ENTRELINHAS
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO 2012-2013
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO Sede - Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento Rua Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha / 2330-105 Entroncamento Telef. 249 726 472 / Fax. 249 719 037 http://nonio.ese.ipsantarem.pt/eseportal/ info-ese@mail.telepac.pt
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ENSINO BÁSICO
1º Ciclo - Ensino Geral 2º Ciclo - Ensino Geral; Percursos Curriculares Alternativos 3º Ciclo - Ensino Geral; Percursos Curriculares Alternativos; Ensino Vocacional
ENSINO SECUNDÁRIO - CURSOS PROFISSIONAIS (NÍVEL 4) Técnico Auxiliar de Saúde; Técnico de Apoio à Gestão Desportiva;Técnico de Apoio Psicossocial Técnico de Gestão; Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos
ENSINO SECUNDÁRIO - CURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS
Artes Visuais; Ciências e Tecnologias; Ciências Socioeconómicas; Línguas e Humanidades
2013-14 Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento
EB 2, 3 Dr. Ruy d’Andrade
Escola Básica das Tílias
Escola Básica do Entroncamento
Jardim de Infância Sofia de Mello Breyner
Escola Básica da Zona Verde
Escola Básica António Gedeão
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NOTA DE ABERTURA
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o longo deste ano lectivo assistimos a um conjunto de alterações na vida das nossas escolas e na dos que nelas trabalham, fruto da implementação de um novo modelo de gestão. Deixámos de pertencer a uma ilha isolada e passámos a viver num arquipélago em que cada parte tem as suas especificidades mas estão todas agregadas num corpo único. O que possamos ter perdido em identidade, ganhámos em diversidade e músculo; o que eventualmente tenhamos perdido em individualidade, ganhámos em pluralidade e robustez. O processo de integração do pessoal de todas as escolas decorreu de forma exemplar e hoje todos lidam com todos, sem diferenciações de nível ou de unidade orgânica – aliás, alguns trabalham em mais do que uma escola. O Conselho Geral reflecte isso mesmo com representantes de professores, funcionários e encarregados de educação dos diversos estabelecimentos de ensino que compõem o nosso Agrupamento. O grande problema, a meu ver, centra-se na insuficiente dotação de créditos horários disponibilizados para os diversos elementos da Direcção do Agrupamento e no reduzido número de docentes que a compõem, donde resulta uma enorme sobrecarga de trabalho que não é devidamente compensada nem recompensada. Este é mais um exemplo de como, a nível geral, e salvo honrosas excepções, o trabalho dos professores continua a ser menorizado e incompreendido. O esforço, a dedicação e a escravidão de horários não são reconhecidos. Os Coordenadores de Escola, de Cursos, de Departamento, de Grupo disciplinar e de Directores de Turma, os Directores de Turma, elementos que integram as estruturas intermédias da Escola e professores em geral continuam a não ser devidamente valorizados pelo seu imenso trabalho pedagógico e didáctico ao mesmo tempo que tentam sobreviver num mar de papelada e burocracia, supostamente para melhoria das aprendizagens. O que conta continua a ser os resultados, enquanto que a razão de existir da Escola – transmissão de informação, de conhecimento, de competências, de saberes – é secundarizada. Contudo, e apesar de tudo, sabendo que a nossa missão é “Educar e Formar para a Vida” acredito que todos os que aqui trabalham vão continuar a dar o seu melhor e queiram fazer do nosso Agrupamento de Escolas “um espaço privilegiado de aprendizagens capazes de fornecer saberes e desenvolver competências susceptíveis de formar cidadãos autónomos e aptos a responder aos desafios crescentes da sociedade”1 O Presidente do Conselho Geral Carlos Alves da Silva 1 Neves, Francisco José de Oliveira – Projeto de Intervenção para o Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento 2013 – 2017, p. 11.
FICHA TÉCNICA Entrelinhas – agosto de 2013 Ano letivo: 2012-2013 Diretor: Francisco Neves Coordenação editorial: Acácio Luz, Arnaldo Marques e José Paulo Costa Fotografias, capa e contracapa: Acácio Luz Colaboração: Ana Ramalho e Elsa Barreiros Editor: Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento Composição e impressão: Gráfica Almondina 1000 exemplares / Distribuição gratuita
3 Tomada de posse do Diretor Na presença do Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares, José Alberto Duarte, e do Presidente da Câmara do Entroncamento, Jaime Ramos, o Presidente do Conselho Provisório do Agrupamento, Carlos Silva, deu posse, no dia 12 de junho de 2013, ao Diretor do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, Francisco Neves, para o quadriénio 2013-2017. A cerimónia decorreu na sala polivalente da escola-sede.
INAUGURAÇÃO DA NOVA ESCOLA BÁSICA DA ZONA VERDE Foi inaugurada no dia 3 de janeiro de 2013 a Escola Básica da Zona Verde, integrando numa única unidade orgânica o Jardim de Infância nº 2 e a escola básica nº 1. Após vultuosas obras de requalificação, este novo espaço escolar tem a característica única de unir dois edifícios de épocas e arquiteturas muito diferentes, o que resulta esteticamente muito interessante. A valência Jardim de Infância continua a funcionar no belíssimo edifício da antiga escola primária, contando com quatro salas. O edifício onde funcionava a escola nº 1, muito mais recente, foi largamente remodelado e ampliado, contando agora com 16 salas de aula, para além de espaços de serviços e de um atraente parque exterior. Mais um grande passo para bem servir a educação das crianças e jovens da cidade.
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ENTREVISTA AO DIRETOR
CONSTRUIR UMA CULTURA DE AGRU Francisco José de Oliveira Neves foi recentemente eleito Diretor do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento para o quadriénio 2013-2017, depois de ter dirigido a Escola Secundária durante três anos e de ter estado à frente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento ao longo do último ano letivo. É, pois, o primeiro Diretor eleito do Agrupamento e tem um projeto ambicioso para os próximos quatro anos. Pergunta – Um ano após a constituição do Agrupamento, que balanço fazes? Nunca sentiste, por um momento, que é uma máquina demasiado pesada para se poder conduzir e ir para a frente, em boa direção? Resposta – Claro que não é a mesma coisa gerir uma escola não agrupada, com 130 professores e 1100 alunos e gerir um Agrupamento de escolas com cerca de 260 professores e 2700 alunos, para além de assistentes técnicos e operacionais também a duplicar em número. A máquina é, de facto, pesada, algumas vezes de difícil condução, mas os desafios e algumas vitórias já conseguidas estimulam-me o suficiente para continuar a investir num projeto que, acredito, está no bom caminho. Para além disso, tenho do meu lado, dentro e fora do Agrupamento, um conjunto de pessoas que me têm dado o apoio necessário, o que me dá força e coragem para avançar. P. – No próximo ano letivo, o Agrupamento terá seis excelentes edifícios escolares, três construídos de raiz, dois inteiramente renovados, sendo que a escola-sede tem sido alvo de manutenção constante e está em muito bom estado. É obra, em tempo de crise… R. – As grandes obras de construção dos edifícios escolares (Pré-Escolar, 1º ciclo e Escola Básica Dr. Ruy d´Andrade) que integram o Agrupamento são, como é sabido, da responsabilidade direta do Município em parceria com o Ministério da Educação e Ciência (MEC). Com o devido mérito, a Câmara Municipal tem vindo a fazer, neste domínio, um excelente trabalho em prol da educação no nosso Concelho. O edifício da escola-sede continua a ser da responsabilidade exclusiva do MEC cabendo-me a mim, enquanto diretor, zelar pela manutenção e requalificação do mesmo. E é isso que tenho feito. Sei que os tempos são de crise, mas quando sinto que é necessário pôr mãos à obra não olho a esforços e vou em frente. Não sou de ficar à espera que as coisas aconteçam, de esperar que os tempos melhorem. Vou ter com as pessoas certas, apresento o meu projeto, faço uso dos meus argumentos e, confesso, é assim que tenho conseguido tudo o que de melhor se tem feito pela es-
cola-sede, em termos de requalificação e beneficiação de espaços. O argumento da crise não pode ser uma desculpa recorrente para justificar a ausência de obra à vista. P. – Os professores têm carreira única, é certo, mas as “culturas” profissionais são bastante diferentes, por formação inicial, pela prática letiva, e até por tradição. Tem sido viável a unidade na diversidade? R. – Pela experiência tida ao longo deste ano senti, na realidade, que há diferentes culturas de escolas, diferentes formas de trabalhar, alicerçadas, com certeza, em diferentes modelos de formação inicial, mas também acho que isso não se constituiu como um constrangimento, nem representa doravante qualquer ameaça à unidade que queremos construir a partir da diversidade que temos. Desde que iniciei funções, como Presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) que tenho procurado fazer a articulação entre as escolas, os professores e os alunos do Agrupamento através de projetos conjuntos/comuns que têm aproximado as pessoas e as têm feito sentir parte de um todo. As mesmas dúvidas e os mesmos receios, a propósito da unidade na diversidade,
já se levantaram aquando da constituição do primeiro Agrupamento vertical na cidade (Agrupamento Alpha). Temos, certamente, os “velhos do Restelo” que hão de continuar a viver das memórias de uma escola que, existindo enquanto espaço físico, deixou de ser o que era, em termos institucionais, pela necessidade imperiosa de se adaptar aos novos tempos, mas esses, acredito, são uma minoria. Aposto na capacidade das pessoas para a mudança. É uma questão de tempo. P. – O elevado insucesso, o absentismo e o abandono escolar são um problema real e muito expressivo entre os alunos de etnia cigana, o que aliás se prende, em primeiro lugar, com a realidade social da nossa cidade. Sabemos que não há milagres, mas como é que te propões atacar este problema com que te confrontaste este ano? Tanto mais que a integração se faz em grande parte pela via escolar… Por outras palavras, quando é que veremos um aluno ou, mais ainda, uma aluna de etnia a frequentar o 12º ano com 17 anos? R. – Todo o trabalho que possa ser feito pela escola em nome da integração e da aculturação das crianças de etnia cigana “es-
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UPAMENTO barra” sempre com as fortes tradições que esta comunidade teima em manter e conservar. A esse nível, a nossa capacidade para alterar mentalidades e atitudes é praticamente nula. Contudo, a minha principal preocupação não é tanto prolongar-lhes o tempo de escolaridade, sobretudo o das raparigas (que abandonam a escola por volta dos 14 anos), mas a de criar condições para que lhes seja ensinado e incutido um conjunto de regras e maneiras de estar que potenciem por um lado a aprendizagem e o sucesso escolar e, por outro, facilitem a sua aceitação junto das outras crianças e respetivas famílias. A contratação de um mediador cigano para o desenvolvimento de um projeto que contribua para integração destes alunos afigura-se-nos como uma possibilidade muito real já para o próximo ano letivo. P. – O eixo dos resultados escolares, muito diretamente relacionado com o ensino-aprendizagem de conteúdos e com a avaliação através de exames nacionais, tem vindo a ser valorizado pela tutela. Tudo isto a par da revalorização das chamadas disciplinas estruturantes, como o Português, a Matemática, a História, a Geografia e o Inglês, em prejuízo de disciplinas de caráter mais transversal. Estás de acordo com este caminho, que tende mais para a “instrução” do que para a “educação”? R. – Apesar do realce dado aos resultados escolares, através das provas de exame nacionais (porque é por elas que os alunos acedem, ou não, ao ensino superior), não vejo no atual sistema de ensino uma sobrevalorização da instrução face à educação. A valorização das chamadas disciplinas estruturantes resulta, a meu ver, da necessidade de garantir aos nossos alunos a aquisição de um conjunto de saberes e competências que são consideradas essenciais para a vida como sejam, o saber ler e interpretar corretamente qualquer mensagem escrita; o saber fazer cálculos matemáticos, o conhecer as suas raízes históricas, a realidade do país em que vivem, etc. Para além desta preocupação a tutela também remete para a escola a responsabilidade de desenvolver, com os alunos, projetos relacionados com a ciência, com a educação para a saúde, para o ambiente,
para o empreendedorismo, para a educação financeira, para a cidadania, entre outros; o que mostra que há no atual sistema educativo uma preocupação com a educação dos nossos alunos, traduzida na potenciação e no desenvolvimento de competências que são complementares àquelas que pelos conteúdos curriculares são possíveis de adquirir. P. – Não achas difícil “casar” uma escola que trabalha para os resultados, o que pressupõe e exige um “trabalho de sapa” muito centrado na sala de aula, com uma escola de iniciativas e projetos de dimensão extracurricular, que, trazendo visibili-
dade ao Agrupamento, provocam alguma dispersão nos professores e nos alunos? É que tu apostas muito claramente nas duas dimensões, e não te estou a ver a privilegiar nenhuma delas… R. – O eixo de qualquer Projeto Educativo tem de ser o da formação integral do aluno. Como já afirmei na resposta à pergunta anterior o trabalho de instrução que é feito à volta dos conteúdos curriculares, em contexto de sala da aula, revela-se de fundamental importância na aquisição de saberes que são estruturantes e absolutamente necessários para outras aprendizagens futuras. Ao aluno deve ser possibilitada a criação de um “lastro” de saberes sobre o qual construa a sua formação académica, assim como a sua formação ao longo da vida. Porém, é igualmente importante que a escola envolva esses mesmos alunos em projetos extracurriculares porque, por eles, os alunos adquirem competências e vivem experiências que de outro modo nunca adquiririam, nem conheceriam. A qualidade dos saberes que
a escola proporciona é muito importante, mas não pode ficar por aí. Os nossos alunos têm dado provas de talento e criatividade sempre que são envolvidos em iniciativas e projetos extracurriculares. A sua participação em projetos nacionais e europeus, com a conquista de variadíssimos prémios, tem sido uma mais-valia, diria mesmo, uma inestimável riqueza no seu percurso escolar, com reflexos na sua formação pessoal. Daí não poder subestimar ou sobrevalorizar nenhuma delas em função da outra. P. – A autonomia é normalmente vista como uma necessidade imperiosa para melhorar o nosso sistema de ensino. No entanto, há quem coloque reservas. No teu exercício de direção, sentes falta de autonomia? R. – Sim e não! Por um lado, enquanto instituição pública, a escola funciona a partir de um quadro normativo que, à escala nacional, se aplica a todos os estabelecimentos de ensino recebendo da Administração Central orientações que não pode deixar de pôr em prática. Algumas dessas orientações e muitos dos normativos legais nem sempre dão resposta às necessidades sentidas nas escolas sendo que, algumas vezes, se constituem como constrangimentos a práticas de gestão que necessitariam de uma maior liberdade de ação. Como sabemos, a lei é geral e abstrata e, por isso, nem sempre vai ao encontro das especificidades de cada Agrupamento/Escola não Agrupada. Daí sentir que, em situações muito pontuais, as escolas deveriam poder gerir com maior autonomia processos internos visando a agilização dos mesmos, a rentabilização dos recursos e a eficácia dos resultados a alcançar. Por outro lado, sinto que também nos é dada autonomia nos domínios da gestão e organização escolar, do desenvolvimento curricular, da oferta formativa, da formação vocacional e profissional, da celebração de parcerias e protocolos, da gestão financeira, entre outros. O importante é delinearmos o nosso caminho, definindo os nossos objetivos e respetivas metas, e procurar trabalhar em função dele, o que pode significar, num curto espaço de tempo, a elaboração e respetiva submissão, à tutela, de um contrato de autonomia, caso seja essa a vontade dos professores deste Agrupamento de Escolas.
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ENTREVISTA AO DIRETOR P. – Um caso muito concreto: é-te confortável a ideia de, no futuro próximo, serem os diretores a escolherem todos os professores, com tudo o que isso possa ter de juízos de valor subjetivos (em que é que este professor é preferível àquele?), para além das inevitáveis “pressões”, tão típicas num país como o nosso? R. – Não acredito, para já, nessa possibilidade. O MEC não quererá entregar tamanha responsabilidade aos diretores porquanto é sabido, a exemplo do que já ouvimos falar ter acontecido em algumas escolas, num passado recente, tratar-se de um processo que encerra tensões e conflitualidades pessoais entre quem toma a decisão e quem é afetado por ela. É que esse poder de decidir quem entra ou quem sai numa e de uma dada escola assenta muito na “imagem” que o diretor tem do docente, a qual pode não corresponder, com rigor, ao saber e às competências do mesmo. Em Agrupamentos de grande dimensão, com grande dispersão de escolas, conhecer de perto o trabalho de todos os professores, para com base nisso decidir, é missão quase impossível. Por outro lado, ficar com o ónus da responsabilidade de preterir uns em favor de outros não me deixaria viver tranquilamente. Depois de um dia de trabalho gosto de adormecer em paz com a minha consciência. Para já, prefiro que seja a tutela a definir os critérios para a entrada e a saída dos professores nas escolas. Se alguma vez essa responsabilidade for entregue aos diretores, espero já não estar no desempenho do cargo. P. – A associação do poder autárquico às escolas públicas tem vindo a ser gradualmente cimentada e parece hoje irreversível. Ganha-se em apoio logístico de proximidade, é certo, mas não se perderá em independência? R. – Não vejo as coisas por esse prisma. Se soubermos “separar as águas” há claros benefícios para ambas as partes. A autarquia tem recursos de que as escolas/Agrupamentos não dispõem e as escolas têm saberes e experiências que as autarquias devem saber aproveitar para, conjuntamente, construírem um projeto cujo resultado tenha como destinatários finais os alunos e respetivas famílias. A minha experiência de ligação do poder autárquico à escola pública tem-me permitido ver inúmeros benefícios em termos de gestão e racionalidade de recursos, materiais e humanos, de eficiência e eficácia nas respostas dadas a diferentes necessidades face às quais a autarquia tem sido solicitada a prestar a sua colaboração, enfim, o importante é que cada uma das partes conheça, desde logo, o seu território e como deve movimentar-se a partir dele de modo a evitar atropelos; e é isso que nós temos conseguido
fazer com os atuais órgãos autárquicos. Para que possamos fazer um trabalho sério e de qualidade, escola e autarquia devem trabalhar para os alunos e pelos alunos e tem sido esse o nosso lema. P. – A articulação com as associações de encarregados de educação tem sido uma realidade em todos os estabelecimentos do Agrupamento. Tu acompanhas, reúnes-te com as associações, participas. Mas por vezes, ouvem-se algumas vozes da parte dos encarregados de educação, segundo as quais, “se não aparecemos, não queremos saber, mas, se aparecemos, começamos a meter-nos onde não somos chamados”. Há um lugar de equilíbrio e compromisso nesta articulação com os encarregados de educação? R. – O trabalho desenvolvido pela Direção do Agrupamento em colaboração com as associações de pais é fundamental para que a articulação entre a escola e as famílias possa resultar bem. As associações de pais são uma voz crítica, muito positiva, dentro do Agrupamento e, simultaneamente, uma ajuda imprescindível no apoio a projetos e a iniciativas inscritas no Plano Anual de Atividades e que decorrem no nosso Projeto Educativo. Diria, mesmo, que sem a mobilização das associações de pais muitos desses projetos estariam condenados à partida. Contudo, e também aqui, cada um tem de conhecer muito bem qual o papel que lhe é proposto desempenhar evitando entrar em domínios e esferas que estão para além das suas competências. As reuniões que tenho tido com os membros das referidas associações também têm servido para clarificar o papel que a cada uma das partes é devido. P. – Foste recentemente eleito para o quadriénio 2013-2017, apresentando um plano de intervenção ambicioso. O teu espírito empreendedor e “desassossegado” é consensual entre os teus pares e junto de toda a comunidade educativa. O que é que te faz correr? R. – Gosto de sentir que estou em permanente processo de criação, de ver que à minha volta há dinamismo, que se estão a desenhar respostas para os problemas que vão surgindo, para as necessidades que as pessoas sentem e expressam. Gosto, sobretudo, de transmitir às pessoas a ideia de que temos de ser empreendedores, de que não podemos ficar por muito tempo no mesmo lugar, presos à obra feita. Nasci e vivi no Alentejo e desde pequeno, até que entrei na faculdade, as minhas férias eram passadas a ajudar o meu pai nos trabalhos agrícolas, pelo que o acompanhava para todo o lado assistindo aos projetos e aos negócios que ele ia concretizando. Essa experiência despertou em
mim a importância para o trabalho, a valorização do ser empreendedor, e o tal “desassossego” que resulta de uma vontade de querer fazer sempre mais qualquer coisa, de achar que ainda há espaço para melhorar, enfim, de andar em constante procura movido pela convicção de que o trabalho nos dignifica, sobretudo quando se corre por gosto ….e gerir o Agrupamento é um trabalho que faço com gosto e com uma forte motivação. P. – O Agrupamento de Escolas é um eixo fundamental no desenvolvimento da cidade e na sua própria sustentação enquanto comunidade que se pretende que evolua e não regrida em capital humano. Como é que tudo isso se articula, de modo a que a escola não se feche em si própria e desempenhe o papel decisivo que lhe cabe? R. – A escola, como instituição pública que é, não pode estar fechada ao exterior, funcionar como se à sua volta não existisse uma comunidade que exige dela um serviço de qualidade, em concreto, cidadãos bem formados e preparados para os desafios que a sociedade lhes lança. Por sua vez, a escola tem de reclamar dessa comunidade, local e regional, um conjunto de serviços e de préstimos que a possam ajudar nesse seu desiderato. Assim se justifica que a escola estabeleça parcerias e protocolos com diferentes instituições de modo a que, respondendo às solicitações feitas pela sociedade possa constituir-se, a um tempo, como um “eixo fundamental no desenvolvimento da cidade” e, por essa via, assumir um “papel decisivo” na formação e instrução das nossas crianças e jovens; o que lhe permite escapar a uma postura solipsista. P. – Queres sintetizar o fundamental do teu projeto de intervenção para os próximos quatro anos? R. – No essencial, com este projeto de intervenção pretendo construir, desde logo, uma “cultura de Agrupamento” valorizando a colaboração, o empenho e a participação de todos os que dele fazem parte. Como linhas orientadoras da ação a desenvolver aposto numa gestão e liderança partilhadas, muito orientada para a responsabilização das estruturas intermédias; na promoção da qualidade do ensino e da melhoria das aprendizagens; na defesa da cidadania e da inclusão por forma a evitar o abandono escolar e a acolher a diferença; na relação do Agrupamento com a família e a comunidade visando o aumento e a consolidação de parcerias que tragam para a escola um valor acrescentado aos saberes que a ela compete transmitir e, em última instância, permitam aos nossos alunos tornarem-se cidadãos informados e bem preparados para a vida.
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ESCOLAS DO AGRUPAMENTO BEM CLASSIFICADAS NOS “RANKINGS” EM 2011/2012
Os resultados obtidos nos exames nacionais – 6º, 9º, 11º e 12º anos – pelos alunos da Escola Ruy d’Andrade e da Escola Secundária, no ano letivo anterior, foram mais uma vez animadores e em linha com o expectável. Ocorrendo pela primeira vez em 2011/2012, os exames finais a Língua Portuguesa e a Matemática do 6º ano deram um bom indicador da Escola Ruy d’Andrade. Assim, de entre as 1144 escolas em que houve exames do 6º ano, a Escola Ruy d’Andrade classificou-se em 192º lugar, com média global de 3,33. No que respeita ao 9º ano, que tem exames nacionais também a Língua Portuguesa e a Matemática, a Escola Secundária, num total de 277 provas realizadas pelos alunos internos, teve uma média global de 3,18, o que corresponde ao 170º lugar, de entre mais de 1000 escolas (excluindo as que têm menos de 50 exames). Já no âmbito do distrito de Santarém, num universo de 51 escolas públicas onde se realizaram
estes exames, a Secundária do Entroncamento ocupou o 5º lugar. Os resultados dos exames do 9º ano realizados na Escola Ruy d’Andrade foram um pouco mais modestos, mas ainda atingindo uma boa posição: com 76 provas realizadas, a Ruy d’Andrade ocupou o 390º lugar a nível nacional e o 15º no conjunto do distrito. No ensino secundário, com a média global de 10,14, a Secundária está na 195ª posição, num universo de 608 escolas (descontando, mais uma vez, as escolas com menos de 50 provas realizadas). Recorde-se que, neste estabelecimento, se fizeram 469 exames, o que é um número muito elevado face à média de provas feitas em cada escola, o que naturalmente tem efeitos nos resultados globais. Comparativamente, no distrito de Santarém, ficou em 7º lugar, de entre as 27 escolas públicas onde houve exames nacionais do ensino secundário. Saliente-se que, a nível nacional, estas posições seriam ainda bem melhores, se excluíssemos dos “rankings” as escolas
privadas, que ocupam a larga maioria das 100 escolas com melhor classificação. O jornal “Público” de 13 de outubro de 2012, fonte que seguimos para esta breve nota, apresentou os resultados com a variável “Valor Esperado em Contexto”, que inclui os seguintes parâmetros: a profissão e as habilitações académicas dos pais e o escalão dos alunos no âmbito da ação social escolar. De acordo com esta variável, os resultados do 9º ano da Secundária superaram o que seria de esperar face ao contexto sócio-familiar, tendo os do 9º ano da Ruy d’Andrade e os do secundário, ainda que positivos, ficado um pouco aquém. Como quer que seja, os resultados obtidos pelos alunos do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, em 2011/2012, sem serem propriamente surpreendentes, deram satisfação e orgulho a toda a comunidade escolar e fizeram jus à exigência e à qualidade do ensino ministrado, ao mesmo tempo que incentivaram a fazer ainda melhor.
APOSENTAÇÃO DA D. MARIA ADELAIDE MAIA CHÃO Foi no dia 30 de novembro de 2012 que se aposentou, pondo um ponto final numa carreira profissional de 44 anos de trabalho, 15 dos quais ao serviço da Escola Secundária do Entroncamento. A D. Maria Adelaide Guia Maia Chão iniciou a sua carreira de administrativa em Moçambique, na cidade de Maputo, então chamada Lourenço Marques, regressando depois a Portugal na sequência da descolonização, embora ainda tivesse trabalhado alguns anos na África do Sul. Senhora de uma educação irrepreensível e de grande competência profissional, chegou a chefe dos serviços administrativos há quatro anos, já na Escola Secundária do Entroncamento, tendo sido, nessa qualidade, secretária do Conselho Administrativo. A sua dedicação à escola, por via das suas funções, estava muito circunscrita aos “bastidores”, mas foi uma “chefe” maximamente responsável e digna da maior consideração humana e profissional.
Na hora da despedida, entre os assistentes técnicos do Agrupamento
No seu último dia de trabalho, a Direção do Agrupamento e a equipa dos assistentes técnicos que com ela privaram mais de perto prestaram-lhe a devida homenagem.
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O MÊS EM QUE TUDO RECOMEÇA… Setembro amadurece os frutos do meu jardim. Em breve será outubro, esse grande mês! O mês em que todas as escolas são jovens, o mês em que tudo recomeça para o pensamento estudioso. Gaston Bachelard
O filósofo francês Gaston Bachelard (1884-1962) escrevia com este entusiasmo sobre o regresso às aulas (a “rentrée”, na sua língua materna). Em grande parte do século XX, o ano letivo começava por toda a Europa em outubro, como sucedia em Portugal. As férias eram mesmo grandes para os estudantes, setembro era ainda entre nós um mês de praia, com o tempo a esfriar pouco a pouco, as noites a começarem mais cedo, e era já outono quando os alunos regressavam à escola, impacientes e cheios de grandes expetativas. É certo que o regresso às aulas foi entretanto antecipado. Agora é em setembro que as escolas reabrem por todo a parte no continente europeu, com algum sacrifício dos países do sul, ainda sob um impiedoso calor. A impaciência e as expetativas dos estudantes, essas mantêm-se. Oxalá não sejam goradas. E oxalá não falte entusiasmo aos professores, que têm a missão de lhes transmitir o conhecimento acumulado pela humanidade até hoje, de lhes suscitar
O presidente da Comissão Administrativa Provisória dando as boas-vindas aos alunos do 7º ano que ingressaram na Escola Secundária no ano letivo de 2012-2013
a curiosidade intelectual e o gosto pela arte e pela cultura, no integral respeito pelo que é a dignidade humana e o sentido da justiça. Porque o mundo não nasceu com cada um de nós, nem morrerá connosco, a escola é esse grande elo entre o passado e o porvir. Como na célebre parábola bíblica, somos todos herdeiros de “talentos” que não devemos desbaratar, todos temos obrigação de passar testemunho.
ABERTURA DO ANO LETIVO 2012-2013 No dia do início das aulas, 14 de setembro de 2012, pelas 16 horas, teve lugar a reunião geral de professores, para que foram convocados todos os docentes do Agrupamento. Finda a reunião, a Câmara Municipal ofereceu um beberete aos professores, a que se seguiu um momento musical em que atuaram dois cantautores da cidade, Pedro Dionísio e Filipe Santos, para além da Banda Juvenil da Sociedade Filarmónica, que é constituída por alunos de diversas escolas do Agrupamento. Marcaram presença inúmeros convidados, em representação das mais diversas instituições da cidade. Na ocasião, a Vice-Presidente da Câmara, professora Paula Costa, fez uma alocução muito centrada na exaltação, no valor dos jovens e na confiança que neles se deve depositar, assegurando
que a Câmara nunca regateou esforços, nem jamais regateará, para apoiar os jovens entroncamentenses, pois neles reside o futuro da própria cidade. O Presidente do Agrupamento agradeceu ao Presidente da Câmara Municipal a colaboração que a edilidade tem prestado aos estabelecimentos de ensino que então se agrupavam, estando ciente de que esse apoio será ainda mais aprofundado no quadro na nova realidade. Sem escamotear as dificuldades logísticas provocadas pela fusão do Agrupamento Alpha com a Escola Secundária, Francisco Neves afirmou-se, apesar de tudo, “um homem feliz”, pois o ano letivo iria arrancar sem sobressaltos e com novos desafios a vencer, para o que pediu o empenho de todos.
À direita do Diretor, as adjuntas Henriqueta Bento e Maria José Branco; à sua esquerda, a Subdiretora, professora Filomena Pereira, e a adjunta Amélia Vitorino
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INÍCIO DO ANO LETIVO I 9
DIA DO DIPLOMA No dia 28 de setembro de 2012, realizou-se na Escola Secundária – agora escola-sede do recém-formado Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento – a já tradicional cerimónia do Dia do Diploma, que, à semelhança do que sucedera no ano transato, foi presidida pelo então Diretor Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, José Alberto Duarte. O Dia do Diploma destina-se a entregar formalmente os diplomas de conclusão do ensino secundário aos alunos dos cursos científico-humanísticos e profissionais, sendo uma das principais cerimónias do ano letivo nas escolas secundárias do país. Trata-se de um evento que reúne alunos, docentes, funcionários, pais e representantes do meio envolvente, cujo grande objetivo é reconhecer pública e solenemente o percurso académico bem sucedido dos alunos do ensino secundário, que, para a maioria, continua no ensino superior e politécnico. Justamente, quase todos os alunos que marcaram presença tinham chegado havia pouco da sua primeira semana de aulas nos estabelecimentos de ensino superior e politécnico onde foram colocados. O Diretor da Escola, na qualidade de anfitrião da iniciativa, apresentou em linhas gerais o novo Agrupamento, que agregou o já existente Agrupamento Alpha à Escola Secundária, passando depois em revista algumas das principais atividades do ano letivo transato, em que muitos dos alunos presentes naturalmente se reviram. Os resultados dos exames dos alunos da Escola Secundária foram cotejados com as médias globais a nível nacional, resultando dessa comparação uma apreciável vantagem para o conjunto dos alunos da cidade que se submeteram aos exames nacionais do 9º, do 11º e do O Presidente da Câmara, o Presidente da Cap e o Diretor Regional de Educação 12º anos de escolaridade, o que, evidentemente, como sublinhou conversam o melhor aluno dos cursos profissionais de 2011-2012, João Pedro Filipe o Diretor, é motivo de orgulho para toda a comunidade educativa entroncamentense. Entretanto, foram entregues os diplomas pelos diretores de turma, destacando-se, por fim, a subida ao palco dos dois melhores alunos de entre os mais de cem agraciados: Carolina Ramos Aquino, que concluiu o curso científico-humanístico de ciências e tecnologias com média de 19,3, e João Pedro Rodrigues Filipe, do curso tecnológico de desporto, concluído com média de 16 valores. A cerimónia terminou com um agradável beberete oferecido aos presentes.
ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES 2012 / 2013 No dia 16 de novembro de 2012, pelas 11h30m, na sala polivalente, tomou posse a Associação de Estudantes eleita para o ano letivo de 2012-2013, na sequência do ato eleitoral ocorrido três dias antes.
Aqui, em “foto de família” com o Presidente da CAP, da esquerda para a direita e de cima para baixo: João Pereira, David Amado, Samuel Bernardino, Bernardo Alves, Filipa Mateus, João Silva, Mariana Leitão, Maura Silva, Diana Bernardino, Inês Gonçalves, Vanessa Martins, Bruno Ramos (Presidente), João Luz (Vice-Presidente) e Cláudia Silva. Todos os alunos que fazem parte da direção frequentam o 12º ano.
10 I VALOR E MÉRITO
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ENTRELINHAS
ENTREGA DE PRÉMIOS DE VALOR E EXCELÊNCIA 14 DE DEZEMBRO DE 2012
Decorreu no Pavilhão Municipal do Entroncamento a Cerimónia de entrega dos prémios aos alunos que se distinguiram pelos seus resultados escolares e/ou comportamentos meritórios no ano leti-
vo 2011/2012. Foi simultaneamente um grande espetáculo, com muita música e participações de qualidade dos alunos das escolas Dr. Ruy d’Andrade e Secundária. Com apresentação dos alunos Ana Rita
O Presidente da CAP (em cima), na alocução que deu início à cerimónia, e o presépio vivo (em baixo), apresentado pelos alunos do Curso Profissional de Apoio Psicossocial
HALLOWEEN No âmbito da cultura inglesa/norte-americana, as professoras do grupo de Inglês do 2º ciclo promoveram a participação dos seus alunos na celebração do “Halloween”. Estes, apesar de estarem envolvidos no estudo para a resolução de fichas de avaliação às várias disciplinas, mostraram, de um modo geral, um grande interesse e entusiasmo ao realizarem trabalhos alusivos à atividade e participarem na exposição dos mesmos. Os alunos mereceram parabéns, assim como alguns encarregados de educação que se envolveram na atividade através da elaboração de “Jack o’Lanterns”, adereços e trabalhos escritos. O balanço foi bastante positivo.
Neves e Ruben Faria, desfilaram pelo palco o Grupo do Curso Técnico Apoio Psicossocial, o Grupo Coral e Instrumental da Escola Dr. Ruy d’Andrade, Oficina de Música da Secundária, bailarino Wilson e Grupo de Ginástica da Secundária, com várias apresentações e interpretações tendo o Natal como lema. Pelo meio, foram entregues os prémios e diplomas do Quadro de Excelência e Valor da Escola Dr. Ruy d’Andrade e de Excelência e Mérito da Escola Secundária. Francisco Neves, Presidente da CAP do Agrupamento, no discurso que abriu a cerimónia, salientou a importância da escola na formação dos jovens: “a Cerimónia a que vamos hoje assistir, pretende ser justamente em primeiro lugar uma homenagem aos alunos, pelo mérito do seu trabalho e valor do esforço realizado, e pela excelência dos resultados que alcançaram”. Foram ainda homenageados os professores e a chefe dos Serviços Administrativos da Escola Secundária, que passaram à situação de reforma durante o último ano.
Aspeto geral da sala do pavilhão municipal, onde decorreu a cerimónia
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DIA INTERNACIONAL DA FILOSOFIA No passado ano letivo, o Dia Internacional da Filosofia foi assinalado na Escola Secundária por um conjunto de atividades dinamizadas pelo grupo disciplinar de filosofia e pelos alunos do ensino secundário. Salienta-se que a comemoração deste dia teve como referência, em todas as atividades realizadas, o tema aglutinador do Agrupamento “Nós e a Natureza”. Nas suas aulas, os professores de filosofia exploraram textos e problemas filosóficos relacionados com esta temática e os alunos produziram um conjunto diverso de trabalhos (textos, fotografias, desenhos e pensamentos) que foram expostos no pavilhão A no dia 15 de novembro. Para além destes trabalhos, foi apresentada uma exposição de cartazes, alusivos ao Dia Internacional da Filosofia, produzidos pelos alunos do 11º ano de Artes Visuais e cuja temática, “A Arte como (re)criação da Natureza”, foi proposta pelo grupo de filosofia. Em todas estas atividades, realizadas em articulação com o grupo de Artes Visuais
e integradas no projeto “Artes e Letras na Escola”, da autoria do professor Acácio Luz, os alunos envolveram-se ativamente, convidando a comunidade educativa, através dos cartazes e trabalhos expostos por si produzidos, a refletir sobre questões relacionadas com a natureza, o ambiente, a sustentabilidade e responsabilidade individual que cada um deve assumir na resolução destes problemas. O Dia Internacional da Filosofia comemora-se na terceira quinta-feira do mês de novembro. Foi aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO), em novembro de 2002. A UNESCO, ciente da importância que o questionamento filosófico assume para o diálogo entre os homens, assinala esta importante data para que todos os povos e indivíduos assumam o dever e o direito de refletir, interagir e cimentar uma consciência humanitária partilhada pelos povos. O Grupo de Filosofia
Um belo cartaz de divulgação do Dia Mundial da Filosofia, feitos pelas alunas de Artes Visuais Ana Rita Martins e Patrícia Pimenta
NATAL NO AGRUPAMENTO É quando um homem quiser, claro, mas na época própria há um consenso alargadíssimo. Por isso, o Natal foi vivido no Agrupamento de forma muito especial. Tudo por causa das crianças, como diria Fernando Pessoa. Mas não só.
CEIA DE NATAL
A ÁRVORE DE NATAL, O PRESÉPIO, OS CABAZES E O MAIS… O grupo de Educação Tecnológica, como vem sendo tradição, foi responsável pela construção do presépio, que esteve exposto no palco da sala polivalente, e também pela Árvore de Natal patente no pátio da Escola-sede (aproveitada do ano anterior, o que é um bom exemplo em tempos de crise!). Os também tradicionais cabazes de Natal, distribuídos a instituições caritativas da cidade, são fruto da iniciativa dos diretores de turma e dos alunos.
Este foi o primeiro Natal do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento. Docentes e assistentes técnicos e operacionais de todos os estabelecimentos de ensino reuniram-se na tradicional Ceia de Natal. Um só Agrupamento, uma só Ceia.
12 I ENSINO BÁSICO
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Atividades da EB António Gedeão
Trabalho realizado pelos alunos do Jardim de Infância António Gedeão sobre o Dia Internacional dos Direitos Humanos/Direitos da Criança
Tendo por base o lema do Projeto Educativo Nós e a Natureza, durante o ano letivo 2012/13, muitas foram as atividades desenvolvidas pela EB António Gedeão.
Alunos, professores, educadoras, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação cooperaram de forma inequívoca no propósito único de tornar a escola um espaço de aprendizagem e de verdadeira partilha com o meio envolvente. A escola teve a oportunidade de participar, no âmbito do PESES, numa exposição comemorativa do Dia Mundial dos Direitos Humanos e no âmbito do Projeto Jardins Interativos, através da decoração de duas árvores no Parque Natural do Bonito. Participou no Desfile de Carnaval, promovido pela Câmara Municipal do Entroncamento. Durante a Semana do Agrupamento, promoveu, uma palestra dinamizada pelo Doutor Nuno Lobo Antunes, destinada aos docentes do Agrupamento. Desenvolveu, em estreita colaboração com os Pais/ Associação de Pais, a comemoração do Halloween, a exposição de Natal, a visita de estudo à Quinta do Arrife, os diversos ateliês na Semana do Agrupamento, a exposição da Páscoa, a festa de encerramento do ano letivo e a exposição de final de ano. Importa realçar que, sem o espírito colaborativo criado entre toda a comunidade educativa, a operacionalização e êxito das diversas atividades não teria sido possível.
Concurso “O Chapéu mais criativo” na eb n.º 2 Foi com muita expetativa que corpo docente da EB1 n.º 2 organizou o concurso “O Chapéu mais criativo”. Sabíamos o que estávamos a fazer, pois já conhecemos o entusiasmo e empenho dos nossos pais e encarregados de educação em participar nas atividades que a escola propõe. Desta vez, o repto proposto foi, utilizando materiais que já não tivessem utilidade, executarem um chapéu para expor e depois desfilar durante a 4ª Festa da Sopa / Festa Final de Ano Letivo. Todos os dias, ao receber os trabalhos, a nossa admiração foi crescendo. O resultado foi tão bom que o corpo docente teve muita dificuldade em selecionar apenas um chapéu que cumprisse todos os critérios de avaliação. Daí que fossem premiados oito chapéus cujos autores receberam um livro infantil. Os cinquenta e quatro participantes receberam um diploma de participação. As professoras da EB nº 2
Festa de Final de Ano da Escola das Tílias No dia 14 de junho, os alunos da Escola das Tílias realizaram a sua festa de final de ano letivo, tendo os colegas finalistas do 4º ano sido muito aplaudidos na hora da despedida. Viveram-se momentos de alegria, convívio e muita diversão.
Os alunos do 1º e 2º anos das professoras Glória, Bárbara e Patrícia cantaram felizes a canção “Gosto de Flores”
Os alunos do 3º ano da professora Catarina dramatizaram a música “O Mundo de Sonho”
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VISITAS DE ESTUDO I 13
Visita de Estudo ao Centro de Interpretação da Batalha e Aljubarrota Eco Parque Sensorial da Pia do Urso No dia cinco de abril de 2013 as turmas D, I, e J do 5.º ano visitaram o Centro de Interpretação da Batalha e Aljubarrota e o Ecoparque Sensorial da Pia do Urso no âmbito das disciplinas de História e Geografia de Portugal e Ciências Naturais. A visita foi organizada pelas Diretoras de Turma Célia Nunes, Irene Gonçalves e Sílvia Cabedal e os alunos foram acompanhados ainda pelos professores Luís Filipe Antunes, Isilda Ribeiro, João Vieira e pela Professora da Educação Especial, Isabel Delgado, que acompanhou uma aluna invisual. Esta visita teve os seguintes objetivos: consolidar as aprendizagens realizadas nas aulas e reforçar o gosto pela disciplina; sensibilizar os alunos para a deficiência visual; elaborar um relatório da Visita de Estudo. No Centro de Interpretação foi possível aos alunos “vivenciarem”, numa sala a imitar o campo de batalha, todos os momentos da batalha do dia 14 de agosto de 1385, através do visionamento de um filme sobre como as tropas portuguesas defrontaram e venceram o numeroso exército castelhano. Depois do almoço os alunos conheceram o Ecoparque Sensorial da Pia do Urso, no concelho da Batalha. Este Ecoparque Sensorial é constituído por locais de lazer que estão devidamente assinalados e caracterizados tanto em linguagem para visuais como para invisuais, nomeadamente, em Braille. Assim, todos os alunos, e em particular a aluna invisual da turma D, puderam, ao longo do percurso, experienciar as sensações auditivas, olfativas e táteis através de atividades interativas, que foram muito do agrado dos alunos que, em alguns momentos, sentiram o que é estar no papel de um invisual. Foi um dia muito agradável onde se aprendeu um pouco mais da história de Portugal e de como é possível consciencializar para uma educação ambiental baseada na inclusão de todos como um direito inerente à vida.
NA QUINTA DO ARRIFE No dia 16 de maio de 2013, na companhia das nossas professoras, nós, os alunos da Escola das Tílias, fomos visitar a Quinta do Arrife e passámos um dia diferente em contacto com a Natureza. Na horta, observámos pimentos, beterrabas, cebolas, entre outras plantas. Sachámos a terra, plantámos couves e regámos as plantas. Metemos as mãos na massa e fizemos queijos frescos que, por sinal, estavam deliciosos. Também gostámos muito de alimentar os animais: as galinhas, os patos, os perus e sobretudo as cabrinhas, que eram tão meiguinhas. E foi muito divertido assistir à anilhagem das aves e sobretudo libertar os passarinhos que estavam prisioneiros. Foi um dia diferente, e tão divertido! Os alunos da EB das Tílias
VISITA DE ESTUDO DO 6º ANO – De Ulisses ao Terramoto de 1755 No mês de fevereiro, nos dias 21 e 28, as turmas do 6º ano realizaram uma visita de estudo a Lisboa: visitaram a exposição Lisboa Story Centre e assistiram à peça de teatro “A aventura de Ulisses”. Num espaço situado na Praça do Comércio, os alunos visitaram a exposição Lisboa Story Centre onde puderam aprender mais sobre a história da cidade de Lisboa com especial enfoque nas zonas da Baixa Pombalina e do Terreiro do Paço. O seu equipamento com recurso a efeitos especiais e tecnologia recria, através de uma “viagem no tempo”, os principais acontecimentos da memória da capital portuguesa. Foi uma experiência inesquecível, representada no teatro, que deu ainda a conhecer os acontecimentos que marcaram a catástrofe natural que devastou Lisboa: o Terramoto de 1755. Em “A Aventura de Ulisses”, os alunos tiveram a oportunidade de se aperceber da transformação da narrativa literária de Maria Alberta Menéres em texto dramático. Aqui a narrativa é encarada como um jogo de computador. Este “jogo” é criado e controlado pelos deuses, os grandes programadores do mundo, que no final da guerra de Tróia resolvem lançar novos desafios a Ulisses. O regresso a Ítaca e o reencontro com a família é o objetivo final deste jogo, em que se vão sucedendo as aventuras, dificuldades, tentações e vitórias, com Ulisses e os deuses envolvidos em excitantes aventuras.
14 I VISITAS DE ESTUDO
2012.2013
ENTRELINHAS
VISITA DE ESTUDO A ESTREMOZ E A MORA TURMAS DO 8º ANO No dia 23 de maio de 2013, os alunos dos 8ºs anos realizaram uma Visita de Estudo ao Centro de Ciência Viva de Estremoz, à oficina das artesãs barristas Irmãs Flores e ao Fluviário de Mora, no âmbito do lema do projeto educativo, “Nós e a Natureza”, e inserida nos respetivos Planos de Turma. No Centro de Ciência Viva os alunos visitaram a exposição Permanente “Terra, um planeta dinâmico” que os levou a (re) descobrir como funciona o planeta Terra, um local maravilhoso onde todos os fenómenos estão interligados. A Ciência e a Tecnologia uniram-se para criar um espaço onde foi possível interagir com o que está exposto (tocar, experimentar e saber). Os alunos fizeram ainda uma saída de campo a uma pedreira de extração dos conhecidos mármores de Estremoz, exportados para vários pontos do mundo. Na oficina de artesanato apreciaram a modelação e pintura da arte bonequeira em barro vermelho de Estremoz, assim como identificaram várias peças alegóricas e representativas de profissões ligadas à natureza/à vida no campo. Nos aquários e espaços envolventes do Fluviário de Mora, admiraram a exposição de habitats naturais existentes entre a nascente e a foz de um rio, e as diferentes espécies animais e vegetais que vivem em cursos de água doce. A visita, que permitiu também aprofundar a relação de amizade e de cooperação entre aluno/aluno e aluno/professor e reforçar a integração de alunos com Necessidades Educativas Especiais, foi considerada por todos uma atividade de grande utilidade e interesse e um contributo para a consolidação, a articulação e o alargamento dos conhecimentos dos alunos.
Visita de Estudo À Assembleia da República e à representação da peça “Auto da Barca do Inferno” 9ºano No dia 1 de fevereiro de 2013, os alunos do 9º ano da Escola EB 2,3 Dr. Ruy D`Andrade, deslocaram-se a Lisboa para assistir a uma Sessão Parlamentar, na Assembleia da República, no âmbito da disciplina de História, e assistir à representação da peça de teatro “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, que faz parte dos conteúdos lecionados na disciplina de Português. A visita teve como objetivos promover o gosto e o interesse pela História da República Portuguesa, conhecer personagens do sistema político português, permitindo aos alunos assistirem ao debate quinzenal moderado pelo Sr. Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho. No teatro, os alunos tiveram um contacto direto com a representação do texto dramático de Gil Vicente, tendo tido oportunidade de constatar as diferenças entre o texto escrito e o espetáculo levado à cena pela Companhia Arte D`Encantar. Os alunos consideraram a visita de estudo muito proveitosa e enriquecedora, o que lhes permitiu consolidar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Português. Salienta-se ainda a curiosidade e o espírito critico manifestado pelos alunos face às intervenções dos diferentes deputados na Assembleia da República. A visita revelou-se muito positiva dado o grande interesse e comportamento excelente dos alunos, destacando-se a sua postura durante o debate na Assembleia da República, que foi motivo de apreço por parte dos próprios seguranças.
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VISITAS DE ESTUDO I 15
AUTO DA BARCA NOS JERÓNIMOS E CCB ALI AO PÉ No que a visitas de estudo diz respeito, e se estas incluírem turmas do 9º ano, esta é já “um clássico”. Visitar os Jerónimos, por si só, já é o bastante para termos experiência inesquecível. Visitar o Mosteiro e assistir, nos claustros, ao “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, pois bem, é um “dois em um” que não podia ser mais apropriado para os alunos do 9º ano, que estudam Camões épico, mas também Gil Vivente. Por isso, há já anos que professores de Português, História e Educação Visual do 9º ano organizam visitas de estudo aos Jerónimos, com o espetáculo vicentino incluído. Ali ao pé está o Tejo, de onde as naus partiram e está a magnífica Torre de Belém. E está o Centro Cultural de Belém, construído quatro séculos depois do grande monumento manuelino, e que alberga a coleção de arte contemporânea de Joe Berardo. A visita a esta coleção contribui para que o gosto estético de alunos do século XXI não fique amarrado ao século XIX. E só por isso já a visita ao CCB é de 4 de janeiro de 2013: o “Auto da Barca do Inferno” nos claustros dos grande proveito. Jerónimos Eu considerei mais interessante para a minha formação pessoal a visita ao Museu Coleção Berardo, porque foi muito inspirador e percebi que as coisas podem ter vários significados, que dependem do ponto de vista com que vemos as coisas. João Rafael Reis Luzio , 9º B
Achei muito interessante a representação da peça “Auto da Barca do Inferno”, pois foi representada com atores que transmitiram muito bem e de forma divertida o que Gil Vicente quis transmitir ou criticar. O espaço para este espetáculo foi muito bem escolhido, por isso também aproveitámos para explorar o Mosteiro. Nádia Gonçalves Matos, 9ºD
INVICTA, LIBERAL, ÚNICA O Porto, baluarte do liberalismo, é uma cidade única, nem sempre na “rota” das visitas de estudo do nosso Agrupamento, mais próximo da capital. Mas há turmas que insistem no Porto, e quase todos os anos há visitas de estudo à invicta. Tudo por causa do rio Douro e das pontes que o cruzam, da Ribeira, das igrejas do Barroco esplendoroso, da Avenida dos Aliados, da Torre dos Clérigos, da Livraria Lello, da Casa da Música, do Museu Soares dos Reis, da Fundação de Serralves, tudo por causa de uma beleza tão forte, tão diferente da que há no Sul, em suma. Em frente, como que em espelho, Gaia e o cais e as grandes casas do vinho do Porto não desmerecem em apelo e beleza. Vamos, então, aos factos: no dia 22 de fevereiro de 2013, as turmas do 11º e do 12º anos de Artes Visuais, com cinco alunos do 11º de Ciências e Tecnologias foram ao Porto, foram a Gaia. E gostaram muito. Se nem sempre se dá o devido relevo à dinâmica mais informal de aprendizagem interdisciplinar das visitas de estudo, isso é ainda mais injusto quando elas são ao Porto. Perguntem aos alunos e verão.
UMA SEMANA EM TAIZÉ No passado dia 9 de fevereiro, um grupo de 18 alunos da Escola Secundária viajou rumo à Comunidade Ecuménica de Taizé. Os estudantes de EMRC, a cargo da Professora Lurdes Gameiro, pertenciam aos 10º, 11º, 12º anos e, apesar de alguns serem estreantes, muitos deles repetiram a experiência que haviam vivido em anos anteriores. Questionados sobre a importância da visita a Taizé, os alunos enfatizaram o papel extremamente relevante que este retiro espiritual tem para que se possam encontrar com Deus e consigo próprios. Esta semana em comunidade, dizem, tem também a capacidade de lhes recarregar as energias necessárias para enfrentar o final do ano letivo. Para além de tudo isto, a multiculturalidade que caracteriza Taizé é também apreciada por todos. Situada no sul da Borgonha, esta comunidade acolhe povos dos quatro cantos do mundo, principalmente jovens, para fazerem uma experiência de comunidade. A Comunidade Ecuménica de Taizé, recordemos, surgiu em 1940 e foi fundada pelo Irmão Roger e o seu objetivo primeiro era ajudar os refugiados da guerra. Com o passar do tempo e com o fim da Segunda Guerra Mundial, a comunidade foi-se aproximando do modelo de funcionamento que atualmente detém. Esta semana vai perdurar na memória de todos os que nela participaram como uma semana de recolhimento, convívio e a amizade! A prof.ª Lurdes Gameiro com os 18 alunos que participaram no Bruno Vieira, 12ºLH retiro espiritual em Taizé, França
16 I VISITAS DE ESTUDO
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VIAGEM À ALEMANHA, HOLANDA E BÉLGICA Entre os dias 3 e 10 de julho de 2013, realizou-se uma viagem, inserida no Plano de Atividades do grupo de Geografia e organizada pelo prof. Carlos Silva, que teve como cidade-base Dusseldorf - Alemanha, integrando alunos, professores e assistentes. Para além da vista a esta cidade e arredores, realizaram-se visitas às cidades de Aachen, Bochum, Essen, Wuppertal e Colónia (Alemanha), Maastricht (Holanda) e Estrutura de suporte do elétrico suspenso de Wuppertal Liège (Bélgica).
Maastricht
VISITA AO ISCTE No passado dia 18 de abril, a turma do 12º ano de ciências socioeconómicas, acompanhada pelos professores Filomena Taborda e Armando Vieira, deslocou-se a Lisboa para visitar as instalações do ISCTE - Business School e recolher informações sobre os cursos de Economia e de Gestão naquele estabelecimento. Os alunos foram recebidos por três alunas do 3º ano do curso de Gestão, que se mostraram muito disponíveis e prestáveis para apresentar os cursos pretendidos e esclarecer quaisquer dúvidas dos alunos. Após a apresentação dos cursos e de informações sobre o estabelecimento, os alunos foram conhecer as instalações da universidade, entre as quais salas de estudo, a associação de estudantes, o átrio, os bares, o clube de teatro e a reitoria. Foi uma visita muito enriquecedora para os alunos, que, estando na Os professores Filomena Taborda e Armando Vieira com os alunos do 12º ano de fase final do Ensino Secundário, precisavam de decidir o seu futuro. Ciências Socioeconómicas junto ao ISCTE
CUSTOU... MAS A MALTA GOSTOU! No passado dia 23 de maio, a turma do 1º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, acompanhada pelos formadores Vasco Guedes e Maura Ferreira, deslocou-se a Mafra para visitar as instalações do Centro Militar de Educação Física e Desportos e participar em atividades físicas de cariz militar. Os objetivos da visita foram plenamente conseguidos, nomeadamente no que diz respeito ao reforço do espírito de grupo desta turma. Saem, assim, enriquecidos os alunos do contacto com uma realidade desportiva diferente do habitual. Custou... mas a malta gostou!
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VISITA GUIADA À CASA DA MÚSICA
O 3º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial deslocou-se ao Porto, no dia 27-02-2013, para uma visita guiada à Casa da Música e participação no Workshop “Sargento Pimenta”, cujo ponto de partida para os exercícios lúdicos destinados a crianças é o famoso álbum Sgt. Pepper’s
Leonely Hearts Club Band dos Beatles. A visita foi organizada pelas formadoras Paula Mendes (Diretora de Curso) e Carla Ribas (Diretora de Turma), integrando os conteúdos curriculares das disciplinas de Comunidade e Intervenção Social e Área de Expressões (Música).
HOMENAGEM A CERVANTES
FRANCÊS, UMA APOSTA COM FUTURO! No passado dia 30 de maio, realizou-se na sala D3 da Escola Dr. Ruy D’Andrade, o Dia do Francês, dinamizado pelas professoras da disciplina. Esta atividade, que já vem sendo um hábito, tem como objetivo divulgar a língua e cultura francesas e sensibilizar os alunos para a sua aprendizagem a partir do 7º ano. A sala, onde decorreu uma exposição de objetos franceses, foi palco da dinamização de sessões interativas para os alunos do 6º ano. Todos participaram de forma entusiasta. Durante esta atividade os alunos tiveram ainda a possibilidade de degustar um chocolate francês e de conhecer os famosos perfumes franceses. Na Escola Secundária, foi organizado um ciclo de cinema francês.
O mais famoso cavaleiro do mundo e o seu escudeiro apareceram por cá No passado dia 23 de abril, dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, o Grupo de Espanhol homenageou aquele que foi a sepultar nesse dia, há mais de 400 anos, Miguel de Cervantes, considerado o pai da ficção contemporânea. Para assinalar essa efeméride, foi construída uma estrutura representando as imortais personagens criadas pelo escritor, Dom Quixote e Sancho Pança, numa versão dentro dos moldes da banda desenhada. As figuras sem face ganharam vida quando os alunos (mais de cem!) lhe emprestaram os seus rostos, em sucessivas poses fotográficas. A exposição/projeção destas fotografias teve lugar na biblioteca, no dia 26 de abril.
As Professoras Mª José Alvoeiro, Christine Raposo, Ana Paula Mendes e Teresa Duarte
18 I INCLUSÃO
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A EDUCAÇÃO DOS CIGANOS: A SUA RELAÇÃO COM A ESCOLA
Prof. José Paulo Costa Com esta pequena dissertação, pretendemos debruçar-nos sobre as diferenças entre as funções da Educação escolar e a Educação cigana. Segundo Enguita (1996), as três funções sociais básicas da escola são: (1) a qualificação, socialização e seleção; (2) a formação de cidadãos membros de uma nação e (3) custódia da infância e juventude. Para que a escola cumpra a primeira das funções, a formação para o trabalho, as aulas caracterizam-se por aspectos rotineiros como o cumprimento de horários, atribuição de uso aos espaços físicos, ordem e imobilidade; a simultaneidade na realização de tarefas, a submissão a conteúdos e a métodos determinados hierarquicamente. A escola oferece ainda uma promessa de mobilidade pelo mérito ou de reprodução social. Os ciganos optam pelo trabalho por conta própria, numa economia de subsistência que requer um tipo de socialização distinto do atrás referido e o processo de mobilidade social faz-se no seio do grupo familiar, procurando uma posição social ou uma trajectória de mobilidade grupal e não individual (Casa-Nova, 2001). Na segunda função, a escola cumpre os desafios da modernidade, desempenha um papel central na configuração de uma identidade nacional com uma história, uma língua e um regime político comum. Para os ciganos, o sistema político e as autoridades civis são parte do mundo da cultura dominante, quanto à língua, ela é comum e não é formal como a da escola, e está enraizada numa história de tradição oral e familiar. Na terceira função, reflexo da migração para os meios urbanos, da separação física, funcional e emocional das diferentes gerações familiares, da maior perigosidade dos lares, do ingresso das mulheres no mercado de trabalho, do desaparecimento de espaços comuns e da própria escolarização, a escola funciona hoje como um lugar de custódia das crianças como alternativa à família. É exigido hoje à escola que fique um elevado número de horas com as crianças, assumindo uma função institucional de aprendizagem formal e de ocupação dos tempos livres. A escola como lugar de custódia para os ciganos não é necessária. A família está próxima, a mãe é doméstica e a criança contribui com o seu trabalho quer nas atividades domésticas quer nas atividades de subsistência da família. Ao contrário da maioria étnica que vê na escola um lugar seguro, os ciganos veem na escola um lugar que não é o seu e, logo, uma ameaça.
Não cabe à escola o papel de educar as crianças ciganas. A Educação faz-se no seio da sua comunidade. Este conflito latente, entre o papel social da escola como agente de Educação e uma comunidade que reserva para si esse papel, leva a uma relação de desconfiança e a uma conflitualidade secular, não sendo de estranhar que, no plano pedagógico, essa relação seja diferente. No passado, poucas eram as crianças ciganas que iam à escola e as que iam, mal aprendiam a ler ou a escrever algumas palavras, logo a abandonavam. Este abandono escolar precoce que, infelizmente, ainda se manifesta, ficou a dever-se a várias e defeituosas razões: umas de ordem familiar, outras por necessidade de sobrevivência económica e outras ainda, de ordem cultural. Além disso, explica Gonzalez (2006: 27), “um problema de fundo atravessa a relação dos ciganos com a escola: a impossibilidade de conceber uma forma de Educação desligada da vida concreta; familiar, grupal, social e económica”. Tendo as crianças ciganas as características decorrentes da pertença a grupos sociais em situação de exclusão e pobreza, etnicamente minoritário, e a escola concebida e desenvolvida para uma população de crianças brancas, de classe média, de meio urbano e de confissão católica, o desinteresse e o abandono escolar deriva também da desadequação da própria escola (Montenegro, 1999; Enguita, 1996, Casa-Nova, 2001, Cortesão et. al, 2005). As crianças ciganas geralmente não aprendem ou aprendem mal o que os currículos escolares exigem, não gostam nem se interessam pelo que acontece na escola. Para além do “apelo da rua”, para elas mais interessante do que as atividade de sala de aula, não existe nos grupos de pertença, grande pressão social para que cumpram a escolaridade ou tão só para se alfabetizarem. Na escola, aprendem a sua incapacidade face aos estudos, apercebem-se que não são capazes e que os saberes do seu grupo de pertença não são aceites e muito menos valorizados socialmente. “A dicotomia de espaços e de tempos para aprender e para fazer, intrínseca à ideia de escola desde a sua origem como instituição de instrução, Educação e socialização é inimaginável para os ciganos, no quadro da sua cultura.” (Gonçalves, 2006). Assim, poder-se-á concluir que todo este conjunto de razões tem proporcionado a existência de um elevado índice de analfabetismo entre o povo cigano e que a situação só se alterará quando o mesmo sentir a necessidade da mudança. Considerando o grupo étnico cigano como portador de uma cultura minoritária, torna-se necessário, para a sua verdadeira integração no espaço escolar, que a escola inclua a sua cultura e as suas motivações. No entanto, a Escola como instituição social é veículo transmissor de
modos de vida, normas e regras que estão de acordo com as suas conceções de classe dominante, da cultura maioritária. O que se passa com as crianças dos grupos culturais minoritários é que a escola transmite formas e regras de vida bem diferentes, muitas vezes até contraditórias com as que recebem do seu grupo étnico. Este facto tem sido incentivador do insucesso e do abandono escolar. Se, pelo contrário, a escola utilizar uma linguagem acessível e centros de interesse coincidentes com os do meio familiar a aprendizagem das crianças fica mais facilitada, porque a rutura cultural não existe ou é diminuta. Deste modo, é possível uma coabitação de continuidade entre a cultura familiar e a escolar. Perante o modo de vida e a vontade do grupo étnico cigano se manter culturalmente independente, poderão ser levantadas questões sobre a escolarização dos ciganos. Em que medida a escola dá resposta aos seus centros de interesse, de que modo a escolarização valoriza o seu estatuto dentro da comunidade cigana? Segundo o conceito cigano, a escola poderá ser olhada como um elemento desvalorizador, porque ela não lhe traz qualificação para as suas atividades económicas nem valoriza, estatutariamente, quem adquire formação escolar. Pelo contrário, a escolarização, por mais elevada que seja, poderá representar um risco e um inconveniente, por significar um afastamento das raízes e identidade culturais e a perda do saber fazer, do saber negociar. Perante estes factos, é importante que se promova uma aproximação entre a escola e a comunidade cigana. A escola terá de repensar o seu papel social junto das comunidades minoritárias, fazendo as adaptações e reestruturações necessárias. Por tudo isto, é urgente refletir e, ao mesmo tempo, agir com determinação, no intuito de tornar a escola capaz de se transformar e de, conjuntamente com os ciganos, construir um currículo equilibrado que respeite as várias entidades e seja aceite por todos. Casa-Nova, M. J. (2001). “Etnicidade e Classes Sociais: Em torno do valor heurístico da conceptualização da etnia como categoria social”. Revista Educação, Sociedade e Cultura, nº16, 2001, 63-82. CORTESÃO, L.; STOER, S.; CASA-NOVA, M.; TRINDADE, R. (2005). Pontes para Outras Viagens: escola e comunidade cigana: representações recíprocas. Lisboa. ACIME. ENGITA. M. (1996). Etnicidade e Escola: O Caso dos Ciganos. in Revista Educação, Sociedade e Cultura (1996). Nº6. Porto. Afrontamento. GONÇALVES, A. GARCIA, O. (coord) (2006). Tradição Prospectiva nos Meandros da Economia Cigana: Circuitos pré-económicas na grande Lisboa. Lisboa. Acime. González, J. A. T. (2002). Educação e Diversidade: bases didácticas e organizativas. Porto Alegre. Artmed Editora MONTENEGRO. M. (org) (1999). Ciganos e Educação. Setúbal. ICE.
ENTRELINHAS
INCLUSÃO I 19
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“DIFERENÇAS E INCLUSÃO” - DIVULGAR PARA INCLUIR Comemorou-se no passado dia 3 de dezembro de 2012 o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, data promovida pelas Nações Unidas desde 1998, com o objetivo de promover junto da sociedade em geral, a mobilização em prol da dignidade, dos direitos e do bem-estar das pessoas com deficiência. O grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento realizou uma exposição/divulgação de trabalhos de alunos e professores no âmbito da inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais, tendo como título temático: “Diferenças e Inclusão”. A exposição decorreu na Escola Dr. Ruy d’Andrade entre 3 e 5 de dezembro, no salão polivalente, tendo registado uma adesão significativa, por parte de todos os elementos da comunidade educativa. Globalmente, esta semana de sensibilização contou, para além da exposição, com uma breve
apresentação do Clube de Guitarra, com a exibição de um vídeo de divulgação das atividades desenvolvidas nas diversas respostas educativas especializadas do Grupo de Educação Especial, bem como de todo um conjunto de iniciativas e atividades desenvolvidas pela Educação Especial do Agrupamento em parceria com os Centros de Recursos para a Inclusão. Na continuidade desta iniciativa, a mesma exposição
esteve aberta ao público no Bloco A da Escola Secundária, no período compreendido entre 6 e 9 de dezembro, com o objetivo de divulgar e sensibilizar para a diferença toda a comunidade educativa.
CLUBE DE GUITARRA O clube de guitarra desenvolveu, pelo 3º ano consecutivo, na Escola Ruy d’Andrade, sob a coordenação do professor José Paulo Costa, o seu projeto pedagógico. Integrado no grupo de Educação Especial, o Clube de Guitarra acolhe preferencialmente os alunos com NEE’s e os seus colegas de
turma. O Clube tem como principal objetivo criar um ambiente propício para o desenvolvimento das capacidades criativas de cada um dos seus membros. Trabalhou-se semanalmente para que as diferenças fossem diluídas, que as aprendizagens se desenvolvessem num espírito cooperativo
O professor José Paulo Costa, o animador do Clube de Guitarra, numa sessão no Centro Escolar António Gedeão
e que todos se sentissem parte integrante do Clube. Ao longo do ano letivo, participaram no Clube mais de 30 alunos, sendo de registar uma presença assídua de um grupo aproximado de 20 alunos, dos quais 10 são alunos com NEE’s. Realizaram-se várias apresentações: no dia 03/10/2012, na Exposição “Diferenças e Inclusão” na DRELVT, em Lisboa; no dia 03/12/2012, na Escola Ruy d’Andrade, nas comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Durante o 2º período, realizou-se uma apresentação: no dia 13/03/2013, no Centro Escolar António Gedeão, integrado no projeto da turma do 12.º ano do curso Socioprofissional da Escola Secundária do Entroncamento. No 3º período, teve lugar uma apresentação: no dia 05/06/2013, na EB 2,3 Dr. Ruy d’Andrade, integrado na comemoração do dia Eco Escolas.
ALUNOS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL CONFECIONAM PIZZAS No dia 17 de abril, na Escola Ruy d’Andrade, um grupo de alunos da educação especial confecionou pizzas, durante uma sessão de terapia ocupacional dinamizada pela terapeuta Inês Palma Ramos. Esta atividade foi preparada com uma grande antecedência, pois estes alunos treinaram regularmente as suas competências, necessárias para serem autónomos e fun-
cionais, em todas as atividades do seu dia-a-dia. Desta forma, previamente, estes alunos tiveram de pesquisar receitas de pizzas, fazer uma lista de compras, aprender a utilizar o dinheiro e deslocar-se ao supermercado para comprar os ingredientes necessários. A confeção das pizzas foi um sucesso, aliás foi deliciosa, todos quiseram provar!
O aluno Bruno Doroana, do 9º ano, saboreando com muita alegria um fatia de pizza que ajudou a confecionar
20 I INCLUSÃO / PROGAMA INTERCULTURAS
2012.2013
ENTRELINHAS
NOVOS EQUIPAMENTOS PARA ALUNOS INVISUAIS E DE BAIXA VISÃO Enquanto Agrupamento de referência para alunos invisuais e de baixa visão, e em boa parte graças à inexcedível dedicação da professora Isabel Delgado, coordenadora dos docentes de Educação Especial, os alunos portadores de deficiência visual grave têm hoje ao seu dispor um conjunto de sofisticados aparelhos de apoio à sua plena integração como alunos de pleno direito. Em 2012-2013, foram adquiridas duas máquinas Braille, um aparelho de facilitação de leitura (ampliador de voz) e um ampliador de imagem com máquina de filmar associada. São quinze os alunos beneficiários: quatro frequentam a Escola Secundária, seis estão na Escola Ruy d’Andrade e os restantes cinco estudam na Escola Básica da Zona Verde. O aluno João Carlos Marques Gonçalves, do 11º ano do Curso Profissional de Apoio Psicossocial, com uma das duas novas máquinas de escrever Braille adquiridas em 2012-2013
LANÇAMENTO DO LIVRO “AS NOSSAS QUADRAS” No dia 4 de junho, pelas 11horas, decorreu na Biblioteca da Escola Dr. Ruy d’Andrade, no âmbito do “Projeto Todos Juntos Podemos”, a continuidade do projeto “Viajar Com Letras”, com o lançamento do livro “As Nossas Quadras”. Este livro foi elaborado, durante o ano letivo, por um grupo de alunos com necessidade educativas especiais, que após um estudo sobre quadras e rimas e partindo de um jogo de rimas, decidiram escrever as suas próprias quadras. Todo o trabalho foi depois transcrito para Braille.
PROGRAMA INTERCULTURAS
NOK? SIM, É A ALUNA TAILANDESA QUE ESTEVE ENTRE NÓS! Uma vez mais, a Escola Secundária recebeu uma aluna estrangeira, ao abrigo do programa intercultural AFS. Em 2012-2013, foi a vez de conhecermos a Nok, uma aluna tailandesa de trato acessível e que, ao longo de todo o ano letivo, partilhou connosco a sua cultura e conheceu em troca um pouco da nossa. Tendo como interlocutores privilegiados para a sua integração a prof.ª Graciete Rabaça e o prof. Rui Barros, a Nok estabeleceu com colegas, professores e assistentes uma relação amistosa, feita da delicadeza e da discrição orientais, regressando a casa com as memórias de uma experiência inesquecível nesta sua passagem pela Escola Secundária do Entroncamento. A nós, deixa-nos com saudades da sua presença!
Aqui, ao lado do prof. Rui Barros e com colegas da turma em que foi acolhida
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CARNAVAL / DIA DO LIVRO I 21
CARNAVAL – A BRINCAR, MAS A VALER
Os alunos das turmas do Curso Profissional de Apoio Psicossocial, como vem sendo tradição, realizaram um desfile carnavalesco que animou as ruas da cidade no dia 8 de fevereiro. A estes alunos do Secundário juntaram-se os do 1º Ciclo e os dos Jardins
de Infância, e a estes os pais e avós, que queriam ver os filhos e os netos, e mais quem passava e, por haver crianças, que são a alegria de quem as vê passar, e por ser Carnaval também, a todos pareceu tudo muito bem.
DIA DO LIVRO Na sequência das comemorações do bicentenário do nascimento de Charles Dickens, os alunos elaboraram trabalhos, em Inglês, relativos ao autor, à cidade de Londres, à revolução industrial e ao ambiente da época. No dia 23 de abril, comemorou-se o Dia do Livro e foram expostos os trabalhos no renovado espaço da Biblioteca Escolar. Aproveitando a data, procedeu-se à entrega dos prémios aos alunos vencedores dos concursos de ortografia de Inglês e de Espanhol, de Power Points sobre o autor em destaque e ao vencedor do Speaker’s Corner . Os prémios atribuídos aos alunos de Inglês foram gentilmente oferecidos pela Oxford University Press.
Cumprindo a tradição, e associando-se ao Dia do Livro e dos Direitos de Autor, os professores de Português dinamizaram a Maratona de Leitura, que este ano decorreu nos dias 23 e 24 de abril, incidindo sobre a relação entre o Homem e a Natureza, tema aglutinador do Plano Anual de Atividades. A Maratona consiste simplesmente na leitura em voz alta de textos – este ano, foram lidos apenas textos poéticos – nas diversas turmas do ensino secundário, feita por professores e alunos, que se voluntariam para o efeito. De forma informal, “interrompendo” as aulas, e sem a “obrigação” de analisar, trata-se apenas de ler e de ouvir ler textos literários de grandes autores, que, por norma, não constam dos manuais. As muitas palmas surpreendem quem lê, surpreenderão mesmo quem as bate...
22 I DESPORTO ESCOLAR
2012.2013
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CORTA-MATO NO AGRUPAMENTO 12 DE DEZEMBRO DE 2012
Os vendedores: Daniel Catarino, Alexandre Almeida e André Esteves, respetivamente, o primeiro, o segundo e o terceiro classificados
Organizado pelo Grupo de Educação Física, pela equipa do Desporto Escolar e pela turma do 12º ano do Curso Tecnológico de Desporto, a já tradicional competição de Corta-Mato teve lugar no dia 12 de dezembro de 2012. Participaram oitenta e um alunos dos 2º e 3º Ciclos de escolaridade. O dia esteve bom para este tipo de prática desportiva, que decorreu em ambiente de entusiasmo e companheirismo e onde cada um pôs à prova as suas capacidades.
Corta-Mato Distrital No passado dia 5 de fevereiro de 2013, realizou-se o corta-mato distrital, na vila de Almeirim, tendo a escola Ruy d’ Andrade participado com 30 alunos nos escalões de infantil A e B masculino e feminino, Iniciados masculinos e femininos e juvenil Masculino. Foi patente o entusiasmo e o esforço da parte de todos os alunos. Destacou-se o aluno Julian Espinoza do 5º G que ficou classificado em 1º lugar no escalão infantil B, tendo sido campeão distrital.
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DESPORTO ESCOLAR I 23
2012.2013
COMPAL-AIR – A FESTA DO BASQUETEBOL
No dia 21 de maio de 2013, A Escola Secundária recebeu de novo o COMPAL-AIR, o torneio distrital organizado no âmbito da modalidade de Basquetebol do Desporto Escolar. Mais uma vez, reconheçamo-lo sem falsa modéstia, fomos excelentes anfitriões. A equipa de basquetebol da Escola Secundária representou depois o Agrupamento em Guimarães.
BTT NA ESCOLA RUY D’ANDRADE O grupo de educação física organizou mais uma vez, como é tradição, mais um passeio velocipédico com os alunos, professores e encarregados de educação da escola E B 2, 3 Dr. Ruy d’Andrade no último dia do 2º período. O passeio em BTT iniciou-se na escola Ruy d’Andrade, passou pela Quinta da Cardiga e teve como destino final o Parque Ambiental de Vila Nova da Barquinha. O evento contou com um número significativo de participantes entre alunos, professores, assistentes operacionais e encarregados de educação. Este evento contou com a colaboração dos Bombeiros e da Polícia de Segurança Pública do Entroncamento.
FUTSAL 3º CICLO DA ESE Nos dias 13 e 14 de dezembro de 2012 e 23 de janeiro de 2013, decorreu o torneio de Futsal para o 3º ciclo da Escola Secundária com 3º ciclo do Entroncamento, organizado pela turma 12º Tecnológico de Desporto e pelo Grupo de Educação Física e Desporto Escolar, no âmbito da disciplina de Projeto Tecnológico. A prova, aberta a todos aos alunos do ensino básico, decorreu durante o dia 13 e 14 de dezembro e na tarde de 23 de janeiro. O torneio desenvolveu-se primeiro com uma fase de grupos com a qualificação dos primeiros classificados de cada grupo e dos dois melhores segundos classificados para os quartos-de-final. Estes decorreram de forma eliminatória até à final, que foi disputada pelas equipas do 9º C e do 9º A. Com participação de 121 alunos, como aspeto menos positivo há a referir as condições climatéricas e o estado do piso, o que fez adiar por duas vezes o torneio. Pela positiva, salienta-se a boa organização do torneio, a presença de bastante público e a transmissão em direto na internet, pela primeira vez na escola. No final, foram entregues medalhas e diplomas aos primeiros classificados e diplomas de mérito aos segundos e terceiros classificados.
O 9º C sagrou-se campeão do torneio de Futsal do 3º ciclo
24 I DESPORTO ESCOLAR ANO EM GRANDE PARA A EQUIPA DE ORIENTAÇÃO DO AGRUPAMENTO Foi uma época em grande para o grupo/equipa de Orientação do Agrupamento, tanto a nível nacional como internacional. A nível nacional, a competição culminou com o apuramento e participação de duas equipas (iniciados e juvenis masculinos) para o Campeonato Nacional de Desporto Escolar, que se realizou em Évora entre os dias 10 e 12 de maio. Após uma luta bastante renhida com as restantes equipas participantes, o Agrupamento sagrou-se Campeão Nacional de Juvenis Masculinos e Vice-Campeão Nacional de Iniciados Masculinos. Em termos individuais, Daniel Catarino, na sua 5ª participação em Nacionais do Desporto Escolar, sagrou-se Campeão Nacional no escalão de Juvenis Masculinos. O percurso para os mundiais… O nosso processo de apuramento para o Campeonato Mundial Escolar de Orientação, que se realizou no Algarve entre 15 a 21 de abril, foi obtido através dos resultados de um conjunto de 4 etapas integradas em grandes eventos internacionais do calendário da Federação Portuguesa de Orientação. Findo o processo de apuramento das equipas de escola, a equipa de juvenis masculinos do Agrupamento, constituída pelos alunos André Esteves, Bruno Borrego, Daniel Catarino, José Rebelo e Luís Fortunato, foi apurada de forma brilhante, totalizando um total de 730,9 pontos, deixando a equipa do Agrupamento de Escolas de Ourém a uns distantes 181 pontos de distância, sendo assim apurada para representar Portugal no Campeonato Mundial Escolar de Orientação. O balanço A participação no Campeonato Mundial Escolar de Orientação teve um balanço muito positivo. Com uma performance a todos os níveis excecional, Daniel Catarino obteve o 4º lugar na prova de distância média, sendo apenas superado por 3 atletas – Um atleta italiano (ex-campeão mundial escolar de Orientação), um atleta francês (campeão de europeu de juvenis no EYOC 2012) e um atleta sueco (pertencente à melhor escola de referência de Orientação do mundo) –, o que revela bem a qualidade do resultado obtido pelo atleta da nosso Agrupamento! Em termos coletivos, apesar de o nível da competição ser altíssimo, os alunos do Agrupamento conseguiram segurar um bom 7º lugar entre 16 equipas participantes, sendo que após a primeira etapa a equipa estava a apenas 5 minutos do 3º lugar. Isto prova que a modalidade tem futuro no nosso Agrupamento. Com alunos e professores motivados, apoio da Direção e do Município do Entroncamento, cá estaremos para lutar por futuras conquistas. Os professores responsáveis: Bruno Nazário, Carlos Rabaça e Leonor Luz
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ATLETISMO Desde a sua formação no ano letivo 2006/07, pelo professor Mário Abegão, a equipa de Atletismo da Escola Secundária tem vindo a apresentar, ano após ano, resultados de qualidade.
Alunos participantes na fase CLDE LMT
Relativamente ao ano letivo de 2012-2013, este grupo de trabalho de composição mista de rapazes e raparigas e que abrange todos os escalões de competição, foi campeão CLDE Lezíria e Médio Tejo (fase “distrital”), por equipas, em Juvenis Femininos e em Juvenis Masculinos e trouxe para a nossa escola 9 títulos de campeão individuais.
3º Lugar FEM na fase DREL
3º Lugar MASC na fase DREL
As referidas equipas de juvenis, apuraram-se para a fase Regional DREL, foram ao pódio, conquistando o terceiro lugar coletivo. Em termos individuais, Carlos Gomes (9º D) e Fábio Martins (8º E) consagraram-se campeões e Mariana Gil (10º CCT) Vice-Campeã e apuraram-se para a fase nacional.
Fábio Martins (8ºE), Mariana Gil (10ºCCT) e Carlos Gomes (9ºD) no “Nacional”
Daniel Catarino mais uma vez em grande destaque no Campeonato Mundial
No “Nacional do Desporto Escolar”, Fábio Martins foi o aluno que mais se destacou, conquistando o título de Campeão Nacional no Salto em Comprimento e nos 100 metros Barreiras, tendo nesta última disciplina batido o recorde nacional. Mariana Gil ficou a apenas um lugar do pódio nacional no Salto em Comprimento e no Arremesso de Peso. Carlos Gomes obteve o mesmo 4º lugar no Salto em Altura.
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JOÃO GUERRA PEREIRA 14 Anos, completou o 9º ano na Escola Ruy d’Andrade. Pergunta – Tempo de aulas ou tempo de férias? Resposta – Eu gosto de ambos, o tempo de aulas é bom para conviver e aprender e as férias para descansar, mas como normalmente estou em casa, torna-se aborrecido. P. – Como é que ocupas os tempos livres? R. – Quando era mais novo, ocupava os meus tempos livres com os meus amigos, mas com a invenção das novas tecnologias “apaixonei-me” pelo computador, gosto também de ler e de ver TV. P. – És de estudar muito, ou nem por isso? R. – Sou de estudar muito. P. – Jogos ao ar livre ou jogos no sofá? R. – Sem dúvida, jogos no sofá. P. – Que profissão gostarias de exercer um dia? Porquê? R. – Realizador de cinema, porque um dia gostaria de realizar um filme que ficasse famoso devido aos seus efeitos especiais.
DULCE DINIS Educadora de infância na EB António Gedeão. Pergunta – Se não fosses educadora de infância, imaginas-te a fazer o quê? Resposta – Adoro ser educadora! Mas também me via em profissões que tenham a ver com arte, adoro criar coisas novas. P. – Concordas com a célebre frase que diz que “tudo o que eu preciso de saber para viver aprendi-o no jardim de infância”? R. – Completamente! Atualmente se aplicássemos o que lá nos transmitem, de certeza que enfrentaríamos o mundo de outra forma. Tudo seria mais fácil se estivéssemos juntos e de mãos dadas. P. – No essencial, o que é que mudou na tua atividade de educadora desde que começaste a trabalhar? R. – A minha atividade é uma mudança constante, cada instante é diferente do outro, mas ao longo do tempo há um amadurecimento e uma tranquilidade muito maior. P. – Acontece-te ficares ligada a crianças tuas alunas pela vida fora? Acompanhas o seu percurso, mesmo que não mantenhas contacto? R. – Muita vez, e é muito gratificante assistirmos ao seu caminho. Se nesse caminho conseguirmos perceber que naquela pessoa deixamos alguma marca, mesmo que indelével, então sentimos um orgulho enorme. P. – A vivência do “tempo lento” faz-te falta? Ou não te queixas, vives bem em frenesim? R. – Não sei viver de outra maneira. Esta «passagem» é tão curta que não pode haver lugar «para deixar para amanhã o que que se
À LA MINUTE I 25 P. – O filme de que mais gostaste até hoje? E o livro? R. – O filme de que mais gostei até hoje foi o “WWZ-Guerra Mundial”.E o livro foi “O Diário Secreto de Adrian Mole aos 13 anos e 3/4”. P. – Os professores de hoje perderam autoridade para com os alunos? R. – No caso da minha turma, penso que não, mas de um modo geral estão a perdê-la, muitos dos alunos não os respeitam, e por vezes, os pais apoiam-nos. P. – Define o que para ti é um bom professor. R. – Para mim, um bom professor é aquele que sabe ensinar e que está sempre disponível para apoiar o aluno. P. – O que te preocupa no futuro ? R. – Andar estes anos todos a estudar e, no fim, não ter emprego. P. – Achas que Portugal consegue sair da crise? R. – Talvez, pois só com o otimismo e sacríficio é que conseguimos ultrapassar os obstáculos. P. – Achas que os teus pais vão ter reforma para te ajudar no futuro, caso seja necessário? R. – Com as dificuldades que há e outras que se aproximam, o mais provável é não haver reformas. P. – Achas que os nossos governantes estão a fazer o trabalho que é necessário para que possamos sair da crise? R. – Trabalhar, trabalham, mas o resultado do seu trabalho não é o esperado.
pode fazer hoje». O tempo lento apenas me fazia falta para prolongar os dias quando estou com aqueles que mais amo. E ultimamente pelas circunstâncias da vida, isso tem acontecido com muita regularidade. P. – Mudarias de terra com facilidade, se pudesses? Se sim, onde gostarias de viver? R. – Ao primeiro impacto, tenho receios, mas depois adapto-me com facilidade. Mas para viver prefiro ficar por cá! P. – Os portugueses andaram mesmo a viver acima das suas possibilidades? R. – Não !!!!. Alguns portugueses com responsabilidades acrescidas andaram a viver acima das suas possibilidades, e gastaram o meu dinheiro e o de muitos outros portugueses. Agora, na hora de ajustar contas, está a pagar o justo pelo pecador. P. – Este país não é para jovens? E será que é para velhos? R. – De modo algum. Não me identifico com o conceito de velho deste país que é o meu. Também não me identifico com os atuais conceitos de lares de idosos, que são autênticos depósitos de seres dependentes, onde são expropriados de tudo a que davam valor. Eu sou dependente das novas tecnologias. É impensável ser institucionalizada sem o meu Computador ou IPad. Quando eu for velha, sim porque agora apenas sou «cota» ninguém se lembre de me mandar tomar banho as 7 da manhã ou de me mandar deitar às 10 da noite. P. – O dia melhor é sempre o dia seguinte? R. – Pois.....eu prefiro dizer que os melhores dias da minha vida ainda estão por acontecer. P. – Qual é o teu ideal de felicidade? R. – A felicidade faz-se todos os dias, o caminho faz-se caminhando. Por outro lado o conceito de felicidade é muito subjetivo. Pessoalmente considero que a felicidade tem obrigatoriamente de incluir SAÚDE, família, bem-estar pessoal e profissional e sensação de bem-estar. P. – Que pergunta gostarias que te tivesse sido feita nesta breve entrevista? R. – Se sou uma mulher feliz. E sou.
26 I À LA MINUTE Mário Brás Professor de Matemática e Ciências, assessor da Direção do Agrupamento, 29 anos de serviço. Pergunta – Quando eras pequeno, o que é que querias ser quando fosses grande? Resposta – Piloto aviador. Sempre foi algo que me fascinou. P. – Agora que já és “grande”, o que querias ser, se não fosses professor? R. – Ser professor preenche-me profissionalmente por completo, no entanto, conduzir máquinas sofisticadas, por exemplo aviões, era algo que gostava de experimentar. P. – Os portugueses que têm trabalho trabalham cada vez mais e, no entanto, com escassa produtividade. E, entretanto, vai havendo cada vez mais desempregados. Como é que isto se resolve? R. – Pelos exemplos que nos chegam de empresas com sucesso em que os trabalhadores são portugueses, verifica-se que o problema se centra mais no produto da empresa, de baixo valor, no mercado com dimensão reduzida, ou na dimensão da empresa, sem capacidade de produzir com uma dimensão suficiente para gerar lucros substanciais. A escola pode dar aqui uma ajuda muito importante desenvolvendo desde muito cedo e em paralelo com outros conteúdos, conhecimentos empresariais e de mercado. P. – Emigrar é uma boa solução para os jovens portugueses? R. – Em termos de resolução de um problema pessoal, penso que sim, apesar de trazer grandes alterações e angústias aos jovens que abandonam Portugal. Em termos do País, penso que não, pois
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ENTRELINHAS
a mais-valia que esses jovens representam vai ser aproveitada para desenvolver outros países, tendo sido a sua formação custeada pelos impostos de todos os Portugueses. P. – Merecemos os políticos que temos? Ou, mesmo assim, os portugueses comuns estão uns furos acima deles? R. – Os diversos políticos, tal como os profissionais que exercem outras atividades, podem ser considerados bons ou menos bons, mas o mais preocupante é a política ser para muitos considerada uma carreira profissional. Por desconhecimento real do mundo fora da política, na altura de tomarem decisões, pode-se verificar alguma falta de sensibilidade para com os problemas dos outros. P. – Os portugueses têm sido os recordistas da baixa de natalidade. Onde é que isto vai parar? R. – Com a baixa sucessiva de rendimentos a que todos temos sido sujeitos e prevendo que venham a ser atribuídos incentivos à natalidade, talvez este problema venha a ser uma boa notícia para os Portugueses, pois pelo menos aqui poderão ser estabelecidos “prémios de produtividade”. P. – Se passássemos a viver em ditadura, lutarias sem hesitação pelo regresso da democracia? R. – Nas sociedades ditas modernas poucas são as ditaduras que se instalam do nada. Por norma são falhanços sucessivos das sociedades que vivem em democracia que levam os votantes a aceitarem formas de governo que de uma forma mais ou menos rápida levam à ditadura. Assim, o entendimento de que se está a viver em ditadura não é a mesma para todos os cidadãos. Penso que logo que tivesse esse entendimento iria usar todas as armas que tivesse disponíveis para a combater e, como tal, tentar regressar à democracia. P. – Deus “morreu”, Marx também, e até tu não te sentes nada bem? R. – Tudo é verdade, mas o certo é que eu ainda aqui estou e alguma coisa posso tentar mudar.
CÉU GERALDES Maria do Céu Brites Zacarias Soares Geraldes, 55 anos, que há 46 anos chegou ao Entroncamento, pelo comboio da Beira Baixa, é professora do 1º Ciclo há 33 anos. Atualmente leciona na escola da Zona Verde e tem vindo a exercer o cargo de coordenadora do 1º Ciclo. Pergunta – Só no inverno é que o verão existe verdadeiramente, disse Ruy Belo. Estamos condenados a que seja assim? Resposta – Sim, efetivamente, o preto no branco é diferente do preto no amarelo. P. – O elogio é a pior das amabilidades. Estás de acordo? R. – Depende de quem ou de onde vem o elogio. O elogio pode ser uma boa habilidade. P. – A idade sossega as pessoas, ou isso é uma completa ilusão? R. – A idade desassossega (tantos esses!) as pessoas. Só quando a idade tem patologias associadas é que pode sossegá-las. P. – Que recado darias ao ministro da educação e ciência? R. – Polémicas à parte, que, quando não conseguir pensar como um professor, que pense como um aluno. P. – Um defeito que seguramente não tens. R. – Não sou egoísta.
P. – Uma qualidade que seguramente tens. R. – A adaptação. P. – Alimentas ódios de estimação, ou não dás confiança? R. – Ódios, dificilmente! E a confiança tem limites! P. – Qual é a tua ideia de paraíso? E a de inferno? R. – O paraíso é ter a água fresca à medida da sede que se tem e o inferno é ter sede e não ter água nenhuma. P. – Se passássemos a viver em ditadura, estavas disposta a lutar pela reposição da democracia? R. – Teria que questionar a minha qualidade adaptativa e provavelmente “ACORDAR!” P. – Os portugueses não se governam nem se deixam governar, é verdade? R. – É mentira! Uma minoria governa-se, e muito bem! A maioria deixa-se governar pela tal minoria.
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LUCÍLIA BATISTA GIL Assistente técnica, quase 40 anos de serviço. Pergunta – A aposentação é uma ideia para ter só na velhice? Resposta – Com certeza. A aposentação só deve encarar-se quando as capacidades físicas e psicológicas nos obrigarem. P. – Onde é que estava no dia 25 de abril de 1974? Como é que viveu esse dia? R. – Estava no Entroncamento e vivi as primeiras emoções quando cheguei ao meu local de trabalho, às 9h, na Escola Preparatória Dr. Rui d’Andrade. Foram emoções de alegria contida e ao mesmo tempo alguns medos, parecia estar tudo nas nossas mãos...
MARIA CAROLINA MOREIRA Completou o 12.ºAno Pergunta – Tempo de aulas ou tempo de férias, o que é que preferes? Resposta – Tempo de férias. Normalmente, tenho mais tempo para viajar e estar com os amigos. P. – A cidade ou o campo? O dia ou a noite? R. – Cidade. Dia e noite, porque se completam. P. – A vida é sempre a perder, diz a canção. Estás de acordo? R. – A única coisa que se perde na vida é o tempo, o resto depende de nós próprios. Mas, tendo em conta que a canção alude a tomar riscos, então sim, estou de acordo. P. – É verdade que o conflito de gerações pertence ao século passado? R. – Não, o conflito de gerações é algo constante e, de certa forma, saudável. O mundo não evoluiu porque todos queríamos ser iguais aos nossos pais. P. – A beleza física prevalece na tua atração por outra pessoa? R. – Não. Sendo a beleza física uma pequena parte da pessoa,
Maria da Piedade Almeida 59 anos, é a coordenadora dos assistentes operacionais da Escola Ruy d’Andrade. Pergunta – A cidade ou o campo? Resposta – A cidade, mas também gosto muito do campo. P. – O verão ou o inverno? R. – Prefiro o verão. P. – O dia melhor é sempre o dia seguinte? R. – Depende, pois nunca sabemos o que nos espera. P. – O maior defeito dos portugueses e a sua maior qualidade?
À LA MINUTE I 27 P. – O que é que a comove mais? R. – Neste momento, comove-me o abandono forçado do meu país pelas forças vivas que são os nossos jovens. Comove-me a pobreza e a falta de justiça. P. – Sérgio Godinho ou Tony Carreira? R. – Sérgio Godinho, sem margem para dúvidas. P. – O que é que devia estar no seu cartão de Cidadão e não está? R. – O nº de eleitor. Que maçada, sempre que há eleições! P. – Adoção por casais do mesmo sexo – sim ou não? R. – Não. P. – O inferno são os outros? R. – Somos nós. P. – Somos um país antigo e tão agradável, as pessoas são acolhedoras… O que é nos falta, afinal? R. – Gostaria que cada um fizesse uma pequena parte para que isto entrasse nos eixos, e que tivéssemos políticos à altura para essa orientação. só poderá constituir uma pequena parte daquilo que me atrai pela outra pessoa. P. – Qual é a qualidade que mais te aproxima de um ser humano? E o defeito que mais te afasta? R. – A paixão. O desprezo dos outros. P. – Vais alinhar nas praxes já no próximo mês de setembro, ou “às praxes vais dizer nada”? R. – Claro que vou! Tenho a minha pior roupa preparada para a ocasião! P. – As touradas são, de facto, um triste espetáculo? R. – Sou neutra nesse assunto, mas não é um espetáculo que me entretenha. P. – Um livro, um filme e uma canção para a tal ilha deserta. R. – “O principezinho “, “Chicago” e “Bohemian Rapsody” P. – “Família só há uma, a tradicional e mais nenhuma.” Qual é a tua opinião? R. – Discordo totalmente! Família são os que mais amo independentemente do sangue que lhes corre nas veias. P. – Podemos realizar o nosso projeto de vida e sermos felizes com rendimentos reduzidos, ou isso é uma ilusão romântica? R. – Podemos, com toda certeza. Ilusão é pensar que a felicidade depende dos nossos rendimentos. P. – Os jovens de hoje, ao contrário dos seus pais quando eram jovens, não vivem ideais políticos com paixão e militância, parece já não quererem mudar o mundo. Lamentas isso, ou nem por isso? R. – Lamento, e muito. Ainda assim, acredito que isso possa vir a mudar. R. – Somos demasiado influenciáveis, mas também temos um coração do tamanho do mundo. P. – A política é só para os políticos? R. – Não. Todos devemos ter opinião e participar para melhorarmos a nossa vida em comum. P. – Já visitou o Museu Ferroviário? R. – Só visitei a parte que está instalada no antigo armazém de víveres. E gostei muito. P. – O estado deve garantir a subsistência de todos os cidadãos? R. – Sim. Criando empregos para os jovens, e assegurando uma velhice digna para os idosos mais pobres. P. – Se pudesse mudar, que outra profissão gostaria de ter? R. – Gostaria de ser enfermeira, ou então guia turística. P. – O que é que está a precisar de melhorar no Entroncamento? R. – É preciso criar postos de trabalho na nossa cidade.
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ESCOLAS DO 1º CICLO e JARDINS DE INFÂNCIA Das atividades desenvolvidas pelas Bibliotecas Escolares do 1º ciclo/JI ao longo de 2012/2013, destacamos: Colocação de informação e decoração no espaço, de acordo com as épocas comemorativas ou de tradição; Realização de Feiras do Livro; Efemérides: Dia Internacional da Tolerância; Abertura à comunidade educativa: Festa de Natal com alunas da Escola Secundária; Construção de maletas pedagógicas: Cidadania e Valores; Semana da Leitura; Dia Mundial do Livro: Encontro com uma escritora; Concurso de Escrita Expressiva; Dia Mundial do Ambiente: Exposições e palestras com a colaboração da Associação Ambientalista QUERCUS.
Feiras do Livro Promovidas pelas Bibliotecas Escolares do 1º ciclo/JI, tiveram a visita de todas as turmas das Escolas do 1ºciclo e de todos os grupos /turma dos JI da EBZV e da EBAG Procurámos proporcionar um contacto vivo e direto com os livros, com grande número de títulos adequados às diferentes idades, assegurando a existência de novidades que eventualmente as biblioteca escolares ainda não possuíssem e a presença de títulos menos recentes que já não se encontram disponíveis em livrarias ou supermercados, tornando mais amplo o leque de escolhas.
Biblioteca Escolar António Gedeão
Os alunos manusearam e apreciaram os livros expostos para se habituarem a fazer escolhas fundamentadas. Beneficiaram do aconselhamento dos professores, no caso de serem solicitados e tiveram a possibilidade de fazer compras a preços mais convidativos, graças aos descontos que os fornecedores e a biblioteca ofereceram.
Biblioteca Escolar Norte
Futuro espaço da Biblioteca Escolar na Escola Básica da Zona Verde
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Atividades de promoção das literacias de informação, tecnológica e digital Na 7ª edição da Semana da Leitura, centrada na temática do MAR, o Plano Nacional de Leitura lançou a todas as escolas o desafio de tornarem a leitura e os livros presentes em toda a parte. Entre 11 e 15 de março de 2013, esta iniciativa convocou a leitura para mostrar a relevância histórica e cultural do mar na construção da identidade do povo português, ajudando a (re)descobrir a pluralidade de dimensões do mundo. Foram desenvolvidas diferentes atividades que envolveram as
crianças da educação pré-escolar e de todos os anos de escolaridade do 1º ciclo, permitindo reconhecer a importância dos oceanos para a sustentabilidade e sobrevivência do homem no planeta, através da apresentação de filmes, imagens, sons e textos literários selecionados (“Cultivar o Mar”) Foram despertadas sensorialmente as crianças dos Jardins de Infância a representarem através da expressão plástica os ambientes marinhos (“Mar arte”) e os mais velhos a escreverem sobre o tema e a partilhar os seus textos com os mais pequeninos, lendo-os para eles (“Leituras em mar alto”).
Articulação da Biblioteca com a Escola “Já sei ler! Livros ao calhas” Atividade de Articulação Pré-Escolar / 1º Ciclo Depois de recebidas na Sala de Aula da Turma 4101, da EB António Gedeão, os meninos e meninas de 5 e 6 anos do Jardim de Infância da mesma escola, puderam observar a organização da sala, os materiais utilizados, manusear os manuais escolares, ouvir algumas explicações relativas ao funcionamento da turma, para se fazerem com sucesso as aprendizagens esperadas e puderam fazer perguntas sobre tudo isto. De seguida passaram todos à Biblioteca Escolar onde os meninos mais novos puderam perceber como durante um ano, na escola do 1º ciclo, os colegas conseguiram adquirir, uns com mais facilidade, outros ainda juntando as letras e repetindo depois as palavras uma a uma, a competência MÁGICA da LEITURA. Dos livros apresentados para escolha e previamente trabalhados pela turma do 1º ciclo, os meninos e meninas do Jardim de Infância, foram tirando um livro de cada vez, “ao calhas”, para que os mais velhos lessem para eles. Equipa Professores: Elsa Barreiros (Prof.ª bibliotecária), Rui Barros Assistentes operacionais: Ana Paula Franco, Maria Clara Gralha
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ESCOLA RUY D’ANDRADE 3ª SEMANA DA BIBLIOTECA De 19 a 23 de novembro a Biblioteca Escolar (BE) da Escola E. B. 2/3 Dr. Ruy D’Andrade comemorou a sua semana com várias atividades abertas a toda a comunidade escolar. No polivalente da Escola decorreu uma feira do livro assegurada pela livraria Ponte do Raro, que se articulou com a atividade “Troca um livro por uma Árvore”. Este projeto manteve-se vivo e disponível, tendo-se efetuado trocas de um livro por uma árvore ao longo de todo o ano letivo na Biblioteca Escolar. No dia 22 decorreu o Concurso de Adivinhas “Qual é coisa, qual é ela?” subordinado ao tema: “A Natureza”. No dia 23 de novembro comemorou-se, mais uma vez, o “Dia Nacional das Espécies Autótones” com a criação de um viveiro e uma visita guiada à exposição no interior da BE “As Florestas são Imensas Bibliotecas”. Esta atividade foi dinamizada pela BE e pelo Clube de Ambiente e Proteção Civil da Escola e nela participaram 4 turmas do 4º ano e 4 salas da educação pré-escolar das Escolas Básicas António Gedeão e da Zona Verde e ainda 2 salas da educação pré-escolar do Centro Social e Paroquial do Entroncamento.
Tivemos ainda a preciosa colaboração da Engª Alexandra Carvalho, do gabinete intermunicipal dos municípios de Entroncamento e Vila Nova da Barquinha, que nos presenteou com os seus conhecimentos, e histórias de uma forma muito agradável. Foi uma forma muito divertida e criativa de aprender e divulgar as espécies que são “nossas”. Na BE foi muito visitada, durante toda a semana, uma exposição “As Florestas são Imensas Bibliotecas”. Esta revelou à comunidade educativa a forte e inevitável relação que existe entre a literatura e a natureza no seu estado mais puro, analisando o facto de no quotidiano encontrarmos “laboratórios de leitura”.
OFICINA DA CRIATIVIDADE Tendo-se verificado em anos letivos anteriores que a Oficina da Criatividade se tornou uma boa prática, um importante e pertinente recurso de apoio às atividades e dinâmicas da Biblioteca Escolar, promoveu-se, para este ano lectivo, o seu funcionamento e incrementou-se a sua articulação com projetos da BE, nomeadamente: Clube de Ambiente e Protecção Civil, “Todos Juntos Podemos Ler”, “A Comemorar também se Aprende”, “Jardins interativos” e Programa Eco-Escolas. Nesta oficina desenvolveram-se trabalhos plásticos muito criativos, baseados na reutilização e rentabilização de materiais diversos, vulgarmente classificados como lixo. Participaram nesta oficina os utilizadores da BE, como ocupação dos seus tempos livres, os alunos membros do clube e a assistente operacional Helena Lopes, sempre orientados pelas professoras Alexandra Leitão e Maria José Moreira.
SEMANA DA LEITURA De 8 a 15 de março decorreu na Biblioteca Escolar da Escola E. B. 2/3 Dr. Ruy D’Andrade, mais uma Semana da Leitura integrada na 7ª Semana da Leitura do Plano Nacional de Leitura (PNL). Desenvolveram-se atividades várias: Feira do Livro e “Troca um Livro por uma Árvore”, que decorreu no polivalente da escola; uma
exposição/mostra de livros e poemas subordinada ao tema: “Ser Árvore e Ler o Mar”; realizaram-se ciclos de leitura, no âmbito do projecto de PNL: “Ler Consigo” e no dia 21 assinalou-se a chegada da primavera e a comemoração do “Dia Mundial da Floresta”, com o transplante de árvores nascidas de sementeiras de anos anteriores.
ESCOLA SECUNDÁRIA Dia da Biblioteca Escolar De acordo com os objetivos delineados pela International Association of School Librarianship (IASL), a Rede de Bibliotecas Escolares declarou o dia 22 de outubro como o “Dia da biblioteca escolar”, este ano dedicado ao tema “Biblioteca escolar: uma chave para o passado, presente e futuro”. A nossa Escola associou-se a esta comemoração ao dinamizar uma exposição de fotografia alusiva ao tema da autoria das alunas Cátia Luís do 12º ano de Línguas e Humanidades e Gabriela Moleiro do 10º C de Ciências e Tecnologias. As alunas realizaram
várias sessões fotográficas nas instalações da biblioteca e noutros locais da escola, no sentido de promover as diferentes valências do espaço que perpetua, gera e promove o conhecimento. A biblioteca escolar é, sem dúvida, uma das chaves maiores deste desígnio.
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Desafios/Jogos/Exposições Matemática do Planeta Terra 2013 A equipa da BE em colaboração com os docentes do grupo de Recrutamento de Matemática, assinalou a abertura oficial do ano Matemática do Planeta Terra 2013 na biblioteca, nos dias 5, 6 e 7 de março com atividades diversificadas, de entre as quais se destacaram: jogos, exposições, desafios e uma mostra do acervo documental sobre o tema.
Semana da Leitura: O MAR
A edição deste ano letivo da Semana da Leitura, centrada na temática do Mar, decorreu de 11 a 15 de março. Evocaram-se poetas como Luís de Camões, Fernando Pessoa, Sophia de M.
Breyner Andresen, Ruy Belo e Miguel Torga para mostrar a relevância histórica e cultural do mar na construção da identidade do povo português, ajudando a (re)descobrir a pluralidade de dimensões do mundo. Navegámos pelos mistérios das Histórias da Terra e do mar e usufruímos da imensidão, da profundidade, da emoção e da beleza de um mar de palavras que, por certo, contribuirá para a construção de novos sentidos. Durante toda a semana esteve também patente uma exposição de cartazes intitulada “Palavras da Terra” e uma mostra do acervo documental da Biblioteca Escolar em que se deu especial destaque à revista “Oceanos”. O nosso agradecimento a todos os alunos e a todos os professores que participaram nesta iniciativa e que desta forma contribuíram para que conseguíssemos levar este barco a bom porto, nesta maré de leitura(s).
A equipa da Biblioteca Escolar congratula-se pelo interesse e empenho dos alunos nestas iniciativas e em tantas outras que decorreram na Semana da Leitura e do Agrupamento.
Dia Mundial do Livro Como já vem sendo tradição, a biblioteca associou-se a esta celebração, acolhendo e dinamizando várias atividades em prol do livro e da leitura. Ao longo do dia esteve patente uma exposição de trabalhos elaborados pelos alunos, na disciplina de Inglês, sobre a obra de Charles Dickens. No período da manhã, os alunos do 7º E deslocaram-se à biblioteca para realizarem um jogo baseado na obra O principezinho, de Saint-Exupéry. Trata-se de um conjunto de atividades interdisciplinares, a explorar de forma criativa com o objetivo de estimular o gosto pela leitura, que podem ser realizadas em contexto de sala de aula. O jogo foi elaborado e apresentado pela professora Sónia Marques do Grupo de Recrutamento de Biologia e colaboradora da Biblioteca Escolar. No centro de recursos, os alunos do 9º A acompanhados pelo
professor de História, Luís Moura, assistiram à apresentação dos livros Heróis que marcham para o Inferno e Na flor da idade, obras coletivas cujos autores são a professora Mª José Ventura e ex-alunos da Escola Secundária de Maria Lamas de Torres Novas. Deu-se particular atenção ao livro Heróis que marcham para o Inferno, dado o seu reconhecido valor literário e observando-se a pertinência da temática abordada.
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CONCURSO NACIONAL DE LEITURA No passado dia 9 de janeiro decorreu, na biblioteca, a 1ª eliminatória da 7ª Edição do Concurso Nacional de Leitura a nível de escola. Para esta fase do concurso, os alunos do 3º Ciclo leram “Os Sonhadores”, de António Mota e o conto “Arroz do céu”, de José Rodrigues Miguéis. Os alunos selecionados para a fase distrital de apuramento para a final do concurso foram os seguintes: Laura Marques (9º D); Rita Marçal (7º E); Francisca Pedreiro (7º E); Diogo Ribeiro (7º E) (Suplente). No dia 30 de abril decorreu a fase distrital do concurso, no auditório da Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes de Torres Novas. Ainda que as nossas alunas não tenham sido apuradas para a semi-final que decorreu em Lisboa, fica aqui o nosso reconhecimento pelo empenho e dedicação com que participaram neste evento que aposta na promoção da leitura de uma forma lúdica e no desenvolvimento de competências de expressão escrita e oral junto dos alunos.
Tempos livres A Biblioteca Escolar oferece um conjunto alargado de recursos, físicos e virtuais, serviços e a possibilidade de trabalhar e estudar, tanto individualmente como em grupo. A BE apoia as atividades livres de leitura, pesquisa, estudo e execução de trabalhos escolares, realizadas pelos alunos fora do horário letivo e dos contextos formais de aprendizagem. A BE proporciona as condições necessárias para a iniciativa e intervenção livre dos alunos.
Clube de Teatro Os alunos encontram na BE um conjunto de propostas de atividades livres, de carácter lúdico e cultural que correspondem aos seus interesses. O Clube de Teatro funcionou como um complemento às atividades curriculares e teve como principal objetivo contribuir para a formação pessoal, social e cívica dos alunos.
Das atividades previstas, destacaram-se as de animação da escola, no âmbito da comemoração de algumas efemérides, e a apresentação de uma peça de teatro às turmas dos alunos inscritos no clube, no final do ano letivo. Equipa Professores: Elsa Barreiros (Prof.ª bibliotecária), Rui Barros Assistentes operacionais: Ana Paula Franco, Maria Clara Gralha
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GEOGRAFIA I 33
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ATIVIDADES DO GRUPO GEOGRAFIA Palestra com o professor doutor Lúcio Cunha Realizou-se no dia 18 de fevereiro uma palestra no Auditório da Escola Secundária do Entroncamento, subordinada ao tema “morfologia cársica”. Foi orador desta palestra o Professor Dr. Lúcio Cunha, Professor Catedrático no Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Investigador no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território. Perante uma plateia atenta, constituída por professores e alunos das turmas 10º e 11º anos de Ciências Socioeconómica e Humanidades da escola secundária, o Professor Doutor Lúcio Cunha apresentou a fascinante beleza das formações cársicas: paredões rochosos, cumes escalavrados, rios que se perdem na rocha, nascentes de águas límpidas e misteriosas cavernas com suas formas e habitantes únicos. Comunicador entusiasta, o Professor Lúcio Cunha fez desfilar um conjunto de imagens inéditas, acompanhadas com histórias da sua vida de investigador, que encantaram a audiência.
Feira de comércio Justo Realizou-se no dia 21 de maio, na escola secundária, uma feira de comércio justo aberta a toda a comunidade, acompanhada de palestras dinamizadas por elementos da ONG CICAC, estas destinadas aos alunos do 9º ano. Estas atividades, que têm por objetivo desenvolver nos alunos o espírito crítico e reflexivo sobre os contrastes no desenvolvimento e bem-estar no mundo atual, são sempre muito bem acolhidas pelos alunos que têm assim possibilidade de “testar” sua responsabilidade individual e a cidadania ativa.
Comemoração do dia da Europa No dia 9 de maio de 2013, no corredor da sala polivalente, esteve patente uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos do 7º ano, nas aulas das disciplinas de Geografia e de Educação Visual. Uma forma divertida de compreender o processo de evolução histórica da União Europeia e tomar conhecimento das diferentes culturas dos países da União Europeia. Comemorações do Dia da Europa: aspeto da exposição de cartazes feitos nas aulas de Geografia e de Educação Visual
34 I Parlamento dos Jovens
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Os alunos são recebidos, já no interior do edifício Louis Weiss
A Maria Carolina apresenta a escola e a cidade do Entroncamento
No dia 15 de março, 20 alunos e 3 professores, acompanhados pelo senhor Diretor da Escola Secundária c/3º Ciclo do Entroncamento, representaram Portugal no Parlamento Europeu, em Strasbourg-França, nas finais europeias do concurso Euroescola. O encontro, onde estiveram representados mais 23 países da União Europeia, serviu para os jovens debaterem temas tais como a emigração e o papel da comunicação social, os problemas da agricultura, a Cidadania ou Meio Ambiente. A sessão decorreu no fascinante edifício Louis Weiss e contou com a presença de aproximadamente 500 jovens oriundos de toda a União. A apresentação da nossa escola foi feita em inglês pela aluna Maria Carolina Moreira do 12º ano que, no final da sessão, foi igualmente a porta-bandeira. Os nossos jovens trouxeram deste evento amigos novos, novas experiências e boas recordações: além dos debates de âmbito político, que decorreram sem intérprete e sem a presença dos professores acompanhantes, tiveram oportunidade de conviver, fazer novas amizades e trabalhar em conjunto com colegas de toda a União Europeia. Os jovens divertiram-se com as outras delegações, e tra-
No final dos trabalhos… o momento para recordar
balharam – muito! Debateram temas atuais, difíceis, interessantes e, alguns deles incómodos. No final saíram com outras perspetivas sobre si próprios, sobre o mundo, sobre as suas responsabilidades e capacidades. Por algumas horas, foi-lhes dada a oportunidade de serem políticos e fizeram-no com seriedade e, quem sabe, se esses momentos não foram o ponto de partida para alguns, mais tarde, se tornarem deputados de verdade? A complementar este dia de trabalho, alunos e professores permaneceram alguns dias em Estrasburgo, cidade que, além de ser a sede atual do Parlamento Europeu é igualmente Património da Humanidade desde 1988 e acolhe várias instituições da União Eu-
Nem o frio nem a neve foram adversários à altura deste bom humor
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ropeia, entre as quais o Conselho da Europa e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Apesar de ser um dos polos políticos europeus, Estrasburgo é uma cidade tranquila onde nos foi permitido apreciar o ambiente descontraído do bairro da Petit France, o encanto dos passeios pelos canais e o roteiro monumental que tem o seu expoente máximo na imponente catedral gótica. Os nossos alunos viram assim recompensado o trabalho e as horas dedicadas ao projeto do parlamento dos jovens, muitas vezes à custa do seu tempo livre. No corrente ano letivo, outro grupo aderiu ao concurso e, após a sessão distrital que ultrapassou de forma brilhante, está já apurado para representar o distrito de Santarém em Lisboa, na sessão nacional. Acreditamos que terão êxito!
Passeio pelos canais de Estrasburgo
Na Praça Gutemberg
PALESTRAS ORGANIZADAS PELA APESE Foram três as palestras organizadas pela APESE em 2012-2013. A primeira teve lugar no dia 22 de fevereiro, dedicada aos alunos da área de ciências socioeconómicas, que contou com a presença do jornalista Camilo Lourenço e da técnica oficial de contas Telma Curado, tendo sido moderada pela Vice-Presidente do Município. A 2 de abril, teve lugar uma segunda palestra, esta destinada aos alunos da área de Ciências e Tecnologias, que contou com a pre-
sença dos testemunhos profissionais da enfermeira Sónia Bouça e do doutor João Valente, médico de Saúde Pública, ambos antigos alunos de escolas que hoje fazem parte do Agrupamento; uma terceira iniciativa, realizada no dia 7 de junho, teve como orador o prof. Carlos Silva, e centrou-se nas ofertas formativas no âmbito dos cursos tecnológicos e profissionais do ensino secundário, destinando-se aos alunos que se encontram a concluir o nono ano.
Uma assistência constituída por autarcas, professores, encarregados de educação e alunos
Palestra sobre ofertas formativas no âmbito dos cursos tecnológicos e profissionais do ensino secundário: (da esq. para a dir.) O professor Carlos Silva, Presidente do Conselho Geral (orador convidado), o professor Francisco Neves, Diretor do Agrupamento, a Dra. Salomé Rafael, Presidente da Nersant, e o Dr. Otávio Oliveira, que à data era Diretor do IEFP
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PROGRAMA ECO-ESCOLAS Pelo segundo ano consecutivo concretizaram-se os sete passos da implementação do Programa Eco-Escolas na Escola E. B. 2,3 Dr. Ruy d’Andrade. Durante o ano lectivo 2012/2013 a elaboração e implementação do Plano de Ação do Programa passou pela articulação entre as atividades desenvolvidas pela Biblioteca Escolar, pelo Clube de Ambiente e Protecção Civil e constantes do Plano Anual de Atividades do Agrupamento, referentes aos Departamentos e Grupos Disciplinares da Escola. Todo o trabalho desenvolvido no âmbito deste Programa pode ser consultado em http://ecoescolasdrruydandrade.weebly.com/ Durante o ano lectivo 2012/2013 a elaboração e implementação do Plano de Ação do Programa passou pela articulação entre as atividades desenvolvidas pela Biblioteca Escolar, pelo Clube de Ambiente e Proteção Civil e constantes do Plano Anual de Atividades do Agrupamento, referentes aos Departamentos e Grupos Disciplinares da Escola.
CLUBE DE AMBIENTE E PROTEÇÃO CIVIL Este projeto/clube funcionou com uma equipa base constituída por: 22 alunos das turmas C, D, E e F do 6º ano, membros do clube; professora responsável pelo projeto/clube, Fátima Alves; professora bibliotecária Maria João Silva; professoras Alexandra Leitão e Maria José Moreira; assistente operacional Helena Maria Lopes; educadora Carolina Dores; professoras do 1º ciclo Maria Alice Grossinho e Maria do Céu Geraldes; e pela professora Lucinda Mendes, responsável pelo clube “Ciência em Movimento”, com sede na Escola Secundária com 3º ciclo do Entroncamento. Para a concretização das atividades deste projeto/ /clube foram estabelecidas A prof.ª Fátima Alves, a “alma” do Clube, numa sessão na biblioteca da Escola Ruy d’Andrade. parcerias com diversas entidades locais: Câmara Municipal do Entroncamento, Câmara Municipal de Vila Nova da Dr. Ruy d’Andrade e o horário de funcionamento às 2ª feiras das Barquinha, Bombeiros Voluntários do Entroncamento, Polícia 9:15 às 10:00 horas e das 13:50 às 14:35 horas. de Segurança Pública (PSP) do Entroncamento, Gabinete de No final de cada período letivo foi feita a avaliação da parProteção Civil e Centro Social e Paroquial do Entroncamento, ticipação de cada aluno membro do clube, que foi enviada aos tendo-se conseguido envolver todos os níveis de ensino, da edu- diretores de turma e incluída nos respetivos planos de turma. A cação pré-escolar ao ensino secundário, do Agrupamento de Es- avaliação da participação de cada membro do clube foi feita com colas Cidade do Entroncamento. base nos parâmetros: participação, assiduidade e comportamenA sede do clube foi na biblioteca escolar da Escola E. B. 2,3 to. Foram realizadas inúmeras atividades.
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CLUBES E PROJETOS I 37
PROGRAMA COMENIUS - VISITA PREPARATÓRIA O Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, representado pelos professores Maria José Machado e Rui Barros, esteve presente em Istambul entre 4 e 10 de novembro de 2012, numa visita preparatória no âmbito do programa setorial Comenius. Desta presença resultou a elaboração de um projeto a nível europeu denominado: Move@t.eu.Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript ativado para o visualizar.
Este projeto, entretanto já aprovado pela agência nacional dos países envolvidos, será implementado no biénio 2013-2015, com início já no próximo mês de outubro de 2013. O vídeo que os docentes responsáveis pelo projeto gravaram ao longo da viagem preparatória foi publicado nas Páginas Web da Escola Secundária e da Ruy d’Andrade e pretende ser uma breve amostra do que se fez durante essa visita.
A equipa do Projeto Comenius em Istambul: os professores Rui Barros e Maria José Machado (à dir.) acompanhados pelos restantes docentes da equipa (dois espanhóis, uma italiana, duas turcas e um polaco)
AECE TV ESCOLA O Agrupamento tem em funcionamento um canal de televisão. Este canal surge de uma parceria entre o Agrupamento e a Portugal Telecom e pretende ser mais um meio de comunicação e divulgação das atividades desenvolvidas pelo Agrupamento. Foi criado um protocolo entre o Agrupamento e o canal MEO no sentido da criação de emissões regulares nesse canal. Em contrapartida a Portugal Telecom disponibiliza gratuitamente o canal MEO nas diferentes escolas do Agrupamento. Em janeiro de 2013 foi criado o canal 446364 onde emite a estação de televisão do agrupamento denominada AECE Tv Escola, onde já foram para o ar cerca de 7 horas de emissão visualizadas por um número significativo de visitantes. Relativamente ao projeto da TV Escola, durante o 1º período foi construído um mini-estúdio de televisão em chroma key na Escola EB 2,3 Dr. Ruy d’Andrade, que nos 2º e 3º períodos passou a ter uma utilização regular para a realização de filmagens por parte da comunidade educativa e trabalhos de pós-produção. Realizaram-se semanalmente com a aluna Beatriz Silva do 8ºG as apresentações/introduções de todos os programas e acontecimentos publicados no canal 446363 do meokanal; realizaram-se vários programas televisivos: pânico na Andrade e Cinemashow da responsabilidade de alunos dos 2º e 3º ciclos; a mensagem de Natal pelo Presidente da CAP; em colaboração com o clube do
Ambiente, foi realizado um vídeo de apresentação das atividades desenvolvidas por este clube; realizaram-se trabalhos de grupo, de alunos do 12º, para a disciplina de Aplicações Informáticas; realizaram-se ainda as pós-produções de diversas atividades realizadas nas escolas do agrupamento: five o’clock tea, BTT, cerimónia de tomada de posse do Diretor, Concurso de Flauta, etc.
38 I PROJETOS VENCEDORES
2012.2013
ENTRELINHAS
PROJETO EMPRE - EMPRESÁRIOS NA ESCOLA Por ocasião da sessão de encerramento das atividades do Projeto EMPRE - Empresários na Escola, relativo ao ano letivo 2011/2012 e dinamizado pela Tagusvalley, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), em associação com aquela associação empresarial e o com Instituto Politécnico de Tomar (IPT), promoveu o Seminário EMPRE - O Empreendedorismo no Modelo Educacional, que teve lugar no passado dia 31 de outubro de 2012, pelas 15 horas, nas instalações do IPT. O evento integrou-se no projeto Médio Tejo - Empreendedorismo em Rede, que procura fo-
mentar o espírito empreendedor junto dos jovens das comunidades desta região. Durante o ano letivo de 2011-2012, passaram pelo Projeto um total de 262 alunos, que criaram 16 empresas, que foram orientadas por igual número de professores, pertencentes a doze escolas dos concelhos de Ferreira do Zêzere, Mação, Abrantes, Constância, Entroncamento, Torres Novas, Tomar, Ourém e Alcanena. De entre as doze escolas envolvidas, foi atribuído à Escola Secundária do Entroncamento o Prémio Bolsa EMPRE +, que a situou na categoria de “Melhor Empresa EMPRE”, com o projeto “RHK”, distinguido pela regularidade e qualidade do trabalho desenvolvido. O projeto, que envolveu a turma E do 8º ano, foi orientado pela prof.ª Carla Paixão e contou com a coordenação da prof.ª Odete Marques.
INOVA – JOVENS CRIATIVOS EMPREENDEDORES PARA O SÉC. XXI Os alunos Beatriz Tanoeiro, Filipa Sá Pinto, João Alves, Maria João Santos, Rafael Gonçalves e Rita Ferreira, do 11º ano do curso de Ciências e Tecnologias, foram convidados a participar no evento “Futurália - Projeta o teu Futuro”, para a realização de um “workshop”, no espaço da área multiusos de abrangência de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, tendo como principais intervenientes a ANQEP, a DGE, a DGEstE e as Escolas. Este convite surgiu no âmbito do 1.º prémio obtido pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Entroncamento, na 1.ª edição do INOVA – Jovens Criativos Empreendedores para o séc. XXI, na área temática Empresa com o Projeto ObiMed, com o objetivo de dar a conhecer a jovens, comunidade educativa e entidades representativas do tecido económico e empresarial, as etapas desenvolvidas ao longo do projeto e o seu impacto no percurso educativo dos alunos do ensino secundário. Assim, no dia 15 de março de 2013, em representação do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento – Escola Secundária com 3.º Ciclo do Entroncamento e do referido grupo de trabalho, os alunos João Alves, Maria João Santos e Rita Ferreira, acompanhados pelas professoras coordenadoras do projeto, Odete Marques e Isabel Martins, deslocaram-se à Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa, dinamizando, de modo interativo, um
worhshop relativo ao tema “O empreendedorismo na escola: Novos desafios, novas respostas”. A obtenção do primeiro prémio do Inova Jovens permitiu a estes alunos participarem numa viagem de estudo a Madrid com objetivo de terem um contacto direto com um projero internacional de promoção do empreendedorismo. A viagem realizou-se entre os dias 22 e 25 de julho, tendo os alunos sido acompanhados pelo Diretor do Agrupamento.
ALUNA DO AGRUPAMENTO RECEBE MENÇÃO HONROSA NUM CONCURSO NACIONAL DE TRADUÇÃO
A aluna Marta Ferreira Esteves, do 11º LH, foi distinguida, com uma 2ª menção honrosa, pela sua participação no concurso nacional Traduzir 2013, promovido pela Universidade Católica Portuguesa, na modalidade de tradução de espanhol. O prémio será entregue no dia 30 de setembro de 2013, no Polo de Lisboa dessa mesma instituição universitária.
ENTRELINHAS
PROJETOS VENCEDORES I 39
2012.2013
FÓRUM ESCOLAS PARA O SÉCULO XXI Prémios de Reconhecimento à Educação - Edição 2012
PRIMEIRO PRÉMIO PARA O AGRUPAMENTO Os “Prémios de Reconhecimento à Educação” são uma organização conjunta do Ensino do Futuro e SINASE e têm como objetivo distinguir e galardoar entidades educativas e formativas cuja atuação se destaque ao nível do contributo que prestaram junto e para a comunidade educativa no ano de 2011, nomeadamente ao nível do ensino regular, de projetos específicos no âmbito da formação profissional e de situações de envolvimento da comunidade alargada no contexto escolar. O Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, a partir do trabalho desenvolvido nos clubes e projetos existentes, candidatou-se, pelo terceiro ano consecutivo, a mais um prémio de reconhecimento à educação, desta vez na categoria “Ambiente e Sustentabilidade”. Com dois primeiros prémios conquistados em anos anteriores (ainda enquanto Escola Secundária não agrupada), o Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento estreou-se, este ano, com um 1º prémio atribuído ao projeto “Conhecer a Biodiversidade, Educar para a Sustentabilidade”. O empenho e a dedicação no trabalho realizado por inúmeros professores e alunos, assim como a variedade dos recursos mobili-
A equipa que representou o Agrupamento na cerimónia de entrega dos prémios de Reconhecimento à Educação: Acácio Luz, Amélia Vitorino, Lucinda Mendes, Francisco Neves e Filomena Pereira
zados para o projeto, fizeram-me, desde logo, apostar na qualidade do mesmo e acreditar que o 1º prémio estaria ao nosso alcance. O prémio foi entregue, em cerimónia realizada para o efeito, no passado dia 12, na Universidade Católica. Muito obrigado a todos quantos contribuíram, uma vez mais, para a afirmação do bom nome do nosso Agrupamento! Francisco Neves
O certificado do prémio na categoria “Ambiente e Sustentabilidade” e o rosto do trabalho enviado a concurso
Projeto Seguranet
ESCOLA SECUNDÁRIA FOI UMA DAS VENCEDORAS A Escola Secundária do Entroncamento foi uma das vencedoras dos Desafios SeguraNet do corrente ano letivo. As escolas que obtiveram mais de 3000 pontos, o que, de acordo com o regulamento, lhes permite serem consideradas escolas vencedoras SeguraNet, receberam o certificado e o troféu alusivos à sua classificação.
Estão de parabéns os alunos e professores envolvidos, esperando que esta participação tenha contribuído para uma utilização mais segura, crítica e esclarecida das tecnologias da informação e da Internet. Em baixo, os três cartazes com que o Agrupamento concorreu.
40 I peses
2012.2013
ENTRELINHAS
SÓNIA BOUÇA, COLABORADORA DO PESES Sónia Bouça, Enfermeira Especialista em Saúde Comunitária com Pós-Graduação em Pedagogia da Saúde, vocacionada para infância e adolescência, é o rosto mais visível da parceria do Agrupamento com o Centro de Saúde da cidade. Sob a coordenação da enfermeira Sónia Pereira, é colaboradora ativa do PESES, e todos os alunos, aliás em diversas fases do seu crescimento, passam pelas suas sessões de esclarecimento sobre várias temáticas: hábitos de higiene, hábitos alimentares, transformações do corpo, sexualidade e afetos, gravidez na adolescência, vacinação, prevenção de alguns tipos de cancro, consumos nocivos – álcool e droga. Pergunta – É a pessoa que, não sendo te, a maioria dos jovens de hoje parece professora, mais “aulas” dá nas escolas do continuar a não querer separar o sexo dos Agrupamento. Como é que se processa a afetos. Concorda? R. – Nem por isso, penso que muitas sua intervenção junto dos alunos? Resposta – No início do ano é supos- das vezes é praticado sexo sem existir qualto nós, saúde, integrarmos o plano escolar quer tipo de afeto pelo outro e isso deixade forma a dar resposta às necessidades dos -me triste, pois, hoje em dia, verifica-se alunos de acordo com o plano de estudos. uma grande liberdade por parte dos pais Assim, agendamos diversas sessões, com vá- em deixarem os seus filhos com 13, 14 rias temáticas e em sala de aula ou em sala anos sair à noite e nem sabendo muito bem indicada pela escola para o fazer, são feitas quem são as suas companhias e o que consessões de esclarecimento, com filmes, jo- somem durante essas “noitadas”, as quais gos interativos, demonstrações, utilização muitas vezes os levam a arrepender-se poude diverso material didático, consoante as cas horas depois por aquilo que fizeram. P. – Aborda com toda a naturalidade temáticas. P. – O que é que pensa dos conheci- qualquer tema que lhe proponham para mentos dos nossos jovens sobre a sexua- esclarecer e debater, por mais “fraturante” lidade? É comum dizer-se que “já sabem que seja? R. – Sim, penso que com a experiência tudo”, mas isso parece não corresponder que tenho quer como mãe, quer como proà realidade… R. – É mesmo assim, por vezes quan- fissional, não me choca falar sobre qualquer do inicio uma sessão sobre sexualidade ou temática, seja ela mais ou menos delicada, estão todos muito interessados ou alguns no entanto, salvaguardo sempre que “… deles fazem esse tipo de comentário que “já não sei tudo e se não tiver a certeza da ressabem tudo”, no entanto, com o decorrer posta à questão que me colocam vou tentar das sessões muitas vezes são aqueles que saber e na próxima oportunidade irei dar a diziam saber tudo que mais questões colocam, dizendo sempre no final “…afinal valeu a pena… havia coisas que eu nem sabia…” P. – Acontece-lhe ser procurada pessoalmente para esclarecer dúvidas mais secretas, para dar conselhos, para ser confidente? R. – Algumas vezes, não tanto como desejaria, por vezes eles dizem que não sabiam os dias em que eu me encontrava na escola (apesar da divulgação que é feita no início de cada ano), outras vezes eles vão ao Centro de Saúde e procuram habitualmente sempre por mim. P. – Não obstante a revolução sexual dos anos 60 e 70 do século passado, e, aliás, contra a opinião dominan- A enfermeira Sónia Bouça numa sessão de esclarecimento do PESES
resposta com toda a certeza”, ficando por vezes com o contacto dos alunos para lhes poder responder, e isso dá-lhes muita segurança e sentem-se valorizados pela minha preocupação em esclarecê-los convenientemente. P. – A diferença de género é ainda determinante na maneira como se vivenciam a sexualidade e o amor, ou isso já só depende da história de vida e da maneira de ser de cada um? R. – Depende. Em muitos dos casos, predomina muito aquilo que é vivenciado no seu seio familiar. Nós habitualmente dizemos que somos o “espelho” da nossa casa e na maioria das vezes isso acontece. Os pais hoje em dia têm muito pouco tempo para os filhos e na maioria dos casos tentam compensá-los com bens materiais e isso nunca foi nem será uma boa solução para a transmissão de afetos. Seria bom, no final de cada dia, podermos chegar junto dos filhos e questionar “Como correu o teu dia?” Dar um abraço e um beijo é o maior sinal de que estamos preocupados com eles e sempre presentes na sua vida.
ENTRELINHAS
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CONCURSO DE FLAUTA DE BISEL 2013
A exemplo dos anos anteriores, realizou-se, no dia 22 de maio de 2013, o Concurso de Flauta de Bisel, este ano apenas para os alunos do 5º e 6º anos de escolaridade. Participaram 28 alunos sob a orientação das professoras Zulaica Gusmão e Ana Cristina Coelho. O Concerto de Laureados realizou-se no dia 4 de junho, na sala da Cultura do Pavilhão Municipal, assim como a respetiva entrega de prémios e certificados de participação.
CLUBE DE EXPOSIÇÕES DE COLECIONISMO
Dinamizado pelo prof. Acácio Luz, o Clube de Exposições de Colecionismo “existe” sobretudo na vitrina junto ao auditório, através de exposições temporárias, que mostram coleções de filatelia e de postais antigos, entre outros domínios. O valor documental e estético dos objetos expostos nem sempre é suficientemente avaliado pelo olhar curioso de quem passa, mas é garantido que ali há sempre documentos raros, que merecem uma paragem atenta. Faróis europeus / bilhetes postais ilustrados / 1900-1950
NUNO LOBO ANTUNES NO AGRUPAMENTO No dia 13 de março de 2013, o Doutor Nuno Lobo Antunes, eminente pediatra especializado em perturbações do desenvolvimento infantil, e também escritor, foi convidado pelas docentes da Escola Básica António Gedeão para dar uma palestra sobre crianças com um desenvolvimento emocional e intelectual menos comum. Perante um auditório repleto de docentes de todos os estabelecimentos do Agrupamento, o Dr. Nuno Lobo Antunes, mais do que dissertar doutamente sobre a sua área de investigação e prática clínica, deu testemunho de casos clínicos concretos de crianças e famílias que acompanha, dando nota de uma grande elevação humana, que a todos aproveitou.
42 I SEMANA DO AGRUPAMENTO
2012.2013
ENTRELINHAS
ASTRONOMIA NA ESCOLA
NAVEGANDO PELO UNIVERSO - OLHANDO PARA O CÉU
O que se chama uma noite de estrelas
Pelo segundo ano consecutivo, o prof. Máximo Ferreira, astrónomo e coordenador científico do Centro Ciência Viva de Constância, marcou presença na Escola Secundária, no dia 13 de março de 2013, dinamizando duas atividades sobre a temática da Astronomia. Pelas 9h 55m, teve lugar no auditório da escola, uma palestra em que o Prof. Máximo Ferreira, explicou, a alunos das turmas A B e C do 10º ano de Ciências e Tecnologias, alguns dos deslumbrantes segredos da Astronomia. Máximo Ferreira, senhor de um grande poder de comunicação, recorrendo a uma linguagem simples e clara, foi envolvendo todos os participantes, deixando-os em suspenso com as histórias que ia contando e com as questões que ia colocando. Falou com naturalidade da formação das galáxias, dos vários tipos de galáxias, da nossa galáxia – a Via Láctea –, das nebulosas e das estrelas. A questão “Será que as bailarinas estudam Física?” serviu, de mote à introdução das histórias de vida das estrelas – desde o seu nascimento até à morte. Saber que o brilho, a coloração e a dimensão das estrelas têm a ver com a sua história de vida; Saber que, com o envelhecimento, as estrelas entram numa fase de instabilidade, comprimindo-se e expandindo-se, tal como as bailarinas que começam a fechar os braços e a rodar cada vez mais depressa, foi aliciante para os alunos. Mas as estrelas contam
outras histórias: contam histórias e lendas de outras épocas, dos povos que então viviam e vislumbravam nos céus a representação de deuses, de animais, de utensílios...dizendo-nos muito sobre eles. A troca de ideias foi continuando e, a pouco e pouco, os alunos foram-se apercebendo de que as fronteiras das áreas de conhecimento são mesmo muito ténues. Os conceitos de astronomia entrecruzam-se com os da física, da química e da matemática. E há estrelas no céu... O grande filósofo Emmanuel Kant escreveu que duas coisas o fascinavam particularmente: o céu estrelado por cima de si e o seu ser moral. Pois bem, detenhamo-nos na primeira. O céu estrelado. Pelas 20h00, o professor conduziu a partir do recinto da escola secundária os participantes (alunos, professores, encarregados de educação e comunidade em geral) numa fascinante viagem pelo céu da cidade do Entroncamento. Quer a olho nu quer com a ajuda de binóculos e de telescópios, foram realizadas várias observações das constelações, das estrelas mais brilhantes e de planetas. E há estrelas no céu... e não só… As atividades foram dinamizadas pela professora Lucinda Mendes que contou com a colaboração das docentes Adelina Correia e Antónia Oliveira. A adesão, o entusiasmo e a participação dos alunos foram particularmente significativos.
FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES Se para todas as profissões, a formação ao longo da vida é uma necessidade que cada vez mais se faz sentir, no caso da profissão docente a formação contínua é ainda mais premente. Para além da formação feita a nível estritamente individual, feita, por exemplo, através de leituras ou de cursos de pós-graduação, e para além das ações de formação de longa duração, que são obrigatórias para a progressão na carreira e que são creditadas, os professores têm à sua disposição ações de formação de curta duração, organizadas fora ou dentro do Agrupamento. Justamente, neste último âmbito, a título de exemplo, destaca-se a formação de curta duração para os docentes de Matemática e Física e Química do Agrupamento, que decorreu no dia 13 de março de 2013. Subordinada ao tema “Modelos Matemáticos Aplicados a Fenómenos Físicos”, foi ministrada pelo professor doutor Vítor Teodoro, da Universidade Nova de Lisboa.
ENTRELINHAS
2012.2013
SEMANA DO AGRUPAMENTO I 43
CIÊNCIA NA SEMANA DA ESCOLA
LABORATÓRIOS ABERTOS É “obrigatório”. Na Semana da Escola, os laboratórios de Física e de Química abrem as portas à curiosidade científica dos alunos, permitindo que, em situação informal, vão de experiência em experiência com crescente entusiasmo. “Anfitriões de serviço”, os professores estão lá para passar o “bichinho” da ciência, que afinal é mais acessível, e até divertida, do que à primeira vista pode parecer. A professora Paula Cunha com alunos no laboratório de Física
CLUBE DE ROBÓTICA
MATEMÁTICA NA SEMANA DA ESCOLA
O anfiteatro de Mecânica é agora a “sede” do Clube de Robótica, dinamizado com entusiasmo pelo professor Manuel Fernandes e pelos restantes docentes de Informática. A adesão dos alunos tem sido muito significativa, sendo este um dos clubes mais frequentados. Há mesmo alunos que não perdem uma única sessão. Ao longo da Semana da Escola, foram realizadas várias sessões de divulgação da Robótica.
ORIGAMI
Origami: é um nunca mais parar de construções geométricas dobrando papel
Aqui, uma turma do 9º ano, ouvindo atentamente explicações do prof. Manuel Fernandes. Também atentos, à esquerda, de pé, os professores Nelson Fernandes e Ana Frazão
A Sala de Matemática da Escola Secundária esteve aberta em permanência durante a Semana do Agrupamento e foi visitada por centenas de alunos. Eram muitos e de natureza diversa os trabalhos expostos, mas o que mais entusiasmou os visitantes foi a possibilidade de praticarem Origami, a arte ancestral de dobragens em papel, de origem japonesa, construindo figuras geométricas sem cortes nem colagens. Sim, sim, fazer um simples avião de papel é também Origami.
25 DE ABRIL - HISTÓRIA DE UMA REVOLUÇÃO EM TEATRO Os grupos de História e História e Geografia de Portugal da escola Ruy d’Andrade, organizaram a vinda ao Entroncamento da Companhia de Teatro Educa para apresentar da peça de teatro “25 de Abril – História de Uma Revolução”. Tratou-se de um projeto destinado aos alunos do 6.º ao 9.º ano, com o qual se pretendia promover a compreensão do significado histórico do 25 de Abril, educar para a defesa dos valores da democracia e dos direitos individuais e consciencializar os alunos para a importância da sua participação na vida cívica e democrática. A apresentação da peça de teatro decorreu no dia 20 de maio, no Pavilhão da Coferpor e contou com uma forte adesão dos alunos, sendo necessário realizar várias sessões, ao longo do dia. No final de cada sessão, foram notórios os comentários de agrado por parte dos alunos, em especial os momentos de maior interação com os espetadores. Foi uma peça que transmitiu uma mensagem clara sobre o que foi o 25 de Abril, pincelada com alguns momentos de humor e diversão.
44 I CURSOS PROFISSIONAIS
2012.2013
ENTRELINHAS
CURSOS PROFISSIONAIS NO AGRUPAMENTO
ENSINO SECUNDÁRIO COM VALOR ACRESCENTADO Prof.ª Rosa Aranha, coordenadora dos cursos profissionais Os cursos profissionais são especialmente adequados a quem está a terminar o ensino básico e quer continuar a formação no ensino secundário profissional, pois por norma trata-se de uma formação que, para além de capacitar o jovem para exercer uma determinada função, confere ainda equivalência ao 12º ano, com possibilidade de continuação de estudos no ensino superior. Se, por exemplo, um jovem está agora a frequentar o 9º ano de escolaridade, pode, e deve, considerar vivamente frequentar um curso profissional, pois, com o mesmo tempo de formação do que pela via do secundário regular, conseguirá equivalência ao secundário completo e um diploma de formação numa área específica, de nível 4. Nos dias de hoje, tendo em conta os paradigmas sociais, económicos e do mercado de trabalho, é indispensável ter uma formação deste nível intermédio, para melhor inserção na vida ativa. A Escola Secundária c/3ºCiclo do Entroncamento, agora integrada no Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, tem-se empenhado ao longo destes anos para oferecer um conjunto de oportunidades aos jovens, no sentido de dar resposta à oferta de emprego na região. Os cursos profissionais ministrados na escola contam com formadores com elevado profissionalis-
mo, empenho e dedicação, apoiando os jovens de acordo com as suas necessidades individuais. Além de acompanharem o processo formativo, os formadores acompanham os jovens na realização da formação em contexto de trabalho nas entidades com quem a escola mantém protocolos de colaboração e apoiam a concretização da PAP (Prova de Aptidão Profissional), cujo projeto se identifica com um produto relacionado com a área técnica do curso. A escola, ao longo dos últimos anos, proporcionou a realização de formação em cursos como Técnico de Contabilidade, de Mecatrónica, de Apoio Psicossocial, de Gestão de Equipamentos Informáticos, de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e ainda de Apoio à Gestão Desportiva. No próximo ano letivo, continuamos empenhados em formar jovens que possam vir a integrar as necessidades do mercado de trabalho, com a oferta dos cursos profissionais de Técnico de Gestão, Técnico Auxiliar de Saúde, Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, Técnico de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos e Técnico de Apoio Psicossocial. Considerem os jovens e os seus encarregados de educação que, nos tempos de hoje, é de importância vital uma formação mais profissionalizante. Os cursos profissionais incluem uma experiência de formação em contexto de trabalho com um volume de 420 horas, permitindo aos jovens aplicar os conhecimentos adquiridos, e ao mesmo tempo acrescentar valor à formação, tendo em conta a organização de cada entidade empresarial em que estagiam.
CURSOS PROFISSIONAIS E TECNOLÓGICOS
PROVAS DE APTIDÃO PROFISSIONAL Foi nos dias 17 e 18 de julho que as alunas do 12º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial defenderam as suas provas de aptidão profissional, perante um júri constituído (sentados, da esq. para a dir.) pela diretora de turma, prof.ª Paula Ribas, pela coordenadora dos cursos profissionais, prof.ª Rosa Aranha, e pelo Dr. Alexandre Evaristo, doutorando em serviço social. pela Dra. Tânia Brazete, técnica superior de serviço social no Município, pela diretora do curso, profª Paula Mendes. Foi salientado o percurso académico destas alunas, que, ao longo de três anos, adquiriram competências e conhecimentos que lhes permitem agora abraçar uma carreira profissional na área do apoio psicossocial.
Realização das provas de aptidão profissional do Curso de Técnico de Apoio Psicossocial: os elementos que constituíram o júri das provas e, de pé, as três alunas que obtiveram as melhores classificações
PROVAS DE APTIDÃO TECNOLÓGICA Em julho de 2013, 25 alunos do 12º ano do curso tecnológico de desporto realizaram provas de aptidão tecnológica, perante um júri constituído pelo diretor do Agrupamento, prof. Francisco Neves, pelo diretor do curso, Prof. João Paulo Feijó, pelo diretor de turma, prof. Jorge Montenegro, pela prof.ª Leonor Luz e ainda pelos representantes das instituições que os
acolheram ao longo do estágio, que foram as câmaras do Entroncamento, da Golegã e de Constância, o CERE, o ginásio Onda Física, o CLAC e as empresas AVENTUR e AVENTURA. Saliente-se que uma boa parte destes alunos fez exames nacionais às disciplinas específicas e candidatou-se ao ensino superior.
ENTRELINHAS
CURSOS PROFISSIONAIS I 45
2012.2013
ESTÁGIOS NO ESTRANGEIRO O “Lifelong Learning Programe Leonardo Da Vinci Mobility” constituiu no seu todo o reconhecimento internacional do esforço conjunto de uma escola promotora de uma visão europeia, abrindo portas aos seus alunos para desenvolverem competências e interagirem numa sociedade global, competitiva e em constante evolução. Foi com muito entusiasmo que alunos e professores embarcaram nesta aventura que lhes deu oportunidade de vivenciar novas experiências, ampliando-lhes os horizontes tanto pessoais como profissionais. Quatro alunas do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial rumaram até Barcelona e quatro alunos do Curso Profissional de Operador de Sistemas Informáticos estagiaram em Leipzig. Esta mobilidade permitiu-lhes conhecer a realidade e a organização do universo do apoio social e do mundo empresarial, percecionar o desempenho profissional noutro contexto socioeconómico, potenciando outros projetos profissionais, bem como desenvolver com-
petências, técnicas, organizacionais e relacionais, fomentadoras do empreendedorismo. E os nossos alunos não podiam ter sido melhor sucedidos. Não só desempenharam com eficiência as tarefas de que foram incumbidos como deixaram uma excelente imagem junto das entidades que os acolheram. A prova disso foi a entrega de uma carta de recomendação que lhes foi concedida, algo que não é hábito neste tipo de experiências. A organização teve a responsabilidade conjunta do Agrupamento, da Agência Nacional PROALV (Programa Aprendizagem ao longo da vida) e do EPD- European Projects Development Unip. Lda (Development and Coordination of Mobility Projects). Aos oito alunos estagiários, o Agrupamento manifesta gratidão pelo sucesso alcançado, que, se primeiramente lhes pertence, não deixa de ser de todos.
EM BARCELONA
EM LEIPZIG
Acompanhadas pela prof.ª Paula Mendes, quatro alunas do 3º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial, realizaram, entre 14 de abril e 9 de maio de 2013, em Barcelona, o estágio de Formação em Contexto de Trabalho (FCT). As “contempladas” foram: Ana Rita dos Santos Vitorino Carvalho de Sousa (que estagiou na Fundació Pere Relats), Catarina Alexandra Simões Leirinha (com estágio na Fundació Acollida I Esperança), Tânia Filipa Gameiro Agostinho e Liliana Patrícia Almeida Pascoal (que estagiaram ambas na ACASC – Associació Ciutadana Anti-Sida de Catalunya). Claro que a Ana Rita, a Catarina, a Tânia e a Liliana têm a experiência por inesquecível. “Quando ingressámos neste curso profissional”, referiram em uníssono, “estávamos longe de imaginar que teríamos uma oportunidade destas!”. E Barcelona? “Bem, Barcelona é o máximo!”
Mais frio em Leipzig do que em Barcelona. Mas o mesmo entusiasmo
Quatro alunas do Agrupamento, em Barcelona, com a Praça Europa em fundo. Quase um mês de Formação em Contexto de Trabalho na capital da Catalunha.
Acompanhados pelo prof. Rui Barros, foram quatro os alunos do 3º ano do Curso Profissional de Técnico de Programação de Sistemas Informáticos que realizaram a sua Formação em Contexto de Trabalho em Leipzig, na Alemanha: Bruno Simões e André Ventura na empresa Wasserportleipzig, Dário Silva e Luís Lopes na Agência Wisamar. O estágio decorreu entre 14 de abril e 9 de maio de 2013. Os alunos participantes consideraram a iniciativa uma oportunidade de ouro.
EQUAMAT A EQUAMAT é uma competição de Matemática organizada pelo Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro e destinada ao 3.º ciclo do ensino básico, cuja 23ª edição decorreu no passado dia 23 de abril de 2013, das 9h às 13h, nas instalações daquela Universidade. A prova está dividida por anos de escolaridade (7.º, 8.º e 9.º anos), tem 20 níveis e a duração de 20 minutos. O Agrupamento participou com 22 alunos, assim distribuídos: 2 equipas do 7ºano, 4 equipas do 8ºano e 5 equipas do 9ºano. No conjunto das 171 escolas participantes, os nossos alunos alcançaram o 92º lugar.
As professoras Cidália Celeiro e Gabriela Silva rodeadas de jovens matemáticos do Agrupamento
46 I ENTREVISTA
2012.2013
ENTRELINHAS
PROFESSORES APOSENTADOS EM 2012-2013 Foram os seguintes os professores do Agrupamento que se aposentaram ao longo do ano letivo de 2012-2013: Henrique Leal, Cristina Vasconcelos, Francisco Carvalhal, Henrique Pais, Zelima Louro, Isilda Ribeiro, Félix Castro, Maria Antónia Banco, Zulaica Gusmão, Aida Pereira, Francisco Simões, Vitor Ferreira e Judite Faria. Muitos anos de dedicação ao ensino, excelentes exemplos de profissionalismo e competência. À falta de espaço para os ouvir a todos, o Entrelinhas entrevistou três deles neste momento importante das suas vidas, agora que “partem para outra”, e ainda fazem o difícil “trabalho de luto”, que tanto passa pelo alívio de terem agora mais tempo como pela falta do que afinal mais os fazia ser. Não é seguramente com ligeireza que se termina com uma carreira profissional de mais de três décadas. Bem hajam todos.
PROF. HENRIQUE REIS LEAL Pergunta – Por que é que te decidiste pela aposentação?, diz lá. É que, pela idade, poderias ter continuado mais alguns anos. Saíste com alguma mágoa? Resposta – O fator que pesou mais nessa decisão foram as condições físicas resultantes das sete intervenções cirúrgicas a que foi submetido o meu olho direito. A mágoa foi ter saído assim, forçado pelos problemas de visão. P. – Não nasceste em berço de ouro (e aqui, se fosses crente, suponho que dirias “graças e Deus”) e trilhaste o teu caminho. Arrependeste-te de alguma coisa? Sentes que poderias ter chegado mais longe?, que ainda tens muito para dar? R. – Cada um de nós, como disseste, trilha o seu próprio caminho, como se preparou e posicionou, erguendo sempre a cabeça e seguindo em frente. A verticalidade, a autenticidade, a intransigência com os nossos princípios, mas também a empatia e os afetos – sobretudo neste trabalho empolgante em que nos envolvemos, não tanto no ato de ensinar mas na dotação de condições que suscitem a aprendizagem – são predicados em que me revejo, de que não me desvio nem arrependo e que me fizeram sentir sempre “anão aos ombros de gigantes”, a estar mais alto e a ver mais longe. Aquilo que temos sempre para dar é a nossa disponibilidade. Às vezes também tenho figos e outros joias da horta. P. – Não sentes falta da escola, das aulas, dos alunos? Um professor habitua-se a ensinar e, de repente, estando ainda no seu pleno de capacidades intelectuais, deixar de ter alunos deve ser complicado, não? R. – Quando se trilha um caminho habituamo-nos a não ter saudade dos outros. Todavia, confesso que, de vez em quando, evoco com nostalgia algumas aulas, algumas turmas e, sobretudo, os alunos. P. – A História é uma disciplina estruturante e essencial para a formação dos cidadãos. Mas não há visões neutras da História, sendo que por vezes há episódios e personalidades que continuam a ser encarados de forma polémica e até dilemática. Por exemplo: Fidel Castro é um libertador ou um ditador? A ideologia de um professor também “entra” nas suas aulas, é inevitável? R. – Apetecia-me citar Adam Schaff e um livro fantástico que ele publicou com o título “História e verdade”. Estaria enquadrada e bem alinhada a resposta. Para não armar o académico que nunca fui, sempre direi que sim, que a História, conhecimento científico, é rigorosa e neutra. Mas de facto, não há visões neutras da História. Os historiadores são homens como os outros, com uma pátria e uma cultura, uma língua e uma religião, pais e irmãos… No entanto, quero registar no enunciado da pergunta a bela frase que a inicia. Devia ser ampliada e afixada como mural nas paredes mais visitadas da escola. Sem qualquer desprimor para as outras disciplinas do currículo. Antigamente havia nas escolas técnicas e nos liceus
umas frases da semana que os alunos deviam memorizar e refletir. Contribuíam, supunha-se, para a sua educação moral. Pois bem: aí está uma bela frase da semana, do mês, do ano, da década… Voltando à neutralidade: se um cubano viu o irmão ser preso e torturado pela polícia dos Castros, certamente achará o regime ditatorial. Se, pelo contrário, o regime lhe educou e amparou os filhos, considerará Cuba um paraíso de liberdade. Três quartos dos portugueses desconheciam a dimensão política do Estado Novo e alguns ainda hoje manifestam essa ignorância que os leva à nostalgia por Salazar. Os que foram perseguidos pela PIDE, os que tiveram que emigrar para poder comer, os que voltaram mutilados da guerra colonial ou simplesmente os que tiveram acesso à educação e à informação, acharão que a história do nosso presente dispensa qualquer forma de ditadura ou opressão. P. – A qualidade do ensino melhorou desde que começaste a dar aulas? Qual é a tua perceção? R. – Na longa duração, a curva é sem dúvida ascendente. Contudo, nos últimos anos, paradoxalmente, houve retrocessos com os quais não contava. Digo paradoxalmente porque, por exemplo, a utilização generalizada de recursos informáticos nas aulas e no sistema educativo em geral, potenciava expetativas de desenvolvimento e de sucesso que afinal configuram uma burla. As lógicas do poder e das políticas educativas mais recentes têm decepado o que de melhor se pode esperar da liberdade de ensinar e aprender, gerando processos de massificação e ensalsichamento que degradam a qualidade do ensino e desmotivam professores e alunos. Parece, por vezes, aos nossos governantes que com um computador e um projetor, mandam para cá os “powerpoints” (ou das editoras de serviço, sempre ansiosas de disponibilizar aos docentes todos os recursos e mais alguns ) e o número de alunos por turma pode facilmente disparar. Onde veem vinte, também assistem trinta ou quarenta. E os professores? Desde que saibam ligar os aparelhos (nem isso é importante porque há sempre alunos especialistas) e façam docilmente o que lhes mandamos, até podem trabalhar mais horas, receber menos salário e dispensa-se mão-de-obra… Visão pessimista? Analise-se com alguma distância a realidade das escolas. Já nem falamos da redução da carga horária ou da exclusão de algumas disciplinas. Nunca me passaria pela cabeça que o currículo, em qualquer circunstância, pudesse dispensar, por exemplo, a Educação Visual. E a fome que grassa nas famílias e nas crianças? Disse muitas vezes que no ensino sem empatia não há pedagogia que resista. E a fome? Há pedagogia que resista quando há estômagos vazios? Há predisposição para aprender com um ratito a esburacar-nos as entranhas? P. – Como é que defines um bom professor? Há aquela ideia de que o professor que marca os alunos é aquele que não se coíbe de se desviar dos programas, o que continua romanticamente apaixonado pelo saber e pela sua transmissão, o que liga tudo com tudo… enfim, aquele que nunca cumpre a planificação… R. – Revejo-me no professor que sabe rir com os seus alunos, sem ser necessário desviar-se ou deixar de cumprir o programa. Também acho que a paixão no que fazemos e a ligação à vida, à experiência concreta e quotidiana dos nossos alunos, são ingredientes essenciais para uma pedagogia de rosto humano. Dizia-se, por vezes, que eu era brejeiro e contava anedotas nas aulas. Não creio ter alguma vez ultrapassado o patamar da dignidade e seriedade que o trabalho docente se deve revestir e também não acho que passar três quartos de hora a dizer calem-se seja forma de resolver o problema da indisciplina nas salas de aula.
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P. – Foste sentindo ao longo dos anos que a profissão docente tem sido gradualmente desacreditada? A que é que se deve esse crescente descrédito? R. – Creio que a pergunta já contém boa parte da resposta. O professor nunca poderá ser um funcionário. Nós não temos uma função. Nós temos uma missão. Será altivez dizer isto? Ou será humildade? Depende do ângulo de quem observa. O bom professor tem os alunos a depender dele, a solicitá-lo, a esperar que ele os ouça, ajude, encaminhe. Isto vai muito além da simples transmissão de conhecimentos. Se fosse apenas isso os tais powerpoints talvez bastassem. E aí teríamos uma função: desempenhou com distinção a arte de mostrar e explicitar, enquadrar, contextualizar… powerpoints! O descrédito da profissão dos professores integra-se numa lógica mais ampla de desvalorização da mão-de-obra. O neoliberalismo, com a complacência das democracias ocidentais – é nesta parte do hemisfério que respiramos, embora reconheça que o que se passa nas outras partes também condiciona a qualidade do ar que consumimos – ergueu a bandeira do despudor em nome da liberdade, da ganância em nome do mercado, da legalidade em nome da justiça. Aqui há uns tempos os gestores de uma notória empresa pública foram confrontados com a indecência dos aumentos salariais e outras mordomias que a si próprios se concederam. Responderam que tudo foi feito dentro da mais escrupulosa legalidade. Claro que não disseram que a lei em que se ancoraram foi elaborada exatamente por eles. Ouvi hoje que os enfermeiros estão em greve porque se recusam a trabalhar a três euros por hora. Três euros? E dizem-me aqui ao lado: e têm sorte em ter trabalho porque muitos nem assim
PROF.ª ZELIMA LOURO Pergunta – Podia estar no ativo mais uns anos, mas aposentou-se... Resposta – Estava chegando o meu tempo, o tempo que intimamente planeava desde anos atrás, apesar de alguns sustos com a eminente suspensão da lei que mo permitiria… assim, ou usufruía dessa mesma lei ou ficaria acorrentada por mais uns anos… formei-me em 1975, era tempo agora! P. – Ter sido professora do 1º Ciclo foi uma vocação, ou simplesmente aconteceu? R. – Nessa época, e num contexto de aldeia, tudo era muito previsível …cresci, ouvindo o meu pai dizer: queres ser professora, não é? Então, considero que primeiro aconteceu, na continuidade desenvolvi a capacidade de ouvir os outros, de os entender, depois, foi fácil chegar até eles, despertando-lhes o gosto pelas aprendizagens, fazendo-os entender o porquê da caminhada e da diversidade de processos…o caminho não foi fácil …mas foi rico de conhecimento e entendimento humano…disso tenho alguma saudade, e sei que foi produtivo. P. – Calculo que ensinar alguém a ler e a escrever deve ser uma experiência extraordinária. R. – É uma experiência extraordinária, mas angustiante, para quem vê o todo e os processos de cada um…porque nem todos chegam lá no tempo previsto…e a exigência é cada vez maior, a remar contra a negligência ou superprotecção de alguns familiares e da própria imaturidade de muitos alunos... P. – Instrução ou educação - hierarquiza? R. – As duas vertentes são tão importantes, que é difícil dissociá-las, e, nos tempos de hoje, nenhum ser humano chega a lado ne-
ENTREVISTA I 47 arranjam. Têm sorte? Se repararmos bem, os professores estarão, se não no limiar, pelo menos a caminho dos três euros. E este algarismo é aleatório. Amanhã dir-nos-ão que só podem ser dois porque o mercado assim o determina. A minha mensagem é que isto não tem forçosamente de ser assim. Há alternativas e os professores, pessoas educadas, cultas e informadas, têm também a responsabilidade enorme de contribuir para a formação de cidadãos informados e esclarecidos e, sobretudo, empenhados e ativos. P. – É comum os aposentados dizerem que estão cheios de coisas para fazer. Também tens o tempo todo ocupado? Divulga-nos lá um pouco do teu quotidiano. R. – Não creio que seja comum isso que dizem. Eu estou aposentado e não estou cheio de coisas para fazer. De modo algum posso dizer ter o tempo todo ocupado. Aliás a gestão do nosso tempo é feita por nós. Eu procuro gerir o meu tempo com a lassidão que a vida profissional me vedava: “Low profile” (estes estrangeirismos… como é que isto se diz na língua de Camões?) Também gosto de um outro palavrão que aprendi com os clássicos portugueses: “aurea mediocritas”! Não me levanto cedo (também tenho o mau hábito de deitar tarde), brinco com a Eva que é a alegria maior que corre cá por casa, trato da horta, do jardim e da capoeira, leio (pouco, por vezes é muito difícil), escrevo (pouco, tenho um conto começado e sai um soneto de vez em quando), jogo xadrez com o meu parceiro informático (nunca se chateia comigo e está sempre disponível), mantenho militância activa no Bloco e continuo a acreditar que é possível mudar o mundo e que isso depende de nós. Basta sermos cidadãos. nhum sem estas estruturas bem trabalhadas dentro de si…no entanto, comecemos por educação! P. – Enquanto coordenadora da Escola Básica das Tílias, teve de enfrentar dificuldades. Não é propriamente uma escola cheia de filhos da classe média… Foi gratificante, no entanto? Deixa-lhe boas recordações? R. – Foram quinze anos naquela escola! Muita gente! Muitas personalidades, muitos egos muito ou pouco inflamados! Mas um gozo intrínseco por ver a vida a acontecer! Situações hilariantes, que nos levavam às lágrimas, de pleno gozo…outras, a doer pela dor dos outros…sempre vi a Escola como um todo, e me bati por essa união e transparência…não trago qualquer mágoa de nada, nem de ninguém… P. – Uma vez aposentada, como é que ocupa o seu tempo? R. – Três meses de aposentação ainda não deu para me entediar …há uns anos a esta parte tenho uma ocupação paralela à escola, e agora mais que nunca…trabalho em terapias alternativas, oiço as pessoas, e gosto do silêncio também…cada vez mais devemos desenvolver outras capacidades para que não nos encostemos à vida de forma amorfa e entediada! P. – Aconselha algum(a) jovem a ser professor(a) do 1º Ciclo? Diz com frequência “vai, que é uma excelente profissão”? R. – Não, não digo isso! Passei por todas as reformas, conheço um pouco da alma humana e quem não tiver uma certa estrutura psíquica, uma dose de vocação, uma mente aberta, a capacidade de desligar no momento certo, e um certo grau de liderança corre o risco de soçobrar, apanhando umas depressões pelo caminho! P. – Lembrar-se-á com certeza do seu tempo de aluna do 1º Ciclo. Lembra-se perfeitamente dos seus primeiros tempos de professora. O ensino melhorou mesmo? Os alunos aprendem hoje mais e melhor? R. – Lembro que eu era uma criança acrítica no tempo de escola, tudo estava convencionado, bastava ter memória e o processo desenrolava-se com alguma facilidade… Hoje, tenho pena que os alunos não aproveitem mais do que lhes é dado…uma grande percentagem vê a escola como a última coisa desejável das suas vidas… Há pouco empenho por parte dos alunos, estes estão mergulhados num leque atractor de novidades e estímulos de sensações, que os fazem dispersar-se da verdadeira tarefa, isto é, de alguma interioridade e essência.
48 I ENTREVISTA
PROF.ª ISILDA RIBEIRO Pergunta – Quantos anos de serviço cumpriste? Por que é que te resolveste pela aposentação antecipada? Resposta - Cumpri 38 anos de serviço, dos quais, 26 na Escola Dr. Ruy d’Andrade, tendo começado a minha carreira no ano de 1975/76 na Escola Secundária do Entroncamento, Secção do Liceu - “Escola Camões”. Optei por sair um pouco compulsivamente porque ser professora tem sido, para mim, uma profissão exigente e desgastante. Seria muito mais difícil continuar a exercê-la com a dignidade e o respeito que os alunos merecem, tendo em conta as condições de trabalho e de aposentação que se avizinham. P. – Sais com alguma mágoa? Ou sais muito bem contigo e com os outros? R. – Saio sem mágoas… muito bem comigo e, da minha parte, com os outros… com quem convivi e trabalhei durante todos estes anos: alunos, colegas, funcionários… P. – Sentes-te humana e profissionalmente realizada? Ou sentes que poderias ter ido mais além? Há sempre balanços pouco satisfeitos consigo próprios… R. – Na minha geração, entre os 25 e os 30 anos, se tivéssemos vontade e oportunidade, tínhamos condições para ter a nossa vida organizada e a nossa independência. Consegui tirar o curso que escolhi para exercer a profissão da minha preferência, constituí a minha a família, de que me orgulho… por isso sinto-me realizada. Penso, no entanto, que a parte final da nossa carreira devia ser preenchida com outras funções, menos desgastantes, mas mantendo o contacto com os alunos e a escola. Há uma sensação estranha quando nos anunciam: “Já chegou a tua aposentação!…” P. – Viveste dois processos de agrupamento de escolas: primeiro, o Alpha; este ano, a fusão do Alpha com a Secundária. Está melhor assim, ou “não havia necessidade”? R. – Creio mesmo que a necessidade foi “criada”… “Quanto maior é a nau… maior é a tormenta…”, tudo fica mais diluído, por muito boa vontade que as pessoas tenham… E não creio que só por isso se consiga uma tão grande economia de recursos… Não consigo encarar a Escola como uma empresa! Acho, sim, que é necessária maior articulação entre ciclos, a nível curricular… P. – Evoluíste muito como professora ao longo dos anos? Há quem diga que as pessoas mudam muito menos até do que às vezes pensam que mudam. Ou seja, um professor ajusta-se a um modelo e fica-se por aí… R. – Tem que haver sempre uma evolução e atualização compatíveis com as alterações da sociedade. É evidente que os métodos se modificaram, assim como os currículos. O ensino das Línguas Estrangeiras (vivas) assenta agora, e bem, numa base de comunicação oral, imediata e utilitária, muito diferente da que existia quando estudei e comecei a trabalhar, mais baseada na escrita. Penso que, infelizmente, andamos muito atrás de ”modas” importadas, na Educação. Por exemplo, no tempo do “Estruturalismo” não podíamos recorrer à Língua Materna, só a objetos, imagens e à realidade da sala de aula, e há o caso do menino do 5º ano que, no final do 1º período, chega a casa todo contente a dizer à mãe que já sabe dizer gravata em Inglês: “I’m your teacher!” Nessa altura os professores davam aulas de fato e engravatados… Agora, com as novas tecnologias de informação, é possível ensinar e aprender de uma forma lúdica e atraente, desde que a carga horária esteja ajustada ao programa curricular e vice-versa.
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ENTRELINHAS
P. – As ciências da educação têm sido estigmatizadas, inclusive pelo atual ministro. Precisaste muito delas para seres professora? R. – Tal como os métodos de ensino, creio que devemos conhecê-las, mas adaptá-las à realidade que temos, que varia de turma para turma, ou melhor, de aluno para aluno. Qualquer ciência da educação esbarra com a malcriação e com o desinteresse e a falta de investimento das famílias nas suas crianças… Temos de estabelecer uma “forma de atuação” própria, assente no exemplo, no respeito e na exigência (em quantidades equilibradas…) e segui-la dentro da sala de aula, explicando aos alunos que estudar “dá trabalho”… Felizmente ainda há os que percebem isto “brindando-nos” com comportamentos e resultados compensadores. P. – Sofreste com a indisciplina? Ou conseguiste viver sem problemas, mesmo com os alunos mais problemáticos? R. – Nos últimos anos tem sido um grande problema que se está a agravar e que necessita de urgentes medidas de “combate”. Para manter a tal “linha de atuação” de trabalho e de respeito na sala de aula incomodei-me muito, de mais, por vezes… daí o caráter desgastante da profissão… P. – A escola está mais facilitista? Está mais exigente e atenta à diversidade de alunos que acolhe? Qual é a tua perceção? R. – Creio que temos andado muito preocupados com estatísticas e muitos alunos vão “passando” com pouca “substância”… Os exames nacionais, com algumas vicissitudes, poderão ajudar a perceber o que disse atrás: “estudar dá trabalho”! P, – Por que é que a imagem dos professores continua tão desgastada junto da opinião pública? Não é uma imagem distorcida e injusta? R. – Na minha opinião, os professores são os “amortecedores” da sociedade. E só quem não conhece a realidade das escolas, pode ter essa imagem tão desgastada. Como em todos os grupos profissionais, haverá bons e menos bons. Mas não se pode tomar a parte pelo todo e neste Agrupamento, como de certo no resto do país, há muitos professores muito bons que trabalham em várias frentes (na sala de aula, como diretores de turma, a desempenhar cargos de coordenação, ou outros) com a dedicação e o profissionalismo essenciais para que a vida nas escolas continue com “normalidade”, torneando , por vezes, as diretrizes que vêm de “cima”, contraditórias com a realidade: condições sociais a degradarem-se, valores morais a perderem-se… P. – Qual é a tua opinião acerca da escolaridade obrigatória até aos 18 anos? R. – Quanto mais escolarizadas são as pessoas, mais “ricas” intelectualmente, conscientes e intervenientes poderão ser, mas é preciso criar condições para isso… Mais uma vez, não é só para que conste nas estatísticas… P. – Diz-se por vezes que, ao contrário de outros países europeus, passámos do analfabetismo para a internet, sem termos passado pelos livros, por uma escolarização consistente, e esse é um dos motivos do nosso estado atual. Os motores de busca são hoje inimigos da escola? Ou não dramatizas? Ou até achas que são ótimos? R. – Acho uma pequena maravilha a pesquisa sobre um assunto estar ao alcance de um clique, mas esta deve ser a primeira fase do processo para o desenvolvimento de um trabalho e não a única… Muitos trabalhos são feitos num “ápice”… depressa demais para se ter percebido o que se “fez”/”sacou”. Ler, saber interpretar e selecionar o essencial “dá trabalho”... e acho que essa aprendizagem em suporte de papel é absolutamente necessária, porque menos imediata pode ser melhor assimilada… Digo eu, que até já estou de saída… P. – Estás agora pronta a começar o quê? R. – A começar a “ter tempo” com mais qualidade… a dedicar-me a algumas tarefas que fui descurando, mas que gosto de fazer… a “saborear” o dia a dia … e se algum projeto aliciante aparecer… porque não?
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JARDINS I 49
JARDIM DA EB DA ZONA VERDE O OUTONO Estivemos a conversar sobre a chegada do Outono, e sobre as características desta estação do ano. Decidimos então fazer árvores do Outono
Depois alguns meninos trouxeram folhas das árvores que apanharam do chão e colámos na Árvore do Outono.
Começámos por pintar as nossas mãos e braço de castanho para fazer o tronco e os ramos da árvore.
Outros meninos fizeram um jogo: sorteámos papelinhos com nomes de árvores que dão fruto nesta estação, desenhámos os frutos, recortámos e colámos também na Árvore do Outono.
JARDIM SOPHIA DE MELLO BREYNER FESTA FINAL DE ANO LETIVO… No dia 13 de junho, o jardim de Infância Sophia de Mello Breyner realizou no campo de futebol a sua festa de final de ano. As crianças apresentaram algumas coreografias e cantaram canções alusivas à preservação da natureza e proteção do meio ambiente. Houve uma cerimónia de despedida para as crianças finalistas e no final todas as crianças e adultos se despediram com uma música que apelava à amizade e união entre todos. Terminou-se a festa com um jantar-convívio e jogos tradicionais. Esta festa procurou dar visibilidade ao tema do Projeto Educativo “Nós e a Natureza”, concretizando uma das suas metas: dignificar a imagem pública das escolas do Agrupamento.
JARDINS INTERATIVOS O projeto “Jardins Interativos” foi levado à prática no decorrer do 3º período. Todas as escolas do 1º ciclo aderiram e ainda outras instituições, como o CERE, a Universidade Sénior, o Jardim Infantil da Encoprof, e o Clube do Ambiente da Escola Dr. Ruy d’Andrade. O projeto promoveu a articulação entre os diferentes níveis de ensino, indo ao encontro do tema aglutinador do Projeto Educativo do Agrupamento – “Nós e a Natureza”. Os trabalhos elaborados pelas crianças, com materiais recicláveis, utilizaram diversas técnicas, articulando-se com os conteúdos curriculares. Os trabalhos foram colocados em árvores, no Parque do Bonito durante as festas da cidade (15 a 24 de junho), com a finalidade de tornar o espaço mais lúdico e interativo.
50 I DUAS DESPEDIDAS
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PROF. CARLOS LAVADO O professor Carlos Filipe Neves Lavado nasceu em 1953, no Entroncamento, e aqui veio a falecer, em 2013, após anos a lutar contra uma doença grave. Terminado o sétimo ano no liceu Sá da Bandeira, em Santarém, foi como voluntário para a Força Aérea, onde tirou o curso de piloto. Cursou entretanto o Magistério Primário e ingressou na Escola Ruy d’Andrade como professor de Matemática e de Educação Visual e Tecnológica. Nesta escola, foi membro do Conselho Diretivo ao longo de três anos, tendo depois transitado para a Secundária do Entroncamento, já licenciado em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Nesta mesma faculdade, concluiu ainda a parte curricular do mestrado em Matemática e Ensino.
Foi professor ao longo de 36 anos, tendo-se reformado por invalidez em 2008, quando a doença já lhe retirava a energia necessária para exercer a profissão com a exigência e a entrega que lhe eram peculiares. Orientou também várias ações de formação para docentes da sua área de ensino. Durante anos, acumulou a docência com a atividade de programador numa empresa de informática. Deixa viúva a professora Celeste Maria Almeida Jorge das Neves Lavado, já aposentada, com quem teve dois filhos, que são hoje adultos, sendo o mais velho doutorado em Ensino da Matemática e o mais novo licenciado em Matemática Aplicada e Computação. Entre os colegas, particularmente entre os professores de Matemática da Escola Secundária com quem conviveu durante muitos anos, o professor Carlos Lavado deixa uma grata memória e um lugar que não se preenche facilmente. Nos muitos alunos que lhe passaram pelas aulas, fica a imagem de um profissional altamente competente, que conciliava a excelente preparação científica com uma inata predisposição pedagógica.
Com tristeza nos despedimos do amigo e colega Lavado, que durante os anos em que trabalhou na nossa escola, se dedicou de alma e coração ao ensino da Matemática. No nosso grupo disciplinar, foi sempre ele quem trouxe até nós as inovações que, de alguma forma, nos iam abrindo horizontes com vista à melhoria do ensino da disciplina. Foi ele, por exemplo, que nos iniciou na utilização dos computadores, calculadoras gráficas e sensores. Como nosso formador, foi sempre notável. Como amigo e colega, insubstituível. Prof.ª Natalina Reis, Coordenadora do Grupo de Maremática em 2012-2013
PROF. JOSÉ MANUEL FONSECA MARIA Natural da Asseiceira, faleceu em março de 2013, aos 42 anos. Licenciou-se em Geografia em 1994, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tendo começado a carreira profissional em Castelo Branco, passou depois pelo Entroncamento, Torres Novas, Chamusca e Tomar, voltando a ensinar na Escola Secundária do Entroncamento nos últimos quatro anos da sua vida. Professor com uma vasta área de interesses e uma sólida cultura humanística, que a formação inicial em Geografia potenciou, cultivava o “hobby” do colecionismo no âmbito de temáticas ferroviárias. Em maio de 2012, no dia da Europa (9 de maio), dinamizou uma exposição com objetos das diversas companhias ferroviárias da Europa, que esteve patente na sala polivalente da Escola Secundária. Foi membro muito ativo e empenhado da equipa da biblioteca escolar da Escola Secundária, onde desenvolveu um trabalho notável. Gravemente doente durante os últimos anos de vida, nunca regateou disponibilidade para trabalhar nem mitigou a boa dis-
posição e a alegria de viver. Faleceu na sequência de complicações após um transplante renal por que há muito ansiava. A família doou à Biblioteca o sistema de som “Theatre at home” e um conjunto de filmes em DVD, que pertenciam ao “Zé Maria”, como entre os colegas era chamado. Deixa grata recordação em todos os que com ele privaram. tESTEMUNHO Ficam as sombras Não. Não podeis levar tudo. Depois do corpo, E da alma, E do nome, E da terra da própria sepultura, Fica a memória de uma criatura Que viveu, E sofreu, E cantou, E nunca se dobrou À dura tirania que o venceu. (…) Miguel Torga
A equipa da biblioteca da Esc. Secundária
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OBRAS EM CURSO I 51
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CENTRO ESCOLAR NORTE EM CONSTRUÇÃO É o sexto elemento do conjunto de edifícios que constituirão o parque escolar do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento. O conjunto não é de somenos, sendo, sem qualquer dúvida, uma mais-valia da nossa cidade. Vejamos: a Escola Secundária encontra-se em muito bom estado; a Ruy d’Andrade está a ser profundamente intervencionada, após o que ficará uma escola nova; a Escola Básica da Zona Verde, após vultuosa requalificação, está
como nova. A Escola Básica António Gedeão e o Jardim de Infância Sophia de Mello Breyner foram construídos de raiz. No setor estruturante da educação, o Entroncamento passará inegavelmente a estar muito bem servido ao nível de instalações e equipamentos educativos do domínio público. Sendo certo que o ambiente também “faz” as pessoas, havendo boas condições físicas para a prática educativa, ensina-se e aprende-se com mais gosto, com mais empenho.
ESCOLA RUY D’ANDRADE As obras estão em curso e a bom ritmo, após uma paragem forçada por questões contratuais. A entrada em funcionamento da “nova” escola far-se-á por fases. O primeiro pavilhão de aulas, quase terminado, abrirá em setembro de 2013; seguir-se-á o segundo pavilhão de aulas, em abril de 2014; finalmente, o
pavilhão de serviços será inaugurado no início do ano letivo de 2013-2014. Neste estabelecimento, só o pavilhão gimnodesportivo se manterá, pois foi alvo de intervenção há não muito tempo. Aqui ficam duas imagens da intervenção em curso.
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OBRA(S) FEITA(S) NA ESCOLA SECUNDÁRIA
Nova Biblioteca da Escola Secundária ocupou parte do pavilhão oficinal
O novo gabinete do Diretor (nas fotos acima) e o gabinete dos membros da equipa de gestão ocuparam as instalações da antiga biblioteca
SARDINHADA 25 DE JUNHO DE 2013 Por ocasião do fim das aulas, a sardinha assada começa a pingar no pão. Professores, assistentes e convidados juntam-se para o tradicional convívio, que este ano, pela primeira vez, foi à tardinha – boa ideia, foi o que todos disseram – e abrangeu todo o Agrupamento.
Uma ala…
Um friso…
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NEM SÓ DE PÃO… Desde que, há três anos, se deu a feliz circunstância da reabertura do Curso de Artes Visuais na Escola Secundária, esta nunca mais foi a mesma. Com efeito, têm sido constantes, e surpreendentes, as exposições, que são prova da criatividade dos nossos alunos. Aqui fica uma pequena “mostra”.
ARTES I 53
54 I CARTAZES
Agru pame nto
Dias
26, 2 7 e 2 8
de Es
2012.2013
colas
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ENTRELINHAS
2013-14
SAÍDAS PROFISSIONAIS: Analista Programador; Técnico de Redes; Técnico de Software e Hardware; Administrador de Sistemas e Redes; Gestor de Sistemas Informáticos; Técnico de Sistemas de Exploração; Vendedor de Produtos Informáticos; Formador
Formação em Contexto de Trabalho
Programação e Sistemas de Informação
Redes de Comunicação
Disciplinas
Formação em Contexto de Trabalho
Psicopatologia Geral
Animação Sociocultural
Comunidade e Intervenção Social
Área de Expressões (Corporal, Dramática, Musical e Plástica)
Matemática
Sociologia
Psicologia
Disciplinas comuns a todos os cursos, ver tabela- Componente Sociocultural
2013-14 Formação em Contexto de Trabalho
Cálculo Financeiro e Estatística Aplicada
Direito das Organizações
Contabilidade e Fiscalidade
Gestão
Economia
Matemática
Disciplinas comuns a todos os cursos, ver tabela- Componente Sociocultural
Disciplinas
Gestão de Programas e Projetos de Desporto
Organização e Gestão do Desporto
Práticas de Atividades Físicas e Desportivas
Estudo do Movimento
Psicologia
Matemática
Disciplinas comuns a todos os cursos, ver tabela- Componente Sociocultural
Disciplinas
SAÍDAS PROFISSIONAIS: Autarquias; Associações desportivas, recreativas e de desenvolvimento local; Clubes desportivos; Centros de formação desportiva; Jardins de infância, escolas e instituições sociais com atividades de animação desportiva e de lazer; Empresas de atividades desportivas; Empresas de turismo e de lazer
Gestão de Instalações Desportivas
Técnica
Científica
Sociocultural
Componente
Técnico de Apoio à Gestão Desportiva
Formação em Contexto de Trabalho
Formação em Contexto de Trabalho
2013-14
SAÍDAS PROFISSIONAIS: Empresas públicas e privadas dos setores comercial e industrial; Serviços estatísticos; Câmaras municipais; Instituições bancárias, entre outras
Técnica
Científica
Sociocultural
Componente
Técnico de Gestão
Comunicação e Relações Interpessoais
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO
Higiene, Segurança e Cuidados Gerais
Gestão e Organização dos Serviços e Cuidados de Saúde
Saúde
Biologia
Física e Química
Matemática
Disciplinas comuns a todos os cursos, ver tabela- Componente Sociocultural
Disciplinas
SAÍDAS PROFISSIONAIS: Centros de saúde; Hospitais públicos e privados; Clínicas privadas; Centros de dia; Lares da terceira idade; Unidades de cuidados continuados; IPSS’s; Centros de acolhimento e Residência de crianças; Unidades de cuidados domiciliários; Institutos de estética
Técnica
Científica
Sociocultural
Componente
Técnico Auxiliar de Saúde
SAÍDAS PROFISSIONAIS: Escola; Lares da terceira idade; Centros de ATL; Outras instituições de apoio à família e instituições de acolhimento de crianças e jovens; Unidades de saúde; Instituições de apoio a cidadãos «sem abrigo» e toxicodependentes
Técnica
Científica
Sociocultural
Componente
Técnico de Apoio Psicossocial
2012.2013
Técnica
Arquitetura de Computadores
Sistemas Operativos
Física e Química
Matemática
Sociocultural
Científica
Disciplinas
Disciplinas comuns a todos os cursos, ver tabela- Componente Sociocultural
Componente
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos
Disciplinas comuns a todos os cursos
Educação Física
Tecnologias de Informação e Comunicação
Área de Integração
Língua Estrangeira
Português
Componente Sociocultural
Disciplinas comuns a todos os cursos
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO
ENSINO SECUNDÁRIO - CURSOS PROFISSIONAIS (NÍVEL 4)
ENTRELINHAS OFERTA ESCOLAR I 55
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO
56 I NOTÍCIAS
2012.2013
ENTRELINHAS
ENSINAR E FORMAR PARA A VIDA