Dezembro | 2010 |S4 |D5 |S6 |T7 |Q8 |Q9 |S10
53 Ano ii
Anvisa diz que a Codeca não pode nem testar o
glifosato Roberto
Hunoff Diretor da GM diz que faltam ruas, e não sobram carros
Uma jornada pelo passado
tropeiro
de Fazenda Souza Renato
Henrichs Na questão do aeroporto, será difícil derrubar a nota de Vila Oliva
BANDIDO contra
Essa fórmula explica, segundo as autoridades, a explosão do número de assassinatos em Caxias em 2010. Em mais de 80% dos casos as vítimas tinham antecedentes criminais
CA-JU Os planos do novo vice de futebol grená André T. Susin/O Caxiense
BANDIDO
Dupla
R$ 2,50
Índice Roberto Hunoff | 4 Diretor da GM diz que o problema não é o excesso de carros, mas a falta de ruas Capina química | 5 Mesmo autorizada pela Fepam, Codeca não pode testar o glifosato, diz a Anvisa Vinhos | 7 A fina concorrência da Campanha
Andreia Milan, Divulgação/O Caxiense
A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site
www.OCAXIENSE.com.br
Violência | 9 Uma análise das origens da onda de homicídios em Caxias do Sul
Fazenda Souza | 14 Em busca do ponto de partida, 250 anos atrás Escultura | 15 A habilidade metalúrgica transformada em arte Boa Gente | 16 Um casal, um ator, um pintor. E um top 5 para a happy hour Artes | 17 Olhos verdes de adeus e a escadaria em preto e branco Guia de Cultura | 18 Filme para curtir no Facebook, clima de Natal e primeiras páginas em exposição Dupla CA-JU | 21 Um novo perfil para o Caxias e o aproveitamento da base no Ju Guia de Esportes | 22 Ainda tem Brasileirão no Jaconi e no Centenário: são os craques do Sub-20 Renato Henrichs | 23 Não há articulação política que mude a decisão técnica sobre o novo aeroporto
Expediente
Redação: André Tiago Susin, Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Cíntia Hecher, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor assistente), Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita Comercial: Pita Loss e Cláudia Pahl Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo Distribuição: Dinâmica Assessoria de Distribuição
Assine
Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120 Jornal O Caxiense Ltda. Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471 Fone 3027-5538 | E-mail ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br
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O Caxiense
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@sercaxias A S.E.R. Caxias parabeniza pelo aniversário de 1 ano, contribuindo para o fortalecimento do jornalismo em Caxias do Sul. #ocaxiense1ano André T. Susin/O Caxiense
Blues | 12 O festival mostra sua cara em cenas inesquecíveis
A capa da edição esta ótima, chama muita atenção a reportagem da pirataria, um problema tão grave atualmente. Fernanda Tonolli
@papadanews A Direção do Juventude parabeniza pelo 1 ano de existência. Parabéns pelo bom trabalho apresentado até aqui. #ocaxiense1ano @vereadoradenise Parabéns por trabalhar de forma conscientizadora! Jornalismo inteligente merece ser jornal de massas! Torço pra isso! Muitos anos de vida! #ocaxiense1ano @cinemaemcaxias Parabenizamos nossos queridos amigos nesse aniversário de um ano. Sem dúvida o presente é nosso e ele vem de vocês! #ocaxiense1ano @urizentech Parabéns pelo primeiro ano de muitos outros que estarão por vir! Sucesso! #ocaxiense1ano @TumTumProducoes Parabéns ao @ocaxiense Que seja o primeiro de muitos anos de jornalismo de muitas qualidades! #ocaxiense1ano @_JuVieira Olha só o @ocaxiense dando aula de como fazer a capa de um jornal mais uma vez. #edição52
Edição 52 | Essa capa ficou perfeita! Muito criativa! Parabéns à equipe! Thamires Griebler Aeroporto em Vila Oliva | Por que não modernizar o aeroporto já existente? Ainda nesta semana, passei por lá e estão em obras. Paulo Roberto Stadulni A ampliação do número e tipos de aeronaves faz com que seja necessária a construção de novas e maiores pistas. O aeroporto, enquanto edificação, não me parece um fator problemático. No entanto, a urbanização e ocupação dos arredores do aeroporto existente impedem que isso seja feito ou, pelo menos, que seja feito de maneira duradoura, tendo em vista as projeções de crescimento da cidade. O deslocamento do aeroporto para uma área maior e mais afastada me parece sensato. Rafael Della Giustina
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
felipe.boff@ocaxiense.com.br Fotos: Maicon Damasceno/O Caxiense
editada por Felipe Boff
A Semana
Feira Ecológica e Blues Festival acabaram tendo que disputar a Estação Férrea. Briga desnecessária. Com planejamento, tem espaço para todos l SEGUNDA | 29.nov
Governo Yeda escolhe Vila Oliva para o aeroporto
Conforme o Censo, a população l QUARTA | 1º.dez gaúcha é de 10.695.532 habitantes, e a brasileira, de 190.732.694. Vereador pede incentivos
para a Feira Ecológica
presas de Caxias. Ganharam R$ 340 mil, apenas para Dilma e Serra. A petista levou vantagem, amealhando R$ 260 mil, contra R$ 80 mil do tucano. A companhia mais generosa foi a Marcopolo (R$ 200 mil para Dilma, R$ 50 mil para Serra), seguida pela Randon (R$ 30 mil para cada).
Depois de a própria governaAfirmando que desde 2005 a dora anunciar no Twitter o re- l TERÇA | 30.nov Feira Ecológica não recebe incensultado do estudo técnico sobre tivos da prefeitura, o vereador de a localização do novo aeroporto MP retoma cobrança sobre oposição Rodrigo Beltrão (PT) regional, a assessoria do Piratini o horário dos médicos reivindica a destinação de verba confirmou, por e-mail, a escolha: No dia seguinte à manifestação específica (R$ 36 mil por ano, é a Vila Oliva. A área no distrito ca- do Sindicato dos Médicos, que sugestão dele) e a construção de xiense, na avaliação do Departa- prometeu retomar a greve na rede uma estrutura fixa para os produ- l SEXTA | 3.dez mento Aeroportuário do Estado municipal (assim que reverter a tores na Rua Dr. Augusto Pestana. (DAP), ganha de goleada da de decisão judicial que pôs fim ao No sábado passado (27), agricul- Condenados estão há sete Mato Perso, em Farroupilha, que protesto) e convocou a categoria tores encontraram boa parte do meses sem dormir na cadeia disputava a indicação: na nota a não bater o ponto, o Ministé- Largo da Estação Férrea, onde reEm vez de dormir na cadeia, que avaliou 15 itens, placar de rio Público reagiu. O promotor alizam a feira há 12 anos, tomado 380 apenados do regime aberto 9,59 a 5,34. Agora, é esperar o Adrio Gelatti lembrou do prazo pelo 3º Moinho da Estação Blues só precisam assinar um livronovo governo cumprir a decisão que dera à prefeitura – vencido Festival – e, naturalmente, não ponto. Depois, podem ir para e arrecadar recursos para uma uma semana antes, aliás – para gostaram nem um pouco. Nesse casa. A absurda situação comobra demorada, que deve levar 10 obrigar os médicos ao que todos caso, o que faltou foi planejamen- pletou sete meses na semana que anos. os simples mortais estão acostu- to da prefeitura, que poderia mui- passou. Culpa da superlotação, de mados: cumprir seu horário de to bem ter adiado ou transferido a reformas inacabadas (na área que expediente. “Não vamos ficar es- feira de lugar. Caxias tem espaço sofreu um incêndio em maio) e População caxiense aumen- perando que o Município empur- de sobra para cultura e ecologia, é obras ainda não concluídas (do tou 20% em 10 anos novo albergue) na Penitenciária re por vários meses esse assunto”, só se organizar. O número de habitantes de Ca- avisou Gelatti, com intenção de Industrial de Caxias do Sul. Ou xias do Sul cresceu 20,8% em uma processar a prefeitura por tolerar melhor: culpa da lentidão do podécada, segundo o IBGE. O Cen- o desrespeito à carga de trabalho. l QUINTA | 2.dez der público. A falência do sistema so 2010 constatou que a popula- Pena que dias depois o promocarcerário é uma das razões da ção da cidade é de 435.482. Mais tor recuou e afrouxou a cobran- Empresas caxienses doaram violência crescente na cidade (leia de 90% dos moradores estão con- ça, dando mais 15 dias de prazo R$ 340 mil a Dilma e Serra mais na reportagem da página 9). centrados na zona urbana – na ru- à prefeitura. Será cumprido desta Saiu a conta da mordida das Um desafio e tanto para os eleitos ral, vivem apenas 16.161 pessoas. vez? campanhas presidenciais nas em- que tomam posse em 2011.
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O Caxiense
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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
É quase consenso entre empresários que a economia manterá o ritmo de crescimento em 2011, embora em indicadores menores por conta da elevada base de comparação deste ano. Para Caxias, admite-se 5% sobre o resultado de 2010, que deverá crescer em torno de 20% em relação ao ano passado – até outubro o acumulado do ano é de 21%, de acordo com levantamento da CIC. A grande preocupação, manifestada pelos diretores da entidade Alexander Messias e Mauro Corsetti, é o descontrole da inflação, principalmente por conta dos elevados gastos do governo. Eles defendem como prioridade a redução de gastos públicos para que não se perca a estabilidade econômica conquistada nos últimos anos. Lembram que todos os países, hoje em crise, gastaram mais do que podiam. “Parece que não aprendemos com os erros dos outros”, lamentam. Eles admitem que, até mesmo um aumento na taxa de juros, fará bem neste momento para evitar que a inflação torne-se, mais uma vez, ameaça à estabilidade. É esperar para ver se o novo governo pensa da mesma forma, porque cortar gastos é o mesmo que desagradar aliados políticos.
Indicador de
primeiro mundo Em manifestação durante seminário sobre o setor automotivo, realizado na quinta-feira (2) em Caxias do Sul, o diretor de assuntos institucionais da General Motors do Brasil, Luiz Moan, fez duas observações interessantes sobre o segmento no país. A primeira é de que ainda há muito espaço para vendas pelo setor, considerando a relação atual de um veículo para cada 6,5 brasileiros. Na Argentina a relação é de 4,7; na Alemanha, de 1,9; e, nos Estados Unidos, de 1,8. Na avaliação do executivo, os congestionamentos não decorrem do elevado número de carros, mas da falta de ruas. Caxias do Sul foge à regra nacional, porque aqui a média é de dois habitantes por veículo. A segunda observação de Luiz
Moan no evento promovido pela AutoData Editora, empresa de São Paulo, foi quanto à contribuição do setor na arrecadação de tributos no país. Ele estima que, em 2009, o valor tenha ficado próximo de R$ 100 bilhões. Seu cálculo leva em conta a venda de 3,1 milhões de carros novos, que geraram tributos diretos de R$ 35,7 bilhões e mais R$ 4 bilhões em IPVA. A frota de 27 milhões de carros rendeu mais R$ 16 bilhões em IPVA e os tributos incidentes sobre combustíveis outros R$ 50 bilhões, considerando média por veículo de 15 mil quilômetros rodados e autonomia de 8 km/l de etanol. Na visão de Moan, existem recursos suficientes para que os poderes públicos acabem com os congestionamentos.
Otimismo
Pelo que apuraram a CDL e o Sindilojas, principais representações empresariais do comércio de Caxias do Sul, as vendas deste Natal serão recorde. Na avaliação de Ivanir Gasparin, presidente do Sindilojas, o incremento deve variar de 10% a 15% sobre a mesma data do ano passado, influenciando diretamente no desempenho final do exercício: alta de 5% a 6%. Já a CDL aponta que 33% dos seus associados esperam expansão de 10%; 29% entre 10% e 20%; e 21% acima de 20%. O preço médio investido em presentes oscilará de R$ 101 a R$ 200 para 37% dos lojistas entrevistados. O levantamento da CDL também estima, com base na visão dos lojistas, que 30% do 13º salário pago em Caxias do Sul serão aplicados em compras natalinas, índice que exclui o movimento dos supermercados. Em valores representará algo como R$ 54 milhões adicionais, tomando por base a estimativa de que as empresas locais paguem em torno de R$ 180 milhões do benefício no final do ano. A receita média mensal do comércio tem sido de R$ 220 milhões em 2010. sido de R$ 220 milhões em 2010.
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O Caxiense
Concorrência
Jucimar Milese,Divulgação/O Caxiense
Risco à estabilidade
Desbravamento
A Keko Acessórios consolidou seu primeiro negócio com os Estados Unidos, mercado que passa a ser estratégico no crescimento das suas vendas. A companhia enviou 500 capotas marítimas que equiparão picapes de várias marcas. Para 2011 a meta é localizar um centro de distribuição e ampliar a oferta de produtos visando atender, além dos Estados Unidos, os países da América Central. A ação integra a estratégia da empresa de elevar dos atuais 15% para 18%, já no próximo ano, a participação das exportações na receita total. A estimativa para 2010 é faturar R$ 112 milhões, em alta de 35%.
Inovação
Na segunda e terça-feira (dias 6 e 7) ocorre a Mostra Inova – Serra Gaúcha na Faculdade da Serra Gaúcha. O objetivo é sensibilizar, conscientizar e mobilizar empresas da cidade e da região para a importância da inovação como instru-
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mento de crescimento sustentável e de competitividade. O projeto é realizado pelo Instituto de Estudos Superiores. Inovação tem sido considerada ação chave para superar o problema da taxa cambial que inibe as vendas externas.
A expansão do mercado automotivo tem refletido diretamente na abertura de novas concessionárias autorizadas em Caxias do Sul. O Grupo Marajó, de Londrina, Paraná, inaugura sua primeira loja na cidade para a comercialização de veículos Fiat, que até agora era atendida exclusivamente pela Sulpeças. A solenidade marcada para esta segunda-feira (6) terá as presenças de Cledorvino Bellini, presidente da montadora italiana na América do Sul, e de Flávio Meneguetti, diretorpresidente do grupo paranaense. O prédio de três andares (na Av. Rubem Bento Alves, 3.483), com 7,4 mil m², foi erguido a partir de critérios estabelecidos pela montadora. A operação resultou na abertura de 68 novas oportunidades de trabalho e a meta de vendas da nova concessionária é de 200 veículos por mês.
Curtas A Drops de Menta reinaugurou, nesta semana, sua loja no Iguatemi Caxias. Como já ocorre na Drops Flagship, os looks ficam expostos em cabides, facilitando a visualização e o manuseio das peças. A ONG Parceiros Voluntários premia na segunda-feira (6) iniciativas de voluntariado da região. Será durante a reunião-almoço da CIC de Caxias do Sul. Em maio próximo elas representarão a Serra Gaúcha na final estadual. A PCP Produtos Siderúrgicos realizou a formatura da 7ª turma de alunos do Projeto Pescar. Mais 21 jovens foram preparados no curso de Iniciação Profissional em Produção Mecânica. As Empresas Randon reúnem seus mais de 11 mil funcionários e familiares no sábado (4) para a realização da tradicional Festa de Natal. A festividade, que estima reunir público superior a 28 mil pessoas, ocorrerá a partir das 14h30 no Centro de Eventos e Pavilhão 1 do Parque da Festa da Uva. O Simecs encerrará seu ciclo de encontros deste ano na quinta-feira (9) com palestra do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega. A atividade terá início às 16h no auditório da CIC de Caxias do Sul. O economista falará sobre o tema Brasil pós-eleições: tendências econômicas e políticas.
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Maicon Damasceno/O Caxiense
Discussão ambiental
Anvisa diz que pareceres da Codeca sobre o glifosato foram dados por engenheiros agrônomos, “que não têm como avaliar danos à saúde humana”
A ANVISA ADVERTE A
por VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autoriza testes com capina química. O convênio assinado em novembro entre a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) e a UCS prevê a testagem de oito técnicas diferentes de capina na cidade. Entre as formas, está a química, com glifosato. Apesar de a autorização para as testagens ter vindo da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Anvisa desaprova a experiência. “Quando a gente faz registro do agrotóxico pela primeira vez e o ingrediente ativo não foi regularizado no Brasil, a gente faz um documento, onde tem uma série de informações, incluindo onde o agrotóxico pode ser utilizado, que tipo de aplicação pode ser feita. Não existe em nenhum deles a autorização para uso urbano, consequentemente, conclui-se que é proibido seu uso. Assim como seus testes”, explica a especialista em Toxicologia da Anvisa, Fabiane Gomes. O parecer oficial da Anvisa diz que “a capina química em áreas urbanas expõe a população ao risco de intoxicação, além de contaminar a fauna e a flora local”. No parecer, o gerente geral de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, afirma que após a aplicação dos produtos registrados para uso agrícola a área deve ser isolada e sinalizada, para impedir que as pessoas entrem em contado com o agrotóxico aplicado, ainda molhado, o que aumenta
Testagens de capina química em Caxias, a serem feitas pela Codeca e pela UCS com o aval da Fepam, não têm autorização do órgão federal, que proíbe a prática em áreas urbanas
muito o risco de intoxicação. “Em ambientes urbanos, o isolamento de uma área por pelo menos 24 horas é impraticável”, pondera. Ele destaca que após a aplicação de herbicidas é necessário realizar a capina mecânica para retirar a vegetação seca – o que é uma contradição, já que a Codeca procura uma forma de substituir a capina que é feita atualmente. Fabiane conta que a Anvisa recebeu da Codeca solicitações para a aplicação da capina química: “Nossa resposta foi nesses mesmos termos, que não existe nenhum produto autorizado para uso urbano”. Sobre a autorização concedida pela Fepam, a especialista em Toxicologia é categórica: “A Fepam não pode passar por cima da competência federal”. Se os testes com glifosato ocorrerem, adverte ela, serão ilegais. “Não demos autorização para esses testes. Não veio nenhuma solicitação aqui para a gente. Nos estudos enviados por eles têm vários pareceres dizendo que não faz mal à saúde, mas foram dados por engenheiros agrônomos, pessoas que não têm como avaliar danos à saúde humana. A gente recebe estudos toxicológicos e a gente sabe os danos que causam.” Um relatório da Anvisa explica que o glifosato é um herbicida absorvido pela pele, vias respiratórias e aparelho digestivo. Cita um teste onde pessoas expostas ocupacionalmente ao produto apresentaram espasmo de brônquios, dor torácica súbita, congestão nasal, visão borrada, úlcera de córnea, conjuntivite, dermatite de contato, cefaleia, náusea, diarreia,
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dor abdominal, irritabilidade, estudo e está longe de ser o foco da vertigem e alterações do sistema pesquisa em curso. A autorização nervoso. Estudo em laboratório da Fepam para a referida pesquimostrou que coelhos expostos ao sa foi emitida com base na lei nº glifosato apresentaram efeitos ad- 7.802, de 11 de julho de 1989”, diz versos na qualidade e quantidade o e-mail. A lei diz que “fica criade esperma, além de diminuição do o registro especial temporário da contagem de espermatozoi- para agrotóxicos, seus componendes e do tamanho das ninhadas. tes e afins, quando se destinarem E uma pesquisa com famílias da à pesquisa e à experimentação. zona rural expostas ao glifosato Entidades públicas e privadas de concluiu que o produto provo- ensino, assistência técnica e pescou o aumento no quisa poderão realinúmero de abortos zar experimentação e nascimentos pre- Úlcera de e pesquisas, e podecórnea, maturos. rão fornecer laudos no campo da agrodermatite, Enquanto Ca- cefaleia, náusea, nomia, toxicologia, xias tenta implanresíduos, química diarreia e tar, a cidade de e meio ambiente”. Bicas, em Minas vertigem são No entanto, o artiGerais, que possui alguns sintomas go 3º da lei diz que uma lei municipal causados “os agrotóxicos, seus que autoriza a ca- pelo glifosato componentes e afins pina química, tenta só poderão ser proerradicar: “Quereduzidos, exportados, mos extingui-la porque a Anvisa importados, comercializados e é contra”, diz o secretário do Meio utilizados, se previamente regisAmbiente de Bicas, Jorge Luiz Ri- trados em órgão federal, de acordo beiro. Ele conta que o município com as diretrizes e exigências dos recebeu uma visita de um repre- órgãos federais responsáveis pelos sentante da Anvisa: “Falou para setores da saúde, do meio ambienparar. A gente não viu resultado te e da agricultura”. imediato negativo, mas a longo Ainda no e-mail, a Codeca saprazo com certeza é prejudicial. lientou que “está confiante em O Roundup (nome comercial do prestar uma contribuição imporglifosato), mesmo não agrícola, tante à comunidade arcando com é de uma composição altamente os custos de uma pesquisa ciencancerígena”. tífica que poderá apontar uma O diretor-presidente da Codeca, solução para o controle das ervas Adiló Didomenico, não quis dar daninhas, problema crônico das entrevista. A companhia manifes- cidades”. tou-se por e-mail, sem comentar Os testes ainda não têm data a proibição da Anvisa, apesar de para iniciar, conforme a coordequestionada a respeito. “O her- nadora do curso de Ciências Biobicida é apenas um dos itens do lógicas da UCS, Luciana Scur. 4 a 10 de dezembro de 2010
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Aniversário é celebração. Principalmente quando jornalismo inteligente é a maior conquista. Cinco capas criativas, que já podem ser vistas no Ordovás, mostram que muito mais está por vir na exposição completa que inaugura em 22 de fevereiro, no Catna Café, com curadoria de Mona Carvalho.
Primeira mostra:
Circulação:
Centro de Cultura Ordovás | De 4 a 12 de dezembro Rua Luiz Antunes, 312
Espaço Cultural da Ftec | De 21 a 31 de março de 2011 Rua Gustavo Ramos Sehbe, 107, Cinquentenário
Exposição completa: Catna Café | De 23 de fevereiro a 13 de março de 2011 Av. Julio de Castilhos, 2.854, São Pelegrino Abertura | 23 de fevereiro, às 20h30
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Espaço Cultural da Fai De 4 a 16 de abril de 2011 Rua Sinimbu, 1.670, Centro Campus 8 | De 18 a 30 de abril de 2011 Rodovia RS-122, Km 69
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Produção vitivinícola
Andreia Milan, Divulgação/O Caxiense
O DESPERTAR
NA CAMPANHA
A produção de vinhos finos cresce no Oeste do Rio Grande do Sul, impulsionada pelas condições climáticas e do solo, e com participação de produtores saídos da Serra
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por VALQUÍRIA VITA* valquiria.vita@ocaxiense.com.br
eja bem-vindo à Campanha Gaúcha onde não chove há mais de dois meses, fazendo o calor seco exalar pó. O único barulho que quebra o silêncio vem dos pássaros, as estradas são retas inacabáveis, tudo o que se vê é verde e o cardápio principal é ovelha assada na vala. Localizada no Oeste do Estado, na fronteira com o Uruguai, é justamente esse clima sem chuvas, junto com o solo arenoso, que compõem o local considerado ideal para o cultivo de uvas viníferas. Agraciada com invernos rigorosos e verões quentes e secos, a região da Campanha, de uns anos para cá, começou a ser considerada um novo polo de produção de vinhos finos. As oito cidades – Santana do Livramento, Candiota, Hulha Negra, Bagé, Dom Pedrito, Quaraí, Alegrete e Uruguaiana – há dez anos, integravam uma região que não se destacava pela produção de vinhos, porque existiam apenas duas vinícolas: Almadén e Santa Colina. Uma década depois, este número saltou para 15 produtores de vinho, que descobriram solo fértil para o cultivo de uvas finas na região. Hoje, são responsáveis
pela produção de 15% de vinhos finos de todo o Brasil, com 1,3 mil hectares plantados. Tamanho crescimento, tanto da área plantada de uvas viníferas quanto de vinícolas, fez surgir uma Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha, em março deste ano. “Nos associamos para organizar a cadeia da uva e vinho da região, para continuar crescendo de maneira padronizada. E queremos que a indicação geográfica da Campanha fique mais conhecida como produtora de vinho”, diz Afrânio Moraes Filho, presidente da associação, que espera também conseguir um selo de qualidade da Campanha, tal qual o que vem nos vinhos do Vale dos Vinhedos. Afrânio volta para os anos 70 para explicar como o setor começou a se desenvolver, com a chegada da norte-americana Almadén, empresa da qual faz parte. Embasada em um estudo da Universidade de Davis, da Califórnia, que apontou a Campanha como a melhor região para vinhos finos do país, a Almadén instalou-se primeiramente em Bagé. Atualmente está em Santana do Livramento. “Eles levantaram características do solo e clima, e
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chegaram a essa região. Queriam lhor, rebrota plantas, não containvestir no Brasil. Quando vieram mina, não vai para a uva nem para só tinha gado”, conta. “A região o vinho que estamos tomando. É tradicional produtora de vinhos reaproveitar o que a parreira me do Brasil ainda é a Serra, onde se dá. Essa região tem potencial porformou por uma questão cultural. que não está poluída”, resume JaA da Campanha está se forman- vier Gonzalez, enólogo da Dunado por questão científica, pelas mis, um uruguaio que pronuncia características do solo que pro- “bino”, numa região onde o Porpiciam uvas de qualidade, além tugnol é frequente. Outro teste da disponibilidade de terras que que a empresa realiza é com a tecpossibilitam emprenologia TPC – sigla endimentos”, comdo inglês Thermal “A Campanha pleta. Pest Control, que O clima da Cam- está se formando significa controle panha, de acordo por questão térmico de pragas. com o presidente da científica, as Uma máquina exassociação, favorece pele ar quente na um amadurecimen- características planta, provocando to da uva a um nível do solo propiciam seu sistema de autodiferente da Serra, uvas de defesa e eliminando já que a queda en- qualidade”, diz fungos, bactérias e tre a temperatura do Afrânio Moraes insetos sem deixar dia e da noite passa resíduos como deide 12º. Além disso, a xam os agrotóxicos. Campanha não sofre com a umi- Um dos lançamentos de vinho dade, característica que força os branco da Dunamis, que ocorreu produtores daqui a usarem maior na semana passada, é o primeiro quantidade de agrotóxicos. Nos rótulo brasileiro a chegar no mervinhedos da Dunamis, localiza- cado com esta tecnologia. da em Dom Pedrito, o Glifosato, Mas, se dentro das plantações com o nome comercial Roundup da Campanha se vê avanços em – herbicida muito usado nas vi- termos ambientais, o mesmo não deiras – pretende ser erradicado. pode ser dito das cidades. Em Para isso, estão sendo feitos testes Bagé, por exemplo, não há sepacom vinagre. “Deixa o solo me- ração de lixo. 4 a 10 de dezembro de 2010
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por exemplo, tem menos cor, é mais ácido. Aqui é mais redondo, tipificado, se expressa melhor em sabor”, completa o uruguaio Gonzalez. Outra vinícola da Campanha é a Peruzzo, da família de nome homônimo que é dona de uma conhecida rede de supermercados em Bagé. Assim como Gonzalez, Lindonor Peruzzo, diretor presidente da empresa, concorda que o vinho Merlot que é feito na Campanha já está melhor que o da Serra: “Acredito que todos os vinhos daqui vão bater os da Serra”, arrisca. Para Darci Dani, diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), a Serra ainda não se sente ameaçada com o crescimento da Campanha, já que aqui são 40 mil hectares de plantação de uvas, contra 1,3 mil hectares de lá. Na Serra o número de produtores continua sendo maior: são 71, enquanto na Campanha, 15. “Mas se for confirmada a qualidade da uva e o custo melhor do que o da Serra pode ser que um dia venha a ameaçar. A qualidade da uva lá é muito boa pelos vinhos que apareceram”, diz Dani, que acredita que muitos produtores da Campanha investem em uva para vinificar na Serra.
serem negócios pequenos, que de espumante demora três anos possam aproveitar apenas o me- para se aprontar”, diz o engenheilhor da uva, vindas somente da ro agrônomo, cuja família é da propriedade, sem se preocupar Serra Gaúcha. “Vários produtores com produções em grande esca- daqui são da Serra. A Aliança, que la. “A Peruzzo já nasceu para ser comprou a Santa Colina, o Grupo pequena, é para ser um produto Miolo, que comprou a Almadén, de qualidade superior. Trouxe- além da Salton”, complementa mos mudas da Itália, de Portugal, Filho, da associação da Campada França, para tentar descobrir nha.Mesmo sendo tão diferentes, o que se adapta na região. Como percebe-se na região as mesmas acreditamos que 80% do trabalho reclamações dos produtores da está dentro dos vinhedos, foca- Serra. A concorrência desleal mos o esforço aqui”, explica Éder com os vinhos importados. “QuaPeruzzo, engenheiro agrônomo. se 50% do preço do vinho brasiUm dos maiores leiro é de imposto. empecilhos dos viNem cogitamos nhedos, segundo “Acredito que competir com viÉder, são os pássa- todos os vinhos nho vindos de Riros. Para afastá-los, daqui vão bater vera, no Uruguai, quase tudo já foi os da Serra”, porque eles são três tentado na plantavezes mais baratos”, ção, incluindo a ins- arrisca Lindonor afirma Éder. “Para talação de caixas de Peruzzo sobre o brasileiro, tomar som, que emitiam o as bebidas vinho estrangeiro é barulho estridente produzidas nas status”, diz Lindode um gavião ata- diferentes regiões nor Peruzzo, lencando pássaros, que tamente e com um piavam até a morte. certo desdém, enNem isso adiantou. “Um hectare quanto segura uma taça do seu tem que ser para os passarinhos”, vinho. brinca Éder. Com o lema de uma campanha Nenhum cacho de uva que não do Instituto Brasileiro do Vinho esteja perfeito é colhido na Peru- (Ibravin), “Abra sua cabeça. Abra zzo, e esse serviço é realizado ape- um vinho do Brasil”, fica claro que nas sob o sol das 6h às 9h. “A ideia seja da Serra ou da Campanha, o é trazer só o filé. A região fora da objetivo é incentivar o consumo Algumas vinícolas da Cam- Serra não é o foco do plantio de de vinhos nacionais. panha, como a Peruzzo, que ini- uva, então a gente precisa fazer *A jornalista viajou a convite do ciou em 2001, têm a pretensão de produto diferente. Cada garrafa Ibravin. Andreia Milan, Divulgação/O Caxiense
A tecnologia ecologicamente correta é o que diferenciará a produção da região, segundo o consultor da Dunamis, o chileno Mario Geisse, que palestrou no Workshop Expressões do Vinho – A Campanha Gaúcha, na sextafeira (26), na tranquila – e quase deserta – cidade de Dom Pedrito. Ele explica que vê no local a possibilidade de fazer vinho de boa qualidade hoje e de extraordinária qualidade daqui a alguns anos. “Aqui é a região que vai fazer os vinhos do futuro. Aqui é a região do futuro”, diz, ressaltando as vantagens turísticas que a consagração da Campanha como polo de vinhos finos pode trazer. “Não digo casamento entre turismo e vinho, porque casamento é uma palavra perigosa. Vamos usar... harmonia entre turismo e vinho”, salienta Geisse. O idealizador da Dunamis – nome que em grego significa poder, e em latim, potencial – nasceu na Serra. José Antônio Peterle, de Veranópolis, possui milhares de hectares de arroz e soja plantados em Dom Pedrito. Peterle foi o primeiro da cidade a plantar um parreiral, agora com 15 hectares. “Não precisa ser grandes vinhedos. A Serra continua com vocação para espumantes, suco e vinhos de mesa, mas aqui tem vocação para vinhos finos. Temos condições de fazer vinho superior”, garante. “O Merlot da Serra,
Com apenas 1,3 mil hectares plantados, Campanha é responsável pela produção de 15% de vinhos finos de todo Brasil
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A fatalidade dos números
CRIMINOSOS
EM GUERRA A
por ROBIN SITENESKI robin.siteneski@ocaxiense.com.br
terça-feira (30) foi um dia agitado para o comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar (BPM), Leonel Bueno. Depois de participar, pela manhã, do lançamento da Operação Papai Noel, reforço do policiamento para evitar assaltos durante a melhor época do comércio, o tenente-coronel teve que, nas suas palavras, “gerenciar uma crise”. Um tiroteio no bairro Vila Lobos ocupou a atenção do militar. O motivo foi, segundo Bueno, a tentativa de vingança de uma família que teve o filho de 18
anos assassinado uma semana antes. Os agressores queriam matar um adolescente de uma família rival, suspeita do homicídio. O crime, se não tivesse sido impedido pela Brigada Militar, teria se somado a uma triste estatística. Até quinta-feira (3), 127 pessoas foram mortas em Caxias do Sul em 2010. No entanto, assassinatos passionais ou por motivo de vingança compõem uma pequena parte deste número. Cerca de 12%, segundo o comandante. Latrocínios (roubos em que os ladrões matam a vítima) também são minoria. Aconteceram seis na cidade desde o início do ano. Nos
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A escalada de assassinatos em Caxias este ano nasce dentro das próprias cadeias e se estende aos conflitos do tráfico de drogas
confrontos com a BM, foram 12 252 foragidos. Este ano, nos primortes. A maior parte dos homi- meiros dias de dezembro, eram cídios – que já aumen271. A causa da taram 20% em relação reincidência no a 2009 – vitimou pes- “A maioria crime tem início soas que passaram pe- dos que estão dentro do sistema los sistemas judiciário morrendo, 88%, carcerário. Os ase prisional. sassinatos acon“A maioria dos que não deveriam tecem, em parte, estão morrendo, 88%, nem estar por causa de dívisoltos”, diz o não deveriam nem esdas contraídas nas tar soltos. Boa parte comandante do prisões. O endiviestá na rua por falta 12º BPM damento ocorre de lugar nos presídios, por coisas simples porque está foragido Leonel Bueno como um cigarou tem o benefício do ro ou sérias como semiaberto”, diz Buea defesa contra no. No ano passado, Caxias tinha a violência sexual. “Sempre tem
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que, quando alguma rivalidade é do bom comportamento. Segundetectada, o detento é transferido do Lopes, aproximadamente 80 de galeria – existem três no Apa- pessoas acompanham as aulas, nhador e duas no Industrial. número que varia por causa das A penitenciária à margem da concessões de progressão de reBR-116 está superlotada. Apesar gime (quando os presos passam da capacidade para 298 detentos, do fechado para o semiaberto). tem 534. Cada cela abriga em mé- Outra maneira de tentar preparar dia 12 presidiários. A situação é os presos para se reintegrarem à tão crítica que os 380 condenados sociedade e manter a ordem na do semiaberto nem dormem mais cadeia é o trabalho. Em ambos na cadeia. Sem a ala antiga (que os presídios, internos ajudam na tinha 96 vagas), ainda em refor- limpeza e na cozinha, o que tamma, e o novo albergue (que terá bém reduz a pena. No Industrial, 84 vagas), cujas obras devem ser existem Protocolos de Ação Conconcluídas no início do ano que junta (PACs) com três empresas vem, esses apenados só precisam para dar emprego aos detentos assinar um livro-ponto todos os durante o cumprimento da sendias e são liberados para passar a tença. Eles também fazem artenoite em casa. sanato, principalmente barcos de Apesar disso, Lopes considera madeira, com material entregue a superlotação do presídio indus- pelas famílias e por entidades astrial “contornável”, e o promotor sistenciais. Cada três dias de traZilio lembra que essa condição balho, com jornada de oito horas, não é exclusividade caxiense. “É diminuem um da pena. um problema macro. As penitenciárias Quando chega-se a não têm bloqueum limite, pede-se “Via de regra, ador de sinal de a interdição.” Parte o acerto de celular, e o admida culpa da lotação contas é feito nistrador admite a do Industrial é das aqui fora”, diz existência de narreformas no Presícóticos no cárcere. dio Regional. Apesar o promotor “É feita uma revisda capacidade para Rodrigo Zilio, ta, mas as drogas 432 presos, apenas sobre as brigas entram nos órgãos 298 pessoas ocupam entre os genitais das mua penitenciária do apenados lheres.” Fugas, no Apanhador. entanto, não são comuns. Conforme Nas duas cadeias, detentos Lopes, a última foi no Apanhador, que ainda não terminaram o en- antes da saída da Brigada Militar. sino fundamental e médio podem No Centro de Atendimento estudar. Um mês de aulas resulta Socioeducativo (Case) de Caxias na diminuição de 14 dias da pena. do Sul, a situação já foi menos Para frequentar as turmas é exigi- confortável. A instituição tem 10 André T. Susin/O Caxiense
alguém que vai te proteger, mas Rodrigo López Zilio, responsável isso tem um preço. Normalmen- por ações de interdição das cate, o que exigem é dinheiro, que deias da cidade, três facções estão eles conseguem de maneira ilícita organizadas dentro da Penitenciquando deixam o presídio. Quan- ária Industrial e do Presídio Redo não cumprem os gional de Caxias do acordos, muitas veSul, na localidade zes o preço é a vida”, “Sempre tem de Apanhador. As relata o comandan- alguém que vai prisões são comante. dadas por detentos te proteger, mas O delegado regio- isso tem um de diferentes reginal da Polícia Civil, ões: Zona do CemiPaulo Roberto Rosa preço. Quando tério, Zona Norte não cumprem os da Silva, também e bairro Belo Hoaponta que o cresci- acordos, muitas rizonte. Os presos mento dos assassina- vezes o preço é a são divididos em tos está relacionado vida”, diz Bueno galerias distintas, a pessoas com antemas os confrontos cedentes criminais. são inevitáveis.“Via “Mais de 80%”, calcula. Segundo de regra, o acerto de contas é feito ele, a ligação é histórica. Acertos aqui fora”, confirma Zilio. de contas são as principais razões A falta de estrutura nos prede homicídios nos últimos sete sídios agrava a situação, diz o anos. “O que não significa que promotor. “Não tem como dar não devemos investigar. Não po- assistência psicológica nem ao demos permitir a impunidade”, preso, nem ao agente penitenciressalva o delegado. ário.” Atualmente, as duas peniNo entanto, as polícias civil e tenciárias de Caxias do Sul estão militar asseguram que não exis- parcialmente inutilizadas. A do tem, em Caxias, locais onde a en- Apanhador ainda não reparou os trada de policiais não é permitida danos da rebelião do dia 26 de jupor criminosos, como no Rio de nho, quando apenados protestaJaneiro. Os homicídios se con- ram contra a saída da Brigada Micentram principalmente na Zona litar da administração da prisão, Norte e, neste ano, o número de e o alojamento dos detentos do prisões também pende para o regime semiaberto da Industrial lado negativo. Até novembro de não é ocupado por causa de um 2009, a PM tinha feito 2.597 pri- incêndio no dia 1º de maio. sões (o ano fechou com 2.840), Antonio Névio Cardoso Lopes, contra 2.351 até o mesmo mês de delegado penitenciário respon2010. sável pelas duas cadeias, nega a existência de facções dentro dos O Ministério Público co- presídios. “Não é algo que possa nhece os problemas do sistema gerar problemas futuros”, minicarcerário. Segundo o promotor miza. No entanto, Lopes conta
Na terça (30), a BM anunciou reforço na segurança para as festas de fim de ano – época em que o indulto de Natal liberta presos que não voltam
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Conforme o Ministério Público, três facções criminosas comandam a Penitenciária Industrial (acima) e o Presídio Regional do Apanhador adolescentes a mais do que sua comando regional do Corpo de capacidade (40), segundo o dire- Bombeiros, conta que o consutor, Jardelino Selan. Há um ano, mo de drogas é tão organizado tinha 96 internos. Esse número na cidade que alguns traficantes foi reduzido por convênios com chegam a oferecer serviço de teletrês empresas, que empregam 25 entrega. Para o tenente-coronel, jovens e pagam a eles aproxima- todos os homicídios estão ligadamente um salário mínimo para dos, de alguma forma, ao tráfico. trabalharem enquanto reclusos A Polícia Federal concorda que – muitos entregam o dinheiro as drogas são responsáveis por para as famílias. Em parte dos assassinatorno de 10 adolestos em Caxias. “A centes acusados de “Se (quem está disputa de território homicídio estão no morrendo) são e por usuários dilocal, mas a maior pessoas ligadas minuiu um pouco, razão das apreen- ao crime, então mas já causou muisões é o envolvitas mortes”, afirma significa que mento com drogas. o chefe da delegacia muitas estão da PF em Caxias do envolvidas com O ex-comanSul, Noerci Melo. dante do 12° Ba- ele em Caxias”, Segundo o delegado, talhão da Polícia analisa Marobin cerca de 400 quilos Militar Júlio César de cocaína foram Marobin, que ficou apreendidos neste à frente da corporação até julho ano e os principais traficantes es– quando foi substituído pelo tão fora de circulação por causa tenente-coronel Luiz Roberto das operações Espelho, que prenBonato –, acredita que o aumen- deu 20 pessoas, e Matriz, que capto no número de homicídios está turou 36. relacionado com uma troca de A cocaína, facilmente multiestratégia. Na sua gestão, de dois plicada com a adição de outras anos e meio, o policiamento era substâncias ou transformada em feito com militares direcionados crack, é o principal narcótico para cuidar de setores específicos. consumido em Caxias. Maro“Não importa quem morreu, mas bin diz que um quilo de cocaína, sim que a sensação de segurança misturado “a qualquer substância está afetada. Se são pessoas liga- branca” – de bicarbonato de sódio das ao crime, então significa que a pó de lâmpadas fluorecentes –, existem muitas envolvidas com pode virar cinco. Um grama da ele em Caxias”, analisa. droga custa entre R$ 20 e R$ 50, Marobin defende que o comba- e a pedra de crack, R$ 5 – viciate à criminalidade seja feito com dos consomem pelo menos cinco contenção do tráfico de drogas, pedras por dia. A cocaína chega a recuperação de armamentos rou- Caxias pelas rodovias. Geralmenbados ou ilegais e captura de fu- te, de acordo com Noerci, já progitivos. O militar, atualmente no cessada – os laboratórios ficam
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no interior e em outras cidades da região. A principal origem são as fronteiras do Estado. No entanto, ela também é jogada de aviões em cidades próximas, como Vacaria. As armas de baixo calibre, as mais utilizadas nos homicídios registrados em Caxias, são frutos de roubos ou de desvios. As de calibre mais alto geralmente vêm do Paraguai. “Algumas quadrilhas chegam a alugar armas de outros grupos”, revela Noerci.
vestigações e a Federal por crimes que extrapolam os limites dos Estados. A Guarda Municipal, que não existe em todas as cidades, foi criada em Caxias em 1997, e cuida da preservação do patrimônio e dos serviços da prefeitura. Bueno aponta, no melhor estilo capitão Nascimento, que o problema está “no sistema”. “As pessoas perguntam por que não prendemos, mas só podemos fazer isso com mandado ou em flagrante”, justifica o comandante. O delegado A falta de efetivo das po- Paulo conforma-se alegando que lícias também dificulta o combate demoraria muito tempo para muao crime. A BM tem cerca de 400 dar a regra. homens, a Civil tem 100 agentes Para a professora de Serviço e 15 delegados e a Guarda Muni- Social da Universidade de Caxias cipal reúne em torno de 160 in- do Sul Mara de Oliveira, que pestegrantes sem arma de fogo. São quisa políticas públicas, a solução números aproximados. Exceto para a criminalidade é exatamenpela Polícia Civil, as corporações te a articulação entre as diversas se recusam a divulgar a dimensão ações do Estado, incluindo os sisexata de suas forças – o delegado temas de assistência social, saúde da Polícia Federal e outros. “Uma só sequer cita um núpolítica pública não “Uma só política mero. acaba com todos os Caxias do Sul, onde pública não sintomas da violênvivem 435.482 pes- acaba com todos cia que vivemos na soas, conta com um os sintomas da sociedade”, aponta a policial militar para professora. cada 1.088 habitantes violência que Infelizmente, até – segundo o tenente- vivemos na que 2010 termine, coronel Bueno, o ide- sociedade”, diz ela só deve se agraal seria um para cada a pesquisadora var. Com o indulto 1 mil. Quanto aos Mara de Oliveira de Natal, apenados policiais civis, o deleque deveriam deigado regional diz que xar as cadeias apea cidade precisaria de pelo menos o nas por alguns dias, para visitar dobro. as famílias, não retornam às suas A divisão de tarefas entre as for- celas. Parte deles recai na delinças parece incomodar. De acordo quência, e alguns, como indicam com a Constituição, a Polícia Mi- os números, podem não sobrelitar é responsável pelo policia- viver para cumprir o restante de mento ostensivo, a Civil pelas in- suas penas. 4 a 10 de dezembro de 2010
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Mo’ Better Blues
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Em 2011 tem mais
Mais de 6 mil pessoas passaram pelo Largo da Estação de quinta (25) a sábado (27) para se render à música e, conforme a organização, garantir a realização do próximo Moinho da Estação Blues Festival
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Sedenir Taufer, Divulgação/O Caxiense
Na primeira noite, para manter a tradição, a chuva deu as caras no palco Highway 61, apelidado de “palco fofo” pelos músicos
Sax Gordon com fôlego de sobra para tocar, cantar e interagir em uma jam session de peso na segunda noite Online | Veja fotos, vídeos e audioslides do festival em www.ocaxiense.com.br
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Denilson Martins, o iluminado saxofonista da banda de Igor Prado
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Além de se tornarem souvenirs, os 6 mil copos estampados por bluesmen pouparam o Largo da Estação de ficar repleto de latas e copos descartáveis
Fer Costa, da Lucille Band, liderou banda e plateia no show mais comemorado do festival André T. Susin/O Caxiense
Etiene dos Reis foi escalada para dar vida à divertida e caricata Miss May, ícone das tantas referências que compõem o festival
A banda The Headcutters veio de Itajaí (SC) para tocar nas três noites de festival. Na segunda, ocupou o palco principal com clássicos do blues dos anos 40 e 50
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No encalço da História
Uma antiga trilha de tropeiros, que não está nos mapas, é a maior evidência da estância pioneira procurada por Alves (E) e Thomé (D)
EM BUSCA DO MARCO INICIAL Fazenda Souza não sabe, mas está se completando o aniversário de 250 anos da chegada de seu primeiro morador, um bandeirante sorocabano
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por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br
cultura italiana, marcada pelo suor do trabalho árduo nos últimos 135 anos, erigiu sobre uma geografia acidentada a cidade de Caxias do Sul. Esses imigrantes foram responsáveis por elevar povoados, desenvolver a viticultura e, mais tarde, a indústria metalmecânica. Entretanto, não foram os únicos, nem os primeiros a se estabelecer na região. Há 250 anos, um bandeirante sorocabano chamado Ignácio de Souza Correa fixou-se onde hoje está localizado o distrito de Fazenda Souza. Criava gado e fazia transações comerciais com tropeiros que por ali passavam. Esse registro, datado do ano de 1790, pode ser encontrado no livro História de São Marcos, de Osmar João Possamai e Luiz Antonio Rizzon. Considerando esse dado histórico, Caxias ganha um novo aniversário a comemorar: o do mais antigo colonizador da região. Com base no documento que delimitava a área das terras de Pouso Alto – antigo nome de Fazenda Souza –, o historiador Luiz Antônio Alves e o subprefeito do distrito, Antonio Roque Thomé, tentam decifrar o local exato das instalações que serviam como abrigo e ponto de comércio dos tropeiros. Comparando dois mapas de períodos diferentes, a dupla se desloca para o ponto mais
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provável, próximo à localidade de rias alheias e mais antigas. Poucos São Roque, a três quilômetros do moradores conhecem os motivos centro de Fazenda Souza. Con- da empreitada de Thomé e Alves forme o documento, as terras se pelas abandonadas rotas de troencontram “ao pé da primeira peiros. Segundo o subprefeito, tapera donde forma um córrego apenas os mais velhos – a maiopequeno que corria já falecidos – sare para o rio Santa biam dessa história Cruz e de parte de “Lá é o paralela, de paulisfora do mesmo valo local perfeito. tas descendentes coisa de 61 braças Os tropeiros de portugueses que e estão em lagoas ficariam ocuparam papéis secas que vão deslide protagonistas zando os campos de protegidos dos muito antes da cheIgnácio de Sathe...” ataques dos gada dos italianos – e prossegue por índios”, na América. Alves mais meia dúzia de aponta Luiz corrobora o discurlinhas a descrição Antônio Alves so e diz que “cada geográfica. Partindo geração que passa dessas informações, enterra um pouco anotadas no século XVIII, que da anterior”. Atualmente, quase continham linguagem e defini- todos os cerca de 5 mil habitantes ções da época, Thomé e Alves se da região são de origem italiana e encaminham por uma estrada de vivem da produção agrícola e da chão ladeada por plantações de pecuária. pinus e parreirais. Thomé, 49 anos, conhece todas Após percorrer estradas as dezenas de ruelas que com- sinuosas, ingressar em terras parpõem o território de Fazenda ticulares e passar por dois mataSouza. O subprefeito é um nativo, burros seguidos, Alves avista um desde o seu bisavô a família man- morro. “Foi há 25 anos a última tém as mesmas terras. “Nós temos vez que fui no Pouso Alto, mas o parreiral mais antigo da região”, minha intuição diz que é ali”, afirorgulha-se. De origem italiana, ma o historiador, apontando para Thomé lembra que na infância o topo da elevação, que de um costumava ouvir que os currais lado tem um pasto rasteiro e de da família eram feitos derruban- outro centenas de pinheiros. “Lá do-se quatro pinheiros, um para é o local perfeito. Os tropeiros cada lado do retângulo. Mas nesta ficariam protegidos dos ataques ensolarada tarde de quarta-feira dos índios”, explica. Entretanto, (1º) ele está em busca de histó- outros dois montes no cenário
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também se encaixam na descrição do antigo documento, e Thomé acredita que o morro ao lado se enquadraria melhor. Quando conheceu a área, Alves o fez ao modo dos antigos tropeiros, que conduziam e comercializavam o gado: montado em uma mula. Seguiu entre campos, e não pela estrada, como agora, em uma picape branca – fato que o deixa um pouco desorientado. Na incursão anterior, o historiador revela ter encontrado vestígios dos antigos moradores, entre eles algumas taipas, que provavelmente faziam parte das edificações. No momento em que Alves e Thomé já aceitam a possibilidade de que qualquer um dos três morros possa ser o marco inicial da civilização de Caxias, um camponês se dirige, a passos lentos, ao local observado pela dupla. “Tu és o proprietário dessas terras?”, pergunta Alves. O humilde trabalhador balança a cabeça negativamente: “Sou apenas o capataz.” Informado do motivo da visita, conta que no morro que Alves acredita ser o correto há um caminho que atravessa a mata, e que quase todos os finais de semana dezenas de pessoas o percorrem a cavalo. A velha trilha dos tropeiros ainda passa por ali. É o suficiente para desfazerem-se as dúvidas. Alves exclama: “Eu disse que tinha um pressentimento. Agora, é preciso colocar em marco ali”.
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Fotos: André T. Susin/O Caxiense
Da fábrica para a galeria
Ozizo (C) e os colegas transferem as habilidades manuais da metalurgia para a arte – e, de volta à empresa, veem o trabalho de modo diferente
DISCÍPULOS DE SEGALLA P
por CAMILA BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br
reparar um material, moldar, soldar, polir. O processo que se repete nas metalúrgicas de Caxias também é a base de outra prática, artística e distante das linhas de produção. No Instituto Bruno Segalla, trabalhadores da indústria transferem suas habilidades manuais para argila, gesso e pedra-sabão, transformando-se em escultores, a exemplo do que ocorreu com o artista que dá nome ao instituto. O maior escultor modernista de Caxias, falecido em 2001, teve seu talento despertado na Eberle, onde começou a trabalhar aos 14 anos como aprendiz. O contato com aqueles que hoje seriam chamados de designers de peças fez com que Segalla se tornasse um deles, criando artigos sacros, moldes de talheres e medalhas religiosas. E sua essência de metalúrgico pautou uma das ações solidárias de seu instituto, que completou cinco anos em novembro. Com a vocação de passar arte adiante de forma gratuita, surgiu a ideia de oferecer oficinas para funcionários, proprietários e prestadores de serviço da indústria, em parceria com o Sesi. A possibilidade de inventar algo novo, ao invés de somente reproduzir projetos e desenhos, com orientação especializada, revela talentos entre os metalúrgicos. A prova de que produzem obras com valor estético está na
exposição que realizam em conjunto com profissionais das artes, a mostra 33 Olhares, que fica no espaço Deccor & Arte (Feijó Junior, 1.006) até o dia 11. O Salão Sesi de Artes Visuais do Trabalhador, que começou quinta (2), na galeria Art Quadros, também reconhece o talento dos estreantes em escultura, que concorrem com criações de todo Estado ao Prêmio de Incentivo à Criatividade e à Produção Artística. A adaptação da metalurgia à linguagem artística passa pelas mãos de Mario Cladera, escultor uruguaio que chegou a Caxias há três anos. Para os trabalhadores da indústria, Cladera programou um curso em dois módulos, com duração de um ano cada. O primeiro os coloca em contato com conceitos básicos da escultura e, principalmente, com a argila, de onde surgem máscaras, relevos e as primeiras figuras humanas. O segundo apresenta técnicas em outros materiais, como metais soldados, resinas, plástico e gesso, abrindo espaço para obras mais autorais. A aventura de se expressar em outro campo se reflete nos trabalhos industriais. “Eles me contam que passam a argumentar com os engenheiros que uma curva não combina com a outra, umas coisas que eu mesmo não entendo”, revela Cladera. Nas noites de terça, com o mesmo guarda-pó e as ferramentas idênticas às que usa na Marcopo-
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O legado de um metalúrgico que tornou-se artista dá origem a uma oficina de escultura para operários da indústria metalmecânica
lo, Ozizo Teixeira, 47 anos, molda esse tipo de trabalho na Marcoargila e esculpe pedras, rodeado polo, só não nesse material. Até por protótipos das obras de Bru- as ferramentas são as mesmas, o no Segalla. As oficinas ocorrem formão e a retífica”, diz o autor de no antigo ateliê do artista, ao lado sete obras em cerâmica. do instituto, que abriga modelos de esculturas como a do padre Após 21 anos operando máGiordani, no Largo São Pelegri- quinas e um acidente de trabalho no; Gigia Bandera, que tirou-lhe três dena Praça Dante; e o dos da mão esquerJesus Terceiro Milê- “O meu da, Ozizo mudou de nio, nos Pavilhões. trabalho é de ares. Há seis anos, Muitas delas ser- transformação tornou-se modelisvem de inspiração de materiais. ta. “Fazer moldes é aos novatos. “Há que nem fazer uma Na firma, é uma identificação escultura. A diferencom o espaço, com para um fim ça é que no molde a figura de uma pes- industrial. Aqui, o produto nasce, e soa reconhecida e é artístico”, aqui sou eu que faço com sua obra, que afirma Rech o produto final.” tem a ver com o coJosé Rech, 46 anos, tidiano. Tudo isso colega de Ozizo, traseduz os alunos e faz com que eles balha há 25 como modelista. Na acreditem no que estão fazendo”, empresa, eles modificam estruturessalta Cladera. ras de metal ou madeira que dePara Ozizo, que gosta de fazer pois são cobertas por massa plásformas humanas, o que define o tica, sempre seguindo o desenho resultado da escultura é o mate- ou a indicação de um engenheiro. rial. “Pego um pedaço de barro No ateliê o processo é semelhane tiro o que não é homem. Com te, mas norteado pela imaginaa pedra não, é ela quem manda”, ção. “O meu trabalho é de transconta, concentrado em criar a formação de materiais. Na firma, figura em pedra-sabão. Pensan- é para um fim industrial. Aqui, é do nas procissões religiosas que artístico”, constata Rech. “Ainda costuma frequentar, ele esculpiu não consigo fazer coisas abstraespécie de gruta, com escadas, tas, talvez porque o meu trabalho mensagens de fé e fissuras da pe- seja fazer uma cópia fiel de outra dra representando fontes de água coisa que já existe. Então, gosto de benta. Ozizo compara a pressa esculpir pessoas e animais da mepara terminar a obra, exposta na lhor maneira possível”, acrescenmostra 33 Olhares, ao prazo das ta, buscando na arte a perfeição encomendas na indústria. “Faço cobrada pela indústria. 4 a 10 de dezembro de 2010
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Um cientista social e uma advogada com foco em ações sociais unidos não só pela visão idealista da profissão, mas pelo gosto em comum pela cultura, cinema, música. Marcos e Alice casaram no sábado (27), no Jockey Club de Porto Alegre, com a presença de familiares, amigos caxienses e da Capital. Em uma cerimônia com diferentes referências pop – dos nomes das mesas à trilha sonora para jogar o buquê de flores – no prédio do Hipódromo Cristal, projeto do arquiteto Román Fresnedo Siri do final da década de 50, uniu o tradicional e o moderno. Colômbia é o destino da lua-de-mel do casal que valoriza os aspectos culturais e históricos da América do Sul. André T. Susin/O Caxiense
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por Paula Sperb e Marcelo Aramis
André T. Susin/O Caxiense
Quando pisou no palco pela primeira vez, em Paranoia, da Cia 2 – grupo no qual ingressou a convite e por incentivo de Raulino Prezzi –, Gabriel balançou entre a recente carreira de publicitário e carreira de ator. Decidiu pela segunda, permaneceu nas duas. Este ano, atuou em três peças e conquistou a plateia em Maria Orgulhosa, esquete de Ao Quadrado, que encerra a programação da Cia 2, nos dias 12 e 13, no Teatro do Sesc. A fumante Virgem Maria, criada, dirigida e interpretada por Gabriel, tem a ironia e o bom humor do artista. Largar a publicidade para viver de teatro ainda é plano a longo prazo, mas a coragem é velha companheira de palco.
Happy Hour | Bares
Zarabatana Café | Um feliz paradoxo: tradicional (com quase uma década de bons serviços prestados ao entardecer) e alternativo (mergulhado na efervescência cultural do Ordovás). Tem a grande vantagem de estar sempre muito bem acompanhado de cinema, artes plásticas, música, teatro... Democrático (exceto com fumantes), simpático e frequentado por gente inteligente.
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Em um moderno, porém rústico, atelier em Nossa Senhora da Saúde, Antônio Giacomin vive em contradição. Divide as tintas entre as preferências de aquarelista – paisagens desgastadas, ferrugem e ruínas – e o design de interiores para novas construções. Não vê beleza na arquitetura contemporânea, na substituição do antigo pelo novo. Enquanto luta contra o tempo, que arrasta e esmaga quem para, Giacomin avança com pressa. Em pinceladas rápidas e precisas, trata de registrar o passado para que ninguém esqueça da própria história.
Mississippi Delta Blues Bar | Um dos maiores responsáveis por colocar o Largo da Estação no bom caminho. Locomotiva do Blues Festival. Bar onde volta e meia pode-se tomar uma cerveja – ou um bourbon do Kentucky – ao lado de grandes nomes do blues (norte-americanos, inclusive), servido por garçonetes de uniforme petit-pois. E depois volta-se pra casa sem a roupa impregnada do cheiro de cigarro (fumantes, só no deck externo).
Aristos London House | As poltronas mais confortáveis da cidade e o serviço de gravata borboleta comprovam a origem aristocrática, enraizada no prédio histórico do Clube Juvenil. Dividindo espaço com os mais requintados salões da cidade, o bar permite que se entre de All Star, que combina com roupa de gala. De quebra, dá para espiar, pelos janelões antigos, a noite cair sobre a Praça Dante. E o lugar já pode se gabar de ser o berço do New Jazz Festival.
Leeds Pub | Uma casa britânica no bairro de Lourdes, com quase tudo que um bom pub precisa ter – potinho de amendoim, cerveja, jogo de dardos, cerveja, TV atrás do balcão, cerveja –, bom gosto na trilha sonora e filmes cult rodando no DVD. A decoração caprichada dá trabalho: os quadros são periodicamente trocados de posição (inclusive pelos clientes).
Boteco 13 | Para ir ao filhote do legendário Bar 13 no Largo da Estação, primeiro e mais importante: tem que gostar de samba, pois esse é o ar que se respira lá dentro. A coleção de latinhas de cerveja é uma das caraterísticas da decoração tipicamente botequeira, com mesas do lado de fora para curtir o sol dos longos dias de verão. Para alimentar as ideias, pode-se conferir a exposição em cartaz.
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Manquer
por Bianca Dalla Chiesa
Anoiteceu E outra vez essa insônia Que consome, corrói, dilacera Toma-me em angústias Tuas promessas foram em vão Tu deixaste que os espaços entre nós Fossem aumentando a cada ausência tua Não pertenço mais aos teus voluptuosos E intempestivos rompantes de saudades Quero apenas os meus versos de volta, e nada mais Ficas com a minha paz Sem você, eu não a quero Invadiu meu corpo Com teus olhos verdes embriagados De silêncio, de sons Tua música embalou minhas noites solitárias Tua voz adentrou nas madrugadas E fez meu mundo girar Eu aceitei dançar contigo Um último acorde Para poder fazer de ti A poesia mais linda Que alguém já escreveu Tuas falas repetidas Teu egoísmo cego Tua liberdade mundana e mentida São os teus obscuros inatingíveis Eu sei que não saberei fingir sozinha Que meus beijos não mais serão teus Não mais me derramarei em prosas Para descrever-te uma vez mais Deleitando-se assim incólume Sobre a minha alma Um tempo em que meus olhos Teimavam em ser somente teus
Franciele Becher | Sem título |
Participe | Envie para artes@ocaxiense. com.br o seu conto ou crônica (no máximo 4 mil caracteres), poesia (máximo 50 linhas) ou obra de artes plásticas (arquivo em JPG ou TIF, em alta resolução). Os melhores trabalhos serão publicados aqui.
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O preto, branco e suas nuances em cinza – principalmente nas árvores – revelam a escadaria da Borges de Medeiros, no Centro de Porto Alegre, de uma perspectiva quase nostálgica. Um local histórico registrado pela historiadora caxiense.
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Guia de Cultura
por Carol De Barba | guiadecultura@ocaxiense.com.br Sony Pictures, Divulgação/O Caxiense
Cinema | Senna
1994 foi um ano ruim Escrever sobre o documentário Senna é uma alegria para qualquer entusiasta de cinema. Pode-se contar o final sem correr o risco de levar um soco de um cinéfilo xiita indignado com os spoilers da resenha. Sim, no filme, o piloto brasileiro morre na curva Tamburello, embora o diretor inglês Asif Kapadia se esforce para imortalizá-lo. É essa previsibilidade o principal desafio do cineasta: como convencer o público a ir ao cinema assistir a um filme sobre o qual já se sabe o desfecho? Ele responde já nos primeiros minutos. Ao voltar a 1984, exibe seus principais trunfos. Junta farto material de arquivo, narrações originais de diferentes países (Galvão Bueno não podia faltar) e uma competente edição para mostrar a surpresa mundial com o show de um novato. Em seu ano de estreia, em uma equipe inexpressiva, Senna deixou o mundo da Fórmula-1 boquiaberto com uma corajosa pilotagem nas ruas escorregadias de Monte Carlo. Só não subiu no primeiro lugar no pódio porque a corrida terminou na metade em razão do excesso de chuva. Alain Prost sai vitorioso. A partir daí, o vencedor daquela corrida se torna uma personagem fundamental na trama que se desenrola na tela, narrada pelo próprio Senna em entrevistas ou por jornalistas e personalidades em depoimentos. Aos moldes de um drama hollywoodiano, o francês se tornou o vilão que Kapadia precisava para firmar a ideia de Senna como mocinho. Não se trata propriamente de uma invenção. Companheiros na McLaren no fim da década de 80, os dois protagonizaram brigas das boas dentro e fora das pistas — e nem sempre leais. O auge da rivalidade se deu no GP do Japão de 1989, quando eles se tocaram em acidente só não mais contestado do que a desclassificação do brasileiro pela FIA, adiando o bicampeonato. Nesse momento, surgiu um segundo (e poderoso) adversário: o também francês Jean-Marie Ballestre, então presidente da entidade, que encarna o lado sacana da politicagem esportiva. Herói que é herói jamais tem um único inimigo. É nesse ritmo que o filme, com raras referências à vida pessoal do piloto, segue anos 90 adentro: novos títulos mundiais, uma dramática primeira vitória no Brasil, o fatídico GP de 1994. Está tudo nos 107 minutos do documentário. Mas, para os fãs, esse tudo é pouco. Senna frustra os espectadores à espera de uma revelação importante. Isso quer dizer que perdemos tempo ao torcer pela vinda do filme a Caxias? Claro que não. Ver em tela grande as cenas captadas pela câmera no carro do brasileiro já vale o ingresso. E ainda há os vídeos caseiros, as gravações de conversas reservadas e outras imagens raras. Uma pena, Senna morreu. E nasceu a certeza de que nossas manhãs de domingo já foram felizes.
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Como uma ideia pode gerar milhões – de amigos, inimigos e dinheiro. Para assistir e comentar no Facebook
CINEMA
l A Rede Social | Drama. 14h10, 16h40, 19h10, 21h40 | Iguatemi A estreia da semana é o aguardado longa vendido como a história do Facebook. “Não chega-se a 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos”, adianta o trailer do filme que conta como, numa noite de outono, em 2003, Mark Zuckerberg, analista de sistemas graduado em Harvard, senta-se diante do computador e começa a trabalhar na rede social que, seis anos depois, faz dele o mais jovem bilionário da história. Dirigido por David Fincher. Com Andrew Garfield, Jesse Eisenberg e Justin Timberlake. 14 anos. 117 min., leg.. Recomenda l Obrigado por Fumar | Comédia. Sábado, 14h | Ordovás Acha seu trabalho difícil? Então pense no de Nick Naylor (Aaron Eckhart): defender a indústria do tabaco. Dá dinheiro, mas uma hora começa a fazer mal à saude do Relações Públicas, que nos Estados Unidos tem funções bem diferentes do Brasil. Essa deve ser uma das questões a serem debatidas após a sessão – em homenagem ao Dia do RP – por Maria Inez Périco, Méri Steiner Fonseca e Carolina Scur Bisi.
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l Enfim Viúva | Comédia. De quinta (9) a domingo (19), 20h | Ordovás Sucesso de bilheteria e crítica na França, o filme conta a história de uma dona de casa, esposa de um bem-sucedido cirurgião plástico, entediada no casamento, que planeja viajar à China com o amante. Ao ficar viúva repentinamente, ao mesmo tempo em que os familiares chegam para o velório ela tenta aproveitar sua nova situação conjugal e disfarçar os sentimentos de alívio e liberdade. Dirigido por Isabelle Mergault. 12 anos, 93 min., leg..
AINDA EM CARTAZ – Destinos Ligados. Sábado (4) e Domingo (5), 20h. Ordovás. | Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1. Aventura. 14h30, 17h30, 20h30 (dub.) e 15h, 18h, 21h (leg.). Iguatemi | Megamente. Animação. 13h50, 16h10, 18h50 e 21h10 (dub.). Iguatemi | Megamente (3D). 13h30, 15h40, 17h50, 20h (dub.) e 22h10 (leg.). Iguatemi | Minhas Adoráveis Ex-Namoradas. Comédia Romântica. Quinta (9), 15h. Matinê às 3. Ordovás. | O Segurança do Shopping. Comédia. Sábado (4), 14h. Cinema no Bairro. Bairro Aeroporto | Tropa de Elite 2. Policial. 14h20, 16h50, 19h20 e 21h50. Iguatemi. 17h e 19h30, sem sessão às 19h30 na terça (7). UCS |
INGRESSOS - Iguatemi: Segunda e quarta-feira (exceto feriados): R$ 12 (inteira), R$ 10 (Movie Club Preferencial) e R$ 6 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira), R$ 12 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316.
MÚSICA l God Save The Queen | Sábado (4), 00h | Diferente do publicado na edição anterior, o show acontece neste sábado (4). O God Save The Queen recebeu inúmeros elogios da crítica e já é o grupo de tributo ao Queen mais reconhecido do mundo. No repertório, músicas que o Queen tocava ao vivo, mas também canções que ficaram somente no estúdio, como a parte em ópera de Bohemian Rhapsody. Ingressos antecipados na Brisa Esportes (54) 3225.4467 e no Posto da Júlio (54) 3028.4533. All Need Master Hall
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Aristos. 3221-2679 | Fher Costa Trio. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Terça (7): Agente Ed. 20h. Vagão Classic. 9136-5071 | Pietro Ferreti - Acordes. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Quarta (8): Banda Disco. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Quinta (9): Black Label Tattoo – 1 ano. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Banda Disco. Pop rock. 22h. Bier Haus. 32216769 | Garotas do Tchê. Sertanejo universitário. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Sexta (10): Gustavo Reis. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Rodrigo Marena e Sasha Zavistanovicz. 20h. Vagão Classic. 9136-5071 | Banda A4 + DJ Eddy. Pop rock. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Vera Loca. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Mahabharata. Rock instrumental. 22h. Leeds Pub. 3238-6068
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R$ 30 (pista), R$ 60 (mezanino), R$ 10 (R$ 5 estudante, sênior) | Dr. R$ 70 (camarote) | Castelnovo, Montaury, 1333 | 3221-3697 13351 | 3028-2200 | l Concerto de Natal | Quinta (9), 20h30 | l Concerto Especial de NaO espetáculo integra a progratal do Coro da Unti | Terça mação do Natal Brilha Caxias (7), 19h30 | 2010. A Orquestra Municipal de O coro da Universidade da Ter- Sopros e Orquestra Sinfônica da ceira Idade da UCS se apresenta UCS se unem sob a regência do com o Quarteto de Cordas da Or- maestro Gilberto Salvagni. questra Sinfônica da UCS. Parque dos Macaquinhos Igreja São Pelegrino Entrada franca | Dr. Montaury, s/n Entrada Franca | Av. Itália, 54 TAMBÉM TOCANDO - SábaRecomenda do: Re: Floyd. Tributo a Pink l JJJackson e convidados | Floyd. Vagão Classic. 9136-5071 Quarta (8), 22h30 | | Audiotronic. Pop. 23h30. La O bluesman norte-americano Boom. 3221-6364 | Bete Balanço. JJJackson volta a Caxias para di- Pop rock. 23h. Santo Graal. 3211vidir o palco com músicos mui- 1873 | Pietro Ferreti e Bico Fino, to queridos do público caxiense. Banda Billy Hide e Banda Disco. Entre eles, Rafa Schuler, Fernan- Aniversário de 3 anos do bar. 22h. do Costa, Tita Sachett, Graziano Bier Haus. 3221-6769 | Mercedes Anzolin, Gustavo Viegas, João Blues Band. Blues. 22h30. MissisViegas e Jayson Mross. sippi. 3028-6149 | DJ Diego LoMississippi gic. Eletrônico. Pepsi. 3419-0900 R$ 25 (feminino) e R$ 35 (mascu- | Long Play. Pop rock. 23h. Portal lino) | Moinho da Estação | 3028- Bowling. 3220-5758 | Seresteiros 6149 | do Luar. Samba. 22h. Zarabatana. 3228-9046 | Index. Rock progresl Luz, Câmera, Ação! | Quar- sivo. 22h. Leeds Pub. 3238-6068 | ta (8), 20h | DJ Luciano Mayer e DJ Vanucci. Espetáculo de final de ano da Pagode e sertanejo universitário. Escola 7 Sons. Além do ingres- 23h. Move. 3214-1805 | House in so, a escola pede 1 kg de ração de Havana. Eletrônico. 23h. Havana. cães ou gatos para doar à Soama. 3224-6619 | Banda Caixa Azul. Casa da Cultura MPB, jazz e bossa nova. 23h.
TEATRO
l Mostra do Projeto GentEncena | Domingo (5). 18h. | Programação: Esta é a sua vida! Adaptação do conto Hospede a Primavera em sua casa, de Carlos Carvalho, por Luiz Paulo Vasconcellos e Marcelo Doni-
Pablo Padín faz cover de Freddie Mercury em God Save The Queen
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ni (orientação/direção). Grupo Aperte o botão e aguarde - Núcleo Vila Gauchinha. | Necessitamos ter, mas temos fome de ser. O espetáculo nasceu da reflexão ‘Em que medida abrimos mão de ser, pelo ter?’ O texto tem colagem de poemas de Claudio Lessa da Fonseca, José Régio, Marcos Rolim e Ferreira Gullar. Orientação/ Direção: Nilcéia Kremer. Grupo Kibom! Mas não é sorvete! - Núcleo Jardim Eldorado. | O Vendedor. Um caixeiro viajante chega a uma cidadezinha no intuito de tirar proveito das pessoas de lá. O texto é uma criação coletiva do grupo. Orientação/Direção: Elisa Rosa Mendes. Grupo HáGentes em Cena – Núcleo Ana Rech. Teatro do Bloco B – UCS Entrada franca
Aniversário é celebração. Principalmente quando jornalismo inteligente é a maior conquista. Cinco capas criativas mostram que muito mais está por vir na exposição completa que inaugura em 22 de fevereiro, no Catna Café, com curadoria de Mona Carvalho. Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316
Campus 8. 3289-9000 | Trabalhos da Oficina de Artesanato do Distrito de Criúva. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, e sábado, das 8h30 às 12h30. Espaço Cultural do Ipam. 3222-9270 | Mulher... no coração, no cérebro e... na madeira. Bob De Grandi. De segunda a sexta, das 8h30às 18h, e sábado, das 10h às 16h. Galeria Municipal. 3221-3697 | Olhares II 2010 sobre a Memória de Caxias do Sul. Coletiva. De segunda a sexta, das 9h às 17h. Sala de Exposições Temporárias – Museu Municipal. 3221-2423. | Xilogravuras. Marinês Busetti. Até domingo, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 21h. Casa de Teatro. 3221-3130 |
NATAL l Natal Brilha Caxias | até 19 de dezembro | As atividades seguem até dia 19. O tema é Embarque no espírito desta estaçãoeja a programação da semana para Caxias e interior. PROGRAMAÇÃO: Sábado (4): Caxias do Som. Orquestra Municipal de Sopros. 20h. Em frente a UBS Bairro Esplanada. | Fazenda Souza – Um Natal de Luz e Fartura. Desfile. 20h. Avenida Dante Marcucci. | Ana Rech – 20º Encanto de Natal. Abertura com a chegada do Papai Noel. 20h Praça Pedavena. | Santa Lúcia do Piaí – Natal Esperança 2010. Show com o Grupo Sul Paion e convidados. 21h. Salão Paroquial. | Vila Seca – Noite Luminosa. 20h. Procissão luminosa. Saída da Igreja na praça do Distrito de Vila Seca. | Domingo(5): Canta Caxias Especial de Natal. Canto coral. 15h. Parque dos Macaquinhos. | Show com o violonista Leonel Costa. 20h. Teatro do Sesc. 3221-5233 | Quinta (9): Natal Luz da Vida. Francielle Telles. Exposição. Das 8h às 20h. Sesc. | Galópolis – V Magia de Natal no Vale Iluminado. Abertura com a celebração do Nascimento de Cristo com os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ismael Chaves Barcellos. 20h. Praça Matriz | Sexta-feira (10): Galópolis – V Magia de Natal no Vale Iluminado. Música barroca. 20h. Grupo Instrumentarium. Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompéia. | Missa de Confraternização e Procissão Luminosa. 20h. Vila Oliva. | Fazenda Souza – Um Natal de Luz e Fartura. 20h. Desfile, shows e presença do Papai Noel. Avenida Dante Marcucci | Espetáculo com o grupo Vocal Sem Batuta. 20h. Teatro do Sesc. 3221-5233. Sexta (10): Auto de Natal. Teatro. 20h. Tem Gente Teatrando. Parque dos Macaquinhos. Fotos: Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense
l Identidades Simultâneas: imagens de um lugar ou de lugar qualquer | De segunda a sábado, das 10h às 19h30, e domingo das 16h às 19h A artista Simone Rosa apresenta infografias realizadas em 2007 a partir do tema de fachadas. Ela mostra prédios antigos de diverDANÇA sas cidades, entrelaçados, mistuRecomenda rando diferentes arquiteturas. l O Mundo na Ponta dos Pés l Amores, Perdas e Meus Catna Café | Sábado (4), 19h30 | Vestidos | Segunda (6), 20h | Av. Júlio de Castilhos, 2.854 | 3212A pré-estreia do espetáculo da A peça mostra mulheres fa- 7348 e 3021-7348 Escola Dora Ballet será apresenzendo leituras dramatizadas de tada por 60 bailarinos, com corehistórias reais que surgem a par- l Diversidade Cultural ografias de Márcia, Susana e Dora tir das memórias de suas roupas. nos Trilhos da História de Resende Fabião, e de nomes do No elenco, Arlete Salles, Caroli- Caxias do Sul | De segunda a balé mundial como Marius Petina Ferraz, Ivone Hoffman e Taís sexta, das 10h às 16h | pa. Araújo. A mostra reúne fotografias de Parque dos Macaquinhos UCS Teatro Antônio Carlos Lorenzetti da Entrada franca R$ 80 (R$ 60 compra antecipada e Programação do Palco nos TriR$ 40 para estudantes, professores lhos da Estação Férrea, que ocor- l Picasso | Domingo (5), 20h30 | da UCS, sênior e titular do Clube reu em junho de 2010. O espetáculo da Escola de Dando assinante – cota 300 ingressos) | Prefeitura de Caxias do Sul ça Flamenca La Cueva mostra Bloco M – UCS | 3218-2100 Entrada franca | 3218-6000 nuances típicas da dança flamenca para caracterizar as fases, cores l Bate-papo com os grupos AINDA EM EXPOSIÇÃO – As e obras de Pablo Picasso. Direção do GentEncena | Sábado (4), Loucas. Marcos Leal. De segun- geral: Elisabete da Cunha. Direàs 15h da a sábado, das 17h às 21h. Ga- ção musical: Juliano Brito. ParNo sábado, às 15h, os atores leria do Teatro Moinho da Es- ticipação de Gustavo Viegas na participam de um bate-papo com tação. 8404-1713 | Aves do Sul. guitarra flamenca. o ator Rodrigo Fiatt, caxiense Cristiano Dalla Rosa. De terça a Casa da Cultura concluinte do curso de Bachare- sextas-feira, das 8h às 11h30 e das Entrada franca | Dr. Montaury, lado em Teatro, na UFRGS. In- 13h30 às 18h, e sábado, das 9h às 1333 | 3221-3697 tegrante do Grupo Depósito de 11h30. Museu de Ciências NatuTeatro, de Porto Alegre, Rodrigo rais – UCS. 3218-2100 | Badass. BAZAR já apresentou em Caxias peças Matias Lucena. Até domingo (5), como O Sobrado (2009) e Solos das 16h às 19h. Catna Café. 3212- l X Criando com Arte | Sátrágicos (2010). 7348 e 3021-7348 | Exposição bado (4) e domingo (5), das 10h Teatro do Bloco B – UCS | 8124- dos Alunos Concluintes do Cur- às 19h | 0654 so Técnico em DesenvolvimenO Grupo Confraria Esmeralda, to de produto da ETFAR/UCS. do Recreio da Juventude, organiCoordenação do Prof. Cleverson za o evento, que vai contar com EXPOSIÇÃO Niels. De segunda a sexta, das 8h cerca de 90 expositores para proRecomenda às 22h30. Campus 8. 3289-9000. | mover workshops, shows, leilão l O Caxiense Um Ano | De seg. Laboratório 2010, dos alunos da de obras e comida típica italiana. a sex., das 9h às 22h. Sáb. e dom. Disciplina Arte e Pesquisa. De O bazar irá destinar toda renda das 15h às 22h. Até dia 12. segunda a sexta, das 8h às 22h. arrecadada para a entidade Anjos
Voluntários de Caxias do Sul. Sede Social do Recreio da Juventude Entrada franca | Pinheiro Machado, 1762 | 9114-2277 |
Caxias apresenta atrações natalinas em Fazenda Souza, Ana Rech, Vila Seca e Galópolis além da programação no Parque dos Macaquinhos
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Dupla por FABIANO PROVIN Fabiano Provin/O Caxiense
Base
Caxias e Juventude enviaram para Santa Catarina seus times formados por jogadores com até 16 anos. Entre os dias 3 e 12 de dezembro, a dupla CA-JU participa da SC Cup Sub16. O alviverde ficou no Grupo F, ao lado de Avaí-SC, Bahia, Guarani-SP e Porto Alegre. Os grenás estão no Grupo G, com Palmeiras, Fluminense, Figueirense e Imbituba-SC.
Rotina de treinamentos
No Estádio Alfredo Jaconi, a preparação para o Estadual começou antes, no dia 25 de outubro, depois de um período de férias pós-eliminação da Série C e rebaixamento à quarta divisão. Depois do trágico amistoso vencido pelo Porto Alegre por 4 a 1 e da derrota do time reserva para a equipe da Marcopolo por 2 a 1, o Ju tem apenas um amistoso agendado: dia 21 de dezembro, às 18h30, contra o Novo Hamburgo, no Jaconi. Atualmente, 34 jogadores integram o grupo alviverde. Destes, 14 são oriundos das categorias de base – Carlão, Follmann, Moisés, Tayrones, Alex Teles, Victor, Bressan, Tainan, Tiago Renz, Deoclécio, Gustavo, Ramiro, Hiago e Éder Sales. Confira a lista do Ju. Goleiros: Jonatas, Carlão e Follmann. Laterais direitos: Celsinho, Moisés e Tayrones. Laterais esquerdos: Alex Teles e Anderson Pico. Zagueiros: Édson Borges, Bruno Salvador, Rafael Pereira, Fred, Victor, Bressan e Tainan. Volantes: Umberto, Tiago Silva, Jardel, Tiago Renz e Deoclécio. Meias: Cristiano, Marcos Paraná, Christian, Jander, Gustavo e Ramiro. Atacantes: Ismael Espiga, Júlio Madureira, Hiago, Jean Coral, Éder Sales, Alvaro, Telê e Denílson.
Novo fardamento
O Caxias apresenta seu novo fardamento para a temporada 2011 no dia 7 de dezembro, às 19h30. Quem quiser prestigiar deve levar um brinquedo a ser doado. Além dos uniformes, o público presente poderá conferir as peças de passeio que estarão à venda na loja Espaço Grená, junto ao posto de combustíveis na entrada do. O desfile será realizado no estacionamento do estádio.
O PERFIL DO
NOVO CAXIAS
O início da preparação do Caxias para a disputa do Gauchão 2011 foi marcado pela seriedade. Além dos 24 jogadores e da comissão técnica, um número indefinido de dirigentes esteve presente no vestiário para as tradicionais palestras. Só não esteve presente o comandante Osvaldo Voges, em viagem de negócios pela empresa. Mas pelo número de pessoas presentes deu para ter uma ideia de que o recado dado por Voges no início de novembro, de que o clube precisa de apoio, foi compreendido. Na manhã do dia 1º de dezembro, pontualmente às 8h30, o gerentegeral de futebol, Júlio Soster, fechou a porta do vestiário e pediu para o pessoal da imprensa aguardar um pouco. O principal ponto abordado foi o de que 2011 não poderá ser novamente o ano do quase. Em 2010 o Caxias quase avançou no Gauchão, quase se classificou na Série C e quase decidiu a Copa Enio Costamilan – todas as desclassificações ocorreram em casa. Além de Soster e do técnico Lisca, o novo vice-presidente de futebol, Zoilo Simionato, deu o recado: o objetivo da sua função é moldar o perfil de um novo Caxias, esquecendo os erros de 2010. “Respeitan-
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do o orçamento, é válido ressaltar. Ressaltei para o grupo que fomos muito bem no Estadual deste ano, mas nossa ambição deve ser maior em 2011. Se tivermos competência e um pouco mais de sorte teremos o tão esperado sucesso”, discursou o dirigente. Com uma primeira passagem pelo Estádio Francisco Stédile em 1998, a convite do então presidente Nélson D’Arrigo, Simionato lamentou que o Caxias não teve resultados em 2010. “Criamos uma retaguarda maior. O Conselho de Notáveis será ampliado, fazendo com que mais pessoas se envolvam. Dentro do vestiário terão atuação mais direta, além da comissão técnica, é claro, o Soster, o Vitacir Pellin e Volnei Marzotto”, enumera o vice de futebol, que já foi do setor financeiro e participou do colegiado que geriu o clube em 2001. Em 2004 e 2005, Simionato voltou para trabalhar com Alceu Fassbinder e o técnico Mano Menezes. Em 2007 passou a viver diariamente o Caxias. “Acho que só não fui roupeiro”, brincou o dirigente, com um breve sorriso. Apesar da seriedade no início da apresentação do dia 1º, o astral está muito bom no Caxias.
Nem tão novo
O time do Caxias que estreou na Série C com derrota diante do Brasil de Pelotas teve Fernando Wellington; Alisson, Anderson Bill, Cláudio Luiz e Neto; Itaqui, Marcos Rogério, Renan e Edenílson; Marcelo Costa e Mauro. Destes, seis não estão mais no clube. Confira na lista abaixo o grupo que inicia o trabalho de preparação ao Gauchão. Já estão agendados dois jogostreino: dia 18 de dezembro contra o Da Rocha (time amador de Caxias do Sul), em Flores da Cunha; e dia 23 contra o Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Sul, também em Flores da Cunha. No dia 30 está marcado o primeiro amistoso, contra o Canoas Sport Club (ex-Ulbra e ex-Universidade). O último amistoso deve ser disputado no dia 8 de janeiro, provavelmente contra o São José de Porto Alegre, no Estádio Centenário. Segundo o gerente de futebol, Júlio Soster, faltam “apenas” os camisas 9 e 10 para o Caxias. Do total de jogadores, seis vieram da base grená – Gerley, Gerethes (primo de Itaqui), Marcus Vinícius, Nakata, Pedro Henrique e Sato. Goleiros: André Sangalli, Matheus e Sidivan. Laterais direitos: Alisson, Patrício e Tiaguinho. Laterais esquerdos: Edu Silva e Gerley. Zagueiros: Neto, Marcelo Oliveira, Caçapa e Édson Rocha. Volantes: Marcos Rogério, Bruno, Edenílson, Felipe Gonçalves, Gerethes, Marcus Vinícius e Itaqui. Meias: Nakata, Diogo, Pedro Henrique e Rodrigo Paulista. Atacantes: Waldison, Balthazar, Aloísio, Sato e Palacios.
Interesse
O diário inglês Daily Mail publicou no dia 1º de dezembro, em seu site, que o Manchester City estaria interessado no ex-alvo do Arsenal, o meia Zezinho. O jogador de 18 anos, formado na base do Ju, está no Santos, onde atuou 19 vezes esta temporada, sem marcar gols. Além do Manchester, o periódico cita a Inter de Milão (Itália) como outra interessada no atleta. A proposta de compra seria de 8 milhões de libras, ou R$ 21,1 milhões. Por ser o clube formador, o Juventude teria direito a 5% do valor em caso de transferência de país – o que significaria pouco mais de R$ 1,05 milhão.
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O Caxiense
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Guia de Esportes guiadeesportes@ocaxiense.com.br
Fotos: Ângelo Coffy, Div./O Caxiense
por José Eduardo Coutelle
Esporte urbano que combina com as ruas, o skate vai atrair praticantes e admiradores para assistirem manobras entre espetáculo
SKATE Recomenda l 3° U.S.C Skate de Rua | Sábado e domingo, das 9h às 19h | Caixotes, bancos e outros obstáculos estarão dispersos pelo chão e cada skatista terá cinco minutos para realizar as suas manobras. Os 10 melhores se credenciam para a final no domingo. As inscrições podem ser feitas no dia, a R$ 10 para iniciantes e R$ 15 para a categoria amador open. Caso chova no sábado, a competição será só no domingo. Se perdurar o mau tempo, o torneio será adiado para a semana seguinte. Posto Cidadão Entrada gratuita | 13 de Maio esq. Os 18 do Forte, Lourdes
HANDEBOL l Campeonato Estadual de Handebol | Sábado, das 8h30 às 17h, e domingo, das 8h30 às 11h | Decisão nas categorias mirim e cadete masculinos, entre UCS, Ulbra, Colégio Farroupilha, GAO, 15 de Novembro e Colégio Kennedy. Recreio da Juventude Entrada gratuita no clube somente para assistir o jogo | Atílio Andrea-
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O Caxiense
zza, 3.525, Sagrada Família
BASQUETE l Copa Brasil | Sábado, 16h e 18h, domingo, 9h e 11h | Caxias do Sul Basquete, Campo Mourão, Brusque e Sogipa disputam o quadrangular final. O time da casa entra em quadra às 18h de sábado às 18h e às 11h de domingo. Os dois primeiros se credenciam à Supercopa Brasil, que dá acesso ao NBB no ano seguinte. Juvenil Pacote para todos os jogos antecipados a R$ 5, no Posto Tonolli. Na hora, entrada do jogo a R$ 5 | Marquês do Herval, 197
Java ou Uruguaiana. Uma dessas equipes será o adversário do Caxias do Sul Basquete, que jogará a primeira fora, na terça (7), e a segunda partida em casa, na quinta. O calendário está sujeito a alterações. Juvenil Ingressos antecipados no Posto Tonolli a R$ 3. Na hora do jogo, a R$ 5 | Marquês do Herval, 197
FUTSAL l XV Copa Penalty Nordestão | Sábado, 12h, e domingo, 16h30 | Top Sport, Vasco da Gama e Recreio da Juventude disputam as finais das categorias mirim e iniciação. Ginásio Salgado Filho e Recreio da Juventude Entrada gratuita | Salgado Filho: São Francisco de Paula, 44, Kayser; Juventude: Atílio Andreazza, 3.525, Sagrada Família
l Campeonato Estadual Sub-17 | Terça (7), 18h | No play-off final, os meninos da UCS recebem o CEAT/Bira na terça. Antes, na segunda, jogam a primeira em Lajeado. Se houver terceiro jogo, será às 18h de quinta (9), na UCS. Ginásio da UCS l Campeonato Sesi Série B | Entrada gratuita | Francisco Getú- Sábado, 14h | lio Vargas, 1.130, Petrópolis A Eaton e a Sumig decidem o título da competição. l Semifinal do Campeonato Sesi Gaúcho | Quinta (9), horário a Entrada gratuita | Cyro de Lavra definir | Pinto, s/nº, Fátima
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FUTEBOL l Campeonato Municipal Infantil | Sábado, 14h30 e 16h | Decisão entre CFA Caxias do Sul e Águia Negra, precedida da disputa do terceiro lugar, entre Grêmio Murialdo e Sagrada Família. Municipal 1 Entrada gratuita | Av. Circular Pedro Mocelin, s/n°, Cinquentenário Recomenda l Campeonato Brasileiro Sub-20 | Segunda (6), quarta (8) e sexta (10) | Caxias abriga até o dia 16 os times do Grupo 2: Todos jogam entre si e os dois primeiros avançam às quartas de final. Segunda, 15h30: Flamengo x Guarani (Jaconi) | 17h30: Atlético-MG x Palmeiras (Jaconi) | Quarta, 16h: Atlético-GO x Atlético-MG (Centenário) | 19h: Palmeiras x Flamengo (Centenário) | Sexta, 16h: Flamengo x Atlético-GO (Jaconi) | 19h: Guarani x Palmeiras (Jaconi) Jaconi e Centenário Entrada gratuita | Jaconi: Hércules Galló, 1.547, Centro. Centenário: Thomas Beltrão de Queiroz, 898, Marechal Floriano
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br
Maicon Damasceno/O Caxiense
Presidente
Mais vereadores
Com a confirmação de 435.482 habitantes, Caxias do Sul voltará a ter 23 vereadores na Câmara Municipal na próxima legislatura. Para alguns, o aumento do número de parlamentares significará maior e melhor representatividade do cidadão. Para outros, apenas um aumento de despesas públicas. O que você pensa a respeito? Maicon Damasceno/O Caxiense
O vereador Marcos Daneluz (PT) já colocou seu nome à disposição para disputar a presidência do Legislativo. Conforme acordo no início da atual legislatura, formalizado apenas “no fio do bigode”, o cargo será da oposição. A situação prefere Daneluz a Ana Corso, que também se colocou como pretendente à sucessão de Moisés Paese (PDT).
Da oposição
Executiva e diretório municipal do PT vão avaliar os nomes de Ana e Daneluz. Entre outros petistas, a vereadora tem apoio do marido, deputado Gilberto Pepe Vargas, mas não encontra respaldo na Câmara. A bancada governista quer cumprir o acordo. E diz que o futuro presidente será, sim, da oposição – não necessariamente do PT.
Interinidade
Com a ida do vice-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) para a Assembleia Legislativa, cresce de importância a definição do futuro presidente da Câmara de Vereadores. Afinal, ele será o chefe do Executivo municipal nas ausências do titular, prefeito José Ivo Sartori. A escolha do futuro presidente deve ocorrer até o próximo dia 15.
Fim de ano
A próxima semana será de discussão de muitos projetos importantes na Câmara, a começar pelos reajustes de tarifas como água e de tributos como IPTU. A definição do novo valor da passagem urbana não passa pelo Legislativo. É resolvido por decreto-lei do prefeito. A Visate já protocolou pedido de reajuste na Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade para que o Conselho Municipal possa discutir o percentual a ser concedido.
VITÓRIA DA TÉCNICA
SOBRE A POLÍTICA O estudo do Departamento Aeroportuário do Estado é definitivo. Para receber o futuro Aeroporto Regional de Caxias do Sul, a região de Vila Oliva teve nota 9,69. A região de Monte Bérico, em Farroupilha, ficou com 5,34. Bairrismos à parte, não há complô, má vontade ou articulação política suficientes que possam contestar o resultado do trabalho e a escolha do distrito caxiense.
Elói Frizzo defendeu a escolha de Vila Oliva para receber o futuro aeroporto. Diz que há 10 anos acompanha os estudos a respeito da localização mais adequada – “e todos são favoráveis ao distrito caxiense”. O parlamentar lembrou pontos negativos de Monte Bérico: custo da terra, dificuldades ambientais e o fato da localidade estar muito próxima a áreas urbanas – na área de Vila Oliva, onde moram apenas uns poucos trabalhadores rurais Ao contrário de outros in- (foto acima), não há obstáculos fítegrantes do PSB, o vereador Édio sicos de maior expressão.
A um mês de acabar meu governo, eu não estaria anunciando decisões, mas sim fazendo as malas. Deputado Beto Albuquerque (PSB), futuro secretário da Infraestrutura do governo Tarso Genro, a respeito do anúncio da localização do futuro Aeroporto Regional de Caxias do Sul.
Festa italiana
Além da comemoração dos 40 anos da primeira transmissão a cores da TV brasileira, a Festa da Uva 2012 vai se associar à programação do Ano da Itália no Brasil – oficialmente marcada para 2011. A Festa terá eventos com a participação inclusive da Embaixada da Itália.
Migrantes
O êxodo de mais de 10% da população em municípios da Fronteira Oeste e da Campanha nos últimos 10 anos, detectado pelo Censo 2010 recém concluído pelo IBGE, reflete-se diretamente em Caxias do Sul.
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Alternativa?
Ao contrário do que deveria acontecer, a cada encontro realizado a respeito do tema aumenta o descrédito em relação à viabilidade do trem regional. Na última quinta-feira, em reunião promovida no Campus 8 da UCS, não foi diferente. Os estudos de traçado, seja qual for o escolhido, revelam que o trem circulará em velocidade abaixo do que possibilitaria transformá-lo em alternativa efetiva ao transporte rodoviário na região. De passageiros ou de carga.
Pela BR
Boa parte dos novos 75 mil novos habitantes do município provêm daquelas regiões do Rio Grande do Sul. O que o poder público municipal tem feito para receber esse contingente de novos caxienses?
O limite de velocidade na BR-101 passará de 80 km/h para 110 km/h. Anunciada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), a medida mudará os hábitos dos caxienses que se dirigem ao Litoral Norte, especialmente Torres. Eles abandonarão a Estrada do Mar para pisar mais fundo no acelerador na recém duplicada rodovia.
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