Hortas do Dirceu - Plano Diretor

Page 1

VOLUME

2

_

PLANO

DIRETOR

HORTASDODIRCEU



H O R T A S D O D I R C E U

VOLUME

2

_

PLANO

DIRETOR


Especialização em Práticas Projetuais em Arquitetura, Engenharia e Agrimensura Centro de Tecnologia Universidade Federal do Piauí TERESINA|PI Outubro de 2012


H O R T A S DODIRCEU VOLUME

2

_

gabriela uchoa valério araújo lívia macêdo cíntia bartz ana negreiros

PLANO

DIRETOR





SUMARIO

VOLUME 2 PLANO DIRETOR INTRODUÇAO EXPLORAÇÃO CONFLITOS urbanos internos ESTRATÉGIAS conceitos estratégias INFRAESTRUTURA primárias especiais núcleos distribuição PROPOSTA PROJETUAL diretrizes sistema viário layout funcional





INTRODUCAO Antes de se definir agricultura urbana é importante perceber as origens do que torna esta atividade importante para as cidades contemporâneas. A crescente urbanização experimentada em todo o mundo, sobretudo no século XX, onde a população deixa o ambiente rural para formar as cidades, trouxeram consigo problemas como o fornecimento de alimentos e a preservação ambiental. As cidades necessitam de grandes extensões de terra para subsidiar sua existência e depende da importação de grandes quantidades de alimenos de outras regiões de produção, em um sistema que coloca a cidade em uma posição dependente e a população tem que arcar com os custo da importaçào e com a queda de qualidade dos produtos consumidos. Além disso, devem ser considerados os custos ambientais desta importação, cuja produção, processamento e transporte demandam muita energia e geram resíduos usualmente não absorvidos. Hoje, quando muito se discute práticas para o desenvolvimento sustentável das cidades, a agricultura urbana se apresenta como uma das ferramentos para o planejamento de cidades mais eficientes, verdes e inclusivas.



H O R T A S e x p l o r a c a o As Hortas Comunitárias que atravessam de leste a oeste toda a região do Grande Dirceu, ao perpassar este tecido reúne em seu entorno cenários urbanos com características heterogêneas, que varia desde ao seu próprio espaço físico quanto ao perfil de seus habitantes, visitantes, paisagem construída e natural, usos e interesses. No intuito de se explorar e conhecer esses espaço foi repetido diversas vezes o extenso caminho das hortaliças, buscando olhar por diversos ângulos as particularidades de cada trecho desta linha. Após esta exploração territorial, o espaço foi subdividido em áreas, cujas delimitações se basearam na identificação de elementos de paisagem e uso que os definiam como núcleos naturais. Em seguida, serão apresentados estes núcleos e o resultado da exploração territorial através do mapeamento de atividades de maior interesse, que definam um perfil para a área, e com apresentaçào de imagens que permitam a visualização da paisagem nos quatro trechos.


E Q U I P A M E N T O S E D U C A I O N A I S E D

S E

P L

A A

Ç Z

O E

S R

E D

S E

T M

A E

Ç T

à R

O O

VOCAÇÃO L A Z E R I N F A N T I L AT I V I D A D E S L I G A D A S A O A P R E N D I Z A D O .


+

+

7

5 6

4 3

2 1

1

2

3

4

5

6

7

8

8


D D

I

V E E

R S U

T E

S U

I N D E D

S E

E T M

I A E

I D S

A D O

E S

D

A D O

E S

Ç T

à R

O O

S

VOCAÇÃO Á R E A D E G R A N D E M O V I M E N T O V I S I B I L I D A D E A S S O C I A Ç Ã O D O S H O R T I C U L T O R E S


+

7

8

6 5

+

4

+

3 2 1

1

2

3

4

5

6

7

8


E Q U I P A M E N T O S E D U C A C I O N A I S P O U C O S E Q U I P A M E N T O S E D

S E

T M

A E

Ç T

à R

O O

VOCAÇÃO I N S E R Ç Ã O D E P O N T O S D E I N T E R E S S E E Q U I P A M E N T O S A T R A T O R E S C U L T U R A I S


8

5 7 6 4

3 1 2

1

2

3

4

5

6

7

8


E Q U I P A M E N T O S E S P O R T I V O S E D E L A Z E R ESCASSEZDEPONTOSDE I N T E R E S S E G R A N D E S V A Z I O S D E T E R R E N O I N F É R T I L VOCAÇÃO E Q U I P A M E N T O S A T R A T O R E S Á R E A D E Q U A D R A S P Ó L O E S P O T I V O S P Ó L O D E G A S T R O N O M I A


8

7

6 5 4 3

1

2

1

2

3

4

5

6

7

8


CONFLITOS

O mapeamento dos pontos em conflito no espaço das hortas definiu três tipos de problemas: aqueles referentes ao spaço urbano e sua relaçòes, outros na relação espaço urbano e cidade, e outros próprios da organização interna das hortas horticultores.

ESPAÇO URBANO: - Conflitos de tráfego nas interseções entre sistema viário e trem urbano; - Conflitos nas travessias pedestres sobre a linha do trem; - Fraca acessibilidade do sistema viário e grande quantidade de cruzamentos desordenados; - Trânsito conflituoso na avenida Noé mendes, por ser de duplo sentido não possuindo cruzamentos ordenados com grande fluxo de veículos em horários de pico; - Poucos equipamentos públicos de qualidade destinado a lazer e cultura; - Baixa qualidade dos equipamentos públicos exisntente; - Baixa qualidade do espaço urbano quanto à iluminaçào urbana, arborização e passeios públicos; - Mobiliário urbano deficiente e inexistente em alguns trechos; - Inexistência de ciclovias; - Baixa qualidade de pontos de ônibus e estações de metrô;


ESPAÇO URBANO e HORTAS - Pouco diálogo entre as hortas e seu entorno; - Baixa qualidade no tratamento de envoltória das hortas (cerca de arame) que desestimula o contato entre população e horticultores; - Não há comunicação visual que faça relação às hortas na regiào; - Heterogeneidade do tratamento do espaço públio no entorno de extensào das hortas ( alguns lugares com calçada, iluminação urbana, etc., outros não). - Acessos não regulares (aleatórios), não padronizados, que causam confusão aos visitantes, bem como utilização de portões enferrujados ou porteiras em madeira desgastadas. - Não há separação entre linha do trem e hortas; HORTAS E HORTICULTORES - Desorganização na ordenação do loteamento das hortas; - Infraestrutura deficiente; - Não há estrutura de apoio a horticultores, tais como abrigo/descanso, banheiro, depósitos; - Falta de espaço para venda e tratamento de hortaliças; - Pouca diversidade no plantio das hortaliças associado a técnicas rudimentares de cultivo; - Não há iluminação nas hortas; - Método de irrigação ineficiente: utilização de manilhas e regadores; - Baixa qualidade do fechamento (cercas de arame) propicia o fácil acesso à horta e, associado à inexistencia de iluminação à noite torna o ambiente inseguro; - Módulos abandonados e áreas com grandes vazios; - Ocupações irregulares e usos em não conformidade com a área; - Métodos inadequados de plantio e cultivo, fazendo uso de agrotóxicos e promovendo queimadas sob a linha de transmissão; - Nào há gerenciamento de resíduos.


DIRETRIZESe

E S T R AT E G I A S

Produzido um diagnóstico detalhado, mapeado o espaço, seus agentes, pontos de interesse, vocações e conflitos, parte-se para a definição de estratégias de atuação, para depois ser elaborado o Plano Diretor, contendo as diretrizes para os plano de intervenção e projetos de desenho urbano e equipamentos públicos. Antes de serem apresentadas as diretrizes é importante serem considerados alguns conceitos que norteam e justificam as intervenções proposta. Em seguida serão apresentadas quais as estratégias do plano, ou seja, a definição de meios para alcançar determinados objetivos. Após estas definições de conceitos. objetivos e estratégias, parte-se para as propostas, que condensarão estas considerações em diretrizes para elaboraçào de um projeto integrado, arquitêtonica e urbanisticamente. Este plano contempla diretrizes em diversas áreas de atuação, melhopras no sistema viário, na infraestrutura local, desenho urbano, mobiliários e equipamentos urbanos.


CONCEITOS

Se a intervenção tem como proposta a renovação da área das hortas, não apenas para contemplar a simples melhoria da infraestrutura, é importante que esta carregue consigo alguns conceitos que tornam um desenho urbano capaz de criar uma CIDADE ATIVA. Cidades ativas são aquelas que estimulam o uso pelos seus usuários, e neste estímulos contribuem para a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes, promovendo ambientes sadios, propiciando atividades físicas, alimentação saudável e acesso a atividades educativas ou culturais. O desenho urbano ativo pode lançar mão de estratégias diversas, no entanto, persistem nelas alguns conceitos chaves, que são: IMAGINABILIDADE_ a qualidade do espaço de ser distindo e assim reconhecível, assimilável. Espaços de alta imaginabilidade se formam quando um determindo arranjo de elementos físicos específicos capturam a atenção dos usuários, evocando sentimentos e impressões. ESPAÇO ENVOLTÓRIO_ faz referência ao grau com que os elementos, tais como vias, arborizaçào, edifícios, conformam um espaço e lhe trazem determinadas características. ESCALA HUMANA_ os dimensionamentos, texturas e articulações entre elementos devem considerar as proporçòes do corpo humano, bem como à velocidade de seus movimentos, devem ser considerados para estimular a utilização de ambientes ou equipamentos. TRANSPARÊNCIA_ é o grau com que pessas podem perceber objetos e atividades através de determinados obstáculos. É um conceito importante quando se trata de interveçòes em áreas de fronteiras, como este caso. COMPLEXIDADE_ a experimentação do espaço não deve ser monótona, ela deverá apresentar uma riqueza visual suficiente para estimular a os movimentos através destes espaços, exigindo a variação do ambiente.


OBJETIVOS e ESTRATÉGIAS

Com base nestes conceitos de uma cidade ativa e nas características encontradas no local (ionteresses, conflitos e vocações), podem ser definidos alguns objetivos e estratégias para atingi-los.

OBJETIVOS

ESTRATÉGIAS

PROMOVER A MISTURA DE USOS

Promover a integração de usos, como atarvés da inserção de equipamentos esportivos, de lazer, cultura, alimentação, mercados,, junto aos equipamentos educacionais e zonas residenciais. A proximidade dos usos

PROMOVER O DESENVOLVIMENTO URBANO

Pensar intervenções em escala e ferramentas que possam desencadear mudanças sociais e econômicas, seja pela melhoria da qualidade de vida, como pela oferta de emprego, ou engajamento em atividades esportivas ou culturais.

ESTÍMULO AO LAZER E À ATIVIDADE FÍSICA

Através da criação de um parque linear cortando toda a extensão do Grande Dirceu, todas as vizinhanças terão espaços de recreação ativa, estimulando os deslocamentos pedestres e aumentando a quaidade de vida na região

MELHORIA DA QUALIDADE ALIMENTAR

Promover segurança e qualidade alimentar, criando-se minimercados em toda a extensão da shortas, ofertando hortaliças orgânicas a preços justos.

ESTÍMULO AO USO DE TRANSPORTES ALTERNATIVOS

Criação de passeios pedestres aprazíveis, inserção de ciclovias com bicicletário, reforma e redistribuição de pontos de ônibus e acessos, requalificaçào de estações de metrô.

ORGANIZAÇÃO DO TRÂNSITO E DE ESTACIONAMENTOS

Melhorar a conectividade e acessibilidade do sistema viário, através da ordenação do trânsito e das interseções entre vias. Melhorar as interseções entre vias de veículos e metrô. Inserir estacionamentos para veículos espalhados naextensão do parque.

ESPAÇO ACESSÍVEL

Criação de calçadas e mobiliários acessíveis, bem como estacionamentos e adaptação dos pontos de acesso à paradas de ônibus e cruzamentos.


SEGURANÇA

Tornar rotas de pedestres, ciclovias e hortas locais seguras atraves da iluminação urbana e da visibilidade.

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Inserir espaços de promoção de atividades culturais, como teatro, música, dança e artes plástica.

TRAFFIC CALM

Ordenar paradas de ônibus e pontos de interesse no parque linear associado à solução de traffic calm para melhorar a segurança e o trânsito de veículos e pedestres.

ESCALA HUMANA

Ênfase para o design em respeito à escala humana em mobiliários, iluminação e paisagismo. Aumenta a sensação de segurança e estiula o uso.

COMUNICAÇÃO VISUAL

Orientação e informação através da comunicaçào visual, informando acessos, acessos aos equipamentos urbanos, informações acerca da horta e do lugar, bem como senso de localização através da paisagem

ORGANIZAÇÃO DO CULTIVO DE HORTALIÇAS

Estímulo à atividade através da reordenaçào espacial, melhoria da infraestrutura - abrigos, mercados, iluminação, irrigação, etc, aumento da visibilidade, etc.


propostaprojetual

DIRETRIZES

A diretriz principal para o desenvolvimento do local parte da criação de um extenso parque linear que atravessa toda a região do Dirceu. Vêse logo o potencial das Hortas Comunitárias do Dirceu, uma vez que seu comprimento atinge quase todos os bairros da zona sudeste. O parque manterá a atividade de cultivo de hortaliças, como fato cultural já pertencente à história e paisagem dos bairros., bem como meio de vida de diversos moradores dos residenciais adjacentes. As diretrizes de intervenção partem desde uma macro escala, até uma escala menor, direcionada aos horticultores. As intervenções em macro escala abrangem um estudo de identificação de núcleos de atuação, que juntos formarão um sistema maior integrado. Cada núcleo foi identificado com base nas características de paisagem, distribuição de usos adjacentes, características de ocupação e usos potenciais. Foram identificados 4 núcleos de atuação. O primeiro corresponde ao bairro Itararé, bairro mais populoso da capital e também o mais desenvolvido do Grande Dirceu. Já possui uma diversidade de usos, incluindo equipamentos culturais, educacionais, de saúde e prática esportiva. Devido a esta complexidade já existente, e o grande número de escolas em seus arredores (como visto em diagnóstico 20 escolas públicas e 23 particulares), este núcleo foi destinado ao desenvolvimento de jovens e adolescentes. Propõe atividades de uso infantil, como parque das hortaliças e atividades educativas, como destinação de espaços e ponto de apoio para a Horta Escola. O segundo núcleo, entre os bairros Itararé e Parque Ideal, representa o trecho de maior visibilidade. Foi, portanto, aquele destinado a abrigar as atividades relacionadas aos movimentos sociais. Neste núcleo insere-se praças cívicas e a sede da Associaçao de Hrticultores do Grande Dirceu. Assim, a associação, com maior visibilidade, aumenta sua representatividade junto à sociedade. O terceiro núcleo localiza-se no trecho do Renascença. A partir deste setor das hortas, a complexidade de usos diminui, ofertando-se poucos equipamentos urbanos. Insere-se, assim, o pólo cultural, composto de pontos de cultura que ofertarão espaço para o desenvolvimento de atividades como escola de dança, escola de música, ateliers de ensino de artes plástica e galpão teatral. O próprio parque oferecerá, nas praças de seu percuso, espaço para pequenas apresentações e exposições temporárias ao ar livre


do mesmo modo, o último setor, entre os bairros Colorado e São Sebastião, apresenta pouca diversidade de usos e oferta de equipamentos. A peculiaridade deste núcleo está na presença de grandes vazios não cultivados das hortas devido à má qualidade do solo. Nestes trechos já foram instaladas praça e quadra esortiva. Aproveitando o potencial dos vazio, a tendência inicial de uso, e a permissão da CHESF para a instalação de quadras esportivas, este núcleo foi, naturalmente, destinado à pratica de esporte e lazer. No espaço da faixa de servidão seão instaladas quadras poliesoprtivas, campos de areia para volei e futebol, skatepark, bikepark e atividade recreacional infantil. Na área destinada aos esportes, no lugar das quadras serão edificados restaurantes e bares, definindo um novo pólo gastronômico no Dirceu. Associado a esta setorização estão as melhorias no sistema viário, que serão apresentadas mais adiante em tópico específico. Quanto às demais infraestruturas, cada núcleo irá ofertar um conjunto básico, que corresponde ao tratamento de calçadas, arborização, iluminação urbana, fechamentos. e mobiliário urbano. Ofertarão ainda pontos de exercitação, playground, descanso, parada de ônibus/metrô e estacinamento. Em cada acesso à horta, haverá um conjunto aberto ao público constiruído de um minimercado, banheiros e bicicletário. Quanto ao apoio aos horticultores, em todos os acessos aos lotes haverá oferta de banheiros e depósitos, associado ao minimercado, e em cada horta será edificado um pequeno abrigo, em acordo com a restrições da CHESF, para a guarda de equipamentos e insumos. A associaçào ofertará ainda espaço para reuni ão (auditório), e escritório permanente para órgãos de apoio como Superintendência de Desenvolvimento Rural - SDR - e EMBRAPA.


SISTEMA VIÁRIO O sistema viário, como visto em diagnóstico, formou-se da sutura entre diversos tecidos urbanos, de tal modo que faltou planejamento para adaptar vias para acomodar o desenvolvimento da região. Assim, o sistema viário atual apresena problemas de fala de conectividade, acessibilidade e trânsito desordenado. A proposta pretende reordenar o sistema viário adjacente às hortas, criando um sistema maix conexo e coeso, partindo dos seguintes princípios: CRIAÇÃO DE UM BINÁRIO PARA AV. NOÉ MENDES a avenida Noé Mendes apresenta problemas de trâansito, sobretudo em horários de pico, por ser via de mão dupla, sem canteiro central e retornos, os motoristas retornam ou acessam as vias locais aleatoriamente, parando em locais inadequados e provocando congestionamentos ou acidentes. A criação do Binário (em azul no mapa) permitirá a ordenaçào do trânsto, criando cruzamentos ordenados nos pontos de retorno e cruzamento das hortas. A criaçào do binário também resolve problemas de conectividade para as ruas locais, sobretudo no setor leste das hortas (núcleos 3 e 4), promovento maior integração destes com o restante do Grande Dirceu, melhora assim o desenvolvimento de uso misto e estimula a vitalidade do lugar. SUBSTITUIÇÃO DE VIAS DE AUTOMÓVEIS POR VIAS PEDESTRES outro problema a ser solucionado constituía-se nos in;umeros cruzamentos de veículos que cruzavam as hortas e a linha de trem. Tais cruzamentos tornavam perigosas as atividades dos horticultores, bem como usuário, e colocava em risco a segurança dos motoristas que esperavam sobre a linha férrea nos cruzamentos entre vias locais e avenida. Foram definidos cruzamentos estratégicos para ordenar os pontos de acesso e retorno entre as porções norte e sul do Grande Dirceu. As demais vias locais foram transformadas em vias pedestres de acesso à horta, abrigando equipamentos de lazer e atividade física. ORDENAÇÃO DE SENTIDO DE VIAS Para concluir as diretrizes de intervenção nas vias, é preciso reordenar o sentido das ruas para adaptá-las ao funcionamento do binário. O sentido das vias foi arranjado de modo a provocar menor intervençao e seguindo o sentido natural de movimentos na região. CICLOVIA e PASSEIOS Instalação de ciclovia segura que segue toda a extensão da Horta e reforma e instalação de calçadas aprazíveis ao trânsito pedonal. Melhora-se assim a segurança de pedestres, motoristas e usuários do sistema de metrô. Promove-se a imaginabilidade e a legibilidade do sistema viário. Abrange uma diversidade de modais de transporte, definindo fluxos com maior segurança e conforto.



INFRAESTRUTURA A infraestrutura urbana do local divide-se em infraestruturas de transporte, infraestrutura de parque primária e infraestrutura de parque secundária. Que distribui-se conforme o esquema ao lado. Em cada núcleo encontram-se as infraestruturas de transporte e básica, ao longo das hortas, separados por núcleos estão as infraestruturas especiais, conformes os plano diretor apresentado nas páginas seguintes.


TRANSPORTE

via pedestre ciclovia ponto de ônibus estação metrô E

estacionamento

praça | ponto de encontro e estar parque infantil BÁSICAS

exercitação física

bicicletário banheiros mercado | ponto de apoio de horticultores

parque das hortaliças | horta escola

ESPECIAIS

associação de horticultores do grande dirceu ponto de cultura | música e arte ponto de cultura | dança e teatro praça esportiva ponto de gastronomia



NÚCLEO 4

NÚCLEO 3

NÚCLEO 2

NÚCLEO 1


E

+

E

E E

E

NÚCLEO 1

+


+

E

E

+

E E

+

E

E

E

E

NÚCLEO 2

+

+

+


E

E E

E

E

E

NÚCLEO 3


E

E

E

E

E

E E

NÚCLEO 4


LAYOUT FUNCIONAL O modelo de intervenções que se segue em toda a extensão da faixa de servidão segue, respeitando as particularidades de cada zona e atividade, o esquema conforme apresentada nos modelos ao lado. À esquerda está o modo de ocupação atual do Lote 1, onde se percepe o cultivo desordenado e a presença dos vazios. Conforme o esquema à direita, os módulos de cultivo serão reordenados e redistribuídos, de modo que se permita a ocupação racional dos espaços vazios. Será destinada uma faixa lindeira à avenida Noé Mendes, onde se desenrolará o parque linear, equipamentos urbanos de infraestrutura e usos variados. Nesta faixa/parque também estrão padronizados os acesso à horta e estruturas de apoio com minimercado, banheiros, depósitos, etc. Ainda nesta faixa serão distribuídas, ao longo de uma faixa pedestre e cicolvia, praças de estar e lazer, com espaços contemplativos arborizados, espaços para alongamento e exercitaçào e playground. As vias menores serião para transito pedestre e alocação de mobiliários urbanos, como mesas de xadrez/dama, academias urbanas, etc. Os estacionamentos serão distribuídos ao longo da avenida Noé Mendes, com implantação paralela, de modo a não criar conflitos de trânsito. A via de ônibus terá acesso independente para paradas, proporcionado maior segurança para os usuários.


via acesso veículos e retorno estação (reforma)

hortas

minimercado/apoio via pedestre

parque/praças de lazerr

horta escola

via pedestre

traffic calm




rúcula


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.