Conhece-te a ti mesmo Nº1

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº1 Jorge Angel Livraga (1930-1991) Fundador da Organização Internacional Nova Acrópole

Era uma vez um rio

Era uma vez um rio – diz uma velha tradição oriental – que corria mansamente no seu cómodo leito de barro. As suas águas eram turvas e nelas viviam peixes da cor do chumbo que buscavam o seu alimento no lodo. Como era muito pouco profundo, nenhum ser humano ainda se tinha lembrado de fazer uma ponte sobre ele, conformando-se apenas em colocar algumas pedras no seu leito que improvisavam caminhos humidificados pelas lentas águas. Os animais dos bosques vagueavam pelos lugares menos profundos, revolvendo as entranhas do rio com as suas patas. Para beber iam ao lago mais próximo, porque as águas do rio eram escuras e cheiravam mal. Mas o deus Indra, que tudo vê, apiedou-se do Génio do rio, pois sem ser tolo, comportava-se como tal, entorpecido pela inércia e comodidade, já acostumado a que pisassem o seu corpo, que era húmido e hediondo como uma víbora morta. Com o passar do tempo, o rio conformou-se com os caminhos mais suaves e evitava os declives violentos. Era mudo, feio e as belas Ondinas e Fadas dos ribeiros não se aproximavam dele, nem sequer para fabricarem os seus espelhos mágicos nas noites de Lua Cheia. Um dos Servidores de Indra secou a terra à frente dele e levantou-a de forma que o obrigou a desviar-se. Ao princípio assustado, o velho rio começou a gemer, mas logo descobriu o prazer de saltar sobre as pedras e, com um rugido, abateu árvores e abriu caminho, saltando abismos e arremetendo contra enormes penhascos.

Ficha Técnica Propriedade Nova Acrópole Portugal Av. Antº Aug. Aguiar, 17 4º esqº 1050-012 Lisboa Director José Carlos Fernández Projecto Editorial Paulo Loução Grafismo Daniel Oliveira Colaboração Carmen Morales Daniel Oliveira Delia Steinberg Guzmán Jorge Angel Livraga José Carlos Fernández Paulo Loução Depósito Legal

A sua água fez-se límpida ao filtrar-se através das areias e pedregulhos; o seu fundo voltou a ser de pedra e, às vezes, de metal, cujos veios brilhavam no seu leito como os ígneos látegos de Indra quando conduz os Maruts. Do seu seio, outrora escuro e lôbrego, nasceu a espuma branca, pois esta não aparece se não houver luta, se não houver purificação. Nele habitaram peixes coloridos que sobem o rio e as claras lagoas, que ia deixando nos seus flancos, recortadas em formidáveis rochas, foram o assombro dos Elementais das águas. Com o titilante reflexo das estrelas, as Ninfas fizeram os seus pentes mágicos e extraíram dos profundos remansos os espelhos encantados. Os humanos já não o pisaram, mas elevaram arcos de triunfo sobre ele, a que chamaram pontes. Os animais cruzavam-no nadando, e logo comentavam, limpos e brilhantes, a força do rio. Por fim, quando chegava à sua Mãe Ganga, era recebido com ovações pelas outras águas que a ele se abraçavam gritando de alegria. E vendo tudo isto e outras coisas mais que não vos conto, Indra pensou em muitos seres humanos que não aproveitam as suas oportunidades e continuam a ser rios lentos e barrentos, carentes de valor e de glória. Então, duas lágrimas correm pelo seu rosto candente, e assim aparecem nuvens, e tudo na natureza se torna cinzento, lamentando a estupidez humana.


Outono 2009 | Distribuição Gratuita

O Espelho Interior Jorge Angel Livraga (1930-1991) Fundador da Organização Internacional Nova Acrópole

vida, chamou-me profundamente a atenção. Recordei-me da parábola de Platão sobre o “Olho da Alma”, esse que de acordo para onde se dirige, vê panoramas diferentes e comunica visões escuras, cinzentas ou francamente luminosas. E imaginei que temos dentro algo assim como um espelho de posição variável. E nele reflecte-se aquilo para o qual está dirigido. Se o deixarem folgado, lasso, caído para a parte baixa do Mundo, somente reflectirá sombras, perigos, adversidades. Se, com um pouco de esforço conseguirmos levantá-lo, mesmo que seja até à horizontal, o seu campo de Hoje, na altura em que o mito da igualdade cambaleia, pode-

visão ampliar-se-á consideravelmente e sem despojar-se de

-se apreciar mais livremente a Sabedoria dos antigos, que afir-

trevas, abarcará também horizontes luminosos e pluralidade

mavam que todas as coisas e todos os seres têm existências

de seres e coisas interessantes, dignas de se ter em conta, e a

diferentes.

Alma ampliará a sua possibilidade de perceber e, portanto, de

Mais: dentro da mesma pessoa é difícil registar dois estados

discernir, decidir e actuar.

de ânimo iguais ao longo de um dia, de um mês ou de um

Se, com firme vontade, levantarmos ainda mais o espelho, ve-

ano. O mau é que, salvo as excepções que confirmam a regra,

remos as coisas adversas do mundo borradas e um Céu de Luz

estes estados de ânimo têm frequentemente um denominador

levará beleza e alegria ao nosso Coração. Estaremos natural-

comum pernicioso, que é o de observar preferencialmente a

mente predispostos para o êxito, para a alegria e a Sabedoria

parte negativa de tudo e de todas as coisas.

desenvolver-se-á descobrindo para nós verdadeiras maravilhas

À sua maneira, cada qual sente-se um mártir, um incompre-

e os motores escondidos das coisas visíveis. Perceberemos as

endido ou uma vítima dos demais, que não o amam nem o

mãos de Deus em cada obra e o seu Pensamento incomensu-

valorizam como merece, mais um longo etcetera que seria im-

rável regendo todas as ideias e todas as formas.

possível descrever aqui.

Assim, saudavelmente entretidos na visão e na vivência de tais

É notável como o egocentrismo, com tendência mais ou menos

prodígios, iremos esquecendo pouco a pouco as nossas estrei-

acentuada para o egoísmo, modifica as atitudes e procedimen-

tezas egoístas, a nossa ignorância que descarrega sobre as

tos, convertendo em néscios os inteligentes, em ociosos os tra-

costas alheias os pesos das responsabilidades que nos enobre-

balhadores e em débeis os potencialmente fortes.

cem e que justificam a nossa vida.

O excesso de individualismo é tão mau como o seu contrário.

Mantendo esse reflexo do Céu na nossa Alma, tudo se tornará

Todos acreditam ter, de alguma maneira, as chaves do sucesso,

mais fácil e as caminhadas mais agradáveis, frutíferas e ale-

mas quando são postos à prova fracassam, deitando a culpa

gres. Na verdade, vale a pena o esforço, pois de uma semente

sempre para os outros e assumindo posições psicológicas som-

de vontade surge um bosque de bem-aventurança, de felicida-

brias. Não é raro encontrar indivíduos que são verdadeiros dés-

de e de conformidade emocional consigo mesmo, ao poder ver

potas para os seus subordinados e que são extremamente sen-

com claridade as características do Caminho e dos caminhan-

síveis quando lhes toca a eles obedecer ou ouvir um correctivo.

tes que, com o espelho virado para as trevas, não podíamos

Então decai a alegria e uma nuvem cinzenta abate-se sobre a

distinguir.

torturada consciência, que acredita ser vítima de uma injustiça,

As vacilações diminuem e o medo é substituído por uma sau-

ao mesmo tempo que proclama as suas próprias bondades e

dável inquietude renovadora e vital.

os erros dos próximos.

Os queixumes tornam-se risos e naturalmente somos melhor

Esta atitude pessimista e negativa, ao observá-la ao longo dos

aceites por todos simplesmente movendo para cima o nosso

anos, em centenas de pessoas que bem poderiam experimen-

espelho interior.

tar uma atitude mais autêntica, positiva e humilde perante a

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº1

Próximo Lançamento

Edições Nova Acrópole

«Porque através do teu próprio coração vem a única luz que pode iluminar a vida e torná-la clara a teus olhos. Estuda o coração dos homens, a fim de poderes conhecer o que é o mundo em que vives e do qual queres ser parte. Observa a vida que te rodeia em constante movimento, em transformação incessante, pois é formada pelos corações dos homens; e, à proporção que forem aprendendo a conhecer a sua constituição e significação, irás gradualemente sendo capaz de ler a palavra maior da vida! Conhece-te a ti mesmo.» Formato: 14,8x20,5 cm | Nº Páginas: 112

Excerto de «Luz no Caminho»

Outras Novidades

Formato: 16x23 cm | Nº Páginas: 129

Formato: 14,8x20,5 cm | Nº Páginas: 120

Formato: 16x23 cm | Nº Páginas: 112


Outono 2009 | Distribuição Gratuita

Os dez deveres

do governante

no Budismo

Segundo os ensinamentos de Buda, os princípios do governo justo são expostos nos “Dez Deveres do Rei”: 1.Liberalidade, generosidade, caridade (dhana). O soberano não deve ter avidez nem afeição pela riqueza e propriedade mas dispor delas para o bem-estar do povo. 2.Um carácter moral elevado (shila). Não deve jamais destruir a vida, enganar, roubar nem explorar os outros, cometer adultério, dizer coisas falsas nem tomar bebidas embriagantes (quer dizer, observar os preceitos dos laicos). 3.Sacrificar tudo pelo bem do povo. Deve estar preparado para sacrificar a sua comodidade, o seu nome, o seu renome e mesmo a sua vida no interesse do Reino. 4.Honestidade e integridade. Deve ser isento de medo ou de favor no exercício dos seus deveres, deve ser sincero nas suas intenções e não deve enganar o público. 5.Amabilidade e afabilidade. Deve ter um temperamento doce. 6.Austeridade nos hábitos. Deve levar uma vida simples e não se deve deixar levar pelo luxo. Deve ser dono de si mesmo. 7.Ausência de ódio, mau-querer ou inimizade. Não deve guardar rancor de ninguém. 8.Não-violência, esforçar-se por fazer reinar a paz e a justiça. 9.Paciência, perdão, tolerância, compreensão. Deve ser capaz de suportar as provas, as dificuldades e os insultos sem se enfurecer. 10.Não-oposição, não-obstrução. Não se opor às medidas favoráveis ao bem-estar do povo. Manter-se em harmonia com o povo.

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº1

Se Se consegues manter a calma quando à tua volta Todos a perdem e te culpam por isso, Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti, Mas fores capaz de aceitar também as suas dúvidas; Se consegues esperar sem te cansares com a espera, Ou, sendo caluniado, não devolveres as calúnias; Ou, sendo odiado, não cederes ao ódio, E, mesmo assim, não pareceres demasiado condescendente nem altivo; Se consegues sonhar – e não ficares dependente dos teus sonhos; Se consegues pensar – e não transformares os teus pensamentos nas tuas certezas; Se consegues defrontar-te com o Triunfo e a Derrota E tratar do mesmo modo esses dois impostores; Se consegues suportar ouvir a verdade do que disseste, Transformada, por gente desonesta, em armadilha para enganar os tolos, Ou ver destruídas as coisas por que lutaste toda a vida, E, mantendo-te fiel a ti próprio, reconstruí-las com ferramentas já gastas; Se és capaz de arriscar tudo o que conseguiste Numa única jogada de cara ou coroa, E, perdendo, recomeçar tudo do princípio, Sem lamentar o que perdeste; Se consegues obrigar o teu coração e os teus nervos A ter força para aguentar mesmo quando já estão exaustos, E continuares, quando em ti nada mais resta Que a Vontade que lhes diz: “ Resistam!”; Se consegues falar a multidões sem te corromperes, Ou conviveres com reis sem perder a naturalidade, Se consegues nunca te sentir ofendido seja por inimigos, seja por amigos queridos; Se todos podem contar contigo, mas sem que os substituas; Se consegues preencher cada implacável minuto Com sessenta segundos que valham a pena ser vividos, É tua a Terra e tudo o que nela existe, E – o que é ainda mais – então, meu filho, serás um Homem.

Rudyard Kipling - Escritor Inglês e Prémio Nobel da Literatura em 1907 (1865-1936)


Outono 2009 | Distribuição Gratuita

O BARQUEIRO E O ERUDITO Conta-se que uma vez um homem erudito aproximou-se da margem de um rio para que o barqueiro lhe permitisse atravessá-lo. O erudito parecia que carregava toda a sua importância junto com o seu conhecimento, como se temesse perdê-lo. E assim, com soberba de letrado, disse ao humilde e serviçal barqueiro: - Podes passar-me para a outra margem? - Sim, claro, são duas rupias. E o letrado temendo sujar-se ao tocar no barqueiro, entregou-lhe essas moedas. Quando já estavam a atravessar o rio, e enquanto o barqueiro fazia o seu trabalho, o erudito perguntou: - Barqueiro, estudaste Sânscrito, a língua em que foram escritos os Vedas, os Upanishads, as epopeias do Mahabharata e o Ramayana, todos os Puranas e Upapuranas, a língua de Valmiki e Vyasa, a língua em que foi escrito o glorioso Bhagavad Gita, resumo de todo o conhecimento? - Não senhor, nada sei de dita língua - Oh, que desperdício de vida, então nada te posso dizer da beleza das suas estruturas sintácticas, dessas formas sublimes analisadas pelo ilustre Patanjali. E conheces os mistérios da Geometria, que permite medir as distâncias e as superfícies, classificar os ângulos, fundamentar o cálculo diferencial para poder estudar claramente a Dinâmica dos Fluidos, tão necessário num trabalho como o teu? - Oh, senhor, nada sei de Geometria - Bem, bem, bem, oh, vida miserável e arruinada, perdeste metade da tua vida. E Aritmética, para distinguir os números racionais, os transcendentes, os imaginários? Sabes que Pi, o número que resulta da divisão da circunferência pelo diâmetro é um numero transcendente, tal como o número que permite calcular a forma de uma Ciclóide, que é como a forma que assume esta corda estendida na tua barca? - Não, não, nada sei de Aritmética Nisto as águas do rio começaram a agitar-se movidas por uma tempestade que, de repente, e com surpreendente violência, começou a agitar a barca. Porém o erudito estava tão possuído de seus conhecimentos e com tanta soberba para com o humilde barqueiro que não se apercebia do perigo da situação. Repetia: «Perdeste metade da tua vida inutilmente». E continuava instigando o nosso barqueiro com perguntas com as quais demonstrava orgulhosamente o seu saber. - Ah claro, e seguramente também não sabes nada de Metafísica, dos mistérios da ontologia e as categorias do Ser…. - Ah, desculpe, desculpe, senhor, e você sabe nadar? - Eu, Eu... e porque me pergunta isso, eu não sei. Porque iria saber nadar? - Pois nesse caso, vai perder a sua vida inteira, porque esta barca afunda-se. - Dito o qual, lançou-se à água pois ele sim sabia nadar. Mais importante que acumular conhecimentos é encontrar o sentido da vida, como um fio mágico que conduz a nossa existência. O grande sábio Pitágoras dizia que melhor que um tonel de conhecimento é uma gota de verdadeira sabedoria, e a sabedoria é quem nos pode guiar no meio das tempestades do mundo. A nossa vida é uma barca frágil, o barqueiro é a consciência. E o mais importante de aprender é a Arte de Viver.

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Saber ouvir Delia Steinberg Guzmán Directora Internacional da Nova Acrópole

À medida que o final do nosso século se aproxima, as relações humanas tornam-se cada vez mais complexas. Muitas vezes escrevemos sobre o fenómeno curioso que aconteceu neste nosso tempo, nesta chamada «era das comunicações», na qual é, precisamente, tão difícil comunicar de verdade uns com os outros. Qualquer comunicação, e a humana que é a que nos interessa, fundamenta-se no intercâmbio de factores vitais; caso contrário, mais do que comunicação é simplesmente uma roçadura. Mas, o que somos capazes de intercambiar? Velhos hábitos que formavam parte da educação tradicional (hoje tão flagelada pelas críticas) punham-nos em contacto com bons livros e permitiam-nos manter uma boa conversação. Ler e falar, por outro lado, hoje são elementos de luxo. Lê-se, sim, mas pouco e mal, e isso influencia naturalmente na nossa maneira de falar. A maioria das línguas moder­nas tendem para um empobrecimento tal que faltam palavras para expressar as melhores ideias e sentimentos; melhor dito, não é que faltem as palavras, mas faltam, sim, quem as saiba e possa usar. Por isso vão minguando as conversas profundas e atractivas, sendo que a relação entre os homens reduz-se, como as linguagens, as palavras imprescindíveis, quando não as expressões vulgares e feridoras que exaltam toda a violência e a agressividade contida em quem se sente mal compreendido, só e injustamente tratado pela vida. Falar é uma das formas mais belas que temos para comunicar entre nós, para transmitirmos elementos vivos, para fazer com que os pensamentos e as emoções fluam de uma pessoa para a outra. No entanto, é muito difícil falar de modo a manter uma conversa proveitosa. Vejamos porquê. Para conversar sem preencher estupidamente os minutos, há que ter algo para dizer, algo sério, algo importante. Há que ter a alma cheia e a atenção desperta para deitar mão em qualquer momento daquilo que faz parte do nosso mundo interior.

Para conversar há que ter as ideias claras, não enredar-se em re­pe­ti­ções inúteis. Saber quando começamos e quando terminamos o que queremos dizer. Para conversar não há que ter medo das próprias ideias nem das idei­as dos demais. A conversação permite, precisamente, esse salutar in­ter­câm­bio entre os que sabem defender as suas opiniões sem por isso dei­xa­­rem de ouvir as razões do seu interlocutor. Para conversar há, sobretudo, que saber ouvir. O que só se ouve a si mesmo, o que só aprecia as suas próprias ideias, o que se sente atraído pelo som da sua própria voz, o que não con­cede importância à existência de outras pessoas e usa-as apenas co­mo ecrã para reflectir as suas palavras, nunca poderá conversar, nunca poderá estabelecer uma salutar relação humana. Há que saber ouvir. Não é preciso ser-se mudo ou retraído, mas an­tes usar essa faculdade excelente que nos faz tomar em consideração quem temos pela frente, a quem procura uma relação tanto como nós a procuramos. Ouvir é uma arte: requer prestar atenção, valorizar o que os outros dizem, entender por que é que dizem as coisas que nos dizem, ler nos olhos do que fala tanto como se ouvem as suas palavras, colaborar em silêncio com gestos que indiquem a nossa activa participação no diálogo. Ouvir é poder fazer a comparação com o que nós pensamos e ter a oportunidade de calibrar, após essa comparação, o peso dos nossos pensamentos. Ouvir é saber intervir no momento oportuno, sem interromper brus­camente e sem passar por alto o que o outro está a dizer. É responder partindo daquilo que nos disseram e formar um fio condutor in­te­li­gente, para que a conversa tenha um sentido, ou seja, princípio, meio e fim. Ouvir é compreender os outros e a nós próprios. Neste mundo tão carente de virtudes, bem podemos, como filósofos, retomar esta valiosa atitude que traz tantos benefícios a todos nós. O que é capaz de conversar, alternando engenhosamente as suas in­ter­venções com as dos demais, o que ouve os outros tanto ou mais do que a si mesmo, sabe colher tesouros em todos os cantos e momentos da vida. Desenvolve a observação, a paciência, o respeito e a capacidade de pensar. Saber ouvir é a melhor maneira de saber falar.


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O que é

Filosofia? José Carlos Fernández Escritor e Investigador | Director da Nova Acrópole de Portugal

Para Séneca, o filósofo é aquele que sobe a montanha interior e nela adquire certeza e serenidade.

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ual é o sentido de tudo? Para onde gira a roda da existência? Para quê? Por que nos encontramos aqui e agora? De onde viemos e para onde vamos? O que faz com que permaneçamos em pé, no meio da maré da vida? Qual é o lugar do homem na Natureza? Que destino nos espera mais além da morte? Vol­ta­mos a nascer? Como e de onde surge no homem a consciência da­quilo que se deve fazer e daquilo que não? Temos alma? Pode a razão demonstrar a existência de Deus? Por que a evolução ca­minha com passos tão firmes e inequívocos? Quem traça o Plano que se reflecte com precisão matemática nas operações da vida como por exemplo no código genético? É possível conhecermos a nós próprios? Quem é que não realizou já estas perguntas a si próprio? Somente dois tipos de pessoas: aquele que se contenta com respostas superficiais que jamais poderá verificar e aquele que já conhece as respostas e, portanto, encontra-se mais além da condição humana. Entre ambos os extremos encontra-se o filósofo, aquele que procura a verdade. Filósofo é aquele que cami­nha no seu interior e no mundo procurando respostas. De certo modo, o filósofo partilha o destino do peregrino. Este último procura Deus e para isso percorre os lugares santos. O filósofo, por outro lado, procura a verdade, uma verdade que torne mais firmes os seus passos. Procura a sabedoria que o possa nutrir, sem se contentar com a primeira resposta que encontra. Mais além, sempre mais além. Como disse Giordano Bruno, o filósofo é insaciável como o fogo e sente em si a certeza daquilo que busca. Que agudeza a de Platão quando descreveu o filósofo como filho da abundância do céu e da pobreza e orfandade da terra. Para Séneca, por outro lado, o filósofo é aquele que sobe a montanha interior e nela adquire certeza e serenidade. Uma montanha que se eleva por cima dos ventos

das paixões terrenas, e que ainda é superior à própria fortuna, «deusa» adorada a quem o néscio chama senhora do mundo. Confúcio comparou o filósofo com uma flecha com olhos. Dotada de um divino impulso, sabe para onde vai. Vai ao coração da realidade. Para os egípcios, o filósofo é o que sabe olhar para o seu próprio coração e encontrar nele, como se fosse um espelho mágico, respostas às perguntas que a vida apresenta. Ele, diziam os egípcios, pode dar as respostas porque a sua alma – a tua, a nossa – é tão velha ou mais do que o Universo. Pode responder a quem o requisitar, porque nele en­contra-se o segredo do Ontem, do Hoje e do Amanhã. Os egípcios também dizem que o filósofo tem as medidas dos seres e das ac­ções. Segundo o seu discurso poético o aprendiz da sabedoria trans­porta a regra de Maat e pode determinar o verdadeiro valor de tudo aquilo que quiser medir. Assim, traça as suas sendas com a mesma precisão com que o deus Thot traça as sendas dos astros e o valor dos números. É evidente que a imagem que a Antiguidade Clássica teve do filósofo não é a mesma que é desenhada nos tempos modernos. O verdadeiro filósofo sabe o que sabe e o que não sabe e é capaz de traçar entre ambos uma linha matemática. Ao actual erudito especializado fervem-lhe as opiniões de uns e de outros. Ao verdadeiro filósofo a profundidade da vida torna-o silencioso e afável. Aquele que simplesmente transporta diploma e insígnia, arqueia a sua coluna vertebral e moral diante do peso de tudo o que leu. Mas no fundo muitas vezes nem o entende nem o valoriza porque não o vive. Encontramos o verdadeiro filósofo no campo de batalha, como Sócrates, ou tocando a lira, como Confúcio ou simplesmente trabalhando e cumprindo com os seus deveres quotidianos. Foi o próprio Confúcio que disse: «Que grande é a lei do dever do homem sábio. É um oceano sem margens».


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Onde está a tua vocação? Michel Echenique Isasa | Director da Nova Acrópole no Brasil

Quando se trabalha com o objectivo de desentranhar a vocação, algumas premissas básicas devem ser consideradas: — A vocação não deve ser procurada de forma directa. A sua aparição não é baseada em custo-benefício, em tentativa-erro, nem em expectativas. Ela é como a luz para os olhos, ou seja, os olhos não vêem a luz, mas sim os objectos iluminados por ela. Assim também o entendimento não vê a vocação, mas sim as actividades iluminadas por ela. — A observação das tendências e interesses humanos através da experiência deve tornar-se motivo para testar, de forma persistente e profunda, as pessoas que são educadas para a vocação, com o objectivo de criar condições para que elas possam, trilhar o caminho de suas vocações. — Na vocação como busca, nada é definitivo e conclusivo, porém a direcção apontada pelo educador deve garantir a possibilidade das pessoas poderem encontrá-la. — A vocação faz parte da cultura como um todo e especificamente da tradição, moldura da qual não podemos prescindir sob risco de não elevar os níveis de consciência e inteligência suficientemente, o que leva o ser humano a perder a sua capacidade de compreensão e de entendimento.

lha não é um resultado das nossa expectativas. Antes de tudo, deveríamos saber o que o destino nos reserva, mas para isso deveríamos aprender a discernir entre os nossos desejos e as nossas verdadeiras aspirações, a fim de descobrir o que realmente queremos, de forma exacta. Esse querer depende dos sonhos mais profundos da nossa intimidade ou da alma humana. Não é qualquer êxito, mas aquele que se harmoniza com o nosso destino – a isso os antigos filósofos estóicos denominaram Providência. A providência reflecte-se no nosso interior por meio da reflexão profunda, que é algo que todos os seres humanos deveriam aprender ou fazer. De forma prática, o êxito depende da aquisição de dez hábitos positivos, da compreensão das premissas das quais emanam tais hábitos, do desenvolvimento do nosso círculo de potencialidades e da construção de arranjos específicos para conquistarmos o êxito próprio, que não é o êxito de qualquer ser humano, mas especificamente o nosso.

O que não pode faltar de modo algum é o desenvolvimento filosófico do ser humano, pois a vocação é um diálogo permanente entre o Ser, a alma e a personalidade do individuo humano. Hoje em dia, a sociedade não possui os elementos necessários para desenvolver a educação vocacional porque não há, na esfera pública, nem instituições, nem educadores preparados para trabalhar pelo desenvolvimento filosófico do ser humano. Por isso, é necessário que a iniciativa privada crie centros de formação vocacional. Aqui se encaixa o trabalho que durante 52 anos vem realizando a escola de filosofia à maneira clássica Nova Acrópole, em mais de 50 países do mundo. De qualquer forma, pode-se começar a promover a vocação conversando de forma filosófica sobre cada um dos vinte e um aspectos da grade, a começar pelo primeiro: o Êxito. O querer depende dos sonhos mais profundos da nossa intimidade ou da alma humana. Não é qualquer êxito, mas aquele que se harmoniza com o nosso destino. 1

O êxito não é uma questão arbitrária ou aleatória, e a sua esco-

ECHENIQUE, Michel. Como Reconhecer sua Vocação. Belo Horizonte: Edições Nova Arópole, 2001.


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Outono 2009 | Distribuição Gratuita

Florais Bach

de

Carmen Morales

Escritora e Formadora nas terapias de Florais de Bach

Crianças, jovens, adultos e idosos, todos podem ser vítimas deste mal que afecta grande parte da sociedade, a ansiedade. Os Florais de Bach são um remédio eficaz e inócuo na resolução deste problema, procurando as causas que originam o transtorno e minorando os seus efeitos. Face às diferentes causas que podem dar origem à ansiedade, existem diversas essências que utilizaremos consoante o caso. Vejamos alguns exemplos: À ansiedade provocada por medo de qualquer índole: indicaremos MÍMULUS se o objecto do medo é co­nhecido; ASPEN se é desconhecido; ROCK ROSE se é pânico, terror; RED CHESNUT se tem medo do que possa suceder a um ente querido; e CHERRY PLUM se tem medo de perder o controlo. Para a ansiedade desencadeada por um excesso de trabalho: utilizaremos OAK a fim de combater a exagerada dependência do trabalho por parte do paciente, o qual tomará consciência dos seus próprios limites e de que é possível continuar com os seus projectos sem que haja necessidade de esgotar as suas forças. Também podemos utilizar OLIVE quando o paciente tem sintomas de esgotamento físico e psíquico, a essência vai ajudá-lo a recuperar a energia perdida. A ansiedade provocada por um sentimento de incapacidade: ELM é o remédio indicado para as pessoas que, apesar de perfeitamente capazes, em determinado momento sentem que não são competentes para continuar com as suas tarefas e projectos. A essência ajudará a superar o colapso assim como o esgotamento físico e mental que este acarreta. A ansiedade provocada por uma contínua e exagerada impaciência: frequentemente as pessoas andam apressadas e vivem a vida de uma forma muito acelerada, como se lhes faltasse tempo para realizar as suas tarefas ou para, simplesmente, viver. Com

o tempo estas pes­soas costumam apresentar quadros de stress e ansiedade, originados sobretudo pela sua incapacidade para lidar com o tempo, o seu e o dos outros. Para estas pessoas IMPATIENS é a essência indicada, pois não só as ajudará a superar o stress como também lhes permitirá aprender a controlar a sua impaciência e a compreender que existe um tempo para tudo. A ansiedade por excesso de entusiasmo: em certas ocasiões a ansiedade é provocada por um excesso de energia; o paciente empenha todas as suas forças naquilo que considera vital, seja um trabalho, uma ideia, uma causa, etc. VERVAIN é a essência indicada para estes casos, porque ajudará o paciente a pôr limites nos seus esforços, ao mesmo tempo, que lhe permite relaxar e descansar. A ansiedade devida à não assimilação da própria personalidade: existem pessoas que fingem constantemente ser algo que na realidade não são, como se tivessem adoptado uma falsa personalidade face aos outros, não se aceitando como são. Esta atitude gera, com o tempo, quadros de autêntico stress – entre outros – devido à grande pressão emocional a que estão submetidos. AGRIMONY ajudará não só a superar a ansiedade, mas também a encarar o lado obscuro da personalidade com objectividade e a aceitarmo-nos como somos, sem «adornos». Por último, existe um remédio no Sistema Floral de Bach que se utiliza em situações de emergência, chamado RESCUE REMEDY e que se pode utilizar para tratar quadros de ansiedade (entre outras aplicações). Este remédio floral é composto por cinco florais: Star of Bethlehem, Rock Rose, Cherry Plum, Clematis e Impatients, sendo que cada uma delas harmoniza as seguintes emoções. — Star of Bethlehem: sensação de perda, de choque. Esta flor permite o reencontro da pessoa com o seu «guia interior» para se voltar a centrar. — Rock Rose: pânico, medo paralisante. A sua fun­­­­ção consiste em transformar o medo em coragem. — Cherry Plum: medo do descontrolo. Esta flor faz com que a emoção que procura expressar-se flua a fim de equilibrar a pessoa. — Clematis: sonolência, “sair fora da realidade”, desmaios. Actua regressando ao “aqui e agora”. — Impatients: impaciência, ansiedade. Trans­for­ma estas emoções em calma e concentração em si mesmo.


Boletim Filosรณfico | Conhece-te a ti mesmo | Nยบ1

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Filosofia

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Outono 2009 | Distribuição Gratuita

CURSO DE FORMAÇÃO

Filosofia e Psicologia Prática Introdução às principais ideias e vivências proporcionadas pelas várias correntes de pensamento ao longo da História da humanidade. Da Índia Védica ao Budismo Tibetano, de Confúcio ao Egipto, de Platão a Plotino, passando por Aristóteles. Um vasto conjunto de temas que, mais do que acrescentar aos nossos conhecimentos, nos permite aceder a algumas das chaves para entender o ser humano e o mundo.

Temas do Curso - As sete dimensões no Homem e no Universo. - Índia: a Guerra e harmonia interior. - Karma e Dharma: o Homem e o sentido da vida. - Filosofia Budista: Vias para a superação da dor. - O equilíbrio como meio para alcançar a felicidade. - Os caminhos da sabedoria: o amor, a Beleza e a Filosofia. - O filósofo como protagonista de uma mudança no mundo. - Grécia: a política e a arte de governo de si próprio. - O mito da caverna: como conseguir ser autêntico num mundo manipulado. - O despertar da alma e a educação à maneira clássica. - A filosofia como meio para aprender e entender a história. - Ideais que inspiraram os homens e transformaram a história. - A Mitologia: uma forma de entender os ensinamentos mais além do tempo. - O Homem e o seu destino. - Como ser protagonista da nossa própria existência.

16 sessões - 1 vez por semana - diversos horários Desconto de 50% para jovens até aos 30 anos.

Inscrições Abertas


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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº1

Na Rota dos Templários Paulo Alexandre Loução Autor da obra “Os Templários na formação de Portugal”

em Portugal

O nosso país é um território privilegiado para sentir a mística dos Templários. D. Afonso Henriques logo na sua primeira carta de doação à Ordem do Templo deixou registado que é «irmão» da Ordem. Tratou-se do Castelo de Soure, lugar onde poderemos iniciar o nosso périplo em direcção ao Castelo de Pombal para depois chegar ao grande centro espiritual e militar dos Templários portugueses: Tomar. Tomar merece a visita de um dia inteiro. Aconselhamos a observação prolongada da Igreja gótica de Santa Maria do Olival, lugar que foi panteão dos mestres templários e ainda hoje respira um silêncio tranquilizador para a nossa alma. A estrela de cinco pontas, símbolo do Homem espiritualmente realizado, recebe-nos na entrada que nos leva até à bela Nª Sr.ª do Leite. Em pleno centro, encontramos o templo dedicado a João Baptista, onde merece especial atenção o tríptico flamengo e a muito enigmática pintura de Melquisedeque, autoria de Gregório Lopes, século XVI, onde um judeu, um muçulmano e um cristão evocando a harmonia entre as religiões e a sua essência comum. Naturalmente o Castelo e Convento de Cristo merecem visita prolongada, A Charola é o Omphalos, o eixo de todo

Fundada em Jerusalém, no ano de 1118, por 9 cavaleiros oriundos da Europa ocidental, a Ordem do Templo de Salomão viria a desempenhar, nas duas centúrias seguintes, um papel fundamental no empolgante renascimento da Europa do tempo das catedrais. No seguimento da explosão do simbólico no românico, emerge, em poucas décadas, o crescimento da Ordem de Cister, o gótico, as histórias do Graal, começam a circular as cartas do Preste João, e… forma-se Portugal. Esta sincronicidade dos tempos míticos de fundação dos Templários e Portugal, potenciou uma relação profícua que marcou a história de então.

este complexo iniciático, ao qual, mais tarde, se acrescentou o fabuloso Coro Manuelino. Mais do que racionalizar, há que sentir todos aqueles símbolos… Seguindo pela borda do Tejo encontramos um dos mais belos castelos templários, o de Almourol, assente numa ilha do rio. Mas os Templários também marcaram uma forte presença em toda a linha da raia beirã. Castelo Novo (Fundão) encimado pela mística Senhora da Penha é um lugar mágico que recebe toda a força telúrica da Serra da Gardunha. Mais a sul, merece especial atenção a região das Idanhas, com destaque para Monsanto e Idanha-a-Velha, antiga Egitânia romana. A norte encontra-se uma linha importante de castelos templários, como o de Longroiva, mas para fechar com chave de ouro, sem dúvida, a mágica aldeia de Vilar Maior. Procure a Prof.ª Delfina para as explicações e abrir o Museu, e sinta os lugares com o coração. Bem afastada dos grandes centros, esta povoação mantém uma atmosfera muito especial, e com muitos segredas para nos revelar um dia… Mas, na verdade, o verdadeiro segredo está dentro de si… encontre-o. Os Lugares Templários poderão facilitar esse reencontro.


Outono Outono 2009 2009 || Distribuição Distribuição Gratuita Gratuita

VOLUNTARIADO SOCIAL E ECOLÓGICO A experiência viva de solidariedade humana e com a natureza produz mudanças profundas

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Lisboa 16

CURSO DE FILOSOFIA PRÁTICA

O CAMINHO ESTRATÉGICO DA VIDA Formação em 6 sessões Condições especiais para jovens até aos 30 anos (1 vez por semana — horários pós-laborais)

. O que é a filosofia prática e a sua utlidade como estratégia de vida. . As sete leis do Universo e do Homem . O caminho interior da alma e as provas da vida.

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Outono 2009 | Distribuição Gratuita

CURSO DE FILOSOFIA PRÁTICA

O CAMINHO ESTRATÉGICO DA VIDA Formação em 6 sessões Condições especiais para jovens até aos 30 anos (1 vez por semana — horários pós-laborais)

. O que é a filosofia prática e a sua utlidade como estratégia de vida. . As sete leis do Universo e do Homem . O caminho interior da alma e as provas da vida. . A conquista da felicidade e o despertar da alma . Os tesouros da mente ilumindada . O segredo do Tempo . Ideais e mitos: o motor da História e o eterno retorno __________________________________________

ASSOCIAÇÃO CULTURAL NOVA ACRÓPOLE Av. António Augusto de Aguiar, 17 – 4º Esq. -- 1050-012 Lisboa Tel. 213 523 056 – Tlm. 939 800 855 - e-mail: lisboa@nova-acropole.pt www.nova-acropole.pt/lisboa.html


Porto

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Sábado Aberto | 10 de Outubro

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10:00 “O Cosmos aos Olhos do Homem“ por Henrique Cachetas (astrónomo) e Bebiana Cunha (psicóloga) 12:00 “A Pegada Ecológica” por Alcide Gonçalves (arquitecta paisagista) Programa - A pegada ecológica e a perda de biodiversidade; - Uma questão de ecologia humana e planetária; - Contributos para a diminuição da “minha” pegada; - Cálculo da pegada ecológica (pessoal) 13:00 Intervalo para almoço 14:30 “Notas de Heráldica Lusitana“ por Filipa Antunes (historiadora) - Breve introdução à Genealogia e a sua Relação com a Heráldica - Introdução à Heráldica: origem e uso social - As partes constituintes de um brasão de armas e exercícios práticos 16:00 Workshop de Compostagem por Alcide Gonçalves (arquitecta paisagista) Programa: - Breve abordagem ao conceito na perspectiva da construção de um planeta saudável; - Construção de uma meda de compostagem – que resíduos adicionar? - Problemas e causas possíveis que podem ocorrer no processo – como resolver? 17:30 Workshop de Defesa Pessoal por Jorge Saraiva (mestre de yoseikan budô) Programa: 1º Parte - Abordagem - Linguagem corporal - Controlo do medo - Avaliação da ameaça e do espaço envolvente 2º Parte- Confronto - Atitudes básicas de defesa - Controlo de distância - O ataque - pontos vitais - As armas - técnicas de desarme e imobilização 19:30 “Pão: alimento, fermento, sustento” por Helena Ávila (nutricionista) Muitos povos consideram o Pão uma dádiva dos Deuses. A divinização do pão como um “maná” oferendado ao povo de Deus dá a justa medida da sua importância. Mas a realidade terrena do Pão é, antes de tudo, uma longa epopeia do Homem na busca de si e da descoberta da natureza, da técnica, da arte, num ciclo de espantosas criações e sobrevivências. 21:00 Jantar convívio Público-alvo: Todos os interessados Participação: - dia completo incluindo todos os workshops e o jantar: 30 € - todos os workshops (jantar não incluído): 20 € - cada workshop: 7. 50 € - apenas o jantar: 12.50 € O bar estará em funcionamento durante todo o dia. Inscrições por email, por telefone ou presencialmente Esta iniciativa confere certificados de participação.


Coimbra 20

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Aveiro

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Actividades recentes

A Nova Acrópole Aveiro, no âmbito de conseguir levar às crianças alguns dos valores há muito perdidos, tem vindo a realizar desde há já dois anos actividades pontuais direccionadas a elas, pretendendo assim resgatar esses valores. Para além das actividades práticas, procurando sensibilizar as crianças para a ecologia iniciou também uma actividade intitulada o “conta – contos” que presenteou um grupo de crianças com o mito de Hércules e os Doze Trabalhos, em Junho de 2009 na Praça Melo Freitas pela animadora Sónia Oliveira com a colaboração de alunos da associação. A ideia é conseguir reunir um grupo de crianças interessadas, e através de adaptações pedagógicas dos clássicos da literatura, criar um espaço regular para gconversar e trabalhar sobre a moral.

Alguns estudantes do 1º nível do curso de Filosofia e Psicologia Prática da Nova Acrópole de Aveiro que realizaram uma visita ao local arqueológico da Citânia de Briteiros e à Zona Histórica de Guimarães, no passado mês de Agosto.

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NOVA ACRÓPOLE Uma ONG para promover o enriquecimento do Homem interior e a fraternidade filosófica entre os humanos


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