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A revista do empresário da reparação
ANO 14
#80
R$ 11,50
Mais Automotive
Centro automotivo alagoano conquista Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas
Mundo livre
Aprovada lei que regulamenta abertura e funcionamento das oficinas em São Paulo
Novo serviço promete intermediar relação entre dono do carro e empresas de reparação
O D N U M VRE
LI
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Comunidade Europeia comemora um ano da nova etapa do regulamento que permitiu o acesso dos reparadores às informações técnicas das montadoras. E os americanos também estão adiantados na conquista dos direitos da reparação
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AO LEITOR
diretor geral Ricardo Carvalho Cruz rccruz@novomeio.com.br diretor de redação Claudio Milan claudio@novomeio.com.br diretor comercial Paulo Roberto de Oliveira paulo@novomeio.com.br
fale com a gente nosso endereço Rua São Tomé, 119 – 11º e 12º andares Vila Olímpia 04551-080 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3089-0155 Redação Dúvidas, críticas e sugestões a respeito das informações editoriais publicadas na revista. Envie releases com os lançamentos de sua empresa e notícias que merecem ser divulgadas ao mercado. jornalismo@novomeio.com.br Fone: (11) 3089-0168 Notícias Receba diariamente por e-mail as últimas notícias sobre o mercado automotivo. Cadastre-se para receber o novomeio by mail em nosso site: www.novomeio.com.br Publicidade Anuncie na Mais Automotive e tenha sua mensagem divulgada na única publicação do mercado dirigida aos empresários da elite da reparação automotiva. comercial@novomeio.com.br Fone: (11) 3089-0176 Marketing Vincule sua marca aos projetos e eventos mais criativos e importantes do mercado de autopeças e reposição. Informe-se sobre reprints das reportagens publicadas na revista. marketing@novomeio.com.br Fone: (11) 3089-0159 Assinatura Assine a Mais Automotive e receba em primeira mão informações sobre a evolução do mercado brasileiro de reparação e conheça ferramentas para garantir o crescimento de sua empresa. Receba os números atrasados para completar a sua coleção. Informe-se sobre as vantagens do Clube do Assinante. assinatura@novomeio.com.br Capital e Grande São Paulo Fones: (11) 3089-0153/0188 Interior SP e outros estados 0800 55 6247 Recursos humanos Venha trabalhar com a gente e encontre espaço para mostrar seu talento. curriculos@novomeio.com.br Fone/Fax: (11) 3089-0155 www.novomeio.com.br
www.maisautomotive.com.br Ano 14 #80 2011 Distribuição nacional A revista Mais Automotive é uma publicação bimestral da Editora Novo Meio Ltda., de circulação dirigida aos proprietários de centros automotivos, centros de reparação, concessionárias de veículos nacionais e importados e seus clientes. Tem como objetivo divulgar notícias, opiniões e abordar temas que venham contribuir para o desenvolvimento do setor. diretor responsável Ricardo Carvalho Cruz redação jornalismo@novomeio.com.br editor: Claudio Milan repórteres: Larissa Andrade e Patrícia Malta de Alencar editoração artes@novomeio.com.br projeto gráfico e direção de arte: Sérgio Parise Jr. designer gráfico: Ivan Ordonha assistentes de arte: Fernando Mekitarian e Priscila Wu publicidade comercial@novomeio.com.br diretor comercial: Paulo Roberto de Oliveira representação comercial: Rafael Cury Bergamini ME marketing marketing@novomeio.com.br assistente: Claudia Paulino estagiária: Alessandra Siqueira assinaturas assinatura@novomeio.com.br internet miriam@novomeio.com.br Miriam Oliveira tecnologia heraclito@novomeio.com.br Heráclito Kunzendorff jornalista responsável Claudio Milan (MTb 22.834)
Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação à qualidade e veracidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
Bons exemplos a seguir Uma das tradições editoriais da Mais Automotive é acompanhar com atenção os mercados de manutenção de veículos na Europa e nos Estados Unidos para trazer, sempre que possível, referências para nossos leitores vindas de países mais maduros. Em edições passadas, já apresentamos reportagens amplas sobre a reposição automotiva na Alemanha, França e Estados Unidos. No último mês de junho, completou-se um ano da implantação do chamado Block Exemption na comunidade europeia e, a partir da comemoração desta data, decidimos mostrar aos empresários brasileiros da reparação detalhes dessa regulamentação importante para o aftermarket independente no velho mundo. Assim sendo, em nossa reportagem de capa você vai saber quais foram os instrumentos usados na Europa para garantir plena liberdade de escolha aos proprietários de veículos no momento de realizar a manutenção de seus carros. Lá, o poder das montadoras não é suficiente para restringir o direito de acesso a todos às informações técnicas necessárias para a realização dos serviços, bem como a utilização de peças de reposição do mercado independente. Aproveitando o tema e para enriquecer ainda mais nosso conteúdo internacional desta edição, conversamos com lideranças do setor também nos Estados Unidos para saber como anda o programa “Right to Repair” em terras norte-americanas. Em ambos os continentes descobrimos um cenário bem mais avançado do que no Brasil no que se refere à liberdade de escolha dos consumidores e à própria condição para que os reparadores realizem seu trabalho. Mas, na verdade, não esperávamos nada diferente disso, pois por aqui ainda damos passos tímidos em direção a, quem sabe, uma regulamentação tão abrangente quanto a consagrada na Europa. De qualquer forma, com a apresentação deste conteúdo esperamos contribuir com a formação de opinião sobre o assunto e com a constatação de que é possível sair das amarras impostas por setores muito mais fortes e politicamente organizados que nosso mercado independente. E uma prova de que a mobilização leva a resultados concretos também está nas páginas desta Mais Automotive. São Paulo acaba de aprovar a lei que regula a abertura e o funcionamento das oficinas mecânicas no estado. Você que nos lê há mais tempo deve se lembrar que o assunto já foi reportagem de capa em 2008 e, na época, diversas lideranças da reparação de outros estados demonstravam grande interesse em trabalhar também pela aprovação de uma legislação semelhante em
AUDITADO PELO INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO
suas regiões. Pois aí está a referência, pronta e publicada na íntegra nesta edição. Que a lei das oficinas sirva de motivação para que todos os demais estados busquem regulamentar seus estabelecimentos de reparação. E que a ações europeias e norte-americanas pelo amplo direto à reparação sejam exemplo e referência para que todos os brasileiros possam ter garantida sua plena liberdade de escolha.
Claudio Milan claudio@novomeio.com.br 3
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SUMÁRIO
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Nesta
EDIÇÃO Regulamentação europeia garante acesso dos reparadores às informações técnicas.
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20
Centros de reparação priorizam transparência para fortalecer imagem no mercado.
06 12 18 32 42 52 54 58 60 63
mais essa IQA Administração Sindirepa-SP Comportamento Lubrificantes Serviços Pesquisa Automobilismo mais equipamentos
Alagoano Del Fino Centro Automotivo conquista MPE Brasil Categoria Comércio.
24
28 Rede varejista norteamericana AutoZone prepara desembarque no Brasil.
Novo programa de seleção de oficinas para atender a frota com ar-condicionado.
44 Aprovada em São Paulo lei que regulamenta funcionamento das oficinas no estado.
Capa Sérgio Parise Jr.
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Centro de treinamento Com o objetivo de contribuir com a capacitação dos aplicadores, a Tecfil montou um centro de treinamento em sua sede, em Guarulhos (SP). O CT funciona como uma troca de óleo modelo, ou seja, é equipado com elevadores e maquinário seguindo os padrões de uma supertroca de óleo. Além disso, possui uma tela para acompanhamento do treinamento, sonorização e sala de espera. No local, existe ainda sala de protótipos para montadoras. O objetivo do CT é realizar treinamentos ao vivo, sanando as dúvidas dos aplicadores com Estrutura do CT corresponde a uma supertroca de óleo completa
exemplos reais de uma troca de óleo e filtro.
Amiga da oficina A Affinia aderiu ao programa Em-
do Sindirepa-SP, o CDI, Centro de Do-
Affinia já ministra cursos de atualiza-
presa Amiga da Oficina, iniciativa do
cumentação e Informações. Ao aderir
ção e ações de capacitação técnica. Os
Sindirepa-SP lançado no ano passado.
ao programa, as empresas recebem
profissionais que aplicam as palestras
O trabalho visa melhorar a formação
o selo de identificação do projeto e
são técnicos e engenheiros com média
técnica dos reparadores através de
passam a integrar uma lista divul-
de 20 anos de experiência no merca-
treinamentos e palestras gratuitas. As
gada no site da entidade, referência
do. Até o final de maio, já haviam sido
empresas participantes do programa
para consulta de temas relacionados
treinados mais de cinco mil mecânicos
também contribuem com informações
à reparação. Com uma equipe de 10
em todo país. Há ainda treinamentos
para a atualização de banco de dados
técnicos em mecânica automotiva, a
específicos para frotistas.
Motor do ano Um júri de 76 jornalistas auto-
vido para os modelos RS 3 Sportback,
motivos ao redor do mundo elegeu
o coupé TT RS e Roadster, o motor
o motor 2,5 litros TFSI da Audi como
tem como destaques tecnológicos
o “International Engine of the Year
o turbocompressor e a injeção FSI.
2011” na categoria de 2 até 2,5 li-
Com cilindrada de 2.480 centímetros
tros. O motor ganha o prêmio pelo
cúbicos, produz 340 HP de potência
segundo ano consecutivo. Desenvol-
e torque máximo de 450 Nm.
2.5 TFSI da Audi é mais uma vez o International Engine of the Year em sua categoria
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Direção hidráulica A DHB orienta os profissionais da reparação sobre os procedimentos para a passo da troca de óleo e limpeza do sistema de direção hidráulica. O serviço deve ser realizado a cada 40.000 km rodados.
Descuido nos pneus Um em cada cinco motoristas dos principais mercados latino-americanos dirige seu veículo com pelo menos um pneu com pressão em média 7 psi abaixo do recomendado pelo fabricante. Além disso, um em cada sete motoristas põe sua segurança em alto risco
Qual óleo deve-se usar? Pode-se utilizar qualquer óleo hidráulico classe DEXRON II. Mas é preciso ter cuidado para não misturar óleos de diferentes fabricantes. Como se deve trocar o óleo? Para se efetuar a troca de óleo e a limpeza do sistema, é indicado substituir o reservatório de óleo dos modelos em que não é possível efetuar a limpeza perfeita do elemento filtrante. Deixe a mangueira do retorno solta, direcionada à bandeja coletora, e estanque o tubo de retorno do reservatório. Enquanto um técnico abastece o reservatório com óleo, outro esterça o volante de batente a batente com o motor desligado para fazer a sangria da bomba de direção. Depois de feita a sangria, dê a partida no motor e siga esterçando o volante de batente a batente. Não deixe faltar óleo no reservatório Após serem consumidos 2,5 litros de óleo, desligue o veículo. Reconecte a mangueira de retorno e complete o nível de óleo. Execute o teste de rodagem. Verifique, então, se não há vazamento. Esses procedimentos devem ser adotados nos casos de troca ou reparação de componentes do sistema hidráulico, como bombas e mecanismos.
devido à baixa pressão. Como resultado, a cada ano, os condutores desperdiçam 100 milhões de litros de combustível, o que, por sua vez, se reflete em um alto índice de poluição do meio ambiente com 236 milhões de quilogramas de CO 2 extras. As conclusões são da pesquisa de segurança da campanha social Torne seu Carro Ecológico, um programa mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em parceria com a Bridgestone iniciado em 2008. Foram verificados 10.982 veículos em oito países da América Latina. Veja outras constatações do levantamento: • 8% dos pneus revisados mostraram uma profundidade de borracha inferior a 2 mm e 3,6% dos pneus se encontravam perigosamente desgastados, ou seja, com menos de 1,6 mm de borracha remanescente. • 38% dos pneus não contavam com a tampinha da válvula. Ela ajuda a manter o mecanismo da válvula livre de umidade, do pó e da sujeira, evitando a perda de ar. • 85% dos motoristas recorrem aos postos de gasolina para conferir a pressão dos pneus, enquanto só 9% visitam os centros de serviços especializados em pneus. • em 25% dos calibradores dos postos vistoriados pela campanha foi encontrada uma pressão de no mínimo 4 psi a menos que nos calibradores profissionais.
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Lançamentos em série
Cinco milhões A unidade brasileira de aftermarket do grupo Magneti Marelli esteve presente no 28ª edição do Rally della Marca, o evento mais importante da modalidade na Europa. A participação na competição fez parte da comemoração da venda de cinco milhões de amortecedores para o mercado brasileiro em 2010. “Esse montante representa 1/6 da produção mundial do grupo Magneti Marelli, e absorver tal quantidade demonstra o estágio de maturidade da economia brasileira, a pujança de nossa marca, o acerto da parceria com nossa rede distribuidora e a confiança que o público deposita em nossos produtos”, comenta Eliana Giannoccaro, presidente de Aftermarket da Magneti Marelli no Mercosul. A participação da empresa na etapa de Treviso, norte da Itália, se deu por meio de um carro comemorativo da equipe patrocinada pela Magneti Marelli. A empresa “vestiu” o Citroen C4 WRC e a equipe com as cores laranja e preto e logotipo Cofap, além da bandeira brasileira no teto.
Novidades se destinam a modelos da GM equipados com o motor VHCE Flexpower
A Decar, empresa que atua com a marca própria DC no mercado de autopeças desde 1977, anunciou uma série de lançamentos. São novos produtos para as linhas de cubos de roda e de atuadores hidráulicos e o kit eixo comando válvulas (93337976) Corsa, Celta e Prisma 1.0 8V 06, todos com motor VHCE Flexpower. Confeccionada em aço forjado, a linha de cubos de roda se diferencia dos produtos em ferro fundido nodular, mais comuns no mercado. Já os atuadores hidráulicos de embreagem passam por constante e rigorosa inspeção nos testes de estanqueidade e de durabilidade. E, para complementar a linha de kits de eixos de comando, surge o kit eixo comando de válvulas (93337976) Corsa, Celta e Prisma 1.0 8V 06, todos com motor VHCE Flexpower.
Lubrificante
com aditivos A Draft desenvolveu o óleo lubrificante Synthetic Blend, composto de aditivos de alta tecnologia para garantir a refrigeração, evitar a corrosão e desgaste e limpar o motor do carro. Segundo o fabricante, o novo óleo Draft Synthetic Blend proporciona máxima lubrificação sob altas temperaturas e ainda contribui para economia de combustível. É indicado para motores a gasolina, álcool, GNV e Flex. Aditivos de alta tecnologia estão na composição da linha Synthetic Blend
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Engenharia
e fábrica
Ideias e ideais Referência brasileira no ensino da Engenharia Automo-
O Grupo BorgWarner construirá uma nova unidade fabril em Itatiba, interior de São Paulo. A planta também contará com um moderno Centro de Engenharia. O início de atividades está previsto para dezembro de 2012. Segundo Tim Manganello, presidente e CEO do grupo, “a nova unidade no Brasil faz parte da estratégia mundial de crescimento da BorgWarner e estabelece nossa liderança em produtos para motores e transmissões. Com esta nova unidade seremos capazes de expandir as linhas
bilística, a FEI (Fundação Educacional Inaciana) tem tradição no desenvolvimento de protótipos com propostas para o futuro do automóvel. Em junho, os formandos do curso de Engenharia Mecânica Automobilística realizaram a 47ª Expo MecAut. Entre os projetos exibidos, um minicarro equipado com dispositivo “kers” mecânico, um sedan compacto com inovador acionamento do alternador por polia “CVT” para melhor aproveitamento da potência e economia, e uma picape com caçamba basculante.
atuais, alem de introduzir novas tecnologias e produtos no país”. A futura fábrica estará localizada a 70 km da
Formandos da FEI mostram suas propostas para o carro dos próximos anos
capital paulista, próxima da atual planta, em Campinas. Em terreno de 100.000 m², numa primeira fase a área construída será de 20.000 m² – suficiente para atender os clientes da empresa nos mercados de equipamentos originais e de reposição, em toda a América do Sul. O aumento da demanda pelos produtos BorgWarner e a impossibilidade de ampliação da fábrica em Barão Geraldo, bairro de Campinas, motivaram a construção da nova unidade. No ano passado, a atual planta produziu 300 mil turbocompressores e 270 mil embreagens viscosas e ventiladores. Em 2011, o aumento previsto é de 15%.
Lei do xênon O Conselho Nacional de Trânsito
tação. “A lâmpada de xênon é muito
que se faz comumente e adaptar essas
publicou em junho a resolução 384 que
específica, de base própria, e não mon-
lâmpadas para sistemas de iluminação
proíbe a instalação de faróis de xênon
ta em nenhum outro tipo de base e,
que não foram projetados para rece-
nos veículos que não saem com esse
mesmo com os tipos de lâmpadas con-
bê-las, comprometendo os resultados
item da linha de montagem. A instala-
vencionais mais utilizadas (H4, H7, H1 e
e ofuscando a visão dos demais moto-
ção irregular do produto será passível
H3), é impossível se fazer adaptações”,
ristas. Outra consequência das adap-
de multa no valor de R$ 127,69 e cinco
diz Lázaro Moraes, gerente de desenvol-
tações é a ocorrência de problemas no
pontos na Carteira Nacional de Habili-
vimento de produtos da Nino Faróis. O
sistema elétrico do veículo.
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Troca rápida A Goodyear lançou o Goodyear Drive, um conceito de
cionando em Brasília, operada por um revendedor oficial da
loja pioneiro no Brasil, que oferece tecnologia de ponta
marca. Para realizar o atendimento em tempo recorde, o
para realizar a troca dos pneus, balanceamento e outros
Goodyear Drive conta com um modelo enxuto, no qual es-
serviços em cerca de 30 minutos. Em um formato que se
tão previstos serviços mais práticos e comuns em termos de
assemelha a um Drive Thru, o Goodyear Drive foi desenha-
utilidade para o veículo. Entre eles, estão: inspeção veicular
do para estar presente em grandes centros urbanos, permi-
(testes para averiguar o alinhamento do veículo, suspensão
tindo agilidade e praticidade no atendimento aos clientes
e freios), desmontagem, montagem, instalação dos pneus,
em locais como postos de gasolina e estacionamentos de
balanceamento, análise de emissão de CO 2, calibragem
shoppings. A primeira unidade do Goodyear Drive está fun-
com nitrogênio e alinhamento dos faróis.
Etapas do atendimento 1 – Atendimento
2 – Diagnóstico
3 – Execução dos serviços
Ao chegar à loja, o motorista insere em
Na etapa seguinte, é feita uma inspeção
Por fim, o motorista conduz o veículo até
um totem seus dados e as características
veicular para apurar necessidades de ali-
a rampa para realizar a troca dos pneus,
do veículo. O sistema identifica as espe-
nhamento, reparos na suspensão, freios
balanceamento, análise de emissão de
cificações de pneus adequados para ins-
e ajuste de faróis, gerando um relatório
CO2 e calibragem com nitrogênio.
talação e informa quais são os modelos
sobre possíveis irregularidades.
Goodyear disponíveis na loja.
Injeção do Uno O Novo Uno é o destaque do lan-
7GF com motores 1.0 e 1.4L de 8V;
çamento da Sete Produtora de Vídeos,
dicas de procedimentos e reparos
pela série VideoCarro. O curso de Inje-
de defeitos mais comuns relativos
ção Eletrônica do Uno traz dicas sobre
ao sistema de injeção eletrônica e
a manutenção nos veículos com motor
mecânica; dados sobre o sistema de
1.0 e 1.4 8V EVO. Em duas horas, o DVD
imobilizador, sistema de alarme ori-
aborda informações sobre a central do
ginal e acessórios, entre outros. O Kit
sistema de injeção; localizações, testes
ainda inclui um manual técnico.
dinâmico e estático sobre os sensores e atuadores do sistema Magneti Marelli
Sucesso de vendas da Fiat é tema de curso em DVD
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NOTÍCIAS DA QUALIDADE
Indicadores para uma
oficina mais rentável por José Palacio jose.palacio@iqa.org.br
A
certificação de oficinas me-
tionei: “O que você tem feito com isso?”
cânicas, centros de repara-
A resposta foi surpreendente: “Nada...”.
ção automotivos e comér-
E é aqui que mora o segredo: sa-
cio de autopeças (atacado
ber aproveitar as informações e trans-
e varejo) proposta pelo IQA – Instituto
formá-las em oportunidades. Hoje, o
da Qualidade Automotiva, organismo
empresário precisa ter outra mentalida-
de certificação acreditado pelo Inmetro,
de. Somente coletar bons dados não é
criado e dirigido pela Anfavea, Sindi-
o suficiente. É preciso saber tirar bom
peças, Sindirepa e outras entidades do
proveito dos indicadores. Com eles, é
setor, resulta num processo de melhoria
possível planejar as ações com maior
contínua dos estabelecimentos, decor-
acertividade, sem chutes nem experi-
rente da análise de dados coletados na
mentos na base da tentativa e erro, que
interação com o cliente.
normalmente apresentam elevado custo
Este trabalho traz inúmeros benefícios ao empreendimento, sendo o prin-
para a empresa e, por isso, muitos deixam de investir em melhorias.
José Palácio, coordenador do IQA
cipal deles a melhor rentabilidade do
Mas, muitos ainda se perguntam: em
negócio. Basta ter disciplina. O primeiro
qual momento vou parar para fazer isso?
tor pode promover ações que facilitam o
passo é criar formulários para registrar
São muitas informações para analisar.
trabalho para todos, tendo como resul-
as informações. Quanto mais, melhor,
Pode ser que sim, mas com um pouco de
tado melhor rentabilidade do negócio,
mas basicamente podemos listar os da-
disciplina é possível fazer tudo. Um pouco
tal como melhorias no relacionamento
dos cadastrais do cliente, do veículo,
mais de uma hora do dia, em dias alter-
com os colaboradores, entre outras.
dos produtos e serviços adquiridos, etc.
nados, é o suficiente para entender por
Em se tratando de crescimento pro-
E o que fazer com isso? Certa oportu-
que na grande maioria dos serviços de
fissional e empresarial o IQA possui
nidade visitei um cliente que me mostrou
freios são necessários dois ou três ajustes
inúmeros treinamentos de qualificação
diversas planilhas, com inúmeras infor-
posteriores, ou ainda por que clientes de
profissional para a cadeia automotiva.
mações. Estava tudo registrado, inclusive
determinado horário sempre demoram
Conheça agora mesmo o calendário de
fichas de reclamações e sugestões, dados
mais tempo para serem atendidos.
treinamentos 2011, acesse: www.iqa.
de pós-vendas e garantias. Então ques-
Com os indicadores em mãos, o ges-
org.br – link: Treinamentos/Eventos.
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gestão
Ética na prática Centros de reparação investem em relações transparentes com os clientes e em proteção ao meio ambiente para consolidar imagem positiva no mercado Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Fotos Divulgação
H
á duas edições a Mais Auto-
Hoje, no entanto, há um movimento
de cena oficinas sujas, desorganizadas e
motive abordou em sua repor-
crescente de empresas querendo provar o
que jogavam óleo pelo ralo; e entram cen-
tagem de capa a ética como
contrário. Sem perder de vista um tema
tros de reparação que prezam pelo bom
base para a construção de um
de suma importância para o mercado
atendimento, pelo reaproveitamento das
mercado transparente, capaz de conquis-
da reparação, trouxemos alguns cases
peças e pelo esclarecimento do consumi-
tar a confiança do consumidor. Afinal, as
de estabelecimentos que vêm investindo
dor com relação aos serviços prestados.
queixas são antigas e muitos clientes já se
em atitudes para reverter aquela imagem
sentiram lesados pelos estabelecimentos
negativa do segmento e construir bases
que, segundo esses consumidores, ten-
sólidas de confiança entre o cliente e o
taram lhes “empurrar” peças e serviços
prestador de serviços automotivos.
EDUCAÇÃO A estratégia da Oficina Quatro Rodas,
desnecessários. De fato, não é novidade
O que será preciso para convencer o
localizada em Piraju (SP), é oferecer um
no mercado que muitas empresas agiram
cliente de que ele receberá informações
check-up gratuito e uma aula sobre como
desta forma ao longo dos anos e criaram
corretas, pagará um preço justo e que não
conservar melhor alguns itens automo-
fama de “trocadores de peças”.
será ludibriado de nenhuma forma? Saem
tivos, evitando que o consumidor tenha prejuízo no futuro. “Eu já estou no ramo há 20 anos e sei, por experiência, que o cliente sempre acha que vai ser enganado, então quanto mais transparência você passar, mais ele vai gostar”, afirma o proprietário, José Ricardo Faustino, que também investe em organização e reciclagem para conquistar seu cliente. O check-up gratuito inclui 20 itens, como lâmpadas, extintor de incêndio, óleo, água, palhetas e outras “coisas rápidas de
Em Piraju (SP), a Oficina Quatro Rodas investe na educação do cliente
checar”. O serviço parece simples, mas é um plus para o consumidor que se sente confortável em poder escolher, após uma
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avaliação gratuita, se quer trocar a peça e se vai trocá-la naquela loja ou em outra. Mais interessante para ele, ainda, é a possibilidade de compreender melhor como conservar o veículo, não ficando à mercê do profissional. Os clientes da Quatro Rodas recebem dicas sobre a conservação do motor, do combustível, dos freios, etc. “A gente ensina a olhar o nível de óleo semanalmente, o filtro de combustível a cada 10 mil km, esse tipo de coisa. Porque se ele não trocar no momento certo o problema
A equipe da Oficina Quatro Rodas: Rogério, Vitor, Douglas e José Ricardo Faustino
será bem maior”. Prestar esse serviço, que está além do
característica peculiar de trabalho: ele não
que confiar no mecânico e deixá-lo resolver
que o consumidor espera, pode ser uma
faz orçamento, nem o que o cliente solicitar,
o problema, não chegar aqui dizendo que
boa medida para melhorar a imagem da
mas sim o que for preciso para resolver o
quer limpar o bico porque a carro está fa-
prestação de serviços automotivos. O clien-
problema do veículo. É preciso confiar na
lhando. ‘Quer que eu limpe o bico, eu lim-
te fica ressabiado porque não entende de
sua honestidade e, segundo ele, de 500 a
po, mas o problema é só a vela e o cabo de
reparação? Então, por que não ensiná-lo?
700 clientes por mês confiam. “Não sei se
vela’”, diz Neves, lembrando as discussões
estou certo ou errado, mas eu preciso ex-
que tem com os clientes novatos.
HONESTIDADE
perimentar o carro e só aí vou saber o que
Segundo o empresário, ao fazer um
tenho que fazer. O cliente chega com um
orçamento, ele se sente limitado à previsão
Já a oficina Nipo Brasileiro possui, além
barulho e já quer saber quanto vai gastar. Eu
dada. “Você não tem condições de traba-
de um espaço amplo e limpo, um proprie-
posso até dar uma estimativa, mas às vezes
lhar”, diz, ao perceber que o motivo de um
tário icônico, já conhecido na Vila Sônia, em
eu calculo errado. Acho que o problema é
barulho, por exemplo, não era aquilo que
São Paulo (SP), onde está localizada. João
a borboleta, pego uma no estoque e colo-
achou que era inicialmente. “Então o clien-
de Oliveira Neves conquistou uma credibi-
co. Se não for isso, eu arranco a borboleta
te vai embora com o barulho?”, questiona.
lidade invejável junto aos clientes, por uma
e faço outro serviço. Então o cliente tem
Ele não vê sentido em ter o seu trabalho Na Nipo Brasileiro a honestidade é a alma do negócio
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gestão
restrito e não resolver o problema. “Meu pensamento é diferente do de todo mundo, até da lei, que exige que eu forneça o orçamento. Mas o cliente tem que acreditar em mim, e se ele acreditar, aí eu tenho que ser mais correto ainda”. Neves protege os clientes até da eventual falta de ética de outras oficinas. Se o carro vier de outro estabelecimento, onde o cliente gastou dinheiro e não resolveu o problema, ele manda voltar lá para resolver: “Eu falo: volta no seu mecânico e
O padrão de oficina verde será implantado na rede Pirelli inteira, a Caçula foi só o projeto piloto
manda tirar o amortecedor que o que você quer é resolver o problema que ainda está
que se quiser pode passar para pegar o di-
suspensões são encaminhadas para recicla-
lá depois que ele trocou essa peça”. Mas
nheiro ou usar em outro serviço. A gente
dores que os fundem, permitindo a reutili-
a maioria não quer voltar em um lugar
trabalha em cima desse sistema”.
zação do metal. Até plásticos e papéis, das
onde já percebeu que não pode confiar e acaba pedindo para Neves mesmo resol-
embalagens dos produtos e do escritório da CERTIFICAÇÃO
ver. “Isso ocorre muitas vezes”, diz.
oficina, são destinados à reciclagem. Carlos Alberto, diretor-executivo da Ca-
Com mais de 30 anos de experiência,
Para a rede paulista de oficinas
çula de Pneus, explica que parte desse pro-
João Neves prega a transparência e hones-
Caçula de Pneus, a sacada foi mostrar
cesso de logística reversa a empresa já fazia
tidade no trabalho de forma radical. Ele
para o cliente que a empresa tem res-
há muito tempo, tendo começado com os
já passou até por situações em que ligou
ponsabilidade ambiental. Há três anos
pneus. O que mudou foi a exposição da
para o cliente porque percebeu que co-
eles lançaram o Selo de Destinação
iniciativa. “Criamos o selo para o cliente
brou errado o valor do serviço, ou porque
Ambientalmente Correta (Sedac), que é
perceber essa operação. Antes ele não ti-
um funcionário errou o código da peça ou
uma autocertificação da empresa, dada
nha preocupação com o resíduo”. Hoje a
cobrou uma peça a mais: “Eu ligo e aviso
aos consumidores, para que eles saibam
reciclagem abrange qualquer peça retirada
que o cliente tem um crédito de ‘tanto’ e
que os resíduos deixados na loja, como
dos veículos, mesmo que não tenha sido
pneus, baterias e peças dos sistemas de suspensão e freio, serão destinados corretamente. Seja pelo reaproveitamento, pela reciclagem ou pela correta disposição final, de acordo com o que dispõem os órgãos de proteção ambiental. As baterias são recolhidas pelos próprios fabricantes, por meio da cadeia de logística reversa; os pneus – mais de 40 mil unidades por ano – são triturados e a borracha pode ser aplicada em diversos usos; o óleo é encaminhado para empresas que o refinam, Carlos Alberto, diretorexecutivo da Caçula de Pneus
transformando-o em óleo próprio para uso novamente; e freios, amortecedores e
Nova identidade do Sedac, da Caçula de Pneus, traz um tucano como símbolo de sustentabilidade
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comercializada pela rede. “No começo, não pensamos nessa hipótese. Mas desde março deste ano estamos aceitando tudo”. Segundo Alberto, o selo, que hoje é gerenciado pelo Instituto Brasileiro de Direito Ambiental, está quase pronto para ser auditado. “O selo já foi percebido pelo mercado, só falta uma métrica de quantidade adequada para que ele seja auditado”, afirma. E o consumidor, certamente, foi conquistado. “Explicamos para cada cliente o que fazemos com o resíduo que
Na Caçula de Pneus, tudo é reciclado ou reaproveitado, das autopeças ao papel do escritório
ele deixa na oficina, mostramos que temos essa preocupação e ele passou a dar
para pequenas e grandes oficinas. A ideia
se anos para construir uma relação de
valor para quem faz e quem não faz. É
é que mais lojas possam fazer uso do Se-
confiança, mas segundos para destruí-
um tema que está sendo bem recebido.
dac. “É nossa missão conquistar a confian-
la”. Para se diferenciar nesse mercado,
O selo foi totalmente reconhecido. Mas o
ça do consumidor em soluções automoti-
portanto, é preciso levar a questão a
valor entra no brand da marca, não consi-
vas. Para ele lembrar da gente, reforçamos
sério. “A correção na imagem da pres-
go quantificar o retorno do investimento.
na imagem da empresa que trabalhamos
tação de serviços já tem sido observa-
No entanto, tenho certeza que gera uma
com ética, qualidade e preocupação so-
da por muitos empresários. Mas para
fidelização dos meus clientes”.
cioambiental. Queremos ser escolhidos da
acabar de vez com a cultura desonesta
A rede também se preocupa com o
mesma forma que ele escolhe seu dentis-
do passado, haverá a necessidade de
consumo de energia e de água e otimiza
ta: para a vida toda, aquele que é indicado
investimento no caráter do negócio,
o uso desses recursos no dia a dia das ofi-
para um familiar ou para um amigo”.
ou seja, em honestidade, integridade,
cinas. “O padrão de oficina verde será im-
Essa também é a opinião do especialista
correção de conduta e ética. Desta
plantado na rede Pirelli inteira, a Caçula foi
Douglas Linares Flinto, fundador e diretor-
forma, os bons empresários terão seus
só o projeto piloto”. Existe previsão de ex-
presidente do Instituto Brasileiro de Ética
negócios perenes. Já os maus, perece-
pansão do selo para fora da rede também,
nos Negócios. Segundo Flinto, a prestação
rão”, afirma Flinto.
de serviços automotivos já sofreu uma melhora em relação aos preços cobrados, mas agora precisa conquistar seus clientes pela qualidade e excelência dos serviços prestados. “Principalmente, pela integridade de conduta na condução dos negócios, ou seja, os empresários têm que saber que o cliente de hoje, sendo bem tratado, recebendo um serviço de qualidade e extremamente honesto, será o cliente de amanhã e também indicará esta empresa para seus conhecidos: a antiga, famosa, eficaz e sem custo algum: Identificação antiga do Sedac, com uma arara-azul
‘propaganda do boca a boca’”. Já dizia o ditado popular: “levam-
Douglas Linares Flinto, fundador e diretorpresidente do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios
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ADMINISTRAÇÃO
www.anthropos.com.br
C
Luiz Marins onheço pessoas que passam boa par-
atendimento. E, mais uma vez, alardeiam a sua pron-
te do tempo de trabalho falando do
tidão, indiretamente chamando os seus colegas de
que fazem, do que sabem, do que fi-
lentos, preguiçosos, etc.
zeram, do que ajudaram e de quanto são ocupadas
Na verdade existe um verdadeiro bullying também
e importantes. Fazem autopromoção o tempo todo.
no ambiente de trabalho. Pessoas que intimidam
Falam alto sobre uma tarefa que vão realizar. Falam
outras e criam situações de constrangimento psico-
alto quando terminam, enfim parecem verdadeiros
lógico que torna o ambiente de trabalho insuportá-
sistemas de alto-falantes dentro da empresa a alar-
vel às suas vítimas.
dear o que estão fazendo e o que irão fazer. Esse
Estou escrevendo sobre isto porque tenho visto que
excesso de autopromoção se volta contra elas pró-
pessoas mais introvertidas que fazem as coisas sem
prias, pois acabam fazendo um papel ridículo de se
alarde muitas vezes têm sido esquecidas em promo-
achar uma pessoa insubstituível.
ções, pois muitos chefes caem na armadilha das que
Geralmente essas pessoas também são muito críticas
alardeiam tudo o que fazem. Tenho visto empresas
O bullying no ambiente
de trabalho de seus colegas de trabalho. Segundo dizem, só elas
perderem pessoas excelentes por se sentirem absolu-
trabalham, só elas são ocupadas, só elas são impor-
tamente sufocadas num ambiente hostil.
tantes. Mas o mais interessante é que elas não falam
O bullying também pode ocorrer por excesso de brin-
diretamente. Elas passam o dia todo dando indiretas
cadeiras de mau gosto, piadinhas sem graça, gozações
em seus colegas, com frases como “fico irritado(a)
que não param. As pessoas que são alvos constantes
com gente folgada...” ou ainda “tem gente que pa-
dessas brincadeiras se sentem muito mal e com razão.
rece que nasceu cansado(a) e não quer saber de tra-
É preciso acabar com o bullying na empresa, pois
balhar” e outras frases do gênero.
ele existe. É preciso que todos os níveis de chefia
Essas pessoas quase sempre são bajuladoras de che-
estejam atentos para que, devido a esse tipo de
fes. Quando o chefe pede alguma coisa elas correm
comportamento de alguns, a empresa não perca
na frente de seus colegas para fazer primeiro, não
seus melhores talentos.
dando chance às outras pessoas para que façam esse
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins é diretor da Anthropos Consulting 18
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Job: 266366 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 266366-20946-Fiat-An Palio Reparadores-20.5x27.5_pag001.pdf
Registro: 36846 -- Data: 11:50:06 18/07/2011
reparação
exemplo
A empresa alagoana Del Fino Centro Automotivo conquista prêmio nacional de competitividade e transforma-se em exemplo de gestão para o mercado de reparação Por Robson Breviglieri robson@novomeio.com.br Fotos Divulgação
George Delfino (dir.) recebe prêmio de Responsabilidade Social
20
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O
rgulho para o nordeste, exem-
Fachada da loja Del Fino
plo para as empresas de reparação de todo o país. A conquista do Prêmio de Com-
petitividade para Micro e Pequenas Empresas – MPE Brasil Categoria Comércio – pelo
petitividade com foco na gestão
alagoano Del Fino Centro Automotivo é
da excelência, produtos e servi-
feito que engrandece e motiva o segmen-
ços de qualidade, e atitudes ino-
to de reparação automotiva. O empresário
vadoras. “É fundamental aliar
George Delfino do Nascimento, que há sete
método, ferramentas de qua-
anos atua no mercado alagoano, transfor-
lidade, criatividade e inovação
mou o velho conceito de oficina mecânica e
para se diferenciar no merca-
evoluiu para centro automotivo. “É preciso
nários com alta tecnologia, investimos nos
do”, avalia o empresário. Para a sócia Teresa
transformar ideias e ideais em ações concre-
nossos colaboradores e estamos preocupa-
Adalgisa Delfino Arraes, receber o prêmio foi
tas. Sempre pensei em administrar de forma
dos com o desenvolvimento sustentável”.
um reconhecimento rápido de um trabalho
moderna. Apesar de sermos uma empresa
O Del Fino integra projetos desenvolvi-
desenvolvido com muito esforço. “Estamos
familiar, temos uma visão realista do merca-
dos pelo Sebrae Alagoas e tem conseguido
no mercado há poucos anos e a premiação
do. É preciso reinventar. Utilizamos maqui-
aumentar seu padrão de qualidade e com-
nos dá a certeza de que estamos fazendo
O prêmio O MPE Brasil é uma realização do Sebrae em parceria com o
e do MBC, destacou a importância de se investir em educação e no
Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacio-
compromisso de toda a sociedade e mercado com a sustentabilida-
nal da Qualidade (FNQ). Nesta edição, a 8ª, obteve 99 mil ins-
de. “Praticamente todas as empresas nascem pequenas e, depois,
crições, recorde desde sua criação. A premiação reconhece as
crescem. A exigência da evolução da competitividade e do mercado
micro e pequenas empresas por uma gestão de qualidade com
nos leva a estar nos capacitando constantemente”, salientou.
foco na produtividade e competitividade. A avaliação é feita com
De acordo com a especialista em Engenharia da Qualidade e Marke-
base nos critérios de excelência da FNQ – Fundação Nacional da
ting, Poliana Santana, é fundamental que haja um alinhamento entre
Qualidade: liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade,
os objetivos pessoais e empresariais. “Toda empresa é constituída de
informação e conhecimento, pessoas e processos.
pessoas. É fundamental que essas pessoas estejam motivadas e que
Luiz Barretto, presidente do Sebrae, ressaltou a forte vocação
possuam objetivos comuns dentro da organização”, explica.
empreendedora do brasileiro e destacou o crescimento de mais de 50% do número de inscrições, este ano, no MPE Brasil. Ele enfatizou que os temas inovação e modernização da gestão têm papel fundamental para o país, especialmente neste momento em que seu crescimento é notável e sólido. “Este prêmio é um estímulo para que nos tornemos cada vez mais sustentáveis e competitivos”, disse. Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Gerdau
Diretores e funcionários da Del Fino com o prêmio do 1° lugar do MPE Brasil - Etapa Estadual
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reparação
certo. Acreditar no que se faz é ter resultado
George Delfino acredita na motivação pes-
garantido. Esse é o nosso lema”, afirma.
soal e tem se preocupado com a conscienti-
Com isso, mudou seu modelo de ad-
zação e treinamento de seus colaboradores.
ministração de forma acentuada, retraba-
Por isso, registra alto nível de satisfação entre
lhando estratégias e planos, informação e
eles. “Procuramos aplicar os ensinamentos
conhecimento, e processos. “Melhoramos
que adquirimos e investimos na qualificação
nossa gestão no que tange à liderança, aos
profissional”, garante o empresário.
clientes, pessoas, sociedade e resultados.
Exigências Na visão dos administradores do centro automotivo Del Fino, a gestão competitiva
ganização de seus processos de gestão.
significa basicamente que, para se manter
A Del Fino participou das ações de
Também elaboramos, de forma mais orga-
atuante no mercado, toda empresa tem que
incentivo à competitividade, qualidade,
nizada e consistente, nosso plano de negó-
possuir capacidade para absorver, modificar
gestão, inovação e produtividade para
cio, nosso planejamento estratégico; deli-
e se adequar às constantes e crescentes exi-
auxiliar no desenvolvimento das micro
neamos de forma mais clara nossa missão,
gências de seu setor, mantendo a qualidade
e pequenas empresas, promovidas pela
visão e valores, com a participação de todos
de serviços e produtos, sendo socialmente
Rede de Cooperação Brasil em parceria
os colaboradores; e observamos maior inte-
justa, ambientalmente adequada, economi-
com o Sebrae-AL, impulsionou a implan-
gração e interação dos colaboradores face
camente viável, e seguir sempre em busca
tação do seu Modelo de Gestão Compe-
sua participação nas diversas ações estraté-
da excelência competitiva. Para tanto,
titiva e, por consequência, otimizou a or-
gicas da empresa”, relata Delfino.
O projeto e o compromisso dos participantes Empresas:
Estratégias e planos
Estar presente
Clientes
Participar das ações estabelecidas no projeto
Pessoas
Fornecer informações
Informações e conhecimento
Realizar os ajustes indicados pelos consultores
Processos
Contribuir para melhoria constante do projeto
Sociedade Resultados
Sebrae Alagoas: Realizar as ações previstas no projeto Guardar sigilo acerca das informações fornecidas pelas empresas
Ensinamentos e fundamentos da excelência: Visão sistêmica Aprendizado organizacional
Divulgar dados das 20 empresas de forma generalizada
Agilidade
Contratar consultores credenciados
Inovação Liderança e constância de propósito
Associação Comercial de Maceió:
Visão de futuro
Realizar as ações previstas no Projeto
Foco no cliente e no mercado
Mobilizar sempre que preciso as empresas
Responsabilidade social
Substituir a empresa desistente por outra
Gestão baseadas em fatos Valorizações das pessoas
Estudos e oficinas dentro das empresas: Liderança
Abordagens por processos Orientações para resultados
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Empreendedorismo O prêmio de competitividade para micro e pequenas empresas tem o propósito de estimular a busca permanente da exce-
Os sistemas A Del Fino desenvolveu sistemas de gestão para:
lência e obtenção de melhores resultados
Definição de negócio
pelas empresas. Foi através da premiação
Missão, visão e valores da organização
que a FNQ – Fundação Nacional da Quali-
Planos de ação
dade estabeleceu os critérios que tornam
Indicadores de resultados
as empresas competitivas e as fazem per-
Agrupamento e identificação das necessidades dos clientes
manecer no mercado se desenvolvendo e
Sistematização de pesquisas de satisfação de clientes
concorrendo, em igualdade com mercados cada vez mais globalizados. No caso da Del Fino, o programa avaliou a atitude empreendedora do empresário, a partir de atributos e características pessoais; a gestão praticada pela empresa, a partir de
Análise crítica e feedback das reclamações dos clientes Elaboração de Plano de Conduta Socioambiental sobre os aspectos e impactos negativos à sociedade e ao meio ambiente, bem como plano de ação corretiva para tais impactos Desenvolvimento de uma política de responsabilidade social na organização Elaboração de um sistema de tratamento de informações Desenvolvimento de procedimentos padronizados para os processos da organização
requisitos que representam critérios das organizações consideradas como referência; e os resultados obtidos pela empresa. “A
dedorismo, selecionaram o segmento de
identificaria as diversas etapas de implanta-
importância da padronização dos processos
autopeças e reparação para a aplicação
ção do Projeto Autopeças”, diz Delfino.
e do desenvolvimento de registros e indica-
do projeto aprovado pelo Sebrae nacional,
O compromisso era a qualificação das
dores permite à empresa que as tomadas
levando em consideração a existência do
lojas de autopeças e serviços automotivos
de decisão sejam sobre resultados e não de
Autoser, um núcleo organizado do setor.
para aplicação da excelência competitiva,
maneira intuitiva”, comenta Delfino.
“A partir do Projeto Empreender, da Asso-
contribuindo para o aumento da com-
O empresário lembra que seu centro
ciação Comercial de Maceió, o Núcleo de
petitividade de forma sustentável, aliada
automotivo participa dos prêmios MPE
Autopeças Autoser criou um comitê que
à cooperação e à responsabilidade so-
desde 2008 e somente
cioambiental, com foco na melhoria da
em 2010 foi reconhecido
eficiência na gestão empresarial; no apri-
e premiado nas etapas
moramento da gestão produtiva e dos
estadual e nacional. Ele
processos; na conquista de novos merca-
explica que o Sebrae de
dos; no fortalecimento da cooperação; na
Alagoas, em conjunto
melhoria e desenvolvimento de equipes
com a Associação Comer-
de funcionários; na melhoria da gestão
cial de Maceió, dentro do
ambiental; e na melhoria do desenvolvi-
seu Projeto Empreender e
mento social sustentável. “Participar do
cumprindo sua missão de
Projeto Autopeças foi fundamental para o
promover a competitivi-
sucesso alcançado”, define Delfino.
dade e o desenvolvimento sustentável das micro e
pequenas
empresas
e fomentar o empreen-
George Delfino com seus prêmios de competitividade
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negócios
Por Larissa Andrade larissa@novomeio.com.br Fotos Divulgação
Mercado em aquecimento Sindirepa seleciona oficinas com serviço de climatização. Programa visa garantir ao cliente serviço de qualidade na manutenção do ar-condicionado
O
número de veículos que
e reparação do sistema. Mas nem todos
Atendimento Pós e Pré-Inspeção, que
saem de fábrica com ar-
os motoristas sabem que o ar-condi-
já possui mais de 300 empresas cadas-
condicionado
de
cionado demanda manutenção a cada
tradas. “É uma forma de prestação de
um milhão em 2004 para
saltou
seis meses e tampouco conhecem os
serviços ao consumidor e, por ter dado
três milhões no ano passado nos
cuidados necessários para a realização
certo, resolvemos ampliar a iniciativa
mercados brasileiro e argentino, se-
do serviço, que conta desde 2008 com
para outras especialidades das oficinas
gundo estudo feito pela Delphi. As-
uma norma ABNT.
para oferecer atendimento diferencia-
sim como outros opcionais, como
Para garantir que o cliente tenha
direção hidráulica e travas elétricas,
acesso a um serviço adequado e tam-
o ar-condicionado é cada vez mais so-
bém com o propósito de preparar os
licitado no momento da aquisição de
estabelecimentos independentes para
um automóvel novo. Com a demanda
aproveitar o potencial de negócios ge-
crescente, os preços caíram, levando à
rado pela expansão da frota equipada
manutenção desse ciclo.
com os climatizadores, o Sindirepa-SP
Se a frota equipada com ar-condi-
criou o Programa de Seleção de Oficinas
cionado cresce, também aumenta a ne-
de Climatização, seguindo o sucesso do
cessidade por serviços de manutenção
Programa de Seleção de Oficinas para
Ar-condicionado deve passar por manutenção a cada seis meses
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do ao motorista que precisa re-
nar. Santos conta que para as
parar o seu veículo em uma ofi-
oficinas especializadas, a saída
cina de confiança, consultando
de veículos da fábrica já com
o site do Sindirepa-SP para isso.
o item é uma faca de dois gu-
Existem estabelecimentos que
mes, pois elas perdem a opor-
só são especializados em ar-
tunidade de faturar com a ins-
condicionado e outros que fa-
talação no carro usado, mas
zem também diversos tipos de
ganham no maior volume de
serviços. O estado de São Paulo
manutenção e reparação.
O que é necessário para participar?
possui 15 mil oficinas, mas não
Para realizar esses serviços, é
Os estabelecimentos que desejem participar do
temos dados detalhados sobre
necessário seguir a norma ABNT
Programa de Seleção de Oficinas de Climatiza-
os serviços prestados em cada
15629, de 2008, que estabelece
ção devem apresentar:
uma delas. É um trabalho mui-
que o profissional responsável
to detalhado que exige pesqui-
pelo serviço deve ter curso de
sa minuciosa de campo”, expli-
qualificação profissional em cli-
ca o presidente do Sindirepa-SP,
matização e deve, assim como
Antonio Fiola.
o estabelecimento, ser cadastrado no IBAMA. A oficina tem
Prevenção
que contar com equipamentos como recolhedor/reciclador de
Poucos motoristas sabem,
fluidos refrigerantes CFC R12 e
mas também é preciso reali-
HFC R134a, cilindro graduado
zar a manutenção preventiva
para recarga de fluido refrige-
do ar-condicionado, confor-
rante específico para cada tipo
me conta Flavio Luiz de Vas-
de fluido, detector de vazamen-
concelos Santos, proprietário
tos para esses fluidos, conjuntos
da Friovel e coordenador da
de manômetros para os fluidos
Câmara de Ar-Condicionado
já citados, entre outros.
- Emissão de Declaração de Conformidade devidamente assinada de acordo com a NBR ISO/IEC 17050-1, onde constam os requisitos necessários de participação. Devem possuir os equipamentos/ferramentas que constam da norma ABNT NBR 15629:2008 (Veículos rodoviários automotores – Manutenção em Sistema de Ar-Condicionado). - Ter um profissional treinado e capacitado no curso de climatização da Escola Senai ou curso com conteúdo programático similar. - Possuir conhecimento das legislações vigentes referentes à climatização (Resoluções Conama 367/2000, 340/2003 e Instrução Normativa Ibama 37/2004). - Oficina deverá possuir a Norma ABNT NBR 15629:2008
do Sindirepa-SP. “De revisão
Exatamente por conta de
preventiva, temos o filtro de
todas essas exigências, o Pro-
pólen/cabine, que tem a fun-
grama de Seleção irá garantir
ção de filtrar o ar que circula
um serviço de qualidade para
no carro. Se você não troca a
o cliente e uma concorrência
cada seis meses, o sistema co-
mais justa para todas as ofici-
- Autorização por escrito para a divulgação de seus dados
meça a ter odores desagradá-
nas que seguem as regras.
no portal do Sindirepa-SP para consulta do consumidor.
(Veículos rodoviários automotores – Manutenção em Sistema de Ar-Condicionado). - Cadastro no IBAMA.
veis. E também é feita a higienização com ozônio ou outro
Meio ambiente
- Ser associada ao Sindirepa-SP.
filtro”. Além disso, as oficinas
A questão do ar-condi-
- Assinar uma declaração de conformidade, assumindo o
também cuidam da reparação
cionado vai muito além do
compromisso que está apto para reparar veículos nessa
quando o sistema tem algum
conforto do motorista e pas-
especialidade, com profissional gabaritado e equipamen-
problema ou para de funcio-
sageiros do veículo e está
tos que permitem fazer o reparo.
bactericida quando se troca o
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negócios
Giulliano Ricciardi
diretamente ligada à saúde e ao meio ambiente. Isso porque o aparelho funciona com gases que não podem ser lançados diretamente na atmosfera. Caso isso aconteça, há danos para a camada de ozônio e, consequentemente, à saúde de todos. Por conta disso, o Conama estabeleceu a Resolução 340, que proíbe a liberação de substâncias controladas (CFC-12,CFC-114, CFC-115, entre outras) na atmosfera em qualquer processo de retirada ou de comercialização dessas substâncias, como é o caso do ar-condicionado. Para atender às mudanças na legislação, os fabricantes de equipamentos de manutenção do sistema de clima-
Manutenção inadequada do ar-condicionado gera problemas ao meio ambiente
tização vêm lançando produtos que permitem a recuperação e reciclagem
trial, que alguns profissionais vendem
vem trabalhando para realizar esse
do ar-condicionado que está no veícu-
como carga de R134, seja por falta de
trabalho para recolhimento do CFC
lo, uma solução positiva para o meio
informação ou por má-fé”. Esse produ-
retirado dos veículos. O Programa de
ambiente e também para o bolso, já
to, mais barato, agride o meio ambien-
Seleção de Oficinas de Climatização
que o custo pelo gás refrigerante é
te em caso de vazamento. E, se ocorrer
exige o cumprimento da norma ABNT
alto e pago por quilo. Segundo o pro-
um vazamento, isso significa que ele já
NBR 15629/2008 que visa permitir que
prietário da Friovel, é aí que entra a
danificou alguma peça do sistema.
o consumidor possa escolher oficinas
concorrência desleal. “Infelizmente,
A iniciativa do Sindirepa-SP con-
que prestam serviço de qualidade nes-
hoje o gás que vai no ar-condicionado
ta, inclusive, com o apoio da Secreta-
sa área, facilitando a consulta, além de
está cada vez mais caro em função do
ria do Verde e do Meio Ambiente de
contribuir para melhorar a imagem do
preço da matéria- prima aumentar no
São Paulo, conforme conta Fiola. “A
setor perante a sociedade e aproximar
mundo inteiro. Tem outro produto no
preocupação com o meio ambiente
o reparador associado à entidade do
mercado, indicado para linha indus-
já acontece há anos e o Sindirepa-SP
consumidor final, o dono do carro”, O presidente do Sindirepa paulista
Tem outro produto no mercado que algns profissionais vendem como carga de R134, seja por falta de informação ou por má fé Flavio Luiz de Vasconcelos Santos
explica que não há meta em relação ao número de oficinas participantes, mas em dois meses já são 12 cadastradas. Ele ressalta que a iniciativa é aberta tanto para as especializadas como aquelas de manutenção geral – desde que atendam todas as exigências, já que, segundo ele, “não existe mais espaço para amadorismo”.
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Untitled-2 1
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mercado
O gigante vem aí Por Patrícia Malta de Alencar e Claudio Milan jornalismo@novomeio.com.br Fotos Arquivo Novo Meio
Maior rede norteamericana de varejo de autopeças está em processo de instalação no Brasil e tem tudo para balançar o mercado
U
ma das maiores redes mun-
meira grande rede internacional de lojas de
diais de varejo de autopeças
componentes automotivos a desembarcar
e acessórios está de malas
em nosso país.
prontas para desembarcar no Brasil. A
Não é de hoje que o potencial do mer-
norte-americana AutoZone já prepara,
cado brasileiro de manutenção de veículos
com equipe própria, seu ingresso no mer-
desperta o interesses das grandes redes do
cado nacional, com início de operações
exterior – e o mercado de reparação sabe
previsto para 2012. Todas as negociações
bem disso. No final da década de 90 do
transcorrem em sigilo, mas a reportagem
século passado, as gigantes norte-america-
da Mais Automotive conseguiu antecipar
nas Midas e Precision Tune desembarcaram
informações – extraoficiais – importantes
aqui com planos ambiciosos. Cada uma
sobre a estratégia de implantação da pri-
pretendia instalar cerca de 1.000 unidades
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Mercado MA 80.indd 28
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num prazo de aproximadamente 10 anos.
téis e restaurantes. A expectativa é que a
querer no começo. Mas nós estamos con-
No entanto, as iniciativas fracassaram.
maioria dos fornecedores da AutoZone
versando, como conversamos com todos
Muitas foram as razões para o insucesso,
nos Estados Unidos com presença no Bra-
os clientes”, disse à reportagem da Mais
entre elas a total inabilidade para lidar com
sil venha a estabelecer acordos comercais
Automotive durante a última edição da
as características e até a informalidade do
também por aqui. Até porque já se sabe
Automec a executiva que comanda o ne-
mercado brasileiro, além do formato de
que a pressão das matrizes será grande
gócio mundial de aftermarket da Delphi,
franquia, que atraiu essencialmente inves-
para que as filiais brasileiras atendam um
Lúcia Moretti. A reportagem procurou
tidores, executivos sem nenhuma familiari-
cliente de centenas de milhões de dóla-
também outras indústrias fornecedoras
dade com o aftermarket automotivo.
res como é a rede norte-americana. “A
da AutoZone nos Estados Unidos e que,
Para não cometer erros como os que
AutoZone é um grande cliente, a gente
sabemos, já conversaram com os repre-
inviabilizaram a competitividade e a per-
não pode deixar de reconhecer. Tem uma
sentantes da rede no país. Uma delas até
manência no Brasil de redes como a Mi-
participação imensa no mercado ameri-
confirmou parceria para a operação bra-
das e a Precision Tune, a AutoZone vem
cano. Mas eles são clientes como tantos
sileira da rede, mas a direção da empresa
estudando in loco o mercado nacional. Há
outros da Delphi. Nós estamos conversan-
– um sistemista europeu – preferiu não
três anos, uma equipe formada por mais
do, como todo mundo está conversando.
comentar o assunto por enquanto.
de 20 pessoas se reveza no Brasil para en-
Vamos analisar a proposta e ver se a gente
tender o mercado, especialmente nossas
se encaixa em função das oportunidades
complexas questões tributárias. O proces-
vinculadas ao que eles buscam e ao que
so conta com o apoio de um escritório de
nós temos a oferecer. Eles têm um foco de
Ainda não há informações oficiais so-
advocacia contratado.
produto que não é exatamente voltado ao
bre a data prevista para o início das opera-
que a Delphi oferece, mas lá fora eles evo-
ções da AutoZone no Brasil. Entre as fontes
luíram e não comercializam mais apenas
ouvidas por nossa reportagem – que estão
FORNECEDORES
OPERAÇÃO
acessórios e itens de alto giro, há também
acompanhando de perto o processo de
Nos últimos meses, os representantes
produtos técnicos, e é aí que a gente tra-
instalação da nova rede – a expectativa
da AutoZone no Brasil têm intensificado
balha com eles nos Estados Unidos. E aqui
é de que as primeiras unidades sejam
os entendimentos com as indústrias de
é uma questão de ver o que a rede vai
autopeças para estabelecer os acordos de fornecimento dos produtos que serão vendidos nas lojas da rede. As reuniões, também sigilosas, vêm ocorrendo em ho-
30 anos de história A AutoZone, que tem sede no estado norte-americano do Ten-
negociadas na Bolsa de Valores de Nova York desde 1991.
nessee, comemorou 30 anos em 2009 com um crescimento de
A rede possui milhares de produtos em seu portfólio, de peças
fazer inveja a qualquer empreendedor. São mais de 4.600 lojas
novas ou remanufaturadas a acessórios, óleos lubrificantes e
próprias, nos Estados Unidos, México e Porto Rico. Desde 1999
itens de manutenção para automóveis, utilitários e comerciais
a empresa faz parte da Fortune 500, lista que traz anualmente o
leves. A AutoZone possui marcas próprias, como a Valucraft e
ranking das maiores empresas do país. No ranking publicado em
a Duralast, mas a maioria dos produtos revendidos é adquirido
2011, ficou na 322ª colocação, com receita de US$ 7.362,6 mi-
diretamente da indústria. O público-alvo é o consumidor final,
lhões e lucro de US$ 738,3 milhões – em 2010 a empresa estava
mas reparadores também podem adquirir produtos com uma
apenas sete posições abaixo. Com capital aberto, suas ações são
política comercial diferenciada.
29
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mercado
inauguradas em São Paulo entre o final
como a troca de uma lâmpada queimada
gião para fazer o serviço. Aqui no Brasil, é
de 2011 e início de 2012. Seriam, inicial-
– nesse caso, o consultor vai com o clien-
provável que também sejam indicados me-
mente, 15 lojas próprias – a AutoZone não
te até o carro e mostra a ele como se faz
cânicos clientes da AutoZone aos proprie-
trabalha com franquia – no maior estado
a substituição. No entanto, há quem diga
tários de veículos. E a rede oferecerá uma
do país, apoiadas por um centro de distri-
que a rede estuda a possibilidade de aplicar
política comercial diferenciada aos repara-
buição também próprio.
certos itens nas lojas instaladas aqui. Isso
dores, com descontos em relação às peças
Assim como ocorre nos Estados Uni-
porque o consumidor norte-americano
vendidas diretamente aos consumidores
dos, tudo indica que as lojas da rede serão
é adepto do conceito do-it-yourself (faça
finais, entre outros benefícios.
divididas em duas seções, uma de acessó-
você mesmo), o que não faz parte da cul-
Diversos outros sistemas automotivos
rios, o shop floor, e outra de peças, a hard
tura do brasileiro, situação que pode re-
também são testados nas lojas hoje em
parts, onde uma equipe de consultores irá
sultar em alguma adaptação do modelo
operação na América do Norte, como mo-
assessorar o cliente na escolha correta dos
original ao mercado local – afinal, os repre-
tores de arranque, alternadores e baterias,
produtos. Para isso, a rede possui um ban-
sentantes da rede estão aqui exatamente
dentro ou fora do carro – o cliente pode
co de dados informatizado, em que o con-
para detectar essas peculiaridades.
levar apenas a bateria até a loja, para tes-
sultor pode apresentar as características e
Já para as ocorrências de falhas no mo-
te de carga e uma recarga gratuita, por
benefícios de cada opção para o cliente
tor, nos Estados Unidos a AutoZone ofere-
exemplo –, além de reguladores de tensão,
avaliar a escolha conjuntamente.
ce um serviço gratuito de testes antes da
módulos de controle, bobinas, sensores de
As lojas da AutoZone não fazem a apli-
venda do componente, utilizando inclusive
posição do acelerador e componentes de
cação das autopeças, mas dão a assistência
scanners para o diagnóstico. Se o cliente
gerenciamento de motor. Esse atendimen-
necessária ao cliente para que ele mesmo
não possuir um mecânico de confiança,
to personalizado faz parte da filosofia da
possa fazê-la no caso de pequenos reparos,
os consultores indicam um parceiro na re-
empresa para evitar que o cliente compre itens desnecessários.
NÚMEROS DA AUTOZONE - mais de 6 milhões de clientes atendidos toda semana
Outro benefício oferecido aos clientes é a possibilidade de exercer a garantia das peças em qualquer unidade da rede,
- milhares de peças e acessórios para carros e comerciais leves
bastando informar o nome ou número de
- quase 5 mil lojas próprias, nos Estados Unidos, Porto Rico e México
telefone, dados que ficam registrados em
- nos Estados Unidos, presença em 48 estados e em Washington DC
um banco informatizado e integrado, que
- 322ª colocação na lista de maiores empresas norte-americanas, a Fortune 500,
dispensa a apresentação de papéis.
elaborada pela revista Fortune - ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (AZO) desde 1991
FILOSOFIA O investimento no treinamento dos funcionários é, com certeza, o diferencial da marca. Os ‘AutoZoners’, como são chamados os consultores, vestem a camisa da empresa e são capazes de recitar de cor o mantra da rede: “AutoZoners always put customers first! We know our parts and products. Our stores look great! We’ve
As lojas da AutoZone são dividas em um shop floor (acessórios) e o departamento de hard parts (peças)
got the best merchandise at the right price”. No bom português: “Os AutoZoners
30
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LINHA DO TEMPO 1979 abertura da primeira loja, que na época ainda chamava-se Auto Shack, em Forrest City, Arkansas 1985 criação do termo WITTDTJR, que representa o compromisso da empresa com o cliente: “What it takes to do the job right”, que significa: “O que for preciso As redes norte-americanas Midas e Precision Tune fracassaram no Brasil
sempre colocam os clientes em
uma outra relação com o trabalho,
primeiro lugar! Conhecemos nos-
vai ser muito difícil recrutar e trei-
sas peças e produtos. Nossas lojas
nar mão de obra por aqui”, disse à
são ótimas! Nós temos a melhor
Mais Automotive um executivo do
mercadoria a um preço justo”.
aftermarket brasileiro.
Para conquistar essa mão de
A AutoZone é uma rede em
obra necessariamente qualificada,
processo permanente de expan-
são oferecidos diversos benefícios
são. Todos os anos a empresa
trabalhistas e ainda descontos na
busca novos pontos estratégicos
aquisição de produtos e ações da
para continuar seu crescimento.
AutoZone, além de reembolso
As lojas possuem, em média, de
com despesas em programas de vi-
600 m² a 750 m², sempre com
gilância de peso ou antitabagistas.
espaços transitáveis e convidati-
A empresa atua em ações educati-
vos, com cerca de 25 a 40 vagas
vas, de capacitação técnica e em-
de estacionamento, em locais de
preendedorismo, além de reciclar
boa visibilidade e fácil acesso. E
óleos e baterias – em 2010, foram
deve ser com essa mesma pro-
mais de 6,5 milhões de baterias e
posta que a rede chegará aqui
quase 19 milhões de litros de óleo
em alguns meses.
só nos Estados Unidos. Sem dúvi-
Ao mercado independente,
da, um dos grandes desafios para
resta trabalhar para enfrentar
a manutenção do padrão de qua-
uma
lidade internacional da rede será
mente nova, poderosa e que era
recrutar e treinar a mão de obra,
inevitável. O Brasil está suficien-
uma deficiência que hoje atinge
temente maduro e atraente para
os próprios varejos e oficinas do
receber as grandes redes inter-
mercado independente. “Na mi-
nacionais de varejo e reparação.
nha opinião, esse será o calcanhar
A AutoZone pode ser apenas a
de Aquiles deles. O americano tem
ponta desse iceberg.
concorrência
completa-
para fazer o trabalho corretamente” 1987 alteração do nome Auto Shack para AutoZone; e lançamento do primeiro catálogo eletrônico da empresa 1991 ações AZO passam a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York; e as garantias dos clientes são incluídas no sistema informatizado da rede 1995 abertura da milésima loja, em Kentucky; e introdução das baterias Duralast e Duralast Gold, marca própria da AutoZone 1996 criação do website www.autozone. com; e compra da empresa de software Alldata, para diagnose na reparação 1998 abertura da primeira loja fora dos EUA, no México 1999 primeira inserção na lista Fortune 500, de maiores empresas norte-americanas, elaborada pela revista Fortune 2003 início das parcerias com lojas de carros, como a CarMax, e de reparação, como a Midas 2004 patrocínio do 2004-2005 Nascar Elite Division 2005 abertura da primeira loja em Porto Rico 2007 inauguração da loja de número 4 mil, localizada no Texas 2012 previsão de abertura de 15 lojas em São Paulo (SP)
31
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SINDIREPA-SP
Programa “Empresa Amiga da Oficina” conta com a adesão de 40 fabricantes
Iniciativa do Sindirepa-SP viabiliza informação técnica, treinamento e palestras gratuitas promovidas por fabricantes de autopeças e equipamentos, entre outros, a núcleos de oficinas de 29 cidades do estado de SP por Redação Novo Meio jornalismo@novomeio.com.br
M
gratuitas realizadas pelo projeto Educação
aplicação das peças”, revela o presidente
Continuada, que desde 2005 já atendeu
do Sindirepa-SP, Antonio Fiola.
63 núcleos de oficinas em 59 cidades
Além de levar conhecimento técnico
elhorar a capacitação dos
do estado de São Paulo, totalizando 500
aos reparadores, as empresas participan-
profissionais da reparação
eventos e a participação de mais de 15 mil
tes do projeto contribuem com infor-
de veículos tem sido a
profissionais. Este ano já foram realizadas
mações para a atualização de banco de
prioridade número um do
18 palestras em várias cidades.
dados da entidade, o CDI – Centro de
plano de ações do Sindirepa-SP, Sindica-
As empresas participantes do Progra-
to da Indústria de Reparação de Veículos
ma “Empresa Amiga da Oficina” podem
Ao aderir ao programa, as empre-
e Acessórios do Estado de São Paulo, en-
levar informação de seus produtos aos
sas podem utilizar o selo de identifica-
tidade que representa 15 mil oficinas.
Documentação e Informações.
núcleos de oficinas que fazem parte do
ção do projeto em material de divul-
Em 2010, a entidade criou o progra-
Projeto Educação Continuada, que está
gação, recebem certificado de adesão,
ma “Empresa Amiga da Oficina” que já
em operação em 29 cidades do estado de
estão aptas a realizar ações junto aos
conta com a participação de 40 empresas,
São Paulo (a lista completa está disponível
reparadores em eventos promovidos
entre fabricantes de autopeças, equipa-
no site do Sindirepa-SP: www.sindirepa-
pela entidade e passam a integrar a
mentos e outras. Desta forma, as empre-
sp.org.br). “A capacitação profissional ga-
lista divulgada no site que é referência
sas contribuem com a disseminação de
rante a qualidade dos serviços prestados
para consulta de temas relacionados à
informação técnica por meio de palestras
ao consumidor e reduz problemas de má
reparação de veículos.
Além da versão impressa, o Sindirepa-SP também disponibiliza os fascículos em seu portal (www.sindirepa-sp.org.br) para download gratuito.
32
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capa
in
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pe
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o d n u m
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V
it ó
r
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Países europeus e Estados Unidos avançam na regulamentação das relações entre mercado independente e montadoras, beneficiando as empresas de reparação
34
matCapa MA 80.indd 34
6/7/2011 11:11:11
O
s desafios da reparação au-
final, que é o que tem que acontecer”, diz
ticamente em relação à antiga, é mais
tomotiva independente são
Lúcia Moretti, executiva responsável pelo af-
uma continuação, com melhoria desses
os mesmos mundo afora.
termarket mundial da Delphi.
princípios fundamentais”, diz Basset. Em
Entre os principais estão o
Não é à toa que o aftermarket indepen-
2002, foram definidos pontos impor-
acesso a informações técnicas dos veículos
dente europeu lutou para conquistar essas
tantes como a criação da nomenclatura
e a concorrência com as concessionárias –
mudanças. O setor reúne cerca de 665 mil
“peça de qualidade equivalente”, que
principalmente durante o período de ga-
empresas, sendo 650 mil de pequeno e mé-
funciona como um selo para atestar que
rantia. No Brasil, vencer tais obstáculos é
dio portes; emprega 35 milhões de pessoas
a qualidade da peça independente cor-
uma situação ainda longe de ser resolvida,
e movimenta 82 bilhões de euros por ano.
responde à original. A regulamentação
enquanto nos Estados Unidos já há um for-
Tudo isso para manter rodando uma frota
também determina que as indústrias for-
te movimento lutando pelos direitos dos re-
de mais de 300 milhões de automóveis.
necedoras de autopeças para as monta-
paradores, chamado Right to Repair; mas é
Para Jean-Ludovic Basset, advogado sênior
doras podem colocar sua logomarca na
na Europa que esse movimento deu o passo
da Figiefa (Federação Internacional de Fa-
embalagem e no componente genuíno.
mais importante para garantir os direitos do
bricantes e Importadores do Aftermarket
“Antes, as montadoras diziam que não
mercado de reposição.
Automotivo, na sigla em francês), a nova
queriam a marca do fabricante da peça
O continente europeu comemorou no
legislação é uma revolução. “Um verdadei-
no produto. Hoje, os fornecedores têm
dia 1º de junho o primeiro aniversário da
ro giro de 180°!”. Segundo ele, a legislação
esses direito, até para que depois o me-
vigência do Regulamento 461 – também
tem princípios fundamentais que devem
cânico possa identificar a peça original”,
chamado de Block Exemption (isenção por
ser adotados como referência em todos os
diz Lúcia. Finalmente, o Block Exemption
categoria) –, um documento que permite,
mercados de pós-vendas do mundo. “Aqui
também permite às oficinas independen-
entre outras conquistas, que os veículos
proporcionamos o acesso a ferramentas,
tes efetuar a manutenção dos veículos
sejam atendidos por oficinas independen-
peças, formação e informação técnica para
mesmo no período de garantia. “Desde
tes mesmo durante a garantia e que neles
todos os reparadores independentes”.
que os serviços sejam realizados confor-
possam ser aplicadas peças não genuínas – mas de qualidade equivalente –, além de
me os padrões da montadora”, compleAPRIMORAMENTO
menta a executiva da Delphi.
determinar que a montadora deve fornecer todas as informações técnicas necessárias
O Regulamento 461
para que a manutenção possa ser feita por
não chega a ser uma
essas oficinas. E esse conteúdo deve ser dis-
novidade total na Euro-
ponibilizado de forma completa, clara e es-
pa, já que em 2002 foi
truturada, para que os profissionais saibam
criado o Regulamento
exatamente o que devem fazer em cada
1400, que já estabelecia
situação. “A regulamentação é extensa e,
importantes conquistas
sem dúvida, facilitou a vida do mercado de
para o segmento in-
reposição independente. Não houve autori-
dependente e expirava
tarismo para estabelecê-la. Tudo foi tratado
em 2010, quando co-
com foco no consumidor final. A comuni-
meçou a valer a regu-
dade europeia entendeu que é uma ques-
lamentação atual, que
tão de dar ao dono do carro a possibilidade
terá vigência até 31 de
de escolher onde ele vai comprar a peça e
maio de 2023. “A for-
reparar seu veículo. O Block Exemption pro-
ça da nova regra é que
tegeu a liberdade de escolha do consumidor
nada mudou tão dras-
Lúcia Moretti, executiva responsável pelo aftermarket mundial da Delphi; e Jean-Ludovic Basset, advogado sênior da Figiefa, uma das entidades que formam o movimento Right to Repair europeu
35
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capa
No Brasil, todas as conquistas eu-
oficinas, as regras comerciais de distri-
que o mercado de reposição automotiva
ropeias vêm sendo acompanhadas com
buição de autopeças, a comercializa-
independente desempenha em nossa so-
atenção. “O processo não foi fácil e re-
ção de veículos, direitos da reparação e
ciedade, especificamente quanto à liberda-
presenta o fortalecimento das oficinas
proteção do design das montadoras”,
de de escolha do consumidor, mobilidade
independentes. O projeto foi estudado
conta o vice-presidente da Andap (As-
acessível, emprego sustentável, segurança
por quatro anos e conta ainda com uma
sociação Nacional dos Distribuidores de
rodoviária e proteção ambiental”.
rede de atividades de comunicação que
Autopeças), Rodrigo Carneiro.
inclui internet, folhetos, imprensa e
Com sede em Bruxelas, o R2RC teve a oportunidade de fazer lobby junto aos
conferências pela Europa. A legislação
HISTÓRICO
que compõe o universo automotivo
principais atores políticos da cena europeia para expressar a necessidade de assegurar
no continente há algum tempo regu-
O movimento Right to Repair europeu,
uma concorrência leal e efetiva entre todos
lamenta desde o funcionamento das
conhecido pela sigla R2RC, já tem quatro
os integrantes do mercado de reposição automotiva. Basset diz que em sua primeira fase (2007 a 2011), “a campanha
Por dentro do
teve como objetivo assegurar a criação de
Block Exemption
o Regulamento 1400/2002. O R2RC pres-
• As informações técnicas necessárias para a reparação dos veículos devem estar à disposição dos reparadores independentes de forma clara, completa e estruturada. • As oficinas independentes podem realizar serviços durante o período de
uma legislação consistente para substituir sionou intensamente os decisores políticos europeus para garantir disposições da lei antitruste que garantissem a manutenção de condições equitativas para todos os operadores de mercado e livre escolha para
garantia do veículo sem prejuízo à garantia de fábrica, desde que respeitem os
os consumidores (em termos de peças de
padrões estabelecidos pelas montadoras.
uso e prestador de serviços) no atendimento pós-venda de seus veículos”.
• As oficinas independentes podem optar pela aplicação de peças de qualidade equivalente às originais sem prejuízo da garantia do veículo.
E nem mesmo as diferenças entre os países da União Europeia impediram que o regulamento fosse válido para todos. Para
• Os fabricantes de autopeças podem estampar sua logomarca nos produtos que fornecem às montadoras.
chegar a um consenso, foi fundamental a cooperação dos países-membros e das associações nacionais de aftermarket. A este grupo se uniram os fabricantes de autope-
anos de história, conforme relembra Bas-
ças para compor o R2RC. “Esse processo
set. “O Right to Repair foi lançado oficial-
levou tempo e segue como uma atividade
mente em 2007, na feira Equip’Auto, em
contínua já que a cada dia mais integrantes
Paris, com o objetivo de defender o after-
juntam forças para conter a artilharia pesa-
market independente. Iniciado pela Figiefa,
da das montadoras”, detalha Basset.
a campanha é uma aliança que reúne cin-
Como o R2RC é, na prática, uma
co associações europeias. Desde então, os
campanha política, é fundamental que
membros da aliança R2RC têm sido muito
sua mensagem não seja diluída ou modi-
ativos na sensibilização dos decisores po-
ficada quando usada pelos vários países-
líticos europeus sobre o importante papel
membros. “O escopo de atividades foi de-
36
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Conferência do R2RC durante a Automechanika 2010, na Alemanha, reuniu diversos líderes do movimento
terminado no início da campanha e não
vem ser equilibrados e a segurança jurídica
– foram criadas condições de mercado
pode ser expandido para incluir outros
é necessária se você quiser que os negócios
indiscutivelmente favoráveis à reparação
tópicos sem a prévia aprovação da secre-
floresçam”, explica Jean-Ludovic Basset, da
independente. Até então, este segmento
taria do R2RC. Como a campanha é a ex-
Figiefa. Ele diz ainda que há muitos fatores
só tinha acesso às informações para repa-
pressão de uma visão compartilhada entre
internos e externos ao mercado que devem
ração se as montadoras de automóveis as
as associações europeias do R2RC, é da
ser considerados nessa análise, mas que du-
quisessem entregar e por preços decididos
maior importância que os tópicos sejam
rante o ápice da crise, o aftermarket inde-
apenas por elas. Mas, mesmo que a ofici-
respeitados de modo a não criar situações
pendente foi um fator de estabilização do
na resolvesse investir nisto, deparava-se
difíceis em alguns estados-membros”.
mercado ao adquirir peças de fabricantes
com outro problema: os carros perdiam a
que antes seriam voltadas às montadoras –
garantia assim que fossem ‘mexidos’ por
que passaram a produzir menos e, por isso,
uma oficina fora da rede oficial da marca.
PÓS-REGULAMENTO
diminuíram a demanda por componentes.
Era uma parcela de clientes muito impor-
Para o consumidor, as conquistas pro-
A publicação portuguesa Jornal das
tante que estava totalmente inacessível
porcionadas pelo Block Exemption são
Oficinas é um dos apoiadores da Campa-
às oficinas independentes e que agora
significativas. Ele pode escolher onde
nha Oficina Livre (nome que o R2RC ga-
está ao seu dispor – o que não significa
deseja fazer a manutenção do automóvel
nhou em Portugal) e vem acompanhan-
necessariamente que esteja sendo bem
e as peças que quer comprar sem perder
do as mudanças na legislação. “O Block
aproveitada. Quem se beneficiou logo
o direito à garantia, ou seja, o mecânico
Exemption mudou em muito o mercado
desta nova legislação foram as redes de
de confiança pode fazer um serviço antes
de reparação, mas mais no papel do que
reparação rápida, como Midas, Precision
restrito às concessionárias. Na teoria, o im-
no terreno. Com o argumento de bene-
Tune ou Bosch Car Service, por exemplo.
pacto dessa liberdade seria bastante alto,
ficiar o cliente final – o dono do carro
Foi após a entrada desta lei que elas
mas até o momento não há números que o comprovem na prática, e isso também se deve à crise financeira que atingiu fortemente a Europa a partir do final de 2008. “É realmente difícil avaliar o aumento ou a diminuição de negócios para o aftermarket
Mercado de reposição
na Europa
independente com a crise que atingiu o mundo de maneira geral e particularmente
665 mil empresas
82 bilhões de euros por ano
o setor automotivo em 2009, e que remo-
35 milhões de empregos
300 milhões de automóveis
delou o aftermarket. No entanto, a crise trouxe a certeza de que os mercados de-
37
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6/7/2011 11:12:05
capa
E no Brasil? Enquanto os países do chamado Primeiro Mundo se movimentam
Caminhão 100% que visa a conscientização do motorista sobre a
para criar ou ampliar uma legislação que garanta melhores condições
importância da manutenção preventiva, além de cursos para os re-
de concorrência para o mercado independente, o Brasil ainda engati-
paradores. Isso mostra que o setor está coeso e defende as causas
nha no tema, embora também sofra com as restrições impostas pe-
comuns, como a implantação da inspeção de segurança no Brasil”.
los fabricantes de veículos. “Aqui ainda estamos bem longe. Estamos
Carneiro diz ainda que o consumidor brasileiro está ciente dos
no processo de certificação das autopeças com selo do Inmetro para
benefícios que um regulamento como o Block Exemption traria
reposição, o que provocará uma mudança importante para o setor
para o mercado e explica que a maior prova disso está no fato
e que será sentida pelo consumidor. É preciso fazer o trabalho por
de que a maioria dos proprietários de veículos recorre às oficinas
partes”, analisa o vice-presidente da Andap, Rodrigo Carneiro.
independentes para fazer a manutenção de seus automóveis.
Apesar dos passos lentos, ele diz que o problema não está na
Um estudo do GMA mostra claramente que assim que termina
falta de união do aftermarket independente. “O GMA – Grupo de
a garantia, o cliente deixa de ir à concessionária e passa a
Manutenção Automotiva –, que reúne as entidades que representam
frequentar a oficina. No primeiro ano de vida do veículo, 77%
a reposição independente (Sindipeças, Andap/Sicap, Sincopeças-SP
dos proprietários vão à rede oficial, número que cai para
e Sindirepa-SP), tem feito vários trabalhos que envolvem a participa-
42% entre o primeiro e segundo ano, e chega a 17% entre o
ção de todos os elos da cadeia, como o Programa de Carro 100%/
segundo e quarto ano do automóvel.
começaram a crescer”, avalia Hugo Jorge,
segundo eles, é pouco divulgada e custa
podem ser utilizadas da mesma forma que
repórter do Jornal das Oficinas.
caro. E, embora os equipamentos de diag-
as peças originais no período de garantia
O jornalista conta que, em conversas
nósticos tenham ficado mais acessíveis, a
sem que se percam os direitos do consumi-
com reparadores, a impressão é de que eles
redução ainda foi insuficiente. “Por outro
dor. Mas uma grande parte dos reparadores
veem a lei com bons olhos. “Mas poucos
lado, é interessante ver como olham para o
independentes ainda acredita que as peças
conseguem aproveitá-la”, opina. Segundo
mercado de peças. O Block Exemption con-
das marcas são diferentes e melhores que as
Jorge, muitos mecânicos ainda se quei-
seguiu dizer, preto no branco, que as peças
de aftermarket”, ressalta Hugo Jorge.
xam da falta de acesso à informação, que,
de aftermarket de qualidade equivalente
Ainda que faltem parâmetros concretos para apurar os resultados efetivos da lei, um levantamento da Comissão Europeia sobre
Rodrigo Carneiro diz que Brasil ainda está longe de uma legislação como a europeia, mas ressalta união do setor
a aplicação do Regulamento nº 1400/2002 aponta que os preços baixaram e que existe mais concorrência no setor, mas sem citar números. O estudo diz que “um elevado
Eduardo Portella Amorim
número de oficinas independentes de reparação registrou dificuldades para investir nas competências técnicas, equipamentos e formação necessários para reparar veículos cuja tecnologia é cada vez mais complexa, pelo que o setor foi lentamente cedendo
38
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terreno às redes autorizadas. Contudo, o
Na Europa, manutenção dos veículos pode ser feita em oficinas mesmo durante o período de garantia
aftermarket independente registrou uma consolidação e um ajustamento estrutural assinaláveis, o que tornou o setor mais apto a enfrentar a concorrência. Em especial, surgiram grandes cadeias de empresas independentes de reparação, que oferecem uma gama mais vasta de serviços aos consumidores. Apesar de os preços dos serviços terem aumentado, devido ao acréscimo dos custos de mão de obra qualificada e aos maiores investimentos em equipamento e formação exigidos pelos veículos modernos, as despesas anuais de manutenção com os automóveis diminuíram em termos reais, graças a um maior espaçamento dos serviços e à sua maior fiabilidade”. O estudo aponta ainda que aumentou o número de oficinas autorizadas, sendo que muitas delas são focadas apenas na reparação, ou seja, não comercializam veículos novos. Há também alguns levantamentos inde-
Impacto
europeu Em diversos mercados internacionais, a expectativa da reposição independente é de que o exemplo europeu sirva de referência para outros países e regiões, embora se saiba que cada mercado é bastante específico e cheio de peculiari-
pendentes e, segundo Hugo Jorge, “o que
dades. Na Europa, por exemplo, a cadeia
se nota em todos eles é que o número de
de reposição não conta com o varejista
empresas independentes aproximou-se do
forte, ficando a cargo do distribuidor
de oficinas de marca, os preços têm se ali-
comercializar as peças para as oficinas.
nhado com a média da reparação indepen-
Rodrigo Carneiro, da Andap, aponta
dente e há mais oferta de peças do aftermarket para carros em período de garantia”. FUTURO Se a regulamentação europeia já promoveu mudanças importantes no merca-
outras características. “Uma diferença que começa a ser tendência aqui é a formação de redes de oficinas para fazer frente à concorrência das concessionárias. As oficinas fazem mais serviços na parte mecânica dos veículos e as concessionárias estão focadas na área de componentes eletrônicos e a capacitação
do, o R2R2 continua batalhando por novas
da mão de obra é essencial para garantir
conquistas para o aftermarket independen-
atendimento de qualidade”.
te. “Os desafios são múltiplos. Eu diria que,
Para Jean-Ludovic Basset, advogado sênior
entre os principais, um é jurídico e outro,
da Figiefa (Federação Internacional de
técnico. No plano jurídico, nós vemos na
Fabricantes e Importadores do Aftermarket
Europa o desenvolvimento de contratos/
Automotivo, na sigla em francês), os desa-
fios desse segmento são mundiais. “Nossos países diferem em muitos aspectos, mas acho que os fabricantes de veículos pensam de maneira global. Certamente é por isso que existem campanhas Right to Repair nos EUA, no Canadá e na Austrália. Uma coisa que todos nós aprendemos através do movimento é que fabricantes e distribuidores de peças, fabricantes de equipamentos e ferramentas, oficinas de reparação independentes ou multimarcas são todos parte da cadeia de aftermarket. Se um deles falhar, toda a cadeia falha. Então, em primeiro lugar, mantenham-se juntos”. O americano Aaron Lowe compartilha da opinião. “A aprovação das regulamentações na Europa demonstra que o problema é global e que os governos devem ter o papel de assegurar a concorrência. Estamos trabalhando hoje para mostrar aos legisladores o que aconteceu na Europa para que eles possam entender a necessidade de aprovar uma legislação similar nos Estados Unidos”.
cláusulas que tentam amarrar o consu-
39
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capa
no que se refere a equipamentos, gestão e recursos. “Mas isso depende de uma geração de negócios suficiente para fazer os investimentos. Apenas as oficinas bem equipadas e com recursos bem formados sobreviverão. Os novos processos de gestão são fundamentais. Em Portugal, não havia até pouco tempo sequer uma cultura de gestão da empresa e de relacionamento
Conferência do R2RC na Automechanika 2010
institucional com o cliente. Às oficinas tudo era permitido, mas o cliente tem se tornado mais exigente e não se mantém fiel à
midor às redes de reparação autorizadas
reposição, informação técnica, treinamento
oficina como antes”. Uma situação seme-
das montadoras. Na Suécia, por exemplo, a
e ferramentas, o aftermarket independente
lhante à que vemos no mercado brasilero.
Kia está condicionando sua garantia adicio-
precisa ter acesso ao carro em si”, ressalta o
Jorge também destaca as diferenças entre
nal à manutenção feita na sua rede, apesar
advogado Jean-Ludovic Basset.
países europeus. “O que conta para Por-
da clareza do novo quadro dos direitos de
Já o jornalista Hugo Jorge vê que os
tugal pode valer também para os demais
competição. Monitoramento e follow-up
desafios das oficinas estão num âmbito
‘países do alho’: Espanha, Itália e Grécia.
serão necessários, mais do que peças de
mais prático: a modernização da empresa,
Na Europa Central e do Norte, com níveis
O direito à reparação nos EUA Nos Estados Uni-
Aaron Lowe. “O mercado de reposição auto-
concorrência direta com as concessionárias.
dos, o movimento
motiva nos EUA se recuperou muito bem des-
Embora não tenha chegado a uma conquista
Right to Repair é
de a grande recessão. Estamos esperando
nacional, os Estados Unidos vêm registrando
uma das bandeiras da AAIA (Associação
um crescimento de 4,2% em 2010 e 4,1%
avanços estaduais. “Em particular, há um
das Indústrias do Aftermarket Automotivo,
em 2011 e 2012. Esta é uma importante
esforço sério para promulgar a legislação no
na sigla em inglês) e também reivindica
reversão do crescimento negativo de 2009
estado de Massachusetts. No ano passado, o
o acesso do mercado independente às
e do crescimento inferior a 1% em 2008.
projeto foi aprovado pelo Senado por unanimi-
informações dominadas pelas montadoras
Esperamos que a idade média dos veículos
dade, mas não passou no trâmite legislativo
no intuito de promover uma concorrência
continue crescendo e isso, juntamente com
devido a um debate não relacionado à legisla-
leal. O tema vem sendo discutido há al-
o crescimento contínuo da quilometragem
ção. Um grande esforço promovido por uma
guns anos, mas acabou perdendo espaço
acumulada por esses carros, vai alimentar
ampla coalizão está em andamento no estado
durante a crise econômica, quando o
a expansão do aftermarket até 2014”. As
e há esperança de que ele seja aprovado nes-
governo focou seus esforços nas monta-
vendas na reposição independente ficaram
te ano. O projeto do Right to Repair também
doras, que passaram por momentos de
em US$ 274 bilhões em 2009 e US$ 285
está pendente em Nova York, Connecticut e
extrema dificuldade no país.
bilhões em 2010, empregando cerca de 3,8
Oregon. Além disso, foi introduzido um projeto
O cenário atual é um pouco mais positivo,
milhões de pessoas. Todos esses números
de lei no Legislativo, mas, devido às altera-
conforme conta o vice-presidente da AAIA,
justificam a preocupação do setor com a
ções nas Comissões Legislativas trazidas
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de desenvolvimento bem diferentes, talvez o grande desafio tenha a ver com o dimensionamento. Na Europa do Leste, em pleno desenvolvimento, o grande desafio será crescer de forma sustentada”, enumera.
Nossos países diferem em muitos aspectos, mas acho que os fabricantes de veículos pensam de maneira global
As diferenças se referem tanto ao tama-
Jean-Ludovic Basset, advogado sênior da Figiefa
nho quanto à idade e condições da frota. Mas, independentemente das variações, a reparação deve se preparar para atender
cios para o aftermarket independente. Por
turo irá dizer”, analisa Jean-Ludovic Basset,
os veículos que chegarão em breve às ruas,
outro lado, a integração de mais e mais
advogado sênior da Figiefa.
com tecnologias nunca antes vistas nas ofi-
veículos híbridos e elétricos para o nosso
Se ainda é cedo para prever o futu-
cinas. “Quanto ao futuro, a alta qualidade
sistema de transporte e a elevada concen-
ro, também é verdade que a regulamen-
dos veículos, o aumento dos preços do
tração em todos os níveis da cadeia de su-
tação das complexas relações entre as
combustível, a melhoria da infraestrutura
primentos para a reparação apontam para
montadoras e o mercado de manuten-
das estradas e a multiplicidade dos meios
menos reparadores, mas com uma ampla
ção independente garante mais força
de transporte são fatores que levam à re-
gama de atividades, tais como recarga de
para que as oficinas se consolidem den-
dução da quilometragem média percorrida
bateria, diagnóstico remoto, entre outras
tro de um cenário em que deve sempre
pelos veículos, à diminuição do número de
tantas soluções de reparação para os pró-
prevalecer os diretos do consumidor e
acidentes e, portanto, à redução de negó-
ximos dez a 15 anos. Mas, afinal, só o fu-
sua liberdade de escolha.
pelas eleições de 2010, os esforços na esfera
ria, o que tem confundido os legisladores e a
federal ficaram mais difíceis”, diz Lowe.
própria indústria. “A AAIA tem estado bastante
O principal objetivo do movimento atualmente
empenhada em passar as informações para
é conseguir essa aprovação, seja no âmbito
seus membros e toda a indústria reforçando a
federal ou estadual, para que, com isso, as
importância dos esforços do Right to Repair.
montadoras disponibilizem informações, softwa-
Claramente, a complexidade tecnológica dos
res e ferramentas para o mercado independen-
veículos vai continuar e isso significa que as
te. “Nós achamos que a pressão política que já
montadoras terão mais controle sobre quem
foi trazida pelo movimento, tanto nacionalmente
pode acessar esses sistemas para efetuar
como nos estados, tem levado as montadoras
a manutenção. Além disso, o advento da
a serem mais cooperativas com nossas indús-
telemática proverá maior acesso às monta-
trias”. E há o medo de que a não aprovação do
doras sobre os clientes e seus veículos. Elas
projeto acabe levando a um retrocesso.
poderão obter informações de diagnóstico do
Além disso, Lowe diz que existem alguns
veículo sem fios, através do celular. Se as con-
grupos, como o Automotive Service Associa-
cessionárias forem as únicas a acessar essas
tion, que sustentam que todas as informações
informações, isso coloca os independentes em
estão disponíveis e a legislação não é necessá-
desvantagem competitiva”.
Aaron Lowe, vicepresidente da AAIA
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COMPORTAMENTO
vania.rh@ig.com.br
Vânia Lúcia de Oliveira
O
s relacionamentos pessoais nas empre-
relação diária, com níveis de subordinação e hierar-
sas geram expectativas que nem sempre
quia. Vale manter um relacionamento profissional que
são atendidas, pois as contratações são
é concluído ao término do dia de trabalho, não mistu-
meramente por afinidades e não por competências.
rando nossa vida pessoal com os relacionamentos em-
Julgamos que o bom profissional é aquele que trans-
presariais. Este empresário que me inspirou a escrever
mite confiança e nos decepcionamos ao constatar que
este texto afirmou-me: “Quer perder um amigo, dê-lhe
estamos diante de um contrato de trabalho permea-
um emprego em sua empresa”.
do de direitos e deveres de ambos os lados. Ao ouvir
Rimos juntos e concluímos que precisamos estar cada
um empresário afirmar que não contratava parentes
dia mais preparados para tomarmos decisões menos
nem amigos, pensei que ele poderia estar sendo radi-
emotivas e mais racionais, a começar pelas contra-
cal. Porém, ao ouvi-lo atentamente, percebi o quanto
tações. Se um colaborador lhe perguntar o que sua
estava repleto de argumentos, construídos por expe-
empresa tem para oferecer-lhe, pois o mesmo recebeu
riências que eu mesma já presenciei em muitas em-
uma proposta de trabalho, pense que este pode ser o
presas. Aqueles a quem julgamos estar ajudando são
momento de liberá-lo. Não vale a pena prometer algo,
Não contrato
amigos!
os que mais nos custam caro no momento de rescisão
pois se o fizermos, estaremos assumindo uma respon-
trabalhista. Ao se desligarem das empresas, cobram
sabilidade de crescimento profissional que não é do
por sua dedicação, como se não tivessem sido pagos
empregador. É como se, a partir daquele momento,
para fazê-lo. Esperam por um tratamento diferenciado
estivéssemos assumindo os custos da permanência do
e, geralmente, já o tem perante os olhos dos outros
colaborador, não podendo decepcioná-lo. A escolha
colaboradores. Sem dúvida, manter relacionamentos
deve ser dele entre ficar ou sair.
pessoais pode comprometer os resultados. Frequentar
E o profissional que percebe que tem uma oportuni-
a casa de colaboradores, conhecer sua família ou ser
dade melhor de trabalho não pede para que lhe man-
padrinho de seus filhos nem sempre é bem administra-
dem embora. Ele assume as perdas em prol de novos
do dentro de uma empresa.
ganhos. O amigo certamente não verá isto com bons
Vale a pena manter os amigos preservados, procuran-
olhos, afirmou o empresário. Para o amigo, você estará
do estar com eles em momentos de lazer, caso não
sempre devendo. Já com um profissional encerra-se o
estejamos devidamente preparados para termos uma
contrato de trabalho e a dívida acaba.
Vânia Lúcia de Oliveira é consultora organizacional, MBA em gestão estratégica de pessoas e executive coach pela Sociedade Brasileira de Coaching 42
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legislação
Nova lei estadual obriga setor a ter profissionais responsáveis e capacitados para a reparação. Estabelecimentos já em atividade não terão dificuldades para se adequar às exigências Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Ilustração Ivan Ordonha Fotos Divulgação
A
regulamentação das ofi-
funcionamento das oficinas. “O Sindi-
cinas mecânicas era uma
repa, na nossa gestão, se preocupou
exigência do mercado e
em atender aos pleitos do setor. Ou-
um desejo antigo do Sin-
vimos os empresários e percebemos
direpa-SP (Sindicato da Indústria de
que eles estavam incomodados com
Reparação de Veículos e Acessórios
os informais porque a gente lida com
do Estado de São Paulo), que reflete
segurança, é uma responsabilidade
um anseio do próprio setor pela ele-
muito grande. Era preciso formalizar
vação do nível de capacitação da mão
o mercado e regulamentar a abertura
de obra. Com a aprovação, em junho,
das oficinas. Fizemos uma audiência
do projeto de lei nº 322/08, de autoria
pública na Assembleia Legislativa e
do deputado Olímpio Gomes (PDT),
chegamos ao projeto de lei que agora
o setor ganha um padrão mínimo de
foi aprovado”, afirma o presidente do
requisitos técnicos para abertura e
sindicato, Antonio Fiola.
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Mais que segurança, o mercado
ção à mão de obra, existem duas exigências:
MÃO DE OBRA
ganha a credibilidade do consumidor,
“um responsável operacional pelos serviços
que saberá que o estabelecimento terá
Estão em questão as oficinas e as-
executados nos veículos automotores, que
sempre um profissional capacitado e
semelhadas, ou seja, “qualquer estabe-
atenda os requisitos de norma técnica de
responsável pelo serviço. Será o fim da
lecimento comercial que proceda con-
capacitação expedida pela ABNT” (artigo 3º,
concorrência ruim, das oficinas “boca
serto ou substituição de autopeças nos
inciso I) e, no inciso II do mesmo artigo, a lei
de lixo”. “Com a abertura do merca-
sistemas de alimentação, climatização,
repete a exigência, cobrando “um, ou mais
do e a chegada de um volume muito
direção, elétrica, eletrônica, exaustão,
profissionais, que atendam os requisitos de
grande de novos modelos a cada dia,
iluminação, freio, motor, pneus e rodas,
norma técnica de capacitação expedida pela
tivemos um incremento na área de tec-
sinalização, suspensão e eixos, transmis-
ABNT”. A despeito de o texto da lei ter de-
nologia, mas não nos preparamos para
são e mecânica em geral de veículos au-
dicado dois incisos diferentes para descrever
ter uma exigência mínima dos recursos
tomotores”, conforme artigo 2º da lei.
a necessidade de responsabilização e capa-
humanos. A gente sabe, por meio do
Todas as empresas que se enquadram
citação, Fiola reforça que uma única pessoa
Sindirepa, que a maioria do mercado já
nestas atividades, portanto, precisarão aten-
pode cumprir ambos os requisitos. “Não
está adaptada às exigências mínimas.
der aos requisitos da legislação. Com rela-
precisam ser dois profissionais diferentes,
O que queremos acabar é com a figura do ‘mexânico’, aquele cara que mexe no veículo sem saber no que está mexendo”, explica o deputado. As boas oficinas podem ficar tranquilas. A lei restringe-se, basicamente, em exigir a responsabilização e
QUEM FISCALIZA
capacitação técnica do profissional, além do cumprimento das normas da
As oficinas terão prazo de um ano para
na variação do Indice de Preços ao
se adequarem à lei, o que, para Antonio
Consumidor Amplo (IPCA).
Fiola, é tempo de sobra. Mas o não
O cumprimento será fiscalizado pela
Metrologia, Normalização e Qualidade
cumprimento implicará em prejuízo.
Polícia Militar ou, uma vez firma-
Industrial (Inmetro) e dos próprios fa-
Para quem não possuir o atestado de
dos convênios entre o estado e os
bricantes de autopeças.
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), do Instituto Nacional de
legalidade sindical patronal e o certifi-
municípios, por guardas municipais.
Tanto o deputado quanto o presi-
cado de cumprimento dos dispositivos
Em 2008, quando o projeto de lei
dente do sindicato da classe acreditam
da lei é prevista multa de R$ 500 a R$
foi divulgado, este item gerou con-
que a medida não enxugará o merca-
2 mil; a falta do certificado de capacita-
trovérsia entre os empresários do
ção técnica em instituição oficialmente
setor e o próprio deputado concor-
reconhecida levará à multa de R$ 2 mil
da que aumentaria as atribuições de
a R$ 5 mil; e a ausência do certificado
uma instituição já sobrecarregada,
do responsável operacional dos servi-
mas explica: “A ideia foi dar uma
ços, multa de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Na
amplitude à regulamentação porque
hipótese de reincidência, será dobrado
a Polícia Militar é o único ente públi-
o valor da sanção anterior, até o limite
co que está presente as 24 horas do
máximo de R$ 50 mil. Esses valores
dia nos 645 municípios do estado
serão corrigidos anualmente, com base
de São Paulo”.
do, que hoje conta com cerca de 15 mil oficinas no estado – no país são quase 92 mil –, respondendo por 80% a 90% da manutenção veicular. “Elas têm um ano para fazer o treinamento, mas a maioria das oficinas já atende aos requisitos com o que possui hoje. O que vai precisar é definir o responsável, que assine pelos reparos que o estabelecimento realizar”, afirma Fiola.
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legislação
pode ser uma pessoa só”, salienta. O profissional responsável de que
a capacitação do reparador voltada à
fala o inciso I do artigo 3º será aquele
tecnologia do automóvel atual”, diz
que assumirá o serviço prestado pela
Fiola. Quem oferece o curso dentro da
oficina perante a lei. “Da mesma forma
orientação da norma são as instituições
que o farmacêutico é responsável pelos
credenciadas pelo MEC (Ministério da
serviços prestados em uma farmácia”,
Educação), como o Senai, que segundo
compara o deputado. Ao condicionar a
o deputado, poderia formar 25 mil me-
operação e funcionamento do estabe-
cânicos por ano. Fiola complementa in-
lecimento à presença desse profissio-
formando que o curso tem custo acessí-
nal, a lei é clara ao lhe creditar “respon-
vel e é realizado no Brasil todo.
sabilidade civil e criminal”.
Deputado Olímpio Gomes (PDT), autor do projeto de lei n° 322/08
específica, que abrange totalmente
A lei previa uma alternativa ao cum-
A norma técnica da ABNT em refe-
primento da capacitação técnica da nor-
rência é a NBR 15.681, que dispõe sobre
ma ABNT, caso esta não existisse quan-
a qualificação do mecânico, estabele-
do a lei entrasse em vigor. O profissional
cendo os requisitos e a sistemática para
poderia comprovar sua habilidade por
a sua capacitação de manutenção tanto
meio de “treinamento de 400 horas em
de veículos do ciclo Otto quanto do ci-
cada sistema cujo serviço seja disponibi-
clo Diesel. “A NBR 15.681 é uma norma
lizado pela empresa de reparação de veí
QUALIFICAÇÃO de serviços De acordo com a nova lei que regulamen-
de baterias, ensaios de bomba elétrica de
Gomes, autor do projeto de lei aprovado.
to os estabelecimentos de reparação no
combustível e sensor de oxigênio, remoção
A regulamentação deve contribuir, ainda,
estado de São Paulo, os serviços realizados
e instalação dos vidros, inspeção, diagnósti-
com o trabalho de certificação de qualidade
por essas empresas deverão atender as
co e reparação ou substituição em sistemas
desenvolvido pelo Instituto de Qualidade
normas da ABNT pertinentes à manuten-
de freios, direção, suspensão, exaustão,
Automotiva (IQA). Esta última é voluntária,
ção automotiva; e os equipamentos utiliza-
arrefecimento e climatização, entre outros.
com requisitos que vão da especialização da
dos, às exigências do Inmetro. É sugerida,
A orientação da lei, do atendimento às
mão de obra ao gerenciamento de informa-
ainda, a observação das especificações
normas ABNT, foi a forma encontrada
ções técnicas e administrativas e à utilização
técnicas dos fabricantes de autopeças.
para garantir que o setor esteja sempre
correta de ferramentas e equipamentos
As normas da ABNT que dispõem sobre a
atualizado em relação às mais modernas
exigidos pelas normas brasileiras. “Elas são
reparação automotiva trazem, em sua maio-
tecnologias de reparação automotiva. “A
complementares, é um projeto contínuo.
ria, princípios gerais sobre serviços de repa-
chegada de novas tecnologias vai aumen-
Agora a tendência é ir incrementando a lei
ração, como retífica, substituição de carro-
tar, então o próprio mercado e a neces-
para melhorar a qualidade do serviço. Esse
çaria, pintura, diagnóstico e manutenção
sidade estabelecerão o conteúdo a ser
é só o ponto de partida”, diz Antonio Fiola,
das falhas de funcionamento, substituição
desenvolvido”, afirma o deputado Olímpio
presidente do Sindirepa de São Paulo.
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culos ou 40 horas quando comprovar dois anos de experiência na atividade” (artigo 3º, incisos II). Agora, uma vez que a norma já existe e está disponível, a única exceção é a constante no próprio texto desta.
O QUE A ABNT DEFINIU PARA a qualificação do mecânico
Considerando tempo de experiência e nível de escolaridade, ficam isentos da necessidade de realizar o curso de capacitação os profissionais com três anos de experiência como mecânico ou quatro como ajudante, se tiver completado a 4ª série do ensino fundamental; dois anos como mecânico ou três como ajudante, se tiver o ensino fundamental completo; e um ano como mecânico ou dois como ajudante, se, além do ensino fundamental completo, tiver rea-
Exigências Escolaridade mínima: 4ª série do ensino fundamental. Experiência mínima: três anos
Módulos Básico (obrigatório): gestão de oficinas; informática básica; noções de mecânica; metrologia para
como mecânico ou quatro anos
mecânico; hidráulica e pneumática
como ajudante, se tiver a 4ª série
básica; eletricidade e eletrônica; e
do ensino fundamental; dois anos
noções de termodinâmica.
como mecânico ou três anos como
Mecânico de Veículos Leves*:
ajudante, se tiver o ensino funda-
motor ciclo Otto; sistema de trans-
lizado curso profissionalizante ou se tiver
mental completo; ou um ano como
missão; sistema de freios; sistema
concluído o ensino médio completo.
mecânico ou dois anos como aju-
de suspensão/direção; alinhamento
dante, se tiver o ensino fundamen-
e balanceamento de rodas; sistema
aspecto, o que minimiza sua repercussão.
tal completo e curso profissionali-
elétrico; sistema de climatização; e
Mas, para Gomes e Fiola, o intuito é real-
zante ou ensino médio completo.
eletrônica embarcada.
Programa de capacitação
sistema de transmissão; motor
A lei se revelou bastante flexível nesse
mente apenas acabar ou impedir a abertura de oficinas “boca de lixo”, a do “mexânico”, que prejudica a credibilidade do setor. Espera-se, portanto, que ela seja mais uma ferramenta para inibir a informalidade. Os certificados e atestados do profissional responsável e capacitado, bem como o de le-
Mecânico de Veículos Pesados*: do ciclo Diesel; sistema de freios; Diagnóstico: levantar dados sobre
sistema de suspensão/direção;
os problemas apresentados; cons-
alinhamento e balanceamento de
tatar o problema; executar ensaios;
rodas; sistema elétrico; sistema
identificar os defeitos e suas causas.
de climatização; eletrônica embar-
Manutenção preventiva: utilizar o
cada; e sistema de alimentação
galidade sindical e o de cumprimento da lei
manual do proprietário do veículo;
(bomba mecânica).
em discussão devem ser afixados na oficina
elaborar lista de verificação; inspe-
*O profissional deve escolher um
em local visível para o cliente.
cionar os componentes; reparar.
dos dois módulos específicos após
Manutenção corretiva: remover,
PERSPECTIVAS
cursar o módulo básico.
desmontar e montar peças e conjuntos mecânicos, elétricos e eletrome-
A profissionalização é uma reivindicação antiga do setor. “Esse não é um projeto de exclusão, mas de inclusão, para que
cânicos; inspecionar componentes. Para conhecer todos os procedimentos, a oficina deve adquirir a norma ABNT NBR 15.681
o mecânico tenha uma formação mínima para prestar o serviço; e para o cidadão se sentir seguro. Minha bandeira sempre foi a da segurança”, diz o deputado. Com a tecnologia em evolução exponencial e a
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legislação
Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP
Inspeção Ambiental Veicular, não é
recendo uma ideia nova através da
mesmo qualquer um que pode fazer
passagem pelas câmaras temáticas. O
esse trabalho. O consumidor tam-
projeto foi aprovado inicialmente na
pouco se contentará com um serviço
comissão de Constituição e Justiça, de-
que não seja o profissional.
pois na comissão de Orçamento e Fi-
Com bons resultados, Olímpio Go-
nanças, na comissão de Meio Ambien-
mes acredita que a lei, que demorou
te. No fim, foi aprovado por votação
mais de três anos para sair do papel,
unânime porque não tinha contrarie-
seja igualmente aplicada em outras
dades”, afirma o deputado. Para Fiola,
regiões. “Como a Assembleia é uma
“o empresário da reparação ganhará o
casa política, você tem que ir amadu-
respaldo do consumidor”.
CONHEÇA AS NORMAS DA ABNT NBR 12.603 – Geometria da suspen-
to, reparação ou substituição parcial
NBR 14.753 – Veículos rodoviários
são de veículos rodoviários auto-
ou total dos itens diagnosticados nos
automotores – Válvula injetora – Ensaios
motores: define termos relativos à
motores de veículos rodoviários de com-
de manutenção: prescreve o método
geometria da suspensão de veículos
bustão interna do ciclo Otto, segundo as
para os ensaios da válvula injetora de
rodoviários automotores.
especificações contidas no manual de
combustível (gasolina e álcool) instalada
NBR 13.032 – Execução de retífica de
serviços do fabricante do veículo.
em veículos rodoviários automotores.
motores: estabelece princípios gerais
NBR 14.482 – Veículos rodoviários do
NBR 14.754 – Veículos rodoviários auto-
para execução de retífica completa de
ciclo Otto – Substituição de bateria de
motores – Sensor de oxigênio – Ensaios
motores alternativos de combustão in-
partida: estabelece os princípios gerais
de manutenção: prescreve o método para
terna, bem como dos seus componen-
para substituição de baterias de partida
os ensaios do sensor de oxigênio instala-
tes individuais, a partir das característi-
em veículos rodoviários automotores de
dos em veículos rodoviários automotores.
cas e aplicação do motor.
combustão interna do ciclo Otto.
NBR 14.755 – Veículos rodoviários
NBR 14.284 – Veículos rodoviários –
NBR 14.483 – Veículos rodoviários
automotores – Sensor de massa de ar
Carroçaria – Reparação e pintura dos
automotores- Regulador de pressão de
– Ensaios de manutenção: prescreve
componentes: estabelece princípios
combustível: prescreve o método para
o método para os ensaios do sensor
gerais para execução de reparação,
verificar o regulador de pressão de com-
de massa de ar instalado em veículos
substituição parcial ou total dos elemen-
bustível dos veículos automotores.
rodoviário automotores.
tos de carroçaria e pintura a partir das
NBR 14.752 – Veículos rodoviários
NBR 14.777 – Veículos rodoviários auto-
características do veículo rodoviário.
automotores – Bomba elétrica de
motores em manutenção – Remoção e
NBR 14.481 – Veículos rodoviários
combustível – ensaios de manuten-
instalação de vidros: estabelece princípios
automotores - Diagnóstico e manuten-
ção: prescreve o método para os en-
gerais para remoção e instalação dos vi-
ção em motores ciclo Otto: estabelece
saios da bomba elétrica de combus-
dros de veículos rodoviários automotores.
os procedimentos para diagnóstico e
tível (gasolina e álcool) instalada em
NBR 14.778 – Veículos rodoviários
manutenção das falhas de funcionamen-
veículos rodoviários automotores.
automotores em manutenção – Inspeção,
*Fonte: Sindirepa-SP
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Quem lê Mais, sabe antes
Em julho de 2008, o projeto de lei 322/08 foi capa da Mais Automotive 65. Na ocasião, o texto ainda tramitava pela Assembleia Legislativa de São Paulo, mas nossa reportagem já antecipava os artigos que viriam a compor a lei agora aprovada.
Ilustração Sérgio Parise Jr.
voltadas à reparação automotiva diagnóstico, reparação e/ou substituição
ção e/ou substituição parcial ou total em
veicular (autopeças ou simplesmente pe-
em sistema de freios: estabelece princípios
sistemas de exaustão de veículos.
ças), não se aplicando a combustíveis.
gerais de inspeção, diagnóstico, reparação
NBR 14.828 – Veículos rodoviários
NBR 15.563 – Veículos rodoviários
e/ou substituição parcial ou total em siste-
automotores – Procedimentos de segu-
automotores - sistema de arrefecimen-
mas de freios de veículos.
rança em veículos equipados com bolsa
to do motor - diagnóstico e manu-
NBR 14.779 – Veículos rodoviários auto-
inflável (air bag): prescreve os procedi-
tenção: descreve os procedimentos
motores em manutenção – Inspeção, diag-
mentos de segurança para manutenção
e recomendações para diagnóstico e
nóstico, reparação e/ou substituição em
de veículos automotores equipados
manutenção preventiva e corretiva no
sistema de direção: estabelece princípios
com bolsa inflável (air bag).
sistema de arrefecimento por circu-
gerais de inspeção, diagnóstico, repara-
NBR 14.843 – Veículos rodoviários
lação líquida e contínua dos motores
ção e/ou substituição parcial ou total em
automotores – Regulador de pressão
automotivos ciclos Otto e Diesel.
sistemas de direção de veículos.
de combustível – ensaio.
NBR 15.629 – Veículos rodoviários au-
NBR 14.780 – Veículos rodoviários
NBR 14.845 – Veículos rodoviários automo-
tomotores – manutenção em sistema de
automotores em manutenção – Inspeção,
tores – Motor de partida – Ensaio: prescreve
climatização: descreve os procedimen-
diagnóstico, reparação e/ou substituição
o método para verificar o motor de partida
tos e as recomendações para manuten-
em sistema de suspensão: estabelece
em veículos automotores.
ção em sistemas de climatização em
princípios gerais de inspeção, diagnóstico,
NBR 14.846 – Veículos rodoviários
veículos rodoviários automotores.
reparação e/ou substituição parcial ou to-
automotores – Alternador e regulador de
NBR 15.681 – Veículos rodoviários
tal em sistemas de suspensão de veículos.
tensão – ensaio: prescreve o método para
automotores – Qualificação de mecâ-
NBR 14.781 – Veículos rodoviários auto-
verificar o alternador e o regulador de
nico de manutenção: estabelece os
motores em manutenção – Inspeção, diag-
tensão em veículos automotores.
requisitos e a sistemática para a qua-
nóstico, reparação e/ou substituição em
NBR 15.296 – Veículos rodoviários auto-
lificação do mecânico de manutenção
sistema de exaustão: estabelece princípios
motores – Peças – Vocabulário: Define os
de veículos rodoviários automotores do
gerais de inspeção, diagnóstico, repara-
termos utilizados para peças de aplicação
ciclo Otto e Diesel.
49
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6/7/2011 11:25:49
legislação
Conheça a íntegra da Dispõe sobre normas básicas acerca das oficinas mecânicas e estabelecimentos assemelhados que funcionam no Estado.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA: Artigo 1° - A presente lei estabelece normas básicas a serem seguidas pelos proprietários e responsáveis pelas oficinas mecânicas e estabelecimentos assemelhados que prestam serviços de manutenção, conserto ou substituição de peças em veículos automotores leves, novos ou usados, no território do Estado de São Paulo. Artigo 2° - Para os efeitos desta lei consideram-se oficinas mecânicas e estabelecimentos assemelhados, qualquer estabelecimento comercial que proceda conserto ou substituição de autopeças nos sistemas de alimentação, climatização, direção, elétrica, eletrônica, exaustão, iluminação, freio, motor, pneus e rodas, sinalização, suspensão e eixos, transmissão e mecânica em geral de veículos automotores. Artigo 3° - Os estabelecimentos de que trata o artigo anterior, para sua opera-
ção e funcionamento, sempre visando à
Artigo 4° - Os estabelecimentos que
preservação dos direitos do consumidor e
utilizarem equipamentos para os serviços
para os efeitos de responsabilidade civil e
que medem as emissões veiculares, assim
criminal deverão:
como os ligados diretamente à segurança veicular conforme NBR-ABNT 14.624
I – manter um responsável operacional
deverão atender, caso exista, a exigência
pelos serviços executados nos veículos
de comprovação de homologação junto ao
automotores, que atenda os requisitos de
Instituto Nacional de Metrologia, Normali-
norma técnica de capacitação expedida
zação e Qualidade Industrial – INMETRO.
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e esta não existindo, através de
Artigo 5° - Os estabelecimentos de que
treinamento de 400 (quatrocentas) horas
trata esta lei deverão manter, obrigatoria-
ou 40 (quarenta) horas quando comprovar
mente, em seu interior e em local visível
dois anos de experiência na atividade;
ao consumidor, o seguinte:
II – manter um, ou mais profissionais que
I - Atestado de legalidade sindical patronal
atendam os requisitos de norma técnica
e certificado numerado atestando o
de capacitação expedida pela Associação
cumprimento dos dispositivos desta lei,
Brasileira de Normas Técnicas e esta não
emitido pelo respectivo sindicato de classe
existindo, através de treinamento de 400
ou da categoria econômica a que estiver
(quatrocentas) horas em cada sistema
vinculado o estabelecimento;
cujo serviço seja disponibilizado pela empresa de reparação de veículos ou 40 (quarenta) horas quando comprovar dois anos de experiência na atividade. Parágrafo Único – Todos os serviços realizados nos veículos automotores deverão atender às normas técnicas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT na a área de serviços automotivos, bem como observar as especificações técnicas estabelecidas pelos fabricantes de autopeças.
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lei que regulamenta as oficinas II - Certificado de conclusão de treinamen-
mil reais) e no máximo de R$ 5.000,00
a que agentes municipais credenciados,
to do mecânico, conforme artigo 3º, item
(cinco mil reais);
em especial os integrantes das Guardas
II, expedido por instituição de ensino oficialmente reconhecida na área automotiva;
Municipais, possam exercer a competência III – na hipótese de violação do item III do
estabelecida neste artigo.
artigo 5°, caberá a aplicação de multa no III - Certificado de conclusão em treina-
valor mínimo de R$ 5.000,00 (cinco mil
Artigo 8° - A receita arrecadada com a
mento de conhecimento geral dos sistemas
reais) e no máximo de R$ 10.000,00 (dez
cobrança das multas de que trata
dos veículos automotores com o nome do
mil reais);
esta lei será aplicada, exclusi-
responsável operacional dos serviços nos
vamente, na melhoria das
sistemas citados no artigo 2º, expedido por
VI – na hipótese de reincidência caberá
condições dos órgãos de se-
instituição de ensino oficialmente reconhe-
aplicação de multa no valor correspondente
gurança pública do Estado,
cida na área automotiva.
ao dobro do valor da sanção que tiver sido
bem, como em programas
anteriormente aplicada, até o limite máximo
destinados a esclarecer e
de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
educar a população acerca
Parágrafo Único - O órgão estadual competente manterá o necessário registro e
dos seus direitos de consumi-
coordenará o treinamento de fiscalização
Parágrafo Único – Os valores a que se re-
junto ao poder público dos estabelecimen-
ferem este artigo serão atualizados, em 1°
tos comerciais de que trata esta lei, assim
de janeiro de cada exercício, com base na
Artigo 9° - As oficinas mecânicas e esta-
como prestará serviço de mediação entre o
variação do índice de Preços ao Consumi-
belecimentos assemelhados terão prazo
consumidor e a empresa.
dor Amplo - IPCA, apurado pelo Instituto
de 1 (um) ano para se adequarem aos
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
dispositivos desta lei, após o que ficarão
acumulada no exercício anterior.
sujeitas às penalidades nela previstas.
das responsabilidades penais, cíveis e admi-
Artigo 7° - São competentes para elaborar
Artigo 10 - As despesas resultantes da
nistrativas cabíveis, às seguintes sanções:
os autos da infração para imposição de
aplicação desta lei correrão à conta de do-
Artigo 6° - O descumprimento do disposto
dor de bens e serviços.
nesta lei sujeitará o infrator, sem prejuízo
multas por infrações ao disposto nesta lei
tações próprias consignadas no orçamento
I – na hipótese de violação do item I do
os integrantes da Polícia Militar do estado
vigente da Secretaria da Justiça e Defesa
artigo 5°, caberá a aplicação de multa
de São Paulo no exercício das atividades de
da Cidadania.
no valor mínimo de R$ 500,00 (quinhen-
polícia ostensiva e de prestação de ordem
tos reais) e no máximo de R$ 2.000,00
pública, nos termos em que dispuser o
Artigo 11 - O Poder Executivo regulamen-
(dois mil reais);
regulamento desta lei e após treinamento
tará a presente lei no prazo de 90 (noven-
citado no Parágrafo único do artigo 5º.
ta) dias, contados de sua publicação.
artigo 5°, caberá a aplicação de multa
Parágrafo Único – O Estado poderá firmar
Artigo 12 - Esta lei entra em vigor na data
no valor mínimo de R$ 2.000,00 (dois
convênios com os Municípios com visitas
de sua publicação.
II – na hipótese de violação do item II do
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LUBRIFICANTES
Marcelo Beltran
O
consumidor brasileiro, em sua maioria,
ILSAC GF-5. Em parceria com empresas de lubrifican-
ainda tem em mente que o lubrificante
tes, cada fabricante de veículo (OEM) desenvolve um
mais viscoso é o melhor. Criou-se uma
óleo adequado para cada veículo e modelo, de acordo
cultura de que, quanto mais espesso, maior sua
com as necessidades do projeto.
eficiência; porém, na maioria das vezes, ocorre o
É de fato uma tendência global o consumo de lubrifi-
contrário. O lubrificante menos viscoso tem melhor
cantes menos viscosos nos próximos anos, tanto pela
performance na partida a frio, pois chega mais rápido
indicação dos OEMs no manual do veículo, quanto
às partes superiores do motor. Esse filme mais “fino”
pelo aumento da conscientização e o poder aquisitivo
retira menos energia do motor e da transmissão, pos-
do consumidor final.
sibilitando a redução do consumo de combustível.
Ainda que minoria, haverá aumento percentual grada-
O que melhora a qualidade do lubrificante não é
tivo no consumo de lubrificantes de alta performance,
necessariamente a quantidade de aditivos, mas a
tanto no consumo de óleos básicos sintéticos, quanto
tecnologia de cada um deles. Um exemplo é a tec-
na redução da viscosidade dos mesmos.
nologia “low saps” que busca a redução de aditiva-
Sabemos que levará tempo para que, de forma geral, o
Lubrificante mais viscoso
pode não ser a melhor opção ção antidesgaste convencional, visando minimizar a
consumidor quebre o paradigma de que o lubrificante
emissão de gases nocivos ao meio ambiente através
mais viscoso é sempre melhor.
do aumento da vida útil do catalisador (sem prejudi-
É bom lembrar que viscosidade é diferente de índice
car o motor), assim como os aditivos modificadores
de viscosidade, que é a característica físico-química
de atrito na tecnologia “fuel economy”, visando a
do óleo de manter a viscosidade em função do au-
economia de combustível.
mento da temperatura.
Os lubrificantes com a faixa mais baixa de viscosidade
Infelizmente, na prática, o que manda no mercado na-
estão em linha com a tendência de “fuel economy”
cional, na maioria das vezes, ainda é o preço; mas com
(economia de combustível). Estas viscosidades são
o crescimento da economia brasileira este cenário deve
normalmente encontradas entre as faixas SAE 5W20 e
ser minimizado através da renovação da frota e do au-
SAE 10W30, e estão dentro das exigências da norma
mento no poder aquisitivo do consumidor final.
Marcelo Beltran é gerente técnico da TOTAL Lubrificantes do Brasil, empresa integrante do Grupo TOTAL. 52
Marcelo Lub MA 79.indd 52
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Faça revisões em seu veículo regularmente
Dibianchi MD38.indd 1
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serviços
o secretário
da manutenção
Novo serviço assessora proprietários de veículos na manutenção preventiva e abre oportunidade de negócios para as oficinas parceiras Por Larissa Andrade larissa@novomeio.com.br Fotos Divulgação
A
s oficinas não
oferece aos clientes um serviço em que
dados interessantes: 79% dos consumido-
podem
recla-
todas essas preocupações – e outras mais
res não sabem o que fazer quando o carro
mar. O percen-
– ficam sob sua responsabilidade, desde
tem um problema. Alguns até têm refe-
tual de proprie-
a indicação de uma oficina que ofereça
renciais, mas quando não têm, recorrem
tários de veículos que
o serviço desejado até levar e buscar o
a amigos e parentes. Só que nem sempre
faz a manutenção pre-
veículo, passando pelo agendamento e
essas pessoas podem ajudar”.
ventiva no automóvel
negociação de orçamentos e o envio de
Essa dificuldade pode revelar uma pró-
passou de 39% para
alertas sobre a necessidade de realização
pria deficiência do mercado independente
49% entre 2001 e
de serviços de manutenção preventiva.
que, embora responsável pela manutenção
2010, ou seja, quase
Para ter essa comodidade, o proprietá-
de mais de 80% da frota, nem sempre con-
metade dos motoristas
rio do veículo paga uma mensalidade de
segue estabelecer laços de fidelização com
procura o mecânico antes mesmo de o
R$ 39,00 – que inclui apenas a prestação
os proprietários de veículos e nem transmitir
carro apresentar algum problema.
do serviço da assessoria e não a manuten-
Este índice poderia ser maior se o con-
ção do veículo em si. A proposta é ousada,
sumidor contasse com serviços como leva
mas teria respaldo em demandas concre-
e traz, com um mecânico de confiança
tas, conforme analisa o gerente comercial
sempre recomendado e o apoio de um
da Personal Car Auto, Cláudio Guimarães.
parceiro que o avisasse sobre os prazos
“Fizemos uma pesquisa de mercado para
de realização das revisões periódicas? Na
validar a ideia com a professora Isabel Fa-
visão dos criadores da Personal Car, sim.
ria, da Faculdade Anhembi Morumbi. O
A empresa, recém-lançada em São Paulo,
levantamento desenvolvido por ela trouxe
Silvio Ricardo Candido, gerente operacional da oficina Peghasus, uma das credenciadas à Personal Car Auto
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Serviços MA 80.indd 54
6/7/2011 11:32:19
a esse público seu real valor. Por isso, a Personal Car Auto espera atingir o ambicioso número de 20 mil assinantes até o final do ano, quando ain-
Custos e pagamentos A Personal Car cuida do agenda-
6% do faturamento com os carros
mento, a oficina, da manutenção,
da Personal Car para a empresa,
e cada uma recebe sua parte. O
pela intermediação do serviço.
pagamento da manutenção é feito
Para recuperar as margens aper-
pelo cliente diretamente à oficina,
tadas, a oficina acaba colocando
mas a Personal Car participa da ne-
um sobrepreço maior nas peças
gociação desse custo para garantir
aplicadas, já que ela é a responsável
o melhor preço a seu cliente.
pela compra desses itens – embora o
Para o reparador, essa situação pode
cliente possa opinar sobre a escolha
ser desconfortável, já que além de
da marca. “Nós vamos decidir em
ção que oferecemos atende a uma necessidade
trabalhar com margens mais aperta-
conjunto com o cliente, aí vem a
típica das grandes cidades, que escondem suas
das, o prazo também é curto. “O pro-
questão da peça original, a genuína
virtudes. Você não sabe quem são os bons repa-
cesso inicial é meio penoso. É diferen-
ou a paralela. O reparador pode ter
te de trabalhar com pessoa jurídica
essas três opções ou só ter uma e
porque a gente tem que atender três
nós vamos passar isso para o cliente,
pessoas: o motorista, o orçamentista
porque tem muitos reparadores que
e o chefe do orçamentista.Tenho que
só trabalham com peças originais. E
satisfazer três pessoas para concluir
nós fazemos questão que as oficinas
um serviço. A Personal Car também
forneçam as peças, e elas colocam
sofreu com essa adaptação, porque
uma margem em torno de 30% a
da estará atendendo apenas na Grande São Paulo. A expectativa para 2014 é expandir o serviço para o restante do estado de São Paulo, além das regiões do Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte e Grande Curitiba. Prática O foco nas metrópoles não é à toa. “A solu-
radores das outras regiões de São Paulo se mora na zona sul, então o serviço supre esse desconhecimento sobre quem faz um serviço de reparação bem feito”, explica Guimarães, que já tem uma expertise no setor. Ele é um dos diretores da Mister Car, gerenciadora de frota de empresas, inclusive de sua própria empresa – uma locadora
no começo não tinha no atendimen-
35%, que é uma margem aceitável”,
de veículos. “Nos últimos anos, ganhamos expe-
to pessoas com treinamento em
diz Cláudio Guimarães. Na La Macchi-
riência ao cuidar de nossa própria frota. Come-
mecânica”, conta Daniel Nóbrega
na, o cliente normalmente escolhe a
çamos com 3.500 carros, e há mais cinco frotas
Angelini, da La Macchina.
marca e a compra é feita pela oficina
de táxi no grupo. Com esse know-how, desen-
E a oficina tem ainda mais uma
diretamente no distribuidor.
volvemos um produto para oferecer ao dono do
despesa a considerar: além de
Mas é fundamental garantir que não
automóvel as mesmas facilidades”.
negociar com a empresa um preço
haverá nenhuma perda de qualidade
adequado ao cliente, os estabe-
na prestação de serviço ou com os
lecimentos cadastrados pagam
produtos por conta da pressão por
O serviço funciona da seguinte maneira: o cliente faz o cadastro no site da Personal Car,
preços baixos, já que também é o
aceita o contrato, efetua o pagamento da
nome da oficina que está em jogo.
mensalidade e alimenta o sistema com os primeiros dados do seu veículo, como marca, modelo e ano. Posteriormente, ele complementa as informações indicando quilometragem, data da última troca de óleo, etc. Com isso, sempre que for necessário realizar algum
Cláudio Guimarães, gerente comercial da Personal Car Auto
procedimento no carro, o assinante entra em contato com a central de atendimento
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serviços
da Personal Car Auto, que irá indicar um
motoristas
estabelecimento onde ele possa fazer o
dos e apressados,
serviço de acordo com a região desejada
quais benefícios a
e a especialidade procurada. O cliente
Personal Car Auto
pode levar e buscar o carro pessoalmen-
proporciona aos
te ou solicitar que a empresa faça isso,
estabelecimen-
mas em ambos os casos a própria central
tos de repara-
já faz o agendamento, o que permite ao
ção parceiros?
reparador saber qual veículo chegará à
“Eles
oficina e que problema ele apresenta.
um aumen-
esqueci-
terão
Na oficina, é a própria Personal Car
to de de-
Auto que negocia os preços, mas o serviço
manda sig-
realizado é pago diretamente pelo cliente.
nificativo”, prevê Claudio Guimarães.
nificativo”. Ele diz ainda que são poucos
Além da manutenção corretiva, a Per-
Atualmente, já são cerca de 200 ofici-
os que buscam a oficina para a manuten-
sonal também irá alertar o cliente sempre
nas credenciadas em São Paulo, tanto
ção preventiva. “A maioria vem mesmo
que o banco de dados indicar a necessidade
independentes quanto concessionárias,
quando tem algum problema”, diz.
de uma revisão. “Nós desenvolvemos um
que realizam serviços de mecânica, un-
programa com forte estímulo à manuten-
dercar, elétrica, funilaria, pintura.
Outra oficina parceira é a Peghasus, integrante do GOE (Grupo de Oficinas
ção preventiva e tomamos a iniciativa de
Uma das empresas parceiras é a La
Especializadas). “Eles nos procuraram
orientar o dono do carro. Se ele não fizer o
Macchina, localizada na zona sul da ca-
através do GOE em 2007. Nós ajuda-
serviço, o contrato que ele assinou conosco
pital paulista e que tem 25 anos de tra-
mos a formatar o serviço, opinamos
nos dá o direito de ‘perturbá-lo’ até que ele
dição no mercado. O sócio-diretor Daniel
em diversas etapas do desenvolvimento
faça, porque nossa pesquisa apontou que
Nobrega Angelini conta que, entre os
do projeto e eles foram inovando. Pri-
as pessoas deixavam de fazer a manuten-
160/180 carros que atende mensalmen-
meiro, nos traziam as próprias frotas e
ção preventiva porque não tinham quem as
te, cerca de 50 chegam através da Perso-
depois começaram a trazer os clientes
cobrasse”, ressalta Guimarães.
nal Car. Além da demanda, ele ressalta
finais. Em nossa oficina, cerca de 1%
Para saber o momento exato de
como ponto positivo a fidelização do
dos clientes chegam por intermédio
avisar o cliente, a empresa terá como
cliente, mas diz que os benefícios não
da Personal Car, mas conheço oficinas
base as informações cadastradas pelo
vão muito além disso. “A percepção é de
em que o índice atinge os 70%”, diz
próprio dono do veículo e cruzará
que o cliente se torna fiel, porém posso
o gerente operacional da oficina, Silvio
com as recomendações da montado-
dizer que só uns três desses clientes in-
Ricardo Candido.
ra. Além disso, o cliente também será
dicaram outras pessoas
Apesar da baixa participação em sua
para vir aqui. É um
empresa, ele vê a parceria com bons
realizar inspeção ambien-
número muito pe-
olhos. “É muito promissora. Ela me traz
tal veicular, licenciamen-
queno, não é sig-
um cliente que eu não iria captar, por-
avisado sobre os prazos para
to, renovação de CNH e do seguro. Oficinas Se o serviço promete comodidade e praticidade para
que não faço marketing, faço divulgaServiço inclui avisos sobre manutenção preventina, Inspeção Veicular, renovação de CNH, entre outros
ção minha na região. E esse consumidor a mais pode continuar a me gerar demanda depois. Ele busca o comodismo e a Personal Car irá ajudá-lo a resolver os problemas no carro sem que ele precise sair de casa para isso”.
56
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a empresa cobra e sua idoneidade. Geral-
nal Car entra em contato com o cliente
mente, na Grande São Paulo fazemos
para fazer uma pesquisa de satisfação em
alguns testes, pois, como somos
que ele pontua a oficina. “Nós não fecha-
gerenciadores de frota, encami-
mos nenhum atendimento se o cliente
nhamos nossos próprios veícu-
não estiver satisfeito. Se ele tiver alguma
los para sentir se a oficina ofe-
dúvida, retornamos o carro à oficina; e se
rece um bom atendimento,
a dúvida persistir, nosso inspetor técnico
se é flexível na negociação e
examina o veículo junto com o reparador
compatível com o mercado”,
e o cliente”, explica o gerente comercial.
explica Guimarães.
Participação
Para as oficinas participantes, é funda-
Entre os participantes, mui-
mental manter a excelência dos serviços
tos já atendiam a esses requisitos. A La
com os clientes que chegam através do
Macchina, por exemplo, é uma oficina Top
Personal Car, pois é isso que garantirá a
Service DPaschoal e é avaliada pela rede
fidelização e a recomendação. E o próprio
Para garantir a qualidade do serviço, a
semestralmente. Além disso, possui certifi-
programa atinge os pontos apontados
Personal Car Auto faz uma série de exigên-
cação ISO 9000 e oferece comodidades ao
pelos consumidores como os principais na
cias para credenciar uma oficina, já que a
cliente, como sala de espera com televisão,
escolha da oficina, de acordo com levan-
ideia é justamente indicar aquelas em que
café, banheiros feminino e masculino. Na
tamento da GIPA: confiança/segurança no
o cliente pode confiar. “Temos inspetores
Peghasus, poucas mudanças foram neces-
reparo, preço correto, bom atendimento
técnicos que visitam o local, verificam se
sárias para o credenciamento. “Não fize-
e proximidade/facilidade de acesso.
a estrutura é adequada à demanda que a
mos nenhuma adequação no espaço por-
Cláudio Guimarães conta que, para in-
empresa está se propondo a atender, se o
que desde 2005 somos certificados pelo
centivar os parceiros da reparação, foram
ferramental é atualizado, organizado, lim-
IQA. As adequações que realizamos foram
instituídos dois prêmios, um para a melhor
po. Verificamos também se existem certifi-
na área administrativa, referente à nota fis-
oficina mecânica e outro para a melhor fu-
cações, como Cesvi e IQA, e se há check-list
cal, mas nada que incomodasse muito. Já
nilaria nos quesitos qualidade, agilidade
de entrada e saída, há sala de espera, se os
tínhamos padrão de atendimento e serviço
e eficiência. A Personal Car Auto está
profissionais usam os equipamentos neces-
de leva e traz”, enumera Candido.
aberta a novas oficinas e o cadastramen-
sários e estão atualizados, os preços que
Após a conclusão do serviço, a Perso-
to pode ser feito pelo próprio site.
Centro de atendimento da Personal Car Auto e oficina credenciada. Para participar, é necessário cumprir diversos requisitos
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pesquisa
Reparação elege fornecedores Por Redação Novo Meio jornalismo@novomeio.com.br Fotos Divulgação
Pesquisa do Sindirepa de São Paulo apura os melhores fornecedores de produtos e serviços para as oficinas
A
2ª edição do Prêmio Sindi-
dade, resultados e assistência, além
repa-SP ouviu a opinião de
de remuneração e política comercial
mais de 300 profissionais
no caso das companhias de seguros.
da reparação de veículos
Os três primeiros de cada categoria fo-
para apurar quais são os melhores for-
ram classificados como ouro, prata e
necedores de produtos e serviços em
bronze e receberam um selo oficial do
15 categorias. O estudo levou em con-
prêmio. Conheça a seguir as empresas
sideração fatores como marca, quali-
preferidas pelos reparadores.
Pesquisa premiou os fornecedores nas categorias ouro, prata e bronze
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Pesquisa MA 80.indd 58
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Freio – Sistemas
Freio – Componentes
Correias
Ouro: TRW Varga
Ouro: TRW Varga
Ouro: Dayco
Prata: ATE
Prata: Bosch
Prata: Goodyear
Bronze: Bosch
Bronze: Bendix
Bronze: Bosch
Suspensão – Sistemas
Suspensão – Componentes
Equipamentos de diagnóstico de motores
Ouro: Cofap
Ouro: Monroe Axios
Ouro: Tecnomotor
Prata: Nakata
Prata: Cofap
Prata: Bosch
Bronze: TRW Varga
Bronze: TRW Varga
Bronze: Napro
Climatização – Sistemas
Climatização – Componentes
Tintas e complementos
Ouro: Delphi
Ouro: Delphi
Ouro: PPG
Prata: Denso
Prata: Valeo
Prata: Basf
Bronze: Valeo
Bronze: Denso
Bronze: Sherwin-Williams
Baterias
Pneus
Companhia de seguros
Ouro: Heliar
Ouro: Pirelli Pneus
Ouro: Porto Seguro
Prata: Moura
Prata: Goodyear
Prata: SulAmérica
Bronze: Bosch
Bronze: Michelin
Bronze: Allianz
Rolamentos
Filtros
Software de orçamentação
Ouro: INA Grupo Schaeffler
Ouro: Mann-Filter
Ouro: Audatex
Prata: SKF
Prata: Filtros Fram
Prata: Orion
Bronze: NSK
Bronze: Bosch
Menção honrosa: Mahle Metal Leve
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4/7/2011 16:02:52
automobilismo
nono@nonofigueiredo.com.br
M
Nonô Figueiredo ais do que uma moda, a sustentabilidade é
E a categoria também se preocupa em amenizar o im-
uma tendência fundamental para a nossa
pacto do carbono gerado durante as provas por meio de
qualidade de vida e a das próximas gerações.
uma parceria com a GSS Consultoria Sustentável. Com esse
No segmento automotivo, responsável por uma parcela con-
objetivo, é realizado um Inventário de Emissões e, ao final da
siderável de emissão de poluentes e pelo uso de combustí-
temporada, as emissões serão compensadas pela aquisição
veis fósseis, há uma preocupação crescente com a redução
de créditos de carbono em projetos sustentáveis.
do impacto dessas emissões e do uso de petróleo.
Essas iniciativas mostram que a Stock Car saiu na frente
Na Stock Car, a preocupação com o meio ambiente
de outras categorias e atrai cada vez mais empresas preocu-
vem ganhando espaço a cada ano. Em 2010, a organiza-
padas com a questão e que adotam atitudes ambientalmen-
ção da categoria decidiu substituir a gasolina por etanol,
te responsáveis na corrida e no dia a dia, como uma política
Sustentabilidade
no automobilismo o que representou um grande desafio para a engenharia.
interna. Essa também deve ser a visão de oficinas e centros
Mas os resultados foram positivos e o biocombustível usado
automotivos, onde coleta do óleo, reutilização da água, des-
na categoria emite 90% menos gases causadores do aque-
tinação adequada de resíduos e economia de energia devem
cimento global e do efeito estufa.
fazer parte da rotina e ser encarados como investimento e não
Outro exemplo sustentável na Stock Car é a coleta e
como custo. E não se esqueça de escolher parceiros que tam-
rerrefino de todo óleo lubrificante usado pelos carros. Em
bém adotem postura sustentável e que possam ajudá-lo nas
todas as etapas, há um posto de coleta e profissionais trei-
iniciativas. A Mobil, minha patrocinadora e fornecedora oficial
nados da Lwart Lubrificantes, responsável pelo rerrefino –
de lubrificantes da Stock Car, dá destinação correta às embala-
um processo que transforma o óleo lubrificante usado em
gens descartadas nas corridas, já que os frascos não podem ser
óleo mineral básico, uma das matérias-primas utilizadas na
jogados em lixo comum. Já a Esso é responsável pelo etanol
produção do óleo lubrificante. Essa é a segunda temporada
das provas. Confira no site da Stock Car iniciativas que podem
de parceria entre a Stock e a Lwart e a cada etapa são cole-
ser adotadas em casa e na sua empresa: http://stockcar.globo.
tados entre 350 e 400 litros de lubrificante.
com/index.php/stock-car-e-a-sustentabilidade/
Nonô Figueiredo é piloto da equipe Cosan Mobil Super Racing da Copa Caixa Stock Car.
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MAIS CARRO
Compacto
avançado O A1, primeiro modelo importado da Audi com preço inferior a R$ 100 mil (custa R$ 89,9 mil), deve responder por 40% das vendas da marca no Brasil. Com design ousado, o hatch tem faróis de xênon plus com luzes diurnas, das portas, teto, pés, maquiagem e leitura em LED. O consumidor pode escolher o arco do teto com pintura contrastante, além de optar pelas cores nas saídas de ar internas também. Opcionalmente, pode ser equipado com sistema start-stop, que desliga o motor sempre que o veículo estiver parado e com a marcha desengatada. Falando nele, o motor do A1 é o moderno 1.4 TFSI de 122 cavalos de potência máxima, com sistema de injeção direta de combustível e turbocharger com intercooler. A energia produzida durante a frenagem é recuperada e armazenada temporariamente na bateria. A transmissão é a S-Tronic, de sete velocidades, com tecnologia
Motor com injeção direta e turbocharger no novo carro-chefe da Audi no Brasil
Esportivo
esportiva e sistema de dupla embreagem.
familiar
O mercado das station wagons – ou, se preferir, peruas – vem perdendo fôlego devido ao surgimento de configurações mais modernas, como minivans e SUVs. A Volkswagen está entre as montadoras que mais acreditam neste segmento e não deixa os apreciadores das peruas na mão. Junto com o novo Jetta sedã, a marca traz ao país a Variant. O carro tem display digital multifunções; volante multifuncional,
com coluna
de direção com regulagem longitudinal e de altura; novo rádio e CD-player mp3 RCD 510, com tela de 6,5 polegadas sensível ao toque com entrada auxiliar para iPod, conexão para cartões de memória tipo SD; ar-condicionado digital, com duas zonas de climatização independentes; e teto solar panorâmico Skyview, oferecido como opcional. No pacote de segurança, seis airbags, freios ABS, controles eletrônicos de tração e estabilidade e bloqueio do diferencial. O motor é o 2.5, com cinco cilindros e 170 cv de potência.
Station do novo Jetta sedã é prática sem abrir não da esportividade 61
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Nesta edição Empresários investem em seguros de equipamentos para evitar prejuízos em casos de roubos
a evolução da sua oficina começa aqui Mais Equipamentos MA 80.indd 1
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mais segurança para
seus equipamentos Oficinas investem em seguros que incluem os equipamentos diante do medo de roubos, que podem trazer altos prejuízos e perda de faturamento Por Larissa Andrade larissa@novomeio.com.br Fotos Divulgação
O
empresário da reparação in-
automotivos. Mas isso também acabou
cliente e estava quebrado. Ele acabou le-
dependente sabe que abrir
atraindo a atenção de ladrões e assim
vando o meu carro, com equipamentos
uma oficina e mantê-la atu-
as oficinas se tornaram alvo de roubos e
e uma bicicleta”, conta Silva.
alizada no que se refere a equipamentos
furtos. Foi o que aconteceu na Eng. Tech
Na Eng. Tech Motors, essa não foi a pri-
custa muito caro. E esse custo aumenta à
Motors, localizada na Vila Cruzeiro, zona
meira ocorrência e Silva diz que, em con-
medida que a tecnologia avança, ou seja,
sul da capital paulista, no dia 19 de mar-
versas informais com amigos, os roubos
cada vez pesa mais no bolso o gasto com
ço. Quando o proprietário da oficina,
em oficinas têm crescido. Porém, como é
aquisição e atualização desses produtos.
Augusto Dionizio Alves da Silva, se pre-
comum no Brasil, não há dados oficiais
Se antes o reparador conseguia fazer a
parava para fechá-la, um motoqueiro fez
sobre o assunto e o Sindirepa-SP afirmou,
maioria dos serviços apenas com o auxílio
a abordagem e dois ladrões entraram na
por meio de sua assessoria de imprensa,
de ferramentas, hoje muitas vezes é im-
loja, enquanto um se manteve na por-
que não recebeu nenhuma queixa de rou-
possível sequer saber qual é o problema
ta. “Havia uns quatro carros na oficina,
bo de equipamentos em oficinas. Mas o
de um determinado veículo sem o uso de
entre eles um Peugeot Partner. O assal-
sindicato orienta que o empresário faça o
um scanner.
tante nos fez carregar esse veículo com
Boletim de Ocorrência e entre em conta-
Por conta dos altos valores desses equi-
o armário inteiro onde estavam os equi-
to com a entidade para fazer a denúncia,
pamentos e de sua eficiência, eles se
pamentos, mas quando foi dar partida o
pois, só assim, ela poderá agir junto aos
tornaram objeto de desejo dos centros
carro não funcionou, porque era de um
órgãos públicos em favor da categoria.
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Já a companhia Porto Seguro, procurada
Além dos equipamentos, o prédio da Tecnocar também está segurado contra danos elétricos, incêndio, etc.
por nossa reportagem, informou um número alarmante, embora represente apenas a realidade das empresas que possuem o serviço da empresa. De acordo com o coordenador de Ramos Elementares da Porto Seguro, Marcelo Santana, a quantidade de sinistros na atividade automotiva (oficina mecânica, funilaria, elétrica, centro automotivo e instalação) cresceu 50% nos últimos meses em todo o Brasil. Não é à toa que no mesmo período a contratação de seguro por parte de empresas desse segmento tenha crescido 34%. Precaução
ce uma cobertura para oficinas que inclui
além do roubo em si, já que o estabeleci-
equipamentos, o chamado Porto Seguro
mento ficará impossibilitado de realizar os
Empresa, um produto modular composto
serviços sem ele, ou seja, também haverá
Mesmo quem nunca passou por uma
de cobertura básica – que garante a empre-
um forte impacto no faturamento da em-
situação de roubo na oficina deve consi-
sa contra incêndio, queda de raio, explosão
presa até que eles sejam repostos. Foi o
derar a possibilidade de fazer um seguro,
e fumaça – e de coberturas opcionais, que
que aconteceu na Eng. Tech Motors. “O
já que ninguém está livre desse tipo de
podem ser contratadas de acordo com as
serviço da oficina parou de 50 a 60%,
situação, principalmente em grandes ci-
necessidades de cada empresa. “Entre as
porque além dos clientes, eu prestava ser-
dades. Atento à questão, o sócio-proprie-
opcionais, temos cobertura como danos
viço com analisador de gases e scanner
tário da Tecnocar, Roberto Kazlauskas,
elétricos, queima de computadores; tam-
de câmbio automático para outras seis ou
tem a empresa segurada há alguns anos.
bém temos cobertura de despesa física,
sete oficinas. Quando alguém quer fazer
“O motivo que me fez colocar a loja no
por exemplo, caso a empresa pegue fogo
a pré-inspeção, eu não faço e acabo per-
seguro é o medo que todos nós temos de
e continuem vindo contas de luz, água e
dendo porque o cliente sempre realiza al-
sermos roubados. Se acontecer, a dificul-
telefone ou pagamento de funcionários. E
gum serviço além. Agora ele acaba indo a
dade em juntar o dinheiro para comprar
tem a cobertura de subtração de bens e
outra oficina”, reclama Augusto Dionizio
os equipamentos novamente é grande,
mercadorias, que no caso da oficina são os
Alves da Silva.
devido aos preços serem altos”.
equipamentos e peças. Também há a pos-
O proprietário da Eng. Tech também
Na Tecnocar, estão segurados equipamen-
sibilidade de cobertura dos veículos contra
aponta que o valor segurado não será
tos de diagnose, computadores, impres-
incêndio, roubo ou danos”, enumera Mar-
pago integralmente, já que há a depre-
soras, danos elétricos, incêndio, vidros,
celo Santana, da Porto Seguro.
ciação dos equipamentos. Ele, no en-
móveis, PABX, etc. Entre as companhias
Mas Santana explica que é importante
tanto, discorda dessa depreciação, pois
consultadas pela Mais Equipamentos (Itaú
que o segurado tenha as notas fiscais
no caso de scanners é feita uma atuali-
Seguros, Bradesco Seguros, Porto Seguro
desses equipamentos ou tenha tudo isso
zação constante, ou seja, ele está sem-
e Mapfre), apenas a Porto Seguro ofere-
registrado na contabilidade, já que o se-
pre investindo nesses equipamentos.
guro é um contrato de “boa-fé” e muitas
É importante que o proprietário da ofici-
vezes ele é feito sem a visita de um profis-
na faça uma análise do que compensa in-
sional da seguradora até a empresa.
cluir no seguro. Kaslauzkas, da Tecnocar, conta que fez uma cotação para colisões
OPÇÕES
de veículos na oficina, mas o valor era absurdamente alto: R$ 35 mil por ano.
Seguro de veículos dos clientes na oficina também é possível, mas custa caro
O empresário da reparação pode escolher
Nesse caso, ele optou por não incluir
qual tipo de cobertura de seguro deseja
esse opcional e o valor pago atualmente
para a oficina focando o que é mais va-
é de cerca de R$ 2 mil. Um investimento
lioso e mais importante para o negócio.
significativo, mas que pode representar
No caso dos equipamentos, o prejuízo vai
a sobrevivência do negócio.
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