5 minute read
OPINIÃO
REAPROXIMAR
Desafio transdisciplinar
Advertisement
NATÁLIA VARA
O mês de outubro foi tempo de “Reaproximar”, reaproximar” à Escola, às Aprendizagens e às Competências”, num esforço conjunto entre a psicóloga Natália Vara e os professores das turmas de 8.º e 9.º da EBS do AEMD, no sentido de contribuir para a operacionalização do plano de atuação para o ano letivo 2020-21, nomeadamente, promovendo o sentimento de pertença dos alunos à turma e à escola; proporcionando um contexto de socialização, de empatia e de colaboração; e partilhando experiências, capacidades, competências e conhecimentos. O projeto “Reaproximar” concretizou-se num jogo de desafios disciplinares, elaborados pelos professores das turmas no início do ano letivo, permitindo alavancar respostas educativas mais adequadas e inclusivas, e facilitando, simultaneamente, a “revisão” de conteúdos e competências por todos os alunos de forma colaborativa. Os jogos foram orientados pela Drª Natália Vara e pelos diretores das turmas e decorreram no polivalente da escola.
A autoavaliação dos alunos permitiu concluir que a maioria considerou os desafios acessíveis e motivantes, embora alguns tenham mostrado que sentiram mais dificuldades em algumas disciplinas, informação importante para “regular” o processo de ensino-aprendizagem no início ano letivo.
Mais um ano letivo em contexto de pandemia
ISAURA PERES
O momento que atravessamos obrigou a planear um ano letivo marcado pela incerteza.
Mais informados pela experiência do terceiro período do ano letivo anterior e com enquadramento legal nas orientações oriundas do Ministério da Saúde e da Educação, a escola elaborou o respetivo Plano de Contingência para o surto do CoronavírusCovid 19 que pretendeu minimizar os riscos para a saúde dos alunos, professores e funcionários, de forma a garantir o funcionamento de todo o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro. Um grande desafio que prendeu à escola, durante todo o verão, a direção de modo a garantir a todos as melhores condições de regresso à escola.
No quadro da sua autonomia, a escola também se apropriou das "Orientações para a recuperação e consolidação das aprendizagens", flexibilizando as respostas organizacionais, curriculares e pedagógicas em função das necessidades e recursos disponíveis. Foi aprovado o Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário, o que permitiu a contratação de dois técnicos para dar resposta a situações concretas de maior risco.
Toda a Escola se envolveu nesta nova realidade: os espaços escolares foram reorganizados; as atividades curriculares e extracurriculares foram adaptadas; a Escola, como organização, implementou e monitorizou o seu plano de contingência; os professores empenharam-se em manter não só o ensino presencial com as condicionantes inerentes, como também a ligação com os alunos que pontualmente foram ficando em isolamento; os não docentes, a quem foram solicitadas novas e mais exigentes tarefas, nomeadamente em termos de higienização dos espaços, dos utensílios, dos cuidados dos alunos, fundamentais para a segurança de toda a comunidade escolar; os alunos e as famílias, que tiveram de lidar com uma escola diferente, cujo sentido cívico se revelou indispensável para que se minimizasse o impacto da pandemia nas escolas - todos foram essenciais. Os alunos souberam estar à altura dos enormes desafios que esta “nova” escola criou. Foram exemplares e não descuraram o uso de máscara, de higiene das mãos e do distanciamento.
Enquanto estivemos em ensino presencial, durante o 1º e 2º período, foram surgindo alguns casos de covid positivos que prontamente foram isolados, não tendo sido detetados casos de transmissão em meio escolar. Este facto não deixa de assegurar a importância do cumprimento das normas de segurança, da responsabilidade das famílias e da eficácia do plano de contingência. No 3º período não foi registado nenhum caso positivo na comunidade escolar.
Ao longo do ano houve alunos em confinamento para quem foi convocado o ensino à distância. Os professores desdobraram-se nesta dupla tarefa de acompanhar alunos presencialmente e à distância em simultâneo. Quatro turmas transitaram para o ensino à distância por períodos de 14 dias, por motivos de isolamento.
Com o confinamento, em fevereiro, março e abril, passou-se ao ensino à distância. Cada Conselho de turma delineou o seu plano de Ensino à Distância, enquadrado no Plano de Contingência.
A Plataforma Teams foi disponibilizada para todas as turmas, no entanto, tendo em conta a sua complexidade não foi adotada em todas as disciplinas, nomeadamente no 1º ciclo. Esta plataforma de ensino foi uma mais-valia que permitiu criar salas de aula, atribuir tarefas aos alunos, enviar feedback, realizar videoaulas, permitindo uma comunicação entre os professores e alunos mais organizada.
Infelizmente os computadores do ministério não chegaram a tempo, mas o agrupamento, em colaboração com a autarquia, acudiram às situações mais prementes disponibilizando computadores/ tabletes e pontos de acesso de internet aos alunos que evidenciaram essa necessidade.
No final do 2º período fez-se a monitorização do plano de E@D implementado no AEMD durante o confinamento, e, tendo em conta os indicadores recolhidos, o processo decorreu muito satisfatoriamente.
Durante o período de confinamento funcionaram, no agrupamento, 3 escolas de acolhimento: a EB de Sendim, a EB1 de Miranda do Douro e a EBS de Miranda do Douro. Foram acolhidos presencialmente filhos de profissionais essenciais, alunos abrangidos por medidas adicionais e com terapias, e alunos indicados pela escola ou da CPCJ. Na escola, estes alunos foram continuamente acompanhados por Docentes, Técnicos, e Assistentes Operacionais. Também estiveram em funcionamento os refeitórios escolares, não só para estes alunos, mas também, em take away para outros alunos de Escalão A e B que o solicitaram. A tabela evidencia os valores médios diários relativos às escolas de referência para acolhimento.
Entretanto, o Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital da Escola (PADDE) chegou!
Iniciou-se a Capacitação Digital de Docentes (PCDD) com um diagnóstico realizado através da ferramenta de autorreflexão Check-In. Este foi o elemento central no processo de identificação da competência digital dos docentes e que permitiu enquadra-los em formação específica para o seu nível de proficiência digital. Os primeiros níveis de formação iniciaram-se ao longo do 3º período.
Todos os docentes e discentes terão e-mail institucional, incluindo os do 1º ciclo, permitindo a adoção do Teams por todas as turmas, mesmo no ensino presencial.
Os computadores do ministério começaram a chegar. Foram distribuídos cerca de 300 computadores e pontos de acesso à internet, prevendo-se abranger, no próximo ano letivo, todos os alunos e docentes.
A evolução da pandemia, não obstante o plano de vacinação, é, ainda, incerta. No entanto, a experiência assegura-nos que a Escola é capaz de dar respostas adequadas e responsáveis, enfrentando os desafios, em que cada um dará o melhor de si, em prol da comunidade escolar.