Jornal Novo Varejo 202

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jornal novo varejo, líder em comunicação para o varejo de autopeças

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Conheça nesta edição os vencedores do Prêmio Inova 2011

Jurista Fábio Ulhoa Coelho defende criação de novo Código Comercial

pág. 32

pág. 12

ano 18 setembro 2011

Caso DF: TJ paulista considera inconstitucional retaliação aos distribuidores pág. 48

Nova filial da MercadoCar leva a rede para zona sul da capital paulista

Expansão das grandes lojas fortalece fenômeno de concentração no varejo Movimento já verificado em outros setores tem cada vez mais bons exemplos no comércio de autopeças. Um deles é a rede MercadoCar, que acaba de inaugurar a quarta unidade. pág. 20

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Seminário da Reposição Automotiva debate perspectivas do mercado para 2012 Macroeconomia e qualidade estiveram entre os temas do encontro

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editorial

Por Claudio Milan

www.novomeio.com.br

Histórias de quem faz bem feito O risco da desindustrialização foi o principal destaque da última edição do Novo Varejo. Mostramos as graves consequências para nossa economia da substituição dos produtos nacionais pelos importados. E não se trata de defender ações protecionistas ou retrógradas, mas sim preservar o valioso parque industrial aqui construído, assim como a mão de obra por ele empregada. Não podemos direcionar nossa economia para o setor de serviços, a agropecuária ou as matérias primas. Nenhum país que pretende ser grande pode abrir mão dos produtos de alto valor agregado. Neste Novo Varejo que você começa a ler agora, acabamos obrigados a retomar o tema a partir de uma polêmica medida anunciada no final de setembro pelo governo federal. Até o final do ano, as alíquotas de IPI para automóveis terão aumento de 30 pontos percentuais. Na largada, a alteração vale para todo e qualquer carro ou caminhão comercializado no Brasil. Mas, claro, o governo criou meios para que as montadoras possam evitar esse aumento. E é aí que está a notícia de interesse do setor de autopeças. Os detalhes da medida você vai conhecer na página 28 No entanto, de for-

ma simplificada, podemos resumir que ficarão livres do reajuste os veículos que tiverem conteúdo nacional de pelo menos 65%. Em tese, essa medida pode estimular o consumo de peças e sistemas automotivos fabricados no Brasil – e no Mercosul, cujos produtos são considerados nacionais. Há que se lamentar, no entanto, que a maioria das soluções apresentadas pelo governo para resolver as grandes questões nacionais esteja vinculada ao aumento da carga tributária. Haja criatividade. Basta citar a atual movimentação ampla, geral e irrestrita – ainda que às vezes disfarçada – em favor do renascimento da fatídica e inócua CPMF, séria ameaça que paira sobre nossas cabeças indefesas. Enquanto isso, incontáveis recursos continuam descendo pelo ralo da corrupção – para esta, já não há sequer preocupação em disfarçar – ou tapando os rombos de uma máquina pública inchada e que gasta sem controle, critério nem bom senso. De qualquer forma, uma vez que seria ingenuidade esperar por atitudes que resultassem em sobriedade administrativa e redução efetiva do chamado Custo Brasil, assim como levantamos o problema da desindustrialização na edição passada, vamos continuar acompanhando a questão

É preciso pôr

ordem na casa e evitar a concorrência desleal com itens vindos de países que não são obrigados a viver diariamente sob o peso pesado desse vergonhoso Custo Brasil

e, especialmente, os desdobramentos e as repercussões da medida apresentada pelo governo. O crescente déficit da balança comercial do setor de autopeças – veja os números no Novo Varejo Importados – revela que, de um jeito ou de outro, é preciso pôr ordem na casa e evitar a concorrência desleal com itens vindos de países que não são obrigados a viver diariamente sob o peso pesado desse vergonhoso Custo Brasil, um desafio permanente à paciência de nossos talentosos e empreendedores empresários. Felizmente, muitos vencem esses desafios e suas conquistas se tornam referência para todo um mercado. No caso do varejo, nossa principal reportagem desta edição traz exemplos de grandes empresas que cada vez mais se consolidam no segmento. E aqui vale uma menção especial, e muito justa, à MercadoCar, que acaba de inaugurar mais uma grande loja em São Paulo e ainda prepara mais investimentos para breve. Uma prova visível da viabilidade do varejo brasileiro de componentes automotivos. E há outros belos exemplos em nossas páginas. Por trás dessas grandes empresas, há o fenômeno de concentração do varejo. Um movimento já verificado em outros segmentos e que vem se consolidando também no comércio de componentes automotivos – basta ver a força com que as duas maiores redes do mercado vêm se expandindo nos últimos dois anos. Para conhecer melhor as estratégias vitoriosas desses grandes empresários do segmento e entender um pouco mais os caminhos da concentração do mercado, não deixe de ler nossa reportagem principal. Além de contar com sua atenção, para nós é motivo de satisfação redobrada contar histórias de sucesso daqueles que acreditaram e construíram, de fato, um novo varejo.

Diretor Geral Ricardo Carvalho Cruz (rccruz@novomeio.com.br) Diretor de Jornalismo Claudio Milan (claudio@novomeio.com.br) Diretor Comercial Paulo Roberto de Oliveira (paulo@novomeio.com.br) Direção de Marketing e Desenvolvimento de Negócios Carla Nórcia (carla.norcia@novomeio.com.br)

Ano 18 - # 202 - setembro de 2011 Distribuição nacional Tiragem de 25.000 exemplares

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sumário

setembro de 2011

Fábio Ulhoa Coelho defende a criação de um novo Código Comercial para o desenvolvimento da economia brasileira.

Seminário do mercado de reposição avalia os desafios e caminhos para a evolução do aftermarket.

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Inauguração de mais uma loja da rede MercadoCar em São Paulo traz reflexão sobre a concentração no varejo.

HÁ 100 EDIÇÕES

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Conheça os vencedores da segunda edição da Pesquisa Inova, que entrevistou 500 varejistas em todo o Brasil.

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Novas decisões da Justiça trazem importantes novidades para toda a cadeia do setor.

Problemas iguais aos seus

Destaques do mercado de autopeças 100 meses atrás, uma história que só o Novo Varejo pode contar Os contrastes brasileiros são um desafio para o pensamento integrado na cadeia de reposição. Talvez por isso seja consenso no mercado que as soluções propostas para os problemas do setor devem respeitar as características regionais. Apesar dessas diferenças, existem também problemas que são comuns a quase todos os integrantes de um mesmo elo da cadeia. No caso do varejo, as principais dificuldades

enfrentadas por uma pequena loja na região norte são semelhantes aos desafios impostos a um empresário do sul do país. Na edição 102, o Novo Varejo ouviu 25 empresários do comércio de autopeças em todo o país para levantar os principais problemas que enfrentavam em seus negócios. E os dois principais, apontados pela maioria, foram a inadimplência e a concorrência com os distribuidores.

DESAFIOS No total, foram 28 os entraves citados pelos varejistas entrevistados. Além dos dois anteriormente relacionados, apareceram os seguintes problemas: alta carga tributária por conta de uma política inadequada; falta de mão de obra qualificada;falta de treinamento e capacitação para a evolução do varejo; grande oscilação de preços; falta ou demora no acesso a informações; burocracia na

troca de peças em garantia; concorrência com as concessionárias; concorrência desleal no varejo; grande oscilação preços; falta de financiamento no mercado; falta de segurança; distância do fornecedor; falta de política de descontos diferenciada dos distribuidores para o varejo; necessidade de grandes estoques para cobrir a variedade de itens; margem de lucro achatada; falta de preparo técnico ou empresa-

rial do aplicador; má qualidade das peças; distribuidor despreparado para suprir as reais necessidades dos varejos; custo do frete; falta de divulgação do mercado; manipulação da indústria sobre o mercado; dificuldade na organização de estoques; sonegação fiscal/informalidade; falta de incentivo do governo; representantes sem autonomia para resolver problemas; e falta de planejamento estratégico.

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indicadores

A inflação do Carro medida pela Agência AutoInforme subiu 0,19% em agosto. Contribuiu para o índice a estabilização dos preços dos combustíveis – este grupo é o mais caro de toda a cesta de itens do indicador e representa praticamente um terço

de toda a despesa com o veículo. No acumulado do ano, o custo para manter o carro está em 6,4%. Entre as autopeças, o item que mais subiu de preço foi o filtro de óleo, seguido pelo sistema de embreagem e as pastilhas de freio.

Itens que mais subiram Filtro de óleo

2,24%

Kit de embreagem

2,14%

Pastilhas de freio

2,08%

Itens que mais caíram Mão de obra / Revisões

1,53%

Pneus

-0,38%

Filtro de combustível

-0,74%

Fonte: Agência AutoInforme

Setor automobilístico influencia bom desempenho do varejo O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio revela que o movimento no varejo brasileiro cresceu 0,7% em agosto. Julho havia fechado com uma pequena alta de 0,2%, resultado que na época já indicava tendência de recuperação frente à queda de 0,1% registrada em junho. Segundo o levantamento mensal da empresa, o aumento é resultado, principalmente, da maior procura por carros, motos e autopeças. O setor automobilístico como um todo expandiu suas vendas em 5,6%. No acumulado de 2011 até agosto, o faturamento do varejo foi 9,5% su-

perior ao registrado nos oito primeiros meses de 2010. Também apresentaram crescimento os setores de material de construção (3%), que lidera as vendas no período de janeiro a agosto (alta de 11,8%); o comércio de tecidos, vestuário, calçados e acessórios ( 2%); móveis, eletrodomésticos e informática (1%); e de combustíveis e lubrificantes (1,3%). O único grupo que teve queda foi o de supermercados alimentos e bebidas, com redução de -1,6% no faturamento em agosto. Para a realização da pesquisa, foram consultados 6 mil estabelecimentos em todo o país.

Confiança dos brasileiros cai em agosto O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o otimismo do brasileiro caiu 1,1% em agosto na comparação com julho e 6,1% em relação a agosto de 2010. A pesquisa revelou ainda que o otimismo do consumidor está cada vez mais distante dos índices registrados no ano passado. Em julho, o INEC havia caído 3% em relação ao mesmo mês de 2010. “Alguns meses do ano passado, como agosto, registraram forte alta nas expectativas por conta da recuperação da economia brasileira dos efeitos da crise internacional. Por isso, o recuo no INEC agora é natural”, avaliou

confiança: 69% dos entrevistados disseram acreditar que a inflação vai aumentar. Em julho esse percentual era de 61%. Quanto ao desemprego, apesar da queda na comparação com agosto de 2010, o índice ainda está muito acima da média histórica, o que confirma manutenção do otimismo em relação à abertura de vagas. “No ano passado, o indicador ficou elevado porque a tendência era de melhora. Hoje as pessoas ainda acreditam que haverá crescimento nas vagas, mas não esperam o crescimento elevado”, explicou Azevedo. Já o otimismo em relação à situação financeira diminuiu 3,8% e sobre o endividamento caiu 5,7% em agosto na comparação com 2010.

Marcelo Azevedo, economista da CNI. Em agosto, a queda na confiança dos brasileiros em relação ao mesmo mês de 2010 ocorreu nos seis componentes do INEC: expectativas em relação à inflação, ao desemprego, à situação financeira, ao endividamento, à renda pessoal e às compras de bens de maior valor. As reduções mais acentuadas foram nos índices de inflação, que caiu 21%, e de desemprego, que diminuiu 10%. Outra constatação importante do estudo é que os brasileiros estão mais pessimistas com o aumento dos preços e do desemprego. A preocupação dos consumidores com a inflação nos próximos seis meses foi a principal razão para a queda na

Montadoras produzem 5,9% a mais As montadoras instaladas no Brasil produziram 325.326 veículos em agosto, número que representa crescimento de 5,9% na comparação com julho e 5,5% ante o mesmo mês do ano passado. As vendas no

mercado interno também tiveram expansão, atingindo a marca de 327.355 unidades, 6,9% a mais que o número registrado em julho e 4,7% acima do total de agosto do ano passado. O setor fechou o mês com

Produção

144.699 empregados, um crescimento de 0,6% sobre julho. Na comparação com agosto de 2010, houve alta de 8,8%. Os dados são da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

Licenciamento

Agosto 11

325,3 mil

Agosto 11

327,4 mil

Julho 11

307,2 mil

Julho 11

306,4 mil

Ago 11 / Jul 11

+5,9%

Ago 11 / Jul 11

+6,9%

Agosto 10

308,3 mil

Agosto 10

32,8 mil

Ago 11 / Ago 10

+5,5%

Ago 11 / Ago 10

+4,7%

Jan – Ago 11

2,34 milhões

Jan – Ago 11

2,37 milhões

Jan – Ago 10

2,24 milhões

Jan – Ago 10

2,19 milhões

Jan – Ago 11 / Jan – Ago 10

+4,4%

Jan – Ago 11 / Jan – Ago 10

+8,0%

Set 10 – Ago 11 (A)

3,48 milhões

Set 10 – Ago 11 (A)

3,69 milhões

Set 09 – Ago 10 (B)

3,34 milhões

Set 09 – Ago 10 (B)

3,34 milhões

Variação % (A/B)

+4,4%

Variação % (A/B)

+10,4%

Últimos 12 meses

Últimos 12 meses Fonte: Anfavea

Inflação do Carro sobe 0,19% em agosto

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entrevista

Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br

setembro de 2011

Fotos Divulgação

Menos burocracia no comércio Para o jurista da área comercial Fábio Ulhoa Coelho, nova realidade econômica exige regras específicas para o setor Advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), instituição pela qual obteve os títulos de mestre, doutor e livre-docente, o professordoutor Fábio Ulhoa Coelho defende a criação de um novo Código Comercial para o desenvolvimento da economia brasileira. O antigo, de 1850, havia sido em parte absorvido e em parte revogado pelo novo Código Civil, que entrou em vigor em 2002. Com isso, o mercado ficou sem uma ferramenta específica do legislador, dando margem a generalizações que não fazem jus à sua importância na sociedade e na economia. Segundo Ulhoa, na obra O Futuro do Direito Comercial (Saraiva, 2010), uma legislação específica permitiria eliminar entraves burocráticos desnecessários, daria maior segurança jurídica às empresas e ainda traria a necessária atualização à realidade do mercado hoje. Ulhoa é professor titular da PUC-SP, onde leciona desde 1982, nas disciplinas de filosofia do direito, direito comercial e empresarial. Atualmente, dedica-se apenas aos programas e cursos de pós-graduação, sendo o coordenador de Direito Comercial nos programas de Mestrado e Doutorado e do Curso de Especialização em Direito Empresarial da PUC-SP; e professor honorário da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Novo Varejo – Por que existe a necessidade de um novo Código Comercial? Fábio Ulhoa Coelho – A economia brasileira está inegavelmente passando por um momento de visível desenvolvimento e reposicionamento na economia global. Estas mudanças forçam e reclamam alterações no ordenamento jurídico, para disciplina da nova realidade econômica. NV – Quais são as principais lacunas na legislação comercial hoje? FUC – Cito duas: a falta de regulação da documentação empresarial eletrônica, eliminando a enorme papelada que as empresas são obrigadas a manter; e a inexistência de regras próprias para os contratos entre as empresas. NV – E quais são os principais obstáculos para o crescimento do mercado? FUC – A lei não é suficiente para produzir desenvolvimento econômico, mas, quando ela está defasada, atua negativamente, impedindo o desenvolvimento. Entre os principais obstáculos estão, sem dúvida, a burocracia excessiva da sociedade limitada e as incertezas relativas aos títulos de crédito. NV – Por que o Código Comercial de 1850 foi descartado pelos legisladores? O mercado saiu perdendo com essa decisão?

O Novo

FUC – Apenas uma parte do Código Comercial de 1850 foi revogada. Ele continua vigorando para disciplinar, por exemplo, os negócios empresariais marítimos. O mercado saiu perdendo porque, com as mudanças na economia dos últimos anos, o Código Civil (que ficou no lugar do Código Comercial), que já não era inteiramente adequado, envelheceu precocemente. NV – Por que seria melhor atualizar essa legislação

Código Comercial vai prestigiar o empresário competitivo. Quem sairá prejudicado é o empresário cartorário, que se vale da burocracia legal e da ausência de normas específicas fora dos Códigos Civil e Processual Civil? Quais as principais diferenças entre os fundamentos do Direito Civil e do Direito Comercial que justificam essa separação?

FUC – Como o Código Civil deve tratar de uma gama imensa de relações jurídicas, ele acaba não contemplando as especificidades das relações entre empresários. Por exemplo,

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entrevista o Direito Civil considera que nenhum contrato pode ser desequilibrado entre as partes. Ninguém pode perder dinheiro por conta de um contrato. Mas, no direito comercial, há contratos desequilibrados, que não podem ser invalidados porque atendiam, quando fechados, aos interesses dos contratantes. O empresário pode fazer um determinado contrato para conscientemente “perder dinheiro”, se ele está pensando, por exemplo, em melhorar seu portfólio de clientes como forma de aumentar os negócios. É um investimento que este empresário faz, quando contrata sabendo que vai perder dinheiro. NV – De que forma a nova legislação proposta impactaria o mercado? FUC – O novo Código Comercial vai prestigiar o empresário competitivo. Quem

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sairá prejudicado é o empresário não competitivo, o cartorário, que se vale da burocracia legal e da ausência de normas específicas para postergar o cumprimento de obrigações ou mesmo livrarse delas. NV – Quais iniciativas concretas estão em andamento para viabilizar a proposta de criação do novo Código? FUC – A Câmara dos Deputados já está discutindo um projeto de lei, apresentado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP). O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) já anunciou que irá constituir, em breve, a comissão especial para apreciação da matéria. NV – O seu livro, O Futuro do Direito Comercial, traz um norte para o novo código? FUC – O projeto de lei em tramitação teve por base a minuta que elaborei. Ela, no entanto,

Antônio Carlos Bento é coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) – Programa Carro 100% - www.carro100.com.br

ARTIGO

Capacitação gera economia e eficiência Livro de Ulhoa, publicado em 2010, já traz uma minuta para o novo código

foi bastante aperfeiçoada antes de se converter em projeto. NV – De que forma devem ser geridas as relações comerciais em um meio totalmente novo como é a internet? FUC – O comércio eletrônico, via internet, é uma realidade. Será regulado no novo Código Comercial, definindo quais são as obrigações do empresário que deseja se utilizar deste canal de vendas. Ao definir as obrigações, a lei, por via de consequência, também define o que o empresário não está obrigado a fazer, quando realiza vendas via internet.

A lei não

é suficiente para produzir desenvolvimento econômico, mas, quando ela está defasada, atua negativamente, impedindo o desenvolvimento

Assistimos a uma grande revolução na indústria automobilística nos últimos tempos. Com a chegada de novas marcas e o aquecimento das vendas de veículos, facilitado pelos financiamentos, houve um crescente aumento da frota circulante, em média, 7% a cada ano. O levantamento do Sindipeças indica que a frota tem 32,5 milhões de veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Esse bom momento do mercado tem reflexos positivos no setor de repa-

O dono do carro quer que o reparo seja feito no menor tempo possível e que o problema seja solucionado. Ele não quer ter preocupação, por isso, procura uma oficina de confiança, onde sabe que pode contar com serviço de qualidade. Sendo assim, o reparador precisa avaliar e criar métodos que garantam aumento de produção, com eficiência. Para isso, o treinamento da equipe é fundamental. O conhecimento técnico evita a má aplicação da peça e que o trabalho seja

Mais carros nas ruas

indicam novas possibilidades, pois, em um prazo de três anos, são as oficinas de confiança que cuidam da manutenção desses veículos ração de veículos. Mais carros nas ruas indicam novas possibilidades, pois, em um prazo de três anos, são as oficinas de confiança que cuidam da manutenção desses veículos. O desafio é estar preparado para atender às necessidades desse novo mercado, repleto de marcas e modelos diferentes e que requerem conhecimento técnico. Como acompanhar essa evolução tecnológica? A resposta está em estudo, dedicação e gestão empresarial. Sim, o reparador precisa estar atento a todos os detalhes do seu negócio e preparar a sua equipe para torná-la apta para fazer os reparos nos veículos. Em um mercado altamente competitivo, é importante garantir a satisfação do cliente e, para isso, a qualidade do serviço é fundamental.

refeito. O Programa Carro 100% / Caminhão 100% deve iniciar a segunda etapa de treinamento, em parceria com o Senai, para promover o aperfeiçoamento profissional por entender que a capacitação da mão de obra é uma necessidade altamente importante. A qualidade do serviço é a garantia da satisfação do consumidor. É o dono do carro que move todo o setor da reposição automotiva, por isso, merece atenção especial do reparador.

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mercado

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Palestra técnica informa sobre manutenção do sistema de refrigeração A Royce Connect e a Delphi realizaram em 28 de agosto, em Santo André (SP), uma palestra técnica sobre compressores dedicados à linha de climatização automotiva. A Delphi disponibilizou sua equipe das áreas comercial, produtos e engenharia de desenvolvimento para apresentar em detalhes o funcionamento e a manutenção de compressores para ar con-

dicionado automotivo. “O intuito foi treinar e capacitar quem comercializa este tipo de produto. Unir a experiência da Royce Connect com produtos de qualidade como os da Delphi é uma parceria fundamental. O fator preponderante para nós é instruir a equipe de vendas e fazer com que a aplicação do produto seja a mais precisa possível”, explicou o diretor comercial da

Delphi no Brasil, Georgie Garcia. “Existe uma carência de dados técnicos para o aplicador. Saber o que ocasiona a quebra do componente poderá poupar mão de obra no momento em que será feito a montagem do sistema de ar-condicionado automotivo”, acrescentou Bruno Marcon Jacomassi, encarregado do departamento técnico da Royce Connect.

Grupo Schaeffler é novamente reconhecido pela Fiat O Grupo Schaeffler conquistou o certificado SuPER – Programa de Otimização do Valor do Produto da Fiat Group Purchasing. O reconhecimento foi resultado das boas ideias manifestadas pela Schaeffler para atender às expectativas da montadora. “Este certificado é a prova de que nosso empenho no desenvolvimento de soluções eficazes aos nossos clientes está valendo a pena e nos motiva a cada vez mais nos dedicarmos para oferecer o que há de melhor ao mercado”, diz Sergio Pin, vice-presidente

de Vendas Automotivas e Desenvolvimento de Produto INA e FAG América do Sul. O fabricante fornece à Fiat gaiolas de agulhas, rolamentos de rolos cilíndricos, anéis internos de rolamentos, rolamentos de embreagem, anéis sincronizadores, pinos posicionadores de marcha, rolamentos de suspensão, polias tensoras, rolamentos de rolos cônicos, sistema de acionamento por corrente, variador de fase do eixo de comando e válvula solenóide, conjuntos de embreagens e sistemas de acionamento.

Decar qualifica peças segundo o Inmetro Palestra técnica promovida pela Royce Connect e Delphi em Santo André

SKF entre as melhores empresas para se trabalhar Pelo terceiro ano consecutivo a SKF foi reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil, de acordo com o levantamento realizado pela FIA-USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo) e publicado no Guia Você SA/Exame

– As 150 Melhores Empresas Para Você Trabalhar, da editora Abril. As empresas listadas no ranking são avaliadas por meio de três índices: a percepção do funcionário, que resulta no Índice de Qualidade do Ambiente de Trabalho (IQAT); as práticas da empresa, representadas pelo Índice

de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP); e a nota dada pelo jornalista após a visita. A primeira vale 70%; a segunda, 20% (sendo 10% referente ao questionário respondido pela empresa e os outros 10% à avaliação das evidências enviadas pelas organizações); e a terceira, 10%.

O Inmetro publicou a portaria 448, que lista, por enquanto, nove famílias de produtos que terão como obrigatoriedade a certificação pelo instituto para venda no mercado de reposição. A Decar já segue as determinações da portaria. Marco Antonio Moreno, da Dinâmica Consultoria em Sistemas de Gestão, explica que a avaliação das empresas é realizada por um OCP (Organismo Certificador de Produto), homologado pelo Inmetro, conforme as seguintes etapas: auditoria do sistema de gestão da qualidade, que é a apresentação de um certificado do SGQ do fornecedor; co-

leta de amostras de todas as famílias e/ou modelo de cada componente automotivo após a realização da auditoria inicial; e avaliação de manutenção após a concessão do Atestado de Conformidade. Especializada nas linhas de motor, câmbio, suspensão e freios para veículos leves, a Decar oferece mais de 25.000 itens para veículos nacionais e importados. Para a atualização constante de suas linhas, a empresa lança anualmente cerca de 2.000 itens. Com sede em São Paulo, em espaço de 8.000 m 2, atua com 120 representantes comerciais em todo Brasil.

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setembro de 2011

Tecnologia de navegação Delphi é premiada na China

Alíquota do ICMS pode ser unificada em 4% nas operações interestaduais

O dispositivo de navegação 3-D MyFi proporcionou à Delphi o Prêmio AutoInfo na categoria “Melhor Fornecedor de Sistema de Navegação Digital 2011”. Pertencente à China Information Association, uma associação de indústrias filiada ao China State Information Center, o AutoInfo é o único prêmio de grande importância a reconhecer o desenvolvimento e avanço da tecnologia da informação no mercado chinês.

O Conselho Nacional de Política Fazendária decidiu unificar em 4% a alíquota do ICMS que incide sobre as operações interestaduais. A alteração foi proposta pelos 27 secretários de Fazenda dos estados brasileiros e do Distrito Federal. O processo de padronização será gradativo para não causar desequilíbrio nas finanças estaduais. Em sendo a proposta aprovada pelo Senado, a ideia é costurar um acordo para

Desenvolvido e lançado pelo Centro Tecnológico da Delphi na China, o 3-D MyFi foi apresentado este ano ao mercado local pela GM de Xangai. A tecnologia proporciona imagens realistas em 3-D e oferece múltiplas opções de escolha para trajetos – incluindo caminhos mais curtos ou convenientes – e reconhecimento de passagens elevadas, como viadutos e pontes, evitando que o motorista pegue o caminho errado.

que a redução tenha início a partir de janeiro de 2012. Atualmente, a alíquota nas operações interestaduais é 7% para os estados do norte e nordeste e 12% para os demais. Segundo simulação do Ministério da Fazenda, apenas oito unidades da Federação terão suas receitas afetadas com a medida: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Perfect inaugura novas instalações Com 17 anos de mercado, a Perfect Peças Automotivas conquistou definitivamente seu espaço. Inaugurou sede própria com 17 mil metros quadrados de área, 10 mil de área de galpão e escritório e mais 7 mil metros de área livre em Mogi das Cruzes (SP) e ampliou sua atividade de importadora. “O projeto é a fabricação de autopeças”, avisa o diretor Gerson Coronado. A partir de fevereiro de 2012,

a Perfect vai produzir itens de suspensão como pivôs, terminais e axiais para todos os modelos de veículos. A mudança para o distrito industrial do Taboão, em Mogi das Cruzes, tem suas razões: “O nosso grande diferencial é a entrega rápida. Nessas instalações temos oito docas para carretas, facilitando toda a logística de entrada e saída de mercadorias”, afirma Coronado. Hoje, a Perfect conta com 150 colaboradores.

“Com a fábrica serão 250 pessoas”, garante o diretor. PRESTÍGIO A Perfect atua com dois mil itens de suspensão, está relançando a linha de amortecedores de marca própria, e ainda bombasd’água, tuchos, tensionadores e sapatas de freio para veículos de passeio e comerciais leves. Hoje, 95% dos clientes são distribuidores. A inauguração da sede foi prestigiada pelo prefeito de

Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli. “A Perfect instalase no maior distrito industrial da região metropolitana de São Paulo em desenvolvimento, com forte vocação para a indústria automobilística. São 49 indústrias em processo de instalação e mais de 30 já em funcionamento. Temos aqui um grande polo industrial a 30 minutos de São Paulo e a 10 minutos do aeroporto de Guarulhos. É um grande centro gerador de empregos”.

Luiz Marins é antropólogo e consultor. Autor de 23 livros sobre gestão empresarial. Tem programas de TV na Rede Vida e Rede Bandeirantes.

ARTIGO

O que fazem as pessoas comprometidas? Quando perguntamos a qualquer empresário, presidente, diretor, gerente, supervisor, chefe, o que ele mais deseja de seus colaboradores, a resposta é imediata: “Gostaria que eles fossem mais comprometidos”. Quando perguntamos a amigos, professores, pais, filhos, membros de clubes e associações, o que eles mais sentem falta nas pessoas de seu relacionamento, a resposta é a mesma. “Gostaria que as pessoas fossem mais comprometidas”. Mas, afinal, o que é, de fato, “ser uma pessoa comprometida”? Veja dez coisas que nos disseram: 1. Uma pessoa comprometida procura sempre colocar-se no lugar das outras; sentir o que as outras sentem. 2. Faz tudo com atenção aos detalhes. Ela presta atenção em tudo o que faz no detalhe do detalhe. 3. Termina o que começa, não deixa as coisas pela metade. 4. Vem com soluções e não com mais problemas quando tem uma tarefa a cumprir. 5. Pergunta o que não sabe e demonstra vontade de aprender. Vai fundo até dominar o que não sabe e deveria saber. 6. Cumpre prazos e horários. 7. Não vive dando desculpas por seus atos, nem procura culpados pelos erros cometidos. 8. Não vive reclamando da vida e falando mal das pessoas. Ela age para modificar a realidade. 9. Não desiste facilmente. Ela não descansa enquanto não resolver um problema. Ela vai atrás da solução. 10. Está sempre pronta a colaborar com as outras. Ela participa. Dá ideias. Você pode contar com ela. Pense se as pessoas avaliam você como uma pessoa verdadeiramente comprometida. Comprometa-se!

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Por Larissa Andrade jornalismo@novomeio.com.br

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Vicentão é destaque no litoral paulista Atuando em autopeças desde muito jovem, empresário Vicente Spataro é referência no mercado de São Vicente Fundada em 1984, a Vicentão Autopeças, localizada em São Vicente (SP), tem uma história que remete a um passado mais distante. O proprietário, Vicente Spataro, é filho e sobrinho de donos de varejos de autopeças e, por isso, trabalha no segmento desde os 12 anos. “Comecei cedo, acabei gostando da área e me dediquei”, conta ele. O início foi igual ao de muitas outras lojas: estrutura pequena, histórico familiar e muita vontade de crescer. Trabalhavam na empresa apenas Spataro, sua então namorada, o sogro e mais um colaborador. O es-

tabelecimento tinha área de 150 m2. Mas a expansão foi tão significativa que todos os terrenos do entorno foram adquiridos. “A loja foi crescendo e hoje temos 2.500 m2 e 40 funcionários. Fui comprando os imóveis em volta, temos dez lotes aqui. Nossa fachada é bem ampla”, conta. A tradição familiar deve ter continuidade, já que um dos filhos de Spataro também atua na loja, assim como a esposa e cunhadas. Na Vicentão, o cliente encontra de tudo: autopeças mecânicas, lataria e acessórios. A mecânica é responsável pela maior parcela do fatura-

mento, mas Spataro diz que não pretende focar o negócio apenas nesse segmento. “Hoje, em lataria e para-choque estamos praticamente sozinhos no mercado porque esses produtos ocupam muito espaço e as seguradoras oferecem peça direto. Mas como ficamos sozinhos, acabamos vendendo, porque sempre tem alguém que compra”. E a localização faz bem para os negócios. “Em São Vicente o poder aquisitivo é um pouco menor do que em Santos. A frota é mais antiga, o que nos favorece, porque carro novo o pessoal leva na concessionária”.

A Vicentão começou com 150 m² e hoje possui 2.500 m², no mesmo local onde foi inaugurado

Qualidade das peças e atendimento são bases para bons resultados Se Vicente Spataro contou com a experiência familiar ao fundar a Vicentão, ele também logo soube que a modernização seria fundamental para o sucesso. Assim, se manteve atento aos movimentos do mercado e procurou atender às novas demandas do consumidor. “O meu cliente é mais o consumidor final, porque a maioria das autopeças da região está voltada para o mecânico”. Com isso, a Vicentão Autopeças tem uma “cara” diferente da que estamos acostumados a ver no varejo. Quem vê de fora acha que se trata de um supermercado. E foi essa a

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intenção de Spataro quando planejou a fachada. “O cliente está muito exigente. Ele quer preço, qualidade, melhor atendimento, então você tem que ir se adequando. Para se manter no mercado, você tem que informar e buscar evolução permanente”. O empresário ensina que a qualidade deve ter duas bases. Uma delas está nas peças comercializadas, que ele procura conhecer com profundidade. Atualmente, a loja tem estoque de cerca de 50 mil itens, inclusive peças importadas. Os fornecedores de autopeças são os distribuidores, mas a compra de peças de lataria é

feita diretamente na indústria. A outra base da qualidade está no atendimento. “Peço para os distribuidores orientação sobre vendas. Tentamos fazer o máximo possível, mas acho que ainda temos que melhorar nessa parte porque o cliente está muito exigente e os balconistas nem sempre acompanham essa necessidade. Como hoje essa mão de obra está escassa, o balconista se torna um profissional disputado. Como ele sabe que arruma emprego facilmente, acaba se acomodando. O que estamos tentando fazer é pegar jovens para ensinar”.

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Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Fotos Divulgação

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Concentração é fenômeno que cresce no varejo Varejistas empreendedores transformam seus negócios em redes de lojas para enfrentar mercado cada vez mais competitivo O movimento de concentração do varejo, já verificado em outros setores, vem se consolidando e apresentando bons exemplos também no aftermarket automotivo. A paulistana MercadoCar, que acaba de inaugurar mais uma loja, é exemplo disso. Com a abertura da quarta unidade da rede, a empresa vem se destacando frente aos concorrentes, especialmente aqueles localizados no entorno de suas unidades. É crescente o número de empresas que deixam para trás a gestão puramente familiar. É verdade que ainda existem muitas lojas com esse perfil, mas não é o que se vê nas empresas de maior sucesso hoje. Acontece com o varejo o mesmo que vimos suceder com os reparadores independentes: para ficar no mercado, é preciso investir na gestão profissional do

A MercadoCar investiu em lojas muito grandes, com um portfólio bastante extenso, para conquistar a clientela

negócio e na qualificação da mão de obra. Uma empresa que possui mais de uma loja e ainda oferece uma série de diferenciais aos clientes é algo que os concorrentes conservadores e pouco empreendedores têm a temer. ESTRATÉGIAS Há duas maneiras eficientes para conquistar a sua fatia de clientes neste segmento: agregando valor ao negócio, com um atendimento diferenciado, profissional e cortês, pela proximidade do público-alvo, facilidade de pagamento, serviços inclusos, etc.; ou, pelo velho método do menor preço. Mas há quem consiga oferecer os dois atrativos. Estes acabam saindo na frente e se posicionam com vantagem. Já mostramos anteriormente que entidades como o

Grandes varejos se multiplicam em filiais e mostram força nas regiões em que se instalam

Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) vêm investindo nos micro e pequenos empresários do setor para aprimorar sua gestão. O mercado também vem trabalhando o associativismo como forma de conseguir melhores condições de compra e, consequentemente, melhor preço. Desta vez, vamos mostrar aos leitores a experiência de alguns varejistas que estão construindo a sua própria rede, de quatro, cinco, dez lojas, e com elas, abraçando o mercado; seja porque já não conseguiam mais atender seus clientes no espaço em que possuíam ou porque queriam aumentar a cartela de clientes na região em que atuam; e ouvimos também a opinião dos especialistas da área sobre os passos mais assertivos nessa empreitada. Nas reportagens a seguir, acompanhe a movimentação consistente e bem sucedida de empresários que souberam aproveitar todos os benefícios do fenômeno da concentração do varejo e hoje têm resultados de sobra para comemorar.

Não dá mais para ficar sozinho Segundo os especialistas ouvidos pelo Novo Varejo, ficar sozinho, hoje, é suicídio. Para Nelson Bruxellas Beltrame, diretor da Felisone Consultores Associados e professor do Provar, da FIA, para concorrer com a concessionária, só unindo forças. “A operação de revenda de autopeças, o aftermarket, é formada por dois diferentes vetores de operação. O primeiro está ligado às montadoras, que conseguiu impor um modelo no mercado brasileiro em que toda concessionária é também uma loja de autopeças, e muitas peças somente são comercializadas nelas. O varejo independente tem continuar criando, portanto, vantagens competitivas”. É na formação de redes próprias, da mesma forma que no associativismo, que o lojista ganha maior volume de compra para negociar melhores condições com seus fornecedores. Mas o especialista do Provar também dá um recado: “Você pode ter sucesso com uma ou muitas lojas, da mesma forma que pode fracassar com elas, depende do padrão de organização”.

O impacto da concentração que observamos, com empresas mais sólidas e bem geridas, é a profissionalização do mercado, conforme explica Ito Siqueira, da HM Consultoria. “O reflexo da formação de redes é a dificuldade de ingresso de novos varejistas no mercado. A concorrência fica mais fragilizada e, às vezes, não consegue permanecer no mercado. Mas você sempre terá a presença do pequeno varejista, que vai continuar atuando, mesmo com uma unidade só, porque esse mercado é muito dinâmico”. “Quando uma AutoZone ou outra concorrente grande estiver chegando ao Brasil, vamos ter que nos defender e os pequenos terão que buscar parcerias, entrar em redes. A gente não vai ter o mesmo poder de compra que essas grandes redes daqui a cinco anos. Com esse movimento, o mercado ganha em seriedade, ética, em formalidade – porque você não consegue fugir da formalidade com o crescimento”, afirma Ricardo Carnevale, da Josecar.

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É preciso planejamento para seguir crescendo Para decidir quando é hora de abrir uma segunda loja, sem correr o risco de contabilizar grandes prejuízos, Ito Siqueira, da HM Consultoria, explica qual o melhor timing para a formação da rede: “É o volume de vendas que vai equilibrar essa questão; se o crescimento no mercado for constante, é o momento de pensar em crescimento, em multiplicação. Mas há casos em que uma ampliação seria melhor do que mais lojas. É preciso analisar a curva de crescimento de vendas e os custos”. Para o varejista paulistano Ricardo Carnevale, da Josecar, que possui, nas suas quatro unidades, 160 funcionários diretos e 90 terceirizados, um dos principais problemas para o crescimento é a mão de obra. “Está cada vez mais difícil achar mão de obra pronta nesse segmento. Quando surge uma oportunidade de trazer alguém do mercado, nós trazemos. Caso contrário, treinamos dentro da empresa”, afirma o empresário. Waldir Hagi, da Autopeças Alvorada, de Curitiba (PR), aponta a

Carnevale diz que um dos desafios para abrir filiais é a escassez de mão de obra

Falta de espaço físico levou Motoristas à expansão

mesma dificuldade: preencher os cargos em todas as lojas. “Para cada uma você precisa de gerente, um zelador, caixas”, enumera. Do seu ponto de vista, porém, o problema maior é de ordem financeira. “Imagine ter dois caixas por loja, com 12 lojas são 24 profissionais trabalhando só nesse departamento”. Rui Girardelli, proprietário da Auto Peças Motoristas, possui sete lojas, distribuídas entre Limeira, Iracemápolis, Cordeirópolis, Artur Nogueira e Araras, todas no estado de São Paulo. Entre a primeira, aberta por seu pai, Benedicto Girardelli, em 1966, e a segunda, foram 22 anos. “A primeira necessidade que tivemos de expandir surgiu por causa do espaço físico, no local em que estávamos não dava mais para crescer”, explica o proprietário. Mesmo já sendo proprietário de uma rede constituída, o empresário pretende continuar crescendo. “Para ser mais competitivo no futuro, pensamos também no associativismo ou em fazer

parte de redes maiores”. Sua principal dificuldade no desenvolvimento da rede também foi logístico, como é para a maioria. Mas cada empreendedor aponta um obstáculo que lhe incomoda mais. No caso Girardelli, é a distribuição do estoque entre as lojas – uma delas cumpre o papel de estoque central. Mas a questão não chega a ser um problema. “Em rede, eu consigo abranger uma região maior, uma quantidade maior de clientes e, consequentemente, um volume maior de pedidos, que posso negociar diretamente com os fabricantes e conseguir um preço melhor. Eu não diria que sou um distribuidor dentro dos parâmetros considerados normais, mas nossa estrutura é praticamente a de um distribuidor. Hoje existem duas tendências, os varejistas virarem redes e comprarem direto do fabricante; e os distribuidores também concorrerem com o próprio varejista. Quem tiver a maior proximidade com o aplicador e com o fabricante vai conseguir fazer essa ponte e ter mais sucesso na comercialização”.

MercadoCar não para de crescer e abre quarta unidade em São Paulo O fenômeno da concentração ganhou mais um case em 1º de setembro, data da inauguração da quarta unidade da MercadoCar, na capital paulista. A festa contou com a presença de executivos de praticamente todas as grandes indústrias de autopeças do país. Localizada no bairro paulistano de Santo Amaro, a nova loja, apesar de surpreender pelo tamanho, não será a maior da empresa. Até o fim do ano, a unidade da Barra Funda, que funciona 24 horas por dia, será reinaugurada em um imóvel vizinho ao atual, com 13 mil m². Roberto Gandra, que está à frente da MercadoCar, conta que a localização das lojas visa abranger todas as regiões da cidade, e a expansão não vai parar por aí. Além dos varejos, a MercadoCar também conta com um centro de distribuição, na Lapa, zona oeste da cidade, com 57 mil itens no portfólio. Mas para consolidar sua marca no mercado, só a variedade e qualidade dos produtos não seria suficiente. Gandra investiu em qualificação da mão de obra. Os 1.120 funcionários, contando os 108 da nova loja, recebem treinamento específico

do RH para todos os cargos assumidos. “A maioria chega crua, começa no estoque e nós montamos um plano de carreira”, descreve Gandra. Além do varejo, a MercadoCar oferece serviços como troca de óleo e instalação de acessórios. Segundo o empresário, isso não é um diferencial, mas apenas aquilo que ele chama de “um estilo próprio”. “A MercadoCar não se diferencia tanto das outras lojas, mas temos pequenos detalhes que, no total, fazem a diferença”. Para ele, o mercado está com as portas abertas para crescer. “Não saberia dizer se a concentração de varejos é uma tendência, mas vejo isso como uma possibilidade de crescimento. Precisamos cuidar da nossa casa porque tem grandes empresas de fora vindo para cá. Só que em nosso mercado também há empresas fortes e crescendo, isso é salutar”. Inspirado no varejo de autosserviço, a MercadoCar dispôe os produtos em prateleiras, como um supermercado, para o cliente manusear. O que hoje parece simples, foi inovador no segmento quando a empresa abriu, no início da década de 70.

MercadoCar acaba de inaugurar sua quarta loja em São Paulo. E vem mais por aí

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Para especialistas, concentração pode afetar estrutura da cadeia de distribuição Em um mercado que vem, ao longo dos anos, sofrendo profundas transformações na estrutura da sua cadeia comercial, a concentração do varejo pode acrescentar mais um ingrediente a esta polêmica e interminável discussão. Para Nelson Bruxellas Beltrame, da Felisone Consultores Associados, o

Beltrame, do Provar/USP, diz que concentração pode alterar estrutura da cadeia

fenômeno provoca um reposicionamento dos canais diretos e indiretos. “Muda, principalmente, o perfil do atacado, porque numa rede formada por lojas independentes que se uniram, elas acabam indo comprar da indústria”. Mas isso não é regra, redes baseadas no associativismo têm preservado o relacionamento com o distribuidor. O próprio Beltrame tem ressalvas a fazer. “A indústria tem limitações logísticas para vender para o varejo. Se uma indústria instalada em Porto Alegre (RS) quiser vender para São Paulo, se tiver

que atender loja por loja, terá que disponibilizar uma frota de caminhões e depósitos que podem acabar com a margem da operação. Então, comumente o varejo independente é alimentado pelo distribuidor”. Ito Siqueira, da HM Consultoria, recorre ao mercado farmacêutico para estabelecer uma analogia. “No varejo de autopeças isso acontece de forma similar ao que vemos nas farmácias. Quando o varejista cresce, chega um momento em que não tem mais como recuar, ele precisa comprar muito para justificar

aquele ganho. Então, muitas vezes ele próprio torna-se um distribuidor para obter escala. Isso acontece principalmente nos mercados em que o valor agregado é baixo, porque é preciso ter volume de compra em cada fornecedor”. De uma forma ou de outra, a cadeia de comercialização de autopeças vem se adaptando às transformações, e cada elo tem buscado caminhos para evoluir e continuar importante na estrutura. “Não vejo o distribuidor fora do mercado porque existem lojas pequenas no Brasil intei-

ro”, opina Ricardo Carnevale, da Josecar, exemplo de loja que se tornou também distribuidora. Para Waldir Hagi, da Alvorada, em sua região não há com o que se preocupar. “A concentração não muda nada porque Curitiba tem mais de 60 distribuidores, a concorrência é muito acirrada e todo mundo precisa sobreviver. E a gente vê que o atacado também virou um ‘atacarejo’. Assim, ninguém pode proibir ninguém de fazer aquilo que é licito. Eu tenho que olhar para o meu próprio negócio e investir”.

Expansão não é estratégia para todos Nelson Bruxellas Beltrame, diretor da Felisoni Consultores Associados e professor do Programa de Administração de Varejo (Provar) da FIA (Fundação Instituto de Administração, da FEA/USP), recorre ao exemplo das redes para citar os benefícios da concentração no varejo. “Em rede, o empresário consegue mais volume, mas isso exige que ele tenha mais clientes também. Como eu conquisto mercado? Não é só ter um ponto aberto, existe um trabalho de marca, posicionamento, espaço, que deve ser estudado antes”. Ricardo Carnevale, sócio da Josecar, de São Paulo (SP), lembra que a expansão exige um lastro financeiro. “Levamos tempo para formar uma rede de lojas porque isso exige muito investimento. Às vezes, para o pequeno varejo,

não sei o quanto é importante crescer. Pode ser que, permanecendo pequeno, ele consiga ter a mesma lucratividade do que se montar uma segunda loja”. A Josecar possui hoje quatro lojas na cidade de São Paulo (SP), mas foram necessários 28 anos para que essa configuração fosse atingida. “É uma rede pequena”, diz o proprietário. Tecnicamente, uma segunda loja já configura uma rede. Mas, para Beltrame, com apenas duas lojas o empresário pode não conseguir volume suficiente para que a indústria o atenda de forma diferenciada. Com 20 mil itens no estoque, a Josecar conquistou benefícios comerciais. “Melhoramos a condição de pagamento e ficamos mais perto dos clientes”, diz Carnevale. “Há dez anos, foi uma ousadia que deu certo, mas

tivemos problemas a cada loja aberta. E o crescimento tem que ser contínuo, mesmo que lento”. Antes de partir para a formação de sua rede, o empresário deve tomar alguns cuidados. Beltrame lista pelo menos dois: “Os custos fixos, que vão aumentar, e a margem que ele vai buscar tendo mais eficiência em compras versus o volume de compras. É preciso um planejamento ‘pé no chão’. Outro ponto a ser avaliado é o momento do crescimento: quando não se consegue atender mais a demanda com qualidade, analisando até geograficamente de onde vêm os clientes”. Para o consultor Ito Siqueira, da HM Consultoria – Varejo e Franchising, a concentração é uma tendência por uma questão de competitividade. “A concorrência exigiu a concentração para per-

mitir condições de barganha, de economia de escala”. Para ele, o setor de autopeças segue os passos trilhados pelo farmacêutico. “Você vê tanto o crescimento dentro de um grupo quanto à formação de associações co-

operativas”, diz Siqueira. Para ele, as duas alternativas podem ser, inclusive, cumulativas: “Você pode se associar e ter a rede de lojas. O empresário vai ter dois ganhos. Não são alternativas excludentes, com certeza”.

Josecar levou 28 anos para abrir a segunda unidade

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Varejistas que investem em filiais ganham em logística A expansão do varejo por meio de filiais deve ser calculada na ponta do lápis. É preciso ter eficiência no equilíbrio entre o crescimento da receita e dos custos. “O empresário consegue negociar melhor. Há também a valorização da marca no mercado. Mas o custo operacional será maior”, explica o especialista

O consultor Ito Siqueira destaca o fortalecimento da marca do varejo que se multiplica

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Ito Siqueira, da HM Consultoria – Varejo e Franchising. Exemplo do que Siqueira diz é a Autopeças Alvorada, de Curitiba (PR). Com 12 lojas na região, o proprietário Waldir Hagi explica que decidiu abrir uma segunda unidade por causa da logística. “O benefício de trabalhar em rede foi a diluição dos processos de controladoria: contas a pagar, contas a receber, tecnologia da informação, contabilidade, compras. O custo de controladoria para dez ou 20 lojas não aumenta muito. A moça que faz o financeiro é uma só”. Foram seis anos, desde 1982, para abrir a segunda loja. Hoje, a Alvorada está com um programa

de expansão para inaugurar mais três filiais em Curitiba até o final de 2012. Um benefício incontestável que Waldir Hagi enxerga na concentração é o marketing. “Hoje o consumidor confia numa empresa que tenha marca. Uma rede de 12 lojas fixa a marca porque o próprio estabelecimento funciona como mídia em vários pontos na cidade”. Sempre sintonizado com a tendência, a preocupação do varejista agora é com a vinda da AutoZone para São Paulo, e que, acredita ele, será inevitável seguir para Curitiba. “Eu acho que as coisas acontecem muito rápido e a metodologia dos americanos

para a implantação de lojas é do imediatismo, não leva anos, eles fazem várias ao mesmo tempo. Se são ne-

cessários quatro meses para levantar uma loja, eles levantam 200 simultaneamente. E já vêm capitalizados”, alerta.

RESUMO S.Y.L Em 1º de setembro, a MercadoCar inaugurou mais uma loja em São Paulo. Por trás do crescimento da rede, que agora conta com quatro unidades, está o fenômeno da concentração no varejo, que já se verificou em segmentos mais amadurecidos do comércio. Além de se concretizar a partir do fortalecimento das redes baseadas no associativismo, a concentração também ocorre por conta da expansão por meio de filiais de lojas tradicionais e fortes.

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indústrias

Por Claudio Milan claudio@novomeio.com.br

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Carros com menor conteúdo nacional pagarão mais IPI

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Medidas foram anunciadas pelos ministros Fernando Pimentel, Guido Mantega e Aloizio Mercadante

Alíquota para veículos de 1,0 a 2,0 litros de cilindrada sobe de 11% para 41% O governo federal anunciou que os automóveis e caminhões vendidos no Brasil que não tiverem um conteúdo nacional de pelo menos 65% pagarão mais Imposto Sobre Produtos Industrializados. Com isso, os carros e caminhões importados de fora do Mercosul terão elevação de 30 pontos percentuais no IPI até dezembro de 2012. As peças fabricadas nos países do Mercosul também serão consideradas nacionais para efeitos de enquadramento das montadoras aqui instaladas nas novas regras. As medidas foram anunciadas em Brasília (DF) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e de

Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e publicadas no Diário Oficial da União em 16 de setembro. Segundo justificou Mercadante, o objetivo da medida é aumentar a competitividade da indústria brasileira frente a crise internacional, a concorrência dos importados e a valorização cambial. Além de possivelmente frear o avanço dos automóveis chineses, quem vêm ganhando rapidamente espaço no mercado oferecendo veículos completos por preços bastante atraentes, a nova regra vai impactar fortemente também as marcas que estão produzindo aqui há menos tempo e que ainda recorrem a fornecedores do exterior. Na edição de agosto, o Novo

Varejo mostrou os graves riscos de desnacionalização que as indústrias brasileiras vêm enfrentando por conta das importações desordenadas. Em entrevista exclusiva à nossa reportagem, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que o déficit na balança comercial de produtos manufaturados pode chegar a US$ 100 bilhões no final do ano. Por conta das novas alíquotas, os automóveis importados produzidos fora do Mercosul poderão sofrer aumentos de até 28% nos preços ao consumidor. A alíquota de importação para os veículos importados pode chegar a até 55% (veja tabela a seguir). O ministro Guido Mantega explicou que, para obter o bene-

fício de redução do IPI, as empresas terão que preencher no mínimo seis de onze requisitos de investimento em pesquisa e desenvolvimento e conteúdo nacional, que deverão ser comprovados junto ao MDIC. “As empresas que adquirirem a certificação do MDIC não

terão majoração e, portanto, terão desconto de 30 pontos percentuais e não mudam de patamar na cobrança do IPI”, explicou Mantega durante o anúncio das medidas. O ministro da Fazenda estima que de 12 a 15 montadoras conseguirão a habilitação.

Requisitos para redução da alíquota 1. Montagem, revisão final e ensaios compatíveis. 2. Estampagem. 3. Soldagem. 4. Tratamento anticorrosivo e pintura. 5. Injeção de plástico.

Empresas habilitadas

Empresas não habilitadas

Automóveis

6. Fabricação de motores. 7. Fabricação de transmissões. 8. Montagem de sistemas de direção, de suspensão, elétrico e de freio, de eixos, de motor, de caixa de câmbio e de transmissão.

Até 1000 cc

Flex

7%

37%

Até 1000 cc

Gasolina

7%

37%

De 1000 cc até 2000 cc

Flex

11%

41%

9. Montagem de chassis e de carrocerias.

De 1000 cc até 2000 cc

Gasolina

13%

43%

Maior que 2000 cc

Flex

18%

48%

Maior que 2000 cc

Gasolina

25%

55%

10. Montagem final de cabines ou de carrocerias, com instalação de itens, inclusive acústicos e térmicos, de forração e de acabamento.

Caminhões

N/A

Caminhonetes e comerciais leves

N/A

30% 4%

34%

11. Produção de carrocerias preponderantemente através de peças avulsas estampadas ou formatadas regionalmente.

Fonte: Ministério da Fazenda

Fonte: Ministério da Fazenda

As novas alíquotas de IPI

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Importações de veículos já passam de meio milhão em 2011

Marca

Unidades

CHANA

1.649

CHERY

9.493

EFFA CHANGHE

545

EFFA HAFEI

5.415

HAFEI MOTOR

4.332

JAC MOTORS

11.267

JINBEI AUTOMOBILE

400

LIFAN

1.814

TOTAL

Indústrias NV 202.indd 29

34.915

Fonte: Abeiva

Vendas das principais marcas chinesas no Brasil em 2011 (janeiro a julho)

percentuais significam um aumento médio efetivo de 230% no IPI. Além disso, esse aumento é o equivalente a um aumento drástico dos atuais 35% para 85%, caso tivesse sido imputado à alíquota de importação”, protesta José Luiz Gandini, presidente da Abeiva. “Além de ferir as regras da Organização Mundial do Comércio, as medidas restritivas aos carros importados vão propiciar à indústria local praticar os preços que quiserem”, argumenta. Em julho, dado mais recente disponível, os associados emplacaram 18.346 carros, o que significou uma participação de 6,67% no mercado total de veículos no país. No total dos sete primeiros meses de 2011, foram 108.861 unidades, 5,65% do merca-

do interno. “E se considerarmos somente os produtos de nossas associadas que concorrem diretamente com a indústria local, ou seja até a faixa de R$ 60 mil, a participação dos importados cai para 3,3%”. MONTADORAS O maior volume de veículos importados, no entanto, não vêm das marcas independentes. Ele é trazido pelas próprias montadoras instaladas no país. Em agosto, foram 73.611 unidades emplacadas. No acumulado dos oito primeiros meses de 2011, as montadoras trouxeram para o Brasil 530.998. Porém, aí também estão incluídos aqueles fabricados no Mercosul, que, para efeito de reajuste do IPI, são considerados nacionais.

J3 é o campeão entre as marcas chinesas, com 6.885 unidades vendidas de janeiro a julho

Licenciamento de veículos novos importados 2011

2010

AGO

JUL

JAN-AGO

AGO

JAN-AGO

CARROS

73.185

67.060

528.509

57.105

392.502

CAMINHÕES

417

322

2.423

148

1.588

Fonte: Abeiva

Antes do anúncio das novas medidas pelo governo federal, as marcas filiadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos) estimavam vender 185 mil unidades no país em 2011. Agora, a previsão deve mudar. “Na prática, os 30 pontos

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Varejistas elegem as melhores indústrias do Brasil Segunda edição do Prêmio Inova ouviu 500 varejistas em todo o país, que avaliaram os produtos e serviços oferecidos pelos fabricantes de autopeças Pela segunda vez, o varejo de autopeças foi convidado a avaliar os produtos e serviços oferecidos pelas indústrias que atuam no país. O “Prêmio Inova 2011 – Indústrias do Novo Varejo” ouviu 500 varejistas predominantemente de componentes para veículos leves. Foram entrevistados os proprietários das lojas ou os responsáveis por compras. A eles foram feitas 25 perguntas para que indicassem, segundo percepção e critérios próprios – que compõem a chamada árvore dos valores percebidos pelos entrevistados –, a melhor indústria de autopeças do Brasil em

cada um dos quesitos pesquisados. Na edição de agosto, você conheceu os três finalistas em cada um desses quesitos, em ordem alfabética. Agora, chegou a hora de conhecer os resultados finais da segunda edição da Pesquisa Inova. Nos quadros a seguir, além dos três primeiros colocados na soma de votos em todo o Brasil, apresentamos também os vencedores nas cinco regiões do país e relembramos cada um dos vencedores do estudo realizado em 2009. Os vencedores de cada um dos quesitos receberão o Prêmio Inova 2011.

Novo Varejo, composto por aproximadamente 30 mil lojas. O questionário aplicado aos varejistas entrevistados foi o seguinte: “Em sua opinião, entre as indústrias de autopeças: 1. Qual é a melhor em filtros? 2. Qual é a melhor em correias? 3. Qual é a melhor em componentes para motor? 4. Qual é a melhor em óleo lubrificante? 5. Qual é a melhor em pastilha de freio? 6. Qual é a melhor em disco de freio? 7. Qual é a melhor em componentes para o sistema de freio? 8. Qual é a melhor em embreagem?

1° – FRAM 38,22% 2° – TECFIL 35,84% 3° – MANN 7,52% VENCEDOR EM 2009 – FRAM

DISCOS DE FREIO 1° – TRW VARGA 43,76% 2° – HIPPER FREIOS 22,77% 3° – FREMAX 15,25% VENCEDOR EM 2009 – TRW VARGA

COMPONENTES PARA SUSPENSÃO 1° – MONROE AXIOS 29,70% 2° – NAKATA 25,15% 3° – COFAP 15,84% VENCEDOR EM 2009 – MONROE AXIOS

CÂMBIO E DIFERENCIAL

Metodologia do Prêmio Inova 2011 O Prêmio Inova 2011 teve como principal objetivo detectar as indústrias de autopeças que mais se destacaram no mercado por meio dos seus serviços e produtos na opinião de varejistas de autopeças de todo o país. Os vencedores foram apurados após a realização de uma pesquisa por telefone junto a 500 varejistas de autopeças (diretores da empresa e/ ou responsáveis por compra) de todo o Brasil, predominantemente para veículos leves, que responderam a um questionário padrão com 25 quesitos de análise. A pesquisa teve abrangência nacional e a distribuição da amostra foi proporcional à participação dos estados no PIB brasileiro e, dentro dos estados, a população dos municípios. Os 500 varejistas entrevistados foram selecionados a partir de um sorteio realizado entre as empresas integrantes do mailing do jornal

FILTROS

1° – EATON 19,01% 9. Qual é a melhor em rolamento? 10. Qual é a melhor em amortecedor? 11. Qual é a melhor em componentes para suspensão? 12. Qual é a melhor em injeção eletrônica? 13. Qual é a melhor em vela de ignição? 14. Qual é a melhor em borrachas? 15. Qual é a melhor em componentes elétricos? 16. Qual é a melhor em câmbio e diferencial? 17. Qual é a melhor em acessórios? 18. Qual realiza mais ações promocionais? 19. Qual oferece o melhor material técnico? 20. Qual realiza mais treinamentos? 21. Qual oferece o melhor serviço de 0800? 22. Qual apresenta o menor índice de defeitos? 23. Qual agiliza mais a garantia? 24. Qual tem a melhor rede de distribuidores? 25. Qual é a indústria que você mais admira?”

2° – ZF SACHS 5,54% 3° – AFFINIA 3,96% QUESITO NÃO PESQUISADO EM 2009

SERVIÇO 0800 1° – BOSCH 23,17% 2° – MAGNETI MARELLI COFAP 6,93% 3° – LUK 6,73% VENCEDOR EM 2009 – LUK

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CORREIAS

COMPONENTES PARA MOTOR

ÓLEO LUBRIFICANTE

PASTILHA DE FREIO

1° – GOODYEAR 34,26%

1° – MAHLE METAL LEVE 73,27%

1° – PETROBRAS/LUBRAX 37,43%

1° – FRAS-LE 47,52%

2° – GATES 22,77%

2° – COFAP 5,35%

2° – CASTROL 15,25%

2° – COBREQ 23,76%

3° – DAYCO 22,57%

3° – BOSCH 3,56%

3° – TEXACO/HAVOLINE 14,65%

3° – SYL 9,70%

VENCEDOR EM 2009 – GATES

VENCEDOR EM 2009 – MAHLE METAL LEVE

VENCEDOR EM 2009 – PETROBRAS/LUBRAX

VENCEDOR EM 2009 – FRAS-LE

SISTEMA DE FREIO

EMBREAGEM

ROLAMENTOS

AMORTECEDOR

1° – TRW VARGA 67,13%

1° – LUK 63,76%

1° – SKF 49,70%

1° – COFAP 70,50%

2° – BOSCH 8,91%

2° – SACHS 28,12%

2° – INA 21,78%

2° – NAKATA 14,46%

3° – CONTROIL 5,74%

3° – VALEO 2,77%

3° – FAG 15,84%

3° – MONROE 8,71%

VENCEDOR EM 2009 – TRW VARGA

VENCEDOR EM 2009 – LUK

VENCEDOR EM 2009 – SKF

VENCEDOR EM 2009 – COFAP

INJEÇÃO ELETRÔNICA

VELAS DE IGNIÇÃO

BORRACHAS

COMPONENTES ELÉTRICOS

1° – MAGNETI MARELLI 41,78%

1° – NGK 79,21%

1°– MONROE AXIOS 51,49%

1° – BOSCH 54,46%

2° – BOSCH 29,11%

2° – BOSCH 15,25%

2° – SAMPEL 9,11%

2° – MTE THOMSON 4,75%

3° – BORFLEX 6,73%

3° – MARILIA 4,55%

3° – MTE THOMSON 3,96% VENCEDOR EM 2009 – MAGNETI MARELLI

VENCEDOR EM 2009 – NGK

VENCEDOR EM 2009 – MONROE AXIOS

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

ACESSÓRIOS

AÇÕES PROMOCIONAIS

MATERIAL TÉCNICO

TREINAMENTOS

1° – TG POLI 17,03%

1° – BOSCH 26,53%

1° – BOSCH 28,66%

1° – BOSCH 25,35%

2° – BEPO 4,55%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP 8,71%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP 8,50%

2° – NGK 6,34%

3° – KARINA 2,18%

3° – AFFINIA 3,56%

3° – LUK 6,92%

3° – MAGNETI MARELLI COFAP 4,75%

VENCEDOR EM 2009 – TG POLI

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

MENOR ÍNDICE DE DEFEITOS

GARANTIA

REDE DE DISTRIBUIDORES

INDÚSTRIA MAIS ADMIRADA

1° – BOSCH 27,33%

1° – BOSCH 22,57%

1° – BOSCH 37,03%

1° – BOSCH 30,30%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP 11,09%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP 10,30%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP 9,70%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP 9,31%

3° – NGK 10,89%

3° – LUK 7,33%

3° – TRW VARGA 7,52%

3° – NGK 6,93%

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

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Os vencedores nas cinco regiões do Brasil SUL

SUDESTE

CENTRO-OESTE

NORDESTE

NORTE

FILTROS

FRAM

FRAM

FRAM

TECFIL

TECFIL

CORREIAS

DAYCO

GOODYEAR

GOODYEAR

GOODYEAR

GOODYEAR

COMPONENTES PARA MOTOR

MAHLE METAL LEVE

MAHLE METAL LEVE

MAHLE METAL LEVE

MAHLE METAL LEVE

MAHLE METAL LEVE

ÓLEO LUBRIFICANTE

PETROBRAS/LUBRAX

PETROBRAS/LUBRAX

PETROBRAS/LUBRAX

PETROBRAS/LUBRAX

TEXACO/HAVOLINE

PASTILHA DE FREIO

FRAS-LE

FRAS-LE

FRAS-LE

FRAS-LE

FRAS-LE

DISCOS DE FREIO

TRW VARGA

TRW VARGA

TRW VARGA

TRW VARGA

TRW VARGA

SISTEMA DE FREIO

TRW VARGA

TRW VARGA

TRW VARGA

TRW VARGA

TRW VARGA

EMBREAGEM

LUK

LUK

LUK

LUK

LUK

ROLAMENTOS

SKF

SKF

FAG E SKF

SKF

FAG E SKF

AMORTECEDOR

COFAP

COFAP

COFAP

COFAP

COFAP

COMPONENTES PARA SUSPENSÃO

MONROE AXIOS

NAKATA

MONROE AXIOS

MONROE AXIOS

MONROE AXIOS

INJEÇÃO ELETRÔNICA

MAGNETI MARELLI

MAGNETI MARELLI

MAGNETI MARELLI

BOSCH

MAGNETI MARELLI

NGK

NGK

NGK

NGK

NGK

MONROE AXIOS

MONROE AXIOS

MONROE AXIOS

MONROE AXIOS

MONROE AXIOS

COMPONENTES ELÉTRICOS

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

CÂMBIO E DIFERENCIAL

EATON

EATON

EATON

ZF SACHS

EATON

ACESSÓRIOS

TG POLI

TG POLI

CIBIÉ

BEPO

BEPO

AÇÕES PROMOCIONAIS

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

MATERIAL TÉCNICO

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

TREINAMENTOS

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

SERVIÇO 0800

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

MENOR ÍNDICE DE DEFEITOS

BOSCH

BOSCH

MAHLE METAL LEVE

BOSCH

BOSCH E MAHLE METAL LEVE

GARANTIA

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

REDE DE DISTRIBUIDORES

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

INDÚSTRIA MAIS ADMIRADA

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

BOSCH

VELAS DE IGNIÇÃO BORRACHAS

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justo usto socialmente

Informações e conhecimento que atendem diferentes públicos

Relação íntegra com colaboradores, clientes e fornecedores

culturalmente

diverso

Estar sempre à frente é perceber a importância de não deixar seus princípios para trás. É conceder soberania aos interesses do leitor na produção de conteúdos e serviços. É seguir premissas éticas e legais em qualquer negociação. É humanizar e socializar todas as relações que envolvem nosso negócio. É buscar sempre o novo sem deixar de preservar nosso bem mais antigo, o planeta.

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ecologicamente

o

correto Negociações baseadas em princípios éticos e compromissos legais

Nova fronha oxibiodegradável, muito menos prejudicial ao meio ambiente

om ntes

viável economicamente

Novo Varejo. Sempre novo.

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mercado

Por Adriana Chaves adriana@novomeio.com.br

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Fotos Divulgação

Seminário da reposição reúne mercado e discute perspectivas para 2012 O evento

Varejo, indústria e distribuição debatem desafios e comemoram bom momento do setor automotivo e da manutenção veicular Os desafios e as expectativas do mercado automotivo para 2012 nortearam, no último dia 13 de setembro, em São Paulo (SP), o Seminário da Reposição Automotiva 2011. O evento reuniu empresários, executivos e profissionais de toda a cadeia do setor e promoveu um amplo debate Evento recebeu representantes de todos os elos do mercado

sobre os cenários possíveis de crescimento para as empresas envolvidas com a manutenção veicular. Organizado pelo Grupo Photon, foi uma realização do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, que reúne as principais entidades de representação do mercado: Sindipeças-SP,

Andap, Sicap, Sincopeças e Sindirepa-SP. Com temas amplos como macroeconomia, e mais específicos como a certificação de autopeças pelo Inmetro, o seminário permitiu que o setor visse não apenas seu papel e sua importância na atual conjuntura da economia brasileira, mas também discutisse questões atualizadas que interferem diretamente nos negócios de reposição. Para o primeiro painel, o seminário trouxe Raul Velloso, consultor econômico e colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, que falou sobre o aquecimento da economia brasileira e o papel atual do país no cenário internacional. Para tratar de inspeção veicular, Olimpio de Melo Alvares Jr., da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb) tratou dos trâmites que cercam a resolução número

promoveu um amplo debate sobre os cenários possíveis de crescimento para as empresas envolvidas com a manutenção veicular

418 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que leva a exigência de inspeção de veículos para todo o território nacional. Para tratar do tema qualidade, o seminário trouxe duas discussões diferentes. A primeira, apresentada pelo diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, abordou especificamente a exigência da certificação de peças de reposição automotiva mostrando como as novas exigências afetam o setor. A segunda, apresentada por Paulo Rech, gerente executivo de educação profissional do Senai Nacional, tratou da constante necessidade de atualização profissional no setor automotivo, para acompanhar as exigências do mercado.

O p re s i dente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, em sua palestra falou sobre a necessidade de investimentos das oficinas mecânicas para se manterem competitivas e atenderem a legislação ambiental. Ao final, uma mesa de discussão mediada por Antonio Carlos Bento, coordenador do MGA, e formada por Edson Brasil, da Delphi; Alberto Rufini da TRW; Douglas Lara, da ZF Sachs; José Carlos Di Sessa, da Car Central; Rodrigo Carneiro, da Sama Autopeças; Ana Paula Mallusardi, da Pacaembu, e Antonio Carlos De Paula, da Pellegrino, trouxe ao debate temas como a concorrência vinda de outros setores, preço e gestão.

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Investimentos no negócio e gestão de qualidade são respostas para oficinas Deslocar os excessos de gastos com o ponto comercial para uma área ou serviço da oficina que pode trazer mais retorno é uma das sugestões apresentadas pelo presidente do Sindirepa-SP, Antônio Fiola, para que as oficinas mecânicas consigam enfrentar os desafios impostos pelo concorrido mercado automotivo. De acordo com Fiola, o mercado imobiliário tem encarecido o metro quadrado em São Paulo e muitos empresários, donos de oficina, dispensam altos valores para se manter em pontos comerciais cada vez mais caros. “Muitos trabalham, numa insistência terrível, para ficar num ótimo ponto e investem nisso grande soma de dinheiro, deixando de investir em outras coisas que talvez pudessem dar um retorno maior, como a capacitação de seu parque para oferecer ao cliente serviços de empréstimo de carro, por exemplo”. A recolocação dos investimentos, no entanto, é apenas uma das medidas que o empresário de oficina mecânica pode tomar para se manter forte

tegoria dos varejistas de autopeças se una em torno de causas que vão ao encontro dos interesses da categoria, como, por exemplo, o acesso irrestrito à tecnologia hoje usada nos veículos. “Se essa é uma tecnologia voltada para o consumidor final, por que não podemos ter acesso a ela? Ninguém vai me tirar o direito de dizer para o cliente ‘olha seu carro vai demorar algumas horas para consertar’. Nós criamos essas verdades. A verdade quem diz somos nós e essa verdade é bem diferente daquela dos comerciais de televisão”.

no negócio e enfrentar a concorrência que, segundo Fiola, nasce de outros setores, como seguradoras, por exemplo. O presidente do SindirepaSP sugere também que a necessidade de capacitação da mão de obra não pode ser desprezada pelos empresários. “A gente tem que capacitar, capacitar e capacitar sempre. Não apenas o reparador, o mecânico, o técnico, mas também nós mesmos que estamos na administração”, aconselhou. O terceiro ponto que Fiola apontou como sendo primordial para o fortalecimento das oficinas no mercado é justamente a atenção às questões administrativas, não permitindo mais espaço para o amadorismo. “A parte técnica respondeu como a responsável pela oficina há um tempo, hoje a administração e o empreendedorismo da empresa ganharam muito em importância. A vulnerabilidade que se vê por aí nos negócios da oficina, no dia a dia, é incrível”. Fiola defendeu ainda que a ca-

Selo do Inmetro busca garantir produtos de qualidade no mercado

Caminhos para a evolução da reparação automotiva • Movimento imobiliário qpode empurrar as oficinas para zonas periféricas • Capacitação, capacitação e + capacitação • Atenção nas frotas por país de origem (franceses, coreanos, alemães, chineses, americanos, etc.)

• Trabalhar na direção do mercado livre

Fonte: Sindirepa-SP

• Adequação da “OS” / Código de defesa do consumidor + peças certificadas Inmetro + responsabilidade das marcas no abastecimento • Analisar com muito cuidado os contratos de qualquer tipo de abandeiramento / gestores de frota, seguradoras, grupos de compra, etc.

Antonio Fiola apresentou alternativas para que os empresários da reparação obtenham mais resultados em seus negócio

O assunto principal da palestra do diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, foi a portaria 301, que estabeleceu novas obrigatoriedades de certificação de autopeças. Lobo explicou que a obrigatoriedade do selo do Inmetro é para as peças de reposição. As usadas nos veículos novos não terão a exigência porque as peças aplicadas nas linhas de montagem já passam por um processo de qualificação dos fornecedores. Entre as principais razões para o rigor do Instituto está a possibilidade real dos riscos de acidentes com veículos, devido a peças com falhas nos requisitos de segurança. A expectativa é que a presença do Inmetro coíba o comércio de peças e acessórios falsificados. Em entrevista ao Novo Varejo, o coordenador do Seminário, Elias Mufarej, lembrou que a certificação é uma questão justa, inclusive sob pontos de vis-

tas diferentes. Segundo ele, é o selo do Inmetro que pode evitar a presença no mercado de autopeças de baixa qualidade. “Além disso, existe a questão ambiental aí envolvida, uma preocupação que veio para ficar”. Seguindo ainda o mesmo princípio de evitar os excessos e custos, Lobo lembrou que os componentes que tiverem certificação DOT (Departamento de Transporte dos EUA) ou CE (Comunidade Europeia) não precisarão do selo do Inmetro, pois as normas de padronização são as mesmas. De acordo com a nova norma, todos os fabricantes e importadores de peças e acessórios têm até janeiro de 2013 para se adequar aos requisitos mínimos de segurança exigidos pelo Inmetro. O comércio tem até julho de 2014 para disponibilizar os itens no varejo. Os componentes automotivos que passam pela certificação

compulsória são: amortecedores da suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. Veículos fabricados até 31 de dezembro de 1999 não precisam ter as peças certificadas, apenas os posteriores a esse período se enquadram na resolução. Mufarej diz que certificação é justa

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Senai defende certificado profissional com prazo de validade Paulo Rech, gerente executivo de educação profissional do Senai, defendeu a certificação de mecânicos para garantir a qualidade da mão de obra das oficinas, em termos similares às

Para Paulo Rech, norma é importante para aferir as competências dos profissionais

certificações técnicas com as ISO. “Com base numa norma é possível aferir se aquela pessoa tem as competências previstas”. Nesse caso, Rech explica que a certificação profissional emitida pelo Senai – diferentemente daquela emitida pela educação tradicional – tem data de validade, justamente para garantir que o mecânico possua os conhecimentos atualizados. O mecânico precisa se atualizar constantemente para se recertificar. Além disso, o gerente afirmou que a aplicação de provas para esse tipo de certificação oferecida pelo Senai também é diferencia-

da. “Não é uma prova como as escolares. Ele é testado de forma a comprovar que adquiriu o conhecimento. Não é uma questão de passar ou não passar, mas de ter competência ou não”. Rech lembrou que, apesar de hoje os mecânicos precisarem saber usar computadores para análise e diagnósticos dos veículos, o trabalho agora é bem mais amplo. Ele ressaltou, no entanto, que a parte técnica exige habilidade, mas que a atuação do mecânico vai além. “Agora, ele tem que ter conhecimento de gestão e tem que saber falar com o cliente, entende o que ele quer”.

Consultor descarta nova crise mundial e aposta em crescimento do PIB O mundo não deve passar novamente por uma crise do mesmo patamar que a vivenciada em 2008 e 2009. Essa é a opinião do consultor econômico e colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, Raul Velloso, que abriu o Seminário da Reposição Automotiva e tratou sobre economia brasileira e mundial. A double dip – teoria que sugere a possibilidade de uma nova recessão durante um período de recuperação – tem sido citada por renomados economistas, que consideram real a possibilidade de ela acontecer nos próximos 12 meses. Para Velloso, é improvável que isso se concretize. O consultor afirma que se uma nova crise vier, será de alcance mais limitado e de efeitos menos catastróficos do que a de três anos atrás. Sem o fantasma de uma crise internacional, Velloso acredita que a economia brasileira tem espaço para manter o crescimento. O consultor, no entanto,

lembra que a necessidade do país de evitar a inflação, bem como a presença dos importados, provocada pela queda do dólar, não deve permitir um crescimento de 4,5%, que seria, neste momento, o ideal para o país. “Devemos ficar perto dos 3,5%, em média”. Para o presidente do seminário, Elias Mufarej, as notícias para o setor automotivo são mais positivas se comparadas à economia brasileira. Ao Novo Varejo, ele disse acreditar que a chegada

de novos modelos de veículos, além dos carros importados ,proporcionará um aquecimento do setor, especialmente, no que se refere à reposição automotiva. “Nosso bom desempenho é certo, dentro de uma visão de Brasil crescendo também porque há vários investimentos que nos ajudarão manter esse mercado à tona. Eu acredito que o setor alcançará um crescimento ainda superior do que os 4,5% que seriam ideais para a economia”.

RESUMO S.Y.L Mais uma vez representantes de todo o aftermarket compareceram ao Seminário da Reposição Automotiva para debater as tendências e perspectivas para o setor. Nesta edição, os temas escolhidos foram o aquecimento da economia brasileira e o papel atual do país no cenário internacional, a inspeção veicular e a resolução número 418 do Conama e duas diferentes discussões sobre qualidade.

Francisco De La Torre é presidente do Sincopeças-SP.

ARTIGO

Segurança e criminalidade Resolvi dedicar este artigo a um assunto de suma importância: a segurança de nossas lojas. O assunto não é recente, mas nos últimos anos percebe-se um grande aumento da insegurança no país. Para se ter uma ideia do tamanho do mercado de segurança patrimonial e vigilância eletrônica, de acordo com uma recente pesquisa da ABINEE, Associação Brasileira da Indústria Elétri-

força dia após dia é o combate à falsificação de peças automotivas. Nos últimos meses foi noticiada uma série de reportagens dando conta do aumento da apreensão de peças falsificadas das mais diversas aplicações. Além do problema pontual da não arrecadação de impostos, situação que causa uma enorme disparidade em relação ao co-

A peça falsificada

não respeita nenhuma norma de segurança ou qualquer preocupação com a preservação do meio ambiente ca e Eletrônica, o mercado brasileiro de equipamentos de segurança eletrônica totalizou cerca de R$ 613,7 milhões em 2010, com previsão de crescimento médio anual de 36% até 2016, atingindo R$ 1,88 bilhão. Ainda sobre a crescente onda de criminalidade, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o número de ocorrências policiais contra o patrimônio foi de 105.290 na Grande São Paulo durante o primeiro trimestre de 2011, por volta de 10,5% maior que no mesmo período do ano passado. Um outro assunto relacionado à criminalidade que vem ganhando

mércio formal varejista, a peça falsificada não respeita nenhuma norma de segurança ou qualquer preocupação com a preservação do meio ambiente, situação que compromete não só a economia e o mercado de reposição, mas, sobretudo, a segurança e a vida de nossas famílias. Esses dois temas, correlatos em sua periculosidade, precisam ser tratados de maneira prioritária pelo poder público. Entretanto, entendemos que para superar esses desafios devemos agir com energia, sobretudo na cobrança de nossos direitos junto aos que nos representam.

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inspeção

Por Claudio Milan claudio@novomeio.com.br

Inspeção ambiental atingirá 124 municípios paulistas É o que estabelece PCPV do estado, apresentado pela Cetesb. Mas ainda falta regulamentar o programa A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) apresentou em 14 de setembro, ao Conselho Estadual do Meio Ambiente, o Plano de Controle da Poluição Veicular de São Paulo. O documento prevê a realização da inspeção ambiental em 124 municípios do estado, aqueles que concentram as maiores frotas. Nestas cidades, as vistorias devem abranger todos os veículos da frota: carros de passeio, picapes e utilitários, caminhões, ônibus e motos. Embora o PCPV determine a realização da inspeção nessas localidades, ainda não há detalhes sobre as fases de implantação do programa quanto, por exemplo, à idade da frota. Isso será definido após a realização de estudos detalhados. Outra questão

Inspeção é realizada com sucesso na capital paulista desde 2008

pendente é um projeto de lei em trâmite desde 2010 na Assembleia Legislativa de São Paulo que trata exatamente da implantação da inspeção veicular no estado. Somente após a aprovação da lei pelos deputados será possível regulamentar o programa. A estimativa inicial é de que o proprietário do veículo terá que desembolsar R$ 49,30 para passar pelas verificações. DIESEL Além de determinar a inspeção em 124 cidades, o PCPV apresentado pela Cetesb também estabelece que o programa será aplicado nos demais municípios paulista para a verificação de emissões dos veículos movidos a diesel. A justificativa é que mesmo em localidades onde a frota é menor, o impacto ambiental e na saúde da po-

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Foto Divulgação

pulação promovido por esses veículos é significativo. O Novo Varejo tem acompanhado de perto a apresentação dos Planos de Controle da Poluição Veicular em todos os estados brasileiros. A divulgação dos PCPVs é uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). É a partir deste documento que cada estado irá ou não optar pela inspeção ambiental para conter as emissões da frota em seus territórios. O Conama estabelece ainda um prazo de 18 meses após sua apresentação para que os planos entrem em vigor. No entanto, também determina que as inspeções veiculares sejam implementadas, quando for essa a opção, em 2012. Apesar disso, nos municípios paulistas, provavelmente, as inspeções serão iniciadas em março de 2013.

José Palacio é auditor técnico do IQA Instituto da Qualidade Automotiva.

ARTIGO

Qualidade sem aumento de custo As empresas do aftermarket automotivo estão em constante evolução, acompanhando as tendências de mercado, principalmente quando o assunto envolve legislações ambientais.A exemplo da cidade de São Paulo, que desde 2008 tem um programa ativo de inspeção ambiental veicular, outras regiões do estado de São de Paulo e também outros estados brasileiros começam a desenhar os projetos de verificação de emissões de gases poluentes emitidos por veículos automotores.

querem evoluir. Mas, para isso é preciso estar preparado e ter em mente que mudanças devem ser feitas. Ao formar um grupo, os líderes buscam consultores que avaliam o quanto as empresas participantes precisam investir para conquistarem os mesmos níveis organizacional e técnico, a partir de um padrão, um nível básico que deve ser o ponto de partida. Uma dica é utilizar a Certificação IQA, pois esta é a proposta da certificação de serviços: um padrão básico de atendimento,

Muitos estão

entendendo que agir em grupo é mais fácil do que individualmente Esta é uma situação que vai mexer com o mercado como um todo, da oficina ao fabricante de autopeças e também ferramentas e equipamentos automotivos, e o melhor caminho é se preparar para esta nova demanda de serviços. E nada melhor do que a Certificação IQA para saber se o negócio está rentável ou não, oferecendo serviços de qualidade para que o cliente saia satisfeito, sem necessidade de retorno de garantia. Recentemente estive em uma oficina que entrou em contato conosco pois quer começar o trabalho de pré-inspeção veicular. Em algumas localidades, as empresas de reparação e comércio de autopeças estão formando grupos para se fortalecer e oferecer aos clientes um diferencial de mercado. Muitos estão entendendo que agir em grupo é mais fácil do que individualmente, pois conseguem ratear custos, trocar informações e, às vezes, até partilhar o uso de alguns equipamentos de custo elevado. Existem formas de buscar qualidade total sem aumentar os custos do negócio, pois algumas entidades oferecem subsídios para as empresas que

para oferecer ao cliente um serviço de qualidade assegurada. Uma prática do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva é a não indicação de consultores, e nem a realização de consultorias, para que isso não prejudique o processo de auditoria e certificação. Porém, realizamos o treinamento de consultores, a partir das exigências da certificação, que passa a ser um especialista no assunto e, assim, pode orientar os participantes dos grupos sobre as práticas que ditam a certificação. Dessa forma, se você já participa de algum grupo de oficinas ou lojas varejista e atacado, e busca um diferencial no mercado, saiba que pode contar com o know how do IQA, bastando para isso fazer contato e solicitar mais informações a respeito. Tal atitude fará você surpreender seus clientes cada vez que eles forem ao seu estabelecimento, pois nos dias de hoje, atender bem e com qualidade já não é mais um diferencial e sim uma obrigação, ultrapassando suas expectativas.

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aniversário

Por Robson Breviglieri robson@novomeio.com.br

Pellegrino, 70 anos superando desafios

Política comercial ética é reconhecida pelo mercado

Em sua longa trajetória, empresa conquistou posição de destaque no mercado e reconhecimento por parte de fornecedores, clientes e funcionários A Pellegrino se renova com uma energia admirável. Ao completar 70 anos, a distribuidora já está pensando cinco anos à frente – e desde o ano passado, quando estabeleceu como meta dobrar sua receita de vendas até 2015. “Essa é a nossa diferença no mercado. Somos uma empresa totalmente profissionalizada, com uniformidade em nossos processos”, afirma o diretor e gerente geral, Antonio Carlos De Paula. “A grande virtude da Pellegrino é sua capacidade de se reinventar à medida que os problemas aparecem”. O diretor explica que a empresa foi a primeira do mercado a implementar uma metodologia de planejamento estratégico, quase 20 anos atrás. “A longevidade e posição de destaque da Pellegrino no mercado devem-se também ao fato de sermos uma empresa visionária, moderna, que dita tendências, tanto que nossa primeira filial, em Goiânia, já tem 45 anos”. Essa gestão de qualidade permitiu à Pellegrino desenvolver uma equipe de colaboradores coesa, motivada e satisfeita. “A Pellegrino sempre se posicionou como uma empresa de prestação de serviços, que vende atendimento”, diz De Paula. O diretor comercial da empresa, Nilton Rocha de Oliveira, destaca que o grande diferencial da Pellegrino é escutar o cliente, de um lado, e se posicionar como empresa prestadora de serviços, de outro. “Atamos as pontas. Somos a

extensão da fábrica, entendemos as estratégias do nosso fornecedor e valorizamos suas marcas, e nos antecipamos às necessidades dos clientes”. SATISFAÇÃO Como resultado, nos últimos dez anos a Pellegrino figura entre as 150 melhores empresas para se trabalhar, segundo ranking da revista Exame. Neste ano, a nota dos funcionários no quesito Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho colocou a distribuidora em alto grau de aceitação: 88,7% se identificam com a empresa; 81,3% estão satisfeitos e motivados; 80,2% acreditam ter desenvolvimento; e 81,3% aprovam seus líderes. “Nossa média foi 82,2%, muito próximo da média da melhor empresa do ano, segundo os

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Fotos Divulgação

critérios da Editora Abril, que recebeu 87,5%. Além disso, levantamentos de opinião com varejistas de autopeças apontam a Pellegrino como uma das empresas mais admiradas do setor, com a melhor equipe de vendas, que presta o melhor atendimento, que tem a melhor política comercial, que tem mais agilidade nas garantias e que oferece mais apoio e treinamentos”, diz De Paula. “Outro ponto primordial são os nossos 38 fornecedores. Dez deles representam 85% do nosso negócio. Eu não sou cliente do meu fornecedor, sou parceiro, sou o departamento de vendas dele, com 300 vendedores na rua, mais 200 internos, quase 600 pessoas envolvidas no Brasil inteiro”, comenta o diretor. Antonio Carlos De Paula, diretor e gerente geral

A Pellegrino ocupa lugar relevante entre os maiores distribuidores do país, sendo reconhecida pela excelência dos serviços prestados e como empresa parceira, comprometida com o sucesso do negócio de seus clientes. Integrante do grupo americano Affinia, a empresa está estruturada em 19 unidades de negócios, que formam uma rede de atendimento abrangente, garantindo proximidade estratégica com os clientes. Oferece um portfólio completo de produtos, com cerca de 22.500 itens, para as linhas leve, pesada, motopeças e acessórios. Segundo Antonio Carlos De Paula, o sucesso da Pellegrino também se deve à política comercial pautada pela ética, pelo cumprimento da legislação e pelo respeito à cadeia de distribuição, focando as vendas em varejistas e revendedores, evitando, assim, concorrer com os próprios clientes da empresa. “Isso tem sido constantemente reconhecido

Nilton Rocha de Oliveira, diretor comercial da empresa

por nossos clientes”. Na visão do diretor comercial, a longevidade da Pellegrino firmase em sua permanente evolução por atuar juntamente com o fornecedor. “A Pellegrino não é estática. Temos fornecedores de ponta, com marcas competitivas, que têm de se adaptar constantemente aos novos tempos e isso nos impõe mais agilidade. Estamos em mais de cinco mil municípios do país e atendemos mais de 20 mil clientes, respeitando às características regionais”.

Capacitação do setor é compromisso A Pellegrino sempre demonstrou compromisso com a profissionalização e capacitação da cadeia de reposição, particularmente do varejista de autopeças e do aplicador. Seus pilares são três grandes programas: o PPTA (Programa Pellegrino de Tecnologia Automotiva), Painéis de Debates e a Revista Pellegrino, voltada ao varejo de autopeças. O PPTA consiste na realização, por todo o Brasil, de treinamentos e cursos a varejistas e aplicadores, levando conhecimentos técnicos e de gestão de negócios. Desde 1998, já

passaram por este treinamento cerca de 25.000 pessoas. Já os Painéis de Debates são focados nos proprietários de varejos e têm como objetivo discussões em conjunto sobre as tendências da cadeia automotiva. A empresa também investe continuamente em programas de atualização e capacitação de seus profissionais. “No fim das contas, o que procuramos fazer é estabelecer uma sólida relação de confiança e crescimento sustentável dos negócios da empresa e dos negócios de nossos clientes”, conclui Antonio Carlos De Paula.

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legislação

Por Perla Rossetti jornalismo@novomeio.com.br

Tribunal de Justiça-SP anula auto de infração por erro em cálculos Retaliação da Sefaz paulista a distribuidor que usou benefício fiscal de ICMS do DF é inconstitucional Em agosto, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou inconstitucional um auto de infração contra um distribuidor de autopeças por creditamento de R$ 18 milhões em ICMS com base em documentos fiscais emitidos por sua filial no Distrito Federal, que desfrutava na época de incentivos fiscais, hoje revogados. O TJ paulista aceitou uma liminar

Leandro Martinho Leite destaca que decisão do STF/SP poderá influenciar outros processos

obtida após uma prova pericial atestar que o fisco estadual não apurou nenhuma ‘vantagem econômica’ na origem da mercadoria. Assim, não poderia aplicar a multa. A manobra de alegar vantagens econômicas para as empresas que operam em estados com benefícios fiscais de ICMS é comum nas secretarias da Fazenda de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Como forma de retaliação às empresas que gozam dos créditos, as Sefaz exigem dos contribuintes que receberam as mercadorias, através de autos de infração, o estorno do imposto que corresponda à vantagem econômica concedida pelo estado de origem da empresa que vendeu seus produtos. Porém, a medida recente do TJ-SP abrirá um novo

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Fotos Divulgação

precedente que pode influenciar vários processos em andamento, segundo o advogado Leandro Martinho Leite, do escritório que atende a Associação Nacional de Distribuidores de Autopeças (Andap). “É a primeira vez que o Tribunal de Justiça de São Paulo, analisando a produção de uma prova pericial, confirma que a sistemática de exigência que vem sendo praticada pelo estado de São Paulo está completamente equivocada”. Ele conta que, nos quase cem processos acompanhados pelo escritório tanto de distribuidoras de autopeças e de medicamentos, entre outras, através da nomeação de peritos judiciais no estado de São Paulo, têm confirmado que os autos de infração não correspondem com a vantagem econômica decorrente dos incentivos e benefícios contestados.

Benefícios devem ser submetidos ao Confaz O advogado Leandro Martinho Leite explica que, pela Constituição Federal, a concessão de incentivos ou benefícios fiscais pelos estados deveria ser previamente submetida ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Assim, normas dos estados que concedam crédito e sejam editadas sem a observância dos dispositivos do Confaz podem ser questionadas no STF. Com a demora na análise das queixas, os estados contrários aos créditos passaram a aplicar autos de infração. “Há distribuidor cujo valor do auto é maior que seu patrimônio. Na maioria das vezes as empresas nem têm garantias para discutir o pagamento. Alguns precisaram pe-

gar penhora para a garantia”, comenta o advogado. Leite explica que, após julgamento, o STF entende que os autos de infração impedem a concessão e fruição dos incentivos considerados inconstitucionais; e que, por outro lado, isso possibilitaria ao estado de origem exigir de volta do contribuinte que usufruiu do incentivo a devolução dos valores correspondentes ao imposto que foi desonerado. “Como os estados que concedem os benefícios não têm interesse em prejudicar os contribuintes, normalmente eles concedem anistias, remissões ou, simplesmente, deixam de cobrar os valores com base nos princípios da boa-fé e prazos de decadência e prescrição”.

Há distribuidor

cujo valor do auto é maior que seu patrimônio. Na maioria das vezes as empresas nem têm garantias para discutir o pagamento. Alguns precisaram pegar penhora para a garantia

Autos desrespeitam legislações estaduais O desrespeito a legislações como a de São Paulo é outro ponto importante a se considerar na análise de como têm sido lavrados os autos de infração dos estados, mesmo se fossem constitucionais. Segundo o advogado Leandro Martinho Leite, o parágrafo terceiro do artigo 36 da Lei 6.374/89

afirma que não se considera cobrado, ainda que destacado em documento fiscal, o montante do imposto que corresponder à vantagem econômica decorrente da concessão de qualquer subsídio, redução da base de cálculo, crédito presumido ou outro incentivo ou benefício fiscal em desacordo

com o disposto no artigo 155, § 2º, inciso XII, alínea “g”, da Constituição Federal. “Contudo, verifica-se que na grande maioria dos casos, senão em sua totalidade, o estado que lavra o auto de infração não apura a efetiva “vantagem econômica” decorrente do benefício concedido”.

Leite diz que o cálculo da “vantagem econômica” deveria levar em consideração não apenas os créditos concedidos pelos estados, mas também os ônus assumidos pelos contribuintes para usufruírem das formas de tributação diferenciadas. “Seja em razão da ausência de pessoal, ou da di-

ficuldade em obter documentos que possibilitem apurar os valores, na maior parte dos autos de infração lavrados, ao invés da apuração da ‘vantagem econômica’, têm sido utilizadas presunções de quanto o remetente tenha efetivamente auferido com a sistemática especial de tributação”.

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legislação

Por Claudio Milan claudio@novomeio.com.br

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Foto Stock.xchng

Fazenda paulista prorroga efeitos da portaria que trata da base de cálculo para ICMS-ST Nova determinação também altera o Índice de Valor Adicionado Setorial, usado para calcular a retenção e o pagamento do imposto a partir de março de 2012 O governo de São Paulo, através da Secretaria de Fazenda do Estado, estendeu até 29 de fevereiro de 2012 os efeitos da Portaria CAT nº 32/2008, que estabelece a base para o cálculo da Substituição Tributária na saída de autopeças. O prazo anterior da validade era 30 de junho. As alterações foram publicadas na nova Portaria CAT nº 92/2011. A Portaria CAT nº 32/2008 determina que a base de cálculo para fins de retenção e pagamento do imposto relativo às saídas subsequentes das autopeças, com destino

a estabelecimento localizado em território paulista, será o preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor adicionado calculado mediante a multiplicação do preço praticado pelo Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST). No caso da reposição independente, o IVA-ST foi fixado em 40% – o índice é obtido a partir de pesquisas de mercado que estimam o acréscimo de valor que o produto terá até a venda ao consumidor final.

Alteração eleva IVA Mercado irá apresentar do setor para 79,61% pesquisa à Sefaz-SP Conforme determina a Portaria CAT nº 92/2011 da Sefaz-SP, a partir de 1º de março de 2012, o ICMS-ST relativo às autopeças comercializadas pelo mercado independente deverá ser calculado com base na aplicação do Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST) de 79,61%. Para as concessionárias, o IVA-ST estabelecido será de 62,29%. A portaria, no entanto, abre a possibilidade da revisão desses índices, “desde que a entidade representativa do

setor apresente à Secretaria da Fazenda levantamento de preços com base em pesquisas realizadas por instituto de pesquisa de mercado de reputação idônea, nos termos dos artigos 43 e 44 do Regulamento do ICMS”, destaca o texto da portaria. Para isso, era preciso ter comprovado até 31 de agosto de 2011 a contratação da pesquisa de levantamento de preços, que deverá ser entregue à autoridade fazendária até 31 de dezembro de 2011.

A reportagem do Novo Varejo procurou as entidades de representação do mercado para repercutir a Portaria CAT nº 92/2011 e saber quais encaminhamentos o setor dará em relação à novidade. Fomos informados que o mercado ainda está avaliando o assunto e, portanto, não seria possível atender à nossa solicitação. No entanto, em conversas com lideranças do setor, apuramos que o novo IVA-ST de

79,61% foi considerado elevado e não agradou. Assim, o mercado irá mesmo partir para a pesquisa de levantamento de preços na tentativa de reverter essa elevação da alíquota. Em seu site, a Andap – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças, por meio de nota de esclarecimento aos associados, confirma a estratégia da pesquisa. O texto diz que “o Sindipeças, e as entidades representativas dos segmentos produtor/distribuidor, está co-

ordenando o assunto referente à pesquisa a ser apresentada à Sefaz-SP, como já feito anteriormente. Será explorada também a possibilidade de demonstrar à Sefaz a eficácia de uma pesquisa simplificada, por amostragem, para confirmar a atualidade da pesquisa anterior sem necessidade de que seja refeita na mesma extensão e complexidade, e para tanto, foi requerida audiência junto ao coordenador da Administração Tributária, para as tratativas a respeito”.

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sindipeças

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Sindipeças divulga projeções para 2012 Entidade acredita em estabilidade nas vendas para o ano que vem, com pequena variação positiva

A Assessoria Econômica do Sindipeças e Abipeças divulgou as estimativas para o desempenho do setor neste ano e as projeções para 2012. No ano

que vem, as vendas das indústrias de autopeças, em dólares, devem permanecer praticamente estáveis, com leve crescimento de 0,3%. Em reais, o cresci-

mento pode chegar a 4,7%. Nas tabelas a seguir, veja, além das previsões, também indicadores de exportações, importação e nível de emprego.

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lançamentos

Cera automotiva ecológica chega às lojas A Eco Cera é a novidade da Proauto, marca especializada na fabricação de produtos car care. Além de proporcio-

Eco Cera tem embalagem reciclável e formulação biodegradável

nar brilho, conservação e proteção à pintura do veículo, o produto possui embalagem reciclável e uma fórmula que contém tensoativo biodegradável e D-limoneno, um óleo essencial extraído da casca da laranja, que proporciona um agradável odor de limão, bem diferente das ceras convencionais. Outro diferencial da Eco Cera é o sistema abre fácil da embalagem. O produto não agride as mãos e é indicado para todos os tipos de pintura.

Reposição ganha mecanismo DHB de direção manual para Gol G5 A DHB lançou em setembro no mercado de reposição o mecanismo de direção manual para o Gol Geração 5. “Identificamos uma necessidade desse produto no mercado independente de reposição”, explica Marcos Damásio, gerente comercial da DHB. A capacidade de produção do mecanismo manual do Gol G5 será de até 15 mil peças por mês. A empresa comercializará o produto na sua rede de distribuidores e postos de serviço autorizados.

Fabricante tem capacidade para produzir até 15 mil conjuntos mensais para o novo Gol

Royce Connect tem novo catálogo de produtos Iguaçu apresenta nova família de bicos injetores e aplicações A Iguaçu traz ao mercado sua nova família de produtos para injeção eletrônica: os bicos injetores. Inicialmente, são 19 modelos, atendendo a mais de cem aplicações. Os novos produtos seguem

os padrões originais e são totalmente fabricados pela Iguaçu. Para conhecer mais detalhes sobre a linha, basta solicitar o catálogo pelo SATI (11-4223-6360) ou via e-mail (sati@iguacu.ind.br).

Já está disponível o novo catálogo de produtos e aplicações de peças da Royce Connect, distribuidora de componentes e equipamentos para ar condicionado automotivo. Em sua oitava edição, a publicação apresenta novo forma-

to, proporcionando uma busca mais ágil e dinâmica pelas seções do catálogo. Conta com mais de 500 páginas e 3.700 itens ilustrados com a respectiva aplicação de cada componente.

8ª edição traz 3.700 itens ilustrados

DNI traz relé de pisca hibrido ao mercado

Inicialmente, 19 modelos atenderão a cem aplicações

Produto é aplicável em sistemas de lâmpadas convencionais e de LED

A partir da estratégia de desenvolver produtos que funcionem tanto para lâmpadas comuns quanto para uso com LEDs – a atual tendência em todo o mundo – a DNI Dani Condutores Elétricos apresenta ao mercado sua linha de relês de pisca híbridos. O DNI 1112 tem as seguintes características: potência de

180W+2W (K1- Lâmpada piloto), 12 volts, quatro terminais, sem suporte. Atende a reposição de relês de piscas de quatro saídas (com K1) e também os modelos de três saídas (sem utilizar K1lâmpada piloto). O DNI 1113 tem as mesmas configurações, porém funciona em 24 volts, sendo próprio para a linha pesada.

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Agência Sebrae de Notícias com assessoria do IBGE

Maioria das empresas de alto crescimento é de pequeno porte #

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ano 7 setembro 2011

Empreendedores se destacam pelo impacto na geração de empregos O salário médio do universo de todas as empresas, no ano de 2008, foi de R$ 16.102,00. Já o salário médio das empresas de alto crescimento foi de R$ 15.540,00. Isso é explicado porque as empresas menores pagam salários mais baixos e, no caso das EAC, a maioria se encontra em faixas de dez a 249 pessoas ocupadas assalariadas. O salário médio das EAC para essa faixa foi de R$ 12.804,17, enquanto, para o universo com POA de dez a 249, foi de R$ 11.796,39. Apesar da pouca representatividade

em termos de número de empresas, as empreendedoras se destacam pelo impacto na geração de empregos: foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de novas ocupações entre 2005 e 2008, 57,4% do total de ocupações criadas no período. Além disso, são muito importantes para o emprego em algumas regiões do país. No norte, por exemplo, 19,9% (ou 1 em cada 5) dos empregados assalariados em empresas estavam nas empreendedoras; no nordeste, o percentual é bem próximo (18,4%).

Pesquisa do IBGE mostra que 51,6% das empresas empreendedoras são pequenas Brasília - Em 2008, entre os 1,9 milhão de empresas brasileiras ativas com pelo menos uma pessoa ocupada, 30.954 (1,7%) eram classificadas como de alto crescimento (EAC), uma das características internacionalmente relacionadas às empresas empreendedoras. Essas empresas, que tinham dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação e apresentaram crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de 20% ou mais ao ano por um período de três anos, foram responsáveis pela absorção de 16,7% das 27 milhões de pessoas ocupadas assalariadas naquele ano e pelo

pagamento de 16% dos salários e outras remunerações. Os índices fazem parte dos resultados apurados pela pesquisa “Estatísticas de Empreendedorismo 2008”, divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Segundo revela o estudo, mais da metade das EAC (51,6%) eram empresas de pequeno porte (com de dez a 49 pessoas ocupadas), 39% eram médias (de 50 a 249 pessoas) e 9,3% eram grandes (250 ou mais pessoas). No caso das “gazelas”, a participação das pequenas era maior, 55,2%, enquanto a das médias e das grandes se reduz para 38,4% e 6,4%, respectivamente.

Comércio está em minoria entre as EAC Na análise intrassetorial (que compara as EAC com o total de empresas por cada setor), a construção aparece como a principal atividade, com 2,9% de empresas de alto crescimento, seguida da indústria (2,1%), serviços (0,7%) e comércio (0,4%). O sudeste tinha a maior participação (53,6%) no total de empresas de caráter empreendedor do país em 2008, seguido da região sul (19,6%) e do nordeste (14,8%). Já em termos de taxas de EAC por estado, observou-se uma predominância de estados do norte e nordeste nas primeiras posições, com destaque para o Maranhão, onde 25,3% das pessoas ocupadas assalariadas estavam

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em empresas empreendedoras. O sudeste tem a maior participação (53,6%) na distribuição das empresas de alto crescimento, seguido pela região sul (19,6%) e pelo nordeste (14,8%). O sudeste lidera também na proporção de pessoal ocupado assalariado (POA) nas empresas de alto crescimento do país (56,1%). Já em termos de pessoas ocupadas assalariadas por região, o norte se destaca, com 19,9% dos empregados assalariados em empresas de alto crescimento, seguido pelo nordeste, com 18,4%. Por outro lado, a região sul apresenta uma proporção de assalariados bem abaixo das demais regiões do país, com 14,4% nas EAC.

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informações e peças para veículos importados

#

Déficit na balança comercial do setor continua crescendo

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ano 7 setembro 2011

Balança comercial de autopeças mensal Exportação

Importação

Resultado*

2011

2010

Var. (%) 2011/10

2011

2010

Var. (%) 2011/10

2011

2010

Var(%) 2011/10

Janeiro

702.517.858

506.707.922

38,64

1.081.362.511

910.777.747

18,73

-378.844.653

-404.069.825

-6,24

Fevereiro

761.863.951

584.639.473

30,31

1.098.393.762

881.607.909

24,59

-336.529.811

-296.968.436

13,32

Março

940.877.423

823.340.786

14,28

1.365.435.611

1.156.135.952

18,10

-424.558.188

-332.795.166

27,57

Mês

Abril

860.619.463

749.525.184

14,82

1.228.134.353

1.053.709.400

16,55

-367.514.890

-304.184.216

20,82

Maio

1.016.686.156

801.961.934

26,77

1.329.560.231

1.050.293.412

26,59

-312.874,075

-248.331.478

25,99

Junho

956.944.982

818.204.696

16,96

1.348.759.688

1.075.382.014

25,42

-391.814.706

-257.177.318

52,35

Julho

986.158.121

863.727.471

14,17

1.431.380.844

1.174.837.059

21,84

-445.222.723

-311.109.588

43,11

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças *(-) indica déficit, (+) significa superávitVar.

Balança comercial de autopeças Em bilhões de US$ FOB – acum. em 12 meses

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Novo Varejo Importados NV 202.indd 61

Resultado da balança comercial de autopeças Em bilhões de US$ FOB – mensal

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Desempenho negativo cresceu 23,3% em 2011, segundo último levantamento divulgado pelo Sindipeças A balança comercial brasileira de autopeças registrou déficit de US$ 2,66 bilhões nos primeiros sete meses do ano. No mesmo período do ano passado, o resultado negativo estava em US$ 2,15 bilhões. De acordo com boletim divulgado pelo Sindipeças, em julho as exportações somaram US$ 986,16 milhões e as importações, US$ 1,43 bilhão. Os quadros a seguir detalham a movimentação da balança comercial de componentes automotivos no período de janeiro a julho de 2011.

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importados

setembro de 2011

Exportação de autopeças por país

Importação de autopeças por país

Ordem

País

2011 Jan – Jul

2010 Jan – Jul

Var. (%) 2011/10 Jan – Jul

Part. (%) 2011 Jan – Jul

Ordem

País

1

Argentina

2.449.304.341

1.921.800.867

27,45

39,34

1

Estados Unidos

1.127.492.304

907.742.810

2

Estados Unidos

863.063.512

686.642.665

25,69

13,86

2

Alemanha

1.089.187.470

3

México

559.971.158

455.126.430

23,04

8,99

3

Japão

1.049.601.467

4

Alemanha

493.177.555

348.018.714

41,71

7,92

4

Argentina

5

Venezuela

219.537.838

225.642.403

-2,71

3,53

5

França

As exportações para a América do Sul apresentaram participação de 51,0% no acumulado dos sete primeiros meses de 2011. Ao compa-

rar com o mesmo período de 2010, o aumento foi de 23,5%, abaixo do crescimento da América do Norte, de 25,6%.

Exportação por macrorregião Part. (%)

Var. (%) 2011/10 Jan – Jul

Part. (%) 2011 Jan – Jul

24,21

12,69

1.013.348.756

7,48

12,26

1.067.294.154

-1,66

11,82

782.208.144

778.771.677

0,44

8,81

646.446.100

536.577.393

20,47

7,28

2011 Jan – Jul 2010 Jan – Jul

As importações avançaram 21,6% no acumulado de janeiro a julho de 2011, quando comparado com o mesmo período de 2010. A Europa continua com

a maior participação no total das importações, mas, em relação à taxa de crescimento, Ásia e Oceania apresentam a maior alta, de 29,6%.

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Importação por macrorregião Part. (%)

Mercadoria

2011 Jan – Jul

2010 Jan – Jul

Var. (%)

Part. (%) 2011 Jan – Jul 7,24

1

Outras partes e acessórios para veículos automóveis das 450.477.031 414.190.472 posições 8701 a 8705

8,76

2

Blocos de cilindro e cárteres, para motores das posições 8407 ou 8408

66,33

3

Outras partes e acessórios de carroçarias dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705

367.359.055 286.105.947

28,40

5,90

4

Outras caixas de marchas (velocidades)

358.597.761 238.253.745

50,51

5,76

5

405.032.481 243.516.175

Outros motores de pistão alternativo dos tipos utilizados para propulsão de veículos 335.314.810 243.900.304 do capítulo 87 de cilindrada superior a 1.000cm3

Novo Varejo Importados NV 202.indd 62

37,48

6,51

5,39

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Ordem

Importação de autopeças Ordem

Mercadoria

2011 Jan – Jul

2010 Jan – Jul

Var. (%)

Part. (%) 2011 Jan – Jul

1

Outras caixas de marchas (velocidades)

867.538.067

753085.284

15,20

9,77

2

Outras partes e acessórios de carroçarias dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705

693.001.150

512.420.504

35,24

7,80

3

Outras partes e acessórios para veículos automóveis das posições 8701 a 8705

671.069.366

619.039.138

8,40

7,55

4

Caixas de transmissão, redutores, multiplicadores e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torques (binários)

202,452,059

160.162.476

26,40

2,28

5

Outros eixos e partes, para veículos automóveis

191.905.739

110.471.142

73,72

2,16

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Exportação de autopeças

21/9/2011 16:12:50


uma nova publicação para um novo profissional

#

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ano 7 setembro 2011

Em busca da saúde financeira Passo 1 Coloque os gastos num papel. Ao final de pelo menos 30 dias some e descubra quanto foi cada despesa. Seja detalhista. Na lista entra tudo. Do cafezinho a gastos com o supermercado, INSS, etc. Registre também qual foi a forma de pagamento.

Passo 2 Enquanto faz o passo 1, anote seus sonhos. Descubra e registre também quanto eles custam e quanto você pode guardar por mês para realizá-los. Faça uma lista de sonhos de curto, médio e longo prazo. Num simples cálculo de divisão descubra quanto tempo (em meses) você vai levar para realizar seus desejos.

Passo 3 Depois de concluído o passo 1, está na hora de fazer o orçamento. Detalhe suas receitas. Separe, antes de computar suas despesas, o valor estipulado no passo 2 para a realização de seus sonhos. Ao final, discrimine suas despesas.

Passo 4

Poupar/investir - Fique atento para as possibilidades dos melhores investimentos e acompanhe os resultados do valor aplicado. Isso está diretamente ligado aos sonhos. Se, por exemplo, você quer se aposentar com um valor X (seja realista) descubra quanto você tem que pagar à previdência. Considere a possibilidade de ter mais de um plano de previdência privada.

Capa Novo Balconista NB 72 -2.indd 63

Saúde financeira é a solução para realizar sonhos Planejamento financeiro não significa fechar o mês sem dívidas, mas sim ter respaldo para traçar e realizar objetivos Por Adriana Chaves adriana@novomeio.com.br

Você está preparado para o futuro? O colega aí do seu lado está? No Brasil dos anos 60, o brasileiro vivia, em média, 54 anos. Hoje a expectativa de vida da população é de 73 anos. São pelo menos 19 anos a mais para se manter ativo e saudável. O Brasil tem experimentado nos últimos anos um fortalecimento da economia e uma estabilidade que tem proporcionado a muitos a possibilidade de conquistar bens. Ainda assim, essas mudanças têm pego a população desprevenida. Acostumado a gastar antes de o dinheiro desvalorizar – algo comum e até necessário nos tempos da inflação, controlada na segunda metade da década passada – o

brasileiro manteve esse hábito, mesmo com a moeda forte. E agora, mais do que em qualquer outro período, sofre com a falta de planejamento financeiro. Planejar-se financeiramente está muito longe de simplesmente terminar o mês sem dívida. É claro que isso já é um começo e um diferencial se levarmos em conta que nos oito primeiros meses de 2011 a inadimplência cresceu 23,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Serasa. Além disso, o valor médio das dívidas protestadas (de janeiro a agosto deste ano) subiu 14,8% em comparação com o mesmo período de 2010. Gastar e não poupar é um dos problemas do brasileiro atual-

mente, e que vai refletir num futuro de curto, médio e longo prazo. O educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, diz que as pessoas sofrem de analfabetismo quando se trata de suas finanças. “É preciso trabalhar e ganhar dinheiro para alicerçar os sonhos e não para pagar dívidas”, defendeu. Com base nessa teoria, o educador criou uma metodologia de quatro passos: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar. “Num planejamento financeiro a pessoa sabe onde vai gastar seu dinheiro, determina quais são seus sonhos, escolhe suas estratégias de redução de despesas e economiza”.

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capa

setembro de 2011

Dica de leitura para você organizar suas finanças

Joel Ortiz é agente autônomo de investimentos da Geração Futuro Corretora de Valores S/A

Educação Financeira para a família O livro ensina como realizar um orçamento doméstico. Ele mostra como a administração conjunta e consciente, por todos os membros da família, melhora as relações familiares, gerando maior união e comprometimento, contribui para a educação das futuras gerações, além de propiciar menos estresse, melhor desempenho

ARTIGO

no trabalho, e maior autoestima, gerando, portanto maior qualidade de vida.

Sobre ações e atitudes

Autores: Patricia Soares e Caio Leboutte Editora: All Print Ano: 2007 Valor: R$ 25

PERFIL - QUEM É VOCÊ? 1 - O endividado: o clássico analfabeto financeiro que nunca foi ensinado a poupar. Chega o final do mês, e sempre falta dinheiro. Começa a alimentar o pensamento de que precisa ganhar mais.

2 - O que gasta tudo que ganha: vive em situação de risco. Diante de qualquer imprevisto não tem uma poupança, nada guardado e precisa recorrer a empréstimos. É um ótimo candidato para virar “o endividado”. Mesmo que ganhe aumento, gasta tudo o que ganha.

3 - O poupador: raríssimo. Ele é a pessoa que tem conquistas imediatas e de médio e longo prazo. Não se importa de fazer uma privação momentânea visando um sonho maior.

Aprendendo com a internet Você já fez a lição de casa e está conseguindo reservar uma parte do que ganha. E agora? Neste curso online você receberá dicas sobre como aplicar o seu dinheiro fazendo ele trabalhar a seu favor. Você conhecerá o segredo de como aplicar os recursos financeiros. Instrutor: Reinaldo Domingos Onde: http://loja.dsop.com.br/ Valor: R$ 18,90

Capa Novo Balconista NB 72 -2.indd 64

Você que todo mês recebe seu salário contadinho, paga um monte de contas, vive no limite da grana e não se permite o menor descuido... é, até mesmo você pode garantir uma velhice digna investindo a partir de 100 reais todo mês. Creia, você pode! Isso é o que se chama investir sem precisar cortar gastos do mês. Saiba que uma aplicação de 100 reais por mês em um bom fundo de ações poderá render a você, daqui a dez ou 15 anos, uma previdência melhor do que uma poupança ou fundos de previdência privada. Entenda que previdência privada são fundos constituídos de títulos do tesouro nacional

São essas empresas que compõem um fundo de renda variável. Fundos de renda variável são fundos compostos de ações de empresas, analisadas por profissionais experientes que sabem o que a empresa faz, como administra e se dá lucro ou não no período de um a três anos aos seus acionistas. Se você investir ao longo do tempo poderá perceber que investir em boas empresas sempre deu lucro. Basta ter paciência. Em dez anos, quem investiu em Usiminas, Vale do Rio Doce, Petrobras ganhou mais de 800% , enquanto que a poupança não rendeu mais do que 85% no mesmo período.

Investir ao longo

do tempo em boas empresas sempre deu lucro que poderão render até 1% ao mês desde que você deixe por no mínimo cinco anos em carteira. Esses mesmos 100 reais também podem ser aplicados em títulos de emissão de companhias abertas, letras hipotecárias e outros títulos de renda fixa como Certificados de Depóstio Bancário, os conhecidos CDBs. Uma excelente alternativa são os fundos ou clubes de ações que, a partir de 100 reais, poderão garantir um futuro melhor para você. Lembre-se que as empresas brasileiras como Petrobras, Vale do Rio Doce, Cia. Siderúrgica Nacional, Banco do Brasil, Banco Itaú, Gerdau, Usiminas, Randon, enfim, empresas bem administradas vêm apresentando crescimento extraordinário nos últimos anos e garantindo um bom lucro para seus investidores.

Você e seus amigos de trabalho podem também abrir um clube de investimento somente da sua empresa. Um clube se forma com um mínimo de três pessoas e um máximo de 150 pessoas e a corretora de valores cobra uma taxa de administração de 2% ao ano sobre o patrimônio administrado. A corretora faz a gestão de compra e venda de ações e você e seus representantes participam da administração, recebem informativos mensais, extratos em seu e-mail e podem participar das reuniões mensais para gestão desses recursos. Mas tenha sempre em mente que prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Existem outras alternativas igualmente eficientes, sem dúvida, mas esteja certo que investir em ações é sempre uma atitude segura e rentável. É um bom negócio.

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carro

Por Claudio Milan claudio@novomeio.com.br

Fotos Divulgação

Cruze inaugura renovação da linha GM Totalmente novo por dentro e por fora, sedã médio substitui o Vectra e mostra as garras para os japoneses Nos oito primeiros meses de 2011, a General Motors perdeu 1,46 ponto percentual de participação no mercado em comparação com o mesmo período do ano passado. Atualmente, a GM tem 18,4% das vendas, contra os 19,8% que tinha em 2010. Isso representa cerca de 1,5 mil carros a menos nas vendas, apesar da expansão do mercado este ano. Entre as quatro maiores montadoras que atuam no país, a marca norte-americana foi a que mais apresentou queda. Parte destes resultados pode ser explicada pelo cansaço da linha, que é repleta de modelos considerados superados: Astra, Corsa, Celta e o Vectra. Este último, embora sucesso de vendas na segunda metade dos anos 90, jamais reeditou

a performance do Monza, que na década de 80 chegou a ser líder de vendas no país. A linha Chevrolet clama por uma renovação no Brasil, e um passo importante está sendo dado agora com a chegada do moderno e atraente sedã médio Cruze, que assume o lugar

do Vectra no mercado nacional e o desafio de desbancar os rivais Corolla e Civic. EVOLUÇÃO O Cruze já chega ao Brasil com uma vitoriosa carreira internacional. Comercializado atualmente em 70 países, é o carro de passeio da GM mais vendido no mundo. Para o mercado brasileiro, o modelo será oferecido em duas versões, LT e LTZ e de cara já apresenta

duas evoluções consistentes em relação ao falecido Vectra: design e motores modernos, carências destacadas no sedã anterior. Na parte mecânica, o Cruze traz o novo motor 1.8 Ecotec6 e transmissões de 6 marchas tanto na versão manual como na automática. Já em relação ao design, basta olhar as fotos que ilustram estas páginas. Não há dúvida que o carro é bonito, apesar

do polêmico padrão adotado pela GM para a dianteira de seus veículos, que até que cai bem neste novo sedã, ao contrário do que aconteceu com o Ágile, que ficou com cara de caminhão. O preço de lançamento não é lá muito convidativo e parte dos 67,9 mil reais. Fazendo as contas, atributos para conquistar clientes não faltam ao Cruze. Mas a briga com os japoneses não vai ser fácil.

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setembro de 2011

Modelo traz tecnologia e sofisticação O Chevrolet Cruze oferece uma série de refinamentos, tanto em tecnologia, quanto na qualidade do acabamento, colocando o veículo em posição de destaque no disputado mercado dos sedãs médios. • Motor com coletor de admissão e válvulas continuamente variável (Dual CVVT). • Transmissão automática de seis marchas, com trocas no modo sequencial e sensores

de inclinação que identificam subidas e descidas e que auxiliam na condução. • Rodas 17” em alumínio de série. • Air bags frontais, laterais e de cortina (LTZ) de série. • Tela de sete polegadas com navegador, sistema de entretenimento, e controle de climatização embutida no console central (LTZ). • Sistema de entretenimento e controle de climatiza-

ção integrados no console central, com iluminação ice blue (LT). • Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP). • Controle de tração. • Freios ABS com EBD de última geração e PBA – Assistência de frenagem de pânico. • Sistema Isofix para a fixação de cadeirinha infantil. • Interior: nova referência de qualidade e acabamento no segmento.

Novo motor 1.8 rende 144 cavalos

Painel se destaca pela beleza O interior do Chevrolet Cruze demonstra grande evolução quando comparado ao espaço conservador que existia no Vectra. O painel, na configuração dual cockpit, retoma em duas cores o conceito criado para o Corvette, ainda na década de 50. O elemento central desta simetria que nasce nas portas é o console, que abriga os comandos dos sistemas de informação, entretenimento e climatização. Os mostradores analógicos do

velocímetro e do conta-giros, com indicadores auxiliares do nível de combustível e da temperatura do motor, são iluminados por diodos de tipo LED, que emitem uma luz clara e nítida em tom branco e azul. O destaque do conjunto é a central de entretenimento, formado por uma tela de 7 polegadas e que traz um avançado e detalhado sistema de navegação, com mais de 4 milhões de pontos de interesse no Brasil e na Argentina.

Ecotec6 tem coletor de admissão variável e Dual CVVT

A família de motores Ecotec é caracterizada pelo cabeçote com duplo comando de válvulas continuamente variável (Dual CVVT), com variação do tempo de abertura das válvulas de admissão e de escape. O coletor de admissão também é variável, o que torna as respostas do motor mais rápidas em

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qualquer rotação. O motor 1.8 do Ecotec 6 Cruze tem bielas forjadas, cabeçote e cárter em alumínio. A bomba-d’água é montada no bloco e não é acionada pela correia dentada. Ela é movida pela correia secundária (ou de acessórios), o que facilita o acesso ao componente.

O resultado é um propulsor que rende 144 cavalos quando abastecido com etanol e 140 com gasolina. Segundo números da montadora, o Cruze, na versão manual, acelera de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 204 km/h, quando abastecido com etanol.

Interior moderno e cockpit que remete aos primeiros Corvettes

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atendimento

setembro julho de 2011

Ajude a construir a marca de sua loja

Américo José da Silva Filho é diretor da Atco Treinamento e Consultoria www.atcotc.com.br

Antes de falamos sobre como tornar mais conhecida a marca de sua loja, e assim atrair clientes e vender mais, vamos ver a resposta do Enigrama que deixamos na última edição.

3. Foi um homem que comprou um jogo de palhetas, no início da semana.

Jogo de palhetas

Filtro de ar

Correia em V

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

2. Leonor não comprou bateria e nem filtro de ar. E veio à loja um dia depois do Nicolau.

Bateria

1. Malu veio à loja na terçafeira, mas não para comprar filtro de ar.

Malu

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Na próxima edição falaremos mais sobre as características necessárias ao bom atendimento. Encontre algumas dessas no Caça Palavras ao lado. As palavras estão na vertical ou na horizontal.

Pistas

• Brincadeiras envolvendo os clientes ou na presença deles • Demora no atendimento • Demora em atender o telefone • Falta de troco • Funcionários desatentos e mal humorados • Funcionários que não conhecem os produtos • Menosprezar alguém devido à sua aparência • Não cumprir com o que foi acertado, por exemplo, os prazos das entregas • Não orientar sobre os produtos • Venda de produtos desnecessários ou sem qualidade

todos da loja estejam empenhados nesse encantamento, do gerente ao vendedor, passando pelo caixa e por qualquer outro funcionário que trabalhe lá. Somente existindo essa corrente de atos perfeitos é possível que tudo dê certo. O cliente passa por esta cadeia, que é integrada e tem só um objetivo. Encantá-lo é fazer com que ele sinta-se em casa, e tenha vontade de voltar. O que pode atrapalhar esse processo? Até coisas óbvias, mas nas quais quase ninguém pensa e observa. Por exemplo:

Em qual dia da semana

Leonor

Muitos de nós ficamos preocupados em encontrar novas formas de atendimento ou de técnicas de vendas e nos esquecemos que o encantamento começa pelo simples, ou como se diz popularmente “é preciso fazer o feijão com arroz”.

Para tornar sua loja mais conhecida, ser a preferida pelos consumidores e, consequentemente, vender mais, é preciso encantar os clientes. Não basta satisfazê-los, é preciso ir muito além disso. Satisfazer o cliente é fazer aquele básico que ele espera (educação, rapidez, etc.). Já encantá-lo é antecipar-se a ele, é ir além do que ele espera. Isso é fácil? Sabemos que não. Mas também não é tão difícil. Basta ter como objetivo atender às pessoas como nós gostaríamos de ser atendidos. Para isso é necessário que

1. Agilidade 2. Agradecer 3. Atenção 4. Atualizar 5. Comunicação 6. Conhecimentos 7. Cordialidade 8. Criatividade 9. Cumprimentar 10. Equipe 11. Escutar 12. Exemplo 13. Humor 14. Iniciativa 15. Interesse 16. Metas 17. Oferecer 18. Perguntar 19. Responsabilidade 20. Vontade

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