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produtores de florestas
Opiniões
o outro lado da inovação florestal Assisti, recentemente, a uma palestra do Chris Trimble, renomado professor na Tuck School of Business (Hanover, New Hampshire, USA), fazendo uma analogia entre escalar uma montanha e a inovação. Ele fala um pouco sobre seu livro, escrito em colaboração com Vijay Govindarajan, O outro lado da inovação, e, apesar de a palestra não ser nova, o conteúdo não poderia ser mais atual. Ele comenta que os alpinistas se preparam e se preocupam com a subida da montanha, mas muitos se esquecem de que a chegada ao topo é apenas a metade da jornada, tem ainda toda a descida. Aliás, alguns dizem que, nas escaladas mais perigosas, como o Everest, o K2 ou a temida Annapurna, no Nepal, um número elevado de acidentes fatais ocorre justamente na descida. Assim acontece também com a maior parte das inovações! Tão difícil quanto chegar ao produto ou processo inovador é escalá-lo no mercado ou implementá-lo nas rotinas das empresas. Em outras palavras, inovar com êxito tem como fator crítico de sucesso sua implementação. Mas isso não deve ser surpresa para ninguém.
Normalmente, pessoas ou organizações não são muito abertas a mudanças. Preferem ficar na zona segura do status quo. Existe a máxima de que ”em time que está ganhando não se mexe”, e esse pode ser um dos problemas que dificultam a implementação de novas tecnologias. As razões para isso são inúmeras: medo do desconhecido, insegurança, falta de boas informações, entre outras. Sabemos que é necessário inovar (mais ou menos como o ”navegar é preciso”, do Fernando Pessoa), mas estar aberto à inovação depende do comprometimento das pessoas e das organizações. Nas commodities, por exemplo, mudar um processo é caro, e, por vezes, os clientes não pagam esse custo de inovar. É o conceito do outro lado da inovação colocado em prática. Contudo não resta dúvida de que esse momento único que estamos vivendo, seja no número de pessoas infectadas pelo SARS CoV-2, do número de pessoas que estão ou ficaram isoladas ou dos negócios que estão ou foram impactados, tudo isso trará mudanças radicais e difíceis de prever.
Algumas coisas são irreversíveis e, talvez, essa seja uma para a qual precisamos nos preparar. Constatamos que somos tão ou mais produtivos trabalhando em casa do que nos escritórios. "
Cesar Augusto Valencise Bonine Gerente Executivo de P&D da Suzano
O padrão de higiene e de consumo mudaram e não devem voltar ao estágio anterior, as formas de comunicação mudaram, do ensino até de relacionamento entre as pessoas. A moda agora é falar do novo normal. Outro ponto que não podemos deixar de abordar na realidade pós-Covid está ligado à tecnologia no novo ambiente de trabalho. Aqui, me refiro especificamente à forte tendência de home office, frente aos modelos convencionais de espaços de escritório.
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