e deus criou a mulher
título E Deus Criou a Mulher
subtítulo Mulheres e Teologia
coordenação Anselmo Borges Isabel Caldeira
revisão Elisa Seixas
design FBA.
paginação Carlos Coelho
impressão Guide – Artes Gráficas Lda.
isbn 978-989-8407-31-3
depósito legal 327815/11
editora
(Marca Registada da Euthália Editora, Lda) Rua da Carreira 115/117, 9000-042 Funchal, Portugal www.novadelphi.com
e deus criou a mulher mulheres e teologia coordenado por
anselmo borges e isabel caldeira
índice
Introdução Anselmo Borges e Isabel Caldeira 7
Teologia e feminismo Fernanda Henriques 13
As mulheres no Novo Testamento Maria Julieta Dias 35
Teologia e sofrimento: a narrativa de Adão e Eva como fonte de sofrimento das mulheres Laura Santos 55
Teologia e ética Teresa Toldy 71
Dizer o indizível: o saber feminino de um não-saber Isabel Allegro de Magalhães 91
Notas biográficas 125
introdução Há iniciativas inimagináveis há poucos anos. No dia 26 de fevereiro de 2009, a partir de uma colaboração da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – no quadro do Mestrado e Doutoramento em Estudos Feministas, que integra também um seminário sobre “Mulheres e Religiões” – e do Instituto Universitário Justiça e Paz, teve lugar na Faculdade de Letras um Colóquio subordinado ao tema “Mulheres e Teologia”, que reuniu 200 p articipantes. A teologia regressou, assim, à Universidade de Coimbra, na Faculdade de Letras, que substituiu, há um século, a Faculdade de Teologia. Como sublinhou o seu Diretor, Carlos André, a Faculdade de Letras, que deveria antes chamar-se Faculdade de Humanidades – pois pergunta pelo Humanum, na sua raiz, nas suas múltiplas dimensões, no seu sentido – não pode ignorar a reflexão sobre o Divino. A Universidade de Coimbra, na sua reorganização dos saberes, não quer esquecer a importância das religiões na investigação e no ensino. Não se trata de restaurar a Faculdade de Teologia, mas de perceber que as religiões têm o seu lugar na Universidade, para que esta seja precisamente Universidade, até no seu sentido etimológico-histórico. Impõe-se a presença do estudo do facto religioso nas escolas públicas, designadamente na Universidade, em perspetiva dialogante e crítica. Porque a religião é uma das dimensões constitutivas do Humanum e porque é preciso superar a ignorância e também a irracionalidade e o fundamentalismo religiosos. Fazer regressar a teologia por via de uma perspetiva feminista é dar um passo em frente no sentido de derrubar preconceitos de duas ordens: por um lado, o de pensar que a religião só diz respeito aos crentes, por outro, o de que o feminismo só interessa a mulheres que não gostam
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suas interrogações, dos textos, das suas revisões da história, da sua reformulação das crenças e das práticas religiosas. Mas, como nos diz Juan José Tamayo, não esqueçamos que a causa da emancipação e da igualdade (não clonada) das mulheres não é só assunto de mulheres, mas sim de todos os cidadãos e cidadãs comprometidos na luta contra a discriminação sexual. Fevereiro de 2011 Anselmo Borges Isabel Caldeira
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teologia e feminismo Fernanda Henriques1 A questão de Deus e da resposta humana ao seu apelo constitui o núcleo central da teologia cristã. A novidade da abordagem da teologia feminista consiste na necessidade de apresentar uma reflexão acerca do essencial da fé que faça justiça à semelhança com Deus de que as mulheres são portadoras. Esta foi posta em causa, de maneira mais ou menos subtil, por todas as formas de teologia que subalternizaram a mulher em nome de uma compreensão de Deus influenciada pelos modelos sociais de tipo patriarcal. A teologia feminista põe o dedo na ferida de uma determinada linguagem teológica que transformou Deus num “ídolo patriarcal”. Teresa Toldy (1998: 157) O presente ensaio pretende desenvolver uma meditação articulando teologia e feminismo, como um binómio teórico relevante. Começará por refletir sobre a situação portuguesa e continuará interrogando a legitimidade e a fecundidade de relacionar teologia e feminismo. Nesse percurso reflexivo cruzar-se-á com alguns nomes e posições, da filosofia e da teologia, com importância para a compreensão e para o debate da questão. 1. Procurando compreender a situação portuguesa Começar este texto com uma citação de Teresa Toldy tem vários objetivos, sendo que um deles é prestar-lhe homenagem. Na realidade, no interior da nossa cultura – em termos gerais de país ou em termos específicos de cultura religiosa –, o seu livro, aparecido nas edições Paulinas, em 1998, constitui uma pedrada no charco da estagnação da 1 Universidade de Évora, Departamento de Filosofia.
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nossa reflexão sobre esta temática ou uma pedra no meio do caminho de quem quiser fazer dela tábua rasa. Esta minha afirmação não resulta de uma mera impressão subjetiva, ou de um olhar catastrofista, sendo, antes, resultado de uma já longa experiência nesta matéria. Desde os anos 80 que tenho tido o privilégio de pertencer a um grupo de reflexão dedicado às questões da relação da Igreja com as mulheres e o feminino, coordenado por Manuela Silva – o Centro de Reflexão Cristã, que exatamente se desenvolveu a partir da verificação empírica de que essa questão não era sequer pensada como tal no seio do nosso quadro religioso. Estávamos em 1988, período de grande atividade deste género, na Europa, e, no âmbito do Centro, promoveu-se um Colóquio intitulado Mulheres na Igreja em Portugal, de cujo balanço foi possível verificar como essa questão estava ausente dos espíritos. Quase dez anos depois, mais ou menos o mesmo grupo promoveu outra iniciativa semelhante, a produção do número especial “Mulheres na Igreja. Que lugar? Que Missão?” da Revista do Centro, Reflexão Cristã. Citando o texto que serviu de base à iniciativa: Dir-se-ia existir, entre nós, uma negação do caráter problemático da situação das mulheres na igreja e, por esse motivo, não se encontrar sentido no debate, na troca de pontos de vista, em suma, na análise da questão (8). Mais à frente, o mesmo texto explica o conjunto da situação: No contexto da preparação da Quarta Conferência da ONU sobre a situação das mulheres […], fez-se uma auscultação que procurava identificar a evolução da situação das mulheres na sociedade portuguesa, desde 1985, tendo em conta
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diferentes pontos de vista, desde a perspetiva puramente legal até à situação no interior da igreja […] A recolha das respostas permitiu constatar que era possível fazer um relatório detalhado dos progressos e retrocessos da posição das mulheres nos diferentes setores da sociedade portuguesa nos últimos dez anos; contudo, não havia elementos suficientes para concretizar o modo como, no mesmo período, tinha evoluído a situação das mulheres cristãs no espaço eclesial em Portugal, embora as pessoas inquiridas fossem maioritariamente membros da Igreja (9). Obviamente que isto não quer dizer que não houvesse ninguém entre nós a interessar-se pelo problema, para além do grupo referido. Basta lembrarmo-nos do trabalho desenvolvido pelo Graal, para tomarmos consciência de que não é assim. Aquilo que tem de se traduzir em objeto de interrogação é o silêncio e a invisibilidade do tema não apenas do ponto de vista institucional, como também, diria eu, de um determinado nível de consciencialização em termos de mentalidade religiosa global, que, como dizia o texto anterior, não encontra sentido sequer na análise da questão. O que é mais trágico é que, embora depois da década de 1990 tenham aparecido outras obras, outras intervenções na comunicação social, e, mesmo, a ação do movimento “nós somos igreja”, tudo parece assumir um caráter eminentemente pontual e sem quaisquer reflexos multiplicadores. As coisas não são melhores na investigação. Em 2005, graças à generosidade de Ana Maria Jorge, tive acesso à informação sobre o conjunto dos trabalhos finais dos cursos de licenciatura e pós-graduação da Universidade Católica e, de facto, a análise dos dados é francamente desoladora. Nos dois cursos de licenciatura – Os Estudos em
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Teologia e em Ciências Religiosas –, entre 1990 e 2004, realizaram o trabalho final, em Lisboa, Porto e Braga, cento e dezassete pessoas do sexo feminino. Em nenhum destes trabalhos finais se encontrou um que questionasse a situação das mulheres ou do feminino na Igreja; no conjunto dos cento e dezassete trabalhos, seis tratavam de temas relacionados com as mulheres e o feminino, mas tomando o tema como objeto de análise apenas; eventualmente, um dos títulos – “A mulher no evangelho de S. João” – poderia apontar para algum desvelamento da novidade da relação de Jesus Cristo com as mulheres, mas a retórica inócua do título não parece indicar tal intencionalidade (cf. Henriques, 2006: 257-265). O que é ainda mais estranho é que nem sequer a galeria de Santas ou de figuras femininas ligadas à criação de diferentes ordens religiosas suscitaram a curiosidade e a investigação. Dos referidos trabalhos finais, somente se ocupam de tal temática: três sobre a Virgem Maria, três sobre Sta. Teresa do Menino Jesus, três sobre figuras ligadas a ordens religiosas, uma sobre a história e o carisma das irmãs de Caridade do Coração de Jesus e uma sobre Hadwijch de Antuérpia. Quanto aos Estudos pós-graduados, a situação é ainda pior. Primeiro, há muito menos trabalhos finais realizados por mulheres – dezassete de mestrado e apenas uma de doutoramento; em segundo lugar, mantém-se a mesma ausência do tema. Das dezassete teses de Mestrado, apenas uma se dedica a uma figura feminina – Sophia de Mello Breyner –, continuando, portanto, a questão das mulheres e a teologia totalmente ausente da investigação ao nível universitário. De facto, como referia o texto de Reflexão Cristã, acima citado, «Dir-se-ia existir, entre nós, uma negação do caráter problemático da situação das mulheres na igreja».
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No seu livro Imaginar a Igreja 2, Maria de Lourdes Pintasilgo diz a determinada altura: Ora certas características sócio-culturais da vida portuguesa (dogmatismo de opinião, permeabilidades sem crítica às influências, melancolia e autocomplacência) dificultam esta dupla exigência (1980: 34). Esta afirmação, feita no quadro da articulação entre a noção de conscientização e a fé cristã, poderia perfeitamente aplicar-se, sem alterações, ao modo como a problemática das mulheres e do feminino na Igreja é vivida no nosso país. No meu entender, esta situação é, a um tempo, sintoma de uma certa lassidão nacional no que respeita às questões da igualdade entre os sexos e fator de agravamento dessa situação. Vou servir-me para apoio teórico da minha reflexão dos nomes de duas teólogas, defensoras da igualdade entre homens e mulheres na Igreja, mas situadas em posições diferentes, quer académicas, quer epistemológicas. Refiro-me a Elisabeth Schüssler Fiorenza e Maria Clara Bingemer. Maria Clara Bingemer, sobre a ideia de mal-estar reinante na Igreja Católica, no quadro do que chamou «violência sobre a nossa esperança» nas transformações sonhadas durante o Vaticano II, põe de manifesto como a ação das mulheres na América Latina constituiu um dos aspetos fundamentais na esperança emergente no rosto da igreja pós-conciliar, salientando com tristeza que essa ação não tenha tido os ecos devidos na hierarquia romana (1991). Para ela é evidente que as mulheres «podem abrir por dentro» um caminho de superação dos medos e das inseguranças reinantes no seio da Igreja, na sua globalidade. 2 O livro recolhe textos escritos entre 1966 e 1975.
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Elisabeth Schüssler Fiorenza vai mais longe e radicaliza totalmente o diagnóstico. Para ela, na medida em que defende que o sexismo patriarcal é um pecado estrutural, é muito claro que a situação das mulheres na Igreja e no modo como esta se autocompreende determina um mal radical. Na linha que é a sua, a de uma teologia feminista crítica de libertação, Elisabeth Schüssler Fiorenza conceptualiza o pecado não apenas como uma transgressão pessoal ou um ato individual de infidelidade, mas alarga essa perspetiva a estruturas e instituições. Neste quadro, afirma: O sexismo como pecado estrutural abrange as orientações desumanizadoras, as injustiças e discriminações das instituições, a teologia e o sistema de símbolos que legitima essas instituições, bem como a “falsa consciência” coletiva e pessoal, criada por instituições e ideologias sexistas e introjetadas na socialização e na educação. Esta “falsa consciência” permite aos povos e grupos oprimidos aceitar a própria opressão e introjetar os valores dos seus opressores. Esta compreensão do sexismo patriarcal como pecado estrutural e poder maligno institucionalizado em estruturas opressivas sociais e eclesiais é análogo à compreensão de São Paulo, do pecado como um poder destrutivo transpessoal, cuja última expressão é o poder da morte, destruidor da vida. (1995: 159) Sem discutir os princípios teológicos e eclesiais contidos nesta posição radical de Schüssler Fiorenza – fora da minha competência analítica – não me parece, contudo, que a radicalidade da sua posição seja um exagero gratuito. Na verdade, creio que este é o nó górdio da questão: a posição da Igreja Católica em relação às mulheres representa um sofisticado sistema de discriminação que se reproduz pela criação de uma consciência discriminada que não se reconhece como tal, porque o sistema discriminador que a con-
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trola se apresenta como um bem, como querido pela divindade e, portanto, segundo a natureza das coisas. Coerentemente com o ponto de vista que defende, aquela autora considera também que é necessário um ato público das estruturas eclesiais que reconheça o seu pecado em relação às mulheres, da mesma maneira que o fez em relação a outras situações históricas. Di-lo com a mesma contundência anterior: A Igreja Católica deve confessar pública e oficialmente que tratou as mulheres de modo incorreto. De modo igual àquele com que oficialmente rejeitou a exploração nacional e racial e arrependeu-se, publicamente, da sua tradição de antissemitismo, em teologia, assim é a Igreja Católica chamada a abandonar todas as formas de sexismo. (1995: 116) Sem ir tão longe, também estou convencida de que tem de haver um ato fundacional da Igreja para que seja possível o desenvolvimento de uma efetiva igualdade entre as duas formas humanas de se ser pessoa. Um gesto claro de vontade de mudança. A nós, resta-nos a paciência histórica para aguardar esse gesto e a esperança de que ele venha a acontecer, mesmo que, historicamente, não assistamos a ele. Contudo, esta paciência histórica não se pode traduzir num alheamento do problema, antes deve materializar-se num processo de denúncia sistemática de tudo o que é enviesadamente androcêntrico dentro da Igreja e de simultânea proposta anunciadora de novas e diferentes práticas possíveis. 2. Teologia e Feminismo: porquê e para quê? 2.1. Ser Feminista e Cristã Esta situação de ausência do caráter problemático da relação das mulheres com a Igreja em Portugal é um problema
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real para o movimento de mulheres em geral, ou só interessa no quadro de uma questão religiosa e, portanto, só tem relevância particularmente? Por outras palavras, o binómio teologia e feminismo tem sentido como designação de uma problemática? Há razões válidas para pensar em conjunto os dois conceitos? E o feminismo tem alguma coisa a lucrar com esta articulação conceptual? Do meu ponto de vista, a resposta a todas estas interrogações é afirmativa. Diria mesmo que a teologia “em chave mulher” – para parafrasear as nossas colegas espanholas – é um tijolo fundamental na ressimbolização do que é ser mulher e do feminino no imaginário da nossa cultura e, por essa via, um fator de fundamento das reivindicações da autonomia das mulheres e, sobretudo, o elemento decisivo para que mulher e homem possam equilibrar as representações do seu valor na mentalidade coletiva. É do conhecimento geral que muitas feministas que se dedicaram à teologia acabaram por abandonar a religião, por considerarem que há no cristianismo, e nas religiões do livro em geral, uma estrutura intrinsecamente sexista. Portanto, do seu ponto de vista, não é possível ser, ao mesmo tempo, feminista e cristã. São muitos os casos de abandono das religiões, alguns mais célebres, como o de Mary Daly (católica) ou o de Carol Christ (protestante)3. É de Mary Daly o célebre slogan «uma vez que ‘Deus’ é masculino, o masculino é ‘Deus’»4, o qual Elisabeth Fiorenza comenta desta forma: 3 Elisabeth Schüssler Fiorenza refere o seguinte elenco: «a ex-católica Mary Daly, as ex-protestantes Carol Christ e Daphne Hampson, a ex-mórmon Sónia Johnson e o ex-judeu Starhawk, entre outros» (195: 17). 4 No contexto da sua morte recente, testemunhos vários mostram a radicalidade e a especificidade desta feminista. Cito, por exemplo: «She evolved from a radical Catholic, hopeful of church reform, to a ‘post-Chris-
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notas biográficas fernanda henriques é Doutorada em Filosofia, na área da Filosofia Contemporânea (com uma tese sobre Paul Ricoeur), pela Universidade de Évora, onde ensina desde 1995, sendo responsável pela criação e coordenação do Mestrado Questões de Género e Educação para a Cidadania. É vice presidente da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, membro do Conselho Editorial da Revista ex aequo, desde a sua fundação em 1999 e membro do júri nacional, da FCT, para avaliação dos projetos de Investigação das Relações Sociais de Género e das Políticas para a igualdade entre Mulheres e Homens em Portugal. maria julieta mendes dias é Religiosa do Sagrado Coração de Maria (RSCM), desde 1968. Estudou Teologia no Instituto S. Tomás de Aquino (ISTA) e na Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha). É licenciada em Ciência das Religiões pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) de Lisboa. Faz parte da Coordenação Editorial da Revista Lusófona de Ciência das Religiões (ULHT), tem artigos publicados em várias revistas, colaboração em obras coletivas e é coautora de A Verdadeira História de Maria Madalena, com Paulo Mendes Pinto, Lisboa, Casa das Letras, 2006. laura ferreira dos santos é Doutorada em Filosofia da Educação. É Professora Associada do Instituto de Educação da Universidade do Minho e Investigadora do Centro de Investigação em Educação da mesma universidade. É Membro da Comissão de Ética para a Saúde da ARSN. Entre as suas publicações: Pensar o desejo a partir de Freud, Girard e Deleuze. Braga: UM, 1997; Alteridades feridas. Leituras feministas do cristianismo e da filosofia. Coimbra: Ange-
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lus Novus, 2003; Diário de uma mulher católica a caminho da descrença. I e II. Coimbra: Angelus Novus, 2003 e 2008. teresa toldy é doutorada em Teologia (área da Teologia Feminista) pela Philosophisch-Theologische Hochschule Sankt Georgen (Frankfurt). Tem um Mestrado e uma licenciatura em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. No Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES), fez um Pós-doutoramento com o projeto: “Secularização, direitos humanos e feminismos”. É Professora Associada da Universidade Fernando Pessoa, onde leciona nas áreas da Ética, Cidadania e Estudos de Género. É Investigadora do Centro de Estudos Culturais, da Linguagem e do Comportamento da mesma Universidade e também Investigadora Associada do CES. isabel allegro de magalhães é Professora Catedrática de literatura comparada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autora de vários livros e de inúmeros ensaios sobre literatura portuguesa e comparada, com especial incidência em textos e obras do século XX, questões do feminino na literatura, tópicos dos modernismos e da viragem de século XIX-XX. Organizou uma antologia da literatura portuguesa, do século XIII ao XVIII, publicada em 5 tomos pela Fundação Gulbenkian. Capelas Imperfeitas, com prefácio de Eduardo Prado Coelho (Livros Horizonte, 2002) e O Sexo dos textos e outras leituras (Caminho, 1995) são os seus mais recentes livros. No prelo, na Assírio & Alvim, tem um conjunto de ensaios intitulado: Para lá das religiões. Inquietação e encontro.
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Este livro foi composto em caracteres New Baskerville e impresso na Guide – Artes Gráficas, em papel Coral Book Ivory 1.65, 90gr no mês de Maio de 2011.