O que há de moderno hoje na área industrial do sistema sucroenergético - OpAA61

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cientistas e especialistas

moderno em utilidades O conceito de uma planta ou instalação moderna está ligado a instalações, processos e tecnologias mais evoluídas, eficientes, com baixo risco tecnológico e economicamente viáveis. Não são necessariamente plantas que usam tecnologias disruptivas ou que acabaram de ser desenvolvidas. Sempre existirão condições motivadoras para a implantação de tecnologias mais recentes, e todas são muito dependentes da conjuntura econômica e/ou da estratégia empresarial. Nesses últimos 40 anos, dos quais 29 no CTC Centro de Tecnologia Canavieira, pudemos impulsionar o setor sucroenergético no aumento de eficiência, estudar e desenvolver novas tecnologias, algumas ainda não viáveis para implantação. Pude comprovar que as pesquisas atuais somente serão implantadas quando maduras tecnicamente e viáveis financeiramente; isso pode levar décadas, devido à longa vida dos equipamentos e à magnitude dos investimentos. Nas décadas de 1980 a 2000, tivemos a primeira demanda para atualização tecnológica, a necessidade de a usina produzir vapor e eletricidade para o autoconsumo apenas com bagaço. A conjuntura da época era de alto preço do petróleo e perspectiva de falta de eletricidade. Todas as usinas trabalharam para adequar seu consumo de vapor, caldeiras, turbinas, entre outros, e se tornaram autossuficientes em combustível (apenas com o bagaço) e em eletricidade durante a safra. Naquela época, o motivador foi o fantasma da falta de eletricidade. O governo já tinha perdido a sua capacidade de investir em infraestrutura, e a nossa economia estava em acelerado crescimento; as previsões de falta de energia eram altas, portanto as usinas não podiam correr o risco de ficar sem

O que é moderno em utilidades hoje? Moderno, hoje, é produzir eletricidade, além do açúcar e do etanol. "

Hélcio Martins Lamônica Diretor da HM Lamônica Consultoria

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eletricidade e investiram na modernização. Naquela hora, a viabilidade econômica se tornou secundária. Essa onda de otimização nos levou a uma grande vantagem ambiental no balanço energético e de CO2, atingindo o índice de produção de 8 GJ de energia renovável para cada GJ de energia não renovável consumida, desde a lavoura até a produção industrial. A partir dos anos 2000, as usinas já eram autossuficientes em energia, e o setor elétrico já estava em processo de desregulamentação e desestatização, e um novo fantasma apareceu: a falta de eletricidade devido à crise hídrica. Criou-se, então, a oportunidade para um novo produto: a energia elétrica. Convém lembrar que a tecnologia utilizada no setor é do ciclo a vapor convencional (Rankine, desenvolvido no século passado), e já estávamos otimizados para esse ciclo na pressão de 22 bars. Aumentar a produção de eletricidade significa, necessariamente, aumentar a eficiência do ciclo térmico, com a elevação da pressão de vapor vivo acima dos 60 bars, aliada à melhoria de eficiência dos acionamentos mecânicos, à utilização de acionamentos elétricos para moenda e preparo de cana e demais equipamentos, à melhoria de eficiência no aproveitamento de vapor para o processo, à utilização de turbogeradores acionados por turbinas de múltiplos estágios, etc. O nível dessas otimizações depende da remuneração recebida pela eletricidade exportada, pois é ela que deverá custear esse investimento.


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