Chão Autárquico

Os da oposição ao governo vivem gordinhos como bacorinhos, engordados por António Costa, tantos são os argumentos político-partidários por este fornecidos Na verdade, este governo de maioria absoluta de António Costa, tem vindo a dar repasto bastante, quer para os partidos da direita, quer da esquerda, que servem de precioso condimento político

Com o caminho facilitado por António Costa, a oposição faz o seu trabalho fácil, embora, digase, muitas vezes assaz desmesurado Mas não só, também a comunicação social de todos os setores carrega nas cores que lhe são mais convenientes. Assim, aqueles partidos obrigam também a António Costa a habituar-se aos seus casos e casinhos! Casos e casinhos estes, que são, afinal, como se vê, erros crassos da sua governação

Urge que António Costa desça à terra, deixando o seu pedestal altivo de onde nos pretende governar E aqui, neste chão da vida onde palmilham os cidadãos, cuide, zele e se dedique a uma governação séria com pessoas sérias e impolutas A isto impõe a genuína natureza da causa pública Só assim poderemos ter, como merecem e exigem os cidadãos, uma governação séria e não uma governação de amadorismo e desleixada, onde prima a mediocridade de alguns dos seus ministros, secretários de estado e outras frágeis pessoas, em quem foi depositada confiança para o exercício de altas funções públicas Convenhamos, há pessoas ali nomeadas, que em vez da dedicação e empenho na função, mais se perdem no tecido das vaidades

Não sr Primeiro Ministro, a sua postura de seriedade, dedicação e de compromisso, ninguém lha tira Porém, essas e outras virtudes não chegam para tapar os buracos de toda a espécie, de alguns dos seus colaboradores ministeriais Isto assim, por falta de capacidade, por falta de competência e de estatura para o cargo de alguns dos seus ministérios. Isto assim, em nossa modesta opinião

No exercício de altas funções na Administração Pública impõe-se, além do mais, rigor, clareza, transparência e zelo por parte dos titulares. Com efeito, o respetivo titular não pode praticar, nem por ação, nem por omissão, atos que fiquem a descoberto daqueles valores e princípios Mas, sobretudo, não podem ficar a coberto do guarda chuva de quem, merecendo-lhe a confiança, os nomeou ou propôs a sua nomeação De outra forma, terá que ser o próprio António Costa, como vem acontecendo há uns meses a esta parte, a tentar apagar os fogos com o líquido que, ele próprio, carrega no depósito Mas tal não chega, pois aquela água para apagar o fogo, pode afinal ser combustível que pode cair-lhe em cima, e as chamas não pararem!