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Movimento ocupe estelita novas linguagens e formas de se

no entanto, apesar desse contexto desfavorável, houve mudanças no plano da subjetividade dos movimentos sociais e de outros sujeitos políticos que contribuíram para a viabilização dessa agenda de debates, especialmente no que diz respeito ao ciclo de oficinas e seminários sobre sujeitos e desenvolvimento. Desde 2013, avançamos no sentido da constituição de um ambiente favorável a um processo de reconstrução de um horizonte crítico que se encontrava bloqueado no período precedente.

O ciclo de oficinas promovido pela Fase, que culminou no seminário nacional sobre desenvolvimento e movimentos sociais no Brasil, foi virtuoso e se beneficiou do ambiente de retomada do debate e a sua politização, com a explicitação dos “desentendimentos e controvérsias” (entre a visão desenvolvimentista e a visão crítica socioambiental, por exemplo). Talvez se possa dizer que a construção dos consensos ao longo desse ciclo atingiu o seu “teto” na denúncia dos impactos do modelo e na consequente constatação de “um momento histórico de entristecimento”, “em que as perdas e as iminências de perda se apontam com uma certeza tão realista que assusta”, como apontado por alguns dos interlocutores que tivemos ao longo desses encontros.

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É provável que o debate tenha fluido no ciclo de oficinas e no seminário nacional graças ao deslocamento que consistiu em focar o diálogo com os diferentes sujeitos nos impactos do atual padrão de desenvolvimento, relegando-se a um segundo plano o debate sobre desenvolvimentismo e neodesenvolvimentismo, que estava bastante presente na origem desse processo, como ocorreu na oficina realizada em 2014 sobre neodesenvolvimentismo e neoextrativismo.

Na avaliação do referido ciclo de debates deste ano, chegamos a uma importante conclusão: na medida em que haja consenso em torno da necessidade de removermos o entulho conceitual do discurso desenvolvimentista, só avançaremos pela via da explicitação de alternativas ao desenvolvimento capitalista, fundadas na sustentabilidade socioambiental e na efetivação dos direitos humanos.

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