gestão de pessoas
plantar bem, cuidar bem,
colher bem
A abrangência do tema cobre com propriedade um dos assuntos recorrentes mais significativos de todos os setores de atividade da nossa sociedade, o fator humano. Esse aspecto fundamental pode ter designações distintas, que, com as suas sutilezas, preconizam a real importância e, muitas vezes, as diferentes abordagens atribuídas. Por exemplo, há uma diferença implícita quando chamamos a atividade de “mão de obra”, de “recursos humanos” ou de “fator humano”. “Mão de obra” tem a clara conotação de um recurso destinado às atividades operacionais, enquanto “recursos humanos” se apresenta com maior alcance sobre todos os setores da organização, e “fator humano” nos indica uma visão mais nobre e ampla da questão humana nas organizações. Hoje, sentimos as dificuldades nos diversos níveis do relacionamento entre a organização e o seu corpo de colaboradores.
É através de investimentos na valorização da intervenção humana, com uso de tecnologia para agregar valor, e através de treinamentos constantes que se forma um caminho sustentável. " Yoshio Kawakami Consultor em Recursos Humanos
No nível operacional, as empresas se acostumaram, ao longo dos anos, a contar com uma disponibilidade fácil de “mão de obra” a custos convenientes. Mas a principal causa dessa facilidade nada tem a ver com investimentos em educação ou treinamentos propiciados pelos setores econômicos. A grande fonte de mão de obra tem sido as condições econômicas que afetam uma grande parte da população. Sem muitas alternativas e sem acesso a uma formação melhor, uma grande parcela da população colocava-se no piso do mercado para aprender um ofício qualquer.
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Mas o crescimento econômico dos últimos anos esgotou rapidamente a disponibilidade fácil desses trabalhadores. Tanto as dificuldades de contratar trabalhadores na velocidade necessária como a queda do interesse em trabalhos mais penosos indicam que se faz necessário revisar o modelo baseado na pobreza como fonte de “mão de obra barata”. É através de investimentos na valorização da intervenção humana, com uso de tecnologia para agregar valor, e através de treinamentos constantes que se forma um caminho sustentável. No nível técnico, a limitação de oportunidades e as variações da situação econômica proporcionavam às empresas uma rotatividade limitada destes que, muitas vezes, são chamados de “recursos humanos”, com uma valorização significativa sobre aqueles designados com o termo “mão de obra”. Nesse campo, o impacto das melhorias das condições econômicas resultou numa