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DIÁRIO NACIONAL

Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

Ano CXLVI | N.º 136

Quinta-feira, 05 de junho de 2014

CHEFES DO GOVERNO DE PORTUGAL E ESPANHA

QUEREM EUROPA MAIS HARMONIOSA

PA SSOS

DEC!DIDOS n Passos Coelho e Mariano Rajoy defendem ser necessário dar “passos decididos” na Europa. “É agora especialmente necessário que, aos exigentes esforços nacionais de reforma e consolidação orçamental dos últimos anos, correspondam passos decididos a nível europeu, envolvendo todas as instituições e Estados-membros, em vista de um funcionamento mais harmonioso e inclusivo da área do Euro e da União Europeia”, refere a declaração conjunta final da XXVII Cimeira Luso-Espanhola...

PORTO

Câmara volta a cobrir de branco mural da Juventude Comunista

OTIMIZADOS

Empresários portugueses e espanhóis assinam acordo sobre eletricidade e gás natural

OE2014

Bastonário da OTOC diz que “não é preciso aumentar impostos”


2 | O Primeiro de Janeiro

local porto

Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

Câmara Municipal do Porto volta a cobrir muro de branco

Matosinhos

Mural da Juventude Comunista “apagado” A Câmara do Porto cobriu de branco um mural que a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) pintou no sábado na escola profissional Infante D. Henrique, no Porto, por considerar ser “proibido fazê-lo sem pedir autorização”. “Pintar muros públicos ou privados sem autorização é proibido”, justificou fonte da Câmara do Porto, acrescentando que o assunto foi levantado pelo próprio presidente, Rui Moreira, em reunião privada do executivo, na terça-feira, tendo o vereador da CDU sido questionado sobre “quem é que pagava a conta”, que perfaz 5775 euros, referentes a serviços e taxas. André Machado, da organização regional do Porto da JCP, responsável pela pintura no muro, afirmou que “a lei não coloca a necessidade de um pedido de licenciamento quando se trata de propaganda política”, sendo ato de pintar aquele mural “legítimo”. “Na mesma semana em que pintámos o mural, um processo judicial referente ao mesmo muro foi arquivado”, disse André Machado, criticando a interpretação que a Câmara faz da lei e o facto de ter permanecido “durante meses um traço na lateral do mesmo

PEDRO CARVALHO. O vereador da CDU na Câmara do Porto critica a autarquia por “estar tão preocupada com a propaganda política de um partido” muro, com cerca de 50 metros”. Agora, vincou, “por ser uma mensagem de propaganda política a Câmara sentiu necessidade de pintar”. Esta não foi a primeira vez que a JCP pintou aquele muro e que a autarquia o pintou de branco, sendo que a Câmara sustenta também que “a propaganda política tem de ser objeto de suporte próprio”. A mesma fonte da autarquia disse ainda que, na reunião do executivo, o vereador do Ambiente, Filipe Araújo, “responsabilizou diretamente a CDU pelo que se sucedeu”, considerando que “aquilo que a CDU tem vindo a fazer com propaganda política em mobiliário urbano e com este mural

representa muitos milhares de euros ao erário público”. Para o comunista André Machado, a inserção daquela pintura “não põe em causa a funcionalidade do muro”, sendo “a lei clara quanto aos espaços” em que se pode ou não colocar propaganda política. O mesmo responsável destacou também que a lei determina um regime de exceção quanto a locais onde é permitido fazer propaganda política, “não incluindo nesse regime paredes de escolas públicas”. “Utilizamos esta ferramenta, que está ao abrigo da lei, para passar a nossa mensagem”, disse, “o ato da Câmara é que é ilegal e o erário público não tem de cobrir de branco murais de ordem política”.

Por sua vez, Pedro Carvalho, vereador da CDU na Câmara do Porto, criticou também a autarquia por “estar tão preocupada com a propaganda política, nomeadamente a de um partido, e não se preocupar com a publicidade, muita dela patrocinada pela própria câmara, colada em paredes e postes”. Na sua opinião, afetado foi o erário público quando a autarquia retirou ilegalmente centenas de pendões da CDU por ocasião das eleições europeias. “A Câmara retirou ilegalmente a propaganda e depois foi obrigada a repor. Isto resultou de um regulamento municipal ilegal e inconstitucional”, concluiu.

Ateneu Comercial do Porto pode desfazer-se d’Os Lusíadas

Sócios decidem hoje venda Os sócios do Ateneu Comercial do Porto decidem hoje, em assembleiageral extraordinária, se pedem um empréstimo sobre o edifício-sede ou se vendem peças como a primeira edição de “Os Lusíadas” para colmatar uma dívida de 110 mil euros. “O ateneu tem vindo a arrastar um défice de exploração considerável, de 50 mil euros por ano. Além disso existe um passivo de 50 mil euros no exercício deste ano e temos a necessidade, para terminar com uma situação financeira equilibrada, de 110 mil euros”, explicou o presidente da direção do Ateneu, em funções há três meses. Perante a “necessidade de financiamento” a direção entendeu que “seria sensato levar aos associados um am-

plo leque de opções, para que possam ter uma palavra na medida a ser tomada”, acrescentou Paulo Lopes. Nesse sentido, foi convocada para a noite de hoje uma assembleia-geral extraordinária em cuja Ordem de Trabalhos consta a “apreciação, discussão e votação de uma das seguintes medidas de obtenção de receita extraordinária”. A direção do Ateneu apresenta, assim, duas hipóteses aos associados, a primeira das quais passa pela contração de um empréstimo bancário “num valor máximo de 200 mil euros, com um período de empréstimo de 10 anos (…) assegurado pela constituição de hipoteca sobre o edifício social”. A segunda hipótese é a de aliena-

ção de peças do espólio do Ateneu, avaliadas por uma leiloeira, nomeadamente um quadro de José Malhoa de valor estimado em 75 mil euros, um contador indo-português do século XVII avaliado em 45 mil euros, um quadro de Henrique Pousão estimado em 90 mil euros e a primeira edição de “Os Lusíadas” de 1572, estimada em 225 mil euros. Segundo Paulo Lopes, o Ateneu tem vindo a proceder ao “esvaziamento” do seu espólio para enfrentar dívidas, tendo “nos últimos quatro anos vendido 300 mil euros em património” o que é “complicado” uma vez que a instituição “também existe como guardião da História”. Para contrariar a tendência de

venda de património, a atual direção entendeu “dar aos associados a opção de recorrer a financiamento bancário, em vez de alienar as peças”, considerando ser “uma violência” a “venda pura e simples” dos artigos. “A nossa previsão é a de que as peças, pelo seu caráter emblemático, não sejam alienadas”, afirmou o presidente, lembrando porém que “não deve ser a direção a decidir”. A decisão final caberá aos associados que se pronunciarão hoje em assembleia-geral extraordinária, agendada para as 21h00 no salão nobre e onde também apreciada a hipótese de a direção contrair junto de associados empréstimos no valor total de 100 mil euros.

Câmara acusa APDL

A Câmara de Matosinhos acusa a APDL de prejudicar o concelho pelo facto de as praias não estarem preparadas para a época balnear, solicitando ao Governo a transferência da jurisdição para as autarquias das áreas da frequência de público. “Foi com grande pesar que se constatou que um dos principais ativos de Matosinhos - as praias de Matosinhos e de Leça da Palmeira - não estão ainda preparados para a época balnear e pior do que isso não estão preparados para receber os veraneantes que ocorrem a Matosinhos todas as épocas do ano”, disse o presidente Guilherme Pinto, acrescentando: “Não podemos aceitar que a APDL esteja a prejudicar o concelho. Mais se reforça a ideia de solicitar ao Governo que transfira para a área da jurisdição da Câmara de Matosinhos, Porto e Gaia as áreas da frequência de público, independentemente das restrições que possam existir pelo facto destas praias estarem perto de uma estrutura portuária”. Felgueiras

GNR deteve sexagenário

A GNR deteve ontem, ao final da manhã, no centro de Felgueiras, o homem que, no domingo, tinha ferido a mulher e a filha com uma arma branca. De acordo com fonte policial, a detenção ocorreu pouco depois do meio-dia, junto ao centro de emprego da cidade, encontrando-se o suspeito sozinho e na posse da arma branca com a qual terá praticado do crime. Às 12h30, o suspeito, de 61 anos, estava a ser ouvido pelas autoridades. A detenção ocorreu após dois dias e meio de buscas realizadas por militares da GNR, em vários pontos do concelho. No domingo, uma mulher de 39 anos sofreu vários ferimentos nas virilhas e nas pernas provocados por uma arma branca usada pelo suspeito, segundo os bombeiros de Felgueiras. A vítima foi internada no Hospital e Guimarães, onde foi operada, e teve alta na terça-feira. A filha, de 16 anos, também sofreu ferimentos ligeiros.


regiões

Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

O Primeiro de Janeiro | 3

Suspeito de usar identidade alheia para burlas em mais de 150 mil euros

Em nome do filho Na Praia da Luz

Miradouro centra atenções policiais

As polícias portuguesa e britânica continuam os trabalhos de prospeção do terreno, onde julgam poder encontrar indícios do paradeiro de Madeleine McCann, a criança desaparecida em 2007, na Praia da Luz. No terceiro dia de trabalhos, as equipas voltaram a analisar diversos pontos junto ao miradouro, efetuando várias marcações e tendo, num dos locais, instalado uma tenda onde trabalham longe dos olhares dos jornalistas. Os trabalhos iniciaram-se cerca das 09h00, com a polícia a centrar-se em pontos específicos já anteriormente assinalados.

Investigador de sinistros responde por cinco crimes de burla qualificada e 30 crimes de falsificação de documentos, usados em burlas. O Ministério Público acusou um homem de recorrer à identidade do filho e de ter forjado os documentos do próprio, para assim levar a cabo um alegado esquema de burlas superiores a 150 mil euros, em Lisboa. Segundo o despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, o arguido terá executado, entre 2005 e 2008, um plano que passou pela utilização ilícita de cópias do Bilhete de Identidade e do cartão de contribuinte do filho. “Para, em nome do ofendido [hoje com 28 anos], abrir contas bancárias, solicitar e usar cartões de crédito, celebrar contratos de crédito para empréstimos pessoais ou aquisição de veículos, contratar seguros e registar veículos e vender esses veículos”, sustenta o MP. O suspeito, atualmente com 63 anos e que se encontra em liberdade, começa a ser julgado em novembro, nas Varas Criminais de Lisboa. O investigador de sinistros responde por cinco crimes de burla qualificada, 18 crimes de falsificação de documentos autênticos e 12 crimes de falsifica-

Lisboa. Suspeito acusado de recorrer à identidade do filho e de ter forjado os documentos do próprio para esquema de burlas ção de documentos particulares. A acusação explica que o arguido conheceu uma advogada em 2000, com quem passou a viver desde 2001. Da relação, que se manteve até 2008, nasceu um filho, em 2003, ano em que o arguido se aproximou do ofendido, que residia numa outra habitação. O MP refere que, à data dos factos, a excompanheira já não exercia advocacia acrescentando que o arguido utilizou, “sem o conhecimento da ofendida”, um carimbo com o seu nome e o número da cédula

profissional da antiga advogada. Para dar maior credibilidade à sua atuação e para conseguir que os formulários lhe fossem entregues, a fim de evitar a assinatura presencial do suposto titular, o homem alegava que o seu filho se encontrava no estrangeiro, além de fornecer sempre a sua própria morada. “E apresentava [o arguido] cópias do Bilhete de Identidade do mesmo [do filho] e do cartão de contribuinte certificada por advogado, o que lhe conferia a mesma força probatória do origi-

nal dos documentos. Certificação feita pelo carimbo de advogada da ofendida Mónica, cuja rubrica, ou assinatura, o arguido, ou alguém a seu pedido forjava”, salienta o MP. O MP sublinha que todas as operações foram realizadas em nome do próprio filho, tendo o arguido pago apenas as primeiras prestações. Os dois ofendidos - filho e ex-companheira - encontraram, em 2009, um cartão especial de identificação, forjado, atribuído pela Assembleia da República aos deputados.

Presidente da Quercus/Aveiro

Ex-diretor da Cultura da CML julgado

Trabalho comunitário evita julgamento

Rui Pereira nega ter beneficiado cunhada

O presidente da Quercus/Aveiro, que foi detido quando tentava impedir o avanço da construção da via de acesso ao Parque da Ciência e Inovação, em Ílhavo, vai cumprir 50 horas de trabalho comunitário, revelou, ontem, fonte ligada ao processo. João Paulo Fernandes, que estava acusado de um crime de desobediência, requereu a suspensão provisória do processo, que lhe foi concedida pelo juiz de instrução criminal na semana passada, evitando, assim, a ida a julgamento. Segundo a mesma fonte, o arguido terá de efetuar 50 horas de serviço de interesse público.

O ex-diretor da Cultura da autarquia lisboeta Rui Pereira negou, ontem, ter violado o dever de “imparcialidade” ao encomendar à sociedade de advogados da irmã da sua companheira, um estudo, de 47 mil euros, sobre a Casa Fernando Pessoa. Rui Mateus Pereira, que foi mais tarde suspenso das funções de presidente do Instituto de Gestão Financeira da Justiça, respondia como arguido, em julgamento, a uma pergunta do procurador Joaquim Simas num processo em que está acusado de participação económica em negócio e falsificação de documento. Apesar da advogada Inês Amaral

Lisboa. Rui Pereira em tribunal devido a um estudo sobre a Casa Fernando Pessoa

(também arguida) prestar serviço jurídico naquele departamento da Câmara Municipal de Lisboa e ser irmã da sua então companheira, Rui Mateus Pereira disse que considerou normal contratar, por ajuste direto, os serviços da sociedade de advogados de que esta era sócia, por entender que era a jurista mais habilitada para o fazer, dado o trabalho anteriormente desenvolvido na autarquia e ligado à Casa Fernando Pessoa. Rui Pereira justificou que havia muita “pressão política” para resolver questões jurídicas ligadas ao espólio e à marca Fernando Pessoa

e que a “falta de juristas” na CML o levaram a contratar a sociedade de advogados de Inês Amaral. O arguido alegou que a primeira parte do estudo, que custou à CML 25 mil euros, lhe foi entregue por Inês Amaral a 7 de Janeiro de 2009 e que deixou o documento em “cima da mesa” de trabalho, estranhando que mais ninguém o tivesse visto ou que este tivesse desaparecido. A terceira arguida do processo é a advogada/jurista Adelaide Silva, que também prestava serviço jurídico na CML e que alegadamente terá ajudado Inês Amaral na elaboração do estudo.


nacional

4 | O Primeiro de Janeiro

Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

Domingues Azevedo e o chumbo do Tribunal Constitucional

Seis instituições condecoradas em Belém

“Contributo imprescindível”

“Não é preciso aumentar impostos” O bastonário dos Técnicos Oficiais de Contas defende não ser preciso aumentar impostos devido ao ‘chumbo’ de três normas do Orçamento de Estado, já que o Estado vai obter mais receita e conta com uma folga financeira. Com o ‘chumbo’ de normas que implicam a reposição dos salários que os trabalhadores da função pública tinham em 2010, “as pessoas vão receber mais e, portanto, descontar mais para o IRS e mais para a Segurança Social”, explicou Domingues Azevedo. Segundo o bastonário da OTOC, o “efeito líquido das medidas que o Tribunal Constitucional decretou não são os 600 milhões de euros que dizem”, já que, desse valor, há que reduzir as prestações a mais pagas para o IRS e para a Segurança Social. Isto representa “entre 10 a 15% dos tais 600 milhões de euros, à vontade”, estimou Domingues Azevedo, acrescentando que, nesse caso, o impacto do

OTOC. Bastonário Domingues Azevedo sublinha que “não há necessidade nenhuma de sobrecarregar mais as pessoas” ‘chumbo’ das normas pelo Tribunal Constitucional deverá ser, em média, de “540 milhões de euros”. Por outro lado, adiantou o bastonário da OTOC, o Governo diz que tem uma folga financeira de quase 13 mil milhões de euros. “Se assim é, é positivo. Mas então porquê continuar a pedir mais esforço às pes-

soas?”, questionou, referindo que “há, no Orçamento de Estado [para 2014], dotações provisionais que ninguém sabe para que são, que ninguém sabe como vão ser utilizadas e há despesas que não estão devidamente documentadas”. Estes valores, defendeu o bastonário, constituem “aquelas ‘gor-

duras’ que são, normalmente, utilizadas no momento que mais interessa, numa diminuição de um imposto ou numa obra num determinado local para uma eleição”. Por isso, sublinhou, “não há necessidade nenhuma de sobrecarregar mais as pessoas”. Ainda assim, Domingues Azevedo acredita que a solução que o Governo irá adotar será o recurso a aumento de impostos. “Penso que poderá ser no IVA ou numa taxa genérica – por exemplo um aumento da taxa de solidariedade social para todos os trabalhadores, quer sejam da função pública quer sejam privados”, avançou, garantindo que, para resolver a falta dos cerca de 540 milhões de euros em causa, “o aumento da taxa do IVA resolverá perfeitamente o problema”. O Tribunal Constitucional considerou inconstitucionais três normas inscritas no Orçamento de Estado para 2014, ‘chumbando’ os cortes salariais, a redução de pensões de sobrevivência e os cortes nos subsídios de desemprego e doença. Esta decisão abriu um buraco no Orçamento de Estado – cujo valor tem sido estimado entre os 500 e os 1500 milhões de euros, mas que o bastonário da OTOC acredita ficar em 540 milhões de euros.

Passos Coelho reafirma determinação do Governo

“Criar estabilidade e confiança” O primeiro-ministro diz que a determinação do Governo PSD/ CDS-PP em criar estabilidade e confiança se mantém, depois de questionado se continua disposto a levar a legislatura até ao fim. “Julgo que os portugueses têm apreciado a determinação que nós temos evidenciado para criar situações de estabilidade e de confiança, sem as quais nós não teremos condições de sustentar a nossa recuperação económica. A determinação do Governo mantémse, portanto”, afirmou Passos Coelho, em conferência de imprensa, no final da XXVII Cimeira Luso-Espanhola, realizada em Vidago, Chaves. Passos Coelho acrescentou que considerou que o chumbo do Tribunal Constitucional a três medidas do Orçamento do Estado para 2014 constituía uma “enorme adversidade” porque “este Governo tem tido como característica não fazer de conta e não virar a cara às situações que são difíceis”.

“Elas existem e, portanto, têm de ser encaradas e resolvidas. E é nessa fase que estamos agora: é a procurar encontrar a melhor forma de responder a esta situação, ajudando a criar um quadro de maior estabilidade, de maior previsibilidade também, que nos permita endereçar estes problemas e obter, quer junto dos investidores externos, quer junto dos nossos credores oficiais, quer junto dos próprios portugueses a confiança que é necessária para podermos agora tirar o partido que legitimamente esperamos tirar de todos os esforços e sacrifícios que foram despendidos até ao presente”, continuou. “Passos decididos”

Os chefes de Governo de Portugal e de Espanha defenderam ser necessário “passos decididos” no sentido de “um funcionamento mais harmonioso e decisivo” da União

Europeia e da zona euro. “Os chefes de Governo congratularam-se com a conclusão do Programa de Assistência Económica e Financeira em Portugal, e do Programa de Assistência Financeira para a Recapitalização de Instituições Financeiras em Espanha. É agora especialmente necessário que, aos exigentes esforços nacionais de reforma e consolidação orçamental dos últimos anos, correspondam passos decididos a nível europeu, envolvendo todas as instituições e Estados-membros, em vista de um funcionamento mais harmonioso e inclusivo da área do Euro e da União Europeia”, refere a declaração conjunta final da XXVII Cimeira Luso-Espanhola, realizada em Vidago, Chaves. No plano europeu, Pedro Passos Coelho e Mariano Rajoy consideraram também ser “urgente uma resposta europeia, célere e concertada” aos “elevados níveis de desemprego, no-

meadamente do desemprego jovem”, apontando os seus “custos sociais e económicos. Por outro lado, apelaram “a todas as partes para que respeitem os resultados” das eleições na Ucrânia. No que respeita ao emprego, “afirmaram a prioridade que constituem a reforma dos mercados de trabalho e as políticas ativas de emprego, e comprometeram-se a mobilizar parceiros ao nível local, regional, nacional e europeu, tirando partido das várias fontes de financiamento disponíveis, nomeadamente do novo Quadro Financeiro Plurianual, para reduzir o desemprego e a segmentação laboral”. Passos Coelho e Rajoy prometeram “prosseguir as reformas para melhorar a competitividade, e promover o crescimento e emprego” no plano interno, e consideraram que o “surgimento de resultados dos respetivos processos de reforma” permite a Portugal e a Espanha “encarar o futuro com reforçada confiança”.

O Presidente da República condecorou ontem seis instituições que trabalham na luta contra a exclusão social, destacando o seu “contributo imprescindível” nos “tempos difíceis” que muitos portugueses atravessam. “Os tempos difíceis que muitos portugueses atravessam puseram em maior evidência o trabalho notável, quase sempre discreto e silenciosos, de um grande número de instituições sociais”, afirmou o chefe de Estado, na cerimónia em que condecorou a Comunidade Vida e Paz, a Associação CAIS, a Associação Portuguesa de Deficientes, a Casa dos Rapazes, a Liga Portuguesa contra a Sida e a SAOM - Serviços de Assistência Organizações de Maria. Referindo que com esta cerimónia pretende-se sublinhar “o contributo imprescindível” das seis instituições no trabalho contra a exclusão social, Cavaco Silva destacou igualmente o “precioso auxílio” dos milhares de voluntários que com elas colaboram, “num esforço de grande generosidade”. “Ao longo dos meus mandatos, tenho contactado com largas centenas de organizações e de personalidades que, diariamente, se dedicam ao apoio aos mais frágeis da nossa sociedade sem qualquer busca de reconhecimento, apenas com o intuito de fazer bem”, frisou. Federações socialistas

Reunião hoje com Direção

Os presidentes das federações socialistas reúnem-se hoje com a direção do PS, ao final da tarde, antes da reunião da Comissão Política Nacional deste partido, na qual será debatida a proposta de eleições primárias. De acordo com fonte da direção do PS, em cima da mesa, estará sobretudo a proposta referida pelo secretáriogeral do PS, António José Seguro, no sábado passado, durante a última reunião da Comissão Nacional, para a marcação de congressos nestas estruturas distritais. Pelos estatutos do PS, o regulamento e o calendário dos congressos federativos terão de ser aprovados em Comissão Nacional, estando prevista uma reunião deste órgão para dentro de 11 dias, mas por convocação dos apoiantes de António Costa. A reunião das federações de hoje também antecederá em poucas horas a Comissão Política Nacional do PS, na qual a Direção de Seguro apresentará uma proposta detalhada para a realização de eleições primárias abertas a simpatizantes, tendo em vista escolher o candidato socialista a primeiro-ministro nas próximas legislativas.


economia

Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

O Primeiro de Janeiro | 5

Portugal com terceira maior queda trimestral entre os Estados-membros da UE

Menos 0,7% de PIB Bacalhau sem fosfatos

Cristas assina acordo com a Islândia

A ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, assinou, ontem, na Islândia um acordo para garantir que o bacalhau vendido a Portugal não contém fosfatos, à semelhança do que fez com a Noruega em dezembro. O objetivo é dar garantias adicionais ao consumidor português, já que a utilização destes aditivos no bacalhau foi aprovada pela Comissão Europeia, em julho de 2013, com o voto favorável de Portugal. “Os nossos importadores sabem que estão salvaguardados”, salientou, adiantando que vai ser criada uma lista de empresas certificadas.

Europa fecha em queda

Bolsa de Lisboa fecha sessão a subir

O principal índice da bolsa portuguesa encerrou a sessão de ontem a valorizar 0,54% para 7.164,89 pontos, com a banca em destaque, num dia em que os mercados europeus de referência fecharam em terreno negativo. Das 20 cotadas no PSI20, 13 subiram, um ficou inalterado face à cotação da véspera e seis desceram. No resto da Europa, as quedas variaram entre os 0,06% de Paris e os 0,26% de Londres. Frankfurt foi a exceção ao ganhar uns ligeiros 0,07%. Já os juros da dívida de Portugal desceram em todos os prazos em relação a terça-feira.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, Portugal registou um aumento de 1,2% do seu PIB. A economia da zona euro cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2014, tendo crescido 0,3% na União Europeia, segundo dados divulgados, ontem, pelo Eurostat. O boletim divulgado pelo gabinete oficial de estatísticas comunitário confirma a estimativa rápida revelada a 15 de maio, que dava conta do crescimento do Produto Interno Bruto. No quarto trimestre de 2013, o PIB do conjunto dos países que partilham a moeda única tinha aumentado 0,3%, enquanto subiu 0,4% ao nível dos 28. Já em termos homólogos, o PIB aumentou 0,9% na zona euro e 1,4% na União, depois de um crescimento homólogo de 0,5% e 1% no último trimestre de 2013. Entre os Estados-membros, Portugal registou, com Chipre, a terceira maior queda trimestral do PIB (-0,7%), superado apenas pelos Países Baixos (-1,4%) e pela Estónia (-1,2%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, Portugal registou um aumento de 1,2% do seu PIB, enquanto no último trimestre de 2013 tinha verificado um crescimento homólogo de 1,5%.

Portugal. Entre os Estados-membros da União Europeia, Portugal registou, com Chipre, a terceira maior queda trimestral do PIB Os países com taxas de crescimento mais elevadas face ao trimestre anterior foram a Hungria e a Polónia (1,1% cada), a Dinamarca (0,9%), a Alemanha e o Reino Unido (0,8% cada). Neste primeiro trimestre, o PIB dos EUA caiu 0,2% relativamente aos últimos três meses de 2013, mas aumentou 2% face ao mesmo período do ano passado. Recorde-se que, na segunda feira, a Comissão Europeia antecipou um crescimento da economia portuguesa de 1% em 2014, quando nas previsões económicas da pri-

mavera, apresentadas no mês passado, apontava para 1,2%, em linha com as projeções do Governo. Por ocasião das recomendações específicas aos Estados-membros, no quadro do semestre europeu de coordenação de políticas económicas, Bruxelas indicou que “a retoma da economia portuguesa está a firmar-se”, e “de acordo com o cenário macroeconómico atualizado do programa de ajustamento macroeconómico, o PIB (Produto Interno Bruto) real deverá crescer 1% em 2014 e 1,5% em 2015”, com

base numa recuperação gradual da procura interna e mais contributos positivos das exportações. A 5 de maio passado, no entanto, por ocasião das suas previsões económicas da primavera, a Comissão Europeia avançava com um crescimento de 1,2% este ano, “confirmando” então as projeções avançadas pelo Governo e em linha com a revisão da 11.ª avaliação do programa português, concluído a 17 de maio. Nessas projeções, Bruxelas previa também um crescimento do PIB de 1,5% em 2015.

Secretário de Estado explica processo de venda

Privatização da ANA vai ao Parlamento O secretário de Estado dos Transportes e os membros da comissão de acompanhamento à privatização da ANA vão ao Parlamento explicar o processo de venda da gestora aeroportuária mais de um ano depois do anúncio do comprador. A audição de Sérgio Monteiro, requerida pelo PSD/CDS-PP depois do potestativo do PS para ouvir a comissão de acompanhamento à privatização da ANA, foi, ontem, aprovada por unanimidade na comissão de Economia e Obras Públicas. Já a proposta socialista para chamar outras entidades ligadas ao processo foi chumbada pela

ANA. Audição parlamentar vai ocorrer mais de um ano depois do anúncio do vencedor da compra

maioria, que considera “não fazer sentido” por “o tema estar encerrado há muito tempo”, de acordo com o deputado socialdemocrata Luís Menezes. “A maioria chumbou várias vezes a audição da comissão de acompanhamento por entender que só fazia sentido depois de ser publicado o relatório, o que só aconteceu em março, e, desde então, tem tentado dilatar as audições”, afirmou o deputado do PS Rui Paulo Figueiredo, que espera que ainda “decorram este mês”. Luís Menezes disse que “o PS quer fazer politiquice” em torno da privatização da ANA,

que rendeu ao Estado 3.080 milhões de euros, considerando que resulta da “falta de agenda” do PS. Por seu lado, os socialistas não entendem “o que é que a maioria tem a esconder sobre a privatização”, lembrando que o relatório da comissão de acompanhamento, liderada por António de Sousa, apresentou várias críticas à forma como o processo foi conduzido. A privatização da ANA ao grupo francês Vinci foi anunciada a 27 de dezembro de 2012 e a última parcela – de 1.400 milhões de euros – foi paga em setembro passado.


futebol

6 | O Norte Desportivo

Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

«Guia do adepto» apresenta recomendações para quem vai ao Mundial

MAI dá conselhos de segurança para o Brasil PSP vai enviar sete polícias ao Brasil, para acompanhar os adeptos portugueses que vão assistir aos jogos da seleção nacional. O Ministério dos Negócios Estrangeiros recomenda aos adeptos portugueses que vão assistir a jogos do Mundial de futebol no Brasil que evitem viajar de noite ou oferecer resistência em caso de assalto, num guia publicado na página oficial. O «guia do adepto», disponível na página da internet da secretaria de Estado das Comunidades (www. secomunidades.pt), faz várias recomendações aos portugueses que se preparam para viajar para o Brasil e deixa contactos úteis em caso de necessidade e emergência. “Em caso de assalto, NUNCA ofereça resistência nem efetue movimentos bruscos ou fora da visão do(s) assaltante(s)”, aconselha o ministério, que sugere ainda que os portugueses devem evitar levantar dinheiro sozinhos e não devem também viajar de noite e andar a pé isolados. Se conduzirem, os adeptos devem manter sempre as portas e janelas trancadas e o carro pronto a seguir marcha e não devem reagir a “indicações de outros condutores ou transeuntes de que algo de errado se passa com a viatura”, sendo preferível verificar a situação numa estação de serviço ou numa esquadra de polícia. “Respeite as forças de segurança e não participe em manifestações”, pede ainda a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Os viajantes devem assegurar que têm o passaporte com validade mínima de seis meses e fazer-se sempre acompanhar do documento original. Nos dias dos jogos, haverá nas imediações dos estádios onde joga a seleção nacional uma equipa móvel de apoio e proteção consular portuguesa, “que poderá prestar auxílio em caso de necessidade”, existindo ainda elementos da PSP de Portugal, dentro e fora do recinto. O Governo sugere ainda o envio de um ‘e-mail’ para o gabinete de emergência consular do ministério dos Negócios Estrangeiros (gab.emer-

gencia@mne.pt), onde os adeptos poderão fornecer detalhes da viagem. PSP envia sete polícias

Brasil. A PSP vai enviar sete polícias, com o objetivo de acompanhar os adeptos portugueses que vão assistir aos jogos da seleção nacional

Bruno de Carvalho

Cristiano Ronaldo jogar é “absolutamente vital” O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho afirmou ser “absolutamente vital” que Cristiano Ronaldo jogue no Mundial de futebol, considerando que, se tal não acontecer, “será muito mau para a seleção portuguesa”. “Acho que é absolutamente vital para Portugal que isso aconteça. Estamos a falar do melhor do mundo e se tal não acontecer

será muito mau para a seleção portuguesa”, afirmou aos jornalista Bruno de Carvalho, em Ponta Delgada. O dirigente «leonino» fez, ontem, escala no Aeroporto de Ponta Delgada, nos Açores, numa deslocação aos EUA, onde vai inaugurar um núcleo do Sporting em Fall River. Bruno de Carvalho manifestou-se “extremamente expectante” num bom resultado da seleção nacional, revelando que irá assistir ao jogo PortugalMéxico, um jogo de preparação que se realiza amanhã, em Foxborough, perto de Boston.

A PSP vai colocar uma equipa de sete polícias ao Brasil, com o objetivo de acompanhar os adeptos portugueses que vão assistir aos jogos da seleção nacional. A equipa da Polícia de Segurança Pública, que viajará para o Brasil no sábado, será composta por uma unidade fixa, constituída por três agentes, que ficará instalada em Brasília, e uma unidade móvel, de quatro policiais, que estará presente nos jogos da seleção portuguesa, em Salvador, Manaus e Brasília. “Não teremos uma ação executiva. Não vamos ter no Brasil autoridade para exercer qualquer medida de segurança. Vamos, única e exclusivamente, auxiliar as autoridades brasileiras na condução dos aspetos de segurança dos adeptos portugueses”, explicou o chefe da delegação, intendente Pedro Gouveia. O chefe da delegação lembrou que a PSP já teve experiências semelhantes na África do Sul, durante o Mundial2010, e na Polónia e Ucrânia, no Euro2012, assinalando que no Brasil os polícias portugueses terão uma “missão simplificada”, porque “a língua não será uma barreira”. “A preocupação fundamental é que tudo decorra com segurança e que a Copa seja um verdadeiro sucesso”, sustentou o responsável pela equipa da PSP. FPF no Dia de Portugal

Por outro lado, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, vai estar presente nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em São Paulo, a 13 de junho. A cerimónia, que vai decorrer no Consulado de Portugal naquela cidade brasileira um dia depois do arranque do Campeonato do Mundo de futebol, conta com a presença do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. Durante a visita ao Brasil, Passos Coelho, a 16 de junho, tem agendada uma reunião com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, antes de assistir ao primeiro jogo de Portugal no Mundial2014, frente à Alemanha.

Dilma e os custos e atrasos nas obras

Culpa é da FIFA A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, defendeu, na terça-feira, a organização do Mundial de futebol no seu país, face a críticas relacionadas com os custos e com os atrasos nas obras, remetendo parte das culpas para a FIFA. Num encontro com jornalistas correspondentes estrangeiros, em Brasília, Dilma Rousseff recordou que em 2007, quando o Brasil ganhou a organização do Mundial de 2014, foi a FIFA quem prometeu que os estádios do torneio seriam financiados pela iniciativa privada. Mas quando o governo brasileiro viu que esse financiamento privado não daria “nem para metade de um estádio”, percebeu que os recintos teriam de ser financiados fortemente por dinheiros públicos. Questionada por um jornalista sobre que conselho daria a um país interessado em organizar um Mundial de futebol, Dilma Rousseff remeteu novamente parte da responsabilidade dos problemas para a FIFA: “Prestem atenção ao que é exigido ao país”, ao caderno de encargos que assinam com a FIFA, pois é preciso refletir bem “no que se deve aceitar ou não”. Muitos brasileiros têm protestado, algumas vezes violentamente; Dilma Rousseff afirmou que as manifestações serão toleradas, “desde que sejam pacíficas” e que “não impeçam a livre circulação necessária ao Mundial”.


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Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 5/06/2014

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 5/06/2014

TRIBUNAL JUDICIAL DE GUIMARÃES 2º JUÍZO CÍVEL

MUNICÍPIO DE PENACOVA Procedimento Concursal Contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado Endereço postal: Largo Alberto Leitão, n.º 5 – 3360-341 PENACOVA. Endereço electrónico: www.cm-penacova.pt. Posto de trabalho a ocupar: Referência A – Um posto de trabalho na carreira e categoria de técnico superior (área de desporto), a tempo inteiro; Ref. B - 2 postos de trabalho de na carreira e categoria de técnico superior (área de desporto), a tempo parcial (50%): Referência C – Um posto de trabalho na carreira e categoria de assistente operacional (apoio à manutenção de equipamentos), a tempo inteiro. Caracterização do posto de trabalho: o descrito no nº 3 do aviso de abertura. Níveis habilitacionais: Referências A e B – Licenciatura na área de educação física ou de desporto; Referência C – Escolaridade obrigatória. Local, forma e prazo de apresentação da candidatura: Câmara Municipal de Penacova, no endereço postal acima referido, em formulário próprio disponibilizado no endereço electrónico supracitado e em suporte de papel; o prazo é de 10 (dez) dias, a contar da publicação do aviso no Diário da República. Publicitação integral do aviso (n.º 6720/2014) no Diário da República, 2.ª série, n.º 106, Parte H, de 03 de junho de 2014. 03 de junho de 2014. – O Presidente da Câmara Municipal, Humberto Oliveira.

ANÚNCIO VENDA POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA 1.ª Publicação Administrador de Insolvência: Dr. José da Costa Araújo, com escritório na Rua José António P. P. Machado, nº 369 1º Esqº, 4750 – 309 Barcelos Telefone: 253 824 116 / Fax: 253 821 065 Processo nº: 336/14.3TBGMR – 2º Juízo Cível Insolventes: Maria Ludovina da Silva Faria e Júlio Ribeiro de Oliveira Nos autos acima identificados procede-se à venda por propostas em carta fechada dos bens, apreendidos para a massa insolvente, e infra identificados, os quais serão adjudicados a quem oferecer o maior preço acima do abaixo anunciado. Foi designado o próximo dia 02 de Julho de 2014 pelas 14,00 horas para a abertura de propostas em carta fechada, presidida pelo Mmo. Juiz do processo, devendo as propostas ser apresentadas na Secretaria Judicial do referido Tribunal, até à hora da abertura das propostas (14,00 horas), acompanhadas de um cheque visado no montante de 5% do valor proposto para a aquisição, ou garantia bancária, no mesmo valor. VERBA N.º 1 Prédio urbano composto por casa de res do chão e 1.º andar e logradouro, sito no Lugar de Carvalheira, Rua 5 de Outubro, n.º 48, freguesia de Brito, Concelho de Guimarães, descrito na Conservatória do Registo Predial de Guimarães sob o n.º 908/ 19960927 Brito e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 1679. VERBA Nº 1 – Valor mínimo a anunciar para venda (€ 170.000,00 x 85%) € 144.500,00 VERBA N.º 2 Mesa de cozinha redonda em madeira e vários móveis de cozinha em madeira, móvel de entrada, terno de sofás de cor creme, cristaleira com portas em vidro, mesa de centro em madeira e tampo em vidro, quadro a óleo com moldura em madeira, móvel tipo minibar, sapateira em madeira, móvel louceiro, mesa de centro de forma redonda com tampo em granito, um terno de sofás em pele encarnada, 1 aparador em madeira castanho, TV retroprojector de marca “Sony”. VERBA Nº 2 – Valor mínimo a anunciar para venda € 200,00 O bens serão mostrados a quem o pretender, pelo Administrador de Insolvência, no próximo dia 20 de Junho de 2014, das 10,30h às 12,30horas ou em qualquer outro dia, mediante, marcação prévia, pelo telefone acima indicado. O Administrador de Insolvência, José da Costa Araújo

MUDAMOS DE INSTALAÇOES: ESTAMOS AGORA NA: Rua de Vilar 235, 3º - Sala12 4050-626 Porto Tlfs: 22 405 331 91 282 06 79

O Primeiro de Janeiro | 7


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O PRIMEIRO DE JANEIRO, está on line e sempre atualizado em: www.oprimeirodejaneiro.pt

OLIMPICAMENTE BENÉVOLO! O dirigente benévolo, aquele que se dedica à causa desportiva pelo amor que tem ao desporto, ao contrário dos dirigentes profissionais, não recebe salário. Em determinadas circunstâncias ele é, simplesmente, gratificado com presentes, ajudas de custo, despesas de compensação de perdas, viagens, amiguismos, nepotismos, cheques, cartão de Gustavo Pires* crédito, topo de gama com chauffeur, hotéis e, entre outras insignificâncias, férias pagas com a família incluída. Por isso, salvo as mais honrosas exceções, nos dias que correm, o dirigente amador não recebe um vencimento ele recebe “cash”. Conheço um dirigente desportivo que a primeira coisa que fez ao assumir as funções na organização para a qual se fez eleger foi chamar o responsável pelo marketing a fim de o encarregar para, em nome da organização e troco de publicidade, negociar uma viatura topo de gama na medida em que a existente não se coadunava com a alta importância que o dito dirigente se atribuía a si próprio. E agora, o dito dirigente, na sua felicidade, à conta dos contribuintes, calça topo de gama para onde quer que se desloque. Dirigentes ditos amadores em estruturas com uma determinada dimensão e volume de atividade que os obrigam a trabalhar, por vezes, mais de oito horas por dia, são um insulto à inteligência de qualquer um. Das duas uma: ou existem benefícios a circular por debaixo da mesa; ou o trabalho realizado não tem a qualidade que o estatuto da organização exige. Quer dizer, é impossível ser-se dirigente desportivo a tempo inteiro acumulando com uma profissão a tempo inteiro. O dirigismo desportivo amador há muito que é um fantasma de si próprio. Jacques Rogge, ex-presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), já no final do seu mandato, quis acabar com a situação de os presidentes do COI exercerem a título benévolo as suas funções, abrindo a porta para o seu sucessor poder exercer as funções a título profissional. Por estranho que possa parecer, os candidatos fizeram imediatamente saber que, se fossem eleitos, exerceriam as suas funções sem qualquer tipo de remuneração. Quer dizer, eles estavam mais interessados na demagogia barata do anúncio do exercício benévolo das funções do que em criarem uma situação em que qualquer pessoa, nova ou velha, com ou sem a sua situação económica resolvida, pudesse exercer as funções de presidente do COI. Entre nós, o que se passou na última direção do Comité Olímpico de Portugal (COP) não se pode repetir. Dirigentes houve, a começar pelo próprio presidente que, à revelia dos estatutos, constavam na folha de vencimentos da organização. O atual presidente do COP foi eleito afirmando e bem que iria exercer as funções de acordo com os estatutos, quer dizer, a título benévolo. Entretanto, é do conhecimento público que ele já não está a exercer as funções profissionais que exercia antes de ser eleito. Assim sendo, e no sentido de clarificar a situação, seria bom que sua Exª esclarecesse a Família Olímpica próxima e afastada acerca da sua situação profissional e qual o estatuto com que está a exercer as funções de presidente do COP. Porque, se a existência de dirigentes profissionais é uma realidade à qual o desenvolvimento do desporto não pode fugir, contudo, tratando-se de funções públicas e de dinheiros públicos, a situação deve estar perfeitamente esclarecida. Ficamos a aguardar o esclarecimento público do Sr. Presidente do COP.

Passos Coelho presta homenagem a Juan Carlos

“Um grande amigo de Portugal” O primeiro-ministro português prestou ontem homenagem ao rei de Espanha, Juan Carlos, que na segunda-feira anunciou a sua abdicação do trono, e desejou felicidades ao seu filho Felipe como seu sucessor. “Quero deixar, antes de mais, uma palavra de homenagem ao rei Juan Carlos, que anunciou esta semana que abdicava do trono. O rei Juan Carlos é uma figura

central da história recente de Espanha e da Europa e, pelo papel que desempenhou na transição para a democracia em Espanha e na história contemporânea do seu país, merece toda a nossa admiração. É ainda um grande amigo de Portugal e dos portugueses, com uma ligação especial ao nosso país de que muito nos orgulhamos”, afirmou Passos Coelho.

Em conferência de imprensa, no final da XXVII Cimeira Luso-Espanhola, realizada em Vidago, Chaves, o primeiro-ministro português acrescentou: “Essa ligação será certamente continuada pelo príncipe das Astúrias, D. Felipe, também ele um grande amigo de Portugal, e a quem desejamos as maiores felicidades como próximo rei de Espanha”.

Empresários portugueses e espanhóis assinam acordo

Otimização da eletricidade e gás natural A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE) assinaram um acordo estratégico, a apresentar aos governos dos dois países, para otimização dos sistemas ibéricos de eletricidade e gás natural. Estabelecido durante a Cimeira Empresarial Portugal-Espanha - que decorreu em Vidago, Chaves, à margem da XXVII Cimeira Luso-Espanhola – o acordo de cooperação centra-se “quer nas áreas de operação técnica e comercial, quer, especialmente, na prioridade a dar às interligações das redes elétricas e de gás natural existentes na Península Ibérica com as do resto da Europa”. Segundo se salienta nas conclusões do encontro empresarial bilateral, estas interligações, são “absolutamente indispensáveis para que Espanha e Portugal se integrem efetivamente nos respetivos mercados a nível europeu”. Da reunião entre empresários portugueses e espanhóis resultou ainda a necessidade de, no plano orçamental, a integração europeia prever um “aprofundamento da partilha de soberanias” no sentido de se encontrarem “formas de mutualização das dívidas soberanas que afastem definitivamente a emergência de novas crises”. “É necessária uma melhor e mais efetiva coordenação, de modo a alcançar uma saudável correção dos desequilíbrios macroeconómicos no seio da União Europeia”, pode ler-se no documento, que refere que “a correção destes desequilíbrios tem sido feita exclusivamente pelo esforço dos países deficitários”, mas, no futuro, “terá de ser sustentado também por aqueles que têm vindo a acumular excedentes externos”. No plano financeiro, CIP e CEOE

apontam a União Bancária como “prioridade, dado o seu importante papel na eliminação da fragmentação do mercado financeiro da União Europeia”, defendendo um “mecanismo comum europeu de garantia dos depósitos” e a “retirada” da proposta relativa ao imposto sobre as transações financeiras. Já ao nível da política industrial, as organizações empresariais concordam que para atingir o “objetivo ambicioso” de aumento do peso da indústria no PIB de 15,3% para 20% em 2020 os líderes europeus “têm de corrigir rapidamente os estrangulamentos que comprometem a competitividade da indústria europeia, nomeadamente no que diz respeito ao acesso ao financiamento, à carga administrativa e burocrática que pesa sobre as empresas e à fiscalidade”. “É preciso que outras políticas, em especial a política comercial e as políticas ambiental e energética sejam compatíveis com o desígnio da reindustrialização”, sustentam. Quanto às relações com países terceiros, CIP e CEOE defendem uma “política ambiciosa de acordos de parceria”, nomeadamente a negociação rápida de um Acordo de Parceria de Comércio e Investimento, “que vá para além da cooperação regulatória e da transparência, incluindo questões específicas como a das restrições às exportações de energia, a regulamentação dos serviços financeiros, a contratação pública e um mecanismo de resolução de conflitos que facilite a interação entre investidor e Estado”. Apelam ainda à “conclusão breve e bem-sucedida” do Pacote da Modernização dos Instrumentos de Defesa Comercial para “combater as práticas desleais do comércio de países terceiros e restaurar as

condições de funcionamento do mercado”. No plano das infraestruturas e logística, as confederações apontam um “défice particularmente notório” ao nível das ligações ferroviárias, elegendo como “prioritárias” as ligações ferroviárias de transporte de mercadorias nos corredores de Aveiro – Vilar Formoso – Irún e de Sines/Setúbal à fronteira com a França, passando por Madrid e, no eixo atlântico, a ligação Porto – Vigo. “A CEOE e a CIP apelam aos seus Governos para que, no quadro dos respetivos Acordos de Parceria com a Comissão Europeia e da utilização do mecanismo ‘Conectar a Europa’ afetem a estas ligações o financiamento necessário e promovam o rápido arranque dos projetos que lhes estão associados”, pode ainda ler-se nas conclusões da cimeira. No âmbito da cimeira empresarial Portugal-Espanha, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e a congénere FarmaIndustria assinaram uma declaração conjunta para articularem estratégias no sentido da sustentabilidade dos sistemas nacionais de saúde. A este nível, as confederações empresariais estabeleceram como pilares centrais o incentivo à inovação, a aposta nas ‘ciências da vida’ e harmonização dos diferentes sistemas europeus de avaliação do valor acrescentado dos medicamentos, que deve ser a “base de negociação dos preços cobrados aos sistemas de saúde”. Globalmente, e na sequência dos resultados das recentes eleições europeias, CIP e CEOE defendem um “enquadramento institucional europeu mais simples, mais próximo e mais eficiente”, de forma a “voltar a reaproximar a Europa dos seus cidadãos”.

Festas de S. João em Vila do Conde

Desfile das Mordomas está de volta O regresso do Desfile das Mordomas, que já não se realizava desde 2009, marca a edição deste ano das Festas de S. João em Vila do Conde. “É uma atividade muito querida dos vila-condenses. Envolve todo o concelho, já reunimos com os presidentes de junta para prepararem as suas mordomas”, contou a presidente da Câmara, referindo-se à iniciativa agendada para as 14h30 do dia 22 de junho.

O programa dos festejos são-joaninos de Vila do Conde, que têm um orçamento a rondar os cem mil euros, está a ser divulgado em Espanha e no aeroporto do Porto, com o objetivo de atrair o máximo de visitantes à cidade, disse também a autarca. “Estamos a tentar que todos venham a estas festas, que são únicas, e com esta divulgação em pontos estratégicos, fora de portas, tentamos chamar a atenção para o nosso concelho”, real-

çou Elisa Ferraz. Na própria noite de S. João, de 23 para 24 de junho, os visitantes presenciarão as Marchas Luminosas dos Ranchos das Rendilheiras do Monte e da Praça. Também haverá fogo-de-artifício e a atuação de artistas de música popular. “É este o tipo de música que as pessoas gostam nesta altura e por isso esperamos que as pessoas fiquem mais tempo como costumava acontecer”, salientou a autarca.


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