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Visão do Governo brasileiro
somos, de fato, um caso de sucesso
Penso que o setor sucroalcooleiro pode ser visto como exemplo e símbolo do protagonismo brasileiro na economia mundial e um ponto de vanguarda nesta caminhada extraordinária de mudanças significativas no perfil da economia brasileira. Sobretudo porque é uma cadeia produtiva complexa que avança em direção ao futuro, abrindo novas perspectivas e novas formas de atuar. O etanol brasileiro tornou- -se referência mundial. Poucos países no mundo conseguem uma modificação tão significativa na sua matriz energética, incluindo energia limpa, renovável, produzida com recursos essencialmente nacionais. Hoje, o Brasil oferece esse conhecimento a nações menos desenvolvidas na África e no Oriente. O que é importante perceber é que todos os avanços conseguidos pelo setor sucroalcooleiro eram inimagináveis, não há 50 anos, mas 20 ou 10 anos atrás.
Eu estava com o presidente Lula, há poucos dias, falando sobre a nossa vinda aqui. Todos sabemos que, de todos os setores em que o presidente se envolveu, esse foi um pelo qual ele demonstrou mais carinho e ânimo, de uma maneira pessoal, por meio de muitas ações efetivas, como os incentivos criados ao carro flex – programa sem similar no mundo. No que se refere à busca da internacionalização, o presidente tornou-se um homem que tratou de procurar mercados, fazendo, em toda a oportunidade que teve, a difusão do programa do etanol brasileiro e defendendo a sustentabilidade desse programa.
We are truly a success story
I think the sugar and ethanol industry may be viewed as an example and symbol of Brazilian leadership in the world economy and as a mark along this extraordinary path of relevant changes in the profile of the Brazilian economy. This is specifically so because it is a complex production chain that advances in the direction of the future, while opening new perspectives and new ways to perform. Brazilian ethanol has become a world reference. Few countries in the world achieve such significant change in their energy matrix, which includes clean, renewable energy, essentially produced from national resources. Nowadays, Brazil offers this knowledge to less developed nations in Africa and the Orient. It is important to notice that all these advancements achieved by the sugar and ethanol industry were unimaginable 50 years ago, even only 20 or 10 years ago.
I was with President Lula a few days ago talking about coming here. We all know that of the segments the president got involved in, this one was the object of his special attention and enthusiasm, in a very personal manner, as evidenced by actual initiatives, such as the incentives for dual-fuel (“flex-fuel”) vehicles – a unique program in the world. As related to the quest for internationalization, the president stood out as the man who looked for markets, using every opportunity he had to publicize the Brazilian ethanol program, while defending its sustainability.
He instructed us in the Ministry of Agriculture to realize the agricultural/environmental zoning, brought about the signing of a social protocol with the mills, practically took part in all international fora that were in any way meaningful, such as here at the Fenasucro and Agrocana. One of the issues pending solution is taxation, but with respect to the CIDE fuel tax, the president differentiated the tax on ethanol in comparison with the tax on gasoline. He also supported the use of bagasse as a generator of electric power and throughout his term in office, provided intensive support through the government’s financial bodies.
Wagner Gonçalves Rossi Ministro da Agricultura Minister of Agriculture
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Ele determinou que fizéssemos no Ministério da Agricultura o zoneamento agroecológico, firmou protocolo social com as usinas, participou, praticamente, de todos os fóruns internacionais que tiveram significado, como aqui na Fenasucro e Agrocana. Uma das questões a serem resolvidas ainda é a tributária, mas, com respeito à CIDE, o presidente diferenciou o imposto do álcool em relação ao da gasolina. Também apoiou a utilização do bagaço como gerador de energia elétrica e manteve, durante todo o governo, um apoio intenso, através dos órgãos financeiros do Governo.
O consumo do etanol no Brasil chegou a superar pontualmente da a gasolina. Nós chegamos a uma produção de mais de 660 milhões de toneladas de cana, com um acréscimo de área da ordem de 680 mil hectares. Isso representa ainda menos de 1% do território nacional ocupado com cana, na verdade, um pouco mais de oito milhões de hectares, o que corresponde a uma fração tão ínfima. Fico imaginando como é que conseguiram criar aquele mito de que a cana estava invadindo áreas de produção de grãos, se nós, neste ano, tivemos o maior recorde de todos os tempos na produção de grãos no Brasil, com 147 milhões de toneladas. Cresça a cana, cresça o grão, cresça a pecuária, que pode diminuir o gap de desenvolvimento tecnológico entre agricultura e pecuária. Precisamos avançar nessa questão. Mais do que tudo isso, nós produzimos 28 bilhões e meio de litros de etanol, sendo quase oito e meio de anidro e pouco mais de 20 bilhões de hidratado, e produzimos 38 milhões de toneladas de açúcar, que deram um alento novo ao setor pela sua comercialização adequada no mercado internacional.
Quero salientar, porque este é um Fórum Internacional, que tudo foi conseguido por esse setor por causa do seu empresariado dinâmico na indústria e na agricultura. Isso foi conquistado num país que tem 55% do seu território com a mesma cobertura vegetal de quando os navegadores aportaram no nosso País. Nenhum país do mundo tem algo semelhante.
Nós somos a maior agricultura, nós temos a maior área sob utilização pelo extrativismo sustentável no mundo. São seis milhões e duzentos mil hectares de florestas usadas com respeito ambiental. Tira-se delas aquilo que elas oferecem, mas sem destruí-las. Nós temos, hoje, programas específicos para proteção ambiental, como o Boi Guardião, em que todos os grandes frigoríficos e agora também os médios e pequenos se recusam a comercializar carne oriunda de regiões recém-desmatadas. Temos também o acordo feito entre as empresas produtoras esmagadoras de soja para óleo e as autoridades do setor, envolvendo ONGs, para que nenhuma soja saída de áreas de recente desmatamento seja comercializada no Brasil. As pessoas precisam saber que nós temos a agricultura mais produtiva do mundo. A falta de informação, a ignorância ou a má fé cobram índices de produtividade ao produtor brasileiro, quando é o produtor brasileiro que tem os maiores índices de produtividade. Nós tivemos, nos últimos 20 anos, um acréscimo de apenas 25% de área cultivada no Brasil e 152% de aumento de produção. Querem nos impor a pecha de destruidores da natureza, quando, na verdade, ninguém é capaz de ajudar tanto a natureza a manter seu equilíbrio, quanto o produtor rural, porque é ele que cuida da sua terra, que evita a erosão, que não permite o assoreamento dos seus leitos d’água, que protege seus mananciais e que quer tudo funcionando bem na sua terra.
Estamos recebendo neste Fórum representantes de muitos países que se interessam pelo nosso programa de etanol.
On occasion, ethanol consumption in Brazil actually surpassed that of gasoline. We reached a production of more than 660 million tons of sugarcane, adding 680,000 hectares of plantations, which still is less than 1% of the national territory used for sugarcane plantations. In fact, this totals slightly more than 8 million hectares, which is a very small fraction. I wonder how the myth arose that sugarcane was invading grain producing areas, if we, this year, achieved the all-time record in grain production in Brazil, with 147 million tons. May sugarcane, grain and cattle breeding activities grow so that one may close the gap between agriculture and cattle breeding in terms of technological development. We must move forward on this issue. More importantly, we produced 28 and a half billion liters of ethanol, of which almost 8 and a half were anhydrous and just over 20 billion were hydrated ethanol, while we produced 38 million tons of sugar that again boosted the industry thanks to the appropriate marketing of the product in the international market.
I wish to emphasize, since this is an international forum, that all this was achieved by this industry thanks to its venturous entrepreneurs in agriculture and industry. This was accomplished in a country that has 55% of its territory intact with the vegetation cover provided by Nature when the explorers first set foot on this land. No other country in the world measures up to this.
Ours is the largest agriculture, we have the largest sustainably exploited extraction area in the world. A total of 6,200,000 hectares of forests exploited while respecting the environment – one extracts what the forest has to offer, without destroying it. Nowadays, we have specific programs for environmental protection, such as the Boi Guardião (Guardian Ox), in which all the large slaughtering companies and now even the medium and small companies refuse to market meat originated in recently deforested regions. We also should mention the agreement celebrated between oil extracting soybean crushing companies and authorities in the industry, along with NGOs, by which no soya originating in recently deforested areas may be marketed in Brazil. People need to know that we have the most productive agriculture in the world. Lack of information, ignorance or bad faith require productivity indexes of Brazilian producers, when, in fact, it is the Brazilian producer that achieves the highest productivity indexes. In the past 20 years, we experienced growth of only 25% in Brazil’s cultivated area and 152% growth in production. We are singled out as destroyers of Nature, when, in fact, no one is capable of helping Nature to stay balanced as much as the rural producers are, because it is they who care for the land, prevent erosion and the mudding of water bodies, and that protect their water springs, while seeing to it that everything works well on their land.
At this forum we are welcoming representatives of many countries that are interested in our ethanol program.
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É bom que eles saibam que estão vindo não só para a agricultura, que hoje tem os maiores índices de crescimento tecnológico, de incorporação de ciência ao processo produtivo mas também que tem os maiores índices de preservação no mundo produtivo. Nós somos a agricultura que produz, que alimenta o mundo, exportamos alimentos para 215 países, somos supereficientes e autossuficientes em toda a cadeia produtiva – com exceção apenas do trigo do qual produzimos 50% do que consumimos. Somos o primeiro exportador de açúcar, de carne bovina, de carne de aves. Disputamos com os Estados Unidos o primeiro lugar em soja. Eles têm uma produção maior que a nossa, mas nós temos uma capacidade de exportar maior. Somos importantes players de café, de suco de laranja, milho, carne suína, dentre muitos outros produtos.
Além da grande contribuição econômica e social para o país que o setor sucroalcooleiro propiciou e além dessa grande vantagem que ele propicia à população envolvida, todos nos referimos a Sertãozinho como um marco de desenvolvimento. Aqui estão instaladas as indústrias que geram equipamentos industriais para produção do etanol e para grandes empresas se desenvolverem a partir de uma expertise gerada pelo nosso povo.
As pessoas não têm a menor ideia de que somos a terceira agricultura orgânica do mundo. Nós temos um milhão, setecentos e setenta mil hectares em que é feita a produção sem qualquer uso de química nem fertilizantes nem defensivos. Podemos dizer que somos líderes na agricultura, porque o nosso desenvolvimento tem um vetor extraordinariamente significativo. Somos um país com forte agricultura – por todas as qualidades que conseguimos desenvolver, como também um que dá lição de como preservar o meio ambiente. Isso é extremamente gratificante. Ainda há muito preconceito. Ainda há muita gente que desconhece a realidade sobre o Brasil e fala de nossa nação com os olhos voltados para seus próprios interesses.
Recentemente, eu voltei da União Europeia, aonde fui para negociar, circunstancialmente, questões relativas ao setor de carnes com as mais altas autoridades da Europa, envolvendo comissários e presidentes de comissão do parlamento, e todos, na intimidade, me diziam: “nós sabemos, mas a campanha que houve contra o Brasil foi tão grande que é preciso que nós eliminemos o que ficou, o que restou no imaginário popular europeu sobre as limitações inventadas contra o Brasil, que nunca existiram, mas que se tornaram realidade ao nível mundial, por falta de informação”. Esse continente sempre foi o nosso principal parceiro comercial. Hoje, em alguns setores, nós perdemos essa proeminência, mas o Brasil, pela sua extraordinária competência produtiva, consegue novos parceiros. Como exemplo, hoje, a Rússia e o Irã, nesse setor, substituíram a Europa. Nós não perdemos nada na nossa exportação de carne e assim também temos que trabalhar dando informação. Não somos obrigados a aceitar que o desconhecimento gere um tipo de preconceito contra um país que construiu tudo isto sob uma tão sólida democracia. It is advisable that they be informed of the fact that they are coming to the agriculture that nowadays has the highest technological growth rates, the highest rates of science incorporation into the production process, while also sustaining the highest preservation indexes in the productive world. We are the agriculture that produces, that feeds the world. We export food to 215 countries, we are super-efficient and self-sufficient throughout the entire Brazilian production chain – with the exception only of wheat, of which we only produce 50% of our consumption. We are the number one exporter of sugar, bovine meat and poultry meat. We dispute the number one ranking in soya with the United States, whose production is larger than ours, while we have a larger export capacity. We are an important player in coffee, orange juice, corn, pork, and many other products.
Apart from the sugar and ethanol industry’s significant economic and social contribution to the country and the benefits provided the people involved, we all refer to the city of Sertãozinho as a mark in terms of development. This is where the companies are that make equipment to produce ethanol and some large companies developed here based on the expertise contributed by our people.
People have no idea that we are the third organic agriculture in the world. We have an area of 1,770,000 hectares in which no chemicals, fertilizers or pesticides are used in the production process. We can say that we are leaders in agriculture, because our development has a very important vector. We are a country with a strong agriculture – for all the qualities we were capable of developing, along with the lesson on how to preserve the environment. This is highly gratifying. There is still much prejudice. Many people still have no knowledge about the reality of Brazil and talk about our country from the perspective of their own interests.
I recently returned from the European Union, where I went to negotiate, under the circumstances, issues relating to the meat industry, with the highest ranking authorities in Europe – European commissioners and committee chairpersons in the European parliament –, and all of them, behind closed doors, told me: “we know, but the campaign against Brazil was so intense that what needs to be done is eliminate what remained, what was left over in the imagination of ordinary Europeans concerning the limitations that were made up against Brazil, which never actually existed, but became reality at a global level due to the lack of information”. Europe has always been our main trade partner. Nowadays, in some sectors, we lost this predominance, but Brazil, on account of its extraordinary production competency, is capable of setting up new partnerships, such as, for example, nowadays, with Russia and Iran, that in the meat area have replaced Europe. We lost nothing in our meat exports, so what we must do is provide information. We need not accept that the lack of knowledge generates a kind of prejudice against the country that built all this up while living in a solid democracy.