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DIÁRIO NACIONAL
Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
Ano CXLVI | N.º 155
Quarta-feira, 02 de julho de 2014
SEGURO E SINDICATOS DE ACORDO
QUANTO AO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL
AUMENTO
PARA ONTEM
n O secretário-geral do PS acusa o Governo de faltar ao cumprimento de “mais uma promessa” ao continuar sem apresentar uma proposta concreta de aumento do salário mínimo, que deveria ter entrado ontem mesmo em vigor. De acordo estão os principais sindicatos e Arménio Carlos, líder da CGTP, deixa um aviso ao Executivo e ao patronato: “Haverá luta nas empresas caso o salário mínimo não seja aumentado já”...
CARLOS DO GRAMMY n O fadista Carlos do Carmo, a celebrar 50 anos de carreira, vai receber um “Lifetime Achivement Grammy”, que distingue percursos de referência no panorama internacional, sendo o primeiro artista português a receber tão distinto prémio. O galardão será entregue no dia 19 de novembro em Las Vegas
JÚNIOR
Mais de cinco mil alunos participam no programa da U. Porto
DESEMPREGO
Mota Soares diz que a taxa de 14,3% em maio é um sinal de esperança
FÁTIMA
Santuário congratula-se com a criação do Dia do Peregrino pelo Parlamento
local porto
2 | O Primeiro de Janeiro
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014
Décima edição da “Universidade Júnior”
IBMC vê reconhecida a competência técnica
Mais de cinco mil alunos presentes
Ensaios laboratoriais
A Universidade do Porto anuncia a participação de 5100 alunos, com idades entre os 11 e os 17 anos, na décima edição da “Universidade Júnior”, um programa de iniciação ao ambiente universitário. Durante cerca de um mês, os alunos do 5.º ao 11.º ano vão substituir os estudantes universitários nas salas de aula e laboratórios da Universidade do Porto e frequentar as mais de 150 atividades diferentes que decorrem, essencialmente, nas faculdades e unidades de investigação da U. Porto, numa iniciativa que envolve centenas de professores, investigadores e estudantes da instituição. Os jovens vão poder realizar experiências em laboratórios, investigações sobre alimentação, atividades desportivas e musicais, aprender sobre engenharias computacionais e arquitetura, entre outras iniciativas pensadas para que os mais novos possam testar as suas vocações ou, simplesmen-
PORTO. Durante cerca de um mês, os alunos (do 5.º ao 11.º ano) vão substituir os estudantes nas salas de aula e laboratórios da Universidade te, alargarem as fronteiras dos seus conhecimentos. Além dos mais de cinco mil estudantes portugueses, a “Júnior” conta também com a participação de jovens de Angola, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Itália, Macau e Moçambique. A iniciativa conta com os habituais programas (Experimenta no Verão, Oficinas, Verão em Projeto ou Escola de Línguas) e dá, ainda, a oportunidade de uma experiência
única de alojamento num quartel da cidade do Porto para mais de 830 alunos que não podem diariamente deslocar-se entre a sua casa e a Universidade do Porto. Os juniores vão ocupar a Universidade do Porto durante todo o mês de julho e na primeira semana de setembro, altura em que os melhores alunos do ensino secundário aprendem a fazer investigação académica em áreas como as Ciências
da Vida e da Saúde, Física ou Matemática. O maior programa nacional de introdução ao ambiente universitário é feito pelo trabalho diário de mais de 300 estudantes, professores, investigadores e técnicos de todas as faculdades e vários centros de investigação da U. Porto e conta com o apoio de 32 Câmaras Municipais que financiam algumas participações de estudantes na Universidade Júnior.
Debate realiza-se amanhã no Porto
“Teatros Municipais: Que Serviço Público?” Os mais de 500 promotores do texto “Teatros Municipais: Que Serviço Público?” realizam, amanhã, no Porto, um debate sobre os teatros do Rivoli e do Campo Alegre, cujo programador está a ser escolhido pela autarquia. A informação foi avançada por Francisco Alves, do Teatro Plástico, uma das organizações ligadas ao movimento. Segundo Francisco Alves, o encontro realiza-se às 18h00 em “frente à porta principal” do Rivoli, uma vez que foram “indeferidos” os pedidos de reunião com o vereador da Cultura, com o presidente da Assembleia Municipal e a cedência do Pequeno Auditório daquele teatro municipal. A Câmara do Porto iniciou em março e o vereador da Cultura da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva, apontou para “o fim de maio” a contratação do programador para os teatros Rivoli e Campo Alegre, mas os 557 subscritores do movimento que-
rem debater neste momento o tema “Rivoli e Campo Alegre: que Serviço Público?”. “É tempo de repensar a política cultural no Porto. E, nomeadamente, refletir sobre o que se quer de um teatro municipal e da sua relação com a cidade”, descreve-se no documento assinado por mais de 500 pessoas, com o título “Teatros Municipais: Que Serviço Público?”. Para os subscritores, “a oportunidade de produzir um documento sobre estas questões é tanto mais óbvia quanto está a decorrer um concurso público para escolher o diretor encarregue de presidir” aos destinos do Rivoli e do Campo Alegre. “Mais do que discutir currículos ad hoc e perfis-robot de um putativo diretor, urge pensar no que significa ou pode significar o conceito de Teatro Municipal e articular ideias que promovam o resgate efetivo de dois equipamentos públicos degradados no quadro
de uma política cultural de serviço público – relativamente à qual as câmaras não se podem demitir”, defende o movimento. A associação defende ainda que, ao tornar “conjunta a gestão de dois teatros municipais”, a efetiva prática do serviço público terá de decorrer, “antes de mais, da não submissão da programação a uma política de gosto único ou a uma lógica de rentabilidade comercial”. “A condição primeira da verdadeira sustentabilidade dos dois teatros municipais passa por privilegiar o trabalho de um departamento de envolvimento e alargamento de públicos capaz de desenvolver ações que permitam transformar bens culturais em bens comuns e cativando destinatários muito diversos do ponto de vista social e etário”, defendem ainda. Os subscritores consideram também essencial o “cumprimento do
princípio de democraticidade e de serviço público” através de um “olhar externo e plural em cujos pareceres a direção se poderia apoiar”. Em causa está a criação de um “conselho consultivo (ou «observatório»), composto por representantes das várias áreas de programação e das várias gerações de criadores/pesquisadores”, que se alteraria a “cada temporada”. “É imprescindível que sejam dadas garantias de que os núcleos locais de produção, em todos os domínios, terão acesso aos dois teatros municipais, sem prévia censura política e segundo critérios que visem tão-só a manutenção de um cartaz de qualidade”, alertam. De acordo com o estipulado pela autarquia no concurso público, caberá ao programador “definir e executar a estratégia de financiamento da atividade” dos teatros, nomeadamente no que diz respeito a “oportunidades de programas Comunitários”.
O Centro de Genética Preditiva e Preventiva, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IBMC), anunciou que viu oficialmente reconhecida a sua competência técnica, através da acreditação de ensaios laboratoriais e atividades clínicas. Este reconhecimento, pelo Instituto Português da Acreditação (IPAC), segue os requisitos da NP EN ISO 15189, a norma de acreditação mais exigente para laboratórios clínicos, sendo o Centro de Genética Preditiva e Preventiva (CGPP) “o primeiro laboratório acreditado em Portugal para realizar testes genéticos em doenças neurológicas, além da hemocromatose”, explicou o coordenador desta unidade clínica, o médico geneticista Jorge Sequeiros. De entre os testes genéticos acreditados, destacam-se os para a paramiloidose (PAF TTR), a doença de Charcot-Marie-Tooth, doença de Huntington, doença de Machado-Joseph e outras ataxias espinocerebelosas (SCA1, SCA2, SCA6 e SCA7) e a hemocromatose. Para Jorge Sequeiros, “o CGPP sempre se preocupou com a qualidade e segurança dos testes, cujos resultados podem ter grande impacto nos doentes e suas famílias”. De facto, explica Jorge Sequeiros, “a acreditação não alterou os procedimentos levados a cabo pelo CGPP e sempre existiu uma avaliação anual da qualidade por uma equipa externa de especialistas” mas, agora, “temos uma entidade oficial que veio acreditar o que é cá feito”. Jorge Sequeiros refere, a título de exemplo, que “as próprias colheitas de sangue e a extração de ADN foram acreditadas, o que é muito importante, pois estes são os primeiros passos essenciais para um teste genético e onde os erros são tão frequentes”. A acreditação é o processo pelo qual a entidade nacional autorizada (o IPAC, em Portugal) reconhece formalmente a qualidade na realização de tarefas específicas. Apesar das recomendações internacionais e ao contrário de muitos países europeus, a acreditação ainda não é obrigatória em Portugal. De acordo com o responsável daquele centro de genética, “a mera certificação dos laboratórios não é suficiente”. A acreditação diferencia-se da certificação em vários aspetos, nomeadamente numa “muito maior exigência dos critérios e metodologias usadas, ensaio a ensaio, tendo como princípio a avaliação da competência técnica, bem como o facto de existir uma única entidade acreditadora em cada país”, sustenta. A acreditação contribui para a melhoria da qualidade dos processos laboratoriais, incluindo a redução dos tempos de resposta, com grande impacto para médicos e utentes. “A resposta mais rápida diminui a ansiedade dos doentes, bem como permite a confirmação do diagnóstico e aplicação atempada das medidas clínicas adequadas, incluindo o aconselhamento genético em familiares”, sublinha Jorge Sequeiros. O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto é uma associação sem fins lucrativos e um Laboratório Associado do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTES), com ligação à Universidade do Porto. Atua no sector da saúde através do Centro de Genética Preditiva e Preventiva (CGPP), prestando serviços à comunidade na área dos testes genéticos, aconselhamento genético e formação científica, clínica e laboratorial a profissionais
regiões
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014
O Primeiro de Janeiro | 3
Projeto de relatório da comissão de inquérito dos ENVC iliba coligação
Governo “não teve qualquer alternativa” Documento será apresentando na comissão amanhã. PCP e BE são muito críticos com as conclusões de Ângela Guerra.
PJ faz interrogatórios sobre Maddie MacCan
Quatro arguidos A Polícia Judiciária interrogou, ontem, em Faro, quatro homens constituídos arguidos no âmbito do desaparecimento de Madeleine MacCan, além de mais de uma dezena de testemunhas, revelou uma fonte ligada ao processo. Segundo a mesma fonte, os suspeitos “têm todos nacionalidade portuguesa”, acrescentando que também se encontram no Algarve cães da Scotland Yard, os quais “poderão vir a ser utilizados em futuras operações de busca, nomeadamente a viaturas”. As diligências levadas agora a cabo pela PJ portuguesa surgem na sequência de “um pedido feito pelas autoridades britânicas”. Os suspeitos foram identificados pela Scotland Yard no âmbito de uma nova investigação policial britânica iniciada em Julho do ano passado. Também no quadro dessa investigação, a polícia britânica e portuguesa realizaram buscas no início de Junho na Praia da Luz, concelho de Lagos, onde a criança desapareceu há sete anos. Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
O projeto de relatório da comissão de inquérito aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo recomenda que haja “menor ingerência política” e maior rigor na gestão financeira das empresas públicas. “Deverá existir um maior rigor na gestão financeira e na execução atempada dos contratos que se inserem nas relações diplomáticas da República Portuguesa com Estados terceiros. O Governo deverá assegurar que a gestão das empresas públicas seja cada vez mais empresarial e com menor ingerência política”, lê-se nas recomendações propostas pela deputada do PSD Ângela Guerra, relatora. Em conferência de imprensa, a deputada disse que o relatório da comissão, que será apresentado na comissão amanhã, conclui que houve uma “clara intervenção política” no processo do navio Atlântida, paradigmático de anos de “incapacidade de gestão” da empresa pública. “Pese embora que das audições tenham resultado inúmeras contradições entre os vários depoentes, ficou claro que este é um exemplo paradigmático da incapacidade de gestão que a empresa teve ao longo de muitos anos, bem como de uma excessiva interferência política nas suas decisões”, referem as conclusões do relatório. Por outro lado, conclui que o atual Governo “não teve qualquer alternativa” quanto à forma de lidar com os auxílios estatais à empresa, que classifica como “ilegais”. “A posição da Comissão Europeia não deixou ao Governo qualquer alternativa quanto à forma de lidar com a questão dos auxílios passados”, refere o relatório da comissão de inquérito. Quanto aos ENVC, o relatório destaca que houve “muita instabilidade” nos conselhos de administração entre 2004 e 2011 e que o endividamento aumentou em mais de 100 milhões de euros nesses anos, “partindo de uma situação relativamente equilibrada nos anos de 2003, 2004”.
Coligação agradada
O deputado do PSD Afonso Oliveira destacou que o relatório da comissão demonstra uma “ausência total de empenhamento” por parte do anterior Governo, do PS, relativamente à empresa. Sobre a atuação do atual governo, Afonso Oliveira defendeu que “tratou do processo de reprivatização e que, não resultando, avançou com um processo de subconcessão” que teve como objetivo “manter os trabalhadores a trabalhar”. O CDS-PP defendeu que “resulta claro” que não houve qualquer falta de transparência nas decisões do atual governo PSD/CDS-PP. Abel Batista destacou que o relatório demonstra uma “estrutura empresarial desajustada”. PSP acusa gestores
O deputado do PS António Gameiro rejeitou que tenha havido auxílios ilegais aos estaleiros, contrariando a versão apresentada no projeto de relatório da comissão de inquérito, que disse conter “falhas e incorreções”. Quanto às críticas à gestão dos Estaleiros, António Gameiro frisou que “houve deficiente gestão” e “não só na governação socialista” mas sim desde pelo menos 1997 e defendeu que “os que tinham a gestão da empresa devem ser responsabilizados no relatório face aos factos provados nas audições”. Viana do Castelo. Relatório destaca que houve “muita instabilidade” nos conselhos de administração dos estaleiros navais entre 2004 e 2011
Dois suspeitos detidos
Jovem de 19 anos raptada em Lisboa libertada
A Polícia Judiciária libertou uma jovem raptada ao final da tarde de segunda-feira, em Lisboa, e deteve os presumíveis autores do crime, anunciou aquela polícia em comunicado. O rapto ocorreu no início da tarde de segundafeira, quando um homem e uma mulher, com 20 e 25 anos de idade, respetivamente, raptaram uma jovem de dezanove
anos, exigindo dinheiro a uma pessoa amiga da vítima em troca da jovem. Nesta ação, a PJ, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo, deteve os suspeitos no momento da libertação da vítima. Os detidos aguardam a aplicação de medidas de coação. Por outro lado, a PSP anunciou que deteve, a 26 de junho, em Odivelas, Lisboa, um homem suspeito de ter agredido a sua companheira, de 41 anos, e a filha desta, de 17 anos. O homem, de 37 anos, ficou em prisão preventiva.
Críticas à esqueda
O PCP considerou que o projeto de relatório da comissão de inquérito “iliba o atual Governo” e anunciou que vai propor a reafectação da empresa no domínio público. “O relatório quis aligeirar as responsabilidades do Governo e da atual maioria neste processo. É um relatório que elimina as responsabilidades do governo neste processo de liquidação de um setor que é fundamental que é o setor da construção e reparação naval”, afirmou Carla Cruz. Já o Bloco de Esquerda anunciou, através de Mariana Aiveca, a intenção de votar contra o relatório da comissão de inquérito aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo por considerar que este faz “um branqueamento das responsabilidades” do Governo.
4 | O Primeiro de Janeiro
nacional
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014
António José Seguro e o aumento do salário mínimo
Jerónimo de Sousa e os números do desemprego
“Governo falha mais uma promessa”
“As aparências às vezes iludem”
O secretário-geral do PS acusa o Governo de faltar ao cumprimento de “mais uma promessa” ao continuar sem apresentar uma proposta concreta de aumento do salário mínimo, que deveria ter entrado ontem mesmo em vigor. António José Seguro falava aos jornalistas após ter recebido na sede nacional do PS delegações da UGT e da CGTP-IN, reuniões em que esteve em discussão a situação económica e social do país, designadamente a questão da evolução do salário mínimo nacional. “Já não há mais nada para falar com o Governo sobre o salário mínimo nacional. De uma vez por todas, o Governo tem de levar o assunto do salário mínimo nacional à concertação social”, declarou o líder socialista. Seguro referiu que o primeiro-ministro, Passos Coelho, em março, “véspera de eleições” europeias anunciou que o tema do salário mínimo seria debatido em concertação social, “mas um mês depois das eleições ainda não há notícias sobre a proposta do Governo”. “É urgente aumentar o salário mínimo nacional, há um consenso por parte de sindicatos e associações empresariais nesse sentido, e não percebemos do que o Governo está à espera. A atualização do salário mínimo significa mais rendimento no bolso dos trabalhadores, o que ajuda ao desempenho positivo da procura interna e da economia portuguesa”, advogou o secretário-geral do PS.
SMN. O líder do PS e o secretário-geral da CGTP-IN estão de acordo quanto à necessidade “urgente” de aumentar os salários em Portugal Confrontado com a possibilidade de a atualização do salário mínimo apenas ocorrer em janeiro do próximo ano, o líder socialista frisou que o seu partido entende que essa atualização já deveria ter ocorrido “no máximo a partir de 01 julho”, dia de ontem, que é o “início de um novo semestre”. “O culpado é o Governo. Não percebemos esse atraso do Governo, que foi muito rápido em março, antes das eleições, a dizer que iria propor o aumento do salário mínimo, mas agora, passado um mês, verifica-se que o Governo não cumpriu mais uma das suas promessas”, acrescentou António José Seguro. Luta por aumentos salariais Entretanto, o secretário-geral da CGTP-IN apelou aos partidos da oposição para contestarem as alterações à contratação coletiva e advertiu o Governo e o patronato que haverá luta nas empresas caso o salário mínimo não seja aumentado já. Arménio Carlos falava no final de
uma reunião com a direção do PS, na sede nacional deste partido, encontro em que se discutiram a evolução do salário mínimo, a contratação coletiva, as alterações à lei geral do trabalho em funções públicas e a tabela única de suplementos na administração pública. “A CGTP-IN está disponível para fazer uma discussão séria, que passa pela imediata atualização do salário mínimo, mas também já percebemos que os patrões, na prática, apesar de afirmarem o contrário, não querem aumentá-lo. Se o salário mínimo não for atualizado agora, a CGTP-IN apelará aos trabalhadores portugueses para que solidariamente se unam no sentido de desenvolverem uma luta para exigir o aumento dos salários em todas as empresas”, avisou. Segundo Arménio Carlos, nesse cenário, a CGTP-IN “redinamizará a intervenção nas empresas para exigir respostas no que concerne às reivindicações salariais”. “Se pensam que é pela via dos boicotes e dos bloqueios, no que respeita à concertação social, que vão impedir a
atualização dos salários, estão bem enganados. Vamos atualizar os salários pela força que os trabalhadores tiverem nos respetivos locais de trabalho”, adiantou ainda o líder da CGTP-IN, embora sem especificar por enquanto que formas de luta está sua central sindical a ponderar promover. Arménio Carlos defendeu depois a tese de que a conflitualidade só existe “quando há duas partes que não se entendem”. “Queremos pela via do diálogo e da negociação resolver o problema, mas, pelos vistos, a outra parte não quer resolver o problema. E se a outra parte não quer resolver o problema, então tem que se confrontar com aqueles que se opõem às suas posições”, disse ainda. Na questão da contratação coletiva, o responsável máximo desta central sindical apelou a todas as forças da oposição para que, em bloco, contestem as mudanças pretendidas pelo Governo em relação à contratação coletiva. “Os partidos da oposição têm de se opor à revisão da legislação laboral, que mais não visa do que destruir a contratação coletiva, destruir direitos e reduzir de novo a retribuição dos trabalhadores, desta vez por via da diminuição dos subsídios. Num quadro em que se acentuam as injustiças e as desigualdades, não podemos aceitar que este Governo prepare novas desigualdades. O mesmo Governo que disse que a reforma laboral já estava feita é o mesmo Governo que está a preparar uma nova e mais grave remodelação da legislação do trabalho”, defendeu Arménio Carlos. O secretário-geral da CGTP-IN adiantou que o PS comunicou que “está de acordo com a necessidade de travar a ofensiva do Governo” no plano da legislação laboral. “É preciso que o nosso povo saiba que a questão da contratação coletiva não tem apenas a ver com os direitos dos trabalhadores. Os direitos dos trabalhadores estão indissociavelmente ligados aos direitos da família”, concluiu.
Mota Soares e a taxa de desemprego (14,3%) em maio
“Sinal de esperança e de confiança” O ministro do Trabalho considera “um sinal de esperança e de confiança” a redução da taxa de desemprego em Portugal, que voltou a recuar em maio, para 14,3%, contra 14,6% em abril, segundo dados do Eurostat. “Neste momento o desemprego desceu para 14,3%, é certamente um sinal de esperança, é certamente um sinal confiança para muitas pessoas que estavam no desemprego e que agora conseguiram voltar ao mercado de trabalho”, disse Pedro Mota Soares, sublinhando: “É certamente um sinal que estamos a assistir a uma recuperação da economia, é uma recuperação sustentada da economia que nos permite também conseguir resgatar portugueses que estavam no desemprego e conseguir encontrar uma colocação profissional”. O ministro falava aos jornalistas em
Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, à margem de um conjunto de visitas e inaugurações que efetuou a instituições particulares de solidariedade social daquela região. A taxa de desemprego em Portugal voltou a recuar em maio, para 14,3%, contra 14,6% em abril, menos 2,6 pontos percentuais do que um ano antes (16,9%), a segunda maior descida homóloga da União Europeia, segundo dados do Eurostat. De acordo com os dados avançados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o desemprego tem estado a recuar de forma ininterrupta em Portugal no corrente ano, ainda que com ligeiras descidas, pois era de 15% em janeiro, 14,9% em fevereiro, 14,8% em março e 14,6% em abril. Ainda assim, a taxa de desemprego em Portugal mantém-
se como a quinta mais elevada da União, atrás de Grécia (26,8%, valor de março), Espanha (25,1%), Croácia (16,3%) e Chipre (15,3%), e muito acima da média quer da UE (10,3%), quer da zona euro (11,6%), que se mantiveram praticamente inalteradas (desceu 0,1% na União e estabilizou no espaço monetário único). “É certamente um bom sinal, é um sinal que nos dá confiança e esperança, mas é também um sinal que temos que continuar a trabalhar. É fundamental nós olharmos para estes números, perceber que o desemprego em Portugal esteve em 17,3%, no final do ano passado estava em cerca de 15,6% e continuou-se a reduzir”, observou ainda Mota Soares, reconhecendo, contudo, que a redução é “lenta, mas consolidada”.
Na mesma linha de pensamento, o deputado do PSD e presidente da JSD sustentou que a diminuição da taxa de desemprego em maio mostra que os sacrifícios feitos pelos portugueses e as políticas do Governo começam a dar resultados. Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Hugo Soares comentou estes números sustentando que “demonstram bem que aquilo que são os sacrifícios dos portugueses fizeram nos últimos anos e aquilo que são as políticas do Governo estão a dar resultados”. Segundo o deputado do PSD, os dados hoje divulgados “são sinais da recuperação da economia, da criação de emprego, das políticas do Governo, mas, sobretudo, dos sacrifícios das portuguesas e dos portugueses, que começam agora a dar resultados”.
O secretário-geral do PCP disse que as aparências iludem no que à redução do desemprego em Portugal diz respeito, lembrando que por dia saem do país 250 cidadãos para a emigração. “Não apresentem isso como um trunfo e um triunfo, antes pelo contrário: é resultado da situação social, é resultado da emigração, é resultado de muitos trabalhadores perderem a esperança, tendo em conta a sua idade, a dificuldade em encontrar emprego, e já nem sequer o subsídio de desemprego recebem”, declarou o comunista. Jerónimo falava aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, no final de um encontro com uma delegação da central sindical CGTP, e comentava os dados desta manhã do Eurostat, que revela que a taxa de desemprego em Portugal voltou a recuar em maio, para 14,3%, contra 14,6% em abril, menos 2,6 pontos percentuais do que um ano antes (16,9%), a segunda maior descida homóloga da União Europeia (UE). “As aparências às vezes iludem”, realçou Jerónimo de Sousa, para quem “a manter-se esta saída de 250 portugueses por dia para a emigração” o Governo até pode “apresentar baixas sucessivas do desemprego”. “Quantos milhares de trabalhadores perderam o direito ao subsídio de desemprego e ficaram desanimados, desencorajados, numa situação dramática?”, interrogou o líder do PCP. Jerónimo alertou ainda para as consequências da emigração de “tanta gente nova, novas gerações, gente que faz falta ao país”. Tanta emigração, advoga, “tem consequências já no grau de natalidade existente” em Portugal e “este défice demográfico vai ter consequências tremendas no futuro” do país. Quanto à reação socialista, o líder António José Seguro diz que são os programas ocupacionais e o fenómeno da emigração que justificam a descida da taxa de desemprego em Portugal e não por via de qualquer crescimento da economia. “Infelizmente, não é a economia mas os programas de ocupação que estão a absorver o desemprego. É um mau sinal, porque o país deveria estar neste momento a recuperar do ponto de vista económico, o que significaria a existência de um aumento da taxa de emprego”, sustentou. Pelo contrário, de acordo com Seguro, verifica-se uma descida da taxa de desemprego em resultado “de vários programas ocupacionais, a par de um aumento da emigração”. “O que seria desejável era uma descida do desemprego por boas razões, por via do dinamismo económico e do crescimento da economia, o que infelizmente não está a acontecer”, concluiu.
economia
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014
O Primeiro de Janeiro | 5
Taxa de desemprego volta a cair desde o início do ano, sendo agora de 14,3%
Portugal ainda tem 736 mil desempregados Número estimado de desempregados era, em maio, de 736 mil, dos quais 135 mil têm menos de 25 anos.
Reembolsos do IRS batem números de 2013
1400 milhões devolvidos Mais de 1,8 milhões de famílias já tinham recebido o IRS relativo aos rendimentos auferidos em 2013 a 30 de junho, num montante total de reembolsos que se aproxima dos 1.400 milhões de euros, segundo a tutela. De acordo com informação prestada pela Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, o processamento de reembolsos de IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoa Singular) tanto da primeira como da segunda fases “está a decorrer com toda a normalidade”. Até 30 de junho tinham sido processados os reembolsos de 1.836.085 famílias, número que supera em mais de 264 mil famílias o número de pagamentos processados em igual período de 2013. Ao todo, o Estado tinha reembolsado 1.396 milhões de euros até ao final de junho, o que corresponde a um aumento de quase 150 milhões de euros em relação ao período homólogo, altura em que tinham sido reembolsados 1.249 milhões de euros em sede de IRS. A tutela adianta ainda que o processo dos reembolsos relativos às declarações da primeira e da segunda fases entregues em 2014 deverá estar “globalmente concluído até dia 10 de julho”, ou seja, uma semana antes do que sucedeu em 2013. Este ano, foram submetidas 3.274.901 declarações na primeira fase e outras 1.629.760 na segunda.
A taxa de desemprego em Portugal voltou a recuar em maio, para 14,3%, contra 14,6% em abril, menos 2,6 pontos percentuais do que um ano antes (16,9%), a segunda maior descida homóloga da União Europeia. De acordo com os dados, ontem, avançados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat, o desemprego tem estado assim a recuar de forma ininterrupta em Portugal no corrente ano, ainda que com ligeiras descidas, pois era de 15% em janeiro, 14,9% em fevereiro, 14,8% em março e 14,6% em abril. O número estimado de desempregados era, em maio, de 736 mil, dos quais 135 mil têm menos de 25 anos. Ainda assim, a taxa de desemprego em Portugal mantém-se como a quinta mais elevada da União, atrás de Grécia (26,8%, valor de março), Espanha (25,1%), Croácia (16,3%) e Chipre (15,3%), e muito acima da média quer da UE (10,3%), quer da zona euro (11,6%), que se mantiveram praticamente inalteradas (desceu 0,1% na União e estabilizou no espaço monetário único). Já em termos homólogos, ou seja, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, Portugal registou, pelo segundo mês consecutivo, a segunda maior queda entre os 28 Estados-membros, apenas atrás da Hungria e à frente da Irlanda, com um recuo (-2,6%) bem mais pronunciado do que na média da UE (caiu de 10,9% em maio de 2013 para 10,3% em maio deste ano) e da zona euro (recuo de 12% para 11,6% no espaço de um ano). Também a nível de desemprego jovem, Portugal conheceu entre abril e maio deste ano um novo recuo, de quase um ponto percentual, baixando de 35,9% para 34,8%, sendo a queda ainda mais marcante em termos homólogos, pois em maio do ano passado o desemprego atingia 39% dos jovens portugueses até aos 25 anos. Portugal continua a registar, no entanto, a sexta taxa
de desemprego mais elevada entre os jovens, atrás de Grécia, Croácia, Espanha, Itália e Chipre. BE e sindicais muito críticas
Portugal. O número estimado de desempregados era, em maio, de 736 mil, dos quais 135 mil têm menos de 25 anos
Subida de 1,46%
Lisboa fecha sessão a liderar ganhos na Europa
Os títulos do BCP valorizaramse, ontem, mais de 26%, no primeiro dia em que voltaram a ser negociadas sem direito a participar no aumento de capital, levando o PSI20 a subir 1,46% para os 6.901,18 pontos. De acordo com a Bloomberg, as ações do BCP dispararam 26,90% para os 0,1406 euros por título e também as do BES aumentaram 13,79% para os
0,685 euros por unidade. As ações do BCP negociaram esta segunda-feira pela última vez com direito a participar no aumento de capital de 2.250 milhões de euros. Isto porque as ações negociavam com os direitos de subscrição das novas ações incorporados e, ontem, esses direitos já não estavam inseridos. Das 20 cotadas, apenas sete fecharam a sessão em alta, embora isto tenha sido suficiente para a praça lisboeta liderar nos ganhos que se verificaram nas principais bolsas europeias.
O coordenador do BE, João Semedo, defendeu que os dados que apontam para uma redução do desemprego em Portugal são virtuais e não têm correspondência com a realidade do país. “É uma redução virtual e artificial que não tem correspondência nos postos de trabalho”, advogou. Os números do desemprego, realça o bloquista, “têm uma componente virtual muito grande” e “era bom comparar a taxa de desemprego com a criação de emprego”. As informações do Eurostat, prosseguiu ainda, refletem os muitos trabalhadores portugueses que emigraram, os que não têm emprego mas sim uma “ocupação” e não têm em conta também os reais “critérios” sobre quem está inativo e ativo no mercado de trabalho. O coordenador do BE apontou ainda um estudo recente que aponta para que a crise tenha tirado 3,6 mil milhões aos rendimentos do trabalho e entregue 2,6 mil milhões ao capital, “ficando assim provado o quão desigual têm sido os sacrifícios impostos aos portugueses”. Por seu turno, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse que a “esmagadora maioria” do “pouco emprego” criado é precário e mal remunerado e não existem garantias de uma baixa consistente da taxa de desemprego em Portugal. “O combate ao desemprego promove-se com o crescimento económico e o desenvolvimento do País, mas não só com isso: promove-se também com uma aposta na qualidade do emprego, com justas remunerações, estabilidade e segurança”, alertou. Já o secretário-geral da UGT considerou importante que Portugal tenha registado uma nova redução da taxa de desemprego, mas advertiu que há menor criação de postos de trabalho e que muito do emprego tem caráter sazonal. De acordo com Carlos Silva, por um lado “baixou a taxa de desemprego, mas, por outro lado, também há menos emprego em Portugal”.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014
Vereadores do PSD do Porto falam sobre questão que envolve Pinto da Costa
Polémica sobre medalha sem fim à vista DR
Rui Moreira considerou que não seria cortês atribuir medalha, na mesma cerimónia, ao presidente do FC Porto e a Rui Rio. Os vereadores do PSD na Câmara do Porto defenderam, ontem, a socialista Carla Miranda no caso da medalha ao presidente do FC Porto por “ter sido objeto de crítica por emissários políticos” de Rui Moreira. “Os vereadores não devem ser objetos de crítica por parte de emissários políticos. É uma perversão do sistema político. Manifestamos a nossa solidariedade com Carla Miranda pela forma como foi tratada publicamente”, descreveu o socialdemocrata Ricardo Almeida, em declarações aos jornalistas no fim da reunião privada do executivo. O vereador indicou que o presidente da autarquia, Rui Moreira, justificou a opção de não dar, este ano, o galardão ao presidente portista por “uma questão de sensibilidade”, já que um dos medalhados é o ex-presidente da autarquia, o social-democrata Rui Rio. Fonte da Câmara do Porto confirmou que o autarca Rui Moreira entendeu que não seria “cortês” a atribuir medalhas às duas personalidades da cidade no mesmo ano. Ao manifestar solidariedade com a vereadora do PS, o social-democrata Ricardo Almeida referia-se ao facto de Nuno Santos, adjunto do presidente da Câmara, ter criticado Carla Miranda por, na reunião do executivo realizada dois dias antes, não ter feito qualquer proposta formal para atribuir uma medalha ao presidente portista, Pinto da Costa. “A vereadora não manifestou intenção de incluir o nome de Pinto da Costa na lista de medalhados na reunião de Câmara. Formalmente não fez nenhuma proposta. Podia tê-lo feito e não o fez. E votou favoravelmente a proposta consensualizada pela autarquia”, indicou Nuno Santos. Em declarações feitas ontem aos jornalistas, Ricardo Almeida admitiu que o PSD “veria com bons olhos” que a proposta de atribuição
de uma medalha da cidade a Pinto da Costa “fosse apresentada”. No entanto, observou, “a ideia era que a proposta global [votada na reunião camarária] estivesse consensualizada” com os vários partidos. No dia 19, o assessor de imprensa e adjunto de Rui Moreira frisou não ser “verdade que a vereadora tenha apresentado formalmente na Câmara o nome de Jorge Nuno Pinto da Costa”. De acordo com Nuno Santos, o que aconteceu, no fim da votação, foi que Carla Miranda [a única vereadora do PS a quem não foi atribuído pelouro no âmbito da coligação pós-eleitoral], leu uma declaração de voto em que defendeu “que este era o ano ideal para homenagear Pinto da Costa e o FC Porto”. Contactada na altura, Carla Miranda lamentou que, se o autarca Rui Moreira tinha “alguma coisa para lhe dizer sobre esse assunto”, devia tê-lo feito “na reunião, e não o fez”. Ontem, a vereadora não quis comentar o assunto. Rui Moreira vai entregar a Rui Rio a Medalha de Honra da Cidade, a mais alta condecoração do município reservada a quem tenha prestado serviços de excecional relevância. A condecoração será também atribuída ao escritor Vasco Graça Moura (a título póstumo) e ao alfaiate Gilles Zeitoun, que instalou na Baixa da cidade, em 2009, um ateliê para a criação e produção de alta-costura. Porto. Vereadores do PSD na Câmara defenderam a socialista Carla Miranda no caso da medalha ao presidente dos «dragões», Pinto da Costa
Gold Award 2014
Troféu da Supertaça galardoado nos EUA
O troféu da Supertaça Cândido de Oliveira, concebido e desenhado pelo designer e professor universitário Nuno Duarte Martins, foi distinguido com o Gold Award 2014, da editora norte-americana Graphis. Em comunicado, a Federação Portuguesa de Futebol afirma que “publicação valorizou a inovação e arrojo da peça, que foi apresentada durante a
última edição da Supertaça”. O troféu é composto por duas peças em prata, ligadas através de cristal, numa peça que pretende representar “o espírito Cândido de Oliveira, associado ao ‘fair-play’, à espetacularidade do jogo e à luta pela conquista do título, identificada pelas linhas douradas que abraçam as cinco quinas nacionais”. As peças de prata são assimétricas, sendo que a do lado direito, de maior escala, representa o vencedor da final, ficando à esquerda o vencido.
«B’s» já trabalham
Dentro do relvado, Luís Castro, treinador da equipa B do FC Porto, que vai competir na II Liga de futebol, afirmou que a prioridade do seu trabalho para a nova temporada passa por “desenvolver os jovens talentos do clube”. O técnico foi o porta-voz do grupo de trabalho, no início dos treinos no Olival, partilhando que, apesar da sua missão de formador, não esconde ambição desportiva. “É sempre importante ganhar e vencer títulos, mas relativizo isso. Fundamental, para nós treinadores, é a evolução dos jogadores. Se continuarmos a trabalhar atletas para as seleções, para a equipa principal, e que cresçam como ativos do clube, trocamos tudo isto por um título”, garantiu Luís Castro.
Federação dos Camarões teme jogos viciados
Investigação avança A Federação de Futebol dos Camarões está a investigar denúncias de presumíveis jogos “arranjados” pela sua seleção no Mundial2014, no Brasil, bem como a existência de “sete maçãs podres” no seu plantel. As suspeitas surgiram depois de um condenado, envolvido em vários escândalos de jogos combinados, Wilson Raj Perumel, adivinhar a derrota 4-0 com a Croácia, bem como a expulsão de um jogador no mesmo desafio. “As recentes acusações de fraude em torno de três jogos dos Camarões na fase de grupos do Brasil 2014, especialmente com a Croácia, assim como a existência de ‘sete maçãs’ podres na nossa equipa, não refletem os valores e princípios promovidos pela direção”, explicou a direção deferativa, em comunicado. Embora sem tratar o assunto com a FIFA, a federação deu instruções ao Comité de Ética para investigar o sucedido. “Queremos informar o público de que, ainda que não tenhamos contactado a FIFA sobre este tema, a nossa administração já instruiu o Comité de Ética para que investigue mais estas acusações”, explicam. A seleção dos Camarões foi quarta e última classificada no Grupo A após derrotas com a Croácia (4-0), com o Brasil (4-1 ) e com o México (1-0).
Quarta-feira, 2 de Julho de 2014
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O Primeiro de Janeiro | 7
MUDAMOS DE INSTALAร OES: ESTAMOS AGORA NA: Rua de Vilar 235, 3ยบ - Sala12 - 4050-626 Porto Tlfs: 22 405 331 91 282 06 79
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FUTEBOL / COMISSÃO TRIPARTIDA O Presidente de Gana, John Mahama, demitiu o Ministro do Desporto em sequência do mau desempenho da seleção nacional do Gana no Campeonato do Mundo. Como se sabe, o Gana terminou em último no Grupo G, os jogadores ameaçaram entrar em greve devido aos prémios de jogos não terem sido pagos e dois jogadores foram suspensos por insubordinação. Gustavo Pires* Bem vistas as coisas Portugal acabou em penúltimo lugar, foi desportivamente humilhado pela Alemanha com quatro golos sem resposta, teve um jogador vergonhosamente expulso por agressão a um adversário, a generalidade dos jogadores demonstrou não estar em condições físicas para participar na competição, mais de metade da equipa regressou a Portugal lesionada, o sistema tático da equipa não funcionou e, finalmente, ao contrário daquilo que Hermínio Loureio, Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicepresidente da Federação Portuguesa e Vice-presidente do Congresso do Partido Social Democrata escreveu no jornal “A Bola” nem a logística funcionou a não ser que se entenda por logística enviar atempadamente para o Brasil umas dezenas de quilos de bacalhau, chouriço e outras iguarias nacionais. Hoje, o futebol nacional se, por um lado, ameaça entrar numa espécie de caça às bruxas na medida em que há muita comunicação social a exigir sangue pelo que o mais certo é ficar tudo na mesma, por outro lado, tudo leva a crer que os responsáveis se vão proteger todos uns aos outros pelo que se corre o risco de também ficar tudo na mesma. Em qualquer das situações, daqui a dois e quatro anos, vão-se repetir os mesmos erros de outra maneira perante a já endémica abulia dos portugueses. Não pedimos que, tal como John Mahama, Passos Coelho demita Emídio Pinheiro o Secretário de Estado do Desporto muito embora pouco ou nada se perdesse. Contudo, a última coisa que se pode aceitar é que a mais do que medíocre prestação da seleção nacional de futebol no Brasil seja analisada em regime fechado pelos próprios responsáveis por tudo aquilo que aconteceu. Assim sendo, seria bom que o Primeiro-ministro despachasse no sentido de ser constituída uma comissão tripartida entre representantes da Federação, representantes do Instituto do Desporto e Juventude e representantes da sociedade civil a fim de, no prazo de três meses, apresentar um relatório circunstanciado sobre o que se passou no Brasil bem como um conjunto de medidas que, para além de visarem precaver que tudo se volte a repetir como parece vir a acontecer desde 2002, contribuam também para o desenvolvimento do futebol nacional.
Fadista é o primeiro português a receber disntinção
Grammy para Carlos do Carmo O fadista Carlos do Carmo, a celebrar 50 anos de carreira, vai receber um “Lifetime Achivement Grammy”, que distingue carreiras de referência no panorama internacional, sendo o primeiro artista português a recebê-lo. O galardão, que será entregue no dia 19 de novembro no MGM Grand Garden Arena em Las Vegas, no estado norteamericano do Nevada, distingue as carreiras que constituíram contribuições criativas de excecional importância artística. “O ‘Board of Trustees’ da Latin Academy of Recording Arts and Sciences [LARAS] decidiu, por unanimidade, atribuir a Carlos do Carmo o “’Lifetime Achievement Award’, galardão que distingue a obra das grandes referências do panorama musical internacional”, indica a produtora do fadista em comunicado. Carlos do Carmo, de 74 anos, tem sido distinguido ao longo da carreira com vários galardões, entre eles, o
Prémio Goya da Academia de Artes Cinematográficas de Espanha, pela interpretação de “Fado da Saudade”. Em comunicado, a academia norteamericana considera Carlos do Carmo “um dos maiores fadistas do seu tempo”, referindo que é filho da “lendária fadista Lucília do Carmo, que teve um papel importante na sua carreira, que se prolonga há mais de 50 anos”. A academia aponta Carlos do Carmo como uma das “mais emblemáticas vozes da música portuguesa”. No mesmo texto a LARAS refere que o fado tem sido o “cerne da sua música, mas a sua forma distintiva de interpretar, o seu timbre, e a sua afinidade com a canção francesa e a bossa nova brasileira” permitem-lhe “criar um estilo inconfundível”. Do vasto repertório do fadista, a LARAS cita os fados “Duas lágrimas de orvalho”, “Lisboa menina e moça” e “Canoas do Tejo”, e discrimina
alguns palcos de referência que o fadista pisou, designadamente o Olympia, em Paris, a Alter Oper, em Frankfurt, e o Royal Albert Hall, em Londres. Carlos do Carmo “desempenhou um papel fundamental na candidatura do fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade através dos seus inúmeros concertos, gravações e a participação, em 2007, no filme “Fados”, de Carlos Saura”, lê-se na mesma nota. O Lifetime Achievement Award já distinguiu entre, outros nomes, o brasileiro Roberto Carlos, Mercedes Sosa, Rocío Durcal, Chavela Vargas, Alberyo Cortez, Linda Ronstadt, María Dolores Pradera, Toquinho, Hebe Camargo, Juan Carlos Calderón e Luz Casal. Segundo a produtora do fadista, em novembro está prevista a estreia de um documentário sobre a carreira do criador de “Os Putos”.
Câmara do Porto vai avançar com o concurso público
Rotunda da Boavista vai ter cafetaria A Câmara do Porto aprovou, por unanimidade, avançar, num prazo de seis meses, com o concurso para instalar uma cafetaria na Rotunda da Boavista, na cidade, admitindo contornar a falta de verbas com um concurso de construção-exploração. A informação foi avançada aos jornalistas no fim da reunião do executivo por Pedro Carvalho, vereador da CDU e autor da recomendação, que disse ter ficado convencido do “compromisso” da maioria camarária “de que o concurso vai avançar”. Segundo o vereador, a única alteração feita à proposta prende-se com o prazo estipulado (Pedro Carvalho defendia três meses) para os serviços avançarem com a realização dos projetos de especialidades e “atualização de preços” do projeto, que já esteve orçado entre os 500 e os 700 mil euros. “O projeto de arquitetura está aprovado. Ter naquela zona duas obras arquitetónicas de relevo, salvo a devida comparação com a Casa da Música, seria muito importante para melhorar a atratividade” local, defendeu o vereador da CDU. No documento agora aprovado, o comunista destacou que “a falta de verbas para a execução deste pro-
jeto pode ser superada por outras formas de financiamento, como um concurso de construção-exploração”. A proposta lembra que a recomendação já foi aprovada pelo executivo em 2008 e 2013 e esclarece que pretende enquadrar o espaço “no formato radial do jardim, no gomo entre a avenida de França e a rua Nossa Senhora de Fátima”. De acordo com Pedro Carvalho, com este plano a cafetaria não afeta “o espaço arbóreo nem a mobilidade no interior do mesmo”. O mesmo vereador recorda que este projeto é antigo e chegou a estar previsto ser “pago por dinheiros públicos” através da entrega à empresa Metro do Porto “para a requalificação do Jardim da Rotunda da Boavista (com a coautoria dos arquitetos Siza Vieira e Souto Moura)”. Tal aconteceria, acrescenta o comunista, “no contexto da então perspetivada construção da designada Linha da Boavista”. Para Pedro Carvalho, o projeto “podia ser em si mesmo um fator adicional de atratividade e suscetível de reter voluntariamente o fluxo de milhares de pessoas que circulam diariamente neste jardim, para
além das valências que este equipamento poderia ter no suporte de outras atividades e eventos de dinamização”. O vereador da CDU refere-se concretamente à “área da cultura” e às “sinergias que se podiam desenvolver com outras atividades desenvolvidas pela Casa da Música”, instalada nas imediações. O comunista recorda uma proposta de recomendação “aprovada por unanimidade na reunião camarária de 02 de dezembro de 2008, referente ao interesse para o município na execução de uma cafetaria para o Jardim da Rotunda da Boavista. Em 05 de março de 2013, foi aprovada pela Câmara outra recomendação “com vista ao lançamento de um concurso de construçãoexploração com vista à execução do projeto de cafetaria (…) no Jardim da Rotunda da Boavista”, lembra o vereador. A autarquia deliberou, ainda, por unanimidade, formalizar junto da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), “a adesão ao Protocolo de Colaboração de 29 de agosto de 2012 de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica”, estabelecido entre o Governo e aquela associação, revelou Pedro Carvalho.
Santuário de Fátima expressa “regozijo e alegria” pela decisão
Parlamento aprova Dia do Peregrino O Santuário de Fátima congratulou-se com a criação do Dia do Peregrino pela Assembleia da República, considerando que significa o reconhecimento da importância do fenómeno da peregrinação. Citado numa nota de imprensa, o reitor do maior santuário mariano do país, padre Carlos Cabecinhas, expressa “regozijo e alegria pela decisão tomada, porque significa o reconhecimento da importância do fenómeno da peregrinação”. Para o mesmo reitor, “a peregrinação é um fenómeno vivo e que está muito presente no coração dos portugueses”, realçando a escolha de 13 de outubro para instituir o Dia do Peregrino. “A escolha do dia, 13 de outubro, em que celebramos a última aparição de Maria em Fátima, não nos pode deixar indiferentes, por se tratar de um dia de grande peregrinação ao Santuário de Fátima, o que marcará, em cada ano, a pertinência da decisão tomada”,
acrescenta o sacerdote. O projeto de resolução da maioria PSD/CDS-PP para criar o Dia Nacional do Peregrino foi aprovado na sexta-feira no Parlamento, embora quatro deputados socialistas tenham votado contra e outros 26 optassem pela abstenção. Com sociais-democratas, democratas-cristãos e a maioria dos socialistas de acordo com a iniciativa, Marcos Perestrello, Sérgio Sousa Pinto, Isabel Moreira e Pedro Delgado Alves opuseram-se. PCP, com declaração de voto, BE e “Os Verdes” abstiveram-se. A proposta aprovada – o projeto de resolução 1050/XII – sublinha o propósito de “dignificar o papel do peregrino na construção da sociedade portuguesa”, num país em que “existe uma forte tradição na realização de peregrinações cristãs direcionadas para os mais variados locais de culto, com destaque para aquelas que decorrem no Santuário de Fátima”. No caso do Santuário de Fátima, além
do “importante fenómeno da peregrinação a pé até à Cova da Iria, mais notório nos meses de maio, agosto e outubro, próximo dos grandes dias de peregrinação, e que, nos últimos anos, se tem alargado aos fins de semana ao longo do ano”, o templo “recebe muitos outros grupos em peregrinação, vindos um pouco de todo o mundo, e que são os responsáveis pelas multidões humanas que a cidade-santuário acolhe”. Segundo a mesma nota, em 2013, passaram pelo Santuário de Fátima peregrinos de 86 países, tendo sido registada “a presença de 4.309 grupos de peregrinos, que anunciam a sua presença junto dos serviços”. “Em termos de registo de grupos, são mais numerosos os oriundos de Portugal e, por ordem decrescente, Espanha, Itália, Brasil, Polónia, Estados Unidos, Coreia do Sul, Alemanha, Filipinas, França e Irlanda”, acrescenta a nota de imprensa.