GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES FRANCISCO TATIANE MILITÃO DE SÁ Organizadoras
GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES FRANCISCO TATIANE MILITÃO Organizadoras
Libras: produzindo conhecimento e integrando saberes Caderno de resumos
Comissão Técnica Científica Adriana Ramos Silva -UFRJ Betty Lopes L’Astorina de Andrade - UFRJ Elizangela Ramos - UFRJ Fernanda Grazielle Aparecida Soares -UFRJ Janaína Aguiar Peixoto -UFPB Janine Soares de Oliveira -UFSC Rodrigo Rosso - UFSC Suammy Priscila Rodrigues -IFMT Valeria Fernandes Nunes -UFRJ Colaboradores Cristina Lavoyer Escudeiro - UFF Aline da Silva Alves - FIOCRUZ Flávia Renata Mazzo Heeren - FIOCRUZ Luciane Cristina Ferrareto - FIOCRUZ Valeria Machado da Costa - FIOCRUZ Walkiria Bernardo Pontes - FIOCRUZ
GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES FRANCISCO TATIANE MILITÃO Organizadoras
Libras: produzindo conhecimento e integrando saberes Caderno de resumos
1º edição
RIO DE JANEIRO 2017
Libras: produzindo conhecimento e integrando saberes/ organização Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, Tatiane Militão de Sá - 1 edição - Rio de Janeiro, 2017. 61 f.: p.21 cm - (Caderno de resumos) (Letras) -- Universidade Federal Fluminense, Departamento Letras Clássicas e Vernáculas, 2017. ISBN 978-85-923216-2-8 1. Libras. 2. Ensino. 3. Educação. I da Silva Amorim Mendes Francisco, Gildete, org. II, Militão de Sá, Tatiane, org. Libras: produzindo conhecimento e integrando saberes.
SUMÁRIO
ACESSIBILIDADE DA COMUNIDADE SURDA ÀS INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS ........................................................................................................01 Orientadora: Amorim, Gildete Autores: Araújo, Adenilson Conceição de; Andrade, Alexsandra da Costa; Souza, Isabella Fernandes de; Silva, Lorena dos Santos; Santos, Paula Meira dos; Lopes, Thaís de A. P. O PROCESSO DE PARTO E NASCIMENTO EM MULHERES SURDAS.........04 Orientadora: Sá, Tatiane Militão de Autores: Moura, Ana Luiza do Valle; Antunes, Bárbara da Silva; Teixeira, Gabriela Oliveira Mayworm; Jacoud, Maria Virginia Lyra; Santos, Mariana Stavale de Almeida de Barros e Cardoso, Thayná Rabello Leckar
A PEDAGOGIA VISUAL COMO EFEITO DO TRABALHO COM TECNOLOGIAS VISUAIS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS....................................07 Autores: Cardoso, Arina Martins; Amorim; Gildete da Silva; Ribetto, Anelice Astrid O USO DE DOCUMENTOS IMAGÉTICOS NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS..................................................................09 Orientadora: Amorim, Gildete Autores: Dias, Bruno Riba; Pereira, Caio Mathias Vaz e Rafael A IMPORTÂNCIA DO IMAGÉTICO E A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO DE SURDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL – EF.........................12 Autor: Souza, Carla da Silva O INTÉRPRETE DE LIBRAS E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR UM ALUNO SURDO E A ABERTURA PARA UM MUNDO ENTÃO DESCONHECIDO.....................................................14 Autor: Silva, Carlos Magno Moraes
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR..............................................................................16 Orientadora: Amorim, Gildete Autora: Oliveira, Darah Maia de TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: BLOG FERRAMENTA DE ACESSIBILIDADE.......................................................................................................21 Orientadora: Perse, Elissandra Autora: Lima, Ingrid Cristine POR TRÁS DOS BASTIDORES: A FALTA DE ACESSIBILIDADE DA LÍNGUA DE SINAIS NO ATENDIMENTO HOSPITALAR E A ENFERMAGEM............23 Autora: Fittipaldi, Gabriela ANÁLISE DO TRATAMENTO DADO A SURDOS ORALIZADOS E SINALIZADOS ATRAVÉS DO DOCUMENTÁRIO TRAVESSIA DO SILÊNCIO......................................................................................................................26 Orientadora: Amorim, Gildete Autoras: Mendonça, Barbara Silva Furtado de; Carvalho, Ingrid Santos de A INVISIBILIDADE DO SURDO NOS ATENDIMENTOS DE SAÚDE ENQUANTO PACIENTE E A PRECARIEDADE NA COMUNICAÇÃO............28 Orientadora: Amorim, Gildete Autora: Ferreira, Izabelle Aguiar Mendonça VOCÊ SABE O QUE É LIBRAS?........................................................................................................................30 Autor: Silva, João Paulo Ferreira da CULTURA SURDA E ARTEFATOS CULTURAIS: A INSERÇÃO SOCILA DOS SURDOS BRASILEIROS.............................................................................................31 Autores: Sá, Tatiane Militão de; Rocha, Juliana de Abreu
A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.................33 Autores: Marques, Karen ; Gonçalves, Jarina A SURDEZ NA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA....................................................35 Orientadora: Sá, Tatiane Militão de Autores: Gonzaga, Klauder Vicente Quevedo; Caldas, Tamires ENSINO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) NAS UNIVERSIDADES: DESPERTANDO OS PROFISSIONAIS DE AMANHÃ.......37 Autora: Franco, Ludmila Veiga Faria EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS: UMA ANÁLISE ESPACIAL DA EDUCAÇÃO EM NITERÓI A PARTIR DO GEOPROCESSAMENTO...............39 Autores: Serafim, Luiza; Santos, Kairo; Correa, Marvin SURDEZ E MÚSICA....................................................................................................41 Autores: Machado, Tomas; Oliveira, Maria Isabela; Oliveira, Carolina; Oliveira, Igor; Amorim, Gildete A COMUNIDADE SURDA IDOSA NA ATUALIDADE : DESAFIOS NO ACESSO À INFORMAÇÃO E DIREITOS...............................................................43 Autor: Silva, Natália de Souza Carvalho Gomes da O ACESSO AO SERVIÇO DE SAÚDE POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO BRASIL: uma revisão integrativa...................................................45 Orientadora: Amorim, Gildete Autores: Petroni, Nathália Vasconcelos Menezes; Amorim, Bárbara Ferreira; Silva, Rayanne Leal Dias da; Pinheiro, Daniel Mahlmann de Moura A RELEVÂNCIA DO ENSINO DE LIBRAS NA ENFERMAGEM: PROPICIANDO PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E REABILITAÇÃO DA SAÚDE.....................................................................................47 Orientadora: Amorim, Gildete
Autores: Laurentino, Lucas; Jorge, Mariana; Velasco, Nathália; Miranda, Priscila; Monteiro, Ramon A INCLUSÃO DOS ALUNOS SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES...................................................50 Autores: Monteiro, Teresa Cristina Roza Pereira; Franco, Ludmila Veiga Faria ESQUEMA IMAGÉTICO EM VERBOS COM CONCORDÂNCIA NA LIBRAS..........................................................................................................................54 Autor: Nunes, Valeria Fernandes ;Branco, Elizângela Ramos de Souza Castelo ; Sá, Nelson Pereira de ; Netto, Walter Dias Sueth ; Freitas, Lucas Gabriel de LITERATURA VISUAL/ SURDA: ADAPTAÇÃO DOS CONTOS CLÁSSICOS INFANTIS E O IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SURDA......57 Orientadora: Sá, Tatiane Militão de Autor: Silva, Karoline dos Santos INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA: UMA PLATAFORMA DE ENSINO X INTEGRAÇÃO DO SURDO NA SOCIEDADE........................................................60 Orientadora: Amorim, Gildete Autores: Santos, Laíz; Medina, Leonardo; Mattos, Lucas; Motta, Priscila; Guedes, Thiago
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO ANAIS de Evento I Jornada Científica e Tecnológica de Libras Produzindo conhecimento e integrando saberes. ISBN 978-85-923216-2-8 - 06 de julho 2017 –
ACESSIBILIDADE DA COMUNIDADE SURDA ÀS INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS
Orientadora: Gildete da Silva Amorim. Autores: Adenilson da Conceição Araújo, Alexsandra da Costa Andrade, Isabella Fernandes de Souza, Lorena dos Santos Silva, Paula Meira dos Santos, Thaís de A. P. Lopes. E-mails: deniaraujo3@hotmail.com, ale_andrade_m3@yahoo.com.br, edibella@gmail.com, lorenasantos@id.uff.br, paula.meira.santos@oi.com.br, thaisl@id.uff.br
RESUMO: A partir do estudo aprofundado da Legislação referente ao que concerne a
comunidade surda e seu direito de acesso a informação, o presente trabalho visa averiguar como esses procedimentos estão implementados no dia a dia dos arquivos. A Lei 10.098, de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para assegurar a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, através da aplicação de procedimentos e de supressão de barreiras e obstáculos. No capítulo VII que trata da acessibilidade nos sistemas de comunicação e sinalização, determina no artigo 17 que é de responsabilidade do Poder Público, a eliminação de barreiras na comunicação e o estabelecimento de mecanismos e alternativas técnicas, que tornem acessíveis os sistemas de sinalização e comunicação assegurando o direito de acesso a informação. Dois anos mais tarde, a Lei 10.436 regulamenta a Língua Brasileira de Sinais – Libras, No seu Artigo 3º, garante à comunidade
surda
o
atendimento
adequado
pelas
instituições
e
empresas
concessionárias de serviços públicos de assistência a saúde. No âmbito da Arquivologia existe a Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, conhecida como Lei de Acesso a Informação, que dispõe sobre os procedimentos a serem tomados, a fim de garantir o direito dos cidadãos ao acesso à informação. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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Tratando no artigo 7º do direito a obtenção da Informação, em que o cidadão deve ser orientado sobre os procedimentos para a consecução do acesso, e toda informação produzida por órgãos e entidades públicas deve ser disponibilizada, levando-se em conta o seu grau de sigilo. A partir do aprofundamento dessas premissas decidiu-se realizar um levantamento nas principais instituições de maior representatividade no Rio de Janeiro como: o Arquivo Nacional, Fundação Oswaldo Cruz, Fundação Casa de Rui Barbosa e o Arquivo Central da UFF, no intuito de averiguar se a comunidade surda está privilegiada na atenção estabelecida pelas leis acima mencionadas. Através de visitas aos sites e entrevistas com funcionários, coletamos dados que são expostos nesse trabalho no intuito de mostrar as dificuldades encontradas. Como resultado deste trabalho de pesquisa, constatou-se que as instituições arquivísticas não estão cumprindo o previsto em lei, a saber, dar acesso sem a exclusão de minorias. Em todos os casos a justificativa era a falta de demanda que justificasse o investimento. Conclui-se que algumas soluções deveriam ser tomadas pra que possibilite o acesso da comunidade surda às informações presentes no arquivo, mais especificamente os acervos audiovisuais como a criação de um cargo administrativo específico para um Tradutor/Interprete da língua de sinais na estrutura funcional do Serviço Público para efetivar o cumprimento do Art.18, da Lei 10.098; a adoção de uma política de tradução do acervo audiovisual para não ouvintes, e a divulgação de um esquema de agendamento de visita para surdos, para que a instituição possa providenciar a presença de um tradutor quando necessário.
Palavras- chave: Acesso à informação, Instituições Arquivísticas, Libras, Comunidade Surda, Inclusão.
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Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências.
______. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. In: Diário Oficial da República Federativa
do
Brasil,
Brasília,
DF,
18
nov.
2011.
Disponível
em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em 26 jun. 2017.
Santos, Rogério. APLICATIVOS DE LIBRAS, PROBLEMA OU SOLUÇÃO?. ARTEFACTUM –
Revista de estudos em linguagens e tecnologia, Santos, v. 14, n.
1,2017.
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O PROCESSO DE PARTO E NASCIMENTO EM MULHERES SURDAS
Tatiane Militão de Sá1; Ana Luiza do Valle Moura2; Bárbara da Silva Antunes3; Gabriela Oliveira Mayworm Teixeira4; Maria Virginia Lyra Jacoud5; Mariana Stavale de Almeida de Barros Santos6 Thayná Rabello Leckar Cardoso7.
Resumo: Neste trabalho, observamos que segundo o Censo de 2010 realizado pelo
IBGE, 9,7 milhões de pessoas têm deficiência auditiva e/ou surdos no Brasil. Dessa forma, podemos afirmar em probabilidade que gestantes surdas chegam aos serviços de atenção à saúde. Assim, iniciamos nossa pesquisa objetivando analisar a assistência prestada às mulheres surdas no processo de parto e nascimento, apresentando questões norteadoras, tais como: Mulheres surdas são efetivamente assistidas no momento 1
Docente orientador de Libras I – UFF, Niterói-RJ- Brasil, e-mail: tatimili2@yahoo.com.br Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras I – UFF, Niterói-RJ-Brasil, analuiza.v@hotmail.com 3 Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras I – UFF, Niterói-RJ-Brasil, barbaraantunes11@hotmail.com 4 Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras I – UFF, Niterói-RJ-Brasil, gabriela_mayworm@hotmail.com 5 Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras I – UFF, Niterói-RJ-Brasil, mariajacoud@gmail.com 6 Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras I – UFF, Niterói-RJ-Brasil, stavalemariana@gmail.com 7 Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras I – UFF, Niterói-RJ-Brasil, thaynaleckar@hotmail.com 2
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da parturição? A formação dos alunos nos cursos de enfermagem e medicina compreende a garantia do direito à saude das pessoas surdas ou com deficiência, de acordo com o Decreto 5626/05? O objeto deste estudo se declina ao processo de parturição em mulheres surdas dentro do serviço de saúde, a fim de identificar se ha uma assistência diferenciada à essas mulheres e se os profissionais da saúde são qualificados para estabelecer uma comunicação satisfatória com a paciente surdo. Essa pesquisa se justifica pela grande escassez de bibliografias que contemplam o tema inclusive em publicações do Ministério da Saúde. Sendo assim, a pesquisa possui grande relevância social, profissional e acadêmica, uma vez que, esta temática irá contribuir com incentivo à capacitação frente a esta demanda e atendimento integrado de maneira efetiva na área da saúde. Este trabalho possui como enquadramento teorico os conceitos que tramitam sobre subjetividade nas equipes de saúde, segundo Abhão (2013) e o Decreto 5626/05, capitulo VII. O estudo em questão trata-se de uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa, classifica-se como um estudo exploratório e descritivo. A metodologia de investigação apresentará análise de dados de diferentes fontes de conteúdos que contará com estudos de descritores que evocam os seguintes temas: assistência de enfermagem, surdez, gestação, surdos e parto, acessados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BVS; os critérios de busca para inclusão foram: artigos publicados em português, seleção do título de acordo com os temas, leitura do resumo e texto na íntegra, e os critérios de exclusão foram artigos que mesmo com a presença de um ou mais descritores, durante a leitura não estivesse relacionado ao tema da pesquisa e artigos repetidos. Ano de publicação não foi utilizado como critério devido à baixa quantidade de publicações existentes sobre o assunto. Ao cruzarmos os descritores: Assistência de Enfermagem AND surdez e foram encontradas dezesseis produções, gestação AND surdez cinco produções e parto AND surdez duas produções. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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Quando todos os descritores foram cruzados, não foram encontradas publicações. Os artigos selecionados foram agrupados em forma de tabela apresentando nome do autor, país, tipo de estudo, resumo e resultado de cada artigo. Ao analisarmos os resultados de cada artigo chegamos a um consenso de que o paciente surdo ainda passa por uma grande dificuldade de se comunicar no serviço de saúde e isso não é diferente quando se trata de gestantes no processo de trabalho de parto, pois os profissionais de saúde, ainda não estão capacitados, conforme previsto no Decreto de Libras para se comunicar de forma satisfatória com esta mulher surda, neste momento tão único na sua vida. Palavras-chave: Assistência de Enfermagem, Surdez, Gestação, Parto, Surdos.
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A PEDAGOGIA VISUAL COMO EFEITO DO TRABALHO COM TECNOLOGIAS VISUAIS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS
Arina Martins Cardoso1 arina.nina@gmail.com Gildete da Silva Amorim2 gildeteamorin@yahoo.com.br Anelice Astrid Ribetto3 anelatina@gmail.com
RESUMO: Este trabalho é em parte, efeito de uma pesquisa em andamento que reflete aspectos relacionados às práticas escolares com alunos surdos, discutindo a Pedagogia Visual (Campello, 2007) como campo de estudos e práticas educacionais, objetivando ressaltar a relevância da visualidade como caminho metodológico na aprendizagem de alunos
surdos.
Produzimos
historicamente
em
um
sistema
educacional
predominantemente uniforme e excludente, organizado predominantemente em disciplinas “transmitidas” a partir de formas pedagógico-didáticas orais como textos, aulas expositivas, livros didáticos e quadros brancos. Dessa forma, se prioriza um caminho metodológico pensado apenas para um público ouvinte, mesmo numa sociedade atual que se organiza prioritariamente pela visualidade. Muitos dos profissionais que trabalham com surdos sentem dificuldade em suas práticas por desconhecerem as especificidades da comunicação dos surdos, não conhecem sua língua natural, sua estrutura sintática, sua base imagética, gestual, viso-espacial e assim 1
UERJ/ FFP, mestranda em Educação. UFF/ Niterói, docente de Libras. 3 UERJ/FFP, Professora do Programa de Pós Graduação em Educação 2
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desconhecem também as especificidades de seu processo de aprendizagem. Nesse contexto, essa pesquisa discute aspectos da visualidade na educação de surdos, tendo como base teórico-metodológica as discussões sobre a pedagogia visual e semiótica imagética, nos estudos desenvolvidos por Campello (200, 2008) e Rosa & Luchi (2010). Visa uma reflexão na práxis através da construção de oficinas experimentais com surdos incluídos em classes regulares, produzindo pequenas experiências com o uso de recursos imagéticos em sala de aula com instrumentos das novas tecnologias e tecnologias comuns. Nessa pesquisa se espera que a partir de discussões teóricas sobre o assunto em questão e da construção das oficinas experimentais possamos refletir sobre caminhos possíveis para a construção de um viés metodológico da visualidade, trilhando um fazer pedagógico reflexivo a respeito da realidade educacional de alunos surdos. Em busca de uma prática pedagógica mais visual, mais espacial, mais significativa. Palavras-chave: Pedagogia visual; Educação de Surdos; Novas Tecnologias; Tecnologias Visuais Referências CAMPELLO, Ana Regina S. Pedagogia Visual / Sinal na Educação dos Surdos. In: Estudos Surdos II / Ronice Müller de Quadros e Gladis Perlin (orgs). – Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2007. ________. Aspectos da Visualidade na Educação de Surdos.Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis - 2008. ROSA E. F. & LUCHI M. Semiótica Imagética: A Importância Da Imagem Na Aprendizagem. Anais do IX Encontro do CELSUL, Palhoça, SC, 2010.
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O USO DE DOCUMENTOS IMAGÉTICOS NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS
Bruno Riba Dias, Caio Mathias Vaz Pereira e Rafael Menezes Pereira Orientadora: Gildete Amorim Universidade Federal Fluminense/ UFF Brasil brunoriba44@hotmail.com; caiomathias95@gmail.com; rafaelmp_14@hotmail.com
RESUMO: Este trabalho se propõe a discutir possíveis formas de avançar no processo de inclusão dos alunos surdos e deficientes auditivos na disciplina de História, seguindo as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que prevê a obrigatoriedade do atendimento de tais alunos, assim como intérpretes e atendimento especial em outro turno, além da Lei 10.436/02, de regulamentação da Libras enquanto segunda língua oficial do Brasil. A História enquanto disciplina esteve por muito tempo ligado somente a documentos escritos. No entanto, com a crítica feita pelos historiadores da Escola dos Annales na primeira metade do século XX, problematizou-se a visão positivista da História e alargaram-se as possibilidades de fontes para o ofício do historiador. Relacionar o estudo das imagens utilizadas para o aprendizado de alunos surdos e deficientes auditivos se dá na tentativa de ampliar as possibilidades da Pedagogia Visual. Há, segundo Campello, a necessidade de desenvolver matérias educacionais específicos para a plena realização do processo de ensino e aprendizado. Há igualmente que se pensar os mecanismos de transposição didática, e a maneira como objetos da cultura, no caso a cultura visual, se transformam em objetos de ensino. Pois além da transformação dos seus objetivos últimos e da adequação destes objetos à instituição escolar, há também um movimento de interiorização destes nos alunos, tal qual discute Forquin. Este trabalho parte, portanto, da premissa de que as fontes imagéticas enquanto recursos didáticos para alunos surdos e deficientes auditivos têm um efeito significativo NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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neste processo. Devemos ir além de libras, e produzir materiais didáticos que possam alcançar a perspectiva de mundo dos alunos surdos e deficientes auditivos, pois estes possuem demandas de recursos gesto-visuais e espaciais. Ou como afirma Campello: “A pedagogia visual, ou pedagogia surda é assim denominada considerando-se que a mesma pode ser compreendida como aquela que se ergue sobre pilares da visualidade, ou seja, que tem no signo visual seu maior aliado no processo de ensinar e aprender”. (CAMPELLO, 2008) Se o ensino da história é pautado por uma visão “oralista”, nosso intuito é questionar esses parâmetros e apresentar novas possibilidade para o seu desenvolvimento pedagógico. A ideia é trazer as fontes imagéticas da história para atender a experiência visual dos alunos deficientes auditivos. As imagens não são de maneira nenhuma fonte menos importantes que as fontes escritas, são documentos históricos que tem especificidades e contam a História a sua maneira. Isso pode ser observado em como diferentes sociedades se utilizaram e utilizam de imagens para se comunicar e recriar seu passado. Assim as imagens não são meramente ilustrativas, como vem sendo utilizadas nos livros didáticos, cabendo ao professor de história trabalhar e problematizar o seu uso junto aos alunos. Temos como proposta ampliar as possibilidades pedagógicas para o ensino de alunos deficientes auditivos, tendo em vista sua experiência visual no mundo. Para que possam ter um aprendizado satisfatório e que atendam suas demandas. Para isso é extremamente importante o uso de elementos visuais no processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Pedagogia visual; Ensino de surdos e deficientes auditivos; Ensino de História; História e imagem; Inclusão.
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BIBLIOGRAFIA
CAMPELLO, Ana Regina e Souza. Pedagogia visual na educação dos Surdos-Mudos. 2008, 169, Tese(Doutorado em Educação) - Programa de PósGraduação de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. FORQUIN, Jean Claude. Saberes escolares, imperativos didáticos e dinâmicas sociais. Teoria e Educação. Porto Alegre, (6): 49-28, 1992. GASKELL, Ivan. "História das Imagens". In: BURKE, Peter(org.) A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992. LUCHI, Marcos. Interpretação de descrições imagéticas: onde esta o léxico? 2013, 116, Dissertação(Mestrado em Estudos da Tradução) – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina, 2013
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A IMPORTÂNCIA DO IMAGÉTICO E A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO DE SURDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL - EF
CARLA DA SILVA SOUZA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF BRASIL cmpdi.uff@id.uff.br
RESUMO: A presente pesquisa focaliza a importância do imagético e a contribuição do
lúdico na educação de alunos surdos inseridos em uma perspectiva bilíngue de ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Verifica-se que o número de professores capacitados para atuarem com os mesmos, ainda é pequeno, a maioria não conhece a LIBRAS e também não utilizam recursos que facilitem a compreensão do aluno que é linguisticamente diferente. A pesquisa esta fundamentada em referencial teórico sobre a especificidade do aluno surdo dentro de uma perspectiva bilíngue focada no imagético (CAMPELLO, 2007; LEBEDEFF 2017; QUADROS, 2004) e do lúdico na educação especial (FERREIRA, 2016; ZAPPAROLI, 2014). Este trabalho tem como objetivo disseminar através de uma cartilha informações aos professores de classes inclusivas sobre a importância de criarem situações que possam ser visualizadas pelos alunos surdos, e assim, oportunizar melhor compreensão e a participação do aluno surdo inserido em classe inclusiva e, além disso, sugerir as possibilidades de utilizar o lúdico como estratégia educativa para alunos surdos e ouvintes do Ensino Fundamental. Tratase de uma pesquisa quanti-qualitativa por meio de coleta de informações, observações e NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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aplicação de questionário, onde se espera contribuir para melhores interações entre professores e seus alunos surdos, e consequentemente seja evidenciada a inclusão. Palavras-chave: Educação, Imagético, Lúdico, Estratégia.
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O INTÉRPRETE DE LIBRAS E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR UM ALUNO SURDO E A ABERTURA PARA UM MUNDO ENTÃO DESCONHECIDO Carlos Magno Moraes Silva Universidade Estácio de Sá - Brasil magnociep@yahoo.com.br RESUMO: Neste trabalho, apresento um relato de experiência a partir da minha atuação como Intérprete de Libras junto a um aluno surdo da rede pública de ensino. Este estudo constitui parte do meu trabalho de conclusão de curso ainda em construção e apresenta a trajetória de aprendizagem e interação social de um aluno surdo apoiado por minha atuação como Intérprete Educacional. Tem como objetivo apresentar o trabalho feito com o aluno, professores e todo o corpo educacional a fim de proporcionar ao aluno surdo um ambiente de acolhimento, inclusão e acessibilidade para facilitação de seu desenvolvimento cognitivo e afetivo. Apoio-me em autores como Lacerda (2002), Masutti (2011), Quadros (2004) e Magalhães (2013) que em suas pesquisas chegaram à conclusão de que o papel do Intérprete de Libras em sala de aula vai muito além do que fazer a mediação entre duas línguas. Estudos apontam que a parceria feita entre Intérprete de Libras e professor contribui significativamente para o aprendizado do aluno surdo. Isso se faz necessário, pois na maioria das vezes não só professor, mas também a escola como um todo desconhecem o individuo surdo e suas especificidades culturais. Dessa forma, os desafios apresentados na dinâmica escolar impulsionam o Intérprete a agir de forma a buscar suprir as necessidades de aprendizagem do aluno surdo fazendo parceria com o professor regente e todos os demais profissionais que ali atuam e também promovendo uma inclusão social junto aos
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colegas ouvintes. O apoio da família também é solicitado. Através dessa atuação diferenciada o aluno em questão pôde mostrar grande desenvolvimento intelectual, social e afetivo. Conquistando bons resultados nas avaliações e interação com a turma em sala de aula. A escola acolheu o aluno surdo e sua língua e passou a se preocupar com a acessibilidade. Este estudo foi elaborado com dados obtidos através de observações e vivências em campo e com base na pesquisa bibliográfica de autores que tratam do assunto bem como a legislação que garante que os direitos da pessoa com surdez devem ser atendidos. Palavras-chave: Intérprete Educacional, Inclusão, Escola. REFERÊNCIAS LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. O intérprete educacional de língua de sinais no Ensino Fundamental: refletindo sobre limites e possibilidades. In: Letramento e Minorias. Porto Alegre: Mediação, 2002. MAGALHÃES, Fábio Gonçalves de Lima. O Papel do Intérprete de LIBRAS na Sala de Aula Inclusiva. Revista Brasileira de Educação e Cultura – ISSN 2237-3098 Centro de Ensino Superior de São Gotardo Número VII Jan-jun 2013 Trabalho 04 Páginas: 7386. http://periodicos.cesg.edu.br/index.php/educacaoeculturaperiodicoscesg@gmail.com. Acesso em: 29 de junho de 2017. MASUTTI, Maria Lúcia; PATERNO, Uéslei. Tradução e Interpretação de Libras, Florianópolis, Centro de Comunicação e Expressão, 2011. QUADROS, R. M. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial. Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos Brasília: MEC; SEESP, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2017. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Amorim, Gildete- Orientadora Oliveira, Darah Maia de- Autora Instituição: Universidade Federal Fluminense Brasil. darahmaia@hotmail.com/celinambraga@hotmail.com Azeredo, Augusto Cesar da Cruz Pereira, Renan Vieira Castro Fernandes, Vinicius Santos Oliveira, João Victor Braga, Celina Beatriz Machado Barbazan, Bruno Ricardo Bocti
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RESUMO: INTRODUÇÃO Ao passo que se identifica e reconhece-se o indivíduo surdo como aquele cuja perda de audição é total, passa-se a compreender a existência de uma cultura surda que produzem uma identidade individual do sujeito enquanto parte integrante
de
uma
comunidade
(FIN;
CLAMONA;
MAZO,
2015).
Se
antropologicamente a formação de uma identidade coletiva vem a trazer benefícios ao sujeito, no ambiente escolar ainda são observadas barreiras a serem superadas no que tange a inclusão do indivíduo surdo. Dessa forma, o presente estudo objetivou analisar as estratégias pedagógicas utilizadas para que haja a inclusão do surdo dentro do ambiente escolar em meio às vivências experimentadas. METODOLOGIA O levantamento bibliográfico é valioso no sentido de aferir os cenários outrora apurados (GIL, 2008), proporcionando revisão bibliográfica em função das práxis desenvolvidas em determinado ambiente. Assim, este estudo se utilizou da revisão bibliográfica para aprofundar saberes e convergir esforços no sentido de compreender a atuação da educação física escolar no que tange a inclusão do sujeito surdo. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Em primeiro momento, há de se compreender a importância do desenvolvimento da comunicação para a inclusão do indivíduo surdo, pois se pode considerar a comunicação como o maior entrave à aprendizagem encontrado pelo surdo neste ambiente. Assim, desde o ambiente familiar até o ambiente escolar, é necessário que haja uma série de esforços para que a comunicação ocorra de maneiro eficiente (FIN, 2014). A língua de sinais acaba por influenciar diretamente a identidade surda, haja vista que a identidade do sujeito se constitui a partir da interação com seus pares (FIN; CLAMONA; MAZO, 2015). Neste sentido, a dedicação de esforços por parte do professor para o domínio da Língua de Sinais pode auxiliar o desenvolvimento do aluno surdo a partir da aproximação da relação professor-aluno e da facilitação da compreensão das necessidades (FIN, 2014). Em um ambiente como a escola, em que a NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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pluralidade cultural é constituída de maneira heterogênea, as minorias acabam se percebendo em um embate frente a uma cultura dominante. Isso ocorre na comunidade surda que acaba se submetendo a cultura ouvinte, o que pode vir a ocasionar problemas diversos. No que se dedica a educação física escolar, a disciplina por si só possui papel fundamental na criação de uma cultura inclusiva, nela surge a possibilidade de expressão corporal como maneira de desfavorecer a exclusão do diferente em relação à citada cultura dominante (FIN; CLAMONA; MAZO, 2015). A cultura corporal dos alunos é base para os estudos de educação física escolar. Com ela analisamos, refletimos, mudamos ou não metodologias de ensino a fim de que o aluno possa ter seu desenvolvimento cognitivo e motor satisfatório de acordo com as expectativas previstas para
um
cidadão
que
além
de
se
movimentar,
age
e
interage
numa
sociedade(MONTEIRO, 2013). RESULTADOS A aproximação do aluno surdo ao contexto no qual está introduzido, bem como aos demais colegas ouvintes, é prática que deve ser reforçada na construção tanto do dia a dia escolar, quanto no dia a dia familiar do indivíduo surdo (MELLO; FISCHER, 2013). No entanto, ao se avaliar a qualidade de aulas de educação física em turmas com a presença de aluno surdo, no sentido de levantar o uso da língua de sinais brasileira no processo, percebe-se que há ainda necessidade de os professores ampliarem seus conhecimentos no assunto, dominarem a língua, de maneira a se prepararem para auxiliar a lidar com as problemáticas inerentes à vivência escolar (ALMEIDA; SOUZA, 2015). Na educação física escolar, ainda, fazse necessária a categorização prioritária de quatro estratégias pedagógicas que auxiliarão tanto o professor na aproximação com aluno, como o aluno na ampliação de saberes e na inclusão social: verificação periódica do aprendizado percebido pelo aluno, utilização de estratégias pedagógicas que influenciem positivamente a participação do aluno surdo (como
a expressão corporal), delimitação clara dos objetivos para a
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disciplina, bem como do domínio por parte do professor da Libras (ALVES et al., 2013).CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabendo-se que o corpo do surdo tem, historicamente, uma representação social que demarca limites, não somente uma ilustração de si mesmo,questiona-se sobre o que tem se produzido em discussões sobre esse corpo ( do surdo) nas aulas de Educação Fisica Escolar. Muito embora a produção acadêmica na área se amplifique com o passar do tempo, a academia precisa se dedicar mais no sentido de produzir possibilidades de práxis que modifiquem o cenário de isolamento do aluno surdo por ser diferente. Palavras-chave: Cultura, surdo, educação física, língua de sinais.
BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, L. G. S. D.; SOUZA, F. G. D. Educação Física o contexto escolar para alunos surdos. Revista Virtual de Cultura Surda, n. 16, p. 1-16, Setembro 2015. ALVES, T. P. et al. Inclusão de alunos com surdez na educação física escolar. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 7, p. 192-204, Setembro 2013. FIN, V. A produção de conhecimento acerca da pessoa surda na educação física. Porto Alegre: Trabalho de conclusão de curso - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014. FIN, V.; CLAMONA, E. K.; MAZO, J. Z. A produção de conhecimento a cerca da pessoa surda na área da Educação Física. CINERGIS, Santa Cruz do Sul, v. 16, p. 221227, Julho/Setembro 2015. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MELLO, F. D.; FISCHER, J. Vivências de in(ex)clusão na Educação Física por meio dos dizeres de um escolar com surdez. Educação Física em Revista - EFR, Blumenau, v. 7, p. 65-75, Outubro 2013. MONTEIRO, R. A. Alunos surdos e a educação física escolar: uma análise sobre a produção acadêmica. Revista Digital, Buenos Aires, Setembro 2013.
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TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO BLOG FERRAMENTA DE ACESSIBILIDADE Elissandra Perse Orientadora UERJ - Brasil elissandraperse@gmail.com Ingrid Cristine Lima UERJ ingrid.icbl@gmail.com
RESUMO: O projeto Estágio Interno Complementar (EIC) “Acessibilidade à pesquisa e
aos espaços acadêmicos: investigações na área da surdez”, oferecido pelo Departamento de Estágios e Bolsa /CETREINA (UERJ), tem por objetivo elaborar e divulgar materiais de forma digital sobre pesquisas e eventos na área da surdez tanto para surdos quanto para discentes e pessoas interessadas nessa área, buscando tornar tais conteúdos acessíveis para leitura e compreensão. O Decreto 5.626/05 estabelece que as instituições privadas e públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar medidas como meio de assegurar aos surdos o acesso à comunicação, à informação e à educação (Capítulo VI, Art. 23, §2º ). Desta forma torna-se imprescindível que as instituições de ensino também favoreçam esse acesso ao surdo. Contudo podemos observar que não há muitos materiais neste meio que atendam as necessidades linguísticas destes alunos. Instaura-se, assim, um grande desafio às escolas e universidades, que seria a transição de políticas monolíngues a projetos, de fato, bilíngues, visando garantir condições de acesso e permanência dos alunos surdos por meio do processo de inclusão. Sabemos que as tecnologias de informação e comunicação apresentam possibilidades múltiplas de inovações metodológicas e podem viabilizar significativamente o acesso a Libras e às suas pesquisas privilegiando a NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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experiência visual dos surdos. Assim justificamos a nossa escolha pelas redes sociais e demais ferramentas midiáticas por considerarmos que tais ferramentas para a divulgação e compartilhamento de informações são relevantes para esse processo. Segundo Lemos e Lévy (2010 apud CARMO 2011), “uma comunidade virtual é um grupo de pessoas que estão em relação por intermédio do ciberespaço” (apud CARMO, 2011, p.3). Após pesquisas sobre o que seria acessibilidade para o surdo e uma análise de redes sociais construídas pelos mesmos, buscou-se construir um espaço virtual com características semelhantes, ou seja, visando uma rede social que, de fato, fosse acessível ao surdo. Assim criamos um blog e uma página no Facebook visando à divulgação científica por meio destas redes sociais. Estas ferramentas têm como característica o dinamismo de produção e maior contato com o público, permitindo assim horizontalidade na divulgação e produção de conhecimento. Para tornar esses espaços acessíveis aos surdos, levou-se em conta a predominância do estímulo visual, considerando aspectos da cultura surda e a condição da língua portuguesa como L2.
Palavras-chave: blog, facebook, acessibilidade, internet, surdo.
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POR TRÁS DOS BASTIDORES: A FALTA DE ACESSIBILIDADE DA LÍNGUA DE SINAIS NO ATENDIMENTO HOSPITALAR E A ENFERMAGEM
Gabriela Fittipaldi Universidade Federal Fluminense Brasil gabriela.92_@hotmail.com
RESUMO: Introdução Este trabalho irá abordar o tema sobre a falta de acessibilidade
da língua de sinais no atendimento hospitalar e como a enfermagem está envolvida nessa questão. A falta de acessibilidade só causa prejuízos para pacientes e profissionais da saúde. Objetivo Demonstrar a falta de acessibilidade da língua de sinais no ambiente hospitalar. A falta de acessibilidade da língua de sinais no ambiente hospitalar A deficiência auditiva é a perda parcial ou total da capacidade de ouvir sons. Pode ser adquirida ou congênita. O indivíduo que apresenta deficiência auditiva possui uma limitação na comunicação oral. Essa barreira pode ser exemplifica no atendimento hospitalar. A falta de acessibilidade da língua de sinais no atendimento hospitalar é uma realidade muito presente. Com isso, o atendimento de um paciente deficiente auditivo é prejudicado. A LIBRAS é amplamente desconhecida por diversos profissionais da área da saúde. É muito comum um surdo chegar a um atendimento hospitalar e não ter nenhum profissional que compreenda o que este tem a dizer. Pacientes que não conseguem se comunicar com os profissionais são expostos a uma baixa qualidade no atendimento. A enfermagem e o paciente deficiente auditivo A enfermagem apresenta grande importância no atendimento à pessoas com deficiência auditiva. É imprescindível que esses profissionais sejam capacitados para dar melhor assistência a tais pacientes. O atendimento humanizado é necessário e um direito de todos. É imprescindível que o enfermeiro tenha noções básicas de interpretação de libras para
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ocorrer uma interação enfermeiro-paciente. Porém, o que mais ocorre é o profissional de saúde ter pouco ou nenhum conhecimento de LIBRAS. Na faculdade, o estudante pode ter a disciplina de língua de sinais, entretanto, por ser uma língua, em somente um período não é possível abranger o aprendizado total da língua. Algumas pesquisas realizadas exemplificam essa situação como no artigo de Neuma Chaveiro et al, no qual pesquisas foram realizadas em Instituições: ” Mesmo com o programa de capacitação permanente ao aprendizado da LIBRAS, como o da Instituição onde a pesquisa foi realizada, os profissionais apresentam dificuldades, pois a fluência na LS exige dedicação, como no aprendizado das Línguas Orais.” (Chaveiro et al,2010). Nesse sentido, é visto com maior frequência uma falta de habilidade com esses pacientes por parte dos enfermeiros. Com essa barreira, há um maior distanciamento do paciente com o profissional e, com isso, há perda na qualidade do atendimento e dificuldade nos cuidados necessários para o indivíduo. Haverá uma comunicação incompleta e insatisfatória, devido à falta de acessibilidade. Outro empecilho é o uso de máscara facial dos profissionais, sendo assim, a leitura labial não pode ser realizada, ocorrendo mais uma barreira paciente-profissional. Considerações finais Portanto, é necessário que se faça uma maior inclusão social nos hospitais. É preciso capacitar melhor os enfermeiros e todos os profissionais de saúde para um atendimento mais amplo e humanizado para pacientes deficientes auditivos. Na própria faculdade deve haver mais tempo da disciplina de LIBRAS e uma maior capacitação para os profissionais ou, até mesmo, os hospitais contratarem um intérprete de LIBRAS.
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BIBLIOGRAFIA Trecossi, M. O., Ortigara, E. P. F., “IMPORTÂNCIA E EFICÁCIA DAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE SURDO”, Revista de Enfermagem , v. 9 , n. 9 , p. 60-69, 2013 Silva, P. G., Basso, N. A. S., Fernandes, S. R. M., “A ENFERMAGEM E A UTILIZAÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE AUDITIVO” , V.17,n.1,pp.05-12 ,Jan - Mar 2014 Chaveiro, N., Barbosa, M. A., Porto, C. C., Munari, D. B., Medeiros, M., Duarte, S. B. R., “ATENDIMENTO À PESSOA SURDA QUE UTILIZA A LÍNGUA DE SINAIS, NA PERSPECTIVA DO PROFISSIONAL DA SAÚDE”, Cogitare Enferm. 2010 Out/Dez; 15(4):639-45
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ANÁLISE DO TRATAMENTO DADO A SURDOS ORALIZADOS E SINALIZADOS ATRAVÉS DO DOCUMENTÁRIO TRAVESSIAS DO SILÊNCIO
Autoras: Barbara Silva Furtado de Mendonça Ingrid Santos de Carvalho Orientadora: Amorim Gildete Universidade Federal Fluminense Brasil Email: bahsfmendonca@gmail.com , ingrid.sd.carvalho@gmail.com e gazignago@gmail.com Coautora: Gabriella Christina Zignago Magalhães RESUMO: Segundo dados do IBGE 9,7 milhões brasileiros são deficientes auditivos,
sendo 344,2 mil surdos. O que difere um surdo de um deficiente auditivo é o grau da perda da audição, segundo o Instituto Itard, “é considerado surdo todo aquele que tem total ausência da audição, ou seja, que não ouve nada. E é considerado parcialmente surdo todo aquele que a capacidade de ouvir, apesar de deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.” Além da diferenciação entre surdos e deficientes auditivos, há também a diferenciação entre surdos oralizados, aqueles que aprenderam a fazer leitura labial e a falar foneticamente, dos surdos sinalizados, que se comunicam pela linguagem de sinais, sem o uso de aparelho auditivo. Tanto os surdos oralizados quanto os surdos sinalizados encontram grandes desafios não só na sociedade, mas também dentro de casa. A partir do documentário Travessia do Silêncio, apresentaremos duas famílias de surdos, uma que optou pela oralização e outra que não, para discutirmos as dificuldades encontradas e o
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próprio preconceito e aceitação da surdez pela família e pelo próprio surdo.Análise e interpretação do documentário Travessia do Silêncio, pesquisa dos dados do IBGE, do senso de 2010 sobre deficientes auditivos e sobre surdos e pesquisa bibliográfica. O documentário Travessia do Silêncio mostra claramente as dificuldades de um surdo na sociedade brasileira. Muitos pais, quando descobrem que o filho é surdo, ao invés de se inserirem na realidade do filho preferem trazer a criança para o mundo dos ouvintes, através da cirurgia de implante, apenas da leitura labial, ou, quando o filho é deficiente auditivo, pela fala e pelo tratamento fonoaudiólogo. Escolhemos duas famílias do documentário para exemplificar os desafios enfrentados pelos oralizados e pelos sinalizados: a família do Pedro e a família do Nelson. Pedro ficou surdo aos 20 meses devido a erro médico, a sua mãe, mesmo sabendo da condição de seu filho, acredita e afirma que o mundo não é para surdos, e sim, para ouvintes. Por isso, Pedro teria que se encaixar no mundo dos ouvintes. Ele aprendeu a oralidade para se comunicar e por ter sido educado desta forma, não se considera pertencente à comunidade de surdos. Nelson, surdo de nascença, não faz leitura labial e não é oralizado, já utilizou o aparelho auditivo, porém não se acostumou e optou por não usar. Ele diz que não quis se oralizar, pois acredita que desta forma ele perde a sua identidade, já que os surdos possuem sua própria língua e sua cultura. A trajetória do surdo no Brasil é muito difícil. Passa desde o preconceito dos pais com a situação que é posta, até mesmo para as dificuldades de encontrar colégios e locais nos quais os surdos sejam aceitos e bem recebidos. Apesar de LIBRAS ser, assim como o português, língua materna no Brasil, poucas são as pessoas que conhecem os sinais, e poucas são as instituições preparadas para receber e atender os surdos. Muitas famílias ainda veem a surdez como um sinal de fraqueza, como uma falha, e tentam “corrigir” isso oralizando os filhos, sem ao menos perguntar se este é o mundo no qual o filho quer viver. Acreditamos que um surdo deva ser sinalizado, inserido na cultura dos surdos e não renegado por sua característica. Palavras-chave: Surdo, oralizado, sinalizado, Libras, língua materna. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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INVISIBILIDADE DO SURDO NOS ATENDIMENTOS DE SAÚDE ENQUANTO PACIENTE E A PRECARIEDADE NA COMUNICAÇÃO Izabelle Aguiar Mendonça Ferreira, Gildete Amorim. RESUMO: A comunicação é uma ferramenta essencial nas relações humanas. O entendimento entre ambas as partes – o locutor e o interlocutor – se faz possível graças ao conhecimento do código utilizado para se transmitir a mensagem. No Brasil, além da Língua Portuguesa, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) consta como forma legal de expressão e comunicação, regulamentada pela Lei 10.436/02. Outra conquista da população surda no que tange à garantia de direitos foi a publicação do Decreto nº 5626/05 que, dentre outros tópicos, determina que o atendimento às pessoas Surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS e em outras unidades públicas de Saúde seja realizado por profissionais capacitados para o uso de LIBRAS ou para a sua tradução e interpretação além de efetivar o apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para o uso de Libras e sua tradução e interpretação. Deste modo, este trabalho objetiva ressaltar a importância da comunicação entre pacientes surdos e profissionais de saúde – desde técnicos de enfermagem, médicos até farmacêuticos - para que, em primeiro lugar, os direitos da população surda – garantidos pelas leis vigentes supracitadas – sejam devidamente respeitados, e, em segundo lugar, para que os problemas decorrentes da falta de capacitação destes profissionais – no que se diz respeito ao conhecimento da LIBRAS sejam elucidados. Pode-se citar desde a falta de privacidade em consultas médicas até riscos para a própria saúde física do paciente, como, por exemplo, possível intoxicação
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por medicamentos – uma vez que o paciente não entenda a prescrição médica, não há outra forma de esclarecer a ele o que está escrito. Para a realização deste trabalho fez-se uma revisão da literatura referente aos temas em torno da comunicação entre pacientes surdos e os profissionais de saúde, abrangendo desde o olhar do surdo até comparando soluções dadas pelos próprios surdos e também pelos profissionais que visam minimizar e/ou erradicar os problemas decorrentes da falta de diálogo ao longo de todo o atendimento. Foram analisados 14 trabalhos publicados de 2008 a 2016 em periódicos online. Concluiu-se que ainda há desrespeito quanto ao que está garantido no Decreto 5626/05 e na Lei 10.436/02, o que reflete não só a falta de capacitação dos profissionais de saúde quanto ao conhecimento da LIBRAS como também o descaso com a população surda no geral, que fica exposta a diversos problemas emocionais e físicos. A Disciplina de LIBRAS já está presente em boa parte das Graduações de Saúde, o que revela que a comunicação precária com os surdos não é um problema pontual nos atendimentos de saúde, mas sim histórico e arraigado na sociedade Brasileira em todos os âmbitos. Mais do que comunicação, a LIBRAS é representatividade, é presença da população surda como parte integrante da sociedade brasileira. Deve-se, portanto, difundir cada vez mais a cultura surda na sociedade – como, por exemplo, incluindo o ensino de LIBRAS nas escolas e Universidades - para que assim, os surdos possam ser vistos e serem compreendidos como cidadãos comuns e terem seus direitos assegurados e respeitados. Palavras-chave: LIBRAS; profissionais de saúde; barreiras de comunicação; direitos da comunidade surda.
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VOCÊ SABE O QUE É LIBRAS? João Paulo Ferreira da Silva Unilasalle do Rio de Janeiro - Brasil joao.paulo@lasalle.org.br RESUMO: A disciplina da Língua Brasileira de Sinais – Libras, para o curso de formação de professores é uma conquista pela comunidade Surda de acordo com o Decreto Federal Nº 5626/05. Mas os alunos de outros cursos em que essa disciplina se torna uma matéria optativa sabem o significado do que é Libras? Essa foi a pergunta realizada durante uma pesquisa pelo campus da instituição pelo grupo de alunos do curso de licenciatura em história da Unilasalle do Rio de Janeiro dentro da disciplina de Libras ministrada pelo professor João Paulo Ferreira da Silva. Com o objetivo de analisar e investigar o conhecimento dos outros discentes sobre o termo da Libras, foi organizado um questionário (anônimo) para um grupo de cem (100) alunos da instituição e durante as entrevistas, os alunos do curso de história registraram as respostas para ser discutido em sala de aula. Ao finalizar a pesquisa, observamos através de um gráfico que poucos são os que conhecem o verdadeiro significado da Libras, já que a disciplina não é um componente obrigatório nos outros cursos, exceto para os alunos de Pedagogia e Licenciatura em História da instituição. Dessa forma, uma acessibilidade atitudinal do conhecimento da terminologia da Libras, deveria ser divulgada para toda a comunidade acadêmica, quer sejam alunos, professores e os funcionários. Palavras-chave: Acessibilidade, Formação de Professores, Libras. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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CULTURA SURDA E ARTEFATOS CULTURAIS: A INSERÇÃO SOCIAL DOS SURDOS BRASILEIROS Tatiane Militão de Sá1 Juliana de Abreu Rocha2 Resumo: Este trabalho é um relato de experiência no qual, observando as barreiras
linguísticas e sociais encontradas pelos dos surdos para inclusão na sociedade, surgiu interesse na Cultura Surda, devido à experiência única de estudar em uma instituição que possuia uma turma inclusiva com mais da metade de alunos surdos entre os ouvintes da sala de aula. Também como estudante de ciências sociais e durante o contato com a antropologia, a capacidade de observação se aprimorou, bem como a percepção acerca do comportamento presente na turma. Assim, notu-se que naquela turma havia um problema, que começava na comunicação o que me levou a perceber que o mundo dos surdos vai além de uma barreira lingüística. Dessa forma a pesquisa, tendo como objetivo analisar aspectos da cultura surda, sobre o ponto de vista dos artefatos culturais e como estas diferenças interferem na inserção social dos surdos brasileiros, segundo os estudos de Karin Strobel (2008). Strobel é surda, pedagoga e doutora em educação pela UFSC e trabalhou diversas vezes em escolas de surdos. Em sua obra, “As imagens do outro sobre a cultura surda”, a autora explica cultura, identidade e comunidade surda, sendo estes os pontos fundamentais desta pesquisa, declinados à experiência visual, lingüística, famíliar, literatura surda, artes visuais, bem como: teatro, cinema, vida social, esportiva e também política. Além de todos os artefatos citados pela autora, nossa proposta metodologica será mantida sobre analise documental pautada principalmente nos periodicos CAPES e plataforma SCIELO, visando buscar outros estudos já realizados como suporte dos conceitos e provocações 1 2
Docente de Libras, orientador do trabalho de Libras I – UFF, Brasil e-mail: tatimili2@yahoo.com.br Graduanda do curso Ciências Sociais – UFF, Brasil e-mail: julianaarocha@yahoo.com.br
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sobre cultura dos antropólogos, cientistas sociais e de como estes se constituem em relação à inserção social dos surdos segundo Magnani (2007). Palavras-chave: Cultura, Cultura Surda, Comunidade Surda, Artefatos Culturais.
REFERÊNCIAS STROBEL. Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.
MAGNANI, José Guilherme. Vai ter música? Para uma antropologia das festas juninas de surdos da cidade de São Paulo. Ponto Urbe [Online], 1 | 2007, posto online no dia 30 Julho 2007, consultado o 01 Outubro 2016. URL : http://pontourbe.revues.org/1239 ; DOI : 10.4000/ pontourbe.1239
PERLIN, Gladis. MIRANDA, Wilson. Surdos: o Narrar e a Política. In: Estudos Surdos – Ponto de Vista: Revista de Educação e Processos inclusivos n. 5, UFSC/NUP/CED, Florianópolis, 2003.
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A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Karen Marques , Jarina Gonçalves UFF Brasil Karen-srm@hotmail.com, jarinanina45@hotmail.com
RESUMO: A ideia de uma educação inclusiva no Brasil, e uma ideia relativamente
nova, tendo em vista que aqueles portadores de necessidade especiais por sua vez já foram vistos como bobo da corte por serem diferente ou excluído dos outros alunos considerados “normais”. Por sua vez após essa implantação ainda não garantia a um aluno com deficiência uma educação de qualidade pois agora mesmo frequentando uma sala de aula regular ainda eram excluídos. Através das mudanças feitas na LBDEN (Lei de diretrizes e bases da educação nacional) a escola precisaria se adaptar a esse novo público e possuir também profissionais especializados para que essa educação enfim aconteça se torne de qualidade. Lei de libras nº 10436 busca se contextualizar que se refletem sobre a formação dos profissionais que atuam ou ainda pretende se especializar na área. Para que esses profissionais estejam melhores capacidades foi necessária uma mudança no ensino superior fazendo com que eles abordem disciplinas com conteúdo de educação especial. Nosso objetivo buscar entender como esses futuros profissionais estão sendo formados e se suas universidades garantem a ele um apoio para uma melhor aprendizagem na língua de sinais. A metodologia empregada nessa pesquisa foi dividida
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em duas partes I - Como está à grade curricular dos cursos de pedagogia das Universidades Federais do estado do Rio de Janeiro. (UFRJ, UFRRJ, UniRio, UFF) buscando encontrar a disciplina de libras. II- Tentando entender como ela está sendo trabalhada no curso de pedagogia sua carga horaria e se possui uma continuidade ou não ao longo do curso. Nossos resultados comprovaram que todas as universidades federais do estado do Rio de Janeiro oferecem essa disciplina em sua grande curricular. Contudo nenhum deles aparenta dar uma continuidade do curso apresentando a disciplina em apenas um período sendo ele sempre no final de sua graduação variando de 30 a 60 horas. Tal comprovação mostra a deficiência de se formar um profissional capacitado, visto ao grande numero de sinais que ele precisa aprender em um pouco espaço de tempo. Palavras-chave: Libras, formação docente, inclusão, surdos.
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A SURDEZ NA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA
Tatiane Militão de Sá1, Klauder Vicente Quevedo Gonzaga2, Tamires Caldas3
RESUMO: No presente trabalho, pretendemos discutir surdez e o processo de luta na
sociedade democrática, que tipo de movimentos foram realizados na ultima decada, quais foram suas formas de organização e obstáculos nesse processo. Visto que se consideramos os estatutos da sociedade dita democrática, das liberdades individuais e dos direitos humanos, podemos dizer que não existe democracia sem inclusão. Neste sentido, nós buscaremos traçar um breve histórico do processo de luta pela questão surda no Brasil e as dificuldades da aplicabilidade desses direitos garantidos por lei nos dias atuais. Neste sentido, nossa proposta metodologica analise documental, visando buscar o histórico de publicações da revista FENEIS como material de apoio a fim de traçarmos
o
norte
para
a
discussão.
Além disso, pretendemos dar visibilidade a alguns autores, tais como: Merselian, Vitaliano; Campelo e Resende e a importância destes para o avanço da pauta no Brasil. Consideramos relevância do debate sobre os limites que ainda existem em torno da surdez e os principais desafios a serem enfrentados, sobretudo em relação à integração 1
Docente de Libras, orientador do trabalho de Libras I – UFF, Brasil e-mail: tatimili2@yahoo.com.br Graduando curso de História, discente da disciplina Libras I, Brasil e-mail: klaudergonzaga@gmail.com 3 Graduando curso de História, discente da disciplina Libras I, Brasil e-mail: tamirescaldas@id.uff.br 2
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dentro de uma sociedade que ainda é marcada pelo preconceito e não se reconhece como bilingue o que ocasiona a dificuldade da inserção nos espaços públicos, nas escolas, no mercado de trabalho, sobretudo em profissões que exigem mais da comunicação oral, da escrita, o que caracteriza o limite da própria sociedade em que vivemos em relação à surdez.
Palavras-chave: Democracia, Inclusão, Trabalho, Direitos, História.
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INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA: UMA PLATAFORMA DE ENSINO X INTEGRAÇÃO DO SURDO NA SOCIEDADE
Laiz Santos, Leonardo Medina, Lucas Mattos, Priscila Motta, Thiago Guedes UFF Brasil Orientador: Gildete Amorim
RESUMO: A Libras funciona como uma linguagem que permite o acesso e partilha do real o mais próximo com as pessoas não-surdas, visto que há um distanciamento criado na relação hierárquica entre o posicionamento social do surdo e do não-surdo. A partir de nossas observações como recém inseridos no mundo surdo, constatamos a dificuldade que se dá nesse processo quando não há um direcionamento. Nessa perspectiva, surgiu a ideia da criação de uma plataforma online como ferramenta de apresentação e iniciação da Linguagem Brasileira de Sinais à sociedade, de forma mais acessível. Acreditamos que, através dessa estratégia, uma nova parcela da população poderia ser alcançada mais facilmente, tendo em vista a internet como um dos principais veículos de comunicação da atualidade. É esperado que os surdos sejam mais bem compreendidos
e
mais
inseridos
na
sociedade,
tanto
socialmente
quanto
tecnologicamente. Além disso, almeja-se que cada vez mais as pessoas possam se familiarizar com a Linguagem Brasileira de Sinais, facilitando essa integração e inserção. A plataforma, denominada “primeiros gestos”, será composta de vídeos NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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interativos, conteúdos teóricos e área de troca de experiências e terá como domínio: www.primeirosgestos.webs.com. A investigação que se pode dar através do site possibilitará uma interface com material sobre Libras, levando ao conhecimento da manifestação de uma linguagem rica e inclusiva. O site como uma via de acesso à língua de sinais, busca informar e abrir um espaço para a reflexão do universo da pessoa surda. Através da língua de sinais e a sua maior presença no cotidiano da população a libras pode fazer uma grande mudança em muitas vidas.
Palavras- chave: Libras, inclusão digital, plataforma, interação, apresentação e iniciação à Libras
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ENSINO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) NAS UNIVERSIDADES: DESPERTANDO OS PROFISSIONAIS DE AMANHÃ Ludmila Veiga Faria Franco Universidade Federal Fluminense- UFF- Campos dos Goytacazes - Brasil ludmilaveiga@id.uff.br
RESUMO: A promulgação da Lei Brasileira de Inclusão, 13.146/15, corrobora decisões outrora asseguradas pela Lei e pelo Decreto de Libras, 10.436/02 e 5.626/05. A definição de conceitos no inciso IV, alínea d, do art. 3º assim como o inciso V, definem barreiras na comunicação e informação, esclarecendo também o entendimento do que é comunicação. “V - Comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) [...] ” Hoje ainda presenciamos situações de isolamento, preconceito, desrespeito e intolerância aos surdos, principalmente por desvalorização e desconhecimento da LIBRAS. Tal realidade, propicia-nos refletir sobre a acessibilidade dos surdos na sociedade, e o que nós quanto professores universitários temos feito para despertar os futuros profissionais de amanhã, reduzindo assim entraves à pessoa surda. Precisamos olhar a universidade como uma oportunidade de disseminação, reflexão, respeito e aprendizagem da língua. Ainda é uma provocação depararmos com oferta da disciplina de LIBRAS em 30 horas, nos últimos períodos, e em modalidade de ensino à distância ou semipresencial. Mas a inserção nos currículos acadêmicos, nos oportuniza a possibilidade de um futuro diferente. Pedroso et al, (2010:8) “O programa da disciplina de Libras no ensino NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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superior não deve se restringir aos conhecimentos específicos da língua, mas ir além deles e oferecer também os conhecimentos sobre a cultura e identidade surda.” Através de metodologia quantitativa, realizada com questionários percebeu-se que a maioria dos estudantes da disciplina nunca tiveram contato com a língua, não conhecem surdos, não sabem nomeclatura correta, o significado de LIBRAS, não a reconhecem como língua, ainda acreditam ser gestos e mimicas, Quadros e Karnopp, (2007:31) desmistificam o pensamento de que língua de sinais seriam uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos, [...]”, vários estudos concluíram que as línguas de sinais expressam conceitos abstratos. Pode-se discutir sobre política, economia, matemática, física,[...].” Através deste dado, foi preciso iniciar um trabalho de desmistificação da LIBRAS, onde os alunos puderam entender e utilizar termos corretos como Língua de Sinais, Surdo, pessoa surda, dentre ourtros. Ao final da disciplina, os alunos concluiram que a “Libras deveria ser aprendido junto com a alfabetização, um semestre de libras é muito pouco.” (Aluno X), “O ensino de LIBRAS deveria fazer parte do currículo das séries iniciais do ensino básico. Desse modo, visando a inserção democrática do sujeito surdo e/ou que faz uso da Língua de Sinais, proporcionando maior interação social e maior aproveitamento das relações intra/extra pessoais.” (AlunoY). “A aquisição de segunda língua é bem sucedida quando: os aprendizes vão em busca de propiciamentos que estimulem a agir, seja interação com outros falantes, seja pela emoção estética, seja pela ludicidade, ou pela busca de informação” Paiva (2010:157). Como resultado da pesquisa podemos perceber a necessidade e urgência da oferta de cursos de LIBRAS na universidade uma vez que a maioria dos alunos demonstram interesse em se aprofundar no aprendizado da língua além da disciplina.
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Palavras-chave: LIBRAS, universidade, ensino, currículo, inclusão.
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS: UMA ANÁLISE ESPACIAL DA EDUCAÇÃO EM NITERÓI A PARTIR DO GEOPROCESSAMENTO
Gildete Amorim - Orientadora / UFF (gildeteamorim@yahoo.com.br), Luiza Serafim - UFF (luiza.ars@gmail.com), Kairo Santos - UFF (kairo.geo@gmail.com), Marvin Correa - UFF (marvincorrea.geo@gmail.com)
RESUMO: Segundo dados do IBGE, no ano de 2010, 9,7 milhões de brasileiros possuíam alguma deficiência auditiva, sendo que, deste grupo, 344,7 mil pessoas enquadravam-se no grupo correspondente aos surdos. É a partir da lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 e do decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que são estabelecidos os dispositivos legais que tratam do acesso e a inclusão da população surda à educação bem como o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão. A educação inclusiva, definida pela resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, também visa garantir recursos e serviços educacionais especiais aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais em todas as etapas e modalidades da educação básica, sendo organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, como o exemplo das escolas bilíngues. Embora notem-se avanços no acesso de surdos e deficientes auditivos a educação, muitas escolas ainda não englobam dentro de seus projetos político pedagógicos a inclusão desse público. Seja por questões diretivas, falta de apoio técnico para NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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atualização do projeto pedagógico, por questões financeiras ou até mesmo por falta de material humano, este quadro acende a discussão a respeito do panorama das escolas inclusivas face as escolas não inclusivas bem como a capacidade de atendimento às demandas deste segmento da sociedade. Desta forma, considerando o quadro descrito o presente trabalho tem por objetivo proceder com a análise espacial das escolas inclusivas, correspondentes a todos os níveis da educação básica, existentes no município de Niterói fazendo uso de técnicas de geoprocessamento, que englobam o tratamento e análise de informações espaciais em um ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica), constituindo-se, portanto, importante ferramenta no auxílio ao planejamento e execução de políticas públicas devido a sua abordagem multiescolar e a rapidez na geração de resultados precisos. A metodologia empregada divide-se em quatro etapas: I – levantamento e georreferenciamento dos endereços das escolas do município de Niterói que trabalham com educação inclusiva para surdos, sendo consideradas dentro deste grupo as escolas bilingues; II– levantamento e georreferenciamento dos endereços das escolas do município de Niterói que não trabalham com educação inclusiva para surdos; III– correlação dos dados de escolas levantados com os indicadores sociais provenientes do censo do IBGE (renda média, cor ou raça, taxa de escolarização, etc.) e IV– confecção de mapas e gráficos representativos dos resultados da análise espacial. Pretende-se, ao final deste trabalho, traçar um panorama sobre as escolas inclusivas de Niterói, esclarecendo questões como suas localizações, o contexto social em que se situam e a proporção do número dessas escolas em relação as não inclusivas. Palavras chave: Educação Inclusiva, Comunidade Surda, Geoprocessamento, Análise Espacial. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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SURDEZ E MÚSICA Amorim, Gildete²; Oliveira, Maria Isabela¹; Machado, Tomas¹; Oliveira, Igor¹; Oliveira, Carolina¹; ¹ Aluno de Libras, Universidade Federal Fluminense, Brasil (tomassobreira@gmail.com; mariaisabela@id.uff.br ; oliveiracarolina@id.uff.br; )
² Professor de Libras, Universidade Federal Fluminense, Brasil (orientador)
RESUMO: A música está presente desde os primórdios da sociedade, sendo utilizada para vários fins desde a terapia até rituais religiosos. Muitas pessoas pensam que já que os surdos não ouvem, eles também não podem fazer parte do mundo da música. Entretanto, isto é um grande erro, pois os surdos conseguem sentir as vibrações que as ondas sonoras produzem e pelo tato “ouvir” a música, além de a musicalidade poder se apresentar de outras maneiras, como a linguagem corporal, deste modo à comunidade surda se conecta aos ritmos musicais. A música além de ajudar na construção do cidadão, apresenta um papel importante ao conectar culturalmente diversos estilos musicais que tem origem de várias partes do mundo. Assim, é possível observar como a música tem um papel integrador com a cultura local e ao mesmo tempo, ao ensinar música desenvolvemos diversos estímulos para o corpo e mente como: a coordenação motora (Priolli, 2006); a criatividade, tanto musical quanto lírica; e um novo método de expressão, no qual tanto surdos quanto ouvintes podem experimentar. Principalmente no ensino pedagógico, há bons resultados demonstrados em trabalhos que apontam a relação do surdo com a música, principalmente quando envolve o ensino da musicalidade a comunidade surda como meio e processo de aprendizagem. Também há projetos muito inovadores, como o Surdodum – banda de Brasília composta por grande maioria de surdos – que faz sucesso e encanta a todos por onde faz seus shows. Deste modo, este trabalho tem como objetivo principal divulgar a música para a comunidade surda, tendo em mente uma apresentação básica sobre o
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mundo da música para a compreensão de harmonia, melodia e ritmo, com um foco especial em ritmo onde se apresenta a predominante musicalidade dos surdos. Para fundamentação teórica foi realizado uma pesquisa bibliográfica do projeto educação musical de Silva (2007) que aborda atividade musical em sala de aula em um processo inclusivo de alunos surdos e ouvintes, tendo em mente sobre o universo da musicalidade através da compreensão de harmonia, melodia e ritmo. Palavras-chave: Surdez, Música, Comunidade Surda, Ritmo, Surdo.
BIBLIOGRAFIA PRIOLLI, Maria Luisa de Matos (2006). Princípios básicos da Música para a juventude, Casa oliveira de Música, 48º ed., v.1 Silva, Cristina (2007). Educação Musical para Surdos. Projeto de Pesquisa, Rio de Janeiro.
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A COMUNIDADE SURDA IDOSA NA ATUALIDADE: DESAFIOS NO ACESSO À INFORMAÇÃO E DIREITOS
SILVA, Natália de Souza Carvalho Gomes da. UFF - Brasil nataliadesouzacarvalhogomes@gmail.com Professor orientador: AMORIM, Gildete da Silva.
RESUMO: O presente trabalho visa a discussão acerca dos desafios colocados à comunidade surda idosa no acesso à informação e direitos. Tendo por base o Estatuto do Idoso, que regula os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, e considerando as especificidades presentes entre a comunidade surda nesta faixa etária; esta pesquisa tem por objetivo destacar e reiterar a importância do debate acerca de políticas sociais voltadas para este público, de modo a garantir acesso à informação e plena efetivação de direitos. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de um questionário aberto a um grupo de idosos surdos, e o processo foi mediado pela professora Gildete da Silva Amorim, que coletou as respostas junto ao referido grupo, de modo a estabelecer a relação entre a pesquisa e o público-alvo ao qual ela se destina. As perguntas do questionário abordaram aspectos referentes ao nível de acesso à informação e à inclusão social dos idosos surdos, considerando diferentes opiniões e contextos que perpassam o cotidiano dos idosos surdos consultados nesta pesquisa. Enquanto
resultado, a pesquisa obteve um retorno até então pouco
diversificado, mas que aponta para possíveis questões a serem problematizadas, como a NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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necessidade de legendas nos programas de TV em geral, entre outros. Enquanto elemento visual há a intenção de se elaborar um gráfico para constar no trabalho a ser exposto, com dados referentes ao acesso à informação por parte dos idosos surdos consultados na pesquisa.
Palavras-chave: Comunidade surda. Idosos. Inclusão social.
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O ACESSO AO SERVIÇO DE SAÚDE POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO BRASIL: uma revisão integrativa
Nathália Vasconcelos Menezes Petroni¹, Bárbara Ferreira Amorim², Rayanne Leal Dias da Silva3, Daniel Mahlmann de Moura Pinheiro4, Gildete Amorin5. Universidade Federal Fluminense – UFF- Brasil Endereço eletrônico: ¹Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/UFF. Contato: nathaliafloater@hotmail.com ²Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/UFF. Contato: barbara_amorim@hotmail.com ³Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/UFF. Contato: rayanneleal@ymail.com 4 Acadêmico de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/UFF. 5 Professora da Disciplina de Libras da Universidade Federal Fluminense- UFF. Contato: gildeteamorin@yahoo.com.br
RESUMO: OBJETIVO: Discutir o acesso de pessoas com deficiência auditiva ao
sistema de saúde no Brasil, a inclusão dessa parcela da população e as dificuldades encontradas.
METODOLOGIA:
Pesquisa
descritiva
exploratória,
abordagem
qualitativa, método de Revisão Integrativa de Literatura. A pesquisa consiste em seis etapas, selecionando artigos com foco na pessoa com deficiência auditiva, no período de
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14 a 21 de maio de 2017. Na primeira fase elaborou-se a pergunta norteadora, definida como “As pessoas com deficiência auditiva enfrentam dificuldades no acesso ao sistema de saúde no Brasil?” Na segunda ocorrereu a busca na literatura, utilizando a BVS, com os descritores e o operador booleano AND; Na terceira fase, de coleta de dados, ocorreu a categorização dos estudos confeccionado um quadro para a melhor visualização e comparação
da
amostragem;
a
quarta
e
quinta
fases
foram
realizadas
concomitantemente, ocorrendo a análise e a interpretação dos resultados através da leitura dos artigos. A sexta fase, apresentação da revisão e síntese do que foi discutido. RESULTADOS: No primeiro estudo analisado reforça a necessidade de investimentos em campanhas específicas para deficientes auditivos para que tenham os mesmos acessos aos serviços de saúde e medidas de prevenção que os ouvintes; no segundo estudo os resultados foram divididos em categorias, sendo elas: Barreiras comunicacionais (dificuldades na marcação de consulta por telefone e ausência de intérprete), Insumos Tecnológicos (escassez de Aparelhos de Amplificação Sonora Individuais), Políticas Públicas (ausência de legendas em campanhas, políticas ouvintizadoras) e queixas inespecíficas (má vontade do profissional). Outros estudos também apontaram que os serviços de saúde necessitam dispor de profissionais habilitados a se comunicar em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) ou dispor de intérpretes.CONCLUSÃO: Em todos os estudos classificados, pode-se ver que existe a necessidade de investimentos em formação de intérpretes e campanhas específicas para deficientes auditivos para que estes tenham o mesmo acesso aos serviços de saúde que a população ouvinte, além de medidas para que haja desenvolvimento da autonomia, comunicação e cuidados com a privacidade do paciente surdo. CONTRIBUIÇÃO
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/IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: Através deste estudo é possível ressaltar a importância de um profissional de enfermagem com qualificação para a prestação do serviço especial para a população surda, uma vez que durante a sua graduação não houve preparo para atender a essa comunidade, e esse despreparo está sendo refletido nas ações e situações mostradas acima. Palavras-chave: Segurança pessoas com deficiência auditiva; acesso aos serviços de saúde.
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A RELEVÂNCIA DO ENSINO DE LIBRAS NA ENFERMAGEM: PROPICIANDO PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E REABILITAÇÃO DA SAÚDE AO PACIENTE SURDO
Amorim, Gildete-Orientadora Laurentino, Lucas Jorge, Mariana Velasco, Nathália Miranda, Priscila Monteiro, Ramon
Resumo: É inegável que uma boa comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes surdos é primordial e se faz necessária para que o tratamento de saúde obtenha êxito. Tomando como referencial teórico Imogene King (1971), esse estudo comprova que a comunicação é um processo interpessoal entre o enfermeiro, o paciente e o sistema de saúde. Portanto, é urgente que sejam superadas as limitações decorrentes da precariedade existente atualmente na estrutura dos sistemas de saúde, visto que elas podem contribuir para o surgimento de falhas que se agravarão devido a essa dificuldade de comunicação, comprometendo dessa forma a qualidade da assistência aos pacientes surdos. A Equipe de Enfermagem e considerada a de maior expressividade em níveis quantitativos, configurando assim a assistência à saúde predominante em todos os ambientes de saúde, desde atenção básica até alta complexidade. Sendo intensamente capacitada para um cuidado integralizado e humanizado ao qual proporciona a prevenção, promoção e reabilitação de agravos aos indivíduos sob seus cuidados. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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Evidenciar a necessidade e relevância da capacitação da Enfermagem para com a Língua Brasileira de Sinais e os impactos que a mesma pode trazer para a assistência em saúde dos surdos. O referencial teórico utilizado foi a Imogene King (1971), no qual retrata sobre a necessidade da comunicação como um processo interpessoal entre o enfermeiro, paciente e o sistema de saúde. Logo para King a comunicação se perpassa como a base de um vínculo que trará impactos para a saúde do indivíduo que necessite de cuidados em saúde.O presente estudo se configura como uma Revisão Integrativa de literatura com acesso as bases de dados: eletrônicas da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medlars on Line (MEDLINE), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), SCOPUS, WEB OF SCIENCE, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Biblioteca Científica Eletrônica Online (SciELO) sendo selecionado estudos de 2003 até 2017, completos em língua portuguesa e espanhola e excluídos artigos repetidos ou que não obedecessem a temática. A comunicação é uma ferramenta utilizada para o desenvolvimento dos seres humanos, é essencial para expressarmos nossas emoções, sentimentos e é uma grande aliada no processo de assistência à saúde ao usuário. É através dela que a acessibilidade é fornecida para quem precisa. Para que esta seja eficiente é necessária que tenha interação entre os sujeitos envolvidos no processo. Seu atendimento requer uma interação efetiva e competente entre os participantes do processo, porém a precariedade na estrutura dos sistemas de saúde pode contribuir para a existência de falhas que se agravam à medida que há dificuldade de comunicação comprometendo a qualidade da assistência aos pacientes surdos. (CASTRO, PAIVA, CESAR 2012).Por tudo isso fica claro que é primordial que a equipe de Enfermagem esteja capacitada, para uma comunicação efetiva através da Língua Brasileira de Sinais (Libras), sendo esse ensino ofertado desde a graduação e nos ambientes de trabalho continuamente. Pois a mesma proporciona ao profissional, compreender as necessidades de saúde dos usuários, NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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atendendo as mesmas, além de propiciar que o mesmo participe ativamente do processo de educação em saúde. Logo o paciente surdo estará capacitado para entender o modo como discorre a sua saúde, além de se sentir amparado pelo sistema de saúde tendo as suas necessidades atendidas.
Palavra Chave: Enfermagem, Comunicação, Surdo e Libras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORRÊA, Carolina; PEREIRA, Livia; BARRETO, Luana et al. O despertar do enfermeiro em relação ao paciente portador de deficiência auditiva. Rev. de Pesq.: cuidado é fundamental Online . v. 2, n. 2, p.758-769, Abri-Jun.2010
CHAVEIRO, Neuma; BARBOSA, Maria Alves. Assistência ao surdo na área de saúde como fator de inclusão social. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 39, n. 4, p. 417-422, Dec. 2005
JUNIOR, Rafael;. Utilização da Língua Brasileira de Sinais no atendimento aos deficientes auditivos como forma de Humanização da Enfermagem. Rev. de Pesq.: cuidado é fundamental Online . v. 2, n. 2, p. 758-769, Dec 2010.
SOUZA, M. T., PORROZZI R. Ensino de Libras para os Profissionais de Saúde: Uma Necessidade Premente. Revista Práxis, v. 1, n. 2, 43 – 46 ago. 2009
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BRASIL.
Lei
nº10436,
24
abr.
2002.
Disponível
em:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acessado em : 23 de maio 20017 1
Acadêmico de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) 2
Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC)
da
Universidade
Federal
Fluminense
(UFF).
E-mail:
maribarontouff@gmail.com 3
Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense(UFF).Monitora na Disciplina de Doenças infecciosas e Parasitárias. E-mail: nathavelasco@hotmail.com 4
Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Monitora na disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente 2. Acadêmico Bolsista no Hospital da Polícia Militar.Email:primiranda23@gmail.com 5
Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense(UFF).
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A INCLUSÃO DOS ALUNOS SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES Teresa Cristina Roza Pereira Monteiro Ludmila Veiga Faria Franco Universidade Federal Fluminense- UFF- Campos dos Goytacazes - Brasil teresacrpmonteiro@hotmail.com ludmilaveiga@id.uff.br
RESUMO: Através da Lei nº 10.436/02, a Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, tornou-se reconhecida como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas no Brasil sendo regulamentada pelo Decreto nº 5.626/05 permitindo aos surdos o direito a comunicação, informação e acessibilidade. Mesmo com estes direitos garantidos, as pessoas surdas enfrentam grandes desafios no Brasil as quais podemos citar: não difusão e valorização da língua, a falta de acesso e acessibilidade em Libras, o não preparo de profissionais capacitados e habilitados para o ensino e tradução da língua; falta de recursos didáticos acessíveis. Estas dificuldades encontram-se em diferentes espaços públicos e dentre eles na educação. Segundo Quadros (2008:45) "Percebe-se que os surdos passam a ter um papel importantíssimo no processo educacional no momento em que a língua de sinais passa a ser respeitada como uma língua própria dos membros deste grupo social".Através de pesquisa de campo, buscaremos conhecer a realidade das escolas municipais de Campos dos Goytacazes quanto sua NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
prática
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pedagógica no ensino dos alunos surdos para identificar quais escolas municipais possuem surdos matriculados na educação básica, assim como pesquisar quais profissionais estão envolvidos no processo de ensino aprendizagem dos alunos surdos, a fim de mostrar a importância e necessidade do processo de inclusão dos surdos no município e desta forma propor parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) para capacitação dos profissionais envolvidos no processo de inclusão dos alunos surdos nas redes municipais. Hoje, vivemos um momento histórico favorável à inclusão, levando as crianças e jovens a partilharem ambientes de escolarização menos limitados e mais desafiadores do que as salas de aula que vivenciamos ontem. Com o advento da lei reconhecendo a LIBRAS como língua legal de comunicação e expressão esta trouxe garantia de igualdade de oportunidade e aprendizagem aos alunos surdos sejam eles usuários ou não da Libras. Bernadino 2000:51 questiona “Será que o melhor que a escola tem a dar a um aluno é “carinho” e “caridade?” Seria essa a função da escola? Ou seria informar e formar indivíduos competentes, preparados para o mundo competitivo no qual vivemos? Se o surdo sai da escola e se casa, constitui família, é o curso natural da vida. Resta saber se ele esta preparado para isso.” É através da língua de sinais que as interações surdos x ouvintes acontecem, e a escola tem grande influencia nisso. A Lei trouxe a garantia de promoção da acessibilidade através da presença de tradutor e intérprete de Libras nos espaços escolares e dentro da sala de aula. Estas medidas devem ser ofertadas pelas instituições públicas ou privadas em suas três esferas; federal, estadual e municipal, como forma de proporcionar informação, educação e comunicação aos surdos. Portanto, a LIBRAS deve ser respeitada e valorizada como uma língua
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assim como a língua portuguesa, esta é um meio legal de comunicação que propicia acessibilidade comunicacional as pessoas surdas do Brasil. Palavras-chave: surdo, Libras, educação básica, inclusão.
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ESQUEMA IMAGÉTICO EM VERBOS COM CONCORDÂNCIA NA LIBRAS
Valeria Fernandes Nunes, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Elizângela Ramos de Souza Castelo Branco (Docente UFRJ - Faculdade de Educação) Nelson Pereira de Sá - Docente UFRJ (Faculdade de Letras / Letras-Libras) Walter Dias Sueth Netto - Discente UFRJ (Licenciatura em Letras-Libras) Lucas Gabriel de Freitas -Discente UFRJ (Licenciatura em Português-Literatura)
RESUMO: Esta pesquisa visa à compreensão sobre como o estudo sobre verbos da Língua Brasileira de Sinais – Libras pode ser analisado por meio da Teoria dos Esquemas Imagéticos. Tradicionalmente, há algumas caracterizações de verbos na Libras, entretanto, para este trabalho, objetiva-se a análise de verbos prototipicamente intitulados como verbos com concordância, que são flexionados de acordo com a pessoa, número e aspecto (QUADROS; KARNOPP, 2004; FARIA-NASCIMENTO; CORREIA, 2011). Na abordagem cognitiva (FERRARI,2011; LANGACKER, 2008), a gramática não distingue sintaxe e semântica e através dos esquemas imagéticos é possível visualizar a sintaxe espacial da Libras. Os esquemas imagéticos codificam padrões espaciais e relações de força, que identificam interação com o ambiente ao redor, por meio de experiências do corpo humano que podem sistematicamente providenciar a compreensão de conceitos abstratos e de domínios conceptuais (ALMEIDA, 2009; EVANS; GREEN, 2006; KÖVECSES, 2006; NUNES; BERNARDO, 2016). Um dos esquemas imagéticos é o PERCURSO
que de forma metafórica apresenta um ponto de partida e um ponto de destino
podendo ser aplicado ao movimento inicial e ao movimento final de verbos com concordância em Libras. Por isso, a problemática deste estudo busca responder a algumas
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perguntas, tais como: os verbos com concordância analisados possuem uma relação com o esquema imagético
PERCURSO?
O entendimento dessa relação pode contribuir para o
ensino da Libras? Quanto à metodologia (GERHARD E SILVEIRA, 2009), através de uma pesquisa básica e bibliográfica, feita por intermédio de um levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas em livros e artigos científicos, elaborou-se um questionário de pesquisa com verbos para dezenove alunos adultos e ouvintes do ‘Curso básico de Libras: processos linguístico-cognitivos’, atividade de extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os verbos selecionados foram: sem concordância, TER, GOSTAR, PULAR, CANTAR e ESCREVER; com concordância, PERGUNTAR, EMPRESTAR, AJUDAR, MOSTRAR
e
RESPONDER
(CAPOVILLA et col, 2015). Como
resultados preliminares, contatou-se que após apresentar por meio de estratégia didática uma reta representando visualmente o esquema imagético
PERCURSO
(marcação inicial e
final), todos os discentes, ao visualizarem a sinalização dos dez verbos selecionados, conseguiram diferenciar quais verbos apresentaram o esquema imagético
PERCURSO, que,
neste estudo, apresenta-se como prototípico de verbos com concordância. Dessa forma, este trabalho é uma ferramenta para pesquisas linguísticas sobre a Libras e também sobre estratégias pedagógicas para o ensino de verbos com concordância nessa língua de sinais possibilitando o aprimoramento dos processos de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Libras. Verbos. Esquemas Imagéticos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Lúcia Leitão et al. (orgs.). Linguística Cognitiva em foco: morfologia e semântica do português. Rio de Janeiro: Publit, 2009.
EVANS, Vyvyan; GREEN, Melanie. Cognitive linguistics: an introduction. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2006. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisjornadacientifica.weebly.com/
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CAPOVILLA, Fernando César, Raphael, Walkiria Duarte, Mauricio, Aline Cristina L. NOVO DEIT-LIBRAS: Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira. vol. 1. 3. ed. Editora EDUSP, 2015. FARIA-NASCIMENTO, S. P. de; CORREIA, M. Um olhar sobre a morfologia dos gestos. Lisboa: UCP, 2011.
FERRARI, Lilian. Introdução à linguística cognitiva. São Paulo: Contexto, 2011.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
KÖVECSES, Zóltan. Language, mind and culture: a practical introduction. New York: Oxford University Press, 2006.
LANGACKER, Ronald W. Cognitive grammar: a basic introduction. New York: Oxford University Press, 2008.
NUNES, Valeria Fernandes; BERNARDO, Sandra Pereira. Processos cognitivos na Libras: esquemas imagéticos, corporificação, mescla em espaço real e metáfora e metonímia conceptuais. Minicurso oferecido no Congresso do Instituto Nacional de Educação – COINES, 2016.
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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LITERATURA VISUAL/ SURDA: ADAPTAÇÃO DOS CONTOS CLÁSSICOS INFANTIS E O IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SURDA Tatiane Militão de Sá1, Karoline dos Santos Silva2
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo avaliar a importância da adaptação dos contos clássicos infantis para a literatura e cultura surda e os respectivos impactos causados na construção de identidade do sujeito surdo, segundo estudos sobre artefatos culturais de Karin Strobel (2008). O objeto de estudo desse trabalho é uma análise de dois vídeos do youtube, respectivamente A Bela Adormecida e Cinderela Surda. O objetivo da análise baseia-se na identificação de elementos culturais dos surdos que transmitam processos catárticos, tais como: emoção e reflexão.
Na adaptação dos
contos infantis para Literatura Surda, percebe-se que certos elementos da cultura surda do país em questão, são inseridos de modo a promover a catarse, ou seja, a identificação com o sujeito surdo. É importante ressaltar que as culturas surdas são diferentes entre si, a cultura brasileira surda difere da cultura americana surda, bem como os sinais. A metodologia aplicada para a realização do trabalho baseia-se em uma análise contrastiva de dois vídeos de contos infantis disponíveis no youtube, no qual os aspectos da cultura surda serão avaliados em ambos, de modo a ressaltar a importância da inserção de elementos culturais surdos. Logo a seguir, uma avaliação dos impactos para o sujeito surdo telespectador serão realizadas, tomando referência de base teórica o artigo de Lodenir Karnopp “Literatura Surda”, neste caso o conto da Bela Adormecida, disponível no youtube tanto para ouvintes quanto para surdos. No conto da Bela Adormecida, a personagem homônima à história possui um sinal, este é uma característica individual que funciona como um modo de reconhecer uma pessoa em
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2
Docente da disciplina Libras I - UFF tatimili2@yahoo.com.br Graduanda do curso de Letras, discente da disciplina Libras I – UFF karolinesantos@id.uff.br
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uma comunidade surda. Literatura e cultura são concebidas juntamente, e é de extrema importância priorizar aspectos referentes à cultura surda e incorporá-los em sua literatura de modo a estabelecer uma ligação com os sujeitos surdos na construção de sua própria identidade dentro e fora da comunidade surda. De acordo com Lodenir Karnopp, “A literatura do reconhecimento é de importância crucial para as minorias lingüísticas que desejam afirmar suas tradições culturais nativas e recuperar suas histórias reprimidas.” (KARNOPP, 2006, p.100). A autora afirma que é de suma importância a realização de estudos que problematizem nos textos literários temas sobre surdez, como por exemplo, a adaptação apresentada no texto a Cinderela surda também disponível no youtube, em que a Cinderela surda aprende a língua de sinais logo quando criança e ao invés de esquecer o sapatinho de cristal, ela esquece sua luva com o príncipe. Esse é um exemplo de adaptação que faz referência à cultura surda. O fato de Cinderela ser uma princesa surda, aprender a língua de sinais ainda criança e esquecer a luva, o último ressalta a importância que é para o surdo, o uso das mãos como forma de se comunicar, caracterizando a catarse. Pode-se concluir que é importante uma adaptação dos contos infantis para a comunidade surda, que estabeleça diálogo, flexão da realidade dos sujeitos surdos, de modo a promover a identificação e representatividade dos sujeitos surdos em busca da construção de sua identidade.
Palavras-chave: Literatura visual/ surda, cultura surda, identidade surda, contos infantis, adaptação.
REFERÊNCIAS
DIESP INES. A Bela Adormecida. Youtube, 23 mai. 2017. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=AZMV9kaQtyA>, Acesso em 02 jun.17. SISTEMA CHAPLIN. Cinderela Surda. Youtube, 12 dez. 2003. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=AE2aos08PjY>. Acesso em: 02 jun. 17. KARNOPP. Lodenir (2006). Artigo Científico: Literatura Surda. Literatura, Letramento e Práticas Educacionais Grupo de Estudos e Subjetividade. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v.7, n.2, p.98-109, jun. 2006 – ISSN: 1676-2592. Disponível em <http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/19497.pdf>
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Grupo de Pesquisa NUEDIS
NUEDIS - O grupo pretende realizar estudos na área da Educação de surdos com foco na inclusão, envolvendo temáticas para promoção de acessibilidade, tais como: Politicas Publicas, Formação docente, metodologias de Ensino, Estudos de Línguas de Sinais, etc. Nossa meta é ampliar as discussões das referidas linhas de pesquisas na Universidade, articulando-as à comunidade com atividades de ensino e extensão.