cientistas e especialistas
o que é moderno hoje? Avanços tecnológicos e pesquisas de ponta tiveram forte impacto no setor sucroalcooleiro nos últimos 40 anos, o que levou a eficiência da indústria a novos patamares. Nos anos 1990, a aplicação da técnica de cariotipagem e, posteriormente, do DNA mitocondrial foram marcos importantes na seleção de leveduras para conhecer a fermentação e direcionar processos. Esses avanços na genética e no melhoramento de leveduras seguem em ritmo acelerado, mas a modernização não se limita à dorna. Todas as etapas da agrícola e da indústria estão entrando na era da inteligência artificial e dos processos automatizados. Inteligência artificial: A indústria sucroenergética, assim como todo o mundo corporativo, não está alheia a essas transformações. Apesar do bom nível de automação, as usinas carecem de aplicações tecnológicas da Indústria 4.0 (computação em nuvem, Big Data, sistemas integrados e simulações). Uma pesquisa realizada com trinta usinas revelou que 46% delas não têm sequer integração entre as redes de automação e as de tecnologia da informação, TI.
A falta de integração entre o chão de fábrica e a gestão corporativa aumenta o trabalho manual de engenheiros e atrasa a análise de dados, culminando no problema da gestão reativa e perdas financeiras. A análise de dados do setor sucroenergético não é um assunto novo, mas os recursos disponíveis atualmente, a velocidade no processamento, as formas de armazenamento e os sistemas cognitivos de inteligência artificial aumentaram a capacidade de evitar erros de forma gigantesca. Um problema industrial, que antes um especialista levava mais de seis horas para resolver, um sistema baseado em inteligência artificial pode solucionar em 0,14 segundos. A inteligência artificial na usina não se limita apenas a monitorar processos em tempo real e a identificar desvios, mas também permite a colaboração entre a gestão, a operação da usina, a agrícola, as consultorias e os demais atores envolvidos. Um conjunto de regras, equações e algoritmos elaborados por um banco de dados auditado permite: • Monitorar processos em tempo real; • Identificar as variáveis que mais afetam performance; • Obter o melhor arranjo de condução do processo; • Prever resultados. Automação industrial: Na década de 1980, houve uma expansão dos processos automatizados nas usinas. Nas destilarias anexas, essas tecnologias da época davam conta do recado. Já nas autônomas, a oscilação constante do processo, em razão da disponibilização de matéria-prima, prejudicava a automação básica existente, causando, assim, uma redução significativa da eficiência do processo fermentativo. A solução foi migrar os sistemas básicos de automação para uma estrutura mais elaborada, baseada em teorias de controle ótimo.
Um problema industrial, que antes um especialista levava mais de seis horas para resolver, um sistema baseado em inteligência artificial pode solucionar em 0,14 segundos. "
Henrique Berbert de Amorim Neto Presidente da Fermentec Coautores: Fernando Henrique C. Giometti, Claudemir D. Bernardino, Bruno Sattolo, João Vicente Gaya, Paulo Roberto C. Vilella, Guilherme M. Ferreira, Antonio Rogério P. César, Silene C. de Lima Paulillo, Mário Lúcio Lopes, Crisla S. Souza, Juliana Servidoni e Marcel S. Lorenzi