A trajetória e os métodos de Marlonei dos Santos, líder dos médicos grevistas
Caxias do Sul, maio de 2010 | Ano I, Edição 23 | R$ 2,50
M. Damasceno/O Caxiense
CLÍNICA SINDICAL
|S8 |D9 |S10 |T11 |Q12 |Q13 |S14
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
IDEIAS
CONTRA A
POLUIÇÃO
A má qualidade do ar, causada principalmente pela poluição de veículos automotores, pode ser revertida com o uso de tecnologias limpas. A indústria caxiense tem alternativas prontas e testadas. Basta o poder público incentivar a sua adoção
Renato Henrichs: consulta popular online em estudo | Roberto Hunoff: Joinville voa melhor que Caxias | Mato Sartori: enfim, trilha desobstruída
Índice A Semana | 3
Um resumo das notícias que foram destaque no site
Roberto Hunoff | 4
Em Joinville, equipamento garante pousos e decolagens mesmo com clima ruim
Retratos do tempo | 5
A imagem que ficou na memória da família Tomazoni após quase 60 anos dedicados à fotografia
(Acompanhe em www.twitter.com/ocaxiense) CARREIRA EM ALTA
Expansão do setor e paixão por voar atraem candidatos a piloto de avião
Caxias do Sul, abril de 2010 | Ano I, Edição 22 | R$ 2,50
|S30|S1° |D2 |S3 |T4 |Q5 |Q6 |S7
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet. Maicon Damasceno/O Caxiense
Fotos: Maicon Damasceno/Ocaxiense
www.OCAXIENSE.com.br
Sinal Verde | 8
Parque Municipal Mato Sartori está com inscrições abertas para aulas de preservação ambiental
MAIS VERDE, MENOS CINZA Em processo acelerado de urbanização, Caxias necessita de um projeto de arborização e conscientização ambiental
Perfil clínico | 10
Renato Henrichs comenta a ida de comitiva caxiense para a África do Sul | Roberto Hunoff fala do prêmio do Sebrae concedido a Sartori | Na entressafra, Caxias e Ju semeiam o futuro | A herança musical de Elpídio se cala
SER Caxias | @MartaDetanico @ocaxiense Muito bom ler reportagens assim. É este tipo de imprensa que tanto queríamos e que agora temos. Parabéns. Marta Detanico, em 7 de maio
Diskoteke Elpídio fecha | @anaseerig Isso é lamentável!
Quem é Marlonei Silveira dos Santos, o sindicalista que lidera as greves médicas
Pavilhões gaudérios | 12
Ana Seerig, em 6 de maio
@lbgomes Parabenizo @ocaxiense pela matéria sobre a loja de discos do Elpídio. Vai deixar saudades! Lucas Bonan Gomes, em 3 de maio
Multidão tradicionalista se reúne na 22ª edição do Rodeio Crioulo Nacional
Conscientização no ar | 13
Empresas como a Tuttotrasporti e a Agrale já trabalham em produtos de tecnologia limpa, mas a cidade não parece disposta a adotá-los
@RicaMartini É um prazer ler @ocaxiense. A matéria sobre a loja do seu Elpídio me fez retroceder 20 anos. Ricardo Martini, em 2 de maio
Guia de Cultura | 16
Regularização do título de eleitor | @bruno_txt @ocaxiense O tempo médio da fila para fazer o título é de 4 horas. Quatro horas, cara! Bruno Parizotto, em 6 de maio
Artes | 18
@AnnaElisaM Passei por lá e a fila tava imensa! Ana Elisa Minuscoli, em 6 de maio
Fragmentos femininos na Galeria Municipal e uma visão aguda da moral protestante no Ordovás Perguntas no lugar onde há espera por respostas
Cesta básica | @Sechaus Quem ganha 1 salário mínimo tá na dieta. Maurício Sechaus, em 5 de maio
Guia de Esportes | 19
A classificada dupla CA-JU disputa a última rodada da primeira fase no Sub-20 Torcedores relatam por escrito a emoção das glórias do Caxias
Mato Sartori | @gustavotoigo @ocaxiense O Mato Sartori merece destaque pois vai precisar de preservação e acompanhamento fortes. Vereador Gustavo Toigo, em 4 de maio
Expectativa alviverde | 21
COMENTÁRIOS NO SITE
Depoimentos grenás | 20
(Acompanhe em www.ocaxiense.com.br)
Lauro, o ídolo em campo, aceitará defender o Ju fora dele?
Renato Henrichs | 23
Presidente da Câmara avalia ideia de consulta popular pela internet para projetos polêmicos
Expediente
Redação: Cíntia Hecher, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), Graziela Andreatta, José Eduardo Coutelle, Maicon Damasceno, Marcelo Aramis, Marcelo Mugnol, Paula Sperb (editora do site), Renato Henrichs, Roberto Hunoff e Valquíria Vita Comercial: Leandro Trintinaglia Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo
Assine
Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120 Jornal O Caxiense Ltda. Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471 Fone 3027-5538 | E-mail ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br
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Edição 22 | @danieldalsoto Uma capa diferente, com proposta ecológica, sem contar o conteúdo do jornal, que está muito bom! Parabéns novamente @ocaxiense. Daniel Dalsoto, em 2 de maio
O Caxiense
8 a 14 de maio de 2010
Greve dos médicos | Concordo plenamente com a greve, apesar de não atender em Caxias. O trabalho médico está desvalorizado há muito tempo. Àqueles que nos apontam nos “lembrando” de nosso juramento, digo que reivindicar remuneração justa não o fere. A maioria de nós somos médicos em tempo integral… eu adoraria ser, por exemplo, uma empresária, e ser médica apenas nas horas vagas, mas amo o que faço (e procuro fazer o melhor possível) e isso exige tempo integral. Nosso curso dura 6 anos, sem contar (no meu caso) 4 anos de residência, inúmeros cursos, congressos e gastos com livros, visando a constante atualização. Ainda tenho muito a dizer, mas paro por aqui. Desejo aos colegas de Caxias que tenham muito sucesso. Giovana Sebben, em 4 de maio
GALERIA DE FOTOS
(Veja em www.ocaxiense.com.br/multimidia) Confira a galeria de fotos com imagens da exposição Fragmentos, do artista plástico Victor Hugo Porto.
Capa | Arte de Marcelo Aramis. Erramos | O nome do avião conhecido como Seringueiro é Piper J-3 Cub, e não “Club”, como publicado na edição anterior (Aprender a voar).
S e m an alm e nte n a s b an c a s , di ar i am e nte n a inte r n e t .
A Semana
MAicon Damasceno/O Caxiense
Começa 5ª etapa de vacinação contra H1N1; mais de 113 mil já foram imunizados em Caxias
Caxias teve projeto de inclusão digital aprovado e receberá recursos federais para até 24 novos telecentros, como o Centro de Inclusão Digital (Ciad) de Vila Cristina
SEGUNDA | 3 de maio Inclusão digital
Caxias receberá novos telecentros
Caxias do Sul poderá receber até 24 novos telecentros. O projeto encaminhado pela Secretaria de Planejamento ao programa do governo federal Telecentros.Br foi um dos 63 aprovados entre os 1.071 inscritos em todo Brasil. O coordenador do Comitê de Inclusão Digital, Peterson Danda, explica que o projeto encaminhado ao governo prevê a instalação de 24 telecentros, com foco principal nas comunidades de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do município. “Destes, 20 são novos espaços e quatro serão destinados para revitalização de espaços já existentes, que sofreram algum tipo de dano em seus equipamentos, como é o caso do Ciad (Centros de Inclusão e Alfabetização Digital) de Vila Oliva, que teve seus equipamentos danificados pelo raio que atingiu o distrito no início deste ano”, informa.
TERÇA | 4 de maio Novo aeroporto
Local deve ser confirmado após eleições O impasse sobre a definição do local do novo aeroporto tomou novos rumos. O deputado federal Ruy Pauletti (PSDB) acredita que a governadora Yeda Crusius irá divulgar a localidade escolhida (Monte Bérico ou Vila Oliva) apenas após as eleições de outubro. O relatório de viabilidade encomendado pelo governo será concluído ainda neste mês, como confirma a assessoria de imprensa
da Secretaria de Infraestrutura e Logística. “Acredito que ela (a governadora Yeda) vai se reunir com sua assessoria e não vai achar conveniente divulgar o resultado do relatório tão logo. Provavelmente irá fazer isso depois das eleições”, diz o deputado. “Fiquei surpreso ao ouvir isto do deputado Pauletti. A governadora disse que ficaria pronto o estudo entre o final de abril e início de maio. Ficamos muito chateados com essa nova informação. A Serra precisa desse aeroporto, independente do local que seja. Assim perdemos mais um ano”, diz Milton Corlatti, presidente de Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), instituição que luta pela vinda do novo aeroporto para Caxias.
QUARTA | 5 de maio Cesta básica
Alimentação eleva custo Em abril o caxiense precisou desembolsar R$ 505,67 para adquirir a cesta de produtos básicos. O valor representa aumento de 1,32%, ou R$ 6,57 absolutos, na comparação com março. Em 12 meses é o segundo maior aumento, atrás apenas de junho, que foi de 1,67%. O indicador é apurado mensalmente pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul com base nos preços de 47 itens coletados em cinco supermercados. O resultado foi influenciado pelos produtos alimentícios, em alta de 2%, superando o valor de R$ 402. O custo dos produtos não-alimentares declinou 1,25%, passando para R$ 103,65. A coxa de frango foi o item de maior aumento, com 16,47%. Seguiram-se o tomate, 12,6%; cebola, 13,92%; leite longa vida, 6,58%; e carne bovina, 3,58%.
QUINTA | 6 de maio H1N1
Mais de 113 mil já foram vacinados em Caxias Cerca de 113.362 pessoas receberam a vacina contra o H1N1 em Caxias do Sul. O número, segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde, Arlete Viezzer, está dentro do esperado, e mostra que a cidade tem se destacado do restante do Estado. No sábado (8), inicia quinta etapa da vacinação para pessoas de 30 a 39 anos. Também está sendo realizada a vacina contra a gripe comum em pessoas de 60 anos ou mais. Até quarta-feira já haviam sido atendidas 22.098 pessoas. No caso de idosos portadores de doenças é aplicada a vacina contra a gripe H1N1 num braço e a da gripe sazonal no outro. “A vacina da gripe sazonal para os idosos é até mais importante do que a da gripe H1N1 porque é o vírus que mais circula no nosso Estado, e até no Brasil. E a gripe comum é tão grave quanto a H1N1. Devido as campanhas de vacinação se percebe que diminuíram o número de internações e de mortes por doenças respiratórias”, explica Arlete.
SEXTA | 7 de maio Eleições
Conselho Tutelar tem 19 candidatos Seis homens e treze mulheres concorrem às 10 vagas para conselheiros tutelares de Caxias. Na apresentação, quase todos os candidatos disseram já ter experiência em trabalhos com crianças e adolescentes. A votação que elegerá cinco conselheiros para cada Conselho Tutelar – Macro Região
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Norte e Macro Região Sul – será aberta à comunidade e ocorre no dia 30 de maio. O resultado deverá ser conhecido no mesmo dia. Os conselheiros eleitos assumirão em outubro, e ficam nos cargos até 2013. O salário de um conselheiro tutelar é de R$ 2,7 mil. Confira os candidatos às dez vagas de conselheiros tutelares: Cecilia Silveira Leite, Cleonice de Fátima Andrade Cleusa de Fátima Oliveira da Silva, Daiane da Cruz, Fabian Tamura, Giane Neitzke Kuhn, Janaína Santos Gil, Janice Armino, Jucimara Fátima Vidal, Loci Teresinha de Almeida Prux, Marcelo Valmir Vanzin da Silva, Marcos Antonio Castilhos Abreu, Marien Regina Andreazza Merindiara Godinho Rodrigues, Paulo Roberto Borges, Paulo Rodrigo Toledo Inda, Rosane Biurrun Martins Curto, Terezinha Marli Pescador Andreazza e Zeferino de Freitas. Negócios
Negócios
Empresa caxiense presta serviços para Trensurb A Keyworks Tecnologia da Informação, empresa caxiense de desenvolvimento de softwares, começou a prestar serviços para a Trensurb, empresa responsável pelo trem que liga Porto Alegre a São Leopoldo. A Keyworks venceu a licitação realizada em dezembro do ano passado, e o serviços começaram a ser prestados a partir do dia 12 de abril, data em que foi oficializado o contrato entre as duas partes. O contrato tem um ano de duração e pode ser renovado por até cinco. “Nós somos responsáveis pela manutenção do site e da intranet (rede local onde estão as informações corporativas da empresa)”, conta o diretor da Keyworks, Julio Cesar Machado. Apesar da distância, analistas serão deslocados até a sede da Trensurb. 8 a 14 de maio de 2010
O Caxiense
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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
Júlio, Objetiva/Divuçgação/O Caxiense
Contrato
A Qualytool ConsultingGroup foi contratada pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) para assessorar seu projeto de integração de sistemas de gestão. Caberá à empresa caxiense integrar cinco normas de certificação - meio ambiente, qualidade, saúde e segurança ocupacional, segurança da informação e responsabilidade social -, em um único sistema, conferindo maior eficiência e agilidade à gestão e aumentando a competitividade do cliente no cenário mundial de mineração. A CBMM, com matriz em Araxá (MG), é a única produtora de nióbio com presença em todos os segmentos de mercado e subsidiárias na Europa, Ásia e América do Norte.
Novas contas
O Grupo PCP Participações, de Caxias do Sul, escolheu a Dinâmica Comunicação Empresarial para a prestação de serviços de assessoria de imprensa. A corporação, fundada em 1978 para atuar na representação comercial de empresas dos ramos siderúrgico e metalúrgico, desde 1990 também manufatura chapas e tubos de aço. Atualmente, o grupo está dividido em cinco unidades: PCP Produtos Siderúrgicos, PCP Serviços de Corte em Aço, Unylaser Indústria Metalúrgica, Tuboservice e Imefer, afiliada do Grupo Galeazi de São Paulo. Já a Enter Comunicação fechou contratos com a Qualytool ConsultingGroup, empresa caxiense de consultoria empresarial, pesquisa e educação executiva, e Emporio Arredo, fábrica de móveis de Garibaldi.
Para reflexão Pode até não parecer, porque não tratou de PIB, inflação, investimentos, mas a palestra do ex-governador Antônio Hohlfeldt nesta semana foi uma das mais importantes e significativas já promovidas pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul. Sua abordagem tocou num ponto crucial da comunidade local: a comunicação não é vista como instrumento de promoção, de divulgação, de fortalecimento da cidade. É avaliada tão somente como um gasto de pouco ou quase nenhum retorno. Isso vale para iniciativa privada e pública. Pois o ex-governador foi feliz em toda a sua manifestação
Suporte às feiras
A Spassus Stands Promocionais, de Porto Alegre, abriu escritório em Caxias do Sul para prestar serviços em desenvolvimento e montagem de estandes personalizados para feiras, congressos, exposições e eventos. A diretora Paula Schafirowitz estima que a localização de filial na Serra elevará em 50% o faturamento da empresa nos próximos dois anos.
Brinde aromatizado
Com a perspectiva de elevar as vendas do Dia das Mães de seus lojistas em 15%, o Prataviera Shopping desenvolve a campanha Essência de Mãe Prataviera Shopping. Por meio dela, ocorre até sábado, dia 8, a distribuição de aromatizantes de ambientes personalizados para compras acima de R$ 100.
Comemoração
O dia 8 de maio marca os 30 anos de existência do Dall’Onder Grande Hotel, de Bento Gonçalves. Ele se originou a partir da compra do Hotel Atlântida pelo empresário Rodolpho Elia Dall’Onder, que levou para administração do empreendimento o genro Tarcisio Michelon. À época, eram 26 apartamentos; atualmente são 265, distribuídos em seis categorias, além de estrutura para alimentação, lazer e eventos. Para marcar a data, a rede Dall’Onder, ainda formada pelos hotéis Vittoria e Vinocap, elaborou programação que se estende até junho. Divulgação/O Caxiense
Sofisticação
O Caxiense
8 a 14 de maio de 2010
Saúde
Responsável por média mensal de 730 cirurgias no ano passado, o Hospital Saúde trabalha com meta de elevar o número em 10%. Para sustentar a expansão conta agora com 20 leitos para recuperação e nove salas cirúrgicas no Centro Cirúrgico. Desde o ano passado, o estabelecimento vem ampliando sua estrutura.
Com a proposta de oferecer móveis exclusivos e contemporâneos, os empresários Fernando Bazzo e Fernanda Hackbart criaram a Carmella Chic Mobiliário. Com 10 anos de experiência no comércio internacional de móveis, os empreendedores buscam as novidades em países asiáticos, como
Tailândia, Filipinas, Malásia, Vietnã e China. A loja tem área construída de 500 metros quadrados, ocupando três andares de uma residência da área central, e jardim de 700 metros quadrados. O horário de funcionamento é outro diferencial da loja: atende das 14h às 20h.
A CIC de Caxias do Sul promove a partir das 19h30 de terça-feira (11), em sua auditório, palestra com Waldez Ludwig. Ele falará sobre o tema A gestão do capital intelectual como diferencial competitivo.
e sua relação com a imagem e A imprensa como quarto poder.
Curtas
Na quarta-feira (12), a partir das 18h, ocorre no auditório da CIC de Caxias do Sul, a segunda edição do Diálogos da Comunicação. Serão abordados os temas Eventos e negócios
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e fez ver como a comunicação pode ser decisiva para uma cidade ou organização. As poucas empresas de Caxias que fazem uso, e bem, desta ferramenta sabem o quanto ela é importante. Que as demais milhares de organizações caxienses se abram para a comunicação. Elas têm muito a ganhar. O ex-governador aproveitou para comunicar a realização do 33º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), com o tema Comunicação, Cultura e Juventude, no período de 2 a 6 de setembro próximo na Universidade de Caxias do Sul, com expectativa de reunir cinco mil participantes.
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul e prefeito de Sentinela do Sul, Marcus Vinícius Vieira de Almeida, palestrará na reunião-almoço de segunda-feira (10) na CIC de Caxias do Sul. O político falará sobre o tema Pacto federativo: ficção ou realidade.
No tranco do jabuti
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos orgulha-se pela agilidade e rapidez com que faz as entregas de correspondências. Mas este orgulho não pode ser dividido com a sua agência Centro de Caxias do Sul, que tem atendimento precário. Quem precisou postar uma simples correspondência na tarde de quarta-feira (5), aguardou, no mínimo, 45 minutos. De 12 caixas dispostos para atendimento, apenas a metade funcionava no meio da tarde. Já quem postava um sedex ou uma encomenda, obviamente serviços mais caros, tinha preferência no atendimento, algo que deve ser rotina. Fica aqui uma sugestão aos vereadores, sempre ciosos em regular, no que estão certos, o tempo máximo de espera de um cliente nas filas de bancos e supermercados, por exemplo. Façam o mesmo com os serviços públicos, começando pela Agência Centro dos Correios.
Campanha ambiental
Desenvolvido inicialmente para sensibilizar alunos da rede pública e privada, o vídeo Simecs Ambiental será agora difundido para toda a comunidade, tornandose oficialmente tema de campanha da entidade neste ano. O trabalho de aproximadamente seis minutos foi editado em três versões, focando aspectos de preservação do meio ambiente: água, lixo e energia. O personagem central é “Sid-Sementinha”, que apresenta as ações que visam à preservação ambiental.
Em Joinville dá!
Maior município do vizinho estado de Santa Catarina, Joinville guarda muitas semelhanças com Caxias do Sul, especialmente quanto à economia. Ambas cidades têm forte vínculo com a indústria metal-mecânica. Também têm um problema em comum: as condições climáticas interferem seguidamente no funcionamento de seus aeroportos. Mas, neste caso, há uma grande diferença: Joinville se mobilizou e conseguiu, via governo federal, a instalação do ILS, equipamento capaz de garantir pousos e decolagens em situações de visibilidade comprometida – algo que Caxias conhece muito bem. Quem sabe não se faz o mesmo por aqui, já que o novo aeroporto, por tudo que se vê e ouve, vai demorar décadas. Se nada for feito os clientes continuarão sendo brindados por promoção muito especial da Gol. Ao comprar uma passagem de Caxias-São Paulo, se tem direito a trechos adicionais sem ônus: Caxias-Porto Alegre, Porto Alegre-Guarulhos e Guarulhos-São Paulo. O inconveniente é que a viagem de, no máximo, 1h30, se transforma numa de quase oito horas. Para terminar: Joinville também tem voos da TAM e da Azul.
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Maicon Damasceno/O Caxiense
Registros da memória
ÁLBUM
DE FAMÍLIA A história dos Tomazoni, unidos por um negócio de quase seis décadas e incontáveis imagens
O letreiro instalado sobre o prédio da família, onde ficava a matriz, em Lourdes, teve suas luzes apagadas no fim de 2009
O
por VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br letreiro luminoso vermelho e azul da Tomazoni foi desligado no final do ano passado. Desde a década de 1980, quando o neon foi instalado no telhado do prédio de sete andares da família, no bairro de Lourdes, as palavras Kodak e Tomazoni podiam ser vistas de longe, piscando e iluminando as noites, as casas e os prédios vizinhos. Quando o principal administrador das lojas de fotografia, João Alberto Tomazoni, o Joni, faleceu, em março de 2009, não havia mais motivos para que o letreiro ficasse ligado. Era o que faltava para o negócio, que já não ia bem, fechar as portas, poucos meses antes da data em que completaria 60 anos de existência. Quando tinha 12 anos, Maria Lúcia Tomazoni adorava passar as tardes fotografando as amigas no Parque Monteiro Lobato (próximo ao colégio Emílio Meyer), no bairro Exposição, com uma câmera de filme em rolo, que fazia até 12 poses. Presente do pai, o fotógrafo Clemente Tomazoni. Maria Lúcia é uma das poucas adultas, hoje na faixa dos 60 anos, que possuem muitas fotos do tempo de infância. “Eu e o Joni, principalmente, que éramos os filhos mais velhos, sempre tivemos acesso às câmeras, o pai sempre foi muito de deixar a gente usar”, conta Maria Lúcia, que hoje, em vez de fotografar as amigas com uma pequena câmera analógica, tira fotos digitais dos netos. “Mas sinto falta de abrir álbuns e manusear as fotografias.” Maria Lúcia considera a fotografia algo extremamente sentimental. “Quando a gente olha para uma foto antiga é como se a gente revivesse, como se um filme passasse na cabeça.
A foto sempre diz alguma coisa”, explica. Revelando emoções, a imagem que fica, diziam os slogans da Tomazoni. O valor que Maria Lúcia atribui à fotografia certamente é herança de Clemente, que aos 15 anos, ao trabalhar com um irmão, em Erechim, descobriu que a foto faria parte de sua vida. Na época, o garoto que nada entendia do ramo aprendeu a profissão da forma mais eficiente que existe: na prática. Fazia fotos de estúdio, eventos sociais, clubes e até para a polícia e funerais. “Meu pai já fotografou morto, mas não aqui em Caxias, era mais nas colônias que solicitavam isso”, conta a outra filha, Maria Cristina. Em maio de 1950, já casado há cinco anos com Odila Suzin e conhecido pelo nome comercial de C. Tomazoni, Clemente veio para Caxias e abriu seu próprio estúdio ao lado do tradicional Clube Juvenil. No Natal de 1958, saiu do aluguel e mudou-se para uma casa na Rua Sinimbu, na época uma rua pacata, onde hoje fica uma loja de emoldurações, ao lado do prédio da Tomazoni. Além de vender produtos fotográficos, a loja era conhecida pelas fotos de indústrias e pelas fotos sociais feitas por Clemente, que também registrava jogos de futebol – o que ele chamava de “reportagens”. Sérgio Mazzochi entrou na Tomazoni em 1971 e de lá só saiu no fechamento da empresa, em 2009. Iniciou como aprendiz, assim como Clemente, e foi acompanhando todas as etapas da fotografia. “Desde a bacia até o digital”, diz ele, fascinado com os processos químicos, elétricos, óticos e digitais pelos quais a foto passou ao longo do tempo. No início dos anos 70, a passagem do preto e branco para o colorido foi, de acordo com Sérgio, o que mudou o
modo de fazer fotografia para sempre. dio da família. Juntos, relembram um “Foi aí que começaram as revelações momento importante da Tomazoni: a para amador. Antes, existia revelação parceria com a com a norte-americana no preto e branco, mas era muito pou- Kodak, que quando entrou no mercaco. O preto e branco era mais simples, do, por volta de 1975, ajudou a popudois banhos no máximo. E o colorido larizar a fotografia, até então elitizada. era técnica alemã, demorava uma se- “Eram câmeras fáceis e baratas, como mana para chegar à fotografia final, hoje o celular, que todo mundo tinha. pois eram 14 banhos para revelar o fil- A Kodak foi um show. E fez com que me e depois vinha o processo do papel. a revelação ficasse mais rápida, trouEra muito artesanal”, explica Sérgio. xe equipamentos automatizados, que Tamanha foi a transformação que propiciavam alta produção. Dos anos a Tomazoni, no início chamada La- 70 para 75 houve uma evolução muito boratório Fototécnico grande da fotografia. E Reunidos, depois Lade 75 para os anos 80 boratório Fototécnico “Era hábito, nos houve um pulo granTomazoni, mudou de dioso, com muita gensábados, pegar nome, para Tomazoni te fotografando”, conta Laboratório Fotográfi- os filhos, bater Sérgio. co a Cores. Era ainda fotografias e Como a Tomazoni administrada por Cle- fazer pôsteres. foi a primeira a trabamente, junto com Sérlhar com a Kodak no Parecia fila gio, um sobrinho, AntôEstado, e foi sua única nio, e o filho mais velho, de vacinação”, revendedora autoriJoni. zada por muitos anos, relembra Em 1975, aos 15 anos, Maria Cristina a marca dava suporte a irmã mais nova de à empresa caxiense, Joni, Maria Cristina, cedendo materiais, entrou no negócio da família. Aten- cursos e até o letreiro de neon. Com o dia clientes e retocava fotografias – na impulso da Kodak, a Tomazoni passou época, intervenções para tirar peque- a ter muito mais serviço e parou de fanas sujeiras das fotos eram feitas com zer as “reportagens” – que exigiam que tintas específicas, nada parecido com os sócios fotografassem nos finais de os retoques digitais de hoje. Logo ela semana. “Parar com isso foi uma baicomeçou a fotografar: “Passava as sex- ta besteira que fizemos na época. Olha tas e os sábados dentro de um estúdio hoje, qual é a loja de fotografia que faz fotografando. Naquela época, por in- o social, formaturas e casamentos, que crível que pareça, faziam fila para bater não tem seu próprio laboratório? O nefoto dos filhos. Era hábito, nos sábados, gócio da fotografia está todo junto, é o pegar os filhos, bater fotografias e fazer inverso do que nós pensávamos. Se nós pôsteres. Era uma coisa tradicional. tivéssemos continuado, estaríamos Não se marcava horário, era por che- como as grandes lojas de fotografia esgada. Parecia uma fila de vacinação”. tão hoje”, explica Sérgio, que fala do sogro como se fosse um pai. “Era um neSérgio e Maria Cristina se co- gócio familiar e, enquanto o Clemente nhecerem na Tomazoni e, anos depois, era vivo, para mim era muito bom. casaram-se. Até hoje moram no pré- Ele não deixava que as divergências
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8 a 14 de maio de 2010
O Caxiense
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Em 1979 a Tomazoni abriu a primeira filial, na Galeria Jotacê, na Júlio de Castilhos. Neste mesmo ano, Maria Lúcia começou a trabalhar na Tomazoni. Fazia o que mais gostava e atendia ao público. “Alguns clientes iam buscar as fotos e contavam a vida para nós. Eu ficava pasma, ouvindo, e criava um vínculo muito grande com eles”. Ela lembra de uma cliente que costumava viajar muito para a Europa e, na hora de retirar as fotos reveladas, contava tudo sobre a viagem. “Viajei tanto, mas nunca saí da loja”, brinca Maria Lúcia. Nos anos seguintes novas filiais da Tomazoni abriram, inclusive em outras cidades, como Novo Hamburgo, Farroupilha e Bento Gonçalves. A empresa chegou a ter oito lojas abertas.
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Clemente morreu em 1990, deixando a administração para Joni e sua esposa, Odessa Toss, e as irmãs dele, Maria Lúcia e Maria Cristina. Na passagem para os anos 2000, a chegada da fotografia digital começou a abalar a empresa, que já enfrentava problemas internos desde a morte do fundador. “A grande frustração da fotografia digital é que não mandam revelar. Hoje se tem imagem, não a foto. Ela está no computador. Antigamente tinha-se a fotografia, porque tinha que passar para o papel para saber se saiu de olho fechado”, diz Sérgio. Mesmo assim, ele afirma que o momento atual é o melhor da fotografia, pois com a tecnologia digital se produz fotos em grande escala e em alta qualidade. A Tomazoni contratou profissionais que já dominavam as novas técnicas: “Foi na Tomazoni que eu decidi que queria fotografar”, conta o fotógrafo Silas Abreu. Na loja de Lourdes e sob supervisão de
Joni, ele trabalhou durante três anos, dimento, assim como os de Maria fazendo revelação e edição de imagens Lúcia. Às vésperas do Natal de 2009, no computador. “Eu aprendi muito com dívidas de impostos acumulalá. Tive contato com fotógrafos e com das, a Tomazoni fechou para as festas outros tipos de trabalho de fotografia, de fim de ano e nunca mais abriu. A como de casamento. A gente editava e morte de Joni, meses antes, convencera tratava as imagens de fotógrafos de ca- Odessa entender que não seria possísamento do Brasil inteiro, e fotógrafos vel continuar sem ele, ainda mais com grandes”, completa Silas, hoje dono de os problemas que a empresa vinha enum estúdio. frentando. A Tomazoni tentou, mas as lojas não conseguiram superar financeiramenNa sala do apartamento de te a queda provocada pela fotografia Odessa há apenas fotos de Joni. Sempre digital. O custo operacional ficou alto sorrindo e com o bigode escuro que o diante de um lucro muito pequeno. caracterizava, Joni aparece exibindo “Trabalhamos no vermelho alguns grandes peixes, trazidos das pescarias anos. Lembro que em abril de 2000 com os amigos. “Ele sempre dizia que houve uma queda de se a fotografia não fos50% nos números, que se a profissão, seria o nunca mais subiram. “Era uma pessoa hobby. O hobby era a E ter apenas 50% do muito otimista, pesca, embora ele não faturamento do que se gostasse de comer peipositiva, tinha imaginava, em quesxe. Nunca vou ententão de um ano se fica visão de futuro, der isso”, conta Odessa. no vermelho e não se acreditava nas Por dois longos anos, sai mais”, afirma Maria pessoas e dava ela cuidou do marido Cristina. “Houve um em sua luta contra o oportunidade” enxugamento geral da câncer. Aos poucos, empresa. Tivemos tam- diz Sérgio sobre Joni teve que ir se desbém diversos roubos, o sogro, Clemente ligando da adminisperda de equipamentração da Tomazoni. tos valiosos, problemas Odessa ficou viúva em trabalhistas com funcionários. Esses 18 de março de 2009, cinco dias antes fatores também nos abateram. Assim do aniversário do marido, que faria 60 como a concorrência”, complementa anos. “A alma da Tomazoni era ele”, reSérgio. sume. Maria Cristina e Maria Lúcia saíram Odessa testemunhou o envolvimenda empresa, deixando apenas Sérgio, to de Joni com a fotografia desde que Joni e Odessa na administração. “A os dois eram namorados. À noite, ela o sensação foi muito triste. Foi uma per- ajudava no estúdio, para que não tivesse da, uma coisa que meu pai começou, que trabalhar sozinho. “Ele fotografava a gente deu a vida praticamente para e trabalhava nos laboratórios. Era o reque continuasse e teve que terminar. lações públicas, fazia compras, mantiQuando começou a história do com- nha relações com fornecedores e, nos putador, o Joni já dizia que a foto ia finais de semana, fazia ‘reportagens’”, morrer, sabíamos que mais dia menos relembra. “Ele tinha um entusiasmo dia iria acabar”, relata Maria Lúcia. muito grande com isso. Era como o “Nós começamos a ficar velhos, não pai, no espírito empreendedor e em vieram ideias novas e gente nova”, ana- valorizar as pessoas. E nasceu com o lisa Sérgio. espírito da fotografia. Porque o pai dele Os dois filhos de Odessa e Joni não sempre fotografou e o Joni sempre cirquiseram levar adiante o empreen- culou por lá. Até mesmo quando ainda
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estava na barriga da mãe, que ajudava na revelação. Ele dava muita força para quem manifestava vontade de entrar no ramo”, diz Odessa, contando que foi Joni quem incentivou Clemente a colocar o processo de revelação colorida na década de 1970. Odessa diz que restam ainda muitas fotos de clientes da Tomazoni que nunca foram retirá-las. De vez em quando ela liga para alguns telefones, para ver se alguém pode ir buscar as fotos. Por enquanto, estão todas guardadas. Alguém chegou a sugerir que ela fizesse como as lavanderias, que vendem as peças que não são buscadas. Mas Odessa logo respondeu que não há como fazer isso, vender algo tão pessoal como uma foto. A fotografia na família Tomazoni era mais do que uma fonte de renda. Era uma paixão, que envolveu de uma forma ou outra todos os seus membros. Com a falência da empresa, o que mais dói hoje em seus antigos sócios é a falta do contato com a fotografia, e não tanto a renda que ela gerava. “Algumas pessoas não entendiam, mas comíamos e dormíamos fotografia. Aquilo era tão normal para nós”, explica Maria Lúcia. “Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”, disse o célebre fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson. Seja no tapete antigo, com a inscrição “Studio Tomazoni”, esticado até hoje no hall do prédio da família, seja nas fotos de um sorridente Joni espalhadas pela sala de Odessa ou no grosso álbum com recortes montado para o aniversário de 50 anos da empresa, fica a memória de que a Tomazoni soube, pelo tempo em que resistiu, alinhar a cabeça, o olho e o coração. No ponto onde ficava a matriz, na Rua Sinimbu, abrirá dentro de alguns meses uma outra loja de fotografia, de São Paulo. Uma outra empresa, com uma outra história. 5.
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1. Odila Suzin em frente à primeira loja Tomazoni 2. Sérgio, aos 15 anos, no laboratório a cores. 3. João Alberto, o Joni 4. Clemente, o fundador 5. Loja matriz, em 1987
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Fotos: Acervo da Família Tomazoni/O Caxiense
acontecessem. Era uma pessoa muito otimista, positiva, tinha visão de futuro das coisas, acreditava nas pessoas e dava oportunidade, sabia em quem apostar. E era uma pessoa simples, não tinha muito estudo. Eu gostava muito dele. Ele era a mola propulsora.”
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Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense
Aula verde
No último dia 3, vizinhos, imprensa e algumas autoridades, como a primeira-dama Maria Helena Sartori (C), passearam pelas trilhas
EDUCAÇÃO
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por MARCELO ARAMIS marcelo.aramis@ocaxiense.com.br
s alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Antunes, a maioria moradores do 1° de Maio, já conheciam o Mato Sartori, uma área de 6,6 hectares que faz divisa com o bairro. Sabiam que ali havia um atalho para o Centro e que era um lugar perigoso à noite, mas, durante o dia, apesar das toneladas de lixo, era perfeito para brincar. Em março de 2008, máquinas e operários invadiram o grande quintal. Na escola, diziam que o Mato seria transformado em um parque voltado à educação e à preservação do meio ambiente. Recomendaram que não se depositasse mais lixo. Pediram que não brincassem mais por lá. As crianças demoraram algum tempo para entender, mas se engajaram na causa ecológica. Entediaram-se com a obra, lançada em 2007 e concluída só em março deste ano, depois de diversas promessas de inauguração. No último dia 3, o parque finalmente abriu, para a imprensa e moradores vizinhos. Neste sábado (8) ocorre a inauguração oficial, e na próxima terça-feira (11) a ansiedade de 40 alunos do colégio Luiz Antunes termina. Junto com a Escola Municipal de Ensino Fundamental Abramo Randon, da mesma região, eles são convidados especiais para o primeiro dia de funcio-
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namento do Parque Municipal Mato Sartori. Em 2009, Rosi do Carmo de Oliveira, professora de Artes do Luiz Antunes, fotografou o Mato Sartori. Levou as fotografias para a sala de aula e propôs que os alunos fizessem releituras das imagens, que concorreram ao Calendário Ecológico 2010. Conforme a diretora, Elaine Kuwer, esse foi o primeiro passo para conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação ambiental e a nova função do parque, um trabalho realizado em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. “Aquela área não era utilizada adequadamente. Fizemos um grande trabalho pedagógico de conscientização. Hoje se percebe um respeito muito maior”, comemora Elaine. A temática ambiental foi abordada de forma interdisciplinar, as famílias foram convidadas a colaborar e o novo olhar sobre o Mato se disseminou entre todas as casas da comunidade. No ano passado, durante a preparação para o Desfile de 7 de Setembro, as turmas fizeram caminhadas pelo bairro e, com gritos de guerra, apelaram pela preservação. Se o desfile não tivesse sido cancelado por mau tempo, o público teria lido nas faixas da escola as mensagens que os alunos aprenderam bem: Inspire um novo estilo de vida; Expire consciência ambiental; Respire no Mato Sartori; A natureza ensina no Centro de Caxias.
Mato Sartori encerra a longa espera pela inauguração e abre as portas para a dar lições de preservação
O Mato Sartori funcionará de terçafeira a domingo e atenderá a dois grupos por dia, de no máximo 40 pessoas cada. Na segunda-feira, o parque fecha para manutenção. As trilhas, guiadas por dois monitores, são realizadas mediante agendamento, pelo fone 32248093. No início da visita, os grupos assistem a um audioslide sobre a história do parque e as normas de visitação. Depois passam pela Sala de Exposições – uma mostra de rochas, folhas, sementes e madeira da mata nativa – e seguem por uma das três trilhas que o Mato oferece. Conforme a gerente do parque, Andréia Borghetti Verza, as trilhas possuem diferentes níveis de dificuldade, e a escolha é feita conforme a idade dos visitantes e o currículo escolar. “As trilhas têm um enfoque na preservação ambiental, mas os monitores adaptam a ‘aula’ à faixa etária de cada grupo de visitantes. O objetivo de receber alunos aqui é mostrar in loco o que eles estão aprendendo em sala de aula”, explica Andréia. Às terças, quartas e sextasfeiras e nos fins de semana, a Secretaria do Meio Ambiente oferece transporte gratuito. Andréia informa que o serviço é distribuído igualmente entre os colégios, conforme a demanda. “Como as visitas são limitadas a 40 pessoas, as escolas acabam marcando mais de uma para atender diversas turmas. Oferecemos o transporte em uma visita para
cada escola para contemplar todas.” Com 200 metros de extensão e baixo nível de dificuldade, a Trilha do Carrapicho reserva duas grandes atrações. A primeira parada é no Recanto das Bromélias, onde uma árvore derrubada por um temporal interrompe a trilha e serve de viveiro para diversas flores que, como aprendem os visitantes, são da mesma família do abacaxi. Mais adiante, faz-se uma pausa para descanso em um passeio suspenso construído sobre as raízes expostas de um carrapicho. Com 20 metros de altura e cerca de 200 anos, a árvore é representante de uma das espécies predominantes na flora local. A Trilha dos Pinheiros, de média dificuldade, tem 1.090 metros. Na metade do trajeto, um observatório de 20 metros de altura, construído com palanques de eucalipto, oferece uma vista panorâmica. Lá de cima, percebe-se o predominante cinza da cidade e Mato torna-se uma ilha. O observatório era uma das preocupações do secretário do Meio Ambiente, Adelino Teles, que chegou a cogitar a instalação de cabos de aço, pelos quais os alunos subiriam, presos com cintos, os 75 degraus. Conforme o secretário, telas de arame instaladas ao redor do observatório e sob os degraus resolveram o problema de segurança. As visitas são limitadas a cinco pessoas por vez e à idade mínima de 12 anos.
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No percurso mais difícil do parque, a Trilha da Pinguela, os visitantes são conduzidos por 180 metros de percurso, na maior parte bastante íngreme. No meio da trilha há uma pinguela sobre um córrego. Antes, a vertente era poluída pelo esgoto dos bairros vizinhos. O esgoto foi desviado e, sob a pequena queda d’água, foi construída uma cascata artificial, que utiliza dois tanques e um sistema de bombeamento para aumentar o volume de água. Todas as trilhas se cruzam no chamado ponto X. Ali, o monitor Roberto de Araújo Vianna Trävel, 21 anos, fez uma longa parada com os primeiros grupos a visitarem o Mato e pediu silêncio. “Aqui é um lugar onde dá para ouvir o barulho do mato e o barulho da cidade fica mais longe”. Era de tarde e já fazia tempo que os pássaros tinham cessado a diária cantoria ao nascer do sol. Mesmo assim, o som do trânsito se resumia a um leve zunido e a natureza falava mais alto.
Maicon Damasceno/O Caxiense
Além das trilhas já formatadas para os passeios, a Secretaria do Meio Ambiente prepara outros projetos educacionais para complementar as visitas. O primeiro, que ocorre no próximo mês, é o Cultivando Histórias. Realizada em parceria com a Biblioteca Municipal Dr. Demétrio Niederauer, a atividade promove sessões de contação de histórias com a temática ambiental. Na semana do Meio Ambiente, de 5 a 12 de junho, o parque recebe o projeto Tela Verde, do Ministério do Meio Ambiente, e promove mostra de documentários nacionais sobre preservação. Segundo o secretário Adelino Teles, com o tempo a programação e a estrutura do parque sofrerão mudanças, conforme a demanda das visitas. Além
da construção de um lago artificial, parceria em tratativas com a Viação Santa Tereza (Visate), Teles espera receber, nas fichas de avaliação preenchidas após as visitas, sugestões que contribuam para melhorias no Mato Sartori. “O parque não está pronto. É uma área de constante manutenção e adaptações para atender aos objetivos de um parque de educação ambiental”, enfatiza o secretário. Declarado área de utilidade pública em 1959, pelo prefeito Bernardino Conte, o Mato Sartori foi uma herança deixada por Miguel Moretto à filha Agnes. Casada com Ludovico Sartori – daí o nome pelo qual a área ficou conhecida –, Agnes teve dez filhos. A família morava próximo ao mato que, desde aquela época, já era cenário para aventuras de criança. Em 1984, a prefeitura indenizou os herdeiros de Ludovico e tratou de preservar o lugar. Dez anos antes, Teresinha Ferretto Giachini comprava a casa onde mora até hoje, a duas quadras do parque. “Quando eu cheguei e vi esse mato pela primeira vez, me encantei. Me sentia como se tivesse na colônia”, lembra. Na segunda-feira (8), Teresinha percorreu as trilhas do Mato e descobriu que, aos 72 anos, ainda tinha muito a aprender com a natureza. “Acho bom que esse lugar sirva para ensinar as pessoas. Se fosse aberto, para qualquer um visitar a qualquer hora, não teria segurança, e tudo o que foi construído não duraria muito tempo.” Há 36 anos, quando Teresinha tornou-se vizinha do Mato Sartori, a expansão urbana já havia cercado a área verde. Para ela, a preservação do parque é o que mantém a beleza daquela região. “Quando me perguntam onde moro, eu respondo: ‘no melhor lugar que Deus poderia ter reservado para mim’”.
Dentro do parque, os sons da natureza abafam o barulho da cidade
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Batalhas sindicais
Marlonei explica as reivindicações: “Os R$ 7 mil e o plano de carreira são metas a serem alcançadas. O imediato é o reajuste que eles tinham que propor”
“NÃO TENHO TRAVAS NA LÍNGUA” Primeiro secretário municipal de Saúde, em 1989, o brizolista Marlonei hoje abre fogo da trincheira contrária
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por ROBIN SITENESKI primeira vista, Marlonei Silveira dos Santos não parece o sindicalista de língua afiada e métodos polêmicos que defende um reajuste considerável para profissionais que admitem não cumprir seus horários. Ele fala quase sempre com calma, medindo as palavras. Essa postura muda quando o assunto é o conflito com a administração municipal. Desde julho de 2009, o presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias já proclamou três greves, e desde que a prefeitura conseguiu uma liminar impedindo as paralisações, luta na Justiça para retomar o movimento grevista. Marlonei Silveira dos Santos, que neste sábado completa 61 anos, é natural de Guaíba. Envolveu-se com movimentos sociais desde cedo. Aos 14 anos se alistou no “exército do Brizola”. Na época, participava do grêmio de sua escola. Quando houve a tentativa de golpe contra o presidente João Goulart, em 1961, Brizola convocou a juventude a fazer parte da resistência. Marlonei e outros colegas do movimento estudantil foram a Porto Alegre atender ao chamado. “Mas não fazíamos nada de violento, somente participávamos dos atos e das manifestações”, relembra Marlonei. Seu pai, Florisbelo Santos, era getulista, porque, segundo Marlonei, “Brizola ainda não estava no auge” quando ele faleceu, em 1958. Apesar de a mãe, Maria de Lurdes da Silva, também ser brizolista, não ficou feliz quando descobriu do envolvimento do filho com a resistência. “Não contei pra ela logo que me alistei. Mas, quando descobriu, me deu um pitaco. Imagina, com 14 anos querendo ir pra guerra?”, ri. Apesar de não ter feito parte do Diretório Central dos
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Estudantes enquanto estudava medicina na UCS, Marlonei diz que atuava nas questões internas do curso. “Quem estuda Medicina não tem tempo para participar de outros movimentos. Mas eu era líder de classe na faculdade, sempre fui”, conta. Ele escolheu a profissão aos 17 anos, enquanto cursava o Ensino Médio por influência de amigos filhos de médico. Depois de formado, em 1976, trabalhou como legista no Hospital Saúde, onde atua até hoje na emergência, e na Polícia Civil. A ditadura militar estava terminando quando Marlonei começou a trabalhar na polícia. Apesar de conhecer legistas em Caxias que teriam sofrido pressão durante o regime, ele diz nunca ter sido intimidado. “Não tenho queixa nenhuma quanto a isso. Nunca se meteram comigo”, afirma. E completa: “Imagina. Não teriam essa petulância.” Marlonei entrou para o sindicato em 1979, como suplente, um ano depois de ser contratado pela Universidade de Caxias do Sul. Passou por vários cargos entidade e, em 1988, assumiu a presidência. Ocupa esse cargo desde então, exceto por um período em que foi secretário municipal da saúde. Na UCS, ministrou as matérias de Ética Médica e Medicina Legal. Permaneceu na instituição até 2006. Ele confessa que incentivava o corporativismo como professor. “Sempre. Dentro da aula, sem dúvida.” O médico alega que sua saída ocorreu por causa de uma desavença. “Houve um desentendimento político com a reitoria e a coordenação do curso da época. Entendia que o ensino da Medicina deveria ser diferente da proposta deles. Tinha muito a ver com a lei do Ato Médico. Então, fizemos um acordo na Justiça. Saí porque quis”, afirma. A diretora do Centro de Ciências da
Saúde na época, Nilva Rech Stédile, com política. De centro-esquerda e briapresenta razões diferentes. Ela conta zolista, ele garante nunca ter se filiado que, no momento da saída, o curso de a um partido. Apesar disso, em 1989, Medicina passava por uma reformula- assumiu, na administração Mansueto ção. “Existiam 70 disciplinas, que fo- Serafini Filho, a recém-criada Secreram agrupadas em 20 unidades médi- taria da Saúde, cargo que ocupou até cas. Havia necessidade de um número 1993. Da época em que foi o primeiro menor de professores e ele não tinha secretário de saúde de Caxias e presimestrado ou doutorado, nem pers- dente do Conselho Municipal de Saúpectivas de fazê-los”, relembra. Sobre de, Marlonei guarda lembranças ruins. motivações políticas, a professora diz “Não me deixou nenhuma boa recordesconhecê-las. O que sabe é que o dação. Não sei se hoje ainda é assim, médico teve um desentendimento com mas foi muito complicado trabalhar o então presidente da Fundação Uni- na área administrativa. Especialmente versidade de Caxias do numa secretaria que Sul, Nestor Perini. estava em implanta“Ele agrediu verbalção, sem infraestrutura mente o presidente em “Eles fizeram nenhuma. Antes, era a uma assembleia do cur- uma proposta Secretaria de Habitaso. O afastamento dele de aumento e ção que atendia pesfoi feito pela direção soas que não tinham retiraram, só da unidade, a diretora plano de saúde. Em do centro, que era eu, Deus sabe por seguida, veio o SUS”, e o colegiado do curso. que”, diz relembra. Mas Perini nunca me Marlonei, O médico recorda pediu que o afastasse que participou de toqueixando-se por causa da discussão”, das as conferências da prefeitura afirma Nilva. que criaram o projeto do que viria a se torA militância sinnar o Sistema Único de dical de Marlonei não se limitou a Saúde. Entre a 8ª Conferência NacioCaxias. Na Federação Nacional dos nal da Saúde e a aprovação da lei que Médicos, foi secretário geral e vice- regulamentava o SUS no Congresso, presidente. Em 1985, se tornou conse- em 1990, representou a Federação e o lheiro do Conselho Regional de Medi- Sindicato nas discussões. “O projeto é cina do Rio Grande do Sul (Cremers), bom, o que falta é o financiamento. Em do qual foi vice-presidente entre 1993 Caxias, não houve vontade política do e 1998. Também representou o Esta- prefeito para implantar a municipalido no Conselho Federal de Medicina. zação logo que foi aprovada. O pessoal Ele afirma que o envolvimento com o tinha medo e, até certo ponto, tinham sindicalismo veio quase que de forma razão. Ainda hoje, são cerca de 17 munatural. “Sempre gostei do movimen- nicípios no Estado que têm SUS com to estudantil. Aí é um passo. Ou você gestão plena.” entra na política, ou no movimento sindical.” Com a experiência de 31 anos no Mas Marlonei também se envolveu sindicalismo, 18 deles como presiden-
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te, Marlonei afirma que a participação nesse movimento exige muito de quem se envolve com ele. Aposentado como legista da polícia desde 1994, hoje atende nos plantões da Unimed e do Hospital Saúde, além de fazer parte da Comissão Nacional pelo Ato Médico. No Sindicato, precisa conciliar o trabalho com as atribulações de um dos períodos mais complicados de sua gestão. “O Sindicato atua na esfera pública e na privada. Esse é o momento mais difícil na pública. Na privada, já tivemos ‘peleias’ grandes com os planos de saúde e hospitais.” A mobilização para a greve, revela Marlonei, é feita pela internet. “Os modernos movimentos de hoje são assim. Não tem alto-falante. Durante a greve, se institui uma comissão. Mas a maioria dos médicos adere por comando de voz. Não vai trabalhar, não vai. Vai, vai”, expõe. De acordo com o Código de Ética dos médicos, o profissional que não aderir ao movimento grevista pode ser denunciado ao Conselho Regional de Medicina e sofrer um processo ético profissional. “Nem precisa denunciar. Agora, por causa da liminar, vamos ter dificuldades de manter a emergência. Todo mundo quer parar, estão revoltados”, alega. Ele espera reverter a decisão judicial para, imediatamente, retomar a greve.
rio ao das receitas do município e dar continuidade à política de trimestralidade conquistada no governo Pepe. A meta dos médicos é uma luta nacional. Respeitamos, mas é uma meta difícil de ser alcançada”, avalia. Apesar disso, Dorlan afirma ter colocado o Sindserv à disposição dos médicos.
Outro fator que pode influenciar a negociação é um processo movido pelo Ministério Público contra o Município. A ação questiona o acordo firmado entre a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) e a prefeitura em 2004. Em Caxias, 108 médicos são contratados pelo convênio. Eles trabalham no Samu, no Projeto de Saúde Bucal e no Programa de Saúde da Família. De acordo com o segundo promotor de Justiça Especializada de Caxias do Sul, Adrio Rafael Paula Gelatti, o acordo fere a exigência constitucional de contratação de servidores por concurso público. tentou “São funções próprias induzir foi que da saúde do municíA resolução do houve uma pio, chefiadas por ele e conflito entre médicos proposta. Não que necessitam de cone prefeitura não pare- foi uma atitude curso para ingresso”, ce estar próxima. Para argumenta Gelatti. O muito ética”, Marlonei, a ação judiTribunal de Contas do cial dificultou o diálo- rebate o Estado também consigo. Na quinta-feira (6), secretário Mano derou o acordo ilegal. em uma reunião entre A ação civil pública representantes do Sincontra o município e a dicato dos Servidores Municipais (Sin- Faurgs, que busca a anulação dos condserv) e cinco secretários para discutir tratos, começou em março de 2007. De o aumento do funcionalismo público, acordo com o promotor, na semana a questão dos médicos retornou à pau- passada a última testemunha do prota. De acordo com Edson Mano, esse cesso, a secretária municipal da Saúde, item voltará a ser tratado no próximo Maria do Rosário Antoniazzi, foi ouviencontro, que dará continuidade à dis- da, e uma sentença deve sair até a mecussão do reajuste dos municipários. tade do ano. A dificuldade está, segundo ele, na diAlém desse processo, Gelatti fez uma ferença entre o aumento pedido pelos recomendação ao município sobre a simédicos e o solicitado pelos demais tuação do atendimento médico na rede servidores do município. “O problema pública de Caxias. A partir de uma inestá no impacto com o resto dos ser- vestigação do MP, que comprovou que vidores. O que concedermos para os os médicos não cumprem o horário médicos como aumento, mais cedo ou pelo qual são contratados e que o mumais tarde, terá que que ser dado para nicípio não fiscaliza para que o façam, os outros”, argumenta. a recomendação foi emitida, em 2 de Segundo o presidente do Sindserv, março de 2009. De acordo com o inJoão Dorlan, há divergências entre os quérito civil, a promotoria e a Secredois sindicatos. “A diferença está na taria da Saúde se reuniram diversas metodologia do que reivindicamos. vezes entre junho e outubro de 2008 e Queremos atrelar o aumento de salá- se verificou desinteresse da adminis-
tração municipal em resolver de forma consensual as situações apuradas pela investigação. Houve um prazo de seis meses, prorrogado para mais seis em fevereiro, para que o município seguisse a recomendação. Ela sugere, entre outras coisas, que a fiscalização das horas trabalhadas seja feita através de ponto eletrônico, ação estendida a todos os servidores municipais, e que se implante um plano de carreira com remuneração condizente com a carga horária dos médicos. Ao final do novo prazo, caso a administração não atenda ao MP, pode ser alvo de uma medida judicial com objetivo de obrigar o município a agir. O promotor reconhece a dificuldade de resolver o problema. “Essa situação não é isolada de Caxias do Sul, é uma situação histórica que acontece em vários municípios. Mas, na cidade, há uma situação extrema, que salta aos olhos: um cumprimento de carga horária muito inferior ao que está estipulado em contrato”, afirma. Gelatti critica a atitude do Município e diz que ele fecha os olhos ao problema. “Isso cria um desajuste de atendimento e um problema com os demais setores. É uma categoria que é contratada por horas de trabalho, não por número de atendimentos ou por produtividade”, alega. Para o promotor, terminado o novo prazo e sem ações efetivas, não há possibilidade de nova prorrogação. “A investigação está pronta. Não atendida a recomendação, podemos entrar imediatamente com a ação.” Temperamental com a imprensa, Marlonei tanto pode conceder longas entrevistas como simplesmente ignorar tentativas de contato. Também já não surpreendem suas bruscas mudanças de ideia: uma fotografia marcada pode ser cancelada momentos antes do horário combinado – como aconteceu nesta reportagem, aliás. Entretanto, na tarde de terça-feira (4), quando recebeu apenas o repórter, Marlonei foi solícito. No encerramento da entrevista, disse que acabou falando sobre mais assuntos do que havia programado. E despediu-se indicando que sua artilharia verbal, tão utilizada nos últimos tempos, está longe de ficar sem munição: “Eu não tenho segredos. Não tenho travas na língua”. Maicon Damasceno/O Caxiense
A reivindicação do Sindicato é que se crie um plano de carreira para a categoria e que o piso dos médicos que trabalham 20 horas na rede municipal passe de R$ 2.114,43 para R$ 7.503,18, reajuste 254,8% – embora Marlonei não gosta de falar em percentuais. O valor é baseado em duas propostas de lei que tramitam no Congresso. “Não estamos pedindo percentual de aumento de salário. Os R$ 7 mil e o plano de carreira são metas a serem alcançadas. O imediato é o reajuste que eles tinham que propor. Queremos que a categoria ganhe carreira de Estado, como promotores e juízes, porque temos formação adequada”, defende Marlonei. O sindicalista reconhece, no entanto, que somente quem ocupa cargos de direção ou de confiança no sistema recebe valores semelhantes hoje. Marlonei também cita uma suposta proposta que a prefeitura teria redigido em reunião entre o Sindicato e a Secretaria da Saúde – e que ele apresentou
publicamente em uma audiência na Câmara. “Eles fizeram uma proposta de aumento e retiraram, só Deus sabe por que”, alega. Segundo o secretário de Recursos Humanos, Edson Mano, a prefeitura não redigiu tal proposta. “Em uma reunião interna foi feita uma minuta, que seria avaliada pela prefeitura. O que o Marlonei tentou induzir foi que houve uma proposta. Não foi uma atitude muito ética”, critica. Mano conta que, depois da reunião, mais duas minutas teriam sido feitas para apresentar ao Sindicato. Uma sugeriria a diminuição da carga de 20 para 10 horas, outra era sobre modificação dos salários dos médicos para o sistema de subsídios, como os servidores da Polícia Federal. Nesse regime, explica Mano, o servidor é contratado com um salário maior, mas o salário-base é congelado, somente corrigido pela inflação. O secretário revela que, diante da atitude de Marlonei na Câmara, a prefeitura “O que o desistiu de apresentar a Marlonei ele essas minutas.
Nos postos de saúde, profissionais já entraram em greve três vezes desde o ano passado. A última foi suspensa por liminar que obrigou-os a voltar ao trabalho
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Confraternização gauchesca
Evento paralelo ao rodeio, a 6ª Festa do Cavalo Crioulo exibe animais que devem saber caminhar, galopar e trotar. “Se marchar, está fora. Cavalo crioulo não marcha”
TERRITÓRIO DO
TRADICIONALISMO
S
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por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br obre um saibro fino, encharcado em alguns pontos e com pequenas poças em outros, cavalos com as crinas cuidadosamente penteadas aguardam a avaliação do veterinário da Associação Brasileira do Cavalo Crioulo (ABCC), Luiz Drummond Mello. A inspeção é exigente. Os animais precisam ter as medidas mínimas de 17 centímetros de canela, 167 de tórax e entre 1,40 e 1,50 metro de altura. “Atualmente se está procurando na raça um cavalo retangular, com cabeça triangular, orelhas pequenas, bastante cerda e colo”, explica o vice-presidente do Núcleo dos Vinhedos, Jorge Luiz Sehbe. Os equinos devem saber caminhar, trotar e galopar, entre outras habilidades. “Se marchar, já está fora, automaticamente. Cavalo crioulo não marcha”, completa Jorge. Formando um grande círculo, próximo ao monumento Jesus Terceiro Milênio, peões e suas montarias esperam ansiosos pelo momento decisivo da avaliação. Ainda em sua baia, Sanga Funda Último Tango, aparenta tranquilidade. Já passou por essa avaliação no ano passado, em Vacaria. A quietude do animal de três anos, pertencente à cabanha caxiense Centro de Treinamento Iuri Barbosa, só se altera, em forma de relinchos, quando cruzam por ele os adversários. “O cavalo fica nervoso com a presença de outros animais que não conhece”, diz Leonar-
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do Zatti, representante da cabanha. É quarta-feira (5), o céu está nublado, e a atividade é intensa. Enquanto homens montam barracões, fazem instalações elétricas, testam geradores e apuram outros ajustes, os animais dão início à 6ª Festa do Cavalo Crioulo – organizada pelo Núcleo dos Vinhedos – e decretam: os Pavilhões são, novamente, o abrigo da confraternização tradicionalista. Esse prelúdio do evento paralelo, protagonizado pelos cavalos, é uma amostra da grandiosidade do 22º Rodeio Crioulo Nacional, aberto na noite de sexta-feira (7), que segue até o dia 16. A programação está mais ampla do que na edição anterior, conta o coordenador da 25ª Região Tradicionalista, Jó Arse. “Temos a 2ª edição do Festival César Passarinho. No ano passado, tivemos 87 inscritos. Neste ano, o número subiu para 402. Um dos diferenciais é a qualidade das músicas e a gravação em DVD do festival”, destaca. Com relação à parte campeira, os índices também revelam crescimento. O coordenador lembra que em 2009 410 duplas concorreram na prova de laço. Para esta edição, acredita que cheguem a quase 600. Grande parte desse aumento nas inscrições, segundo Arse, se deve aos investimentos realizados na construção da cancha coberta, que passou por seu primeiro teste na Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars), em março. “Acredito que esta
A 22ª edição do Rodeio Crioulo de Caxias do Sul espera receber 150 mil pessoas nos Pavilhões
seja a principal mudança.” ordenador da 25ª Região e diretor da Para organizar e montar grandes parte artística, Rubens Tissot, ressalta eventos é necessário dedicação e tem- a consolidação do Festival César Paspo. Jó Arse diz que a preparação do ro- sarinho e a apresentação do 1º Festival deio começou logo após o término da de Poesias Inéditas como diferenciais última edição, em 2009. Para isso foi desta edição. O que não diminui em necessário contar com a participação nada a importância da prova mais de dezenas de trabalhadores. “Temos tradicional, que continua sendo prouma equipe com mais de 100 pessoas tagonizada pelas prendas e peões dos envolvidas”, salienta. mais diversos CTGs e E o resultado de todo suas coreografias inesse esforço poderá ser “Vem gente de cansavelmente ensaiapercebido nos 10 dias todo o Estado, de das. “As invernadas de de rodeio, principaldança movimentam Santa Catarina, mente com a adesão da um grande número de sociedade e dos parti- Paraná, São pessoas. Os grupos recipantes. “Esperamos Paulo e até únem no mínimo seis pelo menos 10 mil de Rondônia”, e no máximo 12 pares. concorrentes nas diverAtrás deles, há todo diz o diretor da sas provas campeiras e um grupo vocal e enartísticas do rodeio e a parte campeira, saiadores. Além disso, presença de pelo me- Flávio Keller existe um grande innos 150 mil visitantes”, centivo com o valor das projeta Arse. premiações”, enumera Tissot. Somadas as cifras dos prêmios O otimismo dessas expectativas dos primeiros lugares das categorias causa um pouco de apreensão ao di- mirim, juvenil, adulta e veterana cheretor da parte campeira, Flávio Keller. ga-se ao valor de R$ 6 mil. Acompanhando os preparativos duPara as apresentações que incluem rante a semana, ele já notava as pri- danças tradicionais, espetáculos musimeiras barracas do acampamento, ins- cais, declamações, chula, trovas, entre taladas ainda na segunda-feira. “Vem outros, foram montados cinco palcos: gente de todo o Estado, de Santa Cata- o principal, no Pavilhão 2, um interrina, Paraná, São Paulo e até de Rondô- mediário, no Pavilhão 1, e três menonia. Ficamos um pouco preocupados res. Esses locais devem revelar grandes com o espaço, mas vai dar tudo certo.” performances de artistas já consagraDeixando de lado a lida do campo e dos e outros nem tanto – ao todo, serão o manejo com os animais, o vice-co- pelo menos 1,2 mil.
S e m an alm e nte n a s b an c a s , di ar i am e nte n a inte r n e t .
Tuttotrasporti, Divulgação/O Caxiense
Preocupação ambiental
Nova versão do trólebus desenvolvido pela Tuttotrasporti está sendo testado em São Paulo: “Estes veículos são 100% ecológicos, pois não emitem fumaça”, diz Agenor Boff
TECNOLOGIAS
DESPOLUENTES
R
por ROBERTO HUNOFF roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
econhecida mundialmente pelo seu potencial produtivo de veículos acabados e de autopeças para o transporte de cargas e coletivo de passageiros, além de equipamentos agrícolas, Caxias do Sul também se destaca pela preocupação de seu empresariado em desenvolver tecnologias que criem condições de mudar a atual matriz energética destes segmentos, sustentada quase que exclusivamente pelo diesel – derivado do petróleo, e juntamente com a gasolina e álcool dos veículos de passeio, um dos principais causadores da poluição atmosférica. Estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, em 2008, foram gastos R$ 2,3 bilhões de recursos públicos somente com doenças e mortes decorrentes da poluição automotiva em seis regiões metropolitanas do Brasil: Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Trabalho do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP acrescenta que, em dias de alta contaminação do ar, o risco de morte por doenças respiratórias e cardiovasculares aumenta de 12% a 17% em São Paulo. A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) do Estado de São Paulo destaca na abertura de sua página na internet que entre 10 e 12 pessoas morrem diariamente na capital paulista em decorrência da poluição do ar. Também lembra que habitantes de cidades como São Paulo vivem, em média, um ano e meio a menos do que as pessoas que moram em municípios de ar mais limpo. No mundo, segundo estudo da Organização Mundial da Saúde e do Banco
Mundial, a poluição atmosférica mata de 2,5 milhões a 4 milhões de pessoas por ano. “A frota automotiva é a verdadeira vilã do problema de poluição do ar”, sustenta o professor da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Laboratório de Poluição, Paulo Saldiva. Segundo dados da Cetesb, os meios de transportes são responsáveis por 90% da poluição de São Paulo.
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias, como siderúrgicas, petroquímicas e de cimento, e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico. A fumaça dos veículos a diesel contribui com 40% das partículas inaláveis respiradas em São Paulo e 97% do monóxido de carbono liberados na atmosfera partem do escapamento dos veículos. São cinco os principais poluentes emitidos pelos veículos motorizados na atmosfera: monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NOx), óxidos de enxofre (SOx) e material particulado (MP). Alguns saem diretamente do cano de escape para o sistema respiratório, como o material particulado inalável (MP10), por exemplo. Outros passam por reações químicas e geram novos poluentes tóxicos, como o ozônio (O3). Os veículos leves movidos a gasolina ou álcool são os principais geradores do monóxido de carbono, que reduz a oxigenação do sangue. Os pesados, como ônibus e caminhões, são os maiores emissores de material particulado, que provoca mal-estar, irritação
Além da força no setor automotivo, a indústria caxiense se destaca por ter projetos prontos para limpar a emissão de gases do transporte urbano
nos olhos, garganta e pele, dor de ca- ção, em 20 de outubro, dava como boa beça e enjoo, bronquite, asma e câncer a qualidade do ar. Assim, não se sabe de pulmão. Também emitem os óxidos exatamente o que estamos respirande nitrogênio, causadores do “smog” do hoje. Por consequência, o fato de a fotoquímico, fenômeno que reduz a Secretaria Municipal da Saúde não ter visibilidade da atmosfera e provoca ir- informação alguma sobre mortes deritação e danos nos olhos, na pele e nos correntes da poluição atmosférica não pulmões, secura nas membranas pro- surpreende. tetoras do nariz e da garganta, altera o sistema imunológico e agrava doenças Para tentar reverter este respiratórias, como asma. quadro, que não é exclusivo dos granA Organização Mundial de Saúde des centros urbanos, empresas de preconiza como limite Caxias do Sul, como para a qualidade do ar a Tuttotrasporti e a 20 microgramas por “A frota Agrale, investem no m³ de material inalável. automotiva é a desenvolvimento de São Paulo apresenta o verdadeira vilã tecnologias limpas para dobro, mas não é a caaplicação no segmento da poluição do pital com a pior qualiautomotivo pesado, dade do ar: no Rio de ar”, assegura o especialmente para o Janeiro o índice é de 60 coordenador do transporte coletivo. microgramas por m³. As propostas incluem Laboratório de o gás natural veicular, Poluição, Em Caxias do Sul hidrogênio, sistema hía situação parece não Paulo Saldiva brido de eletricidade e ser tão grave. Pelo mediesel e elétrico puro, já nos é o que se imagina. aplicado com sucesso O problema é que não há controle al- em algumas linhas de São Paulo, mas gum sobre a qualidade do ar respirado que foi aperfeiçoado, com possibilidana cidade. O diretor geral da Secretaria de de movimentação a partir de enerMunicipal do Meio Ambiente (Sem- gia gerada pela incineração do lixo. ma), Nerio Susin, observa que o moÉ o que garante o empresário Agenor nitoramento do ar é uma atribuição Boff, diretor da Tutto, que em abril coda Fundação Estadual de Proteção ao locou em operação, para um período Meio Ambiente (Fepam). Admite, no de testes, nova versão do trólebus, veentanto, que algo poderia ser feito no ículo elétrico agora capaz de transporâmbito municipal para amenizar os tar até 300 passageiros. “Estes veículos impactos da poluição do ar: a efetiva são 100% ecológicos, pois não emitem adoção da inspeção veicular anual. fumaça. Com a utilização da energia Outro problema é que a estação de elétrica produzida pela incineração do monitoramento da qualidade do ar lixo em usinas, se tornarão duplamente em Caxias do Sul, localizada no bair- ecológicos, pois estaremos resolvendo ro São José e mantida pela Fepam, está o sério problema de destinação de resíem manutenção desde o dia 21 de ou- duos”, sustenta Boff. tubro do ano passado. A última aferiEsta crença, porém, não encontra
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tração compacto, refrigerado a água, cânico e pneumático, possibilitando o especial para aplicação em ônibus ur- encarroçamento dos trólebus de São banos e transporte de cargas. Com isso Paulo que estavam fadados ao desapao espaço dedicado ao motor reduziu-se recimento. Atualmente esses veículos de forma significativa, pondo fim a um ainda estão em operação em linhas dos mais sérios problemas nas versões concedidas para a Himalaia Transporanteriores. tes, responsável pelos testes finais do A Bosch do Brasil participa com novo veículo. equipamentos de informações por Outro desenvolvimento da Tutto é o meio de câmeras internas e externas e primeiro chassi híbrido movido a hisistema de GPS, que permite o moni- drogênio, que utiliza células da linha toramento em tempo real, transmitin- automotiva, entregue ao governo do do informações referentes ao desloca- Estado de São Paulo em julho de 2009. mento. A Dimelthoz, de Caxias do Sul, Na Festa da Uva de 2004 o presidente agregou o computador de bordo para Luiz Inácio Lula da Silva conheceu o gerenciamento técnico e operacional, e chassi Tutto de 15 metros híbrido que a Iluminatti é responsável pela integra- utiliza tração elétrica e combustíveis ção de todo o sistema eletro-eletrônico. alternativos, como gás, GNV, álcool, O encarroçamento foi feito pela Ibrava biodiesel, hidrogênio e energia do lixo. (Indústria Brasileira de Veículos Auto- “O Brasil não tem necessidade de immotores), localizada em Feliz. portar veículos de grande capacidade, A Tutto possui projetos de chas- como trens ou monotrilhos, de custo sis para ônibus com 9, 12, 15, 18 e 28 cinco vezes superior ao que estamos metros de comprimentos com capa- propondo. Basta decisão política para cidades respectivas para 30, 80, 110, colocar estas tecnologias à disposição 160 e 300 passageiros. do mercado”, aponta o Eles podem ter imempresário. plantação imediata nos corredores exclusivos “Estes veículos Outras iniciativas já existentes nas prin- são duplamente de tecnologia limpa cipais cidades, pois não ecológicos: não têm origem na Agrale. requerem grande inframais recente desenemitem fumaça e Ovolvimento estrutura. “Esta é uma é o modesolução de curto prazo, ainda resolverão lo de ônibus híbrido, de fabricação nacional, o sério problema movido por sistema que também poderá de destinação do diesel elétrico, criado atender aos eventos pela Siemens. O veículixo”, sustenta esportivos da Copa do lo foi apresentado no Mundo e Olimpíadas”, Agenor Boff final do ano passado enfatiza Boff. em Santiago do Chile e em Buenos Aires, na A Tutto tem um histórico em Argentina. No final de maio estará em desenvolvimento de tecnologias lim- exposição numa feira de mobilidade pas. Sua primeira experiência foi em que ocorre no Rio de Janeiro. A empre1996, quando fabricou 281 chassis no- sa projetava boas vendas no Chile, mas vos e integralizou todo o sistema me- o recente terremoto acabou forçando Júlio Soares, Objetiva, Divulgação/O Caxiense
respaldo em Nerio Susin. Ele é a favor Ele defende o uso de usina termedo uso da energia elétrica, que vê como létrica a lixo, que teria condições de alternativa de futuro não muito distan- utilizar todos os resíduos orgânicos te, mas não acredita que a matriz seja e industriais estabelecidos pela noro lixo. Segundo ele, a sua produção é ma 1004 da Associação Brasileira de cara e a capacidade de Normas Técnicas. São gerar energia é muito usinas dotadas de plasbaixa. “Mas indepen- Em Caxias não ma térmico apropriado dentemente da origem há controle sobre para queima inclusive da energia o uso desta as emissões de lixos tóxicos. Sematriz precisa ser anagundo ele, este mesmo lisado com muita aten- de poluentes. processo é usado no ção. Não apenas pela A estação de interior de São Paulo questão da poluição do monitoramento na queima do bagaço ar, mas também pela está em da cana-de-açúcar, que sonora, já que há forte gera a energia elétrica redução na emissão de manutenção necessária para o abasdesde outubro ruídos.” tecimento de usinas Boff afirma que o sissucroalcooleiras. Além tema em testes em São da energia provenienPaulo possibilita a substituição dos ve- te da incineração do lixo, os veículos ículos movidos a óleo diesel por mode- também podem ser movimentados los que utilizam trações elétricas 100% com o uso de gás metano, que se oriecológicas, evitando o acúmulo de ga- gina da decomposição natural dos reses tóxicos produzidos pela queima de síduos. Para Nerio Susin, da Semma, derivados do petróleo. “Também não uma possibilidade bem mais real de ser teremos armazenamento de lixo, pois concretizada. sua queima será diária. O subproduto será apenas cinza, um material inerte, Boff assegura que, em virtude que pode ser usado em blocos petrifi- dos avanços tecnológicos existentes, a cados para aplicação em calçamento de construção das subestações e rede aéruas e construção de casas.” rea para movimentação dos veículos elétricos é de rápida implantação e a Segundo Boff, toda cidade com custos competitivos em qualquer cidapopulação próxima a 1 milhão de ha- de do país. Também há estudos para a bitantes produz em torno de 1 mil to- colocação de sistemas com baterias a neladas diárias de lixo. Este volume, bordo do chassis que permitirão o dessegundo seus cálculos, pode gerar até locamento de até 50 quilômetros dos 750 mil kw de energia elétrica, sufi- veículos sem a necessidade de conexão ciente para movimentar até 217 ônibus às redes aéreas. com capacidade de 160 passageiros. O projeto da Tutto tem a parceria de Em São Paulo são produzidas 15 mil grandes empresas nacionais e internatoneladas diárias, o que poderia resul- cionais. Um dos diferenciais é o uso tar em energia para uso em 3.255 ôni- do mais recente lançamento da WEG, bus com capacidades de 90, 150 e 300 uma das maiores fabricantes mundiais passageiros. de motores. Trata-se de um modelo de
Modelo de ônibus híbrido da Agrale, que combina dois motores elétricos com um a diesel, reaproveita energia das frenagens e desacelerações e reduz emissão de gases em 30%
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Maicon Damasceno/O Caxiense
Fumaça expelida pela frota da Visate é analisada periodicamente
nova opção para a destinação dos recursos públicos. O veículo utiliza dois motores elétricos como fonte de tração e um motor a diesel como fornecedor de energia. O sistema de gerenciamento eletrônico garante o reaproveitamento da energia gerada por frenagens e desacelerações, que é armazenada em ultracapacitores para ser utilizada na alimentação dos motores elétricos. O sistema da Siemens mantém o motor diesel em níveis ideais de rotação, gerenciando o fornecimento da potência necessária. Com isso obtém-se economia de combustível e de manutenção, redução de gases de emissão e de ruídos. O gerente de engenharia do produto da Agrale, Pedro Soares, garante que o veículo reduz o consumo de combustível em aproximadamente 30% e, por consequência, a emissão de poluentes na mesma proporção. É indicado para sistemas de transporte público urbano de grandes cidades, especialmente em áreas planas. Em regiões mais acidentadas o rendimento não é tão eficiente.
culos de baixo impacto poluidor, como os elétricos, híbridos, a gás natural e movidos a diesel com menor teor de enxofre ou que sejam equipados com sistemas avançados de controle de emissões. Destaca, no entanto, que é preciso privilegiar a tração elétrica.
A Viação Santa Tereza (Visate), concessionária do transporte coletivo urbano de Caxias do Sul, tem uma frota de 313 veículos, responsáveis pelo consumo médio mensal de 750 mil litros de óleo diesel. Para manter sob controle as emissões de gsases, dentro dos padrões estabelecidos por lei, a empresa faz dois tipos de monitoramento. Todos os meses, nas dependências da empresa, ocorrem testes, por amostragem, para verificação da opacidade da fumaça expelida pelos ônibus. O gerente de manutenção de frota e suprimentos, João Carlos Cardoso, afirma que os níveis atuais são de 19%, enquanto a legislação estabelece máximo de 30%. Outro controle é feito a cada seis meO modelo Green foi desenvol- ses por meio do programa Despoluir, vido pela Agrale para abastecimento uma iniciativa da Confederação Nacom GNV (Gás Natural Veicular). Por cional dos Transportes. No último tesenquanto as vendas estão concentra- te a Visate apurou opacidade de 0,188. das exclusivamente no A Fepam estabelece Peru. Havia negociamáximo de 0,208 e a leções encaminhadas no “Existem gislação federal, 0,303. Brasil, mas a crise de alternativas “Tanto em um quanto fornecimento de gás outro controle nostecnológicas. Mas em pela Bolívia fez com sos parâmetros são meque os frotistas recuas- sua consolidação lhores do que os exigisem. “Por aqui as defi- depende muito dos em lei”, destaca. ciências no suprimento de políticas De acordo com Cardo combustível, aliadas doso, uma das caracpúblicas”, a um preço inicial de terísticas da frota da venda superior ao do cobra Pedro Visate é que em sua veículo convencional, Soares, da Agrale composição já há 50% tornam-se um obstáde ônibus dotados culo adicional.” com motores eletrôMas Soares garante que tanto no nicos, onde os níveis de emissão são Green quanto no híbrido o retorno menores. Em relação ao combustível, do investimento se dá de forma mais principal responsável pelo material rápida em função da economia no particulado, a empresa utiliza o que combustível e do menor custo de ma- é oferecido pelas distribuidoras, no nutenção. “Estamos nos antecipando caso óleo diesel com adição de 5% de e oferecendo alternativas tecnológicas biodiesel, percentual que crescerá nos diferenciadas para o mercado. Mas a próximos anos. O biodiesel é extraído consolidação, como qualquer outra de óleos vegetais, como de soja e maação na área ambiental, depende mui- mona, dentre outros. to de políticas públicas que incentivem Sobre a possibilidade de a empresa o seu uso.” vir a utilizar energia elétrica como maÉ o que está fazendo o governo da triz de combustível, o gerente não acreNova Zelândia, que estabeleceu metas dita que isto ocorra em prazo inferior a para a fabricação e oferta de carros 20 anos. Cardoso observa que se trata elétricos no país. Por meio da chama- de uma tecnologia social e ambientalda Estratégia de Energia para 2050, o mente correta na sua aplicação, mas governo pretende que nos próximos 40 problemática na sua origem. O gerente anos toda a frota de veículos seja elétri- cita, por exemplo, a geração de energia ca ou movida a combustíveis renová- a partir do carvão. “É uma das matrizes veis. Até 2020 cerca de 5% dos veículos mais poluentes nas cidades onde é geterão de ser elétricos e 25% precisarão rada. Em relação às hidrelétricas, fonte usar biocombustíveis. principal da nossa energia, é cada vez A Cetesb de São Paulo, em sua polí- maior a pressão ambientalista contra tica de atuação, defende o uso de veí- novas usinas.”
Edital DE INTIMAÇÃO DE EDER BERTOLLO e OSCAR SANTO BERTOLLO
5ª Vara Cível – Comarca de Caxias do Sul. Prazo de: 30 dias. Natureza: Cobrança. Processo: 010/1.05.0124185-2. Autor: Joao Carlos Finger. Réu: Eder Bertollo e outros. Objeto: INTIMAÇÃO dos requeridos EDER BERTOLLO e OSCAR SANTO BERTOLLO para que o(a) (s) devedor (a) (es) pague (m), por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), no PRAZO DE QUINZE DIAS, o débito indicado de R$ 25.070,88, mais correção monetária e juros de mora incidentes no período, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. Caxias do Sul, 10 de Agosto de 2009. Servidor: Rosane Zattera Freitas. Juiz: Zenaide Pozenato Menegat.
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Guia de Cultura
guiadecultura@ocaxiense.com.br Victor Hugo Porto/O Caxiense
Exposição | Fragmentos
Tesoura, cola e algumas extravagâncias por MARCELO ARAMIS A seis meses da vernissage de Fragmentos, aberta quinta-feira (7), na Galeria Municipal de Arte, Victor Hugo Porto havia pintado somente uma das 12 telas que integram a exposição. O quadro retrata duas de suas Marias, mulheres de proporções gigantescas, mas cheias de feminilidade. Na cena, as personagens que são marca da obra de Victor Hugo se debruçam sobre uma escultura feminina, na perfeita anatomia humana. Uma perfeição de deixar pasmas as gordas e curvilíneas Marias, que estremecem o chão onde pisam e são capazes de agarrar o mundo com as mãos. Olham para a escultura com a curiosidade de quem admira a arte, convictas de que “aberrações” desse tipo, no seu “mundo real”, ficam restritas à arte. A anatomia perfeita protagonizou mais duas telas da série. E os três quadros eram tudo o que Victor Hugo tinha a 40 dias da exposição. Musas estavam em toda a parte, mas faltava-lhe inspiração. O artista quis desistir, mas voltou atrás. No tempo. Em um velho baú, remexeu lembranças desgastadas, projetos de obras que nunca haviam passado de rascunhos e ideias cheirando a mofo. Em recortes, as Marias sorriram para o seu criador. Ali estava a matéria-prima da exposição. Victor Hugo colou os pedaços. Prazos apertados nunca atrapalharam o seu processo criativo. Em 40 dias pintou os nove quadros restantes. Nessa inspiradora corrida contra o tempo, o artista pôde visualizar o conjunto da exposição e teve coragem para experimentar o novo. Usou pincéis – inclusive os do Photoshop –, carvão e esponja. Misturou colagens, fios de lã, tinta acrílica, serigrafia e impressão digital. Entre os carimbos serigráficos, enigmáticos nus sem rosto resgatam a segunda fase da obra do artista, quando recém havia abandonado o traço acadêmico das paisagens, retratos e naturezas mortas. As Marias estão nos detalhes. Coloridas ou em preto e branco, ainda se sobressaem aos nus realistas. Com olhares inquietos e as bocas sempre prontas para o grito, elas protagonizam o erotismo despretensioso de Victor Hugo, sem o pudor de esconder a cara. Andar entre os fragmentos de Victor Hugo é encontar harmonia no caos. A exposição não se ajusta aos padrões: é cubista por natureza, realista na nudez, tem pinceladas surrealistas e é desordenadamente dadaísta. Ainda dá para sentir o cheiro de tinta fresca das obras assinadas quando já estavam na galeria. Acima de tudo, Fragmentos é uma extravagância, que só se permite aos grandes artistas. l Fragmentos | Até o dia 30 de maio | Com 12 telas em técnica mista, a exposição de Victor Hugo Porto reúne elementos de diversas fases da obra do artista. Galeria Municipal de Arte Entrada franca | Dr. Montaury, 1.333, Centro | 3221.3697 Online | Veja uma galeria de imagens da exposição em www.ocaxiense.com.br.
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As Marias de Victor Hugo Porto aparecem em múltiplas versões na exposição Fragmentos, que retrata as diferentes fases de sua obra
CINEMA
l Detroit Metal City | Anime. Sábado, 15h | Ordovás Menino tímido se torna vocalista de uma banda de death metal. Baseado no mangá de Kiminori Wakasugi. Dirigido por Toshio Lee. Com Ken'ichi Matsuyama e Rosa Kato. 104 min, leg.. Matinê Anime Caxias. l Direito de amar | Drama. De quinta (13) a domingo, 20h | Ordovás Professor de inglês perde companheiro de 16 anos e tenta manter sua rotina, suas amizades e sua vida. Dirigido por Tom Ford. Com Colin Firth e Julianne Moore. 14 anos, 101 min., leg.. l Missão Quase Impossível | Comédia. 13h50, 16h20, 19h30 e 22h | Iguatemi Ex-espião da CIA tenta conquistar os filhos da namorada, mas os pestinhas acabam ajudando terrorista russo a encontrá-lo. Dirigido por Brian Levant. Com Jackie Chan e Lucas Till. 10 anos, 94 min., dub.. l Loucas por amor, viciadas em dinheiro | Comédia. Quinta (13), 15h | Ordovás Dona de casa arranja emprego para sustentar seu confortável estilo de vida. Lá, conhece duas mulheres e, juntas, elas resolvem assaltar o banco em que trabalham. Dirigido por Callie Khouri. Com Diane Keaton e Ted Danson. 10 anos, 104 min., leg.. Matinê às 3. AINDA EM CARTAZ - Alice no País das Maravilhas. Aventura. 13h30, 16h, 18h30 e 21h (dub.) e 14h, 16h30, 19h e 21h30 (leg.). Iguatemi | Chico Xavier – O Filme. Drama. 13h40, 16h10, 18h50, 21h20. Iguatemi | Como treinar seu dragão. Animação. 16h40. Domingo, 16h. UCS | Dupla Implacável | Ação. 18h15. UCS | Homem de Ferro 2. Ação. 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40 (dub.) e 14h20, 16h50, 19h20 e 21h50 (leg.). Iguatemi | Ilha do medo.
Suspense. 20h. UCS.
Panazzolo | 3901-1316
INGRESSOS - Iguatemi: Segunda e quarta-feira (exceto feriados): R$ 11 (inteira), R$ 7,50 (Movie Club Preferencial) e R$ 5,50 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sêniors com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 13 (inteira), R$ 10 (Movie Club Preferencial) e R$ 6,50 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sêniors com mais de 60 anos). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 32182255. | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316
l Medida por Medida | Sábado, 20h | Peça de William Shakespeare, com os atores Luiz Salém, Rodolfo Bottino e Pedro Neschling. Teatro Municipal – Casa da Cultura R$ 5 (comerciários), R$ 20 (meia entrada) e R$ 40 (público em geral) | Dr. Montaury, 1333, Centro | 3221-3697
TEATRO l A Mulher Sem Pecado | Sexta (15), 20h | Peça de Nelson Rodrigues, apresentada pelo grupo EDZ, em que um casal sofre com o ciúme. Teatro do Sesc R$ 5 (comerciários, estudantes e sênior) e R$ 10 | Moreira César, 2462, Centro | 3221-5233 l Boi de Mamão | Quinta (13) e sexta (14), às 10h30, 14h, 15h30 e 20h | Espetáculo de bonecos do grupo Aprontação Experimental. Teatro Municipal – Casa da Cultura R$ 3 (matinê) e R$ 5 (noite) | Dr. Montaury, 1.333, Centro | 3221-3697 l Cinta-Liga/Desliga | Sexta (14), 20h | Esquete teatral sobre as particularidades do universo feminino, vistas com bom humor. Saguão – Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312,
l Paz e Humor... | Sábado, 20h30 | O humorista Paulinho Mixaria conta causos dos pampas. Teatro São Carlos R$ 20 (estudante e sênior), R$ 30 (antecipado) e R$ 40 (na hora) | Feijó Júnior, 778, São Pelegrino | 3221-6387 l Salada Mista | Terça (11) e quarta (12), 10h e 14h | Espetáculo infantil do grupo Teatro Luz e Cena, de Novo Hamburgo. Teatro Municipal – Casa da Cultura R$ 5 | Dr. Montaury, 1.333, Centro | 3221-3697
EXPOSIÇÕES l A Espera | De terça a domingo, das 8h às 20h | Obras de Giovana Mazzochi e Marcos Clasen. Jardim de Inverno – Sesc Entrada franca | Moreira César, 2.462, Centro | 3221-5233 l Maria e Madalenas | Sexta (14), às 20h | Exposição fotográfica de Giovana Mazzochi e Douglas Trancoso. Saguão – Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312, Panazzolo | 3901-1316 l Mulheres | Até terça (11) | Telas de Cristiane Marcante. Câmara de Vereadores Entrada franca | Alfredo Chaves, 1.312, Exposição | 3218-1600 l Soul Art | De terça a sábado, das 17h às 21h |
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Fotografias de Lauro Grivot. Teatro Moinho da Estação Entrada franca | Augusto Pestana, s/n°, São Pelegrino | 8404-1713 AINDA EM EXPOSIÇÃO – Calendário Ecológico. Até sábado (15). Ibis Hotel. 3209-5555 | Caxias Cultural. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, e sábados, das 8h30 às 12h30. Farmácia do Ipam. 3222-9270 | Desenhos. Até 18 de maio. Campus 8 – UCS. 3289-9000 | Sentimentos. De segunda a sexta, das 8h às 19h. Teatro São Carlos. 3221-6387 | Vitrine da História. De terça a sexta, das 9h às 17h. Arquivo Histórico Municipal. 3218-6114.
LITERATURA l Rodas de Leitura | Segunda (14), 15h | Grupo de leitores é mediado pelo escritor Uili Bergamin. Biblioteca Pública Municipal Entrada franca | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697
FILOSOFIA l Thomas Mann e o pensamento filosófico | Quarta (12), das 18h às 19h40 | Palestra com Fernando Fantinel, parte do curso Filosofia e Literatura – Leitura Recomendada de Textos Clássicos. Auditório do Bloco E – UCS Entrada franca | Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária | 3218-2100
TRADICIONALISMO
FESTA l Fenawiki 2010 | Até 23 de maio | Cerca de 120 expositores, gastronomia típica, shows, cultura e esporte são as atrações da festa. Parque Cinquentenário Ingressos normal, R$ 5; promocional, R$ 4. Sextas, das 14h às 22h, e sábados e domingos. das 10h às 22h. Ingresso para o Festival do Moscatel, R$ 35 | Av. Prefeito Arno Domingos Busetti, s/nº, Cinquentenário | Farroupilha
MÚSICA l Quiz Beatles | Todas as quartas de maio | Durante todo mês, às quartas-feiras, quiz sobre os Beatles. O vencedor ganhará um mês de aulas do instrumento a sua escolha na escola Acordes. Leeds Pub Entrada franca | Os 18 do Forte, 314 | 3238-6068 l Orquestra Municipal de Sopros | Domingo, 20h | Regido pelo maestro Gilberto Salvagni e com participação especial do cantor tradicionalista Cristiano Quevedo e Banda, o espetáculo Aurora Serrana apresenta canções que tradu-
zem o espírito gaúcho. Teatro Municipal – Casa da Cultura Entrada franca | Dr. Montaury, 1.333, Centro | 3221-3697 TAMBÉM TOCANDO - Sábado: A4. Pop rock. 23h. Pepsi Club. 34190900 | Apocalypse. Progressivo. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Dead Fish e Zava. Hardcore. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Gustavo Reis. MPB. 22h30. São Patrício. 30285227 | Kadu e André. Pop rock. 22h. Badulê. 34195269| Izequiel Carraro. Pop/música eletrônica. 23h. La Boom. 3221-6364 | Le Freak. Anos 80 e 90. 23h. Studio 54 Mix. 9104-3160 | Libertá. Nativista e outros gêneros. 22h30. Libertá Danceteria. 3222-2002 | Rutera. Reggae. 22h. Zarabatana. 3901-1316 | Saturday Night. Música eletrônica. 22h. Havana. 3215-6619 | Ton e os Karas. Rock. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Top Deejays. Música eletrônica. 23h. Move. 9198-3592 | Velho Hippie. Rock. 22h. Aristos London House. 3221.2679 | Vera Loca. Rock. 23h. Roxx. 30213597 | Vintage. Anos 70, 80 e 90. 23h. La Barra. 3028-0406 | Domingo: DJ Zé Beto. 17h. Zarabatana. 3901-1316 | Segunda (10): Ligante Anfetamínico, M.A.D.E.R.A, Ravana e 500 a. C.. Festival Contramão. 21h. Vagão. 3223-0007 | Terça (11): Rodrigo Campagnolo e Graziano. Rock. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Terça Jazz. Jazz. 22h. Leeds. 32386068 | Quarta (12): Arena. Sertanejo universitário. 22h. Portal Bowling. 3220-5758 | Flávio Ozelame Trio. Blues. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Ton e os Karas. Rock. 22h. La Barra. 3028-0406 | Quinta (13): Paulinho Cardoso e Marquinhos Michelon. 21h. Zarabatana. 3901-1316 | Trio Parada Blues. Blues. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Sexta (15): Bad Medicine – Bon Jovi Cover. Rock. 23h. Vagão. 3223-0007 | Creedence Clearwater Revival Tribute. Rock. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Infiltrados. Rock. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Os Vulkanianos. Surf music. 22h. Zarabatana. 3901-1316. Films du Losange, Divulgação/O Caxiense
l 22° Rodeio Crioulo Nacional de Caxias | Até 16 de maio | Apresentações artísticas, como o Festival César Passarinho e o Festival de Poesia Gaúcha. Sábado: Angelo Franco. 19h. Início do Festival César Passarinho. 20h.
Joca Martins. 22h30. Grupo Querência. 23h | Domingo: Final do Festival César Passarinho. 19h. César Oliveira e Rogério Melo. 21h | Segunda (11): Xiruzinho. 21h | Terça (12): Os Campeiros. 20h. Jairo Lambari. 21h | Quarta (13): Robson Boeira. 20h. Shana Müller. 21h | Quinta (14): Daniel Barros. 20h. Lisandro Amaral e Marcelo Oliveira. 21h30 | Sexta (15): Ernesto Nunes. 20h. Lúcio Yanel. 21h. Mano Lima. 22h. Grupo Criado em Galpão. 23h30. Pavilhões da Festa da Uva Ingressos: quinta (a partir das 18h) e sexta, R$ 3; sábado e domingo, R$ 4. De segunda a quinta, entrada franca | Ludovico Cavinatto, 1.431 | 3221-1118
Cinema | A Fita Branca
Um olhar autoral sobre o autoritarismo por RENATO HENRICHS Você anda com saudade de assistir a um filme diferenciado, duro, seco, lento, que não faz concessões ao público e, mesmo assim, prende o espectador à poltrona durante mais de duas horas? Pois A Fita Branca é esse filme, um produto cinematográfico que foge do óbvio exaustivo que se instalou na programação dos cinemas de shopping. Apresentado em preto e branco, sem trilha sonora, sem qualquer tipo de efeito hollywoodiano, mas com uma história original o suficiente para oferecer diversas interpretações, o trabalho do austríaco Michael Haneke é um dos filmes mais intrigantes exibidos na cidade nos últimos tempos. Não é por acaso que, em 2009, ele foi distinguido com a Palma de Ouro em Cannes e saiu-se vitorioso no Globo de Ouro deste ano, duas premiações que valem ser consideradas. Quando parecia que o tema raízes do autoritarismo (do nazismo e, principalmente, do fascismo) tinha sido explorado o suficiente. A Fita Branca surge como uma perturbadora fábula sobre a intolerância, realizada com a rigidez (in)digna de uma educação de moral protestante – por sinal, colocada no filme de forma impiedosa. Os acontecimentos que se passam num vilarejo alemão, no início do século passado, como diz o narrador, “são de extrema importância para se compreender os eventos dramáticos que aconteceriam na Alemanha, décadas depois”. Com essa fala, a associação da história com o despertar do nazismo e a ocorrência do Holocausto é imediata, embora o filme vá muito além disso. Na verdade, Haneke faz um estudo amplo e profundo sobre as consequências de uma educação por vezes cruel na sua repressão, da observância insana a regras de civilidade que não resistem a um avançar de portas. Por sinal, há muitas portas fechadas, muita penumbra, muitos rostos em primeiro plano no desenrolar da trama, revelando o que se esconde por detrás das normas impostas pelas aparências ou pelo excesso de disciplina. Dessa forma, o espectador vê cenas como um pai bolinando a própria filha na madrugada; e outro, justamente o pastor da comunidade, amarra as mãos do filho adolescente na cama para que ele não possa se masturbar. Mais do que coisas assim, porém, o público se depara com uma série de crimes e acidentes que não se explicam. Apenas reforçam a ideia de que autoritarismo gera autoritarismo. Ou de como uma sociedade doente pode gerar uma doença social como o nazismo. Apesar de tudo o que é mostrado, o diretor não cede a conclusões fáceis. Ao contrário, impõe-se uma desconfiança a respeito da autoria dos crimes, estabelecendo-se uma dúvida a respeito da bondade e/ou ingenuidade das crianças. O final fica em aberto. Como a dizer: certas feridas não cicatrizam. l A Fita Branca | Sábado e domingo, 20h | Ordovás Em 1913, vilarejo alemão é tomado por estranhos acidentes, com caráter punitivo, levantando clima de desconfiança geral. Dirigido por Michael Haneke. Com Susanne Lothar e Ulrich Tukur. 16 anos, 144 min., leg..
A Fita Branca, ganhador da Palma de Ouro e do Globo de Ouro, está em cartaz neste fim de semana
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Online | Assista aos trailers dos filmes em cartaz na cidade em www.ocaxiense.com.br. 8 a 14 de maio de 2010
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Artes artes@ocaxiense.com.br
Marcos Clasen | A espera |
Neste óleo sobre tela, o artista mostra que em momentos de espera todos são iguais, independentemente de idade, gênero e cor. Há o guarda-chuva e o cão, mas além disso não temos nenhuma informação sobre estas pessoas que estão na mesma situação, nuas e frágeis. As telas fazem parte da exposição de Marcos Clasen com a artista Giovana Mazzochi, que produziu um videoarte, e podem ser vistas no Sesc (Moreira César, 2.462), de 12 a 31 de maio.
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LUGARES por MÔNICA MONTANARI
ão me pergunte onde estamos, porque podemos estar em qualquer lugar. Lembro bem que na última vez que nos encontramos – e já faz tempo isso – você já me perguntava onde estávamos, para onde iríamos, onde queríamos chegar. Eu não sabia o que responder pra você. Nunca soube o que responder pra você e ficava fazendo aquela cara blasé. Eu não sabia o que dizer e também não sabia por que você queria
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saber. Que diferença fazia onde estávamos ou para onde iríamos se era inevitável continuar a caminhada e não sabíamos onde ia dar aquela estrada? Muito tempo estas dúvidas. Há muito tempo perguntas sem respostas. Espelhos sem reflexos. Reflexões. Agora nos encontramos aqui e esta minha veia de poeta fracassado, ou não, mas, enfim, um daqueles que abandonou o limite e se tornou uma confusão, me fez pensar que em algum lugar há respostas, hoje – para esta pergunta.
Onde estamos? Penso que podemos estar em qualquer lugar ou em todos os lugares, mas acho que há um momento em que o caminho cansa e a bagagem pesa demais e nós resolvemos, naquele momento, parar com tudo aquilo. Largamos a bagagem. Abandonamos o caminho. Nosso endereço já não mais é encontrado no Google Earth. Bloquearam nosso CPF, nossas contas bancárias, nossos cartões de crédito. Perdemos a Carteira de Identidade.
Nosso registro troca de livro, do A para o C. Assim é que nos encontramos. Nesse lugar que hoje estamos. Pelo menos “penso que estamos no beco dos ratos. Onde os mortos seus ossos deixaram.” (T.S. Eliot) Você não percebe como está leve? Você não ouve o barulho deles a passear sobre você? Do livro A louca e outros contos de ônibus. Ed. Belas-Letras, R$ 15.
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Guia de Esportes Maicon Damasceno/O Caxiense
Luiz Carlos Erbes, Divulgação /O Caxiense
guiadeesportes@ocaxiense.com.br
No campeonato de Juniores, a dupla CA-JU disputa a última rodada da fase já classificada. O Ju enfrenta o Brasil de Farroupilha; o Caxias pega o Esportivo
FUTEBOL l Juventude x Brasil-Fa | Quarta (12), 15h30 | O Juventude faz em casa o último jogo da primeira fase do Campeonato Gaúcho Sub-20 contra o Brasil de Farroupilha. Independentemente do placar, a equipe alviverde classifica-se em primeiro lugar do grupo. Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC) Entrada gratuita | Atílio Andreazza, Parque Oásis l Caxias x Esportivo | Quarta (12), 15h30 | A equipe do Caxias, matematicamente classificada entre os três primeiros no Grupo 4 do Gauchão Sub20, e enfrenta o Esportivo pela última rodada da primeira fase. Estádio Municipal Homero Soldatelli Entrada gratuita | Barros Cassal, 377, Flores da Cunha l Campeonato Municipal | Sábado, 13h15, 14h e 15h15 | Neste sábado serão recuperados os jogos da segunda rodada da categoria Suplente, que não foram realizados devido à chuva. No dia 15, as demais
séries retomam os jogos. SÉRIE SUPLENTE - Sábado, 13h15: Guarani x Ouro Verde (Enxutão), Século XX x XV de Novembro (Municipal 1) | 14h: Londrina x Águia Negra (Sagrada Família) | 15h15: Unidos x Az de Ouro (Enxutão), Fiorentina x União de Zorzi (Municipal 1). Campos: Municipal 1, Enxutão e Sagrada Família Entrada gratuita l Copa União | Sábado, 13h30 e 15h30 | Nona rodada da competição. As equipes São Francisco da 6ª Légua e Pedancino permanecem invictas na categoria juvenil, somando 18 pontos. Apenas seis gols a mais no saldo colocam o São Francisco na primeira posição. Na categoria sênior, o São Virgílio continua líder isolado, somando 22 pontos em oito jogos. Juvenil, 13h30: Bevilacqua x São Cristóvão, Pedancino x Botafogo, Forquetense x São Francisco | Sênior, 15h30: São Cristóvão x Botafogo, Pedancino x Conceição, São Francisco x Bevilacqua, Diamantino x Forquetense, Canarinho x Juvenil. Campo do time mandante Entrada gratuita l Futebol Sete Série A | Sábado,
14h15 e 15h15 | Na terceira fase do campeonato, restam quatro equipes. Os vencedores farão a final no próximo sábado (15). Sábado, 14h15: Voges x Agrale | 15h15: Randon x Guerra Centro Esportivo do Sesi Entrada gratuita | Cyro de Lavra Pinto, s/nº, Nossa Senhora de Fátima
Futsal | 20h45: ASF Futsal x Os Deva | Quinta, 19h45: Juventus x São Vicente | 20h45: SER Suruba x Planalto. Enxutão Entrada gratuita | Luiz Covolan, 1.560, Santa Catarina
l Copa Ipam de Futsal Feminino | Sábado, 17h | O jogo amistoso entre as equipes Santa Catarina e UCS faz a abertura da Copa Ipam de Futsal Feminino. A partida deve ocorrer logo depois da solenidade, programada para as 17h, no ginásio do Enxutão. O campeonato é disputado em duas divisões. Na 1ª, 15 equipes disputam o título, e na 2ª, são sete. A primeira rodada está marcada para os dias 15 e 16. Enxutão Entrada gratuita | Luiz Covolan, 1.560, Santa Catarina
l Copa RS Infanto-Juvenil | Sábado, 9h, e domingo, 10h | No sábado, a partir das 9h, a UCS/ Prefeitura de Caxias do Sul enfrenta o Projeto Vôlei Nova Petrópolis e o Notre Dame, de Passo Fundo. No domingo os jogos têm início às 10h, e a UCS busca a vitória contra a Associação Vôlei Futuro, de Santa Maria, e o Languirú, de Estrela. Ginásio Poliesportivo da UCS Entrada franca | Francisco Getúlio Vargas, s/nº, Vila Olímpica da UCS, Petrópolis
l Campeonato Citadino Adulto | Terça (11) e quinta (13), 19h45 e 20h45 | A terceira rodada do campeonato inicia na próxima terça (11). O Torino é a única equipe a vencer nas duas primeiras rodadas, e lidera a Chave B. Terça, 19h45: São Paulo FC x Real
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FUTEBOL
l 2° Intercâmbio | Terça (11), das 8h às 15h30 | O evento reúne grupos do Programa de Jogos Adaptados para Adultos e 3ª Idade na modalidade Câmbio, semelhante ao vôlei, com adaptações. Enxutão Entrada gratuita | Luiz Covolan, 1.560, Santa Catarina
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Maicon Damasceno/O Caxiense
Enciclopédia não oficial
HISTÓRIAS DA
ARQUIBANCADA Convidados a homenagear os 75 anos do clube, torcedores escrevem suas melhores memórias grenás
Bruno Caldart relembrou o dia em que os campeões Kempes e Marília foram visitá-lo no hospital: “Foi muito emocionante”
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por MARCELO MUGNOL marcelo.mugnol@ocaxiense.com.br ue as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos. Da série: “poesia numa hora dessas?”. Pois é. O viciado torcedor de futebol não suporta mais a bola trancada dentro do armário. Enquanto isso, o clube tenta distrair os apaixonados grenás com uma revisão sobre os 75 anos de história da Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias. Rever é para quem tem coragem. Tivesse o Caxias um passado só de tristezas, a maioria preferiria colocar uma pá de cal, deslizar cimento molhado sobre o assunto e esquecer tudo. E para encerrar a cena de filme pastelão, o tal do pedreiro finalizaria sua participação assoviando e saindo de fininho do Estádio Centenário amontoado de lajes e pedras do esquecimento. Feliz do time que tem glórias para rever, como o Caxias. “Ah, mas nunca foi Campeão do Mundo”, resmunga aquele turista porto-alegrense. Realmente, o Caxias não é campeão da Taça Toyota, nem campeão da Taça FIFA. Mas o esquadrão grená já silenciou o Estádio Olímpico. Foi em 2000. Antes da derradeira partida, na casa do tricolor – que pode ser imortal, mas teve uma das vidas de gato ceifadas pelo Caxias de Adão, Titi, Maurício, Gil Baiano e cia. –, o Grêmio padeceu no Estádio Centenário. Levou três, “ao natural”, como lembrou o zagueiro Paulo Turra, em recente reportagem d’O Caxiense. A essa altura o Caxias já não era considerado uma zebra e, com certa facilidade até, vence o jogo de ida no
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Centenário por 3 a 0. Um empate sem gols em Porto Alegre bastou para sagrar o Caxias campeão gaúcho pela primeira vez na sua história. Um título merecido, fruto do sacrifício de um grupo de abnegados e sonhadores entre os quais estava Adão, com a sua pureza e a inata virtude de marcar gols. O fragmento acima faz parte do texto Adão sem Pecados, uma crônica do caxiense Lúcio Saretta, 37 anos, sobre a conquista do título de Campeão Gaúcho em 2000. Lúcio é um dos muitos torcedores grenás que encararam o desafio de rever momentos importantes do clube sob a ótica de quem os viveu, mas fora de campo. O projeto do departamento de marketing do Caxias pretende “aproximar a torcida e os associados para que eles possam contar suas experiências com o clube nesses 75 anos de aniversário, uma versão além da história oficial, de como o clube se formou etc.”, explica a gerente de comunicação e marketing do Caxias, Daniela Goulart. É natural que boa parte das histórias que o clube esteja recebendo, cerca de 30 até a semana passada, tenham como alvo o maior título do Caxias até hoje, mas o mundo grená descortina-se também em gestos fora de campo. Com a palavra, Bruno Caldart, 19 anos: Meu nome é Bruno, sou estudante e tenho várias histórias relacionadas ao Caxias, mas vou contar a que mais me marcou. Foi em 2008. Passei por várias cirurgias e fazia um mês que estava internado. Ganhei um rádio para ouvir os jogos do Caxias, não perco um! Um dia meu padrinho foi me visitar e tive uma grande surpresa. Ele trouxe os jogadores Kempes e Marília, autor do gol do título na final da Copa Amoretty, na qual eu estava presente. Foi uma visita totalmente inesperada, ganhei uma ca-
misa autografada e um quadro com o autógrafo de todos os jogadores da época. Fiquei muito emocionado e agradeço meu padrinho até hoje pelo que ele fez! Realmente foi um dia especial. O fragmento faz parte do texto Uma visita inesperada. E Bruno enviou até uma foto para comprovar. Kempes e Marília, guerreiros em campo, foram gentis sem a bola. “Minha história foi muito emocionante, pois estava no hospital e pra falar a verdade estava desanimado. Eu tinha recém feito a cirurgia e não estava me recuperando como prevíamos (mais tarde tive que fazer outras três cirurgias). Não gostava muito que as pessoas me vissem naquele estado. Mas aquele dia foi especial, realmente não esperava”, conta Bruno, que ainda se trata de uma doença inflamatória intestinal. “Marília e Kempes eram meus ídolos, a visita foi ótima. São muito legais e ainda me deram uma camisa autografada!” O caxiense Valmor Fantinel, 35 anos, é outro torcedor que revive os tempos de Uva Mecânica, quando o Caxias patrolou todo mundo e ergueu a taça de melhor do Estado. “Minha história foi motivada na emoção que aquele título gaúcho provocou. Foi um campeonato inesquecível por todos os fatos que o marcaram. A equipe desacreditada, os salários atrasados, o clube vivendo um período de muitas dificuldades financeiras e políticas e, mesmo assim, um grupo de jogadores comandados por um grande líder consegue alcançar esse feito, igualando-se ao nosso co-irmão”, explica Valmor, que escreveu Bandeirão contagiante. Os textos citados nesta reportagem estão publicados no site www.sercaxias. com.br. E os torcedores podem enviar seus relatos, inclusive com fotos, até 21 de junho – o histórico dia do título
de Campeão Gaúcho em 2000 – pelo e-mail 75anos@sercaxias.com.br. “Não sabemos ainda se isso tudo vai resultar num livro, vamos avaliar depois que todo o material estiver conosco”, despista Daniela. Não importa o estilo do texto. Pode ser mais rebuscado e envolvente, como o de Lúcio: Adão era um rapaz alto, de semblante calmo e sorridente. E, ao contrário do seu homônimo que foi expulso do Paraíso por morder a fruta proibida, não costumava pecar na hora das conclusões. Ou mais próximo de um bate-papo, como o de Bruno: Minha irmã Gabriela, de 10 anos, também é torcedora do Caxias. Na série C do ano passado, ela entrou em campo com os jogadores carregando a bandeira do Caxias, eu fiquei dentro do campo esperando ela, nunca tinha estado dentro do campo, sentindo o barulho da torcida! Foi muito legal também, principalmente pra ela. O jogo foi contra o Criciúma e o Caxias saiu vencedor. Olha o Criciúma aí, gente! Sempre é bom rever a história, ainda mais quando nos estimula a encarar o futuro. Principalmente relembrar de vitórias contra times que vamos encarar novamente, como o Criciúma. Mas, como ensina o poeta Ferreira Gullar, autor dos versos do início desta reportagem: metade de mim é partida, / mas a outra metade é saudade. Lúcio, Bruno e Valmor pretendem escrever uma nova história no final de 2010. “A história que tenho certeza todo grená quer contar tem esse título: O ano em que o Caxias encontrou o seu devido lugar, a Série B!”, anuncia Valmor. Que assim seja. Já dá vontade de sentir saudades desse título que ainda não veio só pra ler a continuidade da vida grená nas memórias de seus fiéis e eternos torcedores.
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Aceita ou não aceita?
Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense
TUDO
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VALEU MUITO
A PENA”
Ídolo da torcida e papo de coração, Lauro avalia a proposta da direção para abandonar o futebol e tentar ajudar o clube de outra maneira
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tebol Júnior. Ao lado de companheiros como o goleiro Humberto (hoje treinador de goleiros das categorias de m 1998, sentado nas sociais do Está- base do alviverde), do volante Itaqui e dio Alfredo Jaconi, Lauro concedeu do zagueiro Baggio, levou o Juventude entrevistas porque estava sendo em- ao 5º lugar, feito inédito para um time prestado pela Parmalat, patrocinadora até então desconhecido, que estreado Juventude, ao Palmeiras. Não sabia va na Copinha. O treinador era José quanto tempo iria ficar, ou se a partir Luiz Plein. Devido ao desempenho na de São Paulo teria outro rumo. Foi a competição, a maioria dos jogadores primeira vez que ele saiu do Juventude. imediatamente foi promovida ao proRetornou, foi para o Etti-Jundiaí (hoje fissional. No final daquele mesmo ano, Paulista) e de lá para o Grêmio, passou numa tarde ensolarada de domingo (4 pela Ulbra (atual Universidade) e, des- de dezembro), o Ju sagrou-se campeão de 2004, veste a camisa alviverde no- da Série B diante do Goiás. “Foi quanvamente. A mesma pela qual seu filho, do nosso futebol apareceu para o BraJoão Pedro, quatro anos, a mulher, Ma- sil”, lembra Lauro. nuela, 28 anos, e a sogra, Sueli – mais Ao retornar para Caxias do Sul deconhecida pelos amigos como Neca pois de atuar pelo Palmeiras, o Baixi–, torcem apaixonadamente. Passados nho, natural de Alegrete, ergueu outra 12 anos, as entrevistas taça, a de Campeão também são em tom de Gaúcho invicto, em despedida, mas Lauro “Sei que tudo 1998. No ano seguinte sabe que, desta vez, não o que tenho foi a vez da Copa do voltará a atuar pelo Ju. Brasil, o maior títuPelo menos não dentro hoje eu devo lo conquistado pelo ao Juventude. das quatro linhas. Ju, que lhe garantiu a Na semana passada Minha casa, participação na Copa a direção apresentou minha carreira Libertadores de 2000. uma proposta para o Além desses títulos, ídolo papo se tornar e, principalmente, Lauro foi campeão do um auxiliar técnico ou, minha família”, Mercosul pelo Palmeiainda, trabalhar junto diz o Baixinho ras (1998) e, com o ao departamento de Etti-Jundiaí, em 2001, marketing, como uma campeão da Série A2 espécie de garoto-propaganda do clube (segunda divisão) do Paulistão e da que lhe abriu as portas no distante ano Série C do Brasileiro. “Deus usou o de 1990. “Quando se é guri se faz cada Juventude para me abençoar. Sei que coisa... Viajei a São Paulo e outras ci- tudo o que tenho hoje eu devo ao Judades do Rio Grande do Sul para fazer ventude. Minha casa, minha carreitestes. O seu Adão Pereira, que treinou ra e, principalmente, minha família, o Flamenguinho de Alegrete e depois pois conheci minha esposa em Caxias trabalhou no Ju, foi quem me trou- do Sul e meu filho nasceu aqui”, diz o xe para Caxias do Sul. Nem fiz teste, Baixinho, olhando para o horizonte na cheguei e comecei a jogar”, orgulha-se sala de casa enquanto saboreia o chiem contar. Lauro Antônio Ferreira da marrão. Silva, 36 anos, é uma pessoa sincera. O mesmo Lauro que conversou com Lauro se considera uma pessoa jornalistas sentado tranquilamente na feliz, com a bênção de Deus. “Foi tamsombra da arquibancada do Jaconi no bém após ter vindo para o Juventude final da década passada abre a porta de que conheci a palavra do Senhor. Não sua casa hoje, próximo de completar gosto muito de falar em religião, até 37 anos (em 20 de junho), para mos- para me preservar. A Bíblia é meu matrar o quanto é feliz. nual de conduta”, resume o volante que tornou-se evangélico em 1995. Tudo é Quando chegou em Caxias, co- creditado a Deus, inclusive a experiênmeçou na categoria Juvenil. Treinou cia em outros clubes do país. “Eu fui, forte, mostrou empenho e foi para os apesar de não gostar muito de mudanJuniores. Em 1994, logo em janeiro, ças. Ganhei experiência. Não tenho participou da Copa São Paulo de Fu- como separar o Ju da minha vida. Tive por FABIANO PROVIN fabiano.provin@ocaxiense.com.br
Lauro diz que a turbulência já passou: “Estou com a cabeça tranquila para decidir”
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alegrias no passado e derrotas mais camisa. Acho até melhor parar agora, recentemente; tudo valeu”, constata, lembrado por todos, do que acabar no tecendo um elogio ao amigo Marcelo esquecimento. Por outro lado, tenho Costa, meia do Caxias formado nas amor pelo jogo, sei que poderia jogar categorias de base do mais algum tempo. Jaconi e eleito craque Enfim, não é tão simdo Gauchão 2010, em “Digo para a ples quanto parece devotação promovida pela torcida que não cidir”, contextualiza o Federação Gaúcha de tenho mágoa, jogador. Futebol (FGF). mas felicidade, Enquanto abraça A experiência cita- por todas as o filho, Lauro para e da pelo Baixinho e, aci- vezes que vesti diz, calmo como nas ma de tudo, seu empe- e honrei entrevistas de 1998, nho dentro de campo e que a turbulência já seu caráter fizeram com a camisa”, passou. “Estou com a que fosse abençoado discursa Lauro cabeça tranquila para também pelas arquibandecidir.” A turbulêncadas. Poucos sabem cia a que o Baixinho falar com a torcida como o ídolo que se refere ocorreu na semana retrasada. já vestiu 570 vezes a camisa do clube A reapresentação do grupo profissiofundado em 1913. “O cidadão Lauro nal estava marcada para 26 de abril, foi criado pelo Juventude. Tenho plena visando ao início dos trabalhos para consciência de que a papada fez o Lau- a disputa da Série C a partir de 18 de ro. Eu joguei muitas vezes empurrado julho (a Confederação Brasileira de pela torcida. É por isso que eu jogo, por Futebol deve divulgar a tabela e o reum ideal. Foram os juventudistas que gulamento da competição até o final de fizeram a maior propaganda do joga- maio), e Lauro não apareceu no Jaconi. dor Lauro”, agradece. Poucos atletas Segundo o vice-presidente de futebol, são elogiados ou cobrados respeitosa- Juarez Ártico, o jogador com contrato mente em público como o pai do João até novembro de 2010 fora liberado Pedro. para tratar de assuntos particulares Enquanto dá atenção ao filho e à – mais especificamente, do curso de esposa e aguarda o horário do culto, Educação Física que faz na Faculdade Lauro respira fundo, esfrega a mão no da Serra Gaúcha (FSG). rosto e pensa. Até sexta-feira (7), não Como o assunto vazou, e para evitar havia tomado uma decisão sobre a pro- mal-entendidos, a direção divulgou posta da direção. E nunca pensou que no final da manhã de 29 de abril uma seria tão difícil. “Mas é bom saber que nota oficial sobre as negociações encao Juventude me quer. Sei que o clube minhadas com Lauro. No mesmo dia, não está virando as costas para o Lauro. por volta das 18h15 e depois de uma Chegaria uma hora em que eu deveria reunião com Ártico e com os assessoparar de jogar. Digo para a torcida que res do departamento de futebol, Juarez não tenho mágoa, mas sim felicidade Marcarini, e da presidência do Ju, Raipor todas as vezes que vesti e honrei a mundo Demore, o Baixinho concedeu
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8 a 14 de maio de 2010
uma entrevista coletiva. Cabisbaixo e ção na carreira de Lauro no Ju ocorreu abatido, Lauro falou que iria pensar no final do ano passado. Com contrato com carinho na oferta. “Nossa inten- finalizado em novembro, ele aguardou ção é ter o Lauro junto do Juventude, uma proposta da direção recém-eleita. as portas estão abertas. Talvez façamos O valor do salário foi reduzido, devium jogo de despedida. É um projeto do ao déficit nos cofres do Jaconi, e o novo, não como jogador”, diz Ártico, Baixinho renovou até novembro de reforçando o convite. 2010. Como sempre fez, chegou cedo Com o passar dos dias, Lauro diz aos treinos, cumpriu horários, suou a que “esfriou a cabeça” e, com a ajuda camisa. de Deus e da família, está avaliando as A saída de Lauro do campo também possibilidades. “O clube não me deu deixará um vácuo na imprensa. Prefeum prazo, porém, não gosto de ficar rido para dar entrevistas, sempre falou postergando decisões. E também não bem, ponderadamente. Tanto nas hoquero me precipitar. Como disse an- ras boas quanto nas ruins. Foi assim no tes, não é fácil, mas creio que terei a rebaixamento do ano passado. O Baiserenidade necessária para finalizar a xinho se apresentava para dar explicaquestão”, pondera. O anúncio da di- ções. “Estamos tentando recolocar o reção alviverde dividiu a torcida e até clube nos trilhos. Particularmente, fico funcionários do clube. Enquanto par- triste com isso porque sempre atuei em te agradece e elogia o empenho do equipes vencedoras aqui no Juventuatleta Lauro nos cerca de 17 anos de de”, diz, ao comentar a fraca atuação Jaconi, outros acham que houve falta da equipe no Campeonato Gaúcho de de respeito em convidar o jogador a 2010. se aposentar. Diz a nota assinada pelo Para Lauro, o nervosismo é a principresidente Milton Scola: pal dificuldade para “A direção alviverde, em quem vive de jogar momento algum, tratou “Acho até futebol. E o mesmo o assunto com a intenção melhor parar vale fora do gramade desqualificar a repredo. Hoje ele ressalta agora, lembrado sentatividade daquele que ser capaz de pensar é considerado um ídolo por todos, assim devido à expee participante ativo nas do que riência de vida, deviprincipais conquistas do acabar no do ao Juventude. As clube e exemplo de proarticuladas entrevisesquecimento”, fissional comprometido tas no Estádio Alfrecom a causa esmeraldina. analisa o do Jaconi poderão Ou seja, é fundamental ídolo alviverde se repetir, caso ele que o torcedor do Juvenaceite o convite da tude saiba que em modireção esmeraldimento algum a diretoria deixou de na e siga no clube, em outras funções. considerar a contribuição de Lauro e Trata-se de decisão que não deve tarsua trajetória no clube.” dar. “O que posso dizer é que tudo valeu muito a pena”, declara o Baixinho. O primeiro momento de indefini- Em tom de despedida?
S e m an alm e nte n a s b an c a s , di ar i am e nte n a inte r n e t .
Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br
Consulta online
Na prática
Se um projeto desse nível já estivesse em prática, a Câmara de Vereadores poderia ter perguntado ao eleitor caxiense: você é contra ou favor da prorrogação do contrato com a Visate? Ou: você acha importante que o Legislativo municipal esteja representado na missão da CIC que irá à África do Sul?
Aliás
O presidente da CIC, Milton Corlatti, defende com segurança e propriedade a iniciativa da missão à África do Sul, questionada na Câmara depois que a Mesa Diretora resolveu abrir mão da participação do vereador Alaor de Oliveira (PMDB). Os nomes dos viajantes serão definidos nesta segunda-feira – todos representantes de entidades como CIC, CDL, Sindilojas, prefeitura e UCS. Para Corlatti, são entidades preocupadas e engajadas com o futuro da cidade, “que também passa por um bom aproveitamento da realização no Brasil da Copa do Mundo 2014”.
A campanha continua
Vereador Marcos Daneluz (PT), sobre a missão organizada pela CIC que levará oito representantes de entidades caxienses à África do Sul
perguntas para
Dagoberto dos Santos
Para o coordenador do Procon Caxias, o cidadão/consumidor está mais consciente de seus direitos, mas algumas empresas não zelam pela qualidade dos produtos
O Procon atende hoje uma média de 100 reclamações diárias. As pessoas aprenderam a exigir seus direitos ou a qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas e/ou instituições piorou? São as duas coisas. Os consumidores estão, sim, mais conscientes de seus direitos. Isso é muito bom e nos deixa contentes, visto nossa constante preocupação em divulgar e introduzir os direitos do consumidor ao cidadão caxiense. Por outro lado, há ainda empresas que arriscam, avaliando o custo benefício de seus atos e não cumprindo com a qualidade dos serviços/produtos oferecidos. Mas, cada vez mais, essas empresas ou instituições vêm sofrendo as consequências. A telefonia ainda é o segmento que mais rende reclamações dos consumidores? Sim, as empresas de telefonia plantam no varejo e colhem no atacado. Não consideram as questões de custo/beneficio de suas ações. Ocorrem constantes cobranças ao consumidor, sobre serviços não
Escolha do vice
A escolha do vice-reitor da UCS está prometida para terça-feira (11). Na última reunião do Conselho Diretor, decidiu-se que os conselheiros levariam para discussão de suas instituições os 5 nomes elencados pelo reitor Isidoro Zorzi: o subreitor do campus de Bento, José Carlos Köche; Diego Netto, Divulgação /O Caxiense
O ministro dos Esportes Orlando Silva, que é filiado e indicado ao cargo pelo PC do B, estará na cidade na próxima sexta-feira, 14. Oficialmente, virá falar e ouvir sobre a possibilidade de Caxias do Sul ser subsede da Copa do Mundo de 2014. Na prática, virá reforçar a candidatura do vereador e sindicalista Assis Melo à Câmara Federal.
Sou contra o gasto exagerado neste momento e desta forma
solicitados, ou mesmo cobranças indevidas ou por vezes em duplicidade. A telefonia é serviço essencial. Havendo qualquer irregularidade, esta deve ser notificada e resolvida prontamente pela empresa fornecedora. Em geral, as reclamações têm obtido que média de retorno, de resposta ou indenização? O Procon, sendo órgão administrativo e não judiciário, realiza acordos amigáveis, negociações entre consumidor e fornecedor, servindo como órgão conciliador e mediador. Atualmente temos obtido em média 75% de acordos/ resultados positivos. Podemos melhorar, mas já consideramos este um bom índice diante da demanda de reclamações que recebemos diariamente. Como órgão administrativo, o Procon não tem poder para indenizar, agindo assim em companhia de outros órgãos, como o Ministério Público e Juizados, quando há necessidade de ressarcimento ao consumidor. Luiz Chaves /O Caxiense
Depois do “Câmara vai aos bairros”, o presidente Harty Moisés Paese (PDT), avalia a possibilidade de colocar em prática outra ideia inovadora: a consulta popular online. Com esse sistema, a população caxiense teria condições de dar sua opinião sobre projetos polêmicos ou sugerir temas para audiências públicas – sempre por meio da internet. Um ponto está definido: só poderiam participar da consulta pessoas com domicílio eleitoral em Caxias do Sul. Para isso, um software específico precisa ser desenvolvido. Aliás, é claro que um projeto assim vai demandar muitos estudos, para que possam ser adequadas desde questões técnicas até implicações políticas.
Homero Camargo, de Vacaria; o pró-reitor acadêmico Evaldo Kuiava; o ex-representante da Mitra no Conselho, Roberto Boniatti; e o vice da primeira gestão de Zorzi, José Carlos Avino. Um sexto indicado, cujo não nome não foi divulgado, passou a integrar o grupo desde a sexta-feira.
Mudança de endereço Depois de evitar qualquer contato com o presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei dos Santos, o prefeito José Ivo Sartori começou a discutir a reivindicação dos profissionais da área da saúde em outra instância: o SindiServ. Sob o comando de João Dorlan da Silva, a entidade dos servidores municipais incorporou o pleito dos mé-
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dicos, como item de número 25 da sua pauta de reivindicações. Mas o pedido de reajuste do funcionalismo tem um percentual mais discreto: 8,93%. Mesmo assim é muito - para uma categoria que não tem qualquer perda salarial com a adoção, em 1996, da trimestralidade (repasse ao salário, a cada três meses, do percentual de inflação do período).
Colégio eleitoral
Exatos 309.403 eleitores estão aptos a votar em Caxias do Sul nas eleições de outubro. É um número significativo que, bem utilizado, poderá significar uma ampliação e/ou fortalecimento da representação política caxiense na Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Alguém poderia iniciar uma campanha: eleitor caxiense vota em candidato caxiense.
Meio milhão?
O número de eleitores caxienses projeta um dado também significativo, a ser confirmado no censo deste ano: ao que tudo indica, Caxias do Sul, em que pese toda a expansão dos últimos tempos, ainda não chegou aos 500 mil habitantes. Ou será que os novos moradores da cidade não transferiram o título eleitoral para cá?
Baile do trem
Serão muitas as comemorações relativas aos 100 anos da chegada do trem a Caxias do Sul. A mais festiva talvez tenha sido acertada nesta sextafeira em reunião na prefeitura: o baile do trem. Será um baile municipal temático (o tema, obviamente, será o centenário da linha férrea), a ser realizado no dia 26 de junho, no Clube Juvenil (que comemora no mesmo mês 105 anos de fundação). A organização do baile terá apoio da Comissão Comunitária da Festa da Uva, com a participação de diversos setores da administração municipal.
Rodeio oficial
O Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul é promovido de comum acordo pela prefeitura e pela 25ª Região Tradicionalista. Mas chama a atenção o fato de que, em função dos apoiadores, o evento tenha adquirido cunho oficial – sem qualquer patrocínio privado. Câmara de Vereadores, Codeca, Samae, Conselho Municipal de Turismo, Festa da Uva e, exceção à regra, Universidade de Caxias do Sul assinam a realização do rodeio, motivo maior para a construção da cancha, digo, do Espaço Multicultural do parque de eventos Mário Bernardino Ramos.
De olho nas urnas
Em diferentes níveis de convicção, os deputados federais Pepe Vargas (PT) e Ruy Pauletti (PSDB) não decepcionaram o eleitorado na votação do reajuste de 7,72% às aposentadorias da Previdência e do fim do fator previdenciário. Pelo menos não terão, durante a campanha eleitoral, cartazes anunciando que votaram contra os aposentados. Pauletti lembrou, em plenário, que nos dois governos FHC os benefícios aos aposentados acima de um salário mínimo tiveram reajuste real de 18,81%, enquanto que no período Lula o aumento real foi de 3,5%. 8 a 14 de maio de 2010
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