Olho Latino nยบ18
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Revista Digital Olho Latino nº 18 Arte e artistas: um belo encontro A obra da capa é de Paulo Cheida Sans, quem vos escreve. Essa obra faz parte da série “Comigo”, cujo nome inspirou o título da mostra realizada no Museu Olho Latino na ocasião da homenagem recebida no 19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia, SP. Aliás, O Encontro de Artes de Atibaia há tempo está consolidado entre os principais eventos do gênero do País. A colaboração sobre o evento é da jornalista Luciene Sans e a mostra “Comigo” conta com o parecer sensível da crítica de arte Sandra Hitner. Revista Digital Olho Latino nº 18 - agosto de 2010 ISSN 1980-4229 Edições Anteriores: www.olholatino.com.br/revista/arquivo/arquivo1.htm Editor Paulo de Tarso Cheida Sans Jornalista responsável: Luciene Sans Conselho Editorial: Alex Roch Celina Carvalho Euclides Sandoval Luciene Sans Tiago Carvalho Sans Arte e diagramação: Luciene Sans Obra da capa de agosto de 2010: Paulo Cheida Sans – Comigo – técnica mista Os artigos e reportagens assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de responsabilidade exclusiva de seus autores. Não pode ser reproduzida sem autorização do editor.
Outro momento é a mostra do MAM Campinas em homenagem ao artista Thomaz Perina, falecido em 2009. A exposição também comemorou a restauração do painel do Perina feita pelo artista Marcos Garcia. Perina foi um artista de grande “luz”, iluminando a história da arte brasileira. Por fim, a indicação de leitura é para o livro “A Estética do Oprimido” de Augusto Boal (1931 2009), publicado pela Editora Garamond. Boal foi um batalhador pela expansão da cidadania e da arte. Não foi à toa que foi nomeado pela Unesco como Embaixador Mundial do Teatro. O autor fundou o Teatro do Oprimido, cuja diretriz se espalhou pelo mundo. “A Estética do Oprimido” é uma importantíssima publicação que vem registrá-lo como um dos principais pensadores da América Latina. Desejamos aos leitores uma boa leitura e que nos envie suas opiniões para que, cada vez mais, a nossa Revista seja aprimorada e apreciada. Paulo Cheida Sans
Revista Digital Olho Latino é uma publicação do Museu de Arte Contemporânea Olho Latino. Alameda Prof. Lucas Nogueira Garcêz, 511 Parque das Águas - Estância de Atibaia, SP. CEP: 12941-650 www.olholatino.com.br Contato: museu@olholatino.com.br
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Olho Larino nº18
EVENTO
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19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia Luciene Sans
CAPA
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A autobiografia lúdica de Paulo Cheida Sans Sandra Hitner
HOMENAGEM
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Thomaz Perina: homenageado pelo MAM Campinas Paulo Cheida Sans
LEITURA
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A Estética do Oprimido de Augusto Boal Paulo Cheida Sans
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EVENTO
19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia
divulgação
Luciene Sans
Apresentação da Banda de Percussão Alternativa de Atibaia na abertura do evento.
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19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia foi inaugurado no dia 03 de julho com a apresentação da Banda de Percussão Alternativa de Atibaia e a presença do Secretário de Cultura e Eventos Edson Beleza, do Secretário Adjunto Victor Carvalho, de autoridades, artistas e grande público. O evento tem como objetivo a consolidação e ampliação de um dos mais antigos eventos culturais do interior do Estado de 4
São Paulo, sendo sua primeira edição realizada no ano de 1969. A sua principal atuação é a transversalidade e a diversidade cultural, pois a programação do evento envolve o encontro das artes, promovendo a democratização do acesso cultural. Essa edição do Encontro recebeu mais de 200 inscrições de todo o Brasil e os jurados Hugo Fortes, Márcio Harum e Washington de Carvalho selecionaram 32, entre instalações, Olho Larino nº18
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Vista parcial da mostra.
pinturas, esculturas e o que há de mais inovador na arte contemporânea. Participaram como convidados os artistas Eduardo Garofalo, Glenn Hamilthon e Paulo Cheida Sans pelos méritos conquistados na carreira artística. Este último foi o artista homenageado do evento e teve uma mostra especial, intitulada “comigo”, exposta no espaço do Museu Olho Latino, mezanino do Centro de Convenções. Os premiados foram: 1º Prêmio “Atibaia”: Charly Techio; 2º Prêmio “Especial do Júri”: Flávia Junqueira; 3º Prêmio “Victor Brecheret”: Osvaldo Carvalho; Prêmio “Yolando Mallozzi - Intervenção Artística”: Olho Latino nº18
Marlene C. Stamm, Simone Cupello e Bete Esteves; Menções Honrosas: Alex dos Santos, Danielle Carcav, Ed. Jr., Flávio Cerqueira, Luciano Deszo, Roberta Tassinari, Sidney Amaral, Spacek, Tarcisio Costa e Vicencia Gonsales. Os artistas selecionados para participar da mostra foram: Adriana Penido, Alline Nakamuras, César Franzói Maróstica, Cláudio Láudio Caropreso, Erika Romaniuk, Fatinha Silva, Flávia Junqueira, Gustavo Ferro, Leonardo Akio, Letícia Rita, Lucas Dupin, Márcia Rosolia Colagem, Maringelli, Maurício Parra, Monica Antunes, Paula Batista, Paulo Pires e Rita da Rosa. 5
divulgação
Vista parcial da mostra.
O 19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia ofereceu duas oficinas: a “Oficina de Artes para Crianças ‘Impressões’”, ministrada pela artista Rita Moura, dando às crianças a oportunidade de um contato direto com a arte desde suas impressões visuais até a linguagem pessoal expressa por meio da produção artística; e a “Oficina de História em Quadrinhos”, com o artista Nestor Lampros. A Praça da Matriz também teve seu chamariz: a companhia Circo Caramba apresentou a peça “Caramba, quanta bobagem”, um espetáculo no qual o público pôde conferir modalidades circenses como mágica e malabarismo além 6
da linguagem musical com a participação dos palhaços Jerônimo (Thiago Sales) e Tachinha (Márcio Parma); e a peça “Fuá de Rua”, com o grupo de Pífanos Flautins de Matuá, um musical que apresentou um repertório de músicas próprias e de artistas populares, tocadas com pífanos, instrumentos semelhantes a uma flauta, e instrumentos de percussão. Por fim, o evento contou com a palestra de Nelson Screnci, que abordou uma leitura sintética da História da Arte Contemporânea, fazendo um panorama de reconhecimento e caracterização dos estilos mais importantes e estimulando à apreciação e à Olho Larino nº18
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Performance de Igor Spacek - Menção Honrosa.
compreensão de obras contemporâneas. Além disso, o palestrate propôs uma iniciação ao discurso artístico, à leitura crítica e à reformulação do conceito da arte atual. Nelson Screnci nasceu em São Paulo, em 1955. É artista plástico, professor de Artes Visuais e de História da Arte. Formou-se em Artes Plásticas na FAAP em 1982 e recebeu, no ano seguinte, o Prêmio
Pirelli-Masp. A partir disso, passou a participar ativamente do circuito cultural realizando palestras, cursos, artigos e exposições. Com uma produção artística com cerca de 650 pinturas, Nelson tem seu trabalho como parte integrante dos acervos de importantes museus nacionais e internacionais, além de servir como exemplo em diversas publicações culturais. O 19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia comprovou mais uma vez sua importância, como sendo um dos principais eventos do gênero no país. Essa edição contou com o apoio do Governo do Estado, Secretaria do Estado da Cultura Programa de Ação Cultural. * * *
Exposição: 19º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia. Período da mostra: 03 de julho a 29 de agosto de 2010. Visitação: de segunda a sábado, das 9h às 17h. Local: Centro de Convenções e Eventos “Victor Brecheret” e Museu
Olho Latino. Endereço: Al. Lucas Nogueira Garcez, 511 - Estância de Atibaia, SP. Cep: 12941-650. Telefone: (11) 4412 7776. Realização: Prefeitura Municipal da Estância de Atibaia. Apoio: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria do Estado da Cultura e Programa de Ação Cultural. Olho Latino nº18
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CAPA
A autobiografia lúdica de Paulo Cheida Sans
Sandra Hitner
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a ulo de Tarso Cheida Sans, o com personagens humanas e animais Esquisito1, epígrafe para, compondo um conjunto. Não há comunicação em arte sem definitivamente, ser gravada. Artista absolutamente visual, vidente, uma linguagem comum. Então, podevisionário, mais do que pensador ou se dizer que a abstração não faz parte filósofo. E é com o critério da do menu de Paulo Cheida Sans, que parece observar a vida observação que constrói como um exercício sua arte; transformandoArtista criterioso e, desta a, deformando-a, criando absolutamente visual, forma, apoiar-se em muitos dos seus vidente, visionário, mais fortemente no mundo do que pensador ou registros uma mistura de filósofo. sensível dispondo dos surreal com simbólico. elementos extraídos da Nada de arbitrário, nada natureza para materializar sua arte. de puramente gratuito nesta invenção. Neste quê de protesto da caligrafia As imagens são expressões de fantasia. Mas fantasia, sabe-se, é um privilégio de Paulo Cheida, por trás dos símbolos, humano e dote daqueles que sabem ver, compreende-se veladamente que todas traduzir e transformar em arte uma boa as permissões para os excessos experiência. O repertório fantástico é um humanos são concedidas e mal tipo de inspiração que chega ao espírito ingeridas pelo seu espírito, daí a por meio do impacto do sentir; a reprodução de figuras sem natureza imaginação se alimenta da sensação, se determinada, “não seres” que se nutre do concreto, do palpável, do visível, manifestam como pura agressão, e depois os ultrapassa. Mecanismos podendo ser chamados de desnaturais. Os representantes do bestiário artificiais da imaginação concebem criações que fogem ao controle da razão contemporâneo de Paulo Sans mais sensata e geram figuras cujas assumem as mais diversas formas. formas escapam à lógica; criam imagens Comuns ou híbridos o fantástico bizarras que se entremeiam ou se fundem como desfiguração vem expressar a 8
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Comigo – técnica mista, 2010.
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Obra da instalação Depositório para um anjo – técnica mista, 2010.
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Luciene Sans
Vista parcial da exposição “Comigo” no Museu Olho Latino.
investida impetuosa das paixões mais vis que acometem os homens transformadas pelo artista em imagens escarnecedoras dos impulsos, desequilíbrios, vícios, enfim, “valores” hoje em dia bem aceitos e conceituados que fazem da pessoa do artista um ser “esquisito” por seu caráter simples, puro e honesto. Os protótipos fantasiosos de Paulo compõem manifestos das arbitrariedades sociais da nação, o que demonstra interesse e preocupação com os desequilíbrios da ética, na medida em que (des)apresenta as mazelas em forma de arte para que possamos entender a vida de forma melhor. Já em COMIGO, 10 obras elaboradas com cabos de madeira, cabos de vassoura, sarrafos de madeira Olho Latino nº18
com impressões de gravura, há um quê de autobiografia lúdica nesta montagem obediente nos pontos e contrapontos (des)equilibrados. Um sistema composto por elementos não contínuos, mas fortemente ritmados numa regularidade lógica das correspondências, respeito pela anulação dos vazios, linha. Infinitos recursos da imaginação, impondo às dimensões um novo valor. * * * Referência: 1 - Para melhor entendimento da epígrafe, leia Revista Digital OLHO LATINO, março de 2010, p. 13. 11
HOMENAGEM ACERVO
Thomaz Perina:
homenageado pelo MAM Campinas Paulo Cheida Sans
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Luciene Sans
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Museu de Arte Moderna de Campinas completa dois anos em sua nova versão como associação com uma homenagem ao artista plástico Thomaz Perina - um dos maiores pintores campineiros, que morreu em novembro de 2009, aos 88 anos. Perina nasceu em Campinas, SP, em 1920. Artista desde criança, seu talento precoce foi visto por suas professoras quando ele desenhava na calçada. Da sarjeta passou a desenhar na lousa da Escola, a convite das professoras. Desenhava cenas do cotidiano e paisagens em papéis comuns usando lápis de cor. Esses desenhos eram expostos na quitanda perto de sua casa. O marco inicial de sua carreira foi sua participação no II Salão de Belas Artes de Campinas, SP, em 1944¹. Perina foi decorador, professor, cenógrafo, figurinista e foi uma presença imprescindível para a cultura campineira. Em 1958, foi um dos artistas responsáveis pela criação do Grupo Vanguarda de Campinas.
Thomaz Perina, maio de 2009.
No ano seguinte recebeu o importante Prêmio Leirner de Arte Contemporânea da Galeria de Arte das Folhas em São Paulo. Pintou até os últimos dias de sua vida. O artista Waldemar Cordeiro assim se pronunciou sobre Perina: “Perina é um desses raros acontecimentos que, num meio artístico onde prevalecem lentas diluições e elaboração que tem o sabor inconfundível de superficiais adesões, adquirem a força insofismável de Olho Larino nº18
divulgação
Painel pintado por Thomaz Perina no Salão Nobre – Associação Atlética Ponte Preta – Campinas, SP.
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divulgação
Marcos Garcia - Tempestade - acrílico e óleo sobre tela.
novos conteúdos e um poder suscetível de pôr em xeque todo o edifício artificial de uma problemática culturalista improvisada. Não se enganem: Perina é um artista verdadeiro. Não é apenas um talento ao estado natural: é um artista. Pinta concebendo e concebe pintando. O conteúdo de suas obras se inscreve nesse realismo que constrói na matéria pura do concreto, prescindindo do subjetivo arbitrário; do hedonismo solipsista, prescindindo numa palavra da metáfora, em todas as suas formas,
mesmo as mais camufladas e recentes. Nesse sentido é brasileiro”². Em 2009, alguns meses antes de morrer, Perina revelou ser o autor do grande painel pintado no Salão Nobre do Majestoso – Associação Atlética Ponte Preta. O painel tinha sido restaurado pelo artista Marcos Garcia há cerca de 10 anos. Na ocasião das festividades dos 110 anos da Ponte Preta, o MAM Campinas fez uma homenagem ao Thomaz Perina apresentando uma exposição de artistas da cidade e
Referências: 1 - http://www.campinas.com.br/conteudo/detalhe.asp?cod_conteudo=24150 2 - http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/ index.cfm?fuseaction=artistas_criticas&cd_verbete=3415&cd_item=15&cd_idioma=28555 14
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também comemorou os seus anos de existência, em sua nova versão administrativa, no mesmo espaço em que o painel foi restaurado. A mostra organizada pelo MAM Campinas, cujo presidente é o artista Marcos Garcia, contou com a participação dos seguintes artistas:
Afrânio Montemurro, Alberto Teixeira, Dimas Garcia, Egas Francisco, Francisco Biojone, João Bosco, Fulvia Gonçalves, Marcio Rodrigues, Marcos Garcia, Paulo Cheida Sans, Mario Gravem Borges, Nadir da Costa, Narege, Vanderelei Zalochi e Grupo Antropoantro.
Exposição: Homenagem à Thomaz Perina - Exposição comemorativa de dois anos do MAM Campinas. Expositores: Afrânio Montemurro, Alberto Teixeira, Dimas Garcia, Egas Francisco, Francisco Biojone, João Bosco, Fulvia Gonçalves, Marcio Rodrigues, Marcos Garcia, Paulo Cheida Sans, Mario Gravem Borges, Nadir da Costa, Narege, Vanderelei Zalochi e Grupo Antropoantro. Abertura: 13 de agosto de 2010 às 20h. Período da mostra: de 16 a 28 de agosto de 2010. Local: Salão Nobre da Associação Atlética Ponte Preta. Endereço: Praça Francisco Ursaia s/n – Jardim Proença - Campinas, SP. Olho Latino nº18
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LEITURA ARTIGO
A Estética do Oprimido de Augusto Boal
Paulo Cheida Sans
Temos o dever da poesia e os direitos da imaginação. Augusto Boal
Falar sobre a “Estética do Oprimido” de Augusto Boal é falar sobre o “bem”. O livro editado pela Garamond reúne textos do Embaixador Mundial do Teatro nomeado pela Unesco. São textos que servem a todos nós. Boal, antes de tudo, é um pensador. Um intelectual que sabia que “Ser cidadão não é viver em sociedade, é transformá-la”. Sabia que é necessário “acabar com as tradições malsãs criando novos caminhos, inventar uma ética”. O pensamento de Boal está registrado nesse livro. Augusto Boal um pouco antes de morrer, em 02 de maio de 2009 no Rio de Janeiro, aos 78 anos, com leucemia, entregou a sua última versão de “A estética do oprimido”. A morte fez com que ele não pudesse fazer mudanças e possíveis alterações. A publicação compila seus fundamentos para o teatro. 16
Contudo, mais do que servir de esclarecimentos e incentivo para o Teatro do Oprimido, o autor alia o seu conhecimento como especialista na área com a sua visão de mundo. E, justamente a sua visão de mundo, aborda sobre importantes aspectos da conduta humana. O seu pensamento enfoca sobre a cidadania, a ética, a moral, a solidariedade, a subjetividade da arte e a metáfora, entre outros aspectos. Já na primeira parte do livro, sobre o pensamento simbólico, Boal indaga: “Como é possível defender a multiplicidade cultural e, ao mesmo tempo, a ideia de que existe apenas uma estética, válida para todos? Seria o mesmo que defender a democracia e, ao mesmo tempo, a ditadura”. Para Augusto Boal, a arte e a cultura é uma “arma” a favor dos oprimidos para combater a “estética Olho Larino nº18
anestésica” impingida por valores expugnáveis. Além de significativos pareceres e reflexões, o livro também mostra o “Método Boal de teatro e terapia” e contém fotos de espetáculos realizados por grupos que adotaram as diretrizes de seu método. O Teatro do Oprimido foi fundado por Boal em Paris, em 1979, e se proliferou pelo mundo. A sede do Centro do Teatro do Oprimido é na Lapa, no Rio de Janeiro. Sinopse: A Estética do Oprimido convida todos a apostarem na potência mais radical do pensamento: a potência criadora de realidades possíveis. Portanto, trata-se aqui da sedimentação de mais de 50 anos de prática e reflexão sobre arte, indivíduo e sociedade. Uma visão ideológica – e inevitavelmente filosófica – de um artista que soube, como ninguém, conjugar o verbo mudar em todos os tempos e em todas as pessoas. Uma obra fundamental para a continuidade e o desenvolvimento das ideias defendidas por Boal no campo da arte, que tem uma marca especialíssima: a coerência política de quem dedicou sua arte à transformação da vida. Olho Latino nº18
Livro: A Estética do Oprimido Autor: Augusto Boal Editora: GARAMOND Especialidade: ARTES ISBN : 978-85-7617-167-6 Idioma: Português Formato: 23 x 16 cm Páginas: 256 Edição: 1ª Ano: 2009 Acabamento: Brochura com orelhas Informações: www.garamond.com.br 17
Sobre Augusto Boal Algumas obras:
Algumas premiações:
Estética do Oprimido – Garamond, 2009 JaneStipfire (edição revisada) – Civilização Brasileira, 2003 O Teatro como arte marcial – Garamond, 2003 Hamlet e o filho do padeiro – Civilização Brasileira, 2000 Jogos para atores e não atores – Civilização Brasileira, 1999 Teatro Legislativo – Civilização Brasileira, 1996 Aqui Ninguém é Burro! – Revan, 1996 O Suicida com Medo da Morte – Civilização Brasileira, 1992 Duzentos Exercícios e Jogos para Ator e Não-Ator com Vontade de Dizer Algo através do Teatro – Civilização Brasileira, 1991 O Arco-Iris do Desejo – Civilização Brasileira, 1990 Teatro de Augusto Boal 2 – HUCITEC, 1986 Teatro de Augusto Boal 1 – HUCITEC, 1986 O Corsário do Rei – Civilização Brasileira, 1986 Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas – Civilização Brasileira, 1985
2009 – Nomeado Embaixador Mundial do Teatro pela UNESCO 2008 – Concorreu ao Prêmio Nobel da Paz 2003 – Título de ECO-CIDADÃO, Prefeitura de Macaé 2003 – Proclamation – City of New York – Theater of the Oppressed Day – 27 de maio 2001 – Doctor Honoris Causa in Literature, University of London, Queen Mary, UK 2000 – Montgomery Fellow, Dartmouth College, Hanover, USA 2000 – Doctor Honoris Causa in Fine Arts, Worcester State College, USA 2000 – Proclamation of the City of Bowling Green, Ohio. USA 1999 – HONRA AO MÉRITO, União e Olho Vivo, 1999-12-07 1998 – PREMI D´HONOR, Institutet de Teatre, Barcelona, Spain 1998 – PREMIO DE HONOR, Instituto de Teatro, Ciudad de Puebla, México 1997 – Prix du Mérite, Ministère de la Culture de l´Egypt
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Saiba mais: Acesse o site http://ctorio.org.br/novosite/ Olho Larino nº18
Colaboradores desta edição:
Luciene Sans - Jornalista, poeta e assessora de imprensa do Museu Olho Latino. Jornalista responsável pela Revista Digital Olho Latino.
Paulo Cheida Sans - Professor do Curso de Artes Visuais da PUCCampinas. Doutor em Artes Visuais pela Unicamp. Curador do Museu Olho Latino.
Sandra Hitner - historiadora de arte, perita, especialista em análise de autenticidade e ancianidade de obras de arte por meio de exames técnicos e laboratoriais.
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