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Libras em saúde II: divulgação científica de uma área na fronteira do conhecimento
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Libras em saúde II Divulgação científica de uma área na fronteira do conhecimento
Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco Tatiane Militão Saulo Cabral Bourguignon (ORGS.)
Rio de Janeiro, 2019
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Copyright © Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, Tatiane Militão de Sá e Saulo Cabral Bourguignon (Orgs) Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores e autores.
EDIÇÃO Tatiane Militão de Sá REVISÃO EDITORIAL Daniela Mendonça REVISÃO TEXTO Os Autores
LIBRAS EM SAÚDE II: divulgação científica de uma área na fronteira do conhecimento
FRANCISCO, Gildete da Silva Amorim Mendes SÁ, Tatiane Militão de BOURGUIGNON, Saulo Cabral
1ª Edição Novembro de 2019
ISBN: 978.19.732821-8-1
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COMITÊ EDITORIAL Aluísio Gomes da Silva Jr- Instituto de Saúde Coletiva - UFF Ana Regina e Souza Campello – Instituto Nacional de Educação dos Surdos - INES Betty Lopes L'Astorina de Andrade- UFRJ Débora Campos Wanderley - UFSC Glaucio de Castro Júnior -Universidade de Brasília UNB Janaína Aguiar Peixoto- Universidade Federal da Paraíba - UFPB Marcelo Salabert Gonzalez - Instituto Nacional de Entomologia Molecular - UFF Marisa Dias Lima - Universidade Federal de Uberlândia - UFU Nayara de Almeida Adriano- Universidade Federal da Paraíba - UFPB Renata Ohlson Heinzelmann Bosse- Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Alvorada - IFRS Roberta Pires Corrêa – Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
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COMITÊ TÉCNICO E CIENTÍFICO Ana Regina Campello – Docente do Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES Fernanda Serpa Cardoso – Docente do Departamento de Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal Fluminense- UFF Gildete da Silva A. M. Francisco – Pós-Graduanda em Ciências e Biotecnologia – PBBI Saulo Cabral Bourguignon – Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia – PBBI Tatiane Militão de Sá - Pós-Graduanda em Ciências e Biotecnologia – PBBI
Universidade Federal Fluminense – UFF Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia – PBBI Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de surdos NUEDIS
Centro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. CEP 24.020 -141
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SUMÁRIO CAPÍTULO 01 POLÍTICAS PÚBLICAS A GESTANTES SURDAS: UMA INICIATIVA DE GRADUANDOS DO CURSO DE ENFERMAGEM........................................................13 Emanuel Assis; Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco; Luiz Neves; Taylah Costa CAPÍTULO 02 A QUALIDADE DE VIDA DO SURDO PODE SER MEDIDA? COMO?..........................................................................45 Neuma Chaveiro; Soraya Bianca Reis Duarte; Adriana Ribeiro de Freitas; Renata Rodrigues de Oliveira Garcia; Maria Alves Barbosa; Celmo Celeno Porto; Marcelo Pio de Almeida Fleck CAPÍTULO 03 SUICÍDIO E SURDEZ: DADOS DE UMA REALIDADE SILENCIADA ..........................................................................................83 Ester Anchieta CAPÍTULO 04 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS PARA O DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS......................................................................111 Ludmila Franco; Karen Oliveira
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CAPÍTULO 05 A ATUAÇÃO DE INTÉRPRETES DE LIBRAS/PORTUGUÊS NO CONTEXTO DA SAÚDE ........................................................................142 Ringo Jesus CAPITULO 06 A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS BILÍNGUES PARA O ATENDIMENTO SURDO .......................................................................177 Vanessa Miro Pinheiro; Regina Celia Nascimento de Almeida; Maria de Fatima Ferrari; Erika Winagraski; Marcelle Martinez
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PREFÁCIO Em um consultório médico, duas pessoas se encontram. De um lado, um paciente angustiado, de outro lado, um médico atento. Eles se olham. O médico está pronto para iniciar a anamnese. O paciente está pronto para descrever o motivo de sua visita. Eles se olham. Na hora de iniciar a conversa, o diálogo parece um monólogo: um fala em uma língua oral e o outro sinaliza em uma língua de sinais. A comunicação sofre. Se um conhecesse a língua do outro ou se houvesse a presença de um intérprete para possibilitar a comunicação entre um e outro, as feridas comunicativas seriam curadas. Novamente, eles se olham. Em momentos como esses, a perspectiva visual do surdo capta uma realidade cruel de barreira linguística ainda frequente em nossa sociedade brasileira. Esse bloqueio vem dificultando o cuidar da saúde, física e/ou mental, daqueles que usam suas mãos para falar em espaço de saúde. LIBRAS EM SAÚDE II revela esforços de mãos da comunidade científica trabalhando em prol de assegurar e de promover o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais dos falantes da Língua Brasileira de Sinais – Libras, visando ao exercício da cidadania do Surdo Brasileiro. O projeto Libras em Saúde: um estudo de sinonímia, ação de extensão e pesquisa desenvolvida com apoio da Pró-reitora de extensão da Universidade Federal Fluminense (UFF), coordenado pelas professoras Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, Tatiane Militão de Sá está inserido no
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trabalho de doutorado dessas professoras. O desenvolvendo dessas pesquisas tem como fim a produção de sinais em Libras relacionados à saúde, contribuindo dessa forma na atuação de tradutoresintérpretes de Libras-Língua Portuguesa em ambiente clínico e no aperfeiçoamento linguístico em Libras de médicos, de enfermeiros e de demais profissionais da área da saúde. Assim, além das contribuições desse projeto já citadas, as pesquisas científicas presentes nesta obra colaboram também para o rompimento de barreiras linguísticas, ou seja, elas contribuem para a ruptura de possíveis entraves que limitam a participação social da pessoa surda, bem como o exercício de seus direitos à comunicação e ao acesso à informação. Sabemos que a comunicação e o acesso a informações são necessidades humanas básicas, que se tornam indispensáveis em muitas fases da vida, por exemplo, durante a gestação. Nesse momento, a mulher tem seu corpo transformado e precisa conhecer essas transformações. Sobre essa questão, o capítulo POLÍTICAS PÚBLICAS A GESTANTES SURDAS: UMA INICIATIVA DE GRADUANDOS DO CURSO DE ENFERMAGEM possibilita análise acerca desse tema. O acesso a informações também favorece ao desenvolvimento da Qualidade de Vida de pessoas surdas ou deficientes auditivos. Por isso, o capítulo A QUALIDADE DE VIDA DO SURDO PODE SER MEDIDA? COMO? descreve a Qualidade de Vida (QV) como variedade de emoções e de sentimentos específicos do próprio sujeito, relacionados a
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mudanças históricas e culturais e aos valores subjetivos de cada indivíduo. Diante disso, as singularidades das identidades surdas precisam ser levadas em consideração para análise da Qualidade de Vida. Compreender sob o viés científico a Qualidade de Vida de pessoas surdas coopera também para o entendimento de um tema polêmico: a relação entre o suicídio e a surdez, questão abordada no capítulo SUICÍDIO E SURDEZ: DADOS DE UMA REALIDADE SILENCIADA. Segundo dados dessa pesquisa, esse assunto está relacionado à saúde mental acessível, que tem apresentado escassez de tradutoresintérpretes de Libras - Língua Portuguesa e de profissionais que dominem a Libras. Diante dessas reflexões, a necessidade de uma comunicação de qualidade continua sendo uma luta da comunidade surda, que é ratificada no capítulo A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS PARA O DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS. Nesse capítulo, a autora relata que há aproximadamente 9,7 milhões de surdos no Brasil (IBGE,2010). Apesar desses surdos formarem uma população com um quantitativo expressivo, ainda há barreiras de comunicação para o atendimento médico desse público. Para eliminar esse entrave linguístico, é possível proporcionar o aprendizado da Libras para profissionais da área da saúde, tema do capítulo A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS BILÍNGUES PARA O ATENDIMENTO SURDO e também
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promover formação e capacitação em práticas de trabalhos de tradutores-intérpretes de Libras – Língua Portuguesa, proposta de capítulo A ATUAÇÃO DE INTÉRPRETES DE LIBRAS/PORTUGUÊS NO CONTEXTO DA SAÚDE. Dessa forma, a obra LIBRAS EM SAÚDE II, por meio da promoção e da divulgação de reflexões científicas, vem auxiliando a prática de profissionais que atuam na área da saúde a fim de proporcionar uma comunicação sem barreiras linguísticas em espaços de saúde e para que um e outro possam dialogar, sejam eles surdos ou ouvintes. Valeria Fernandes Nunes Professora de Libras do Departamento de Letras-Libras da Faculdade de Letras da UFRJ
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APRESENTAÇÃO O projeto Libras em Saúde: um estudo de sinonímia é uma ação de extensão desenvolvida por meio da Pró-reitora de extensão da Universidade Federal Fluminense (UFF), visa à melhoria na qualidade do acesso à saúde por parte das pessoas com surdez – surdos sinalizadores e pessoas com deficiência auditiva. Atualmente os surdos se encontram em grupos de minorias que sofrem barreira linguística, impedimento na comunicação para acesso aos serviços básicos de saúde. Assim, este trabalho se faz necessário para atender a demanda específica de estudantes de enfermagem, medicina e profissionais da área de saúde, proporcionando plena comunicação em seus atendimentos na rede pública. A importância desta pesquisa específica de Libras em saúde é a busca por estabelecer um aprimoramento e pela ampliação de vocabulários existentes, bem como por novos sinais criados pela e para a Comunidade Surda brasileira, cujo objetivo principal é despertar nos profissionais e acadêmicos de saúde um melhor atendimento às pessoas com surdez, através do conhecimento da realidade de suas peculiaridades, fomentando assim ações de humanização do atendimento clínico o que proporciona atividades de pesquisas para além da disciplina oferecida pela universidade. Dessa forma, esta facilita a atuação direta e indireta nos atendimentos com pacientes surdos de forma significativa no Sistema Único de Saúde em
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parceria com atividades desenvolvidas em pesquisas na linha 3 do Programa de pós-graduação em Ciências e Biotecnologia (PBBI) por meio de discussão de temáticas, tais como: Biossegurança, Meio Ambiente e Saúde para ações afirmativas com foco na acessibilidade de surdos e ensino de Libras.
Os organizadores
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POLÍTICAS PÚBLICAS A GESTANTES SURDAS: UMA INICIATIVA DE GRADUANDOS DO CURSO DE ENFERMAGEM ASSIS, Emanuel FRANCISCO, Gildete NEVES, Luiz COSTA, Taylah BOURGUIGNON, Saulo
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Capítulo 01 Resumo: uma comunicação com qualidade possibilita uma anamnese eficiente, que poderá gerar um tratamento eficaz. Observando isso, é possível refletir acerca do atendimento em saúde a clientes surdos. Existem profissionais de saúde suficientemente capacitados para prestar atendimento de qualidade à população surda? Trata-se de uma investigação descritiva, exploratória, documental e com abordagem qualitativa. A partir de questionamentos sobre a qualidade dos atendimentos prestados às gestantes surdas, o respeito a elas e à legislação, bem como a necessidade de inclusão de sinais específicos na língua, que contemplem especificidades de saúde de mulheres, grávidas ou não. Durante o levantamento de dados, outras pesquisas relevantes foram encontradas junto com artigos, relatos e textos, que evidenciaram o interesse sobre a produção científica no tema de gestantes surdas em plataformas de bases de dados, tais como: BDENF, LILACS, MEDLINE, SCIELO e PUBMED. Assim foi possível avaliar, compreender e refletir sobre a falta de políticas públicas no sistema de saúde. Outro ponto que ficou evidente é o déficit de sinais existentes na área de obstetrícia. Resultados apontam que tal iniciativa se faz necessária não apenas para os graduandos da área da saúde, mas para os profissionais em atuação, proporcionando um atendimento humanizado e garantindo acessibilidade ao surdo. Palavras-chave: Surdez, Políticas públicas, Enfermagem obstétrica.
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A QUALIDADE DE VIDA DO SURDO PODE SER MEDIDA? COMO? CHAVEIRO, Neuma DUARTE, Soraya Bianca Reis FREITAS, Adriana Ribeiro de GARCIA, Renata Rodrigues de Oliveira BARBOSA, Maria Alves PORTO, Celmo Celeno FLECK, Marcelo Pio de Almeida
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Capítulo 02 Resumo: Construir a versão em Libras dos instrumentos WHOQOL-bref e WHOQOL-Dis para avaliar a qualidade de vida da população surda brasileira. Utilizou-se a metodologia proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), adaptada para população surda. Em acordo com os critérios estabelecidos com o Grupo WHOQOL do Brasil. A execução do projeto consistiu de 13 etapas: 1. Criação do sinal QUALIDADE DE VIDA; 2. Desenvolvimento das escalas de respostas em Libras; 3. Tradução por um grupo bilíngue; 4. Versão reconciliadora; 5. Primeira retrotradução; 6. Produção da versão em Libras a ser disponibilizada aos grupos focais; 7. Realização dos grupos focais; 8. Revisão por um grupo monolíngue; 9. Revisão pelo grupo bilíngue; 10. Análise sintática/ semântica e segunda retrotradução; 11. Reavaliação da retrotradução pelo grupo bilíngue; 12. Filmagem em estúdio da versão final para o software; 13. Desenvolvimento do software dos instrumentos WHOQOL-Bref e WHOQOL-Dis na versão em Libras. Características peculiares da cultura do povo surdo apontaram a necessidade de adaptações na metodologia de aplicação de grupos focais quando compostos por pessoas surdas. As convenções ortográficas da escrita das línguas sinalizadas não estão consolidadas, por isso encontrou-se dificuldades em registrar graficamente as etapas de tradução do português para língua de sinais. As estruturas linguísticas que causaram
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maiores problemas de tradução foram as que incluíram expressões idiomáticas do português, muitas das quais não têm conceitos equivalentes entre o português e a Libras. Ao final foi possível construir um software do WHOQOLBref e WHOQOL-Dis em Libras. O WHOQOL-Bref e o WHOQOL-Dis em Libras possibilitarão que os surdos, de maneira autônoma, se expressem melhor, o que permitirá investigar com mais precisão questões de qualidade de vida das pessoas surdas. Além disso, farão parte dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida da OMS. Palavras-chave: Qualidade de vida, Organização Mundial de Saúde, Surdez, Linguagem de sinais, Saúde da Pessoa com Deficiência ou Incapacidade.
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SUICÍDIO E SURDEZ: DADOS DE UMA REALIDADE SILENCIADA
ANCHIETA, Ester
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Capítulo 03 Resumo: Estudos norte-americanos descobriram que, se comparados aos indivíduos ouvintes, os surdos têm taxas mais elevadas de transtorno psiquiátrico, ao mesmo tempo em que enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde mental. Esses fatores, obviamente, podem aumentar o risco de suicídio. No Brasil, no entanto, o peso do comportamento suicida em surdos é desconhecido até o presente momento. Posto isso, o objetivo deste estudo é fornecer dados quantitativos que levem à reflexão e, consequentemente, à indução de novas pesquisas sobre o comportamento e sobre o pensamento suicida entre pessoas surdas. Para tanto, buscou-se averiguar a incidência e prevalência do comportamento suicida, bem como supostos fatores de risco. Como instrumento auxiliar na coleta das informações desejadas foi utilizado um questionário anônimo, online, composto por sete questões, direcionado a pessoas surdas. Através das informações obtidas junto aos entrevistados, conclui-se que o pensamento suicida tem afetado a maioria dos surdos entrevistados, resultados assustadores que necessitam ser compartilhados e que instigam o desejo por dados ainda mais detalhados. Não é novidade que o SUS (Sistema único de saúde) é inacessível para surdos, sendo este um dos dos agentes do bloqueio à saúde mental pública acessivel a esse grupo, todavia,
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somados a este fator, tem-se a a escassez de profissionais que dominem a língua brasileira de sinais e a ausência de TILS (Tradutores intérpretes de linguas de sinais), o que agrava a falta de assistência a esse público. Esses e outros dados concretos e relevantes são apresentados e discutidos neste trabalho no intuito de provocar um (re)pensar sobre a (ex)inclusão dos surdos no atendimento público de saúde. Palavraschave: Surdez, Saúde mental, Acessibilidade. Suicídio.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS PARA O DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS FRANCO, Ludmila OLIVEIRA, Karen
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Capítulo 04 Resumo: É sabido que a comunidade surda no Brasil tem um histórico de lutas e enfrentamento de barreiras ao longo dos anos. Mesmo passados mais de uma década da promulgação da Lei que tornou a língua brasileira de sinais-Libras, uma das línguas oficiais do país, reconhecida como meio de expressão e comunicação da pessoa Surda, todavia, ainda encontramos preconceito, estigmas e falta de acessibilidade aos Surdos em diversos setores da sociedade, dentre eles, destacamos a área da saúde. O direito a saúde é uma garantia constitucional, que consta no rol dos direitos sociais, como prestação estatal. Com vista a esta garantia, no ano de 1980 regulamentou-se através de legislação específica o sistema único de saúde- SUS, cujos princípios são os da equidade, universalidade e integralidade. Devido às barreiras linguísticas, os surdos usuários de língua de sinais encontram limitações no acesso, promoção e prevenção à saúde devido a uma série de fatores. Através da realização de pesquisa bibliográfica, o presente trabalho tem como objetivo apontar as principais barreiras encontradas pelas pessoas surdas no acesso, prevenção e promoção da saúde no Brasil, buscando apontar as possíveis mudanças necessárias
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para tornar o atendimento em saúde acessível a essa população. Levando em consideração estes aspectos, é urgente o cumprimento da acessibilidade da pessoa surda através da Libras para que haja empoderamento destes frente suas demandas em saúde. Palavraschave: Libras, Saúde, Surdo, Direito e acessibilidade
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A ATUAÇÃO DE INTÉRPRETES DE LIBRAS/PORTUGUÊS NO CONTEXTO DA SAÚDE JESUS, Ringo
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Capítulo 05 Resumo: Neste capítulo apresento uma pesquisa de campo, de cunho exploratório, com o objetivo de descrever a atuação de intérpretes de LIBRAS/Português em contextos da saúde. Nesse sentido, os dados foram obtidos através da aplicação de questionários e entrevistas em vídeo, buscando informações de como se efetiva a interpretação para surdos na área da saúde. A interpretação em contextos da saúde é um dos ramos da grande área emergente dos estudos da interpretação comunitária que merece uma atenção especial dos pesquisadores, visto a grande importância e o papel desempenhado na saúde pública dos cidadãos. No Brasil, os estudos em interpretação em contexto da saúde ainda carecem de atenção, da mesma forma que os contextos de interpretação línguas de sinais em contextos gerais ainda se encontram invisibilizados. Contudo, neste capítulo reconheceremos que tanto a atenção dispensada à formação destes profissionais como também o desconhecimento das realidades de atuação por parte dos profissionais da saúde apresenta uma lacuna deficitária neste cenário, e isto se percebe quando examinamos à atuação dos intérpretes de LIBRAS no contexto da saúde. Palavras-chaves: Estudos da Interpretação, Interpretação Comunitária, Interpretação no Contexto da Saúde, LIBRAS, Surdos.
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A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS BILINGUES PARA O ATENDIMENTO SURDO PINHEIRO, Vanessa Miro ALMEIDA, Regina Celia Nascimento de FERRARI, Maria de Fatima WINAGRASKI, Erika MARTINEZ, Marcelle
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Capítulo 06 Resumo: O Núcleo de Orientação à Saúde do Surdo (NOSS) é um programa de Educação em Saúde que contribui para a promoção da saúde do surdo, considerando-se os aspectos biológicos, psicológicos, socioculturais e espirituais que constituem o ser humano, cuja concepção de saúde é o bem-estar físico, mental e social. A seguir apresentamos o histórico do NOSS e os projetos que executamos em parceira com ouras instituições da área de Saúde com o objetivo de minimizar as barreiras e promover os acessos à comunicação e informação na relação de profissionais da Saúde e o paciente surdo. Nossas ações estão em consonância com a legislação brasileira e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência que está acima da lei sobre acessibilidade, incluindo a saúde. Com a nossa expertise e conhecimento adquiridos ao longo dos anos, difundimos conhecimento em saúde para a comunidade surda, elaboramos material didático em LIBRAS/Língua Portuguesa e prestamos assistência técnica na área de saúde a instituições públicas a fim de sensibilizar e conscientizar os profissionais da saúde a respeito da pessoa surda. Palavras-chave: Educação em Saúde, Protagonismo Surdo, Acessibilidade à Saúde, Acessibilidade à informação.
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SOBRE AUTORES Adriana Ribeiro de Freitas: Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) Celmo Celeno Porto: Universidade Federal de Goiás (UFG). Emanuel Assis: Graduando do curso de Enfermagem– UFF. Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos (NUEDIS). Erika Winagraski: Professora de Biologia e Doutora em Ensino Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Ester Anchieta: Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPed) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); Professora na Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Gildete Amorim Mendes Francisco: Docente de Libras – UFF. Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos (NUEDIS). Karen Oliveira: Doutora em Ciências Biológicas (Fisiologia) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora Associada na Universidade Federal Fluminense (UFF). Ludmila Franco: Doutoranda no Programa de Pósgraduação em Ciências e Biotecnologia/PPBI na Universidade Federal Fluminense-UFF. Professora Assistente de Libras, Tradutora e Intérprete de Libras (UFF). Luiz Neves: Graduando do curso de Enfermagem– UFF. Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos (NUEDIS).
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Marcelle Martinez: Fonoaudióloga e Mestra em Educação, Gestão e Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Marcelo Pio de Almeida Fleck: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Maria Alves Barbosa: Universidade Federal de Goiás (UFG). Maria de Fatima Ferrari: Professora de Biologia e Mestra em Ensino Ciências do Meio Ambiente. Núcleo de Orientação a Saúde do Surdo (NOSS/INES). Neuma Chaveiro: Universidade Federal de Goiás (UFG). Regina Celia Nascimento de Almeida: Professora de Biologia e Doutora em Educação, Gestão e Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Renata Rodrigues de Oliveira Garcia: Universidade Federal de Goiás (UFG). Ringo Jesus: Doutorando em Estudos da Tradução pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Mestre em Estudos da Tradução, pelo mesmo programa. Saulo Cabral Bourguignon – Docente do curso de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia (PBBI/ UFF) Soraya Bianca Reis Duarte: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia-Goiás-(IFG) Taylah Costa: Fonoaudióloga. Graduanda do curso de Enfermagem (UFF). Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos (NUEDIS). Vanessa Miro Pinheiro: Professora do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e especialista em Libras: ensino, tradução e interpretação (UFRJ).
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