Informativo do NACAB - 25 de maio de 2015 - Ano 3, Edição: 13
Quem mantém a floresta viva, não precisa de volume morto. Marília Carvalho de Melo
NACAB AVALIA VIABILIDADE DE ENERGIA SOLAR PARA O PRE ALIANÇA A perspectiva é implantar um sistema de energia solar que alimente as bombas do projeto da piscicultura e os galpões.
Reunião contou com a presença dos membros do NACAB Juliana Padula, assessora de projetos e Jean Carlos, coordenador de comunicação. Foto: Jean Carlos/NACAB.
Na manhã desta segunda-feira, 25, integrantes do NACAB se reuniram com o Professor Heverton Augusto Pereira, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Viçosa para discutirem a viabilidade da implantação de um sistema de geração de energia elétrica por painéis fotovoltaicos na área do Programa de Reativação Econômica UHE Barra do Braúna, também chamado de PRE Aliança. O objetivo da reunião foi obter um primeiro diagnóstico do que é necessário, em termos de
informações a serem levantadas, para se começar a fazer os cálculos de viabilidade do projeto. De acordo com Heverton, em primeiro lugar é necessário saber os valores das contas de energia elétrica e os seus respectivos consumos, em KW, para que se possa avaliar se é viável ou não a instalação do sistema. Afirma também, que para uma primeira experiência, pode-se dimensionar um sistema menor e testa-lo para depois estudar sua ampliação. Juliana Padula, assessora de projetos do NACAB, afirma que
"essa é uma ideia que nasceu a partir da campanha pela energia solar que está sendo construída por nós do NACAB. A proposta é que seja uma experiência concreta que servirá de base para o NACAB entrar de cabeça em defesa da energia solar." Ao final da reunião, ficou acertado que serão fornecidas todas as informações necessárias ao Professor Heverton e posteriormente, numa nova conversa, discutida mais profundamente a viabilidade do projeto.
Informativo do NACAB - 25 de maio de 2015 - Ano 3, Edição: 13
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Entrevista com Alexandre Firme Vieira, membro fundador do NACAB, sobre a história de surgimento da ONG NACAB. Alexandre: Bom, o NACAB começou a aparecer na FEAM NACAB: Bom, para começar em Belo Horizonte. E a gente aprendeu enquanto você podia contar pra gente Universidade a fazer a ciência ligada aos movimentos um pouquinho de quem é o sociais, então a gente trabalhava na agenda de luta. E a Alexandre. principal ação do NACAB foi assessorar a formação do Alexandre: Bom, meu nome MAB no Alto do Rio Doce. Eu fui lá pra Registro, fiz uma é Alexandre Firme Vieira e eu vivência de duas noites e lá encontramos o pessoal do me formei aqui em Viçosa em MAB do sul e a gente fechou a negociação lá, e falou: a 1997. Também sou um dos gente precisa fazer o MAB funcionar no Alto Rio Doce e a fundadores do NACAB tanto no projeto dentro da igreja católica estava dando suporte pra isso. Aí vem universidade quanto da ONG. dom Luciano Mendes de Almeida [Arcebispo de NACAB: Alexandre, fale pra gente um pouquinho da Mariana] fazendo a liberação do Padre Claret (1998história do NACAB, como e quando ele surgiu? 1999). Alexandre: Fazer um histórico talvez não, mas vamos Nisso levou mais ou menos uns três anos para fazer uma memória, uma memória por dentro da chamarmos a atenção do MAB que a gente enquanto história. E na minha mente, vem um papel xerocado Universidade enxergava que se a Assessoria não escrito "Programa 01/96 - Núcleo de Assessoria às fomentasse o movimento a gente não teria nada a Comunidades Atingidas por Barragens - NACAB." Na contribuir porque as barragens já estavam decretadas. A verdade a sigla não existia, o que existia era um nome única coisa que a gente podia fazer eram os contra comprido. RIMAs. Mas e os atingidos iam fazer o que? Aí é que vem O professor Franklin D. Rothman tinha o trabalho realmente de base, sendo colocado pedrinha de Minas trabalhado com atingidos por barragens no sul. Foto: Ele Estado por pedrinha pra ter uma base sólida de atuação do chega a Viçosa e vê que tinha um processo de muitas NACAB. hidrelétricas sendo feitas entre 1995-1996. Então ele chega até mim e diz que estava fazendo um projeto de NACAB: Como se deu Alexandre, o processo de projeto extensão sobre impactos socioambientais, culturais, de extensão da UFV à ONG? históricos, emocionais da construção das barragens Alexandre: A identidade do NACAB existe desde 1996, hidrelétricas do Alto Rio Doce de Minas Gerais e que mas a entidade se estabelece em 1999 e começamos a queria que eu ficasse com esse grupo como bolsista. E aí falar em fundar uma ONG. Aí já vem o Zé Roberto, o Leo fui ser bolsista do projeto de extensão 01/96, que era o [Dr. Leonardo Rezende], o Claret, o desenho que a gente NACAB. Só que para escrever Núcleo de Assessoria às fez para poder criar uma ONG. Assim leva mais uns três Comunidades Atingidas por Barragens vinte vezes por anos para sair a proposta do estatuto, feito pelo Leo e a semana era muito ruim e como o relator era eu, botei gente registra em Ponte Nova, em 2002. NACAB. Aí ficou NACAB. 1996 e assim surgiu o núcleo e o NACAB. NACAB: Hoje existe um projeto de extensão na UFV, chamado de PACAB que também trabalha com NACAB: Quem compunha o NACAB nessa época? assessoria às comunidades atingidas. Por quê? Alexandre: O Franklin teve uma habilidade muito Alexandre: Em 2002 quando foi fundada a ONG é que grande, e aí eu acho que isso a gente vai dever a ele por vem um pouco da afirmação que o Franklin faz na hora muito tempo, que foi de chamar o grupo de professores de se apresentar, como PACAB. Porque isso? Porque a da Universidade Federal de Viçosa, quase que escolheu a identidade sempre foi NACAB. A atuação do MAB já dedo e fez uma articulação pessoal com eles: Rafael estava consolidada. Então, a partir de 2002, a gente Bastos (da parte de saneamento, água), Gumercindo de precisava diferenciar um pouco o que era a ONG e o que Souza Lima (da parte ambiental, socioambiental), Irene era projeto de extensão da Universidade Federal de Maria Cardoso (da agroecologia, na época agricultura Viçosa. Então Franklin começa a falar essa sigla PACAB alternativa), Maria de Fátima Lopes (da parte social). como referência ao projeto de extensão da Assim, se desenha na verdade um núcleo dentro da Universidade e a ONG NACAB se estabelece. Universidade (UFV) formado por professores que basicamente trabalhavam com contra-RIMAs. NACAB: Alexandre, muito obrigado por nós trazer essa bela memória e nos fazer reviver a história. NACAB: E Alexandre, você disse que o NACAB surgiu como um projeto de extensão da UFV. Então como se Alexandre: eu é que agradeço por poder ver que essa dava a relação com o Movimento dos Atingidos por semente germinou e já está uma arvorezinha dando Barragens? flor.
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Presidente: Paulo Henrique Viana Secretário Executivo: Geraldo Magela Pereira Diretor Financeiro: José Roberto Fontes Castro Conselho Fiscal: Maria de Fátima Lopes e Irene Maria Cardoso Coordenadora Geral: Maria José de Souza Coordenador Administrativo: Bruno Costa da Fonseca Assessor Jurídico: Leonardo Pereira Rezende Coordenador Operacional do PRE Aliança: Antônio Maria Fortini Coordenador de Cooperativas: Riverson Moreira dos Santos Secretária Executiva: Taianara Emília Rosa Assessoria de Projetos: Juliana Padula Vilar Comunicação e Marketing: Jean Carlos M. Silva Estagiária de Formação em Cooperativismo: Fernanda Lessa de Souza. Estagiária de parcerias: Danusi Rodrigues VENHA NOS CONHECER Rua Benjamim Araújo - 56, Sala 1004, Centro, Viçosa - MG.
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