulo – Felicidade: um conceito possível a seguir (1ª parte) Por Cátia Figueiredo - Psicóloga e Investigadora
Inscrições Abertas Dia 6 | Sábado | Das 16h às 18h Atelier criativo
Criação de máscaras Por Françoise Terseur (Artista plástica e formadora da Nova Acrópole)
Inscrições Abertas
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
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Dia 11 | Quinta-feira | 21h
Dia 11 | Quinta-feira | Das 20h às 22h
Conferência
Workshop
Os segredos de uma boa comunicação humana Por José Ramos (Director da Nova Acrópole em Coimbra)
Psicologia Positiva no dia-a-dia:
a felicidade alcançável
2º Módulo – A importância do tempo
Por Cátia Figueiredo - Psicóloga e Investigadora
Entrada livre
Inscrições Abertas
Dia 17 | Quarta-feira | 20h30
Dia 18 | Quinta-feira | Das 21h
Início de curso
Filosofia e Psicologia Prática
Conferência
Mitos e tesouros do Oceano Por Françoise Terseur
Horário: quartas-feiras das 20H30 às 22H30
(Escritora, investigadora e formadora da Nova Acrópole)
Inscrições abertas
Entrada Livre
Conferência comemorativa de: 2010 - Ano Internacional da Biodiversidade
Apresentação de assistência livre
Dia 18 | Quinta-feira | Das 20h às 22h Workshop
Psicologia Positiva no dia-a-dia:
a felicidade alcançável
1º Módulo – Felicidade: um conceito possível a seguir (2ª parte)
Dia 20 | Sábado Dia L
Limpar Portugal Nós vamos limpar Portugal | E tu? Vais ficar em casa? Nova Acrópole - Parceira do Projecto Limpar Portugal Visite http://limparportugal.ning.com e inscreva-se
Por Cátia Figueiredo - Psicóloga e Investigadora
Dia 25 | Quinta-feira | Das 20h às 22h
Inscrições Abertas
Workshop
Psicologia Positiva no dia-a-dia:
a felicidade alcançável
março
3º Módulo – Vida: Passado, presente e futuro Por Cátia Figueiredo - Psicóloga e Investigadora
Dia 4 | Quinta-feira | 21h
Inscrições Abertas
Conferência
Dia 27 | Sábado | Das 21h
Por Cátia Figueiredo - Psicóloga e Investigadora
Música Mediterrânica Antiga “Rosa e Jasmim”
A importância do lazer Entrada Livre
Concerto
Por Américo Cardoso – Percussão e Helena Cruz – Voz
Dia 6 | Sábado | Das 16h às 18h Atelier criativo
Entrada Livre
Exploração dos Sentidos
Dia 28 | Domingo | Das 10h às 12h
Por Françoise Terseur (Artista plástica e formadora da Nova Acrópole)
Introdução à Música Medieval – do Gregoriano ao Séc. XV
Inscrições Abertas
Workshop com audições comentadas
Por Américo Cardoso – Percussão e Helena Cruz – Voz
Inscrições Abertas
Actividades Regulares
Aulas de Pintura | Chi Kung Aulas de Guitarra | Yoga
es i çõ s r c Ins erta Ab
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº2
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Lisboa Actividades
2010
Dia 29 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Luta contra o dragão no quotidiano – ao encontro da harmonia interior (Ciclo «A Filosofia Aplicada à Vida») Por Cleto Saldanha Investigador e Formador da Nova Acrópole
janeiro Dia 15 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Dos mistérios antigos ao novo paradigma da ciência Comentários a «O Símbolo Perdido» de Dan Brown Por Paulo Alexandre Loução Investigador, escritor e Coordenador da Nova Acrópole em Lisboa
Entrada Livre Dia 16 | Sábado | Das 10h às 13h Seminário
Os grandes temas de O Símbolo Perdido Mistérios Antigos, a Maçonaria e outros Movimentos Esotéricos, Ciência e Consciência… Por Paulo Alexandre Loução
Dia 22 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
A substância primordial e o pensamento divino Ciclo «A Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky – “Simbologia Arcaica”» Por José Carlos Fernández Escritor, investigador e Director Nacional da Nova Acrópole
Entrada Livre
Entrada Livre
Dia 30 | Sábado | Das 10h às 13h Seminário
2012 A cosmovisão maya, o calendário, as profecias e a manipulação actual Por Cleto Saldanha e Paulo Alexandre Loução
fevereiro Dia 2 | Terça-feira | 19h30 Conferência de apresentação do curso
Filosofia e Psicologia Prática A Sabedoria Viva do Oriente e do Ocidente Horário: terças-feiras das 19H30 às 21H30
Inscrições abertas Apresentação de assistência livre
Dia 4 | Quinta-feira | 18h30 Conferência/Apresentação de livro Viagem Iniciática de
Hipátia
Na demanda da Alma dos números Por José Carlos Fernández Autor do livro e Dir. da Nova Acrópole Portugal
Local a designar Informação pelos telefones 213 523 056 | 938 800 855
Entrada Livre
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
Dia 6 | Sábado | 10h às 13h e 15h às 18h Seminário
Matemática e geometria sagradas – módulo 1 Por José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução
29 Dia 28 | Domingo | 9h30 Visita cultural
Mosteiro dos jerónimos e torre de belém Por Paulo Alexandre Loução
março
Inscrições abertas Dia 7 | Domingo | 8h30 Visita cultural
Jardim oriental – buda éden Por José Carlos Fernández
Dia 5 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Os novos caminhos da felicidade (Ciclo «A Filosofia Aplicada à Vida») Por José Carlos Fernández - Entrada Livre
Dia 12 | Sexta-feira | 19h30
Dia 11 | Quinta-feira | 19h30
Representação teatral
Conferência de apresentação do curso
O «Profeta» de Khalil Gibran
Filosofia e Psicologia Prática
Pelos alunos e membros da Nova Acrópole Lisboa
A Sabedoria Viva do Oriente e do Ocidente Horário: quartas-feiras das 19H30 às 21H30
Dia 20 | Sábado | 20h30
Jantar comemorativo do xxx aniversário da nova acrópole em portugal
Local a designar
Informação pelos telefones 213 523 056 | 938 800 855
Dia 26 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Como equlibrar as emoções com flores de Bach Por Carmen Morales Investigadora e formadora em Florais de Bach
Dia 27 | Sábado | 10h às 13h e 15h às 18h Dia 28 | Domingo | 10h às 13h Workshop
FLORAIS DE BACH Por Carmen Morales
Dia 12 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
O mundo mágico de William Blake Isa Baptista e José Carlos Fernández - Entrada Livre
Dia 19 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
A arte da superação
A sabedoria viva do oriente e ocidente e os desafios da sociedade moderna (Ciclo «A Filosofia Aplicada à Vida») Por Paulo Alexandre Loução - Entrada Livre
Dia 20 | Sábado | Dia L
Limpar Portugal Nós vamos limpar Portugal | E tu? Vais ficar em casa? Nova Acrópole - Parceira do Projecto Limpar Portugal Visite http://limparportugal.ning.com e inscreva-se
Dia 26 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Dia 27 | Sábado | 10h às 13h e 15h às 18h Seminário
A mulher – co-criadora da vida Por Selma Nascimento
Matemática e geometria sagradas – módulo 2
Av. Antº Augusto de Aguiar, 17 – 4º Esq. | 1050-012 Lisboa
Por José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução
lisboa@nova-acropole.pt
Contactos para informações e inscrições
Tel. 213 523 056 / 939 800 855
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº2
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Porto
Dia 22 | Sexta-feira | 18h30 às 20h30 Início de curso
Actividades
2010
Arte e técnicas para falar em público Duração: 8 aulas | 1 vez por semana. Curso com vertente prática que visa transmitir e proporcionar técnicas de oratória para uma melhor comunicação em público.
Inscrições Abertas
janeiro Dia 29 | Sexta-feira | 21h30 Conferência/Apresentação de livro
Dia 15 | Sexta-feira | 21h30 Conferência
Viagem Iniciática de
Hipátia
Dharma, karma e reencarnação: o bhagavad gita e a filosofia hindú
Na demanda da Alma dos números
Por José Antúnes | Dir. Nova Acrópole Porto
Entrada Livre
Entrada Livre Dia 16 | Sábado | 10h30
Por José Carlos Fernández Autor do livro e Dir. da Nova Acrópole Portugal
fevereiro
Início de curso
Conhece-te a ti mesmo através da prática da filosofia Filosofia e Psicologia Prática Horário: sábados das 10h30 às 12H30
Inscrições abertas
Dia 5 | Sexta-feira | 21h30 Conferência
Ptahotep e a sabedoria egípcia Por Emília Ribeiro
- Entrada Livre
16 aulas | 1 vez por semana
Dia 9 | Terça-feira | 20h00 Dia 19 | Terça-feira | 20h Início de curso
Conhece-te a ti mesmo através da prática da filosofia Filosofia e Psicologia Prática Horário: terças e quintas das 20h às 22H
Inscrições abertas 16 aulas | 2 vezes por semana
Início de curso
Conhece-te a ti mesmo através da prática da filosofia Filosofia e Psicologia Prática Horário: terças e quintas das 20h às 22H
Inscrições abertas 16 aulas | 2 vezes por semana
Jan-Mar 2010 | Distribuição Gratuita
Dia 20 | Sábado | 10h30 às 20h30
Sábado Aberto Workshops vários: Desenvolvimento da Memória, Geometria Sagrada, Energias Renováveis, Aquarofilia, Massagem Ayurvédica, O Sabor das Rosas.
31 Dia 12 | Sexta-feira | 21h30 Conferência
2012 e as profecias mayas Por José Carlos Fernández Escritor e Dir. da Nova Acrópole Portugal
Entrada Livre
ver programa específico
Dia 26 | Sexta-feira | 21h30 Conferência
Portugal mitológico Raízes arcaicas das tradições populares no norte e centro de portugal Por Fina D’Armada, historiadora e escritora
Entrada Livre
março
NOVA ACRÓPOLE NO PORTO Um espaço para formação, cultura, convivência. Filosofia e psicologia prática vide programa na pág. 23
Arte e técnicas para falar em público Para bem expressar o que pensa e sente! Este curso, com vertente prática, visa transmitir e proporcionar técnicas de oratória para uma melhor comunicação em público.
Conferência
Conferências Tertúlias literárias Workshops
Filosofia para a harmonia entre o homem e o mundo
Cine-debate Teatro Visitas culturais
Dia 5 | Sexta-feira | 21h30
Estoicismo Por Graça Lameira
Entrada Livre Dia 6 | Sábado | 18h Representação teatral
O «Profeta» de Khalil Gibran Pelo grupo de teatro da Nova Acrópole Lisboa
Entrada Livre
ESPAÇO ALTERNATIVO MAHAMUDRA Massagem Ayurvedica, Massagem de Reequilíbrio Músculo-Esquelético, Massagem Localizada. Contacto: 931 617 899
DEFESA PESSOAL – YOSEIKAN BUDO todas as sextas-feiras das 19,00 às 20,30 horas Contacto: 931 617 899
Dia 9 | Terça-feira | 20h00 Início de curso
Conhece-te a ti mesmo através da prática da filosofia Filosofia e Psicologia Prática Horário: terças e quintas das 20h às 22H
Inscrições abertas 16 aulas | 2 vezes por semana
AULAS DE YOGA Segundas e quartas-feiras das 18,30 às 19,30 horas Terças e quintas-feiras das 11,00 às 12,00 horas Terças e quintas-feiras das 19,00 às 20,00 horas Contactos: 917 323 149 / 919 880 969
Contactos para informações e inscrições Av. da Boavista 1057 | 4100-129 PORTO
Tel: 22 600 92 77 / 918 058 653 info@novaacropoleporto.org
NOVA ACRÓPOLE Uma ONG para promover o enriquecimento do Homem interior e a fraternidade filosófica entre os humanos