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Cais da Oliveira pier

The Cais da Oliveira pier, located in Caniço de Baixo, had a fundamental role in the history of the Region and this year was the target of improvement works O Cais da Oliveira, localizado no Caniço de Baixo, teve um papel fundamental na história da Região e foi este ano alvo de obras de beneficiação

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TEXT CLÁUDIA CAIRES SOUSA

Until the mid-twentieth century it was an essential point of access to the parish of Caniço, one of the first villages to be populated in Madeira in the fifteenth century, at a time when the main access to different coastal locations were made mainly by sea.

We are talking about the Cais da Oliveira pier in Caniço, which was recently renovated by the Santa Cruz Town Hall in order to ensure its primary function: accessibility.

The story goes that Prince Henry donated to Tristão Vaz and his descendants the Captaincy of Machico, and that at that time an olive stake was used to mark the dividing line that extended from the southeast point of the island, Caniço, to Ponta do Tristão in Porto Moniz. The first point thus received the name Ponta da Oliveira, where there were abundant wild olive trees or Zambujeiros (Olea maderensis), an endemic species of Madeira.

This site is bathed by the clear and transparent waters of the Garajau Natural Reserve, the first Marine Reserve in the country, which was born in 1986 from a group of divers from Madeira who came together to stop the phenomenon of the

Até meados do século XX foi um ponto essencial para o acesso à freguesia do Caniço, uma das primeiras localidades a ser povoada na Madeira, no século XV, numa altura em que os principais acessos às diferentes localidades costeiras realizavam-se sobretudo através do mar.

Falamos do Cais da Oliveira, no Caniço, que foi recentemente alvo de obras de reabilitação por parte da Câmara Municipal de Santa Cruz, de modo a assegurar a sua primeira função: a acessibilidade.

Reza a história que o infante D. Henrique doou a Tristão Vaz e aos seus descendentes a

PHOTO: ROBERTO RAMOS Capitania de Machico, e que nesse momento foi utilizada uma estaca de oliveira para marcar a linha divisória que se estendia desde o ponto mais sudeste da ilha, ou seja Caniço, até à Ponta do Tristão no Porto Moniz. O primeiro ponto recebeu assim o nome de Ponta da Oliveira, onde abundavam Oliveiras-Bravas ou Zambujeiros (Olea maderensis), espécie endémica da Madeira.

Este sítio é banhado pelas águas límpidas e transparentes da Reserva Natural do Garajau, a primeira reserva Marinha do país, que nasceu em 1986 a partir de um grupo de mergulhadores madeirenses que se uniu para travar o fenómeno da depauperação do meio marinho.

Aqui, ao longo de uma extensão de cerca de 376 hectares, pode ser encontrada uma abundante flora endémica, entre as quais se destacam o Massaroco (Echium nervosum), e a Figueira-do-inferno (Euphorbia piscatoria). Residem ainda as mais variadas espécies marinhas, entre as quais se evidencia o emblemático mero (Epinephelus marginatus).

Como se não bastasse, os jardins envolventes ao Cais da Oliveira são ainda um ponto de referência para a observação de aves como o Garajau-comum (Sterna hirundo), a manta (Buteo buteo harterti) ou o Francelho (Falco tinnunculus canariensis).

A riqueza deste local é incalculável e torna-se urgente protegê-la. Nesse sentido a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) leva a cabo o projeto LIFE Natura@night, que tem como principal intuito a redução e mitigação do impacto da poluição luminosa nas áreas protegidas nos arquipélagos da Madeira, Açores e Canárias.

depletion of the marine environment.

Here, along an extension of about 376 hectares, an abundant endemic flora can be found, among which stand out the Massaroco (Echium nervosum), and the Figueira do Inferno (Euphorbia piscatoria). The most varied marine species also reside, among which the emblematic grouper (Epinephelus marginatus) stands out.

As if this were not enough, the gardens surrounding Cais da Oliveira are also a reference point for the observation of birds such as the Common Tern (Sterna hirundo), the Buzzard (Buteo buteo harterti) or the Kestrel (Falco tinnunculus canariensis).

The richness of this place is immeasurable, and it is becoming urgent to protect it. In this sense, the Portuguese Society for the Study of Birds (SPEA) is carrying out the LIFE Natura@night project, the main goal of which is to reduce and mitigate the impact of light pollution in protected areas in the archipelagos of Madeira, the Azores and the Canary Islands.

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