RUBEN FARIA SOFRE ACIDENTE Piloto português foi transportado para o hospital de helicóptero
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DIÁRIO NACIONAL
Ano CXLVI | N.º 25
Quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
UGT E PS EM SINTONIA QUANTO
AO ORÇAMENTO DE ESTADO
DÚV!DA S
n ”Partilhamos as preocupações da UGT, vamos ao encontro delas e estamos a trabalhar para apresentar um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do Orçamento do Estado para 2014”, explicou o líder da bancada socialista, Alberto Martins.
ONDAS DE DESTRUIÇÃO
MUNICÍPIOS
n Forte agitação marítima causa vários
FENPROF
estragos em quase toda a costa nacional
Direção da ANMP reuniu com Presidente da República e quer empreender um novo ciclo de desenvolvimento
Professores marcam concentração para dia 30 em frente à residência do primeiro-ministro
PORTO
Rui Moreira acredita que é possível encontrar com o Governo uma solução para a SRH
local porto
2 | O Primeiro de Janeiro
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
Rui Moreira diz que o Estado se deve manter na SRH do Porto
Tráfico de viaturas
“Acredito que este mês possamos encontrar uma solução” O presidente da Câmara do Porto defende que o Estado deve manterse na Sociedade de Reabilitação Urbana e disse confiar que “ainda este mês” vai ser possível encontrar com o Governo uma solução para a empresa. “Estou convencido de que, depois da conversa com Governo, com o ministro Jorge Moreira da Silva, vai ser possível finalmente encontrarmos uma solução para a SRU. Acredito que este mês possamos encontrar uma solução”, afirmou Rui Moreira, em declarações aos jornalistas, no fim da reunião camarária privada. O autarca comentava o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) às contas de 2012 da SRU Porto Vivo, uma sociedade a que ele próprio presidiu, que o Estado (acionista maioritário) disse querer abandonar em 2013, que tem os órgãos sociais em funções desde 2011 e que está sem presidente do Conselho de Administração há mais de um ano (após a renúncia ao cargo por parte de Rui Moreira). O presidente da Câmara criticou o “agendamento político” da divulgação
RUI MOREIRA. O presidente da Câmara do Porto acredita numa solução com a participação do Estado dos resultados da auditoria às contas e o seu uso como “arma de arremesso” em campanha eleitoral, considerando “lamentável” que em setembro a ministra das Finanças tenha dito que o documento não estava concluído. “Ao contrário do que a ministra disse, o relatório estava pronto. Acho isso, sob o ponto vista ético e político lamentável”, afirmou. Moreira revelou que, “em primeiro lugar”, a Câmara vai propor ao Estado que “altere a sua intenção de sair da SRU”, e sublinhou a importância de o Estado, acionista maioritário da SRU (60% do capital) através do Instituto de Ha-
bitação e Reabilitação Urbana (IHRU), dizer “de que forma quer participar” na empresa. “Seja através do IHRU, seja de outra forma qualquer. Se o IHRU entende que não deve participar na reabilitação urbana, se sabemos como estão os bairros do IRHU no Porto, se o Estado pretende acabar com a reabilitação urbana, então deve acabar com IHRU, não com a SRU”, defendeu. Amorim Pereira, do PSD, disse que os vereadores do PSD não tiveram acesso “ao texto integral do relatório”, mas a uma declaração política da maioria pós eleitoral formada pelos independentes
de Rui Moreira e os vereadores do PS, e notou que “se alguma coisa tem de importante o relatório do IGF é confirmar que existem prejuízos avultadíssimos, de cerca de 500 milhões de euros”. “O que interessa é que modelo da SRU falhou, que a reabilitação urbana está por fazer, que a cidade está a cair e ainda ninguém apresentou nenhum plano alternativo para que tendência se inverta”, criticou. Na declaração política da maioria, criticam-se “os responsáveis políticos que quiseram usar a Porto Vivo para efeitos meramente eleitoralistas”, notando que “um deles, pelo menos, é hoje representante da oposição como vereador”. O documento de cinco páginas recorda declarações do presidente do IHRU, de Luís Filipe Menezes (candidato do PSD à Câmara do Porto) e de Ricardo Almeida, atualmente vereador social-democrata na autarquia, concluindo que “o relatório agora conhecido vem demonstrar que estas e outras afirmações eram infundadas e difamatórias”. Pedro Carvalho, da CDU, criticou no fim da reunião os “ajustes de contas político-partidários pós-eleitorais”, vincou que “o modelo de gestão da SRU não funciona” e que a empresa “dá prejuízo”, sem alcançar “o resultado prático do repovoamento da cidade. A CDU defende ainda que a Câmara esteja representada na SRU em 70% e que a empresa tenha “financiamento público da autarquia e de fundos próprios do Orçamento do Estado cofinanciados por fundos comunitários”.
Águas do Porto “deve continuar pública”
Matos Fernandes preside ao Conselho de Administração A Câmara do Porto nomeou hoje para presidente do Conselho de Administração da Águas do Porto João Pedro Matos Fernandes, a quem caberá decidir se ex-secretário de Estado do Ambiente Poças Martins continua a prestar serviços àquela empresa. “Poças Martins não era presidente do Conselho de Administração da Águas do Porto. Prestava serviços à empresa. O que o presidente da Câmara explicou durante a reunião privada camarária foi que caberá a Matos Fernandes, agora nomeado presidente do Conselho de Administração da Águas do Porto, decidir sobre a continuidade dos serviços que Poças Martins prestava à empresa”, adiantou aos jornalistas fonte da presidência da Câmara do Porto no fim da sessão privada do executivo. Amorim Pereira, vereador social-democrata, revelou que os três vereadores do PSD “recusaram votar” a proposta de nomeação de Matos Fernandes, nomeadamente devido ao facto de Poças Martins
ter sido “liminarmente arredado” do “projeto de excelência” da empresa. “Aparecenos alguém que tem currículo na área dos transportes, mas não tem qualquer comparação com currículo de Poças Martins, nomeado para o Conselho Superior da Água. Alguém ligado ao PS e questionámos por que não foi dada continuidade ao projeto de excelência do anterior executivo”, afirmou Amorim Pereira aos jornalistas. O vereador do PSD justificou a recusa de voto também pelo facto de a proposta de nomeação ter sido distribuída ao fim da tarde de segunda-feira, quando “e a lei exige dois dias úteis”. Amorim Pereira criticou que as restantes nomeações de empresas municipais “têm sido feitas à socapa”, não sendo apresentadas ao executivo, afirmando que “não pode haver clandestinidade das administrações das empresas municipais”. Pedro Carvalho, da CDU, absteve-se na votação da proposta de nomeação de
Matos Fernandes e destacou a importância “do compromisso da atual maioria, afirmado pelo presidente da autarquia, de que a Águas do Porto vai continuar pública”. “A privatização não vai ser encetada. Esse foi um compromisso do presidente Rui Moreira. É muito importante que continuem públicas”, afirmou. Quanto a Poças Martins e à indicação de Matos Fernandes para a administração da empresa, o comunista alertou que “não pode acontecer o que acontecia no passado, em que havia um presidente de facto, que não tinha responsabilidades políticas mas decidia por via de um contrato de prestação de serviços por questões de natureza de índole salarial”. Poças Martins foi em 2006 indicado pela autarquia portuense para dirigir a Águas do Porto, criada em substituição dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) do Porto, ocupando a posição de presidente da comissão de estruturação da Águas do Porto.
Matos Fernandes, engenheiro civil, renunciou em 2012 à presidência da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) e foi indicado para liderar a Águas do Porto durante o mandato de 2013-2017, de acordo com o documento votado em reunião camarária privada. A escolha de Matos Fernandes é justificada pelo “percurso profissional” e por se considerar que reúne “as capacidades e requisitos necessários para exercer o cargo”, escreve-se na proposta, que destaca em particular o “reconhecido mérito” desempenhado por Matos Fernandes “no cargo do presidente do Conselho de Administração da APDL”. A trabalhar em Moçambique desde junho, Matos Fernandes foi em 2005 convidado para integrar a administração da APDL, assumiu em 2008 as funções de presidente daquela entidade e ocupava o cargo quando o atual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, liderava a Comunidade Portuária de Leixões.
PJ detém homem em Gondomar
A Polícia Judiciária anunciou a detenção de um empresário do ramo automóvel, em Gondomar, alegadamente envolvido no tráfico e viciação de viaturas e por suspeitas de falsificação de documentos. Em comunicado, a PJ refere que o detido, de 31 anos e com residência em Portugal e noutro país europeu, tinha num lugar de garagem de um prédio dois veículos motorizados, um dos quais de “alta gama e cilindrada”. Os veículos “foram furtados e, após falsificação dos respetivos elementos identificativos, eram destinados à introdução no mercado como se de viaturas legais se tratassem”, acrescenta a PJ. A polícia adianta ainda que, na sequência da investigação, “foi possível detetar e apreender diverso equipamento informático e outros objetos e documentos relacionados com a referida atividade criminosa”. O empresário, já com antecedentes por crimes da mesma natureza, vai ser presente às autoridades judiciais para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.
Residência em Valongo
Assalto à mão armada
A Polícia Judiciária anunciou a detenção de um homem e de uma mulher suspeitos de um assalto à mão armada a residência em Valongo e da prática dos crimes de ofensas à integridade física e tráfico de droga. Em comunicado, a PJ refere que as detenções ocorreram na sequência de “múltiplas sequências de recolha de prova que permitiram imputar aos arguidos a prática de um roubo de diversos bens e valores existentes no domicílio dos ofendidos, que foram violentamente agredidos”. “A atuação dos detidos visava também retirar pela força a filha adolescente de um deles da referida habitação, local onde se encontrava após mais uma fuga de uma instituição onde se encontra internada por ordem judicial”, acrescenta. Para concretizar este roubo, que ocorreu em outubro, em Ermesinde, concelho de Valongo, os detidos identificaram-se verbalmente como polícias e exibiram uma arma de fogo. A PJ apreendeu em casa dos arguidos quase duas dezenas de telemóveis, 40 gramas de substâncias estupefacientes e um gorro tipo passa-montanhas.
regiões
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
O Primeiro de Janeiro | 3
Afluência acima do normal às urgências do Garcia de Orta
Dez horas de espera “Registamos um afluxo anormal de pessoas ao serviço de urgência, que é 30% acima do normal”, assumiu fonte hospitalar. Jovem que esfaqueou colegas
Julgamento vai decorrer à porta fechada
O julgamento do jovem que esfaqueou quatro pessoas numa escola em Massamá, Sintra, quando pretendia imitar um massacre, foi ontem interrompido depois de o tribunal ter aceitado dar mais tempo à defesa do menor para consultar o processo, explicou o advogado do menor à saída do Tribunal de Família e Menores de Sintra. Pedro Proença disse que a próxima sessão ficou agendada para as 14h00 de 17 de janeiro, e que a mesma se realizará à porta fechada, assim como todo o julgamento. Por essa razão, o tribunal prorrogou, por mais 30 dias, a medida cautelar de internamento num centro educativo do jovem de 15 anos, que termina a 30 de janeiro. O advogado acrescentou que o menor esteve na sala de audiência e que “está calmo”.
A urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, está a registar uma afluência acima do normal, o que provoca problemas no serviço, com utentes a esperar cerca de 10 horas pelo atendimento, disse fonte hospitalar. “Registamos desde a madrugada de hoje [ontem] um afluxo anormal de pessoas ao serviço de urgência, que é 30% acima do normal. Estamos com cerca de 10 horas de espera para utentes com a pulseira amarela (que significa urgente)”, revelou, ontem, uma fonte oficial do Hospital Garcia de Orta. Segundo a mesma fonte, o serviço de urgência do hospital tem vindo a registar, desde o início do ano, uma maior afluência, com destaque
Almada. “Estamos com cerca de 10 horas de espera para utentes com a pulseira amarela (que significa urgente)”, admitiu fonte do Garcia de Orta
para o dia de ontem. “Esta noite [de segunda feira e madrugada de ontem] registou-se o maior fluxo de pessoas ao serviço”, acrescentou. O presidente do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta, Daniel Ferro, disse na segunda-feira que os elevados tempos de espera nos serviços de urgências e das consultas externas são os principais problemas do hospital e anunciou alterações. “Ao nível das urgências esperamos, ainda este mês, ter um aumento da capacidade de atendimento. Fizemos o aumento da capacidade física da urgência e está confirmado que o ministério vai alocar recursos humanos para podermos aumentar a capacidade de atendimento e diminuir os tempos de espera, que é o que aflige mais a população”, afirmou. O presidente do conselho de administração explicou que todas as decisões permitem dar uma resposta mais adequada e que não é necessário um novo hospital.
Comissão parlamento sobre ENVC
À espera de Carlos César
Trabalhadores da Rodoviária em greve
O Parlamento aprovou, ontem, a audição do presidente da Atlanticoline e adiou a votação da proposta para ouvir o ex-presidente do Governo açoriano Carlos César sobre a encomenda de navios aos Estaleiros de Viana do Castelo. A decisão foi tomada por unanimidade na comissão parlamentar de Defesa Nacional, depois de o PS ter sugerido que antes da tutela
política deveria ser ouvido sobre a questão quem tinha responsabilidades empresariais. A deputada do PSD Mónica Ferro lembrou que o presidente do conselho de administração da Atlanticoline, cujo acionista é o governo açoriano, já recusou, há cerca de um ano, o convite. O presidente da comissão de Defesa Nacional, Matos Correia, afirmou que a comissão espe-
Não era visto pelos vizinhos desde o Natal
Os trabalhadores da Rodoviária do Tejo cumpriram, ontem, um dia de greve contra a denúncia do acordo de empresa e para exigir aumentos salariais, com o sindicato a referir uma adesão de 60% e a administração de 14%. Manuel Castelão, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transporte Rodoviários e Urbanos de Portugal, disse não querer entrar numa “guerra de números”, importando mais a determinação dos trabalhadores na defesa do seu “direito a uma vida condigna”. O sindicato contesta que a empresa tenha acabado com um acordo de empresa que vigorava há 40 anos e que vá aplicar o tempo de disponibilidade, reduzindo drasticamente o valor que os trabalhadores recebiam por trabalho suplementar e que ajudava a melhorar salários que considera baixos (da ordem dos 580 euros). “Vão fazer o mesmo trabalho e receber muito menos. Não há prejuízo? Claro que há. É injusto e desumano, estes trabalhadores têm família”, disse Manuel Castelão.
Idoso de 72 anos encontrado sem vida em casa Um homem de 72 anos que vivia sozinho em Bragança foi descoberto em casa sem vida, depois de as autoridades terem sido alertadas por vizinhos que não o viam desde o Natal. O comandante dos voluntários de Bragança, José Fernandes, contou que homem foi encontrado já cadáver na cama, mas sem indícios de crime. Os voluntários encontraram tudo fechado quando chegaram à residência, segundo ainda o relato do comandante, mas aperceberam-se de que a chave estaria por dentro, na porta de entrada. Os profissionais da emergência médica confirmaram o óbito, que as autoridades suspeitam tenha ocorrido “há mais de uma semana por causas naturais”.
rará uma semana pela resposta ao pedido de audição. “Um adiamento estratégico”, afirmou a deputada social-democrata, advertindo que o PSD não prescindirá de ouvir Carlos César. Mónica Ferro argumentou que se justificava ouvir a tutela política face ao “impacto que a denúncia do contrato teve na gestão e na viabilidade dos próprios estaleiros”.
4 | O Primeiro de Janeiro
nacional
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
UGT e PS em sintonia quanto ao Orçamento de Estado para 2014
“Partilhamos as mesmas preocupações” UGT e PS estão em sintonia sobre a existência de normas de duvidosa constitucionalidade no Orçamento do Estado para 2014 e sobre a necessidade de se suscitar uma fiscalização sucessiva junto do Tribunal Constitucional. Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pelo secretáriogeral da UGT, Carlos Silva, e pelo líder parlamentar do PS, Alberto Martins, após uma reunião de uma hora na Assembleia da República. “Partilhamos as preocupações da UGT, vamos ao encontro delas e estamos a trabalhar para apresentar um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade” do Orçamento do Estado para 2014, declarou Alberto Martins, que não especificou as normas que o PS suscitará a apreciação pelo Tribunal Constitucional. Interrogado sobre o momento em que a bancada socialista tenciona concluir o seu requerimento junto do Tribunal Constitucional, o líder da bancada do PS disse apenas que essa iniciativa estará “iminente”. Alberto Martins deixou então para breve o momento em que o PS especificará quais as normas que
CARLOS SILVA. O líder da UGT critica a forma como o Governo se prepara para rever a CES pedirá a fiscalização sucessiva, sendo que o secretário-geral do PS, António José Seguro, já se referiu aos artigos sobre o corte salarial aplicado aos trabalhadores do setor público e à redução de algumas pensões de sobrevivência. Uma declaração de voto subscrita por 38 deputados socialistas acrescentou mais duas normas do Orçamento: Uma sobre o corte nas pensões vitalícias de antigos titulares de cargos políticos e outra sobre a aplicação de uma taxa nos subsídios de desemprego e de doença. No final da reunião com a direção da bancada socialista, Carlos Silva referiu que UGT e PS “estão em sintonia” no que respeita à necessidade de sujeitar a fiscalização sucessiva algumas normas do Orçamento, destacando, para o efeito, a medida que corta os salários dos trabalhadores do setor público. “Verificamos da parte do senhor Presidente da
República algumas reticências e alguma resistência em fazer o pedido de fiscalização sucessiva. Sem desistirmos de pedirmos ao senhor Presidente da República uma audiência - ela está pedida, mas ainda não foi marcada -, o PS disponibilizou-se imediatamente para apresentar um pedido de fiscalização sucessiva”, referiu Carlos Silva. Segundo o líder da UGT, na controvérsia em torno da constitucionalidade do Orçamento, “mais do que questões técnicas no sentido de se aferir se são 300 ou 700 milhões de euros, o que estão em causa são questões sociais”. “Gostaríamos de ver sujeitas a fiscalização no Tribunal Constitucional as questões salariais e dos complementos de pensão e de reforma - normas que violam princípios de justiça social e da proteção confiança dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas”, disse. Carlos Silva criticou neste con-
texto a forma como o Governo se prepara para rever a contribuição extraordinária de solidariedade (CES). “É verdade que todos os trabalhadores são penalizados pelo Orçamento do Estado, mas o que está em marcha vai atingir de forma extremamente nefasta muitos milhares de famílias em Portugal, sobretudo com a CES, que atingirá agora mais cerca de 100 mil pensionistas. Uma medida que era transitória e excecional, mantém-se como transitória e excecional para 2014 e agora ainda mais penalizadora, porque se alarga o universo dos pensionistas que vai ser tributado”, declarou. O secretário-geral da UGT criticou depois o Governo por ter “uma necessidade de mostrar à ‘troika’ que é um bom aluno, independentemente de, para isso, desprezar os cidadãos, pondo em causa direitos adquiridos e a confiança dos trabalhadores e dos reformados”.
Direção da ANMP reuniu com o Presidente da República
“Empreender um novo ciclo de desenvolvimento” O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) transmitiu ontem ao Presidente da República “diversas preocupações”, mas também a disponibilidade das autarquias em “empreender um novo ciclo de desenvolvimento socioeconómico”, anunciou o próprio. Manuel Machado esteve com os restantes membros da direção da ANMP, reunido com Cavaco Silva no Palácio de Belém, em Lisboa. No final da reunião, o também autarca de Coimbra adiantou aos jornalistas que teve a “oportunidade de transmitir diversas preocupações e diversos problemas” ao chefe de Estado, a quem a direção
da ANMP foi “apresentar os cumprimentos, no início do mandato e também de um novo ano”. “Além disso, viemos manifestar ao senhor Presidente da República a disponibilidade dos municípios portugueses em empreender um novo ciclo de desenvolvimento para se vencer a crise, e este novo ciclo é de desenvolvimento socioeconómico”, afirmou. Dos “vastos” problemas abordados na reunião, o presidente da ANMP destacou que “é importante encarar-se uma nova etapa, de aperfeiçoamento das leis”. “As leis têm surgido recentemente a uma grande velocidade, em catadupa, mas têm sido vítimas de imper-
feições que emperram a administração municipal, emperram o governo dos nossos municípios, e não ajudam a resolver problemas”, afirmou. Manuel Machado lembrou a Lei dos compromissos, referindo que “os municípios não querem gastar mais, querem conseguir ser mais eficazes”. Para o autarca, “é preciso criar postos de trabalho, apoiar as empresas, é preciso um diálogo mais intenso na estruturação do fecho do quadro comunitário de apoio atual – QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] - e no próximo, e aí já há umas linhas inovadoras que se registam com apreço”. A direção da ANMP já se tinha
reunido ontem de manhã com a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a quem transmitiu as mesmas preocupações, mas “com mais enfoque nas leis mais recentes”. Manuel Machado defendeu que “o quadro legal das atribuições e as competências das autarquias locais precisam de ser urgentemente aperfeiçoadas”. O autarca alertou ainda Assunção Esteves para a questão da lei das finanças locais, “que precisa de ser clarificada, ser mais transparente e mais segura” e para a “famigerada lei dos compromissos, que é um problema grave da administração, que tem dificultado a vida das autarquias e não resolve problemas”.
Presidente angolano escreve a Cavaco
“Sentidos pêsames”
O presidente angolano enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo português Aníbal Cavaco Silva, pela morte de Eusébio, em que expressa “sentidos pêsames”. Na mensagem, José Eduardo dos Santos salienta ter sido com “muita tristeza” que tomou conhecimento do “desaparecimento súbito daquele que em vida foi um dos expoentes máximos do futebol mundial”. “Durante décadas o seu talento de futebolista exímio e as suas qualidades humanas encantaram milhares de seguidores e adeptos em todo o mundo”, acentua José Eduardo dos Santos. O presidente angolano, que termina a mensagem com “alta e fraternal consideração”, apresenta a Cavaco Silva, ao Governo e ao “Povo de Portugal”, no que designa de “hora de comoção para o Povo português”, os “mais sentidos pêsames”, que pede que sejam transmitidos à família do ex-futebolista.
Professores protestam contra cortes
Concentração marcada para dia 30
A Federação Nacional dos Professores anunciou uma concentração para o dia 30, em frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde tenciona entregar um caderno reivindicativo dos docentes aposentados, contra os cortes nas pensões. “O alargamento da Contribuição Especial Extraordinária (CES) aos que auferem pensões superiores a mil euros configura a aplicação da Taxa Social Única (TSU) aos aposentados”, afirma a FENPROF em comunicado, frisando tratar-se de mais um “imposto discriminatório”. A Federação tinha já tomado medidas no plano jurídico e incentivado os reformados a reclamarem da atual CES junto da Caixa Geral de Aposentações (CGA), mas vai novamente recorrer aos tribunais para tentar impugnar uma medida que deveria ser transitória e está a ganhar caráter permanente. Paralelamente, será também promovida uma petição para entregar na Assembleia da República a solicitar uma auditoria à Caixa Geral de Aposentações, no sentido de apurar responsabilidades sobre a descapitalização da Caixa e de se encontrarem soluções que “garantam o respeito pelos direitos dos atuais e futuros pensionistas”. O caderno reivindicativo vai ser também entregue ao Presidente da República, Cavaco Silva, aos grupos parlamentares e a diversas comissões da Assembleia da República. A federação classifica de “pilhagem” as medidas que revertem em taxas, cortes salariais e nas pensões, acusando o Governo de estar “mais preocupado com os mercados do que com os portugueses”.
economia
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
O Primeiro de Janeiro | 5
Vice do Parlamento Europeu e fim do programa de Portugal
“17 de maio” “Tenho a certeza de que Portugal pode terminar o programa a 17 de maio, uma semana antes das eleições europeias”, disse Karas. EUA apelam ao crescimento
“Zona euro deve aplicar estímulos”
O secretário do Tesouro norteamericano, Jack Lew, defendeu, ontem, que a zona euro deve aplicar estímulos para favorecer o crescimento económico, como ocorre nos EUA. “Continuamos a dizer, como temos feito, que se deve estimular a procura a curto prazo”, disse Lew, questionado sobre se vê riscos de deflação na zona euro, depois de ter sido anunciado que a taxa de inflação anual na zona euro abrandou para 0,8% em dezembro, depois de em novembro ter ficado em 0,9%. O responsável norte-americano falava numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, em Paris, no início de uma visita a vários países europeus, incluindo Portugal. “Acreditamos que tem de haver mais crescimento na Ásia e na Europa”, rematou.
O vice-presidente do Parlamento Europeu (PE), que terminou, ontem, uma visita a Portugal para avaliar a missão da ‘troika’ no país, afirmou que “Portugal pode acabar o programa a 17 de maio, antes das eleições europeias”. “Tenho a certeza de que Portugal pode terminar o programa no dia 17 de maio de 2014, uma semana antes das eleições europeias. Estamos agora mais preparados que estávamos no passado para resolver problemas como a crise que temos”, afirmou o eurodeputado Othmar Karas, relator do documento que o Parlamento Europeu vai redigir sobre os quatro países intervencionados pela «troika». O eurodeputado austríaco, do Par-
Crise. Portugal “está a mostrar sinais de recuperação económica” que vão tirar o país da crise, disse vice-presidente do PE
tido Popular Europeu, disse ainda que Portugal “está a mostrar sinais de recuperação económica” que vão tirar o país da crise, reconhecendo que “os portugueses fizeram muitos sacrifícios”, os quais não devem ser exigidos novamente. Othmar Karas admitiu que “a ‘troika’ não é um corpo comum”, considerando que “há instituições diferentes dentro do grupo, com prioridades e soluções diferentes”. Para o vice-presidente do Parlamento Europeu, “não há uma solução única” e é preciso encontrar um “equilíbrio entre consolidação orçamental, reformas estruturais e iniciativas para o crescimento e o emprego”. Othmar Karas chegou a Lisboa integrado numa delegação de eurodeputados da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu integra os portugueses Diogo Feio (CDS), José Manuel Fernandes (PSD), Elisa Ferreira (PS), Ana Gomes (PS) e Marisa Matias (BE).
Mercado automóvel em Portugal
Crescer até 4% este ano
Malparado na habitação com valor histórico
O mercado automóvel global em Portugal deverá registar um crescimento entre 3% a 4% este ano, disse, ontem, o administrador executivo da SIVA, Fernando Monteiro. De acordo com o gestor, 2013 foi um ano que surpreendeu pela positiva e que registou um crescimento de “forma consistente”. Em conferência de imprensa sobre os resultados da SIVA em
2013, Fernando Monteiro estimou que as vendas devem continuar a crescer este ano, depois da subida “consistente” de 11,7% no ano passado, quando as previsões iniciais apontavam para uma queda global entre 8% e 10%. As vendas este ano deverão continuar a subir, segundo o responsável, assentes na expectativa da melhoria da confiança dos consumidores,
Um dos melhores desempenhos da Europa
Os créditos de cobrança duvidosa nos empréstimos à habitação atingiram um novo máximo histórico em novembro, totalizando 2.417 milhões de euros, contrastando com a diminuição do volume global do malparado de particulares, segundo dados do Banco de Portugal. Em novembro, o crédito malparado dos particulares no global caiu para 5.192 milhões de euros (5.210 milhões em outubro). No caso das empresas, o malparado voltou a agravar-se passando dos 12.076 milhões de euros registados em outubro para 12.271 milhões em novembro, um novo recorde desde que o Banco de Portugal publica estes dados (1997), com destaque para o malparado das empresas do setor da construção (4.265 milhões de euros) e das atividades imobiliárias (2.341 milhões de euros). Por outro lado, os bancos emprestaram, em novembro, 4,1 milhões de euros em novas operações de crédito às empresas, menos 14% do que o valor registado em outubro.
Bolsa de Lisboa fecha sessão a subir 2,46% O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI20, encerrou a sessão de ontem com um dos melhores desempenhos na Europa, crescendo 2,46% para 6.957,74 pontos, com o setor bancário em destaque. Das 20 cotadas que integram o PSI20, 17 valorizaram e apenas três fecharam o dia no vermelho. No resto da Europa, o dia também foi de ganhos, com as principais praças acionistas a registarem subidas entre os 0,37% de Londres e os 2,93% de Madrid. Por outro lado, os juros da dívida soberana de Portugal estavam, durante o dia de ontem, a descer a dois, cinco e dez anos em relação a segunda-feira e para mínimos desde maio do ano passado.
devido à fadiga da austeridade e à idade média do parque automóvel, atualmente nos 11,5 anos. A SIVA é uma empresa do grupo SAG, responsável pela venda das marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley em Portugal. Apesar das boas perspetivas para 2014, o mercado mantém-se, contundo, “ao nível da década de 80”, explicou.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
Carlos Sousa desclassificado do Dakar na segunda etatpa
“Demasiado radical” Durante a etapa de segunda-feira, Carlos Sousa, que tinha vencido a especial de abertura, falhou 10 pontos de passagem obrigatória. O piloto português Carlos Sousa, que foi desclassificado do rali todoo-terreno Dakar, depois de ter falhado vários pontos de passagem na segunda etapa, classificou, ontem, o seu afastamento de “demasiado radical”. Durante a etapa de segunda-feira, Carlos Sousa, que tinha vencido a especial de abertura, falhou 10 «way points» (pontos de passagem obrigatória), ao ter optado por encontrar um caminho alternativo, pois nem com ajuda do camião de apoio da equipa Great Wall conseguia ultrapassar as dunas. “Acho que é uma decisão demasiado radical e que contraria aquilo que é o espírito do Dakar. Se abandonámos a pista foi
Dakar. Em 15 participações na prova, esta é a segunda vez que Carlos Sousa é forçado a abandonar, sendo que a primeira foi em 2000
Benfica explica retirada de cachecóis
“Atos mesqinhos” O Benfica esclareceu, ontem que a retirada de cachecóis do Sporting depositados junto à estátua de Eusébio no Estádio da Luz se deveu “tentativas de vandalização” e a “atos mesquinhos perpetrados por um pequeno grupo de pessoas”. “Os dois dias que vivemos desde a morte de Eusébio da Silva Ferreira demonstraram a sua dimensão
universal e, embora referência do Sport Lisboa e Benfica, ele nunca foi nem o Benfica alguma vez o fez refém do clube porque efetivamente Eusébio foi e continuará a ser referência do País e do Futebol mundial”, começa por dizer o comunicado publicado na página oficial do clube da Luz. De acordo com a nota, durante a noite verificaram-
se “tentativas de vandalização de alguns cachecóis e outros materiais depositados junto à estátua de Eusébio, atos mesquinhos perpetrados por um pequeno grupo de pessoas, ações nas quais o Benfica não se revê”. O texto explica ainda que, em breve, as oferendas voltarão a ser depositadas, “devidamente” protegidas, no seu local de origem.
Quinta contratação no mercado de inverno
Battaglia quatro anos e meio no Sp. Braga O médio argentino Rodrigo Battaglia vai assinar um contrato de quatro épocas e meia com o Sporting de Braga, revelou, ontem, fonte do clube minhoto, sétimo classificado da I Liga. Rodrigo Battaglia, de 22 anos, é internacional sub-20 pela Argentina (defrontou Portugal no Mundial da categoria de 2011, na Colômbia) e chega do Racing Club de Avellaneda. O médio realiza, hoje, os habitais testes médicos, assinando depois um contrato por quatro temporadas e meia pelos «arsenalistas». Battaglia é o quinto reforço dos minhotos no mercado de inverno depois dos centrais Kadu e André Pinto e dos avançado Rusescu e Agdon.
porque esgotámos todas as alternativas para chegar ao fim da especial pelos nossos próprios meios. Aceitaria toda e qualquer penalização, mas gostaria de ter continuado em prova. É um desfecho inglório após tantas e tantas horas de esforço”, explicou. Em 15 participações na prova, esta é a segunda vez que Carlos Sousa é forçado a abandonar, sendo que a primeira foi no Dakar de 2000, numa edição em que também venceu a etapa inaugural. “Saio daqui triste, muito triste mesmo. Em apenas 48 horas, fomos do céu ao inferno! Estava muito confiante que poderíamos lutar por um bom resultado este ano. O carro melhorou bastante e acho que poderíamos manter o andamento que evidenciámos logo na primeira etapa”, desabafou Carlos Sousa. Por outro lado, o «motard» Ruben Faria (KTM) sofreu, ontem, um acidente durante a terceira etapa do Rali Dakar e foi transportado de helicóptero para um hospital da região.
Galderisi contratado
Paulo Alves deixa comando da Olhanense
O Olhanense confirmou mais uma mudança no comando técnico da equipa, 16.º e último classificado na I Liga, com o italiano Giuseppe Galderisi a assumir o lugar de Paulo Alves, tendo já participado no treino de ontem. Galderisi, de 50 anos, antigo internacional italiano com passagens por Juventus, Hellas Verona, Milão e Lázio, entre outras equipas, iniciou a carreira de técnico em 2000. Com vasta experiência nos escalões inferiores do futebol italiano, nunca orientou qualquer equipa no primeiro escalão do seu país e a sua última experiência data de 2012, ao serviço da Salernitana. Esta será a segunda mudança no comando técnico do clube algarvio, depois de Paulo Alves ter substituído Abel Xavier em outubro.
Cavaco Silva preside ao centenário da FPF
O Presidente da República, Cavaco Silva, presidirá ao centenário da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), depois de ontem ter aceitado o convite que lhe foi endereçado pela FPF, numa audiência no Palácio de Belém. “[Viemos] Transmitir ao senhor Presidente da República a honra que tínhamos que presidisse às comemorações do centenário da Federação Portuguesa de Futebol, um convite que prontamente foi aceite”, disse Fernando Gomes, presidente da FPFO presidente da FPF lembrou a agenda política carregada em maio, mas disse que Cavaco Silva recebeu o convite para estar no Jamor a 18 de maio, na final da Taça de Portugal, e a 24 no Estádio da Luz, na final da Liga dos Campeões. “São dois eventos marcantes na nossa atividade desportiva e nessa perspetiva tivemos a oportunidade de convidar o senhor Presidente da República para assistir a esses dois eventos”, frisou Fernando Gomes.
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Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014
«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 8/1/2014
AVISO Procedimento concursal comum de recrutamento para ocupação de 2 postos de trabalho em regime de contrato de trabalho a termo resolutivo certo a tempo parcial em funções públicas para a função de assistente operacional. 1 – Ao abrigo da Portaria nº 83-A/2009, de 22 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Portaria nº 145-A/2011 de 6 de abril e por Despacho de 27/12/2013 do Senhor Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares, está aberto procedimento concursal para preenchimento de 2 postos de trabalho, 4 horas cada um, da carreira e categoria de assistente operacional deste Agrupamento de escolas, em regime de contrato de trabalho a termo resolutivo certo a tempo parcial em funções públicas para a função de assistente operacional. 2 – Legislação aplicável: O presente procedimento regerse-á pelas disposições contidas na Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 64-A/2008 de 31 de Dezembro, Lei nº 59/2008 de 11 de setembro, Lei nº 66-B/2012 de 31 de dezembro, Decreto-Lei nº 36/2013 de 11 de março e Portaria nº 83-A/2009 de 22 de janeiro, na redação dada pela Portaria nº 145-A/2011 de 6 de abril e Código do Procedimento Administrativo. 3- Âmbito do recrutamento: por Despacho do Senhor Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares de 27/12/2013. Local de trabalho: Agrupamento de Escolas de Vimioso Função: Prestação de serviços de manutenção dos espaços da Escola, participar no acompanhamento de crianças no período de funcionamento da mesma e colaborar nos serviços de limpeza. Horário: 4 Horas Diárias, cada posto de trabalho. Remuneração: 3,20€ / hora Duração do Contrato: Até 13 de Junho de 2014. 4 – Requisitos de admissão: a) Ser detentor, até à data limite para apresentação das candidaturas, dos requisitos gerais de admissão previstos no artigo 8.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. 5 – Constituem fatores preferenciais, de verificação cumulativa: a) Comprovada experiência profissional no exercício efetivo das funções nesta Escola; b) Conhecimento da realidade social, escolar e educativa do contexto onde desempenhará as funções para as quais se promove o presente procedimento concursal. Prazo de candidatura: 5 dias úteis a contar da data da publicação num Jornal de tiragem nacional, e na página eletrónica da escola. Formalização de candidatura: As candidaturas deverão ser formalizadas, obrigatoriamente mediante preenchimento de formulário próprio podendo ser obtido no serviço de administração escolar do Agrupamento de Escolas de Vimioso durante as horas normais de expediente. 6- Métodos de seleção O método de recrutamento é feito nos termos do nº 2 alínea a) e b) do art. nº53 da Lei nº12- A/2008, em que avaliação curricular (AC) equivalente a 50% e entrevista 50%, de acordo com a seguinte formula.
O Primeiro de Janeiro | 7
«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 8/1/2014
TRIBUNAL JUDICIAL DE GUIMARÃES 5º JUÍZO CÍVEL Pr. da Mumadona 4810-279 Guimarães
ANUNCIO VENDA POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA Administrador de Insolvência: Dr. José da Costa Araújo, com escritório na Rua José António P. P. Machado, nº 369 1º Esqº, 4750 – 309 Barcelos Telefone: 253 824 116 / Fax: 253 821 065 Processo nº: 4328/12.9TBGMR – 5º Juízo Cível Insolvente: Antojor – Têxteis, Lda. Nos autos acima identificados procede-se à alienação (venda) dos bens, abaixo indicados, por meio de propostas em carta fechada, no escritório do Administrador de Insolvência, sito na Rua José António P. P. Machado, 369, 1º Esq., 4750-309 Barcelos, no dia 07 de Fevereiro de 2014, pelas 14,30 horas, com a presença da Comissão de Credores, devendo os interessados enviar a sua proposta de compra, para o escritório do Administrador de Insolvência, supra referido, até à hora da abertura (14h30), acompanhada de um cheque caução visado no montante de 20% do valor proposto para a aquisição, ou garantia bancária, no mesmo valor. - BEM IMÓVEL – VERBA n.º 1 Pavilhão industrial com logradouro, sito no Rua de Segade, freguesia de S. Torcato, concelho de Guimarães, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1551 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Guimarães sob o n.º 1121/19980703. VERBA Nº 1 – Valor mínimo a anunciar para venda é de (€ 485.000,00 x 85%) € 412.250,00 VERBA n.º 2 Viatura automóvel, marca “Ford”, com a matrícula QH-33-69. VERBA Nº 2 – Valor mínimo a anunciar para venda é de € 100,00 Os bens serão mostrados a quem o pretender, pelo Administrador de Insolvência, no próximo dia 22 de Janeiro de 2014, das 10,30h às 12,30horas ou em qualquer outro dia, mediante, marcação prévia, pelo telefone acima indicado. O Administrador de Insolvência, José da Costa Araújo
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= 50% Entrevista = 50% 7- Composição do Júri Presidente: João Carlos Neto Lopes Vogais efetivos: Ana Paula Falcão José Manuel Miranda Vogais Suplentes: Maria de Deus Custódio Lico e Maria Aquilina Fernandes. Afixação das listas A lista de graduação final dos candidatos será afixada nas instalações da Escola e Página Eletrónica. Nota: “Este concurso é válido para eventuais contratações que ocorram durante o presente ano escolar”. Vimioso, 6 de Janeiro de 2014 O Diretor Serafim dos Santos Fernandes João
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CASINO PORTUGAL: A ROLETA PORTUGUESA A pergunta que hoje a generalidade dos portugueses faz é a que procura saber qual o nível de esforço do País para evitar entrar em colapso. Há quem diga que o País já não aguenta e há quem diga que ainda aguenta mais. E assim, enquanto um certo otimismo balofo do vamos conseguir mas, mesmo depois, os portugueses vão ter de continuar a sofrer; e um certo pessimismo derGustavo Pires* rotista do mais vale “atirar a toalha ao chão” e partir para outras circunstâncias, o problema está em que os portugueses são simples peças de um jogo que não compreendem e não querem jogar. Mas há gente a divertir-se à grande e à alemã com o jogo da crise nacional. Porque, as famigeradas SWATs, PPPs, autoestradas, submarinos, BPNs e quejandos, são tão só a consequência do País ter caído nas mãos de jogadores que, com um otimismo absolutamente inescrupuloso, se divertiram a apostar a vida e o destino dos portugueses. E hoje, do alto do seu poleiro, dizem-nos que nada vai voltar a ser como dantes. Eles agiram sem terem tido em conta o preço do fracasso; sem considerarem que podia ocorrer a pior das hipóteses; sem pensarem que os riscos podiam não compensar. Não se deram sequer ao trabalho de imaginarem o pior dos cenários a fim de se precaverem. E não o fizerem porque, mesmo num cenário de catástrofe, eles jamais iriam parar à prisão. Por incompetência ou má-fé, estabeleceram cenários idílicos sem sequer se terem incomodado a considerar que, num mundo de incerteza, podia acontecer uma hecatombe. E aconteceu. Os políticos que governaram o País fizeram-no como autênticos jogadores. Agiram a partir da imoralidade da confiança das suas próprias conveniências para além da lógica de racionalidade a que, por administrarem património alheio ou bens públicos, estavam obrigados. E, tal como o jogador de Dostoiévski, trouxeram a devastação ao País. Comportaram-se como otimistas inescrupulosos ao transformarem o País num autêntico casino, prejudicando a vida dos seus concidadãos. E hoje, sem a mínima ponta de vergonha desculpamse com a conjuntura, os subprimes, as diversas bolhas, os Enrons e quejandos seja lá o que isso for. E, com o País completamente endividado e a viver acima do orçamento, estão-nos a governar num estilo sadomasoquista próprio de um qualquer esquizofrénico desequilíbrio mental: pretendem que os portugueses trabalhem mais por menos dinheiro para tornarem as exportações mais competitivas e resolverem o problema do défice externo; e estão desejosos que os jovens emigrem aos milhares a fim de fazerem a taxa de desemprego descer. O problema é que há muito que o País tem vindo a ser governado por jogadores compulsivos. E continua a sê-lo. Eles estão a sugar o sangue e a comer a carne dos portugueses tão só para voltarem aos mercados e, mais uma vez, voltarem a jogar na roleta a fim de darem uma nova vida à economia de casino em que estão a transformar o País. É o estado endémico a que a desordem política chegou, é a roleta portuguesa no casino Portugal.
Diretor: Rui Alas Pereira (CP-2017). E-mail: ruialas@oprimeirodejaneiro.pt Redatores: Joaquim Sousa (CP-5632), Andreia Cavaleiro (CP-6983), Cátia Costa (Lisboa) e Vasco Samouco. Fotografia: Ivo Pereira (CP-3916) Secretariado de Direção: Sandra Pereira. Secretariado de Redação: Elisabete Cairrão. Publicidade: Conceição Carvalho (chefe), Elsa Novais (Lisboa, 918 520 111) e Fátima Pinto. E-mail: conceicao.carvalho@oprimeirodejaneiro.pt Morada: Rua de Santa Catarina, 489 2º - 4000-452 Porto. Contactos: redação - Tel. 22 096 78 47 - Tm: 912 820 510 E-mail: geral.cloverpress@oprimeirodejaneiro.pt - Publicidade - Telefone: 22 096 78 46, Fax: 22 096 78 45 Propriedade: Globinóplia, Unipessoal Lda. Edição: Cloverpress, Lda. NIF: 509 229 921 Depósito legal nº 1388/82 Impressão: Coraze, Telefs.910252676 / 910253116 / 914602969, Oliveira de Azeméis. Distribuição: Vasp. Tiragem: 20 000
Agitação marítima faz estragos em quase toda a costa nacional
Ondas gigantes podem regressar dentro de sete dias A agitação marítima pode voltar a Portugal dentro de sete dias ao continente, devido à formação de vários sistemas frontais ao largo do Canadá, informou o comandante Santos Martinho, do Instituto Hidrográfico. Ontem, as ondas “gigantes” continuaram a fazer estragos um pouco por toda a costa portuguesa, que vai continuar sob aviso laranja. Santos Martinho adiantou que se prevê
a diminuição da agitação marítima nos próximos dias, mas a situação pode repetir-se devido à formação de um sistema frontal ao largo do Canadá. “Prevemos uma diminuição da agitação marítima. Ao longo do dia de hoje a altura significativa das ondas vai descer dos 8 para os 4,5 metros cerca da meia-noite. Quarta-feira desce para os 3 metros e quinta-feira para os dois. Contudo está a formar-se um sistema frontal que ainda se encontra sobre a margem continental do Canadá e Estados Unidos devendo depois deslocar-se para leste”, explicou. Por isso, adiantou, dentro de sete dias pode ou não haver uma situação parecida, consoante as condições que “apanhar pelo caminho”. A agitação marítima provocou na segunda-feira vários estragos em praias do país, dezenas de carros foram arrastados e danificados pelo mar na zona da foz do Douro, o que obrigou as autoridades a efetuar alargamentos sucessivos do perímetro de segurança devido à intensidade das ondas. Santos Martinho explicou que toda a agitação marítima é gerada pelo vento e, se existirem sistemas frontais que provoquem ventos fortes, vão dar origem a agitação marítima. “De facto o que se passou ontem [segunda-feira] foi a passagem de um sistema frontal bastante cavado que se deslocou ao longo do Atlântico Norte, a norte da Península Ibérica, que se encontra a norte do Reino Unido”, disse. O comandante explicou que o Instituto Hidrográfico está neste momento a fazer o levantamento através de dados recolhidos das boias de observação, tendo sido registados em Sines uma altura máxima de 14,9 metros, um valor que fica próximo do máximo registado até ontem (15,2, segundo dados do instituto de 1988 até 2008). “Registámos nas nossas boias de Leixões e Sines alturas
máximas da ordem dos 13,5 e, cerca das 21h00, 14,9 metros de altura máxima em Sines. Isto corresponde a um valor perto do máximo alguma vez registado”, disse, salientando que o Instituto ainda está a recolher informações que validem os dados. MARGINAL DO PORTO EM LIMPEZAS Funcionários da Câmara do Porto, dos Sapadores Bombeiros e da Polícia Marítima estiveram ontem a proceder à limpeza da zona que na segunda-feira foi varrida por uma onda gigante na foz do Douro. Os trabalhos estão a incidir sobretudo na zona da praia da Ourigo, onde se concentram muitos detritos, a maior parte de madeira. Parte do restaurante “Chis” ficou destruída, encontrando-se o entulho amontoado na areia da praia do Ourigo. Segundo o comandante da Policia Municipal, Leitão da Silva, o trânsito na marginal apenas será reaberto ao final do dia. A ondulação do mar continua muito forte, mas ontem de manhã já é possível ver o areal. No distrito do Porto, um dos mais atingidos pelo mau tempo, o Centro Distrital de Operações de Socorro disse que não há registo de danos causados pelo mau tempo e pela forte ondulação do mar durante a madrugada de ontem. Contudo, o CDOS referiu que, por precaução, mantêm-se encerradas ao trânsito várias vias da orla costeira nas zonas do Porto e Matosinhos, onde na segunda-feira se registaram várias ocorrências. “O ponto alto da maré ocorreu cerca das 07h10, por isso prevemos que a situação possa melhorar. Depois, é preciso fazer a limpeza das vias por causa do que aconteceu segunda-feira”, disse a fonte. Fonte da Polícia Marítima da Capitania do Porto de Leixões disse que mantêm equipas no terreno, mas referiu que não se prevê que possam ocorrer situações idênticas às de segunda-feira. MAR DESTRUIU RESTAURANTES NA CAPARICA Os restaurantes das praias da Caparica foram dos mais prejudicados pelo mau tempo dos últimos dias, quer devido à água que entrou nos estabelecimentos devido à forte ondulação, quer pela impossibilidade de estarem a funcionar. “Tive prejuízos provocados pela entrada de água no restaurante, que nos deixou
sem energia elétrica, e vou ter ainda mais prejuízos porque estamos impedidos de trabalhar nestes dias”, disse António Ramos, proprietário do restaurante “Barbas”, na Costa da Caparica. António Ramos disse que não tem ainda “uma estimativa dos prejuízos”, mas calculou que são “significativos”, não só pela água que entrou no restaurante mas também pelo facto de estarmos impedidos de trabalhar, são prejuízos significativos”, acrescentou. Apesar das previsões favoráveis, António Ramos não vislumbra nenhuma melhoria no estado do mar nas últimas horas e receia um agravamento da situação. “Estou há 48 anos na Costa da Caparica e nunca vi uma coisa igual. Estive aqui toda a noite e não estou a ver que isto vá para melhor. Não noto melhorias nenhumas no estado do mar, apesar das previsões”, disse. Mais otimista, o comandante Cruz Gomes, adjunto do capitão do porto de Lisboa, confia nas previsões que apontam para uma melhoria das condições de mar. “Esta manhã o mar ainda passou por cima do paredão da frente urbana, houve alguns estragos materiais não significativos”, disse, salientando que na preia-mar das 06h00 de ontem já houve uma melhoria em relação ao dia de segunda-feira. “A situação mais crítica é nos cordões dunares das praias de São João e da Fonte da Telha. Todavia, as condições de mar vão começar a melhorar a partir de hoje [ontem], em que já se esperam ondas de 5/6 metros, que deverão passar a 4/5 metros a partir de quarta-feira [hoje]”, frisou. QUASE TODA A COSTA AFETADA As ondas “gigantes” não se limitaram ao Porto e a Lisboa, tendo afetado várias regiões da costa portuguesa, como na Póvoa de Varzim, onde o Campo de da Estela é uma das preocupações, em Milfontes, onde um restaurante foi parcialmente destruído. Hoje em Ovar, o ministro de Ordenamento vai averiguar no local os estragos causados pelo mau tempo e equacionarem medidas de urgência no Furadouro. Vila Praia de Âncora, Esposende, Matosinhos, Gaia, Espinho, Coimbra, Leiria, Cascais, Carcavelos, Sintra, Portimão, Sagres e Madeira foram outros locais referenciados com mau tempo e agitação marítima, com ondas fora do normal, alcançando por vezes dezenas de metros.