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Índice
pragas e doenças
monitoramento
é a chave para um bom manejo
Nos últimos anos, as patologias florestais vêm ganhando mais relevância no setor, e as mudanças climáticas aparentemente têm contribuído para o aumento das ocorrências de pragas e doenças. Temos observado, com maior frequência, eventos climáticos extremos e também alterações no regime de chuvas, bem como o aumento na concentração de gases de efeito estufa e da temperatura média da superfície do planeta. Eventos como esses podem aumentar o risco de ocorrências de surtos, tanto de pragas como doenças, já que desestabilizam o equilíbrio natural. Além disso, outro ponto importante é a redução da disponibilidade de água no sistema, pois isso afeta o vigor das plantas e as torna mais sensíveis a doenças. Nesse contexto, para aplicar um bom manejo integrado, agilidade e confiabilidade dos monitoramentos são premissas que devem ser implementadas e acompanhadas. As doenças manejadas de forma adequada podem evitar grandes prejuízos, tanto no viveiro quanto no campo. O investimento de recursos em monitoramento, como forma de atuar corretamente e no momento mais adequado, é fator determinante para garantir que as florestas atinjam seu potencial produtivo. O principal desafio é detectar o problema e tomar a decisão da forma mais assertiva possível, sem perder a qualidade das informações.
Temos aplicado metodologias de acompanhamento consolidadas e desenvolvendo cada vez mais ferramentas de sensoriamento remoto e também o uso de drones. Com a implementação desses novos métodos, são geradas grandes quantidades de dados, e isso está demandando cada vez mais profissionais capacitados para a realização de análises que consigam transformar tudo isso em informação. O monitoramento no viveiro de produção de mudas, de forma sistemática e frequente, em todos os setores, é imprescindível ao bom manejo. Um colaborador capacitado pode avaliar a presença de pragas e doenças, levantando informações sobre infestação e severidade, que são base para a geração das recomendações. Além disso, o acompanhamento técnico multidisciplinar, com participantes das áreas de pesquisa, qualidade e viveiro, para a discussão das informações geradas, é fundamental para a consolidação dos ajustes necessários.
Quando falamos de doenças nos treinamentos, sempre reforçamos que elas são resultado da interação entre o patógeno, o hospedeiro e o ambiente "
Rafael Augusto Soares Tiburcio e Marlon Michel Antonio Moreira Neto Especialista e Analista de Sanidade Florestal da Veracel Celulose, respectivamente