Boletim Filosófico da Nova Acrópole Nº 8 | Distribuição Gratuita | Jan-Abr 2012
Conhece-te a ti mesmo Sobre o Valor da Vida
e como vencer o temor à morte
A ética da natureza Aprendi e decidi Ao final do dia Estátua-Menir da Ermida
A melhor das filosofias,
a melhor das mudanças
Filosofia e Psicologia Prática
Sabedoria Viva das Antigas Civilizações
Ver no interior programa de actividades
Lisboa | Porto | Coimbra | Aveiro
Jan-Abr
2012 Índice Pág.
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Aprendi e decidi
Pág.
5 Pág.
8 Pág.
10
A ética da Natureza A roda da Vida e a conquista da Imortalidade A melhor das Filosofias, a melhor das mudanças
Pág.
14 Pág.
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Ao final do dia Sobre o valor da vida e como vencer o temor à morte
Pág.
20 Pág.
22
BD - Serenidade Rubrica Eu Fui, Eu sou... Ecos do Passado
Estátua-Menir da Ermida
Pág.
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Programa de Actividades
Ficha Técnica Propriedade Nova Acrópole Portugal Av. Antº Augusto Aguiar, 17 – 4º Esqº 1050-012 Lisboa Tel.: 213 523 056 Director José Carlos Fernández Grafismo Daniel Oliveira Tradução Carla César Mariana Esteves Sónia Oliveira Revisão José Rocha Mariana Esteves Severina Gonçalves Sónia Oliveira
Colaboração JORGE ANGEL LIVRAGA Ana Cristina Figueiredo Delia Steinberg Guzmán José Antunes José Carlos Fernández
Os artigos assinados não expressam necessariamente a opinião da Nova Acrópole nem da direcção da revista. Comprometem exclusivamente a responsabilidade do seu autor.
www.nova-acropole.pt
Editorial Não sejamos ingénuos, não nos deixemos manipular! A catástrofe económica vivida pela maior parte dos países da Europa Ocidental (de entre os quais Irlanda, Grécia, Espanha e o nosso estão a sofrer o maior embate) não só é augúrio, mas também anúncio de turbulências sociais e perda de qualidade de vida. É evidente que gastámos mais do que gerámos, sem medida e de qualquer maneira, e que isto beneficiou muita gente sem escrúpulos. Com uma sedução infame e técnicas psicológicas perversas - como quem dá um rebuçado envenenado a uma criança - fizemos da nossa vida uma orgia de falso bem-estar, de uma comodidade letárgica a qual não se importou de sacrificar os valores da alma, um a um. É curioso que a palavra "comodidade" em latim, pouco ou nada tenha a ver com o significado actual, quer dizer "oportunidade" de esforço, de realização, de melhoria. A oportunidade é sempre a porta aberta que, se audazes, somos capazes de atravessar o seu umbral, arranca das nossas vidas a estagnação e inércia, abrindo-nos a novos cenários. Acontece que nos fascinaram com a máxima de uma nova filosofia que serve os seus interesses obscuros: "o dinheiro é a medida de todas as coisas". Filosofia espúria, bastarda, indigna de tal nome, pois "Filosofia" é amor à sabedoria e está vinculada, portanto, com a subida à Montanha Interior, com a busca da verdade para além das aparências. Os recentes sucessos anunciam presságios funestos. Os novos governantes de alguns países desta Europa que agoniza, nem sequer foram eleitos nas urnas1, são tecnocratas ligados ao mundo financeiro2 (chegaram ao poder quase dando um golpe de estado e nomeando assim os seus eleitos) e evidentemente servem os seus interesses para que se conserve o status quo (o do “sistema”), ainda que o status quo da sociedade se precipite no abismo e na perda de tantos avanços humanos realizados no último século. E não nos damos conta da gravidade do que se avizinha, o que torna evidente que certos mass media recebam "indicações" ou "sugestões" a esse respeito3, para que o excesso de informação nos confunda, para que "as árvores não nos deixem ver o bosque". Por exemplo, onde se diz, claramente, que um grego perdeu, em três meses, metade do seu poder de compra? (o que na verdade é o mesmo que reduzir-lhe o salário para metade!). Os bancos, esses sim devem ser
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salvos seja qual for o preço, contrariamente ao que se fez na Islândia, onde se perseguiram e encarceraram os "ladrões de colarinho branco". País, por certo, cuja economia está a ressurgir, precisamente por não se colocar de joelhos e oferecer o seu pescoço a poderes corruptos devoradores de fortunas, vidas e almas. Ainda que já tenham passado mais de 2.500 anos desde que foi escrita, porventura deveremos recordar a fábula de Esopo, a do lobo e do cordeiro. “Um lobo olhava um cordeiro que bebia num riacho, e inventou um pretexto simples a fim de o devorar. Assim, estando ele ainda mais acima no percurso do riacho, acusou-o de turvar-lhe a água impedindo-o de beber. E o cordeiro respondeu-lhe: - Mas se só bebo com a ponta dos lábios, e além disso estou mais abaixo, não posso turvar a água aí em cima. O lobo vendo-se ludibriado, insistiu: - O ano passado injuriaste os meus pais. - Mas o ano passado ainda eu não tinha nascido! - contestou o cordeiro. Disse então o lobo: - Vejo que te justificas muito bem, mas nem por isso te deixarei ir, e serás sempre o meu jantar." Podem dar-nos milhares de desculpas e disfarçar as suas intenções, ou justificar os seus actos, mas: Não somos ovelhas, não nos deixemos devorar! José Carlos Fernández
Director da Nova Acrópole Portugal
_______________________ 1 - Uma vez no poder, e com os meios de que este dispõe, quiçá não lhes seja tão difícil permanecer nele, sabendo quem os ampara. 2 - Em que medida o mundo financeiro, com as suas corrupções, se converteu num cancro que devora a nossa sociedade fica muito claro no documentário Inside Job, prémio da Academia ao melhor documentário de 2010. Já diziam os egípcios que a avidez é uma doença incurável, passaram mais de três mil anos e ainda não o aprendemos. 3 - É a nova censura em que não se risca uma palavra ou uma linha, mas antes se aprova ou não. Além disso, não pertencem a maior parte destes meios de informação a algum dos grupos financeiros?
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Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar a alguém “Amigo”.
E assim, depois de tanto esperar, um dia como outro qualquer decidi triunfar…
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, “o amor é uma filosofia de vida”.
decidi não esperar pelas oportunidades mas eu mesmo buscá-las,
Naquele dia deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e comecei a ser a minha própria luz deste presente.
decidi ver cada problema como a oportunidade de encontrar uma solução,
Aprendi que de nada serve ser luz se não vais iluminar o caminho dos outros.
decidi ver cada deserto como a oportunidade de encontrar um oásis,
Naquele dia decidi mudar tantas coisas… naquele dia aprendi que os sonhos existem somente para se tornarem realidade,
decidi ver cada noite como um mistério a resolver, decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
desde aquele dia já não durmo para descansar… agora simplesmente durmo para sonhar.
Naquele dia descobri que o meu único rival não era mais do que as minhas próprias debilidades, e que nelas, está a única e melhor forma de nos superarmos, naquele dia deixei de temer perder e comecei a temer não ganhar, descobri que eu não era o melhor e quem sabe nunca o tenha sido, deixou de me importar quem ganha ou perde, agora importo-me simplesmente em saber mais do que ontem. Aprendi que o difícil não é chegar lá a cima, mas jamais deixar de subir.
Walt Disney (1901-1966)
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Ética Natureza A
da
"Somos parte da Terra e, do mesmo modo, ela é parte de nós. Tudo quanto acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra (…) O Homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida, ele o faz a si próprio. Tudo está ligado“
Chefe índio da tribo Seattle, 1854
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A
década de 60 foi pródiga em descobertas que relacionaram o ambiente com a saúde humana e dos ecossistemas, pondo em causa o mito do crescimento ilimitado e criando preocupações até então inexistentes num mundo onde os recursos naturais eram considerados inesgotáveis. Nas duas décadas seguintes, a ocorrência de catástrofes ecológicas como as de Bhopal, na Índia (1984), ou Chernobyl (1986), aliadas a novas descobertas científicas como a deplecção da camada do ozono ou o impacto das chuvas ácidas nos solos e cursos de água viriam a consolidar, de forma definitiva, a questão ambiental nas agendas políticas dos Estados e da Comunidade Internacional e na consciência dos cidadãos. Em pleno séc. XXI, impõe-se-nos uma reflexão crítica sobre a relação que o Homem mantém com a Natureza e, em última instância, com o futuro da própria espécie. Actualmente, quando se fala em ambiente não se fala apenas da Natureza, mas sim de uma “Natureza-em-perigo“. Sabemos que há uma crise ambiental que ameaça as diversas formas de vida, fragilizando toda a biosfera. As razões serão múltiplas e diversas, mas o seu cerne remete invariavelmente para a acção humana: para além da degradação, fragmentação e perda de habitats causadas pela desflorestação, dragagem de zonas húmidas, poluição e proliferação de espécies invasoras; as alterações climáticas – cada vez mais indissociavelmente ligadas à actividade humana – assumem-se como uma das maiores ameaças à diversidade de vida no Planeta. Cerca de ¼ das espécies de flora e fauna do Planeta estarão em vias de extinção durante este século, caso a temperatura média au-
mente 2 ou 3 graus relativamente a 1990 – em 2007, o relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPPC) previa uma subida da temperatura média entre 1,8º e 4º até 2100, comparativamente à temperatura de 1990. Também em 2007, no Dia Internacional da Biodiversidade, a ONU alertou para o desaparecimento de 150 espécies de flora e fauna por dia, naquela que é já considerada a maior onda de extinção desde o desaparecimento dos dinossauros. Um em cada seis mamíferos europeus está em risco de extinção, alerta, por sua vez, a União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN) – a Península Ibérica, reconhecidamente dos locais da Europa com maior diversidade biológica, alberga a espécie de felino mais ameaçada do mundo (lince ibérico), bem como a mais rara espécie de foca (a foca monge mediterrânica, monachus monachus), uma das dez espécies de mamíferos mais ameaçadas do mundo. A preservação de uns quantos indivíduos representativos de cada espécie não é suficiente. É fundamental preservar diferentes populações e a diversidade genética que nelas existe, para a manutenção dos ecossistemas e para a necessária capacidade adaptativa das espécies às mudanças ambientais que enfrentam. A Humanidade é parte integrante da Natureza, o Homem é uma espécie que coexiste e evolui entre as outras espécies, é um elo mais da ininterrupta cadeia da Vida. Quanto mais se identificar e aproximar dos restantes seres vivos, mais rapidamente poderá compreender o seu papel na Natureza e adoptar comportamentos que promovam uma ética ambiental que
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garanta a manutenção equilibrada dos ecossistemas – e da própria espécie humana que neles se encontra inserida. Aquilo que se reclama da espécie humana, enquanto espécie com capacidade de (se auto) destruir como nenhuma outra, é que assuma a sua responsabilidade de protecção da vida em geral e, dentro desta, também a dos animais não humanos. Daqui se depreende que a crise ambiental que atravessamos é também uma crise de valores e que, como tal, é na sua essência, uma questão de natureza ética. Sejam elas de pendor ainda antropocêntrico ou mais ecocêntrico, as várias correntes contemporâneas de ética ambiental convergem na crítica à posição de superioridade distante do Homem em relação ao mundo natural em que se insere, e apontam para uma alteração qualitativa da sua relação com este: “A ética no Ocidente moderno consistiu quase inteiramente numa ética inter-humana e ignorou como os seres humanos se integram no mundo natural“ (Holmes Rolston III). Por sua vez, no capítulo final da sua obra de referência (A sand county almanac, 1949) precisamente intitulado “A ética da Terra“, Aldo Leopold escreveu, de forma lapidar: “Examinemos cada questão tanto em termos do que é economicamente vantajoso, como do que é ética e esteticamente justo. Uma coisa é justa quando tende a preservar a integridade, a estabilidade e a beleza da comunidade biótica. Ela é injusta quando tende para o contrário disso.“
7 Também o filósofo Hans Jonas, na sua obra O princípio da responsabilidade (1979) “actualizou“ o imperativo kantiano, ao manifestar: “Age de tal forma que as consequências da tua acção sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana autêntica sobre a Terra“. Porque, como nos recorda Viriato Soromenho-Marques (in “Ética e Novo Milénio“ publicado no jornal ABC Ambiente, Agosto/Setembro de 2000): “A sociedade também é um contrato social entre gerações. Os vivos têm responsabilidades fundamentais pelo bem estar futuro daqueles que ainda não nasceram. A maior responsabilidade e o mais elevado dever consistem em manter a integridade da biosfera e o equilíbrio dos ecossistemas que a integram.” Ana Cristina Figueiredo
Jurista e Dirigente da Quercus
H. P. Blavatsky (1831-1891)
da Imortalidade*
A Roda da Vida e a conquista
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Chegamos a este mundo vindos de um outro, onde tivemos uma existência cuja lembrança perdemos. Da mesma maneira que um relógio passa de mão em mão e de sala em sala na fábrica, uma parte sendo acrescentada aqui e outra ali, até que a delicada máquina esteja perfeita, de acordo com o plano concebido na mente do mestre antes que a obra fosse iniciada – assim também, de acordo com a Filosofia antiga, a primeira concepção divina do homem toma forma pouco a pouco, nos muitos departamentos do ateliê universal, e o ser humano perfeito finalmente aparece na nossa paisagem. Esta filosofia ensina que a Natureza nunca deixa inacabada a sua obra; se se frustra na primeira tentativa, ela tenta novamente. Quando ela faz evoluir um embrião humano, a intenção é que o homem se torne perfeito – física, intelectual e espiritualmente. O seu corpo deve crescer, amadurecer, desgastar-se e morrer; a sua mente deve expandir-se, amadurecer e ser harmoniosamente equilibrada; o seu espírito divino deve iluminar e confundir-se facilmente com o homem interior. Nenhum ser humano completa o seu grande círculo, ou o “círculo da necessidade”, até que tudo isso não tenha sido feito. Assim como os retardatários de uma corrida lutam e se fatigam logo no início enquanto o vitorioso atinge o seu objectivo, assim também, na corrida da imortalidade, algumas almas ultrapassam em velocidade todas as outras e chegam ao fim, enquanto as miríades dos seus competidores lutam sob o fardo da matéria, próximos da
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recta de partida. Algumas, desafortunadas, caem, abandonam a corrida e perdem toda a oportunidade de ganhar o prémio; outras levantam-se e empenham-se de novo na corrida. É isso que o hindu teme sobre todas as coisas – a transmigração e a reencarnação em formas inferiores1, mas contra esta contingência, Buddha deu-lhes remédio no menosprezo dos bens terrenos, na restrição dos sentidos, no domínio das paixões e na contemplação espiritual ou frequente comunhão com Atma ou a alma. A causa da reencarnação é a concupiscência e a ilusão que nos leva a ter como reais as coisas do mundo. Dos sentidos provém a “alucinação”, que chamamos contacto; “do contacto, o desejo; do desejo, a sensação (também ilusória) da sensação, a concupiscência e da concupiscência a enfermidade, a decrepitude e a morte”. “Assim, como as voltas de uma roda, há uma sucessão regular de morte e nascimento, cuja causa moral é o apego aos objectos existentes, enquanto a causa instrumental é o karma (o poder que controla o universo, imprimindo-lhe actividade, mérito e demérito). Portanto, o grande objectivo de todos os seres que se querem desembaraçar dos sofrimentos do nascimento sucessivo, é encontrar a destruição da causa moral (...) o apego aos objectos existentes, ou o desejo do mal. (...) Aqueles em quem o desejo do mal está completamente destruído são chamados Arhats que, em virtude de sua libertação, possuem faculdades taumatúrgicas. Na sua morte, o Arhat não reencarna e invariavelmente atinge o Nirvana”2 – uma palavra, vale salientar, falsamente interpretada pelos eruditos cristãos e pelos comentadores cépticos. Nirvana é o mundo das causas, em que todos os efeitos enganadores ou as ilusões dos nossos sentidos desaparecem. Nirvana é a esfera mais elevada que se possa atingir. * Extraído de Ísis sem Véu, Editora Pensamento, 1998.
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1 - Parva naturalia, s. v. De Somno, I, 458, a, b. 2 - Hist. Of the Conflict, etc., p. 121-22.
Filosofia e Psicologia Prática A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações
As filosofias clássicas do Oriente e do Ocidente oferecem ferramentas práticas para enfrentar os desafios da actualidade e alcançar a realização individual e harmonia nas relações humanas. Este curso destina-se a todos aqueles que se perguntam sobre as Leis da Vida e que querem aprofundar o seu sentido. Essa mesma demanda estimulou grandes sábios que deixaram o seu legado pleno de ensinamentos atemporais, perfeitamente actuais e práticos para o Homem do século XXI. Nesta perspectiva, a Filosofia é uma via de transformação interior e desenvolvimento pessoal. Objectivos do curso • Percepção da Unidade dentro de nós, a Unidade ao nosso redor e o caminho para a Unidade; • Melhor conhecimento das leis que regem a Natureza. A sua estrutura septenária; • Ir mais além das aparências e desenvolver o discernimento. Da superação à transformação; • Tomar consciência dos recursos internos e realizar o seu potencial. Potenciar a auto-estima; • Despertar a liberdade interior e a autenticidade com base no «Conhece-te a ti mesmo»; • Percepcionar os ciclos da história e os seus motores ocultos. O profundo significado dos mitos; • Compreensão da raiz espiritual e moral da crise dos nossos dias e o entendimento do sentido evolutivo da Humanidade; • A passagem do Homem-espectador ao Homem-protagonista, arquitecto do seu próprio destino; • Transmissão dos fundamentos de uma nova visão do Homem e do Universo. Conteúdos-base Platão e a Tradição Grega | Sabedoria em Roma | Textos de Sabedoria no Egipto | Índia milenar | Mistérios do Tibete Filosofia de Buda | Confúcio e a Ordem Social | Neoplatonismo | Os Arquétipos e os Ciclos da História Actividades complementares facultativas Durante o período do Curso, é proposto aos formandos aulas temáticas complementares, vídeo-fóruns, actividades de convívio e debate filosófico, visitas culturais e exercícios de psicologia prática. Duração e horário O curso tem uma duração de 16 semanas, 1 sessão de duas horas por semana em vários horários, nomeadamente pós-laborais. Vide informação em www.nova-acropole.pt. Material de Apoio Oferta de material pedagógico que compreende textos de apoio e diagramas temáticos. Biblioteca especializada disponível para consulta. Envio por e-mail de textos complementares. Para obtenção de diploma, é necessária a assistência de, pelo menos, 75% das aulas totais do curso. Continuidade da formação A realização deste curso permite o acesso ao IIº nível de formação e a possibilidade do formando se tornar Membro da Associação Cultural Nova Acrópole, podendo assim aceder às actividades exclusivas para Membros e participar como voluntário nas actividades da Associação e outros benefícios. Descontos Os jovens até 25 anos usufruem de desconto.
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José Carlos Fernández
Director da Nova Acrópole Portugal
A melhor das Filosofias, a melhor das mudanças E qual é a melhor de todas as Filosofias? Se a filosofia é Amor à Sabedoria e, portanto, transferência do coração ao seio da mesma, a melhor Filosofia é a que nos faz mais sábios (pois a sua luz permite-nos saber e ver), melhores, mais justos, honestos (...)
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
Aristóteles, um dos filósofos que configurou a visão do mundo ocidental, dizia que “o movimento é a passagem da potência ao acto”. Estamos acostumados a imaginar a mudança ou o movimento (intrinsecamente são o mesmo) como uma mudança de lugar, de cenário portanto. Movo, por exemplo, um livro da estante para a mesa. Mudou assim de lugar. E, no entanto, a Terra desloca-se no espaço a uma velocidade descomunal, e nós com ela, e isso pressupõe pouca mudança para nós. E de facto, só raras vezes, e graças à Ciência, pensamos que isto é assim. Quando a água passa da sua condição imóvel e rígida de gelo para a fluida da água, ou desta ao vapor, também é uma mudança, a chamada mudança de estado. O movimento, e portanto, a mudança, estão vinculados à vida, e deste modo, como dizia o grande sábio indiano Sri Ram, onde há vida há resposta. Quer dizer, há mudança. O que está vivo muda e o que não muda e responde às novas circunstâncias, petrifica-se, a vida abandona-o. A vida é um mistério, é o verdadeiro mistério. Na religião hindu a corrente de vida que anima o infinito universo e a mais ínfima das suas criaturas ou partículas é chamada Vishnu, Deus que “enche
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de vida”, pois o seu nome vem de uma raiz etimológica que significa vish - encher. O filósofo Shankaracharya, na sua obra sobre os Mil Nomes de Vishnu (Sahasnama Vishnu), estuda realmente as mil propriedades da Vida universal, cuja essência é o movimento. Ensina, por exemplo, que a vida é infalível, omnipenetrante, infinita, senhora do mundo, etc. O professor J. A. Livraga, Mestre de quem escreve estas linhas, dizia que as coisas não estão vivas apenas quando crescem, mas também quando resistem, essa é a forma segundo a qual, por exemplo, o reino mineral se comporta, estando vivo. O movimento dos electrões (e portanto, a sua vida) garante as valências químicas, o que se converte finalmente nas chamadas “energias de coesão”, que evitam que o que está vivo ou simplesmente existe (e isso é já uma forma, a mais básica de vida) se dissolva em nada. Há mudanças mais ou menos subtis, por exemplo, a mudança de estado é mais subtil que a de lugar, ou a química que a física. Se a temperatura do corpo humano se eleva 5 graus em relação ao normal, isso produz efeitos ou mudanças maiores do que se alguém simplesmente nos empurra. Segundo a Filosofia Hermética, existem também mudanças alquímicas, aquelas em que muda a estrutura interna da matéria e, portanto, da vida associada. Por exemplo, se me exponho sem protecção aos raios cósmicos ou simplesmente à radioactividade, isso pode provocar mudanças no meu ADN, e fazer com que ao ter um filho, este nasça como um monstro. Aparentemente nada sucedeu e no entanto… Estas formas de vibração ou vida são tão penetrantes que chegam até ao coração da matéria, mutando-a.
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12 Os antigos alquimistas diziam que a evolução consiste na aceleração das formas, e que a substância acelerada se converte em luz. Este era, portanto, o destino final de todas as mudanças, passo a passo, o retorno a um oceano universal de luz. Diziam que a luz quando se detém, quando se cristaliza e é subjugada pelo número e pela geometria origina todas as formas da natureza e da vida, mas que esta, ao ser libertada, se converte de novo em luz. Por isso, o Deus Agni na Índia védica era o superior dos Deuses, aquele a quem se faziam as oferendas, pois era o Fogo, o que liberta a vida, prisioneira da matéria, símbolo portanto do sacrifício redentor, do dever que liberta. Os sábios e os guerreiros estavam vinculados ao fogo, deviam ser como ele, ser ígneos, luminosos, devorar a sua própria personalidade no seu afã de viver com mais intensidade, de um modo mais brilhante (este é o significado mais profundo do “sacrifício do cordeiro” nos primeiros séculos do Cristianismo). Esta verdade do fogo verifica-se inclusive a nível químico, pois o fogo é um misterioso estado da matéria, em que é libertada a energia química ou a luz prisioneira nesta. Se a vida é resistência no mineral, crescimento no vegetal e emotividade no animal, no humano é razão luminosa, luz interior, visão, discernimento. Um ser humano sem esta chama interior – a vida universal nele presente – é moralmente insensível, é na vida como um pedaço de madeira, como um autómata, sem capacidade de reacção. Mas existirá algum ser humano que careça desta chama interior? Potencialmente não, pois dorme no coração da mesma natureza humana, mas se voltarmos a Aristóteles, “movimento é a passagem da potência ao acto”, vemos que a vida não vibra na alma humana se essa chama permanece latente, se a consciência do divino
e do Eu-Sou-Aquele-que-Sou simplesmente espera, como uma semente no interior da terra que não germina, ao não ser capaz de responder à chamada do Sol, seu Deus. Qual é então a melhor de todas as mudanças? A que nos faz despertar do sonho da vida, a que abre os nossos olhos ao seu sentido, a que nos sacode da inércia, do estancamento e nos faz sentir que estamos vivos de verdade, a que abre as portas da alma e permite que esta se encha de vida e luz, a que nos arranca das fantasias que jogam com um passado que já está morto e com um futuro que jamais será presente, a mesma que nos conduz à alma e à verdade dos factos. Já o dizem os textos cabalísticos. “Se queres ver o invisível, abre bem os teus olhos ao visível”. E qual é a melhor de todas as Filosofias? Se a filosofia é Amor à Sabedoria e, portanto, transferência do coração ao seio da mesma, a melhor Filosofia é a que nos faz mais sábios (pois a sua luz permite-nos saber e ver), melhores (pois o seu calor e acção permitem--nos desfazer esses estancamentos de vida aos quais chamamos mal), mais justos (pois a alma quando encontra a verdadeira medida, o seu verdadeiro lugar, é naturalmente feliz e quando não, é prisioneira da angústia), honestos (pois não há maior crime que deixar de ser fiéis à nossa natureza mais pura e fecunda, não há maior crime que deixar apagar a chama interior, que atirar barro sobre ela, e nisto consiste a falta de honestidade). A melhor Filosofia é a que nos faz luminosos, e já que a essência da vida é luz, faz com a vida nos seja amável e nós amáveis com ela. Todos sabemos, no fundo, se estamos a subir a Montanha Interior ou se nos estamos a perder no labirinto, ou pior, caindo na inconsciência e na perda dos valores internos. A melhor Filosofia é a que nos permite subir, paciente e esforçadamente a essa Cidade no Alto onde vivem os nossos Sonhos mais luminosos, o melhor de nós mesmos. Ah, e não o disse, a melhor de todas as mu-
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danças no tempo e para os seres humanos chama-se História, pois esta é a “realização do Destino, do Dever Ser”, passagem, portanto, da potência que espera o acto que sela, do caminho pensado ao vivido. Podemos e devemos fazer História, deixar uma marca no tempo, pois a História, ainda que construída por cada um é o movimento de toda a Humanidade. Robert Kennedy, um dos maiores idealistas do século XX, e que tanto lutou pela causa da justiça, foi assassinado por ser fiel aos seus Ideais, assassinado, é o mais provável, pelos mesmos que assassinaram Martin Luther King e o seu próprio irmão, pelas potências do egoísmo e a imobilidade que Platão chamou “Amos da Caverna”. Mas deixou heroicamente a sua marca histórica e o seu luminoso exemplo. Num dos seus discursos, pouco antes de ser assassinado, disse: “Existe o risco da apatia, a crença de que não há nada que um homem ou uma mulher possam fazer contra os múltiplos males que assolam o mundo. Contra a miséria, contra a ignorância, a injustiça ou a violência. No entanto, muitos dos grandes avanços do mundo, de pensamento e de acção, nasceram do trabalho de um só homem. Um jovem monge impulsionou a Reforma Protestante, um jovem general propagou um Império desde a Macedónia até aos confins da Terra; e uma jovem reclamou o território de França. Foi um jovem explorador italiano que descobriu o Novo Mundo. E aos 32 anos, Thomas Jefferson proclamou que 'todos os homens são criados iguais'. Estes homens mudaram o mundo, e todos nós podemos também. Poucos mudarão por si mesmos, o rumo da História mas cada um de nós pode esforçar-se por mudar uma pequena parte dos acontecimentos e a soma de todos esses actos será a História que escreve esta geração. É com base em inumeráveis actos de valentia e esperança que a História humana fica escrita. Cada vez que um homem luta por um ideal, ou actua para ajudar outros ou se rebela an-
13 te a injustiça, está a gerar uma pequena onda de esperança, e milhões dessas pequenas ondas, cruzando-se entre si e somando intensidade formam um tsunami capaz de derrubar os mais poderosos muros de resistência e opressão. Para quem vive em condições privilegiadas, amigos, o outro perigo é a complacência: a tentação de seguir o fácil e cómodo caminho da ambição pessoal e o êxito económico, que tão difundidos se encontram entre aqueles que desfrutam do privilégio de receber uma educação. Mas esse não é o papel que a História nos atribuiu. Há um ditado popular chinês que diz: 'oxalá vivas tempos interessantes'. Quer gostemos quer não, vivemos em 'tempos interessantes'. São tempos de perigo e incerteza, mas também são tempos mais abertos à criatividade humana, como nunca antes na História. E todos e cada um de nós seremos julgados – julgar-nos-emos a nós mesmos – pelos esforços que fizemos para contribuir para criar um Mundo Novo e pelo alcance das nossas metas e ideais, no contributo para moldá-lo. Com uma consciência limpa como única recompensa segura, e com a História como juiz último dos nossos actos, saíamos a conduzir esta Terra que amamos, pedindo ajuda e a bênção a Deus, mas conscientes de que o Seu Trabalho aqui, deve ser realizado por nós”. ¹ Este é o extracto de um discurso proferido a 6 de Junho de 1966, frente a um grupo de jovens da Universidade de Capetown, durante a sua histórica visita a África do Sul. Que estas palavras nos sirvam de inspiração, a todos os idealistas do mundo inteiro. Mentiram-nos quando nos disseram que os Ideais tinham morrido, é precisamente o contrário, os que carecem de Ideais é como se estivessem mortos, não vivem, vegetam e seguem os seus hábitos ou instintos animais. A alma é a vida do corpo e o corpo sem alma está morto. 1- Extraído do Youtube em http://www.youtube.com/ watch?v=JC8RlzUG3v0
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Ao Final do Dia No fim do dia cai a cortina da outra dimensão. O quotidiano desaparece na sua descolorida repetição e nasce o novo mundo das cores do imaginário. Não é necessário chegar aos limites do patológico para ter uma dupla personalidade. Não é necessário estar doente para usar a imaginação e pintar com vivas matizes aquelas ideias que mais nos apaixonam. A Natureza oferece-nos este fenómeno pois ao fim do dia chega a noite. E entre o dia e a noite há muitas diferenças, não só relacionadas com a variação da luz. Ao fim do dia levanta-se outro “Eu”, o que dor-
Delia Steinberg Guzmán
Directora Internacional da Nova Acrópole
me durante as horas anteriores, o que não se pode mostrar à luz do Sol, porque estamos convencidos que ninguém o entenderia. Simplesmente nos tratariam como loucos, como alguém com dupla personalidade. Mas o certo é que o outro “Eu” existe, e, em algum momento, deve sair para respirar. Esse “Eu” costuma escolher as horas da noite, porque as sombras facilitam a sua aparição, porque assim ninguém sabe distinguir a sua presença. O “Eu” do fim do dia quase não necessita do corpo para se expressar: é rico em ideias, em sentimentos e imagens; desloca-se com inteira liberda-
de por todos os cantos do mundo e invade esferas que nem sequer aparecem nos mapas conhecidos. Corre, nada e voa, encurta distâncias com a prodigiosa rapidez do pensamento, investiga recantos e expande-se em infinitas campinas; a obscuridade nem sequer o assusta porque não a percebe. Para esse “Eu” a luz brilha sempre, ainda que nem sempre se possa mostrar livremente à luz. Quem não teve os seus encontros com o seu outro “Eu”, ao fim do dia? Quem não favoreceu o encontro com esse inapreciável amigo interior que sabe mais coisas que nós, que é mais forte e arriscado, que dispõe de uma eloquência maravilhosa e engenho brilhante? Quem não se deteve a contar ao seu outro “Eu” tudo o que lhe aconteceu durante o dia? Quem não se surpreendeu com a habilidade desta outra personalidade que sabe sair com sucesso de todas as situações, que resolve num instante as piores dificuldades? Quem não se admirou com esse outro “Eu” que sabe responder ao que tivemos que dizer, que actua no momento em que nós tivemos que fazê-lo, que encontra as soluções que necessitávamos? É assim: é necessário chegar ao fim do dia para descobrirmos a melhor parte de nós mesmos. Na solidão da noite desperta a nossa vontade, agiganta-se a nossa inteligência e agudiza-se a nossa sensibilidade. O outro “Eu” levanta-se no meio da nossa própria debilidade e recrimina-nos por não o termos deixado estar ao nosso lado a toda a hora. A sua aparência de miragem diurna é apenas o reflexo do nosso escasso exercício da personalidade, é o fruto da nossa indecisão e cobardia, da nossa insólita vergonha, dos nossos medos, da nossa falta de segurança em nós mesmos O pobre e pequeno eu, esconde o outro “Eu” porque não quer expô-lo aos olhos e às críticas dos demais. Prefere encontrá-lo a sós, ao fim do dia, quando as sombras favorecem este encontro com todos os nossos sonhos, com o que podia ter sido e não foi. Então escapamos, voamos, somos de uma maneira diferente, total e real. É necessário crescer, é necessária maturidade interior, é necessária grande sabedoria para abrir caminho ao outro “Eu” frente à luz do sol. É necessário o valor do homem realizado para se mostrar harmonicamente feito, ante a claridade diurna. Entretanto, nós, aspirantes ao Ser, vivemos a maior parte das nossas horas escondidos atrás de muros consistentes, e só ao fim do dia, vamos em busca daquele ângulo de nós mesmos onde, por fim, somos grandes e livres. Entretanto, eu mesma, querido leitor, esperei o fim do dia para lhe dedicar estas linhas, íntimas, sinceras, tanto que não poderiam ter sido escritas a outra hora que não fosse esta, em que todos os loucos da humanidade desdobramos as nossas personalidades para nos encontrarmos com os nossos mais caros anseios.
curso
Como Falar em Público
Visitas Culturais
Teatro | Poesia | Música
Círculo de Geometria e Matemática Sagradas
Ao serviço da
cultura
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Boletim Filos贸fico | Conhece-te a ti mesmo | N潞 8
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
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Sobre o Valor da Vida e como vencer o temor à morte A vida, como todas as coisas, tem o valor que lhe outorgamos. Este valor, salvo os transcendentes valores do Espírito, não tem - e perdoem a aparente contradição - valor em si, se o relacionarmos com os objectos ou vivências recolhidas. Porque, à maneira “platónica”, poderíamos afirmar que uma coisa é a Vida e outra são os objectos nos quais essa Vida se reflecte e penetra. O erro cometido por muitos, sobretudo os das escolas materialistas em geral, é o de falsa direcção no processo da ideia que sobre a Vida se faz. Assim, estes pseudo-filósofos crêem que a Vida Universal não é mais do que o amontoado das vidas individuais, efémeras e carentes de sentido, e que se transmitem por impulso somático de espermatozóide em óvulo, como se transmitiria o impulso de uma bola de bilhar noutra, estando elas em contacto e tendo sido impelida pela primeira. Porém, quem ou o quê golpeou o taco? E quem o empunhava? E o que pretendia ao fazê-lo; somente jogar? Enfim, poderíamos acumular perguntas, mais didácticas que outra coisa. O certo e incontestável é que os materialistas têm tomado o caminho inverso e as suas dificuldades e angústias provêm de estarem a remar contra a corrente. Se no outro sentido navegasse a barca da sua razão, tudo seria natural e a tensão cederia. Tal como a chuva e os raios do sol, a verdade vem-nos de cima para baixo. A verdade é que
há Uma Vida Única Universal, que no Macrobios cósmico se subdivide em organizações que aparentam ser infinitamente grandes e infinitamente pequenas. Um “tecido” desse Macrobios constituiria os seres humanos, com as suas “células” sociais e as suas “moléculas” familiares e os seus “átomos” individuais, ou seja, cada uma das pessoas, que, por sua vez, não são unidades estritas, etc. E o facto de cada um de nós não ser unidade estrita, senão composta (como já vimos) por “corpos” que funcionam em distintos planos vibratórios, complica-nos a vida até ao extremo de duvidar da sua permanência e até da sua validade. Não pensamos nem sentimos o mesmo num momento místico ou heróico, em que a nossa vida pesa pouco ou não pesa nada, mas nos nossos longos momentos de inércia espiritual, quando, aferrados ao continente, esquecemo-nos do conteúdo e o nosso “ponto de consciência” vibra somente num nível mais baixo, confinado às vísceras e aos ossos e pedindo, para eles, uma impossível imortalidade. Então, esquecemos que, embora a perpetuação das formas se faça por “recriação” biológica, a perpetuação da vida por purificação espiritual, faz-se por tomada de consciência dessa realidade de natureza mais alta. Platão ensina que quem se aferra loucamente a uma cadeira de madeira, vive tanto quanto essa cadeira. Assim, quem se aferra ao seu corpo físico, vi-
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
18 ve tanto quanto esse corpo físico, que, por ser naturalmente mortal, tem tempo limitado e escasso. E quando digo que “vive tanto quanto esse corpo físico” não quero dizer que com ele realmente morra, pois o Homem Interior é imortal; do mesmo modo que ninguém utiliza dinheiro que, embora não saiba que o tem, leva consigo, ninguém desfruta da sua imortalidade se não sabe que a tem. E assim vive angustiado e pendente dos males do seu corpo, ou da melhor forma de defendê-lo deles. Shakespeare faz um dos seus maravilhosos personagens dizer que “o valente morre uma vez, porém o covarde mil vezes”. E isto é absolutamente certo no que diz respeito à vida de cada um, na presente encarnação. Pois, se a teoria da reencarnação está certa e vivemos através de muitíssimos nascimentos e de muitíssimas mortes, nada impede que, para os muito agarrados ao seu actual veículo de carne, e que nada sabem nem lhes interessa - pelo menos aparentemente - de outra “coisa” metafísica, o ser consciente da mortalidade e fragilidade do seu corpo e o estar identificado com ele, precipitam-nos em constantes angústias e tratam de enganar-se e enganar os demais com tintas para cabelo e rejuvenescedores geriátricos. O natural nos seres vivos é morrer e o natural nos seres mortos é nascer. Já o disse também Platão, e todos os pensadores esotéricos da antiguidade, e todos os Livros Sagrados nas suas versões mais antigas. Se observamos que o nosso corpo físico, por exemplo, é tão só uma “cristalização” orgânica através da qual estão a passar constantemente unidades de energia, e que é essa corrente, enquanto flui, que o mantém coeso, com as suas partes unidas, vivo, como uma espécie de “robô”, é bom perguntar-se a quem serve este “robô” ou tubulação de vida; esta “lâmpada”. É evidente que nada se justifica por si mesmo, salvo Deus, e, portanto, não sendo nós seres absolutos, estaremos sujeitos a uma dinâmica natural de perpétuo movimento e entropia, numa reconversão ilimitada. A “isso” que nos justifica e utiliza o nosso corpo físico, vi-
tal, psíquico, etc., chamamos Alma ou também, embora mais impropriamente, “espírito”. Assim como a natureza do corpo é mortal, a natureza da Alma é imortal. Um está em movimento alternado e a outra no movimento contínuo. Um vive dos seus impactos com o meio ambiente e a outra dos seus “não impactos”, pois não tem maneira de fazê-lo. Para a Alma, este mundo e qualquer outro que possamos conceber, é absolutamente permeável e não a detém, pois a sua dimensão é outra. Um rádio continua a funcionar ainda que esteja colocado entre quatro paredes de espessos muros, que para as ondas portadoras dos impulsos que se reconvertem em voz humana no receptor não existem, por mais dura que seja a pedra que os constitui. Não é que os muros não tenham realidade, senão que essa realidade está limitada e ainda que um objecto físico não os atravesse, determinadas energias fazem-no e para elas é como se não existissem. Assim, o átomo de Vida Perdurável, o que chamamos Ego, Alma ou como queiram, passa através de um corpo, mas não fica preso nele, pois segue o seu próprio caminho; e se elementos sensíveis a esse Ego o registam e se movem ao compasso da sua música, esta música não cessa com a quebra do rádio. Basta ter outro para voltar a captá-la como antes, ou de forma muito parecida; depende da qualidade do receptor. Não é o corpo que “tem” uma Alma, senão a Alma que “tem” um corpo. Substituindo o pensamento abismal materialista pelo conteúdo filosófico do pensamento espiritualista, conhecemos a realidade e não temos mais temor à morte que o que nos ditam os reflexos biológicos, quando nos surpreendem desprevenidos, ou as prevenções sobre a finalização ou roteiro de determinada obra neste mundo, ao que recomendo aferrar-se somente na justa medida, pois todos somos necessários, porém ninguém imprescindível, por muito que nos pareça. O Destino sempre vela por substituições que permitam a continuação da marcha das águas da vida; cascata a mais, cascata a menos. Existem muito mais alternativas “secundárias” que as que concebemos e, embora seja certo que, por exemplo, um Alexandre constituiu, com a sua
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
prematura morte, o fim de um Império, certo é também que a sua ausência e a presença fulgurante da sua curta e intensa vida provocaram mudanças que tornaram os homens mais conscientes da sua participação na Cultura e na Civilização “Helenística”, que seria um dos mais fortes motores do posterior e mais organizado Império Romano. E estes não são consolos de “velhos”, senão Realidade Vital. Que ninguém tema pela “sua vida”, pois, se à da Alma se refere, não vai perdê-la, já que ninguém perde a Si Mesmo. E, se se refere à do corpo, também é absurdo o temor, pois a que circula por ele não é nossa, nem sempre a mesma; e assim morremos cada dia desde que nascemos, e nascemos cada dia desde que morremos. O querer viver “a sua vida” de maneira pequena e egoísta é uma atitude estúpida e de ignorância. É querer segurar um punhado de areia apertando-o; é pretender reter o vento entre os dedos. E, ainda vendo tudo isto sob o aspecto estritamente pessoal e egoísta, se inevitavelmente temos de morrer, envelhecer e adoecer, e se o que experimenta estas tristes mutações é o corpo, haveria coisa mais estranha que unir-se precisamente ao que sofre e perece? Haveria necessidade maior que utilizar essa outra parte, a Alma, que é seguro refúgio, invulnerável ao tempo e à adversidade? A nossa vida actual, ainda que seja uma das tantas vidas que vivemos na roda das reencarnações, é em si, única e irrepetível. É uma oportunidade de experiência que não tivemos e que não voltaremos a ter exactamente igual, jamais. Daí que nos convenha fazer o melhor uso possível do que alguns chamam “a sua vida”, pois, embora na verdade não seja “nossa”, pertence-nos em função do uso e somos momentâneos depositários dela. Vivê-la com simples dignidade, com a satisfação do dever cumprido, sem melindres e sem libertinagens que deformem a natural forma de ser; adaptar-se às circunstâncias, tratando de torná-las mais favoráveis, sem desespero; ser autêntico a todo momento e velar para que a nossa felicidade não seja forjada com a
19 dor de outros; eis aqui pequenas chaves para viver melhor. E para morrer melhor: ver a morte como uma viagem. E assim como para uma viagem preparamos malas e fazemos um projecto e roteiro prováveis, de igual modo devemos agir com esta viagem para outra dimensão, pois a sua maravilhosa aventura requer que preparemos malas de imaginação, serenidade; agradecimento por todos os bens recebidos neste mundo, sabendo perdoar os males, embora não sejam esquecidos. Que uma sã curiosidade nos acompanhe nesta viagem e o melhor humor possível, sabendo que somos indestrutíveis, e que tão só deveremos enfrentar experiências distintas e num grau muito menor ao esperado. O Filósofo não deve esperar inacabáveis Paraísos nem inextinguíveis infernos; deve esperar, simplesmente, a continuação da vida sob uma variação mais energética que formal, mais espiritual que material. Exagerados prémios e castigos não devem perturbar o Filósofo, pois esses exagerados prémios e castigos não existem, nem na Terra, nem em nenhum outro lugar. As causas estão sempre em relação lógica com os efeitos em todas as coisas manifestadas, seja em que plano de Consciência for. Tudo o demais é simbolismo mal entendido, fantasia ou sistemas para governar povos difíceis. De tal maneira que no Paraíso dos povos nómadas do deserto abundam palácios com jardins e fontes de água inacabável, e no dos povos nórdicos e frígidos, um Walhalla de fogo, pleno de luz e calor. São adaptações da imaginação com as quais, crendo, nos encontraremos num processo parecido ao que chamamos auto-hipnose. Porém, o certo é que a Vida segue. Juntemo-nos a esta Vida que alegremente se escapa do corpo e sigamos cantando até à morte, ou pelo menos procuremos fazê-lo. Que o desalento, filho da ignorância e da debilidade, não se reflicta num Filósofo.
Jorge Angel Livraga
Fundador da Nova Acrópole
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Eu fui, Eu sou… Ecos do passado or José Antunes | Direct
rubrica
da Nova Acrópole
Porto
Estátua-Mendir a Ermida Eis o nome pelo qual sou agora reconhecida. Sei que são poucos os que me conhecem: alguns especialistas que me cuidaram e o povo da Ermida que me trata com muito carinho. De tempos a tempos, algum curioso atreve-se a fazer a difícil caminhada até chegar aqui a esta aldeia isolada na Serra Amarela. No entanto, a paisagem que se aprecia para chegarem até mim é deslumbrante! E fiquem sabendo que a viagem não é apenas pela serra, também o Tempo se vislumbra pelas frestas da Eternidade. Estive desamparada durante muitos anos, décadas e décadas, séculos e, quem sabe, talvez milénios… quando fui descoberta numa parede de uma casa aqui da aldeia. Eu estava tranquila, é certo, mas numa função que não condiz com a minha natureza. Nesse ano de 1981, retiraram-me de onde estava deitada: era apenas mais uma pedra de granito que preenchia um espaço numa tosca e amontoada parede de uma corte (essa parte inferior das casas minhotas, como sabeis). Estava virada para o interior e as minhas costas lisas e banais, como qualquer outro bloco de granito, suportaram os ventos e chuvas e neves ao longo do tempo. Mas assim, nessa posição, nesse lugar, quase que deixei de ser eu mesma… sentia que a minha identidade, o meu ser, já tinham desaparecido e agora restava apenas um conglomerado de micas, feldspatos e quartzos… Agora estou melhor. Posso afirmar que me sinto mais do que uma simples pedra! Colocaram-me condignamente neste museu que criaram especialmente por minha causa… como me sinto importante! Agora admiram-me… sim, os poucos que aqui vêm chegam para me observarem, perscrutarem os meus enigmas, contemplarem-me. E se aqui os visitantes são raros, ou turistas perdidos pela serra, não deixa de
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
haver aqueles que me conhecem à distância. Os especialistas, a quem devo este meu renascimento e de quem estou imensamente grata, também me divulgaram e deram a conhecer, enquadraram-me na História da Arte e fizeram-me pertencer a um longo conjunto de objectos e peças que ajudam a reconstituir o modus vivendi dos vossos antepassados. Certamente tereis muita curiosidade em saber algo mais sobre mim e é natural ao ser humano querer saber. Mas mais difícil é saber querer e, sem este querer bem desenvolvido, como viver o querer saber? Assim, este primeiro querer torna-se apenas um impulso fugaz que anima a vulgar curiosidade humana. Quereis ir mais além? Há que saber querer! Mas o importante agora, e aquilo que estais ansiosos por saber, as respostas que tanto desejais têm a ver com: quem sou eu, o que é o mesmo, qual a minha origem e finalidade… Quando se tem a resposta para o Ser, que fi- Desenho de António Martinho Baptista cará por saber? Sem dúvida que sou uma estátua da família dos menires, dizeis, por estar fixa verticalmente e representando um poder da Natureza que chamais de “feminino”. Claro, viram em mim a reprodução do feminino que há nos humanos… e apesar do meu aspecto tosco e do meu escultor não ser afamado, não significa que não invocasse e contivesse o mesmo poder das estátuas mais afeiçoadas ao vosso cânone. Admirai-vos que os vossos antepassados me tenham invocado? Esses antepassados a quem perderam o rasto e de quem sou um exíguo e profundo testemunho. Acaso não estou numa região onde o poder da Mãe Natureza é notório, onde séculos após séculos, a terra-mãe foi dando os seus imarcescíveis frutos alimentando continuamente os filhos da terra, levando a que filhos de filhos criassem novos rebentos pelo mundo fora? Ficai com os meus mistérios… e na procura dos seus significados profundos acabareis por encontrar a Natureza e vós mesmos!
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
CEHIS nasce com o propósito de divulgar a cultura espanhola nas suas mais variadas facetas: língua, literatura, história, tradições e património cultural. Para além disso, disponibiliza-se uma série de cursos, através dos quais poderá aprender espanhol em duas vertentes: no seu uso quotidiano e aplicado aos negócios. Somos também, especialistas em traduções literárias, com vasta experiência neste campo.
Curso de espanhol aplicado aos negócios Destinatários: Todos aqueles que precisam de adquirir conhecimentos do espanhol na sua vertente comercial.
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Conversação Destinatários: Para todos aqueles que queiram praticar espanhol através do diálogo.
Traduções Livros escolares, ciências sociais e humanas, romance, ficção, poesia, história, literatura, filosofia e artes. Outros: relatórios, folhetos informativos, manuais de formação, publicidade, comunicados de imprensa, cartas comerciais, etc.
Ensino de Qualidade!
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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
Lisboa
Fevereiro
Actividades
Dia 1 | Quarta-feira | 19h30
programa
2012
Janeiro
isboa
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Dia 13 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Tintim e a Juventude Interior Por Cleto Saldanha Investigador e formador da Nova Acrópole
Dia 18 | Quarta-feira | 19h30
Início de curso
Filosofia Prática e Desenvolvimento Pessoal Por Paulo Alexandre Loução (Curso em 16 sessões – quartas das 19h30 às 21h30) Inscrições Abertas
Dia 3 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
A Deusa Lua e o Eterno Feminino Ciclo «A Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky “Simbologia Arcaica”» Por José Carlos Fernández Director Nacional da Nova Acrópole Entrada Livre
Início de curso
Curso avançado de Florais de Bach
Por Carmen Morales Terapeuta e formadora da Nova Acrópole (curso em 8 sessões de 2 horas; Quartas das 19h30 às 21h30)
Dia 22 | Domingo | 10h-17h
Dia 5 | Domingo | 10h00 Visita Cultural
Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira Por José Manuel Anes Doutor em antropologia da religião. Autor da obra «Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira» e Presidente do OSCOT Inscrições Abertas
Actividade ecológica
Plantação de Árvores na Serra de Sintra (Peninha)
Actividade realizada em parceria com a QUERCUS Inscrições na actividade até 19 de Janeiro
Dia 25 | Quarta-feira | 19h30 - 21h30 Aula livre
A Actualidade da Filosofia de Platão
Dia 9 | Quinta-feira | 18h30 Início de curso
Oratória A Arte de Falar em Público Por José Carlos Fernández (Curso em 8 sessões – quintas das 18h30 às 20h30) Inscrições Abertas
Por Paulo Alexandre Loução
Dia 10 | Sexta-feira | 19h30
Escritor, investigador e Coord. da Nova Acrópole de Lisboa Entrada Livre mediante inscrição prévia
Como lidar com a Depressão
Dia 28 | sábado | 9h30-13h30 / 15h30-19h30 Dia 29 | domingo | 9h30-13h30
Por José Ramos Médico de Medicina Tradicional Chinesa e Director da Nova Acrópole em Coimbra Entrada Livre
Conferência
Curso intensivo
Oratória A Arte de Falar em Público
Por José Carlos Fernández Escritor, investigador e Dir. Nacional da Nova Acrópole Inscrições Abertas
Dia 11 | Sábado | 10h-13h / 15h-18h Seminário
Morfopsicologia O rosto e a personalidade Por José Ramos
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
Dia 17 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Crise das Relações Humanas Problemas e soluções Por Selma do Nascimento Formadora da Nova Acrópole
Março Dia 6 | Terça-feira | 19h30 Início de curso
Filosofia e Psicologia Prática A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações
Dia 18 | Sábado | 10h-13h / 15h-18h Seminário
Matemática e Geometria Sagradas
Por José Carlos Fernández (Curso em 16 sessões - terças das 19h30 às 21h30) Inscrições Abertas
Módulo III - Arquitectura sagrada, sabedoria antiga e as curvas Natureza Por José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução Inscrições Abertas
Dia 24 | Sexta-feira | 19h30 Noite de Poesia e Piano
Deuses de um Mundo Antigo
Dia 10 | Sábado | 9h30 - 19h30
Poemas Lusitanos de um Mundo Novo
UMA NOVA MULHER - UMA NOVA INTUIÇÃO
Hinos à Alegria e ao Amor (Afrodite), à Harmonia (Apolo), ao Entusiamo (Dionísio), à Pureza (Artemisa) Pelo Grupo Poesia «Florbela Espanca» e o pianista Jorge Fontes Entrada Livre
Dia 26 | Domingo | 10h00 Visita Cultural
Mosteiro dos Jerónimos - O Simbolismo Hermético da Arte Manuelina Por Paulo Alexandre Loução Autor da obra «Dos Templários à Nova Demanda do Graal» Inscrições Abertas
Sábado aberto
Actividade comemorativa do Dia Mundial da Mulher
9h30 às 11h30
Como lidar com as Emoções Por Carmen Morales
11h30 às 13h30
Workshop de Danças do Mundo Por Carla César
15h30 às 17h30
Workshop de Arranjos Florais Por Severina Gonçalves
Dia 27 | Segunda-feira | 19h00
18h às 19h30
Início de curso
Atelier - Como recitar e viver a Poesia
Curso de Florais de Bach
Por Mariana Esteves Inscrições Abertas para a totalidade ou parte do programa do Sábado Aberto (A ordem pode ser alterada)
Por Carmen Morales Terapeuta e formadora da Nova Acrópole (curso em 4 sessões de 3 horas; Quartas das 19h00 às 22h00)
Dia 28 | Terça-feira | 19h30 Aula livre
Plotino e o Regresso da Alma a Deus Por José Carlos Fernández Entrada Livre mediante inscrição
Dia 23 | Sexta-feira | 19h30 Conferência
Cagliostro - O Grande Mago Alquimista do Século XVIII Por José Carlos Fernández Entrada Livre
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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
26 Dia 30 | Sexta-feira | 19h30
Dia 20 | Sexta-feira | 19h30
Conferência
Conferência
Da Deusa-Mãe à Hipótese Gaia
Lisboa
Por Manuel Ruiz | Doutor em Biologia; investigador do Instituto Internacional Hermes Entrada Livre
Dia 31 | Sábado | 10h-13h / 15h-18h
Steve Jobs Um Génio e um Filósofo? Por Cláudio Craveiro Investigador na área das Ciências Políticas e Relações Internacionais Entrada Livre
Seminário
A Complexidade, a Biologia e uma nova visão da Ciência Por Manuel Ruiz
Dia 21 | Sábado | 10h00 - 13h30
Entrada Livre
Seminário
Abril
Walt Disney, o Pinóquio e o Mito de Prometeu Por José Carlos Fernández
Dia 27 | Sexta-feira | 19h30
Dia 12 | Quinta-feira | das 19h30 - 21h30
Conferência
Aula livre
A Música e o quotidiano no tempo dos "Pilares da Terra" de Ken Follet
O Caminho Moral no Budismo Por Cleto Saldanha Formador da Nova Acrópole Entrada Livre mediante inscrição prévia
Por Américo Cardoso Músico e medievalista Entrada Livre
Dia 14 | Sábado | 9h30 - 13h30 Workshop
Meditação e Concentração Por Cleto Saldanha
Inscrições Abertas
Dia 19 | Quinta-feira | 19h30 Início de curso
Filosofia e Psicologia Prática A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações
Cursos
Recitais
Conferências
Exposições
Visitas Guiadas
Workshops
Teatro
Concertos
Tertúlias
Caminhadas
Por Cleto Saldanha (Curso em 16 sessões - quintas das 19h30 às 21h30) Inscrições Abertas
Ver o programa completo das actividades em www.nova-acropole/lisboa.html
Contactos para informações e inscrições Av. Antº Augusto de Aguiar, 17 – 4º Esq. | 1050-012 Lisboa
Tel.: 213 523 056 / 939 800 855 lisboa@nova-acropole.pt
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
Aveiro programa
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Março
Actividades
2012
Dia 8 | Quinta-feira | 21h00 Conferência
Aveiro
Janeiro
Dia 11 | Quarta-feira | 20h30 Curso
Iniciação à Sabedoria do Oriente e do Ocidente
Arte e simbolismo da civilização Asteca Por José Carlos Fernandez | Dir. Nova Acrópole Portugal Entrada Gratuita
Dia 31 | Sábado | 15h00 Teatro
Histórias de Encantar Local a Definir Entrada Gratuita
Duração: 16 semanas | Horário: 20h30 - 22h30 Inscrições Abertas
Dia 28 | Sábado | 10h-13h e 15h-18h Curso
Iniciação à Cabala Inscrições Abertas
Fevereiro Dia 11 | Sábado | 16h00 Conferência
Como interpretar os sonhos Por João Ferro | Dir. Nova Acrópole Aveiro Entrada Gratuita
A Iniciação à Sabedoria do Oriente e do Ocidente irá conduzi-lo ou conduzi-la pelo inquietante mundo dos mistérios da Vida, do Homem e do Universo. Poderá conhecer--se melhor e despertar aquelas potencialidades latentes que estão adormecidas no seu interior. Aprenderá a exercitar a vontade, a dirigir o mundo emocional e mental, a desenvolver a criatividade… e a ser dono ou dona do seu próprio destino.
Dia 23 | Quinta-feira | 21h00 Conferência
A Sabedoria do Taro Egípcio Por José Ramos | Dir. Nova Acrópole Coimbra Entrada Gratuita
Contactos para informações e inscrições Rua Tenente Resende, 15 - 1º B | 3800-268 Aveiro
Tel.: 937 026 070
aveiro@nova-acropole.pt
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
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Porto programa
Actividades
Dia 13 | Sexta-feira | 21h30 Conferência
Ciência, Filosofia e Religião da Luz Por José Carlos Fernández, Director Nacional da Nova Acrópole Entrada livre
2012 Dia 16 | Segunda-feira | 19h30 – 21h30
Janeiro
Curso
Filosofia e Psicologia Práticas
A Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente (16 aulas, 2 vezes por semana, segundas e quintas-feiras das 19h30 às 21h30)
Dia 9 | Segunda-feira | 18h00 – 20h00
Porto
Curso
Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€) Inscrições Abertas
Iniciação ao Desenho
Todas as segundas-feiras das 18h00 às 20h00
Dia 20 | Sexta-feira | 21h30
Participação: 30€/mês (jovens até 30 anos: 20€)
Conferência
Inscrições Abertas
Curso
A Boa Vontade: de Kant ao Bhagavad-Guita hindu, um percurso pelo valor humano
Atenção, Concentração, Meditação
Por José Antunes | Director da Nova Acrópole Porto
(3 aulas, 2h por semana: dias 10, 17 e 24 Janeiro)
Entrada livre
Dia 10 | Terça-feira | 19h30 – 21h30
Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€) Inscrições Abertas
Dia 12 | Quinta-feira | 20h00 – 22h00 Curso
Dia 27 | Sexta-feira | 21h30 Apresentação do livro
Grandes Enigmas da História de Portugal, vol. III
Os Mitos Universais e as Chaves Psicológicas
Com alocuções dos autores Paulo Loução, Fina D’Armada
(16 aulas, 2h por semana)
e José Antunes
Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€) Inscrições Abertas
Entrada livre
Dia 13 | Sexta-feira | 19h00 – 21h00 Curso
Como Falar Bem em Público (3 aulas, 2h por semana, dias 13, 20 e 27 Janeiro) Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€) Inscrições Abertas
Dia 28 | Sábado | 10h00 – 13h00 Seminário
Arquitectura e Geografia Sagradas Por Paulo Loução | Coordenador do Círculo Lima de Freitas Participação: 20€ (jovens até 30 anos: 10€); inscrições até 26 Janeiro
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
Fevereiro Dia 7 | Terça-feira | 19h30 – 21h30 Curso
Atenção, Concentração, Meditação (3 aulas, 2h por semana: dias 7, 14 e 28 Fevereiro) Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)
29 Dia 18 | Sábado | 10h-13h e 15h-18h Workshop
A Arte da Memória – Esquecer de esquecer é não lembrar! Ensinamentos e Práticas: de Ramon Lull e Giordano Bruno ao presente. Participação: 30€ (jovens até 30 anos: 20€); Inscrições até 16 Fevereiro
Inscrições Abertas
Dia 24 | Sexta-feira | 21h30 Dia 10 | Sexta-feira | 19h00 – 21h00 Curso
Como Falar Bem em Público (3 aulas, 2h por semana, dias 10, 17 e 24 Fevereiro) Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)
Conferência
Corto Maltese e a Busca do Tesouro Imaterial Por Henrique Cachetas Entrada livre
Inscrições Abertas
Dia 10 | Sexta-feira | 21h30 Conferência
Quando os Imperadores eram Filósofos… Marco Aurélio e Juliano Por Graça Lameira | Formadora Entrada livre
Dia 11 | Sábado | 14h30 – 18h30 Workshop
Bomboneria – aprenda a fazer chocolates recheados! Participação: 40€ (jovens até 30 anos: 25€) Inscrições até 9 Fevereiro, limitadas a 6 participantes (não gulosos:)
Dia 25 | Sábado | 10h-13h e 15h-18h Dia 26 | Domingo | 10h-13h Workshop
Como Equilibrar as Emoções com Florais de Bach Por Carmen Morales | Formadora em Florais de Bach Participação: 60€ (jovens até 30 anos: 40€) Inscrições até 23 Fevereiro
Março Dia 4 | Domingo | 10h-13h e 14h30-19h30
Dia 15 | Quarta-feira | 20h00 – 22h00 Curso
Filosofia e Psicologia Práticas A Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente (16 aulas, 2h por semana)
Workshop
Construção de Mobiliário em cartão Participação: 75€ (jovens até 30 anos: 50€) Inscrições até 1 Março, limitadas a 6 participantes
Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€) Inscrições Abertas
Dia 5 | Segunda-feira | 19h30 – 21h30 Curso
Dia 17 | Sexta-feira | 21h30
Filosofia e Psicologia Práticas
Sketch interactivo
A Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente
Para nos falar acerca do Infinito do Universo e dos Mundos, para além de outras coisas mundanas… Entrada livre
(16 aulas, 2h por semana) Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€) Entrada livre
Encontro com Giordano Bruno
Porto
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
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Dia 9 | Sexta-feira | 19h00 – 21h00 Curso
Como Falar Bem em Público (3 aulas, 2h por semana, dias 9, 16 e 23 Março) Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€) Inscrições Abertas
Coimbra programa
Actividades
2012
Dia 9 | Sexta-feira | 21h30
Por José Carlos Fernández Director Nacional da Nova Acrópole Entrada livre
Janeiro
Coimbra
Conferência-audiovisual
Arte e Psicologia: Imagens para o Autoconhecimento
Dia 12 | Quinta-feira | 21h00 Conferência
Dia 10 | Sábado | 10h00 – 13h00 Seminário
Matemática e Arquitectura Sagradas: Egipto | Cónicas | Fractais e Estética do Caos Por José Carlos Fernández Director Nacional da Nova Acrópole Participação: 20€ (jovens até 30 anos: 10€) inscrições até 8 Março
Dia 13 | Terça-feira | 19h30 – 21h30 Curso
Atenção, Concentração, Meditação (3 aulas, 2h por semana: dias 13, 20 e 27 Março) Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€) Inscrições Abertas
Dia 23 | Sexta-feira | 21h30 Tertúlia literária
“Eneida” de Virgílio Por Maria Emília Ribeiro | Formadora Entrada livre
Contactos para informações e inscrições Av. da Boavista, 1057 | 4100-129 Porto
Tel.: 226 009 277 / 918 058 623
porto@nova-acropole.pt | www.novaacropoleporto.org
Platão
O Mago da Filosofia Ocidental Por Françoise Terseur | Filósofa e Escritora Entrada livre
Dia 17 | Terça-feira | 15h00 Início de Curso
Filosofia para o Desenvolvimento Pessoal ao alcance de todos
(em 16 sessões – quartas das 15h às 17h) Inscrições abertas (100 € ou 4 mensalidades de 30€, desconto de 50% para jovens até 25 anos)
Dia 17 | Terça-feira | 20h00 Início de Curso
Filosofia para o Desenvolvimento Pessoal ao alcance de todos
(em 20 sessões – terças e quintas das 20h às 22h) Inscrições abertas (100 € ou 3 mensalidades de 40€, desconto de 50% para jovens até 25 anos)
Dia 21 | Sábado | 16h00 - 19h00 Ciclo de Cultura para Todos
Egipto – Terra de Mistérios
Por José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra
A Arte no Renascimento
Por Françoise Terseur | Filósofa e Escritora Entrada livre
Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita
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Dia 26 | Quinta-feira | 21h00
Dia 10 | Sábado | 16h00 - 19h00
Actividade Hygea para a Promoção da Saúde
Ciclo de Cultura para Todos
Para o acompanhamento e dignificação no morrer
Por José Ramos | Médico de Medicina Tradicional Chinesa e Responsável Nacional do Programa Hygea Entrada livre
A Educação através dos Contos Infantis Por Sónia Conceição
Avanços tecnológicos na antiguidade Por José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra
Fevereiro Dia 2 | Quinta-feira | 21h00 Conferência
Entrada livre
Dia 29 | Quinta-feira | 21h00 Workshop
Por Françoise Terseur | Filósofa e Escritora
Introdução à Meditação Mind Fulness e a Psicologia da Aceitação
Entrada livre
Por Carlos Sofia | Psicólogo
Os Caminhos Secretos da Memória
Dia 11 | Sábado | 16h00 - 19h00 Ciclo de Cultura para Todos
Dia 30 | Sexta-feira | 21h00
Poesia Mística do Mundo
“Caixa de Música” - Concerto Comentado
Declamações a cargo do Grupo de Teatro Mythos da Nova Acrópole
Mozart e Haydn – O lado solar do classicismo musical
Por Françoise Terseur | Filósofa e Escritora
Por Jorge Fontes | Pianista
Entrada livre
Entrada livre
A Linguagem dos Sonhos
Dia 25 | Sábado | 16h00 - 19h00 Ciclo de Cultura para Todos
Dia 31 | Sábado | 16h00 - 19h00
Ciência, Filosofia e Religião da Luz
Ciclo de Cultura para Todos
Por José Carlos Fernández Director Nacional da Nova Acrópole Entrada livre
Tesla, o Enamorado da Electricidade Por João Ferro | Engº e Dir. da Nova Acrópole em Aveiro
Março
As Origens do Movimento Hippie Por Françoise Terseur | Filósofa e Escritora Entrada livre
Dia 8 | Quinta-feira | 21h00 Actividade Hygea para a Promoção da Saúde
Como as emoções e pensamentos se reflectem no corpo Por José Ramos | Médico de Medicina Tradicional Chinesa e Responsável Nacional do Programa Hygea Entrada livre
Contactos para informações e inscrições Rua do Brasil, 194 R/C Dto. | 3030-775 Coimbra
Tel.: 239 108 209 / 933 931 022 coimbra@nova-acropole.pt
Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 8
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Uma ONG para promover o enriquecimento do Homem interior e a fraternidade filosófica entre os seres humanos
A Nova Acrópole é uma Organização Não Governamental Internacional de carácter filosófico, cultural, social e ecológico. Foi fundada em 1957, em Buenos Aires, pelo Prof. Jorge Angel Livraga (1930-1991), historiador e filósofo. A Nova Acrópole promove o enriquecimento do Homem Interior e a fraternidade entre os seres humanos através de actividades de carácter filosófico, cultural e de voluntariado social e ecológico. Num espírito ecléctico fomenta a prática dos ensinamentos dos grandes sábios de todos os tempos, sabendo que a aplicação do conhecimento gera um indivíduo melhor que, por sua vez, pode dar o seu contributo na construção de um mundo novo e melhor. Como afirmava Gandhi, devemos ser a mudança que desejamos para o mundo. A experiência viva da Filosofia sustenta um modelo de cultura activa e participativa que desperta as melhores qualidades de cada um e amplia o horizonte mental, que se abre a todas as manifestações do espírito. Este estilo de cultura torna-nos livres e melhores. A vocação de serviço à humanidade concretiza-se num decidido compromisso para com a sociedade de hoje e o futuro, através de uma vontade dirigida a encontrar respostas e soluções para as grandes interrogações, que provoca em nós um mundo cheio de contradições e desafios.
A acção da Nova Acrópole tem como eixo fundamental a FORMAÇÃO filosófica que se reflecte em duas vertentes fundamentais de actividades: VOLUNTARIADO social e ecológico e CULTURA. A sua carta de fundação assenta nos seguintes três princípios: I. R eunir Homens e Mulheres de todas as crenças, raças e condições sociais em torno de um ideal de fraternidade universal; II. D espertar uma visão global através do estudo comparado da Filosofia, das Ciências, Religiões e Artes; III. D esenvolver as capacidades do indivíduo para que possa integrar-se na Natureza e viver segundo as características da sua própria personalidade. Todos aqueles que partilhem estes princípios podem associar-se à Nova Acrópole como Membros após a frequência do 1º nível do programa de formação.
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