Conhece-te a ti mesmo Nº7

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Set-Dez

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Índice Pág.

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Entrevista

Filosofia, uma Via de Transformação Interior

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Violência em Londres

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As Quatro Faces da Pirâmide

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A Cortesia A Relação do Homem com a Natureza

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Contactos 213 523 056 | 939 800 855

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lisboa@nova-acropole.pt

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Máximas Morais na Índia Antiga Rubrica Eu Fui, Eu sou... Ecos do Passado

Pedra Formosa de Briteiros

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O que é Juventude?

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Programa de Actividades

Ficha Técnica 15 de Setembro • 19 de Outubro 16 de Novembro • 14 de Dezembro 4 Sessões de 3h (c/ intervalo) Uma vez por semana

INSCRIÇÕES ABERTAS Av. Antº Augusto Aguiar 17 – 4º Esq. Lisboa

tel. 213 523 056 tlm. 917 243 132

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Propriedade Nova Acrópole Portugal Av. Antº Augusto Aguiar, 17 – 4º Esqº 1050-012 Lisboa Tel.: 213 523 056 Director José Carlos Fernández Grafismo Daniel Oliveira Tradução Carla César Cleto Saldanha Ricardo Martins Revisão Ana Margarida Mourão José Rocha Rui Duarte Severina Gonçalves Sónia Oliveira

Colaboração JORGE ANGEL LIVRAGA Cleto Saldanha Delia Steinberg Guzmán José Antunes José Carlos Fernández José Ramos Paulo Loução

Os artigos assinados não expressam necessariamente a opinião da Nova Acrópole nem da direcção da revista. Comprometem exclusivamente a responsabilidade do seu autor.

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Editorial O Regresso dos Filósofos Há quase sete séculos, analisando o declínio da sociedade islâmica no Al-Andalus, o filósofo da história Ibn Khaldún escrevia que as sociedades se mantinham em pé enquanto se mantivessem os indivíduos que as sustentavam. Os valores humanos, que geram a coesão social, bem como as instituições, irradiam a partir do próprio coração moral do indivíduo, nascem da integridade perante as circunstâncias adversas. Dito de outro modo, a sociedade não é um ente abstracto, mas a soma dos seus indivíduos com as suas forças e debilidades, com as suas virtudes e defeitos. Se o país gasta o que não tem e depois se converte em escravo das suas dívidas, é porque em casa fazemos o mesmo. Dizia Ibn Khaldún que quando as pessoas confiam que as instituições vão solucionar os seus problemas e se tornam dependentes, adictas do sistema, em vez de oferecerem o melhor de si aos outros, a sociedade torna-se débil e caduca, precipita-se no abismo e na dissolução. Assim o tinha advertido J. F. Kennedy no seu famoso discurso inaugural como presidente dos Estados Unidos: “não perguntem o que o vosso país pode fazer por vós, mas o que vós podeis fazer por ele”. Platão dizia que a cidade morre quando é governada pelo interesse e não pelo dever e pela sabedoria. O Filósofo da Academia divide os seres humanos em Ouro, Prata, Bronze e Ferro. Os de Ouro são os sábios e os de Prata os servidores do dever e da honra. Os de Bronze e os de Ferro carecem da verdadeira noção do bem público e atendem aos seus próprios interesses, por mais que os disfarcem. Portanto, carecem de autoridade moral para governar ou ser um exemplo. Como um lobo que se faz passar por cão de guarda, não pensa em nada mais do que em devorar o gado e aguarda o momento oportuno para saciar os seus instintos. Protegem, por exemplo, como faz uma máfia. O que sustenta a Cidade (e as sociedades, portanto) é a Justiça e não a Lei, como vulgarmente acreditamos. Pois uma lei indevidamente aplicada, injusta ou que é criada ou invocada para favorecer os interesses privados, gerando situações claramente injustas, deixa de ser um elemento ordenador da sociedade. Pelo contrário, destrói-a. As leis, por mais utopicamente perfeitas que sejam ou pareçam, aplicadas de forma injusta, fazem

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3 com que os usurpados e inocentes, as vítimas, clamem ao céu, pois todo o ser humano, se não se tiver convertido num monstro amoral, tem uma noção instintiva do que é justo ou não. As leis ao serviço dos poderosos e injustos convertem-se em látegos e instrumentos de tortura de corpos e almas, massificando os cidadãos até os converter em simples despojos, sem uma verdadeira alegria de viver, sem discernimento, nem princípios, sonhos ou esperanças, a não ser a esperança de uma morte libertadora. Na filosofia da Índia, a palavra Dharma significa Lei (mas Lei verdadeira, não as imitações humanas), Justiça, Dever, Verdade, Caminho. E a raiz etimológica desta palavra sânscrita é “dhr”, que significa sustentar. É a Ordem-Verdade-Justiça que sustenta o mundo e as sociedades humanas. É como um fogo na noite, que atrai todos os olhares, chamando-nos, que dá calor, abrigo e protecção contra as alimárias. Se a cidade morre, se a sociedade se dissolve, se nos sentimos prisioneiros da solidão da alma, da angústia e do desespero é porque o ser humano necessita de reconhecer o seu próximo como irmão, à luz destas verdades e destes valores, solidariamente unido a ele graças à Justiça. Pois, como dizia Aristóteles, esta é a natureza do ser humano, formar “Cidades” onde reinem a Concórdia, a Alegria, o Amor, a Justiça e o Trabalho, o Valor e a Amizade, a Pureza e a Harmonia. Formar um núcleo em redor do centro, em torno do fogo e da luz destes Valores Eternos, e criar instituições cujas linhas de força e resistência sejam estes mesmos valores. Se examinamos o mundo com os olhos da alma, apercebemo-nos de que este é um século de trevas, a injustiça passeia-se insolente pelas cidades e aldeias e entre as ruínas da alma humana; e é senhora em todos os âmbitos e cenários em que nos encontremos. A prova disso é o descontentamento cada vez maior que amargura as horas de vida e a falta de sentido da maior parte de tudo o que fazemos. Mas o Relógio da História marca o regresso dos Filósofos, das almas de Ouro e de Prata, dos apaixonados pela Sabedoria e, portanto, servidores daqueles Valores Eternos que fazem com que o ser humano mantenha a sua dignidade de pé, no meio das ruínas do seu tempo, para elevar na noite a sua tocha de Ideais e Sonhos ao alto, convocando o que nos une a TODOS os seres humanos e afastando as sombras do medo e da ignorância que nos separa e massifica. José Carlos Fernández

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Filosofia

Uma via de transformação interior

Entrevista a Paulo Alexandre Loução, coordenador da Nova Acrópole em Lisboa

P: Quais são as áreas de actuação fundamentais da Nova Acrópole como ONG? R: A Nova Acrópole trabalha em três vertentes fundamentais: Filosofia, Cultura e Voluntariado. Estas três vertentes incluem um grande espectro de actividades culturais como conferências, visitas culturais a monumentos portugueses, divulgação da sabedoria viva das culturas antigas, caminhadas filosóficas, workshops, representações teatrais, etc; e actividades de voluntariado, ecológico e social, que permitem aos nossos membros aplicar conceitos apreendidos e reflectidos. Mas, a vertente fundamental, devido ao seu carácter formativo, é a Filosofia à maneira clássica. Através dos conteúdos que abordamos, aplicados aos dias de hoje, muita desta filosofia pode ajudar o homem do século XXI a realizar-se com maior plenitude. P: O que quer dizer com filosofia à maneira clássica, só estudam os filósofos clássicos? R: Não é isso. Nos últimos séculos, com a divisão do conhecimento, a perda do sentido holístico, a Filosofia tornou-se muito teórica, desfasou-se da realidade humana, da vida em sociedade. A Filosofia à maneira clássica significa voltar ao seu carácter prístino de «amor à sabedoria», a esse saber que enriquece o nosso ser interior e nos ajuda, diariamente, a tomar decisões com maior segurança e claridade mental. A Filosofia é uma via de auto-descoberta interior, um aprender a pensar e a reflectir de modo a aprofundarmos o real sentido da vida, aquilo a que os orientais chamam de Dharma ou Tao. Assim, tem uma índole eminentemente prática. P: Os cursos de Filosofia que a Nova Acrópole promove são fundamentalmente para pessoas que já têm alguma formação na área das ciências humanas?

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R: Não. O nosso curso «Filosofia e Psicologia Prática – Sabedoria Viva do Oriente e do Ocidente», bem como os demais, é acessível a todos, a pessoas com formação em qualquer área e de qualquer faixa etária. Não são necessários quaisquer requisitos mínimos. Frequentam os nossos cursos engenheiros, médicos, músicos, professores, contabilistas, administrativos, gestores, sociólogos, etc. Independentemente da sua função, o ser humano é eminentemente filósofo, pergunta-se donde vem, quem é e para onde vai. No seu íntimo, questiona-se sobre quais são as raízes mais profundas dos acontecimentos, como funcionam as Leis da Vida, o que é a Felicidade na sua essência e como conquistá-la, o que é o Amor no seu sentido mais profundo, quais as causas reais da crise actual no mundo, etc. P: Referiu o Oriente e o Ocidente, as filosofias do Oriente são mais espirituais? R: Não necessariamente. Pensamos que é importante o estudo comparado, assim verificamos que, na essência, os grandes filósofos do Oriente e do Ocidente chegaram a conclusões muito semelhantes sobre a existência humana. Por exemplo, é muito claro estabelecer um paralelo entre o confucionismo chinês e o estoicismo greco-romano. Por sinal, duas filosofias muito pragmáticas e com uma actualidade impressionante. Como diz Lou Marinoff, melhores do que Prozac. P: Em poucas palavras, como expressaria a utilidade da Filosofia para os tempos de hoje, tempos de crise. R: A Filosofia tem um carácter transformador a partir do resgate da liberdade interior. A capacidade de reflexão, de confronto consigo próprio, o «Conhece-te a ti mesmo» da Filosofia permite en-

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contrar um caminho onde a vida interior e a exterior se harmonizam proporcionando uma transformação muito positiva. Cada ser humano é um mundo, único no universo, o pensamento e a sabedoria dos grandes filósofos ajudam cada um, individualmente, a reencontrar o seu mundo na sua amplitude de dimensões. Esse alargamento da consciência abre a possibilidade de uma transformação positiva. P: Para além da transmissão das sínteses filosóficas dos grandes sábios do Oriente e do Ocidente, a Nova Acrópole propõe no curso aulas com exercícios práticos? R: Como já referi a Filosofia, tal como nós a transmitimos e segundo a nossa perspectiva, tem um carácter eminentemente prático. Trata-se de promover o ser humano como protagonista e não como espectador letárgico. A partir desse «Conhece-te a ti mesmo» fundamental, realizamos aulas com exercícios de psicologia no âmbito da concentração, memória, atenção, imaginação, etc. Também fomentamos os diálogos filosóficos e actividades de convívio entre os participantes (É muito salutar e enriquecedor o convívio fraterno entre amantes da Filosofia). P: Quais são as condições para se ser membro da Nova Acrópole? R: Precisamente a realização do curso «Filosofia e Psicologia Prática – Sabedoria Viva do Oriente e do Ocidente». Tem a frequência de uma aula de duas horas, semanal, durante dezasseis semanas, normalmente em horário pós-laboral. A partir daí, qualquer pessoa pode prosseguir os estudos como membro da Nova Acrópole, aceder a uma série de actividades exclusivas e participar na nossa ONG como voluntário nas actividades públicas que realizamos de âmbito cultural, social e ecológico. P: Para finalizar: Têm tido feedback desse efeito transformador da Filosofia nos vossos formandos? R: Sim, esse é um dos aspectos que mais nos motiva. Desde 1979, ano de fundação da Nova Acrópole em Portugal, recebemos muitos comentários positivos, confirmando que a formação filosófica abre novos horizontes e fortalece o entusiasmo no percurso da aventura da vida.

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Sinais de um tempo

Violência em Londres Londres tem sido palco de um grande surto de violência realizado por jovens ingleses. Aparentemente parece ser mais uma manifestação de vandalismo gratuito perpetrado por hooligans (algo que não é tão anormal na cidade), porém, a realidade parece ir mais fundo do que somente isso. Ao entrevistar um jovem que participava nos tumultos, um repórter perguntou se essa seria a maneira correcta deles expressarem o seu descontentamento. A resposta surgiu célere e deixou o entrevistador mudo: “Sim, o senhor não estaria a falar comigo agora se não estivéssemos a saquear, pois não?”. De facto, esta violência parece ser o grito de revolta de uma juventude, na sua grande maioria com menos de 20 anos, que vive no bairro mais pobre de Londres, com pouco acesso ao conforto generalizado, sem apoio do sistema, que abandona prematuramente a escola, com muito poucas oportunidades de emprego e que, como consequência, passa muito tempo desocupada. A situação foi agravada pelo encerramento de 8 dos 13 Centros de Juventude que proporcionavam não só vários cursos, que iam desde tratamento de beleza à formação de DJs, mas também serviços de apoio, como exames médicos ou de saúde sexual. Sem grandes perspectivas de vida, ignorados pelo resto da sociedade, o seu desapontamento e frustração foram canalizados desta maneira agressiva. Parece ter-lhes sido vedada a possibilidade de sonhar, de conquistar algo através do seu esforço. Ninguém parece querer dar-lhes os meios necessários para manifestarem os seus potenciais humanos, de poderem manifestar a sua vocação e, deste modo, responder à convocatória do destino. Platão afirmava que os jovens deviam ter uma educação que lhes permitisse desenvolver-se de acordo com a sua própria natureza, pois era conhecendo e potencializando as suas qualidades e procurando limitar a acção dos seus defeitos que eles poderiam colaborar e assumir o seu papel na sociedade. Não há que esquecer que é neles que está depositado o futuro da Humanidade e que eles carregam as sementes de um Mundo Novo, que se espera melhor do que o actual. No entanto, para que as sementes dêem frutos têm que ser devidamente cuidadas, mas para isso é necessário que “jardineiros” qualificados possam estar dispostos a empreender energia na realização dessa tarefa. Cleto Saldanha

Investigador e Formador da Nova Acrópole

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m antigo ensinamento egípcio utilizava a pirâmide como modelo para chegar à cúspide da evolução. Se a pirâmide é observada desde a sua base, oferece quatro faces claramente distintas que partem até ao topo; são como caminhos diversos que aparentemente conduzem também a fins diversos. No entanto, se iniciássemos a subida, por alguma das suas faces, veríamos com grande surpresa que a separação entre cada vertente diminui, e que contrariamente ao que parecia de baixo, todas as faces desembocam num mesmo vértice superior. Deste modo, os sábios egípcios mostravam a possibilidade humana de chegar à mesma Verdade Essencial através de distintas vias, segundo as naturezas humanas. Mencionavam-se quatro vias fundamentais, nas quais cabiam todas as actividades possíveis para o homem: a Religião, a Ciência, a Arte e a Política.

As Quatro Faces

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A via da religião é uma forma efectiva de união do homem consigo mesmo, com os outros homens e com Deus. Realiza-se através da Mística, o acto espiritual que põe em contacto com os Mistérios ou, como define o fundador da Nova Acrópole, Jorge Angel Livraga, é toda a acção feita com boa vontade e eficácia. A via da ciência deveria eliminar todos os tabus típicos das modas temporais por princípio, e não negar categoricamente aquilo que não se sabe ou que se não pode comprovar. Em vez disso, haveria que experimentar com um espírito aberto, seguindo com ele um caminho de aproximação progressivo à verdade. A Ciência não cria o que descobre, mas sim descobre uma vez mais as eternas Leis da Natureza. Não é para destruir, mas sim o contrário, procura os meios para promover a construção de um mundo melhor. A via da Arte não se fundamenta só nas emoções vulgares e nos sentimentos, mas deve desenvolver a intuição dos Arquétipos, das Ideias Primeiras que, na sua perfeição, incluem logicamente a Beleza. A Arte caracteriza-se pelo seu conteúdo transcendente que, em vez de levar o homem comum para o seu quotidiano, ajuda-o a voltar-se para o que há de Belo em si.

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A via da Política é a ciência e a arte de plasmar uma Civilização. E entendamos por Civilização, um molde – na terra – de convivência humana que sirva de apoio à Lei da Evolução. Assim, é impossível conceber uma Civilização que não leve à evolução. Trata-se de formar o indivíduo de tal maneira que este já não se satisfaça com a simples vida de intercâmbio da sociedade, mas que aspire a um Estado orgânico, em que todas as potencialidades possam ser harmonicamente desenvolvidas. Trata-se de passar da fraca consciência do sono para a clareza da visão de vigília; trata-se de transitar das formas anárquicas e indefinidas para a Ordem Universal. O nosso mundo conhece muito pouco estas quatro vias do modelo piramidal, ainda que manuseie os conceitos correspondentes a cada uma delas. Mas o manuseio destes conceitos é tão deficiente que pode chegar a ser traumático; há quem prefira “nem ouvir falar” de ciência, religião, política ou arte, para não reconhecer que há muita dor nisso, mas pouco conhecimento. Tudo isto é produto do ponto de vista baixo em que nos encontramos em relação à pirâmide. Todas as discussões se produzem ao nível da base. À medida que se ascende na evolução, a perspectiva muda, tanto do que está em baixo como do que está em cima. E já no cume da pirâmide, vê-se, com toda a clareza, o caminho feito e o sentido de cada um dos passos dados. Em cima, domina-se o panorama; a cima chegam os que alcançaram a Sabedoria, os que superaram vários escalões na marcha evolutiva. Arquivo da Nova Acrópole

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curso

Como Falar em Público

Círculo de Geometria e Matemática Sagradas

curso

Florais de Bach

Visitas Culturais

Teatro Poesia Música

Ao serviço da

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Cortesia Começamos por esclarecer que o verdadeiro sentido etimológico e ideológico da palavra “Cortesia” advém das antigas “Cortes”, lugares habitualmente frequentados pelos filósofos, artistas, literatos, políticos, economistas, juízes, médicos e, em geral, todos os profissionais e pessoas distintas a quem correspondia tomar as considerações e decisões de um Estado ou Reino, numa – segundo Platão – congregação, em que através dos seus talentos, saberes e habilidades, prestavam um serviço público à sociedade; os que estavam dedicados ao Estado, palavra que em latim se

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transformou na res publica (da causa pública), de onde provém a palavra “República”. Em todas as antigas Culturas e Civilizações que conhecemos, mesmo que parcialmente, existia uma forma “cortês” de relações entre pessoas. Na denominada Idade Média do Ocidente, o cortês desenvolveu-se num círculo mais fechado de comunicação entre Damas e Cavaleiros e destes entre si, desde a formação como pajens até à culminação como cavaleiros. Infelizmente, com o passar do tempo, muitas dessas úteis e saudáveis tradições caíram em desuso e até na degeneração, promovendo costumes falsos e mentirosos. Esta última ima-

gem é a que nos conduziu ao nível de comunicação massiva. E hoje, entre os medianamente jovens, os que sofreram as deformações do pós-guerra, a cortesia aparece como um sinónimo de falsidade e falta de autenticidade. Nós, filósofos, queremos resgatar e gerar formas de cortesia que nos afastem da animalidade estupidificante e do aborrecimento do meramente instintivo. A cortesia é, ao mesmo tempo, uma forma de generosidade e de amor. Um reconhecimento da fraternidade universal para além de todas as diferenças de classes, etnias, sexos, nacionalidades, estados sociais e económicos. É uma maneira humilde, mas agradável, de aplicar o primeiro Princípio da Nova Acrópole: “Reunir homens e mulheres de todas as crenças, raças e condições sociais em torno de um ideal de fraternidade universal.” Do mesmo modo que quando oferecemos uma prenda, por mais pobre que seja, costumamos cobri-la com papéis e fitas coloridas, de maneira que antes de chegar ao ob-

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jecto em si, o destinatário tenha a sensação de que pensamos carinhosamente nele e que nos preocupamos em lhe expressar os nossos sentimentos afectuosos e os nossos bons desejos, qualquer palavra ou acção deve estar prudentemente envolvida na nossa capacidade de dar e amar. Não se é menos homem ou menos mulher por superar rusticidades. São, pelo contrário, o cavaleiro ou a dama mais eficazes e agradáveis que põem em tudo o que fazem um toque de beleza, de amor e de cortesia. O que é que nos impede de saudarmo-nos com

um aperto de mãos, um abraço ou um beijo, de acordo com a circunstância e os actores? E por “actor” devemos entender o que o Imperador Augusto entendia: participantes activos e eficazes da vida... aquele que faz algo. O verdadeiro “actor”, segundo o Teatro Mistérico, é aquele que representa as coisas; aquele que as apresenta novamente, mas agora com uma carga de interpretação humana que as melhora, embeleza e enobrece, de modo que todos possam participar nelas de alguma maneira. Deveríamos esforçar-nos por não manifestar qualquer gesto de ira e de amargura, de ódio ou de rancor. Esta atitude, embora comece por ser meramente externa, se for mantida com fortaleza e perseverança, chega a tocar profundamente e, como o palhaço dos contos, de tanto sorrir e fazer rir, acaba por contagiar-se a si mesmo com a sua alegria e encontra consolo para as desventuras da vida. Existem muitas “ideologias” políticas e religiosas que provocaram genocídios e fizeram chorar muita gente. Que possamos nós dar o contrário: alegria, paz, concórdia, prosperidade. Um filósofo

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triste por circunstâncias banais não é um verdadeiro filósofo e menos ainda se o demonstra e chora as suas dores a todas as suas amizades, dando sinais de fraqueza, impotência espiritual e debilidade vampirizante. Acostumemo-nos antes a dar do que a pedir. Evitemos julgar os outros perante a escassa luz do nosso ainda nascente discernimento, abundantemente deformado pelas nossas paixões. Sejamos fortes e verticais. No mundo já existem demasiados mendigos... Não sejamos um deles. E não me refiro somente ao plano económico, mas ao global. Ofereçamos de mãos cheias! A nossa energia, a nossa bondade e boa vontade para todos. Trabalhemos muito, estudemos, pensemos e oremos o necessário... mas acima

de todas as coisas, rompamos os nossos moldes de egocentrismo, com Humildade de Coração, que não é a do corpo e dos farrapos. Sejamos Corteses... Façamos realmente todos os dias, um mundo novo e melhor... e habitemos nele. Jorge Ángel Livraga (1930-1991)

Fundador da Nova Acrópole

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Relação do Homem com a

Natureza A Ecologia como ciência surge, em 1895, com o professor Eugen Warming, que leccionava Botânica na Universidade de Copenhaga, tendo este termo sido proposto, em 1869, pelo biólogo alemão Ernest Haeckel, que o fez derivar das palavras gregas “oikos” (casa) e “logos” (estudo). Assim, Ecologia é a ciência do estudo das interacções entre os organismos que vivem num ambiente em constante mudança. No entanto, nem o estudo dessas interacções nem a preocupação na preservação do seu equilíbrio, remontam, exclusivamente, a pouco mais de um século da história da humanidade. Embora, muitas vezes, o filósofo grego Teofrasto, discípulo de Aristóteles, seja considerado o primeiro estudioso a observar e descrever as relações entre os organismos e o meio que os circunda, por ventura em resultado de aplicar uma metodologia aristotélica, da qual a ciência actual é herdeira, não podemos colocar de lado outros modos de o Homem, na Antiguidade, entender a natureza e se relacionar com ela, talvez de um modo mais íntimo e menos racionalista, mas não menos verdadeiro. Nas antigas civilizações, o Homem vivia e convivia directamente com a natureza, longe das crenças medievalistas que mais tarde surgiriam, e que, de algum modo, ainda habitam o inconsciente de muitos Homens, de que a Natureza teria sido criada com a finalidade de contemplação e usufruto do ser humano. Nessas civilizações vamos antes encontrar uma ideia de unidade da existência, uma concepção sagrada, perfeita, da harmonia do universo (um só sentido; uni = uno; versus = sentido) que era respeitada e reverenciada como expressão do Uno, Deus ou o que cada Homem, em cada tempo, Lhe chamou. Bem como o exemplo dos diferentes fenómenos climáticos, mais ou menos severos, que constituíam o modo ou expressão de leis que permitiam manter o equilíbrio dessa unidade e, naturalmente, também assim o modo de o ser humano não

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14 ultrapassar os limites, atitude “naturalmente” humana, que podiam fazer perigar esses ecossistemas e o próprio Homem. Infelizmente, hoje, este relacionamento sagrado com a Natureza podemos apenas encontrá-lo em pequenos grupos indígenas, muitos deles resultantes da dissolução dessas antigas civilizações, o que nos induz, bastantes vezes, a pensar de um modo simplista, nem sempre ausente de manipulação, no sentido de que haverá uma antítese entre o desenvolvimento civilizacional e o amor, o respeito e a relação harmónica do Homem com a Natureza. O estabelecimento desse vínculo sagrado entre o Homem e o resto da Natureza encontrava-se presente através da ritualização da vida, que como diz Saint-Exupéry, no “Principezinho”, é o que torna um momento diferente do outro. Isto fá-lo, também, entender os seus próprios ciclos, que não existe diferença entre a ordem e a harmonia à sua volta, que esta vive no interior de si mesmo, entre o macrocosmos e o microcosmos, como a sábia frase do oráculo de Delfos e repetida por Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e as suas Leis”. Dessa observação profunda e vivida da Natureza, o Homem retirou os seus símbolos e mitos, pois no voo de uma águia que busca o céu está o mistério da mesma força que impulsiona a alma humana em busca dos mais elevados ideais; no lótus que emerge da lama e cresce em botão ao longo das águas, só abrindo à superfície quando tocado pela luz do Sol, encerra o mesmo mistério da alma humana que só se pode abrir quando desejando alcançar a luz, irrompe da lama da imperfei-

ção e caminha pelas águas da vida até poder desabrochar na luz da sabedoria. Para estes Homens que não se limitavam a olhar a natureza mas penetravam nos seus mistérios, retirando compreensão e sabedoria, era realmente natural o seu respeito e cooperação com a Natureza, pois ela era o fundamento e referência dos próprios valores culturais e civilizatórios. Ao longo de todo o processo de desenvolvimento da história, mais ou menos recente, da humanidade, houve vários factores que foram contribuindo para a perda progressiva dessa visão sacralizada da natureza. Agora, neste pequeno artigo, não poderemos desenvolver todos esses factores, porém sintetizamo-los naquele que será o marco decisivo dessa viragem: a Revolução Industrial no século XIX, não necessariamente pelo impulso tecnológico mas pelas ideias que a irão animar. Assim, impera a visão utilitarista da natureza em que o Homem passa a reinar como déspota sobre todos os seres, em que já não lhe bastará retirar dela o que necessita para viver e transformar o que lhe permitirá melhorar as suas condições de vida, mas passará a ser agora usada para fins de acumulação, de moeda de troca, de exploração e poder ao serviço do egoísmo e individualismo que não só quebrou as forças harmónicas da própria natureza mas também aquelas que unem os seres humanos como suas partes integrantes. Nesta pequena reflexão, que não tem pretensão alguma de estudo aprofundado sobre o tema, não queria deixar de estabelecer a diferença quanto ao pensamento do Homem nas antigas civilizações (que é tão vasto e diverso) e o do Homem moderno, pois é segundo o modo que pensamos que naturalmente actuamos e, provavelmente aí, resida o maior desafio ecológico para os nossos tempos: Uma revolução de ideias que aspire, acima de tudo, a um Homem Melhor e a um Mundo Novo e Melhor. José Ramos

Médico em Medicina Tradicional Chinesa e Director da Nova Acrópole Coimbra

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Filosofia e Psicologia Prática A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações

As filosofias clássicas do Oriente e do Ocidente oferecem ferramentas práticas para enfrentar os desafios da actualidade e alcançar a realização individual e harmonia nas relações humanas. Este curso destina-se a todos aqueles que se perguntam sobre as Leis da Vida e que querem aprofundar o seu sentido. Essa mesma demanda estimulou grandes sábios que deixaram o seu legado pleno de ensinamentos atemporais, perfeitamente actuais e práticos para o Homem do século XXI. Nesta perspectiva, a Filosofia é uma via de transformação interior e desenvolvimento pessoal. Objectivos do curso • Percepção da Unidade dentro de nós, a Unidade ao nosso redor e o caminho para a Unidade; • Melhor conhecimento das leis que regem a Natureza. A sua estrutura septenária; • Ir mais além das aparências e desenvolver o discernimento. Da superação à transformação; • Tomar consciência dos recursos internos e realizar o seu potencial. Potenciar a auto-estima; • Despertar a liberdade interior e a autenticidade com base no «Conhece-te a ti mesmo». • Percepcionar os ciclos da história e os seus motores ocultos. O profundo significado dos mitos; • Compreensão da raiz espiritual e moral da crise dos nossos dias e o entendimento do sentido evolutivo da Humanidade; • A passagem do Homem-espectador ao Homem-protagonista, arquitecto do seu próprio destino; • Transmissão dos fundamentos de uma nova visão do Homem e do Universo. Conteúdos-base Platão e a Tradição Grega | Sabedoria em Roma | Textos de Sabedoria no Egipto | Índia milenar | Mistérios do Tibete Filosofia de Buda | Confúcio e a Ordem Social | Neoplatonismo | Os Arquétipos e os Ciclos da História Actividades complementares facultativas Durante o período do Curso, é proposto aos formandos aulas temáticas complementares, vídeo-fóruns, actividades de convívio e debate filosófico, visitas culturais e exercícios de psicologia prática. Duração e horário O curso tem uma duração de 16 semanas, 1 sessão de duas horas por semana em vários horários, nomeadamente pós-laborais. Vide informação em www.nova-acropole.pt. Material de Apoio Oferta de material pedagógico que compreende textos de apoio e diagramas temáticos. Biblioteca especializada disponível para consulta. Envio por e-mail de textos complementares. Para obtenção de diploma, é necessária a assistência de, pelo menos, 75% das aulas totais do curso. Continuidade da formação A realização deste curso permite o acesso ao IIº nível de formação e a possibilidade do formando se tornar Membro da Associação Cultural Nova Acrópole, podendo assim aceder às actividades exclusivas para Membros e participar como voluntário nas actividades da Associação. Descontos Os jovens até 25 anos usufruem de desconto.

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 7

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MÁXIMAS MORAIS DA

ÍNDIA ANTIGA

I - Princípios 1 «Dentro do coração de todos os seres vivos, reside o Espírito Supremo (Īśvara).» Bhagavad-Gītā XVIII, 61

2 «Ó homem, tu pensas estar sozinho; e por isso ages conforme o desejo. Tu não te apercebes do Espírito eterno que habita no teu peito. O que quer que faças, Ele vê, e tudo observa. Este Espírito é o teu próprio espectador e refúgio. Ele é o supremo e eterno vigilante do homem. Não o ofendas.» Mahābhārata I, 3, 15; Manusmṛti VIII, 85

3 «A acção, quer mental, verbal ou física, gera em si, o fruto do bem ou do mal, dependendo se a própria acção é boa ou má; e das acções do homem, surgem as transmigrações para o mais elevado, mediano e mais baixo grau. Ninguém experimenta a alegria ou o sofrimento para além daquilo que é fruto das suas acções. Todos colhem as consequências da sua conduta.» Manusmṛti XII, 3; Mahābhārata XIII, 6, 30; Viṣṇu Purāṇa I, 1, 18.

4 «Daqui para a frente, sabendo que a miséria se abate sobre as almas encarnadas devido à violação do dever, e que a felicidade inesgotável desce sobre elas devido ao recto cumprimento de todos os deveres; assim, de acordo com os teus poderes intelectuais, percebendo as encarnações conforme as suas virtudes ou vícios, deverás fixar o teu coração na virtude de forma constante, mantendo-te puro no pensamento, na palavra e no dever.» Manusmṛti VI, 64; XII, 23; XI, 232

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5 «Tu deves esforçar-te para te elevares a ti mesmo, porque a Alma é amiga do eu inferior; e este eu, da mesma forma, também é o inimigo da Alma (EU Superior).» Bhagavad-Gītā VI, 4

6 «A mente humana é a causa, tanto da prisão como da libertação. O seu apego aos objectos dos sentidos é a razão da sua prisão, e a sua separação dos objectos dos sentidos é o motivo da sua libertação. Aquele que é capaz de discernir o conhecimento deverá, desta forma, privar da sua mente todos os objectos dos sentidos; e depois meditar sobre o Parabrahman, o Espírito Supremo, de modo a atingir a libertação.» Viṣṇu Purāṇa VI, 7, 22-30

7 «Na passagem que o homem faz para o próximo nascimento, nem o seu pai, nem a sua mãe, nem a sua esposa, nem o seu filho ou familiares, lhe farão companhia. A única coisa que acompanha a sua alma é o efeito das suas acções (Karma). Assim, o homem deve acumular a virtude a fim de garantir um bom e inseparável companheiro. Com a virtude como guia, ele percorrerá o difícil percurso das trevas.» Manusmṛti IV, 241-242

II - Preceitos Gerais 8 «(1) Realização; (2) Abstenção da violência para com os outros, benevolência activa, substituir o mal pelo bem; (3) Resistência aos apetites sensuais; (4) Abstinência do roubo e do ganho ilícito; (5) Pureza, castidade, e honestidade; (6) Reprimir as paixões; (7) Adquirir conhecimento; 16-09-2011 14:52:49


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(8) Adquirir Sabedoria Divina; (9) Veracidade, honestidade e fidelidade; e (10) Libertação da ira e do ódio; esta é a sequência dos dez virtuosos deveres.» Manusmṛti VI, 92

9 «Cobiça, indolência, avareza, difamação e calúnia, materialismo, negligência para com os actos prescritos, o hábito de pedir favores, a inatenção para com os deveres, pertencem à qualidade negra (Tamoguṇa); assim como negar o estado futuro (i. e., ser ateu), negligenciar os textos sagrados (Vedas), desprezar as Divindades, inveja, ódio, vaidade, orgulho, ira e severidade.» Manusmṛti XII, 33; IV, 163

10 «Persiste nas boas acções; subjuga as tuas paixões; presenteia os outros de forma adequada; sê por hábito gentil; aceita as dificuldades com paciência; não te associes com os perversos; e não causes dor a nenhum ser vivo; assim chegarás à bem-aventurança.» Manusmṛti IV, 246

III - Preceitos Específicos

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15 «Sê verdadeiro no discurso (Satyam). Conquista apenas a Verdade, e não a mentira. A Verdade é a feliz correspondência da mente, do discurso e das acções entre si. Nenhuma religião ou moral é superior à Verdade, e nenhum pecado é maior do que a mentira. Portanto, que os mortais sejam fiéis à Verdade, e apenas a ela, sempre. A Verdade representa uma grande devoção; e da Verdade dependem os bons efeitos das nossas acções. Nada é superior à Verdade.» Taittirīya Upaniṣad I, 2; Muṇḍaka Upaniṣad I; Śāndilya Upaniṣad, I; Mahānirvāna IV, 70-73.

16 «Sê Justo. Se a Justiça for destruída, destrói; se for preservada, preserva; por isto ela nunca deverá ser violada. Cuida para que a Justiça não seja destruída, destruindo-te a ti e a todos nós.» Manusmṛti VIII, 15

11 «Segue o caminho dos bons; o Caminho que seguiram os teus antepassados. Porque tal como o néctar é retirado das plantas venenosas, também tu deverás retirar exemplos da boa conduta de todos os seres, a humildade do discurso de uma criança, a conduta prudente de um inimigo, e o ouro da matéria impura.» Manusmṛti II, 239; IV, 178

12 «Esforça-te por aumentar o mérito religioso que outorga o bem a todos.» Viṣṇu Purāṇa I, 11, 23

13 «Ainda que sejas oprimido pela miséria, devido a rectas acções, nunca permitas à tua mente um caminho injusto.» Manusmṛti IV, 171

14 «Sempre que um homem peca, não basta dizer: “não pecarei novamente”. A libertação da culpa depende do verdadeiro arrependimento; que consiste em não pecar de aí em diante.» Manusmṛti XI, 230

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18 17 «Não ofendas os outros. Porque a não-violência significa não causar qualquer género de dor – a quem quer que seja, em tempo algum – através da mente, do discurso ou da acção. O princípio da não-violência ajuda-nos a praticar as virtudes da compaixão, caridade, devoção e veneração. Ela é a nossa maior força e maior amiga; é a fonte da felicidade, veracidade e de tudo o que é bom.» Mahābhārata, XII, 22

18 «A caridade é um direito dos justos.»

Viṣṇu Purāṇa I, 1, 21 «Se foste tratado com

crueldade, não regresses a essa crueldade. Deseja bênçãos e não maldições.» Manusmṛti VI, 47 «Um homem bom pensa apenas no modo de beneficiar a todos, e não alimenta sentimentos de hostilidade para com o outro, até no momento em que esteja a ser destruído por ele, da mesma forma com que uma árvore de sândalo verte perfume sobre a lâmina do machado, no momento em que é cortada.» Hitopadeśa

19 «Preza pela gratidão. Os sábios prescrevem expiações para assassinos, ladrões, alcoólicos e outros pecadores; mas nenhuma expiação pode limpar o pecado de alguém cuja ofensa seja a ingratidão.» Rāmāyaṇa IV, 43, 2

20 «Não negligencies a benevolência. Um ignorante questiona-se, “Pertencerá esta pessoa à nossa família?” Enquanto o nobre de espírito vê em toda a raça humana a sua família.», «Aquele que voluntariamente não causa nenhum tipo de sofrimento a ninguém, mas que busca a bondade para todos, recebe a felicidade eterna.»

Taittirīya Upaniṣad XI, Śikṣāvallī; Hitopadeśa, I, 79; Manusmṛti V, 46; Mahopaniṣad

21 «Doar significa dar na medida justamente merecida e com boa vontade, sementes e outros produtos, àqueles que precisam de ser ajudados. Ajuda, de acordo com as tuas possibilidades, os mendigos desamparados, os crentes e os cépti-

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cos; e – sem prejudicares os que dependem de ti – reserva uma quantidade justa da tua riqueza para benefício de todos os seres necessitados.» Śāndilya Upaniṣad II; Manusmṛti IV, 32

22 «Não sejas egoísta. Uma tendência egoísta tem de ser rapidamente destruída, pois é a raíz dos dois tipos de maldade. Não sejas tão ansioso na tua luta pela subsistência, pois ela foi preparada pela Providência. O nascimento de uma criança não é anterior ao fluxo de leite no peito da sua mãe», «Os sábios entregam toda a sua riqueza e até a sua vida, pelo bem dos outros. A destruição da riqueza e da vida é inevitável e eles preferem sacrificar-se pelas coisas boas. Lembra-te de que existe uma grande diferença entre o corpo mortal e a virtude; o primeiro parte-se em pedaços num momento, enquanto o outro resiste até ao fim do Kalpa.» Manusmṛti VII, 46; Hitopadeśa I, 177, 43, 49

23 «Não cobices os bens dos outros. Abster-se do roubo significa abster-se do desejo de posse sobre a propriedade de outro, quer seja um acto mental, verbal ou físico.» Īśāvāsya Upaniṣad VI; Śāndilya Upaniṣad I

24 «Não desejes honrarias salvo aquelas que sejam fruto das tuas acções; e satisfaz-te com o lugar que ocupas.» Viṣṇu Purāṇa I, 11, 22, 29

25 «Contenta-te. O contentamento é a pura satisfação para tudo o que possa suceder. O desejo não se satisfaz com o usufruto dos objectos desejados, tal como o fogo não se apaga com manteiga; mas apenas arde com mais veemência.» Manusmṛti II, 9, 10

26 «Treina a tua força interior, que significa estabilidade mental a todo o momento, quer quando se perde riqueza, quer quando se ganha. Não deixes que a tua mente se afunde na desgraça, nem se exalte na prosperidade. Sê livre da ansiedade, do medo, e do ódio; e ser sempre convicto no mantimento de uma recta conduta.» Śāndilya Upaniṣad; Bhagavad Gītā II, 56

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27 «É verdade que o homem comete alguns pecados devido à ligação que os seus órgãos têm com o prazer sensual. Ele deverá então subjugá-los rigorosamente; atingindo assim a felicidade última.» Manusmṛti II, 93, «A raiva é a paixão dos tolos; e não faz dele um homem sábio.» Viṣṇu Purāṇa I, 1, 18

28 «Todas as acções provam ter sucesso se conduzidas com prudência.» Viṣṇu Purāṇa I, 13, 78

29 «Fala sempre com gentileza e amabilidade. Não mantenhas uma discórdia injusta ou uma discussão, nem participes em conversas fúteis.» Manusmṛti IV, 139

30 «Tu deverás olhar para os outros como olhas para ti próprio. E lembrar que a vida é tão querida para todas as criaturas vivas como é para ti e tu deverás comparar todas as tuas acções às dos outros e depois escolher fazer o que é mais correcto. Na provocação de prazer ou dor, no cumprimento ou recusa de um acto generoso para com os outros, um homem obtêm a medida exacta pela auto-comparação.» Mahābhārata XIII, 116; Hitopadeśa I, 2, 12

31 «Abstém-te das refeições de carne e das substâncias tóxicas. Sê moderado no virtuoso descanso e na acção; na comida e na dormida; pois assim evitarás a miséria.» Maitri Upaniṣad; Bhagavad-Gītā VI, 17; Brhadāranayaka Upaniṣad

32 «O vício do jogo é, desde tempos antigos, causador de grande mal. Que nenhum homem sensível, daqui para a frente, se vicie no jogo ou noutra prática maldosa, ainda que seja por diversão.»

19 34 «Não desprezes aqueles que te são inferiores, aqueles que são deficientes, os que são ignorantes, os que são idosos, aqueles que não têm beleza ou riqueza, ou aqueles que são de classe inferior.» Manusmṛti IV, 141

35 «Até um homem valente como um leão, não gerará fortuna sem actividade e esforço. Por isso, todos devem fazer o que lhes é devido, porque a acção é preferível à inacção e porque a partir da inacção, não há sucesso no caminho da vida.», «Mas a acção tem de ser desinteressada.» Hitopadeśa 31; Bhagavad-Gītā II, 47; III.

36 «De todas as coisas puras, a pureza no adquirir de riqueza, é tida como a mais importante neste mundo. Por isso os meios de adquirir riquezas devem ser sempre puros; especialmente, para aqueles homens importantes, dos quais as pessoas dependem na remissão dos seus erros. O Soberano deve manter a pureza ao exilar homens de má conduta do seu reino, depois de confiscar as suas riquezas.» Manusmṛti VII, 124

IV - Conclusão 37 «Aquele que vê em todos os seres uma parte do Espírito Supremo, o Espírito Supremo em todas as coisas, é, daí em diante, incapaz de cometer qualquer pecado.» Īśāvāsya Upaniṣad VI;

Onde há Virtude há Vitória.

Manusmṛti IX, 227

33 «Respeita a tua mãe. Respeita o teu pai. Respeita o teu mestre. E respeita os que te são superiores.» Taittirīya Upaniṣad I , 11; Manusmṛti IV, 134

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* Estas máximas foram recompiladas por H.S. Olcott como um código moral para jovens da Índia, extraídas dos textos filosóficos e sagrados daquele país.

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rubrica

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Eu fui, Eu sou… Ecos do passado

A

Pedra Formosa de Briteiros

Formosa sim, é este o apelido que me colocaram há muitas décadas e décadas passadas. Pois no meio de tanto granito por lavrar, tanto monótono penedo que contemplar, encontrarem-me talhada com estas belas insculturas, que melhor apelido que este? Sei que desassosseguei imenso os curiosos e eruditos humanos na demanda dos meus segredos… da minha longa história apenas podereis saber as últimas peripécias. Sim, peripécias, para um bloco monolítico como eu andar a ser deslocado para vários lugares não é próprio da minha natureza. Quando me redescobriram no alto da Citânia de Briteiros – já nem sabem em que lugar exacto! – no longínquo século XVII, decidiram que eu poderia servir para decorar a quinta que o abade de S. Estêvão de Briteiros tinha no Poço d’Ola, próximo do rio Ave e para aí me deslocaram, com uma moura que me levava à cabeça e fiava uma roca, ou conduzida com sete juntas de bois. Em 1718, fui levada para o adro da igreja da freguesia e aí fui ficando deitada, mais ou menos desvalorizada e quase abandonada por mais de cem anos. Martins Sarmento ficou deslumbrado comigo e quis colocar-me no meu local de origem. Assim empreendi a viagem monte acima, levada

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agora por vinte e quatro juntas de bois, aí fiquei “hospedada” numa casa circular dos meus contemporâneos e que tinha sido recuperada pelo meu protector. Nesse ano de 1876 senti-me “voltar a casa”… mas era já uma casa sem vida, apenas toscos pedaços de granitos ocupavam agora aquele espaço, para além da agreste vida natural visível nas plantas e carvalhos e aves e répteis… aqueles humanos que me talharam nunca mais voltariam. Outros agora ali passavam com a sua curiosidade, às vezes benéfica, outras vezes destruidora e assim o meu protector decidiu dar-me um local mais sossegado, acessível e digno para eu ser contemplada. Empreendi então, em 1897, uma viagem mais longa até Guimarães e aí fiquei bem instalada no claustro do antigo Convento de S. Domingos, transformado agora em Museu especializado na época dos meus contemporâneos. E eu era a mais bela pedra que ali estava! Pensava eu que, agora sim, já tinha um local para descansar… puro engano! Em 2003, já estava eu novamente próxima da Citânia, agora no antigo Solar da Ponte, em S. Salvador de Briteiros, convertido em Museu da Cultura Castreja. E aqui sou a estrela principal! Os meus segredos mais não são do que reflexos daquilo que os humanos desconhe-

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cem. E nessa tentativa de desvelar os meus segredos, várias foram as opiniões que tiveram, ou têm, sobre mim. Descreverem-me é fácil com um bom sentido observador e espírito científico: enorme laje de forma hexagonal, com lados bastante irregulares, com 2,90 metros de largura por 2,28 metros de altura e 24 centímetros de espessura, com peso de cerca 5 toneladas; ricamente talhada pela frente enquanto a face oposta está em bruto. Mas qual seria a minha finalidade, a que me destinava? Na minha época, as obras de arte tinham um objectivo e não poderia ter sido criada apenas por iniciativa de um laborioso artista… e assim interpretaram-me. De pedra de ara ou mensa sacra destinada a sacrifícios ou a libações (teria que viver na horizontal!), a um accubitum, a uma estela funerária, a uma fachada de monumento funerário… E esta última hipótese estava próxima da verdade como se comprovou ao encontrarem as minhas “familiares”. A primeira destas foi encontrada na minha “cidade”, na Citânia de Briteiros, em 1930 pelo coronel Mário Cardoso, nas suas explorações arqueológicas continuando os trabalhos de Martins Sarmento. Estava resolvido, em parte, o segredo do fim a que me destinava. Terei sido, então, talhada e esculpida na Citânia ou para aí transportada? Iria substituir a fachada do monumento existente ou seria obra aí produzida para ir para outro monumento de outra citânia? O importante é que desvendaram um pouco do meu mistério e o meu destino foi elucidado. Pelo menos um pequeno véu foi levantado mas outros vão permanecendo… de monumento funerário onde se incinerariam os defun-

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tos passei para sauna! Sim, junto havia água e havia fogo, mas acaso pensais que os humanos do meu tempo construiriam os seus mais belos e artísticos edifícios para simples banhos corporais? Nada vos diz o facto destes monumentos estarem orientados no espaço e numa zona específica das citânias nem que, para isso, fosse necessário canalizar a água até lá chegar? Não deveis medir as obras que outros produziram apenas por aquilo que hoje conseguis produzir. Só alargando as vossas consciências para a profundidade do ser humano, nos seus mais vastos mistérios interiores, podereis acercar-vos aos segredos que ainda trago por desvelar!

José Antunes

Director da Nova Acrópole Porto

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O que é juventude? O que é juventude? Juventude é precisamente sair da prisão do tempo. Juventude é colocar a nossa consciência, não num corpo que es­tá destinado a gastar-se e a envelhecer, mas no eterno, naquilo que é sempre e que permite reconhecermo-nos e dizer: «Eu sou». Porque há uma continuidade desde que fomos crianças, jovens, homens maduros, anciãos. O que é que nos permite reconhecermo-nos? Qual é esse fio que une todas as contas do colar e que vem do fundo do tempo para se plantar no nosso presente? Ali é onde nasce a juventude sem tempo; ali é onde se abrem as barras da prisão... Com estes três factores podemos lançar-nos verdadeiramente para romper aquilo que nos retém. Isto, que pode parecer para nós quase impossível, era, no entanto, um estudo ao qual dedicavam muito tempo — valha a redundância — os antigos nas Escolas de Mistérios, visto que, de alguma maneira, tinham conseguido manejar o tempo. Como? Através de uma consciência e de uma atenção contínuas e não de altos e baixos. Porque é que temos, tão amiúde, a sensação de um tempo que nos sacode e nos trespassa? Porque vivemos aos saltos, porque a nossa consciência fica em cada ponto somente uns instantes, pois há coisas que a distraem. E a nossa atenção fica desesperada por­que o tempo pesa-lhe enquanto não consegue continuidade. Talvez um dos segredos mais difíceis de compreender destes gran­des Sábios tenha sido esse sentido da continuidade e de uma consciên­cia tão fixa que o tempo tranquilizava-se, estabilizava-se e tornava-se ac­tivo, pois a atenção podia abarcar tudo o que necessitava. Eles aceleraram o tempo. Transformaram o futuro em presente. Aceleraram a sua evolução, a sua capacidade de conhecer, de compre­ender, e com essa aceleração de tempo assumiram uma dimensão de grandiosidade que maravilha-nos e faz-nos falar de grandes Seres, gran­des Mestres, Iniciados. Delia Steinberg Guzmán

Texto extraído do artigo A Prisão do Tempo. Livraga, Jorge Angel e Guzmán, Delia Steinberg (2008), O Sentido Oculto da Vida.

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Lisboa programa

Actividades

2011

Lisboa

Setembro Dia 15 | Quinta-feira | 19h00 Início de curso

Florais de Bach

Por Carmen Morales Terapeuta e Formadora da Nova Acrópole (curso em 4 sessões de 3 horas, às quintas das 19h às 22h) Inscrições Abertas

Dia 16 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Conan e a Atlântida

Por José Carlos Fernández Investigador e Director Nacional da Nova Acrópole Entrada Livre

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 7

Outubro Dia 2 | Domingo | 9h00 - 13h00 Caminhada Filosófica

Cabo Espichel Pelos Caminhos da Finisterra ao som de «Ankor – Príncipe da Atlântida» Por Paulo Alexandre Loução Inscrições abertas

Dia 9 | Domingo | 10h00 - 13h00 Visita Cultural

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém Por Paulo Alexandre Loução Inscrições Abertas

Dia 10 | Segunda-feira | 19h30 - 21h30 Aula livre

O Estoicismo e a Nova Demanda pela Liberdade Interior Por Daniel Oliveira | Formador da Nova Acrópole Entrada Livre mediante inscrição

Dia 22 | Quinta-feira | 19h30 - 21h30

Dia 12 | Quarta-feira | 18h30

Aula livre

Início de curso

A filosofia como Via de Auto-Realização

Por Paulo Alexandre Loução Investigador e Coordenador da Nova Acrópole Lisboa Entrada Livre mediante inscrição prévia

Dia 25 | Domingo | 10h - 13h Visita Cultural

Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira

Por José Manuel Anes Doutor em antropologia da religião, Autor da obra «Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira» e Presidente do OSCOT Inscrições Abertas

Oratória A Arte de Falar em Público Por José Carlos Fernández (Curso em 8 sessões — quartas das 18h30 às 20h30) Inscrições Abertas

Dia 17 | Segunda-feira | 19h30 Início de curso

Filosofia e Psicologia Prática Sabedoria Viva das Antigas Civilizações Por José Carlos Fernández (Curso em 16 sessões — segundas das 19h30 às 21h30) Inscrições Abertas

Dia 29 | Quinta-feira | 19h30 Início de curso

Filosofia e Psicologia Prática Sabedoria Viva das Antigas Civilizações

Por Paulo Alexandre Loução (Curso em 16 sessões — quintas das 19h30 às 21h30) Inscrições Abertas

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Set-Dez 2011 | Distribuição Gratuita

Dia 19 | Quarta-feira | 19h00 Início de curso

Florais de Bach Por Carmen Morales Terapeuta e Formadora da Nova Acrópole (curso em 4 sessões de 3 horas) Inscrições Abertas

25 Dia 5 | Sábado | 10h-13h e 15h-18h Seminário

Matemática e Geometria Sagradas — [Módulo II] Por José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução Inscrições Abertas

Dia 21 | Sexta-feira | 19h30

Dia 6 | Domingo | 10h-17h

Conferência

Actividade ecológica

A Complexidade, o Sagrado e o Novo Paradigma das Ciências

Limpeza e Plantação de Árvores na Peninha – Sintra

Dia 25 | Terça-feira | 19h30

Na parte da tarde depois de um pic-nic haverá uma alocução de Paulo Alexandre Loução sobre o Santuário da Peninha e uma tertúlia sobre «Ecologia e Filosofia» Coordenação de Daniel Oliveira Actividade organizada em parceria com a Quercus Inscrições Abertas

Início de curso de formação KAIRÓS Com o apoio institucional do IPJ — Instituto Português da Juventude

Dia 8 | Terça-feira | 19h30 - 21h30

Por Fernand Schwarz Antropólogo e Director do Instituto Internacional Hermes Entrada Livre

Filosofia Prática e Voluntariado

Ecologia, oratória, sabedoria do oriente e do ocidente Por Daniel Oliveira e Cleto Saldanha Formadores da Nova Acrópole Inscrições Abertas

Dia 28 | Sexta-feira | 19h30 Conferência e concerto de piano

Lizst, o Poeta Visionário Actividade comemorativa do bicentenário do nascimento de Franz Lizst Por Jorge Fontes | Pianista Entrada Livre

Aula livre

A «Voz do Silêncio» e o Caminho da Alma

Por Cleto Saldanha | Formador da Nova Acrópole Entrada Livre mediante inscrição

Dia 11 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Simón Bolivar - A Epopeia de um Visionário e o Ideal de Unidade Por Daniel Oliveira Entrada Livre

Dia 16 | Quarta-feira | 19h00

Novembro Dia 4 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

O Simbolismo da Flor de Lótus Ciclo «A Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky "Simbologia Arcaica"» Por José Carlos Fernández Entrada Livre

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Início de curso

Florais de Bach

Por Carmen Morales Terapeuta e Formadora da Nova Acrópole (curso em 4 sessões de 3 horas) Inscrições Abertas

Dia 17 | Quinta-feira | 18h30 Sketchs teatrais comentados

Filosofia com Humor: Dicas filosóficas para o dia-a-dia

Actividade comemorativa do Dia Mundial da Filosofia Por Grupo de Teatro da Nova Acrópole de Lisboa [Local a designar]

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 7

26 Dia 18 | Sexta-feira | 21h30 Noite de poesia e piano

Sofia de Mello Breyner

Pelo pianista Jorge Fontes e pelo Grupo de Poesia Florbela Espanca Entrada Livre

Dia 7 | Quarta-feira | 21h30 Recital de Poesia

Florbela Espanca e a Alma de Portugal Por Grupo de Poesia «Florbela Espanca»

Entrada livre

Dia 22 | Terça-feira | 19h30 Início de curso

Filosofia Prática e Desenvolvimento Pessoal

Por José Carlos Fernández (Curso em 16 sessões — quartas das 19h30 às 21h30) Inscrições Abertas

[Actividade comemorativa do LXXXIº aniversário do nascimento de Florbela Espanca]

Dia 8 | Quinta-feira | 16h Audição comentada

O Crepúsculo dos Deuses de Richard Wagner Por José Carlos Fernández Entrada Livre

Dia 25 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

A Tradição Portuguesa e o Reencontro da Ciência com a Espiritualidade Por Paulo Alexandre Loução Entrada Livre

Dia 26 | Sábado | 9h30 - 13h30

Dia 14 | Quarta-feira | 18h30 Início de curso

Curso Avançado de Florais de Bach Por Carmen Morales Terapeuta e formadora da Nova Acrópole (curso em 8 sessões de 2 horas Quartas das 18h30 às 20h30) Inscrições Abertas

Workshop

Lisboa

Meditação e Concentração Por Cleto Saldanha Inscrições Abertas

Dia 27 | Domingo | 10h00 - 13h00 Visita cultural e Itinerário Poético

Dia 16 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Isadora Duncan e a Religião da Dança Por Carmen Morales Entrada Livre

Basílica da Estrela e Jardim da Estrela

Por Ana Cristina Simões e Paulo Alexandre Loução Inscrições Abertas

Dezembro

Dia 1 | Quinta-feira | 10h00 - 13h00 Seminário

A Filosofia Secreta de Walt Disney Por José Carlos Fernández Inscrições Abertas

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Contactos para informações e inscrições Av. Antº Augusto de Aguiar, 17 – 4º Esq. | 1050-012 Lisboa

Tel.: 213 523 056 / 939 800 855 lisboa@nova-acropole.pt

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Set-Dez 2011 | Distribuição Gratuita

programa

Actividades

2011

Novembro Dia 9 | Quarta-feira | 21h00 Conferência

Aveiro

Aveiro

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Vença a Crise

Por João Ferro | Director da Nova Acrópole Aveiro Entrada Gratuita

Setembro

Dia 17 | Quinta-feira | 21H00 Tertúlia

Filósofo - Amante da Sabedoria ou Técnico do Pensamento?

Dia 19 | Segunda-feira | 20h30

Actividade comemorativa do Dia Mundial da Filosofia

curso

Entrada Gratuita

Iniciação à Sabedoria do Oriente e do Ocidente Assistência Gratuita à aula de Apresentação Horário: Segundas das 20h30 às 22h30 Duração: 16 semanas Inscrições Abertas

Outubro Dia 8 | Sábado | 15h00 Teatro infantil

Gato das Botas; O Rei vai Nu; Alfaiate Valente Por Sónia Oliveira e Ana Costa | Animadoras

Local a designar Entrada Gratuita

Dia 15 | Sábado | 10h - 13h e 15h - 18h

Dia 23 | Quarta-feira | 21h00 Conferência

Como Lidar com a Depressão

Por José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra Entrada Gratuita

Dezembro Dia 9 | Sexta-feira | 21h00 Conferência

Walt Disney O Segredo dos seus Símbolos

Por José Carlos Fernández Investigador e Director Nacional da Nova Acrópole Entrada Gratuita

Curso

Dia 17 | Sábado | 15h00

Por João Ferro | Director da Nova Acrópole Aveiro Inscrições Abertas

Natal nas Asas do Arco-Íris

Iniciação à Cabala

Teatro infantil

Por Sónia Oliveira e Ana Costa | Animadoras

Local a designar Entrada Gratuita

Dia 29 | Sábado | 16h00 Conferência

Contactos para informações e inscrições

Há Vida depois da Morte?

Rua Tenente Resende, 15 - 1º B | 3800-268 Aveiro

Por João Ferro | Director da Nova Acrópole Aveiro Entrada Gratuita

aveiro@nova-acropole.pt

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Tel.: 937 026 070

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Coimbra

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 7

Outubro

programa

Actividades

2011

Coimbra

Setembro Dia 22 | Quinta-feira | 21h00 Conferência

Juventude Como Foi (É) Enganada

Por José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra Assistência livre

Dia 24 | Sábado | 16h00 - 18h00 Workshop

Reflexologia — A saúde e harmonia através dos seus pés Por Vitor Teixeira | Terapeuta Participação livre (inscrição até 20 de Setembro número limitado de participantes)

Actividade Hygea para a Promoção da Saúde

Dia 28 | Quarta-feira | 20h00

Dia 6 | Quinta-feira | 21h00 Conferência

Simbolismo Filosófico do Tarot Egípcio Por José Ramos Assistência livre

Dia 9 | Domingo | 10h - 13h e 15h - 18h

Curso de Iniciação à Cabala Por João Ferro | Director da Nova Acrópole em Aveiro Inscrições abertas até 4 de Outubro

Dia 11 | Terça-feira | 18h00 Início do Curso

Filosofia e Psicologia Prática do Oriente e Ocidente Horário: Terças-feiras das 18h às 20h Duração: 16 semanas Assistência livre à aula de apresentação

Dia 27 | Quinta-feira | 19h30 Início do Curso

Oratória A Arte de Falar em Público Por José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra Horário: Quintas-feiras das 19H30 às 22H30 Duração: 5 semanas (15h lectivas) Inscrições abertas até 19 de Outubro

Início do Curso

Filosofia e Psicologia Prática do Oriente e Ocidente Horário: Quartas-feiras das 20h às 22h Duração: 16 semanas Assistência livre à aula de apresentação

Dia 29 | Quinta-feira | 21h00 Conferência

Conhece a tua vocação através das 12 chaves da Astrologia Por Françoise Terseur Investigadora e Formadora da Nova Acrópole Assistência livre

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Dia 29 | Sábado | 18h00 "Caixa de Música" — Concerto Comentado

Liszt, o Poeta Visionário Comemorativo do Bicentenário do Nascimento de Liszt Pelo Pianista Jorge Fontes Assistência livre

Dia 30 | Domingo | 10h - 13h e 15h - 19h Início do Curso

Astrologia Filosófica — Nível I Duração: 10 sessões, 1 vez por mês

Por Françoise Terseur | Investigadora e Elisabete Ramos | Psicóloga Clínica e Psicodramatista Inscrições abertas até15 de Outubro

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Set-Dez 2011 | Distribuição Gratuita

Novembro

Dezembro

Dia 2 | Quarta-feira | 20h00

Dia 3 | Sábado | 10h - 13h e 15h - 18h

Início do Curso

Filosofia e Psicologia Prática Sabedoria Viva das Antigas Civilizações Horário: Quartas-feiras das 20h às 22h Duração: 16 semanas Assistência livre à aula de apresentação

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Seminário

Como Equilibrar as Emoções com Florais de Bach Por Carmen Morales | Investigadora e Terapeuta de Florais de Bach e voluntária de Hygea

Actividade Hygea Para a Promoção da Saúde Inscrições abertas até 28 de Novembro

Dia 10 | Sábado | 16h00 Conferência

Tem a Vida Origem Extraterrestre? Por José Carlos Fernández Investigador e Director Nacional da Nova Acrópole Assistência Livre

Dia 16 | Quarta-feira | 21h00 Conferência

Conflito — A Génese da Vida Por Françoise Terseur Investigadora e Formadora da Nova Acrópole Assistência livre

Dia 17 | Quinta-feira | 21h00 Teatro, Humor e Reflexão

Filosofia com Humor Actividade comemorativa do Dia Mundial da Filosofia

Dia 11 | Domingo | 10h00 - 13h00 Seminário

Arte e Psicologia 12 Imagens de Autoconhecimento Por José Carlos Fernández Investigador e Director Nacional da Nova Acrópole Inscrições abertas até 7 de Dezembro

Dia 18 | Domingo | 16h00 Conta-Contos

Histórias de Natal e de Encantar Por Ana Margarida Costa e Sónia Oliveira Assistência livre

Pelo Grupo de Cine-Teatro Mythos da Nova Acrópole Assistência livre

Dia 26 | Sábado | 18h00 Caixa de Música — Concerto Comentado

Rachmaninoff Uma Viagem Épica à Volta do 3º Concerto para Piano Pelo Pianista Jorge Fontes Assistência livre

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 Cursos  Conferências  Visitas Guiadas  Teatro  Tertúlias

 Recitais  Exposições  Workshops  Concertos  Caminhadas

Contactos para informações e inscrições Rua do Brasil, 194 R/C Dto. | 3030-775 Coimbra

Tel.: 239 108 209 / 933 931 022 coimbra@nova-acropole.pt

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 7

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Porto programa

Actividades

2011

Dia 29 | Quinta-feira | 19h00 Curso

Os Mitos Universais

Respostas poéticas às eternas questões humanas: quem sou? de onde venho? para onde vou? Horário: Quintas-feiras das 19h00 às 21h00 Duração: 32 horas (16 aulas – 2h/semana) Participação: € 120 (jovens até 30 anos 50% desc.)

Setembro

Outubro

Dia 16 | Sexta-feira | 19h00

Dia 3 | Segunda-feira | 17h00

Curso Intensivo Teórico-Prático

Técnicas para falar em Público

Curso

A Arte de Estudar

Compreensão, Reflexão, Inteligência e Memória

Participação: € 25 (Jovens até 30 anos: € 15)

Horário: Segundas-feiras das 17h00 às 19h00 Duração: 6 horas (3 aulas – 2h/semana) Participação: € 25 (jovens até 30 anos € 15)

Porto

Horário: Sextas-feiras das 19h00 às 21h00 Duração: 6 horas (3 aulas – 2h/semana)

Dia 16 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

O Mundo Muda… e Tu?

Dia 3 | Segunda-feira | 18h00

Por José Antunes | Director da Nova Acrópole Porto Entrada Livre

Iniciação ao Desenho

Dia 21 | Quarta-feira | 19h30

Curso

Através do desenho rápido, serão explorados materiais como: lápis e barra de grafite, carvão, esferográfica, sanguínea, lápis de cor. Horário: Segundas-feiras das 18h00 às 20h00 Participação: € 30/mês (jovens até 30 anos € 20/mês)

Curso

Ser Mais do que Sou!

Filosofia Prática – Ideias e aprendizagens para o desenvolvimento pessoal Horário: Quartas-feiras das 19h30 às 21h30 Duração: 32 horas (16 aulas – 2h/semana) Participação: € 120 (jovens até 30 anos 50% desc.)

Dia 23 | Sexta-feira | 21h30 Apresentação de Livro

«Lugares Inesquecíveis de Portugal Viagens com Alma» de Paulo Alexandre Loução Apresentação de Alberto S. Santos Entrada Livre

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Dia 14 | Sexta-feira | 19h00 Curso Intensivo Teórico-Prático

Técnicas para falar em Público Horário: Sextas-feiras das 19h00 às 21h00 Duração: 6 horas (3 aulas – 2h/semana) Participação: € 25 (jovens até 30 anos € 15)

Dia 14 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

Arte e Psicologia

12 imagens para o autoconhecimento Por José Carlos Fernández Investigador e Director da Nova Acrópole Portugal Entrada Livre

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Set-Dez 2011 | Distribuição Gratuita

Dia 28 | Sexta-feira | 21h30

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Tertúlia Literária

Dia 19 | Sábado | 10h - 13h e 15h - 18h Dia 20 | Domingo | 10h - 13h

Por Mª Emília Ribeiro | Formadora da Nova Acrópole Entrada Livre

Como Equilibrar as Emoções com Florais de Bach

Um Livro … «Odisseia» de Homero

Novembro

Seminário

Por Carmen Morales Investigadora e Terapeuta de Florais de Bach Duração: 9 horas Participação: € 60 (jovens até 30 anos € 40)

Dia 25 | Sexta-feira | 21h30

Dia 4 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

Duarte Pacheco Pereira e o «Esmeraldo de Situ Orbis» Por José Antunes | Director da Nova Acrópole Porto Entrada Livre

Dia 9 | Quarta-feira | 19h30 Curso

Filosofia e Psicologia Prática

Conferência

Nanotecnologia e os Caminhos do Futuro Perigos e Oportunidades Por Henrique Cachetas | Investigador Entrada Livre

Dezembro

Sabedoria Viva das Antigas Civilizações Horário: Quartas-feiras das 19h30 às 21h30 Duração: 32 horas (16 aulas – 2h/semana) Participação: € 120 (jovens até 30 anos 50% desc.)

Dia 2 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

Os Doze de Inglaterra na Demanda da Justiça Por Graça Lameira | Formadora da Nova Acrópole Entrada Livre

Dia 9 | Sexta-feira | 21h30 Conferência – Audio Visual

Dia 15 | Terça-feira | 19h30

Miguel Angelo Um Génio Renascentista

Curso

Por Mª Emília Ribeiro | Formadora da Nova Acrópole Entrada Livre

Horário: Terças-feiras das 19h30 às 21h30 Duração: 8 horas (4 aulas – 2h/semana) Participação: € 30 (jovens até 30 anos € 20)

Dia 16 | Sexta-feira | 21h30

Atenção, Concentração e Meditação

Dia 17 | Quinta-feira | 21h30 Actividade comemorativa do Dia Mundial da Filosofia

O livro «A Paz Guerreira»

Conferência

Afonso de Albuquerque O Leão dos Mares Por José Antunes | Director da Nova Acrópole Porto Entrada Livre

O Caminho das Dezasseis Pétalas” de Talal Husseini e os novos caminhos para uma literatura filosófica

Contactos para informações e inscrições

Entrada Livre

info@novaacropoleporto.org

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Av. da Boavista, 1057 | 4100-129 Porto

Tel.: 226 009 277 / 918 058 623

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 7

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Uma ONG para promover o enriquecimento do Homem interior e a fraternidade filosófica entre os seres humanos

A Nova Acrópole é uma Organização Não Governamental Internacional de carácter filosófico, cultural, social e ecológico. Foi fundada em 1957, em Buenos Aires, pelo Prof. Jorge Angel Livraga (1930-1991), historiador e filósofo. A Nova Acrópole promove o enriquecimento do Homem Interior e a fraternidade entre os seres humanos através de actividades de carácter filosófico, cultural e de voluntariado social e ecológico. Num espírito ecléctico fomenta a prática dos ensinamentos dos grandes sábios de todos os tempos, sabendo que a aplicação do conhecimento gera um indivíduo melhor que, por sua vez, pode dar o seu contributo na construção de um mundo novo e melhor. Como afirmava Gandhi, devemos ser a mudança que desejamos para o mundo. A experiência viva da Filosofia sustenta um modelo de cultura activa e participativa que desperta as melhores qualidades de cada um e amplia o horizonte mental, que se abre a todas as manifestações do espírito. Este estilo de cultura torna-nos livres e melhores. A vocação de serviço à humanidade concretiza-se num decidido compromisso para com a sociedade de hoje e o futuro, através de uma vontade dirigida a encontrar respostas e soluções para as grandes interrogações, que provoca em nós um mundo cheio de contradições e desafios.

A acção da Nova Acrópole tem como eixo fundamental a FORMAÇÃO filosófica que se reflecte em duas vertentes fundamentais de actividades: VOLUNTARIADO social e ecológico e CULTURA. A sua carta de fundação assenta nos seguintes três princípios: I. R eunir Homens e Mulheres de todas as crenças, raças e condições sociais em torno de um ideal de fraternidade universal; II. D espertar uma visão global através do estudo comparado da Filosofia, das Ciências, Religiões e Artes; III. D esenvolver as capacidades do indivíduo para que possa integrar-se na Natureza e viver segundo as características da sua própria personalidade. Todos aqueles que partilhem estes princípios podem associar-se à Nova Acrópole como Membros após a frequência do 1º nível do programa de formação.

www.nova-acropole.pt Boletim conhece-te nº7.indd 32

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