O que há de moderno hoje na área industrial do sistema sucroenergético - OpAA61

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cientistas e especialistas

Opiniões

uma montanha de energia No contexto da pauta em questão, este trabalho será restrito ao Sistema de Geração de Vapor e Conversão de Energia das Usinas de Açúcar e Destilarias, que, até pouco tempo, constituíam o setor sucroalcooleiro, que, aos poucos, evoluiu e passou as ser denominado setor sucroenergético, como indica a pauta. A nova denominação é mostra da incorporação de diversas tecnologias que modernizaram o setor e propiciaram a incorporação da energia elétrica no core business do segmento. Assim, a estratégia mercadológica deixa de estar concentrada exclusivamente na produção do açúcar e do etanol e passa a incluir significativas quantidades de energia elétrica, que passaram a ser comercializadas. Para tanto, a modernização do sistema de geração de vapor e conversão de energia, ainda que através de tecnologias plenamente dominadas, foi fator determinante. Nesse contexto, a produção de energia (mecânica e elétrica), que, nas plantas mais antigas, era da ordem de 20 a 30 kWh/tC, evoluiu para valores, em alguns casos, superiores a 100 kWh/tC, possibilitando a geração de excedentes de energia elétrica, que passaram a ser comercializados junto ao sistema elétrico e se tornaram fonte de receita significativa para o setor. A evolução embora modesta, sem grandes inovações tecnológicas, baseada exclusivamente em tecnologia dominada, decorreu em vista da necessidade de compatibilização com a situação financeira com a qual conviveu o setor. o

A nova denominação do setor é mostra da incorporação de diversas tecnologias que o modernizaram e propiciaram a incorporação da energia elétrica no core business do segmento. "

Arthur Padovani Neto Diretor da Aliança Piracicaba

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Diversas tecnologias extremamente promissoras que permearam em seminários e na bibliografia técnica no início dos anos 1990 deixaram de ser cogitadas, visto que era premissa básica dos projetos de que os riscos fossem mínimos. Assim, ciclos que contemplavam a gaseificação da biomassa, turbinas a gás, caldeiras de recuperação deram lugar a equipamentos como caldeiras de alta pressão, turbinas de múltiplos estágios operando em ciclos de contrapressão e, posteriormente, de condensação. É claro que renunciamos, na ocasião, à geração específica de energia da ordem de 250 kWh/tC, para buscarmos valores da ordem de 100 kWh/tC, que era o limite dentro das premissas observadas.


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