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DÉRBI CONFIRMADO PARA HOJE BENFICA GARANTE ESTAREM REUNIDAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

Há 145 anos, sempre consigo. 1868

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Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

DIÁRIO NACIONAL

Ano CXLVI | N.º 49

Terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PAULO PORTAS DESTACA PROGRAMA DO ANTERIOR GOVERNO SOCIALISTA

SIMPLEX

DO!S DUARTE LIMA

Já chegou a carta rogatória das autoridades judiciais brasileiras para a inquirição

ETAR

Movimento em Defesa do rio Tinto denuncia que a estação do Meiral está a trabalhar sem licença

n O vice-primeiro-ministro saudou o programa Simplex, do anterior Governo socialista, afirmando que chegou a hora de um “Simplex dois para facilitar as relações entre as empresas e as administrações”. Paulo Portas falou ainda da “Fatura da Sorte”, que é mesmo para implementar, e disse também que o Governo espera poder avançar com a reforma do IRS já em 2015, tentando acordar com o PS uma descida progressiva do imposto a partir dessa data.

SUÍÇA

Rui Machete diz que resultado do referendo “é motivo de preocupação para Portugal”


2 | O Primeiro de Janeiro

local porto

Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

ETAR do Meiral “encontra-se a funcionar sem licença”

Mau tempo no Porto

“É um problema ambiental grave” O Movimento em Defesa do Rio Tinto denunciou que a ETAR do Meiral, em Gondomar, encontrase a funcionar sem licença desde o início do ano, reafirmando que esta estação “é um problema ambiental grave”. “Dois anos depois, mais uns milhões gastos e uma gestão incapaz do processo de remodelação da ETAR, a Águas de Gondomar nega o óbvio quando a ETAR de Meiral continua a ser um foco brutal de poluição, por não tratar as águas residuais de origem doméstica da cidade de Rio Tinto em condições aceitáveis de as drenar no meio hídrico: rio Tinto”, refere o movimento. Marta Macedo, do MoVe Rio Tinto, afirmou que, em reunião realizada na semana passada com representantes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), foi possível perceber que “a ETAR se encontra a operar sem licença de utilização dos recursos hídricos para rejeição de águas residuais desde 01 de janeiro, porque os valores do tratamento das águas não inspiram confiança à APA”. “O efluente descarregado no rio Tinto não cumpre os parâmetros legais”, sustentou, lembrando que, no âmbito das descargas poluentes efetuadas em dezembro, a APA “instaurou um processo de contraordenação à empresa

ETAR DO MEIRAL. Movimento em Defesa do Rio Tinto diz que está a funcionar sem licença desde o início do ano Aguas de Gondomar”. Em dezembro, o MoVe denunciou que mais de sete milhões de litros de esgoto foram lançados sem tratamento naquele rio porque a ETAR do Meiral “não estava em funcionamento”. Marta Macedo referiu que “esta situação não tem solução à vista”, sendo que o MoVe defende a “ampliação da ETAR do Freixo ou a construção de um emissário que conduza o efluente rigorosamente tratado no estuário do Douro” para resolver este “problema ambiental grave”. Fonte da APA revelou, entretanto, que a ETAR do Meiral

sofreu, recentemente, obras de remodelação e que no seguimento dessa intervenção a agência se encontra “a analisar o processo de renovação da licença, uma vez que as condições de tratamento e descarga foram alteradas”. “Em paralelo, a APA está também a averiguar no sentido de ser instruído um eventual processo de contraordenação por incumprimento das condições de descarga”, acrescenta ainda. Por seu lado, a Câmara de Gondomar afirma ter conhecimento da situação, tendo o problema sido detetado numa reunião, em janeiro, na qual a Águas

de Gondomar “ficou de resolver a situação”. “A autarquia, enquanto entidade concedente, só pode exigir o cumprimento das regras ambientais perante a reguladora do setor, que é a APA, e espera que esta questão seja resolvida o mais depressa possível”, acrescentou a fonte da autarquia gondomarense. O movimento salientou ainda que “A APA continuará a monitorizar a atividade da ETAR do Meiral, além de ter assumido o papel de mobilização e de articulação entre as diferentes entidades intervenientes na gestão do rio Tinto (câmaras de Gondomar e do Porto, Águas de Gondomar e Águas do Porto) para a procura de soluções associados ao rio Tinto”. Para o MoVe, “a simples inspeção visual não deixa margem para dúvidas, as análises são um embuste, as entidades fiscalizadoras não agem, faltam meios e um sentido de maior exigência do interesse público”. Aquando da denúncia de mais de sete milhões de litros de esgoto sem tratamento despejados no rio Tinto, em dezembro, a Câmara de Gondomar explicou que “a Águas de Gondomar não detetou um problema ocorrido na ETAR do Meiral, após um corte de energia elétrica, que teve como consequência uma descarga poluente para o Rio Tinto”. A Águas de Gondomar, que tem a concessão do abastecimento de água e tratamento dos esgotos do concelho, concluiu em dezembro obras avaliadas em 4,5 milhões de euros para melhoria da eficácia da estação.

João Semedo (BE) terminou roteiro sobre SNS na Póvoa de Varzim

“Uma miniatura do que o país precisa” O coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo diz que “o governo e o ministro Paulo Macedo estão a desfigurar e descaracterizar o Serviço Nacional de Saúde”, assegurando que “o Bloco de Esquerda vai responsabilizá-los por isso dentro e fora do parlamento”. O dirigente terminou, ontem de manhã, na Póvoa de Varzim, um roteiro do partido sobre o Serviço Nacional de saúde (SNS) e não hesitou em criticar o governo pela política de cortes no setor. “Com uma política de cortes, o ministro Paulo Macedo tem conduzidos o Serviço Nacional de Saúde a uma miniatura do que o país precisa”, começou por dizer João

Semedo, acrescentando: “Nunca os portugueses pagaram tantos impostos e nunca tiveram tanta dificuldade em acederem a tempo e horas, conforme as suas necessidades, ao SNS”. João Semedo considerou que “hoje há menos resposta para uma procura que não deixa de crescer no SNS” e deu precisamente o exemplo do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, onde existe uma indefinição sobre a manutenção de valências na unidade. “Aqui, onde era necessário investir, acontece o contrário, um desinvestimento e cortes. São dois hospitais que estão ameaçados de serem transferidos para as Misericórdias, e muitos

dos seus serviços poderem ser deslocados para a unidade de saúde de Matosinhos, prejudicando 140 mil habitantes das duas cidades”, afirmou. O coordenador do Bloco de Esquerda esteve reunido com administração do Centro Hospitalar local, e saiu do encontro “muito preocupado”. “Não ouvimos nenhuma garantia de tranquilidade em relação ao futuro desta e de outras valências. Há uma grande desorientação do que vai acontecer. A administração do hospital defende o investimento nesta unidade, e já perdeu a esperança de um novo hospital que vários governos prometeram”, partilhou João Semedo.

O dirigente bloquista fez questão de frisar um outro aspeto: “Há depois a cereja em cima do bolo, porque nestes dois concelhos, onde o SNS está recuar, e desaparecer, há vários hospitais privados e até um novo prestes a ser concluído, que está espera de beneficiar com este vazio”. Mantendo o tom crítico, João Semedo prosseguiu nas mesmas denúncias sobre o ministro da Saúde: “Paulo Macedo faz as contas e faz os cortes. Queremos um serviço geral e universal pago para todos e ao serviço de todos, não queremos uma miniatura ou caricatura do SNS”.

Perto de 90 ocorrências

A madrugada de domingo no distrito do Porto ficou marcada por quedas de árvores, painéis, telhas, toldos, clarabóias e outras estruturas, assim como por inundações, consequências do vento forte e da chuva intensa que se fizeram sentir. Fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto revelou que se registaram cerca de 90 ocorrências no Porto, sobretudo relacionadas com inundações e “com dezenas” de árvores caídas. Fonte dos Sapadores Bombeiros do Porto relatou também que o grande número de ocorrências foi provocado pelo vento muito forte, que fez com que se soltassem muitas estruturas e caíssem cerca de duas dezenas de árvores na cidade. Entre as estruturas que se soltaram devido ao vento, há a registar uma chaminé, partes de telhados e uma marquise de um apartamento no 13.º andar de um edifício. Segundo a mesma fonte, mantém-se encerrada, por precaução, a marginal entre o Castelo do Queijo e a foz do Douro. Fonte dos bombeiros informou ainda que se registaram um elevado número de ocorrências, embora sem gravidade, em Gaia e noutros concelhos do distrito do Porto, nomeadamente em Matosinhos, Maia, Valongo e Vila do Conde. PSP Porto

Empresária condenada a 10 anos de prisão

A PSP deteve uma empresária de 52 anos condenada a dez anos de prisão efetiva pelos crimes de burla qualificada, fraude e falsificação, conduzindo-a depois ao Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo. A empresária residente em Matosinhos foi intercetada e detida na rua do Pinheiro Manso, no Porto, com vista à “execução de mandado de detenção para cumprimento” daquela pena de prisão, explica o Comando Metropolitano da PSP do Porto, em comunicado. A operação foi desenvolvida por “agentes do efetivo da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial da Divisão de Gondomar”, informa a PSP do Porto. Para além desta detenção, entre as 07h00 de sexta-feira e as 07h00 de ontem, a PSP do Porto deteve outras 30, devido a vários “ilícitos criminais”. No comunicado, a PSP indica 14 detidos por condução sob o efeito do álcool, seis por conduzirem sem carta, dois por tráfico de estupefacientes, dois por furto no interior de estabelecimento e outros tantos por desobediência. A PSP fez ainda um detido por jogo ilegal, outro por agressão com arma branca e outro por violência doméstica.


Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

regiões

O Primeiro de Janeiro | 3

CGTP critica Governo em concentração pela condições do Amadora/Sintra

“Já ultrapassou em muito a linha vermelha” “Este Governo está a fazer uma política que está a matar os portugueses”, afirmou Arménio Carlos, na concentração em Sintra. Um dos reclusos fugidos de Castelo Branco

Detido em Loures Um dos reclusos que fugiram a 17 de novembro do ano passado do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco foi detido no domingo em Camarate, Loures. Segundo um comunicado revelado, ontem, pela PSP, o homem, de 50 anos, foi detido no domingo pelas 13h15 no Bairro da Torre. O suspeito, que tinha já vários antecedentes criminais por extorsão e roubo, tem uma pena de cinco anos e três meses de prisão para cumprir. A nota divulgada refere que a PSP, “após investigação, localizou e intercetou o suspeito foragido, o qual, aquando da interceção, ainda tentou ludibriar os polícias que o detiveram, apresentando documentação falsa pertencente a um familiar”. O detido, que entretanto foi conduzido ao Estabelecimento Prisional de Lisboa, é um dos três reclusos que se evadiram no dia 17 de novembro de 2013, pelas 19h:00, do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco. Um deles, com 27 anos, foi detido a 28 de novembro em Gavião, no distrito de Portalegre. Durante a fuga, os três homens agrediram “com extrema violência” e feriram três guardas prisionais (dois homens e uma mulher), que tiveram de ser alvo de tratamento hospitalar.

O Serviço Nacional de Saúde “está doente” porque o Governo está a degradá-lo conscientemente, acusou, ontem, o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, durante uma concentração contra as deficientes condições de funcionamento do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). “Este Governo, tal como em outras áreas, já ultrapassou em muito a linha vermelha no que respeita ao Serviço Nacional de Saúde. Este Governo está a fazer uma política que está a matar os portugueses”, afirmou Arménio Carlos. O líder sindical considerou que o Governo está “a matar” as pessoas ao cortar nos apoios sociais e no acesso ao SNS, quando os utentes têm de esperar 12 horas nas urgências ou 20 por cento dos idosos não têm dinheiro para comprar a totalidade dos medicamentos prescritos pelos médicos. Arménio Carlos considerou que o ministro da Saúde não está preocupado com a sustentabilidade financeira do SNS, mas “em fazer cortes cegos, que colocam neste caso concreto, a economia à frente das pessoas”. Os portugueses pagam o SNS com os seus impostos, salientou o dirigente da CGTP-IN, e por isso precisam “que o Estado cumpra com as suas obrigações”. O atual SNS tem futuro, mas existe uma outra lógica associada à degradação da prestação de cuidados de saúde, que passa pela “promiscuidade do privado que quer, mais uma vez, entrar numa área de negócio que movimenta milhões de pessoas e movimenta biliões de euros”. A saúde pode ser um negócio para os grupos económicos, mas “para os portugueses não é um negócio, é uma necessidade”, frisou Arménio Carlos, garantindo que a central sindical não se calará na defesa do SNS numa altura em que se comemoram 35 anos so-

bre a sua criação. “O Governo já ultrapassou em muito as marcas de respeito pela Constituição e, por isso mesmo, é um Governo que está fora da lei. E estando fora da lei não pode nem merece continuar a governar, para bem de Portugal”, defendeu o sindicalista, apontando para a demissão do atual executivo e convocação de eleições antecipadas. A aposta nos cuidados primários e a melhoria do atendimento nos centros de saúde são, segundo a CGTP-IN, prioridades para travar a degradação do SNS, pelo que a central sindical convocou para 27 de fevereiro uma marcha para São Bento, com três pré-concentrações junto aos ministérios da Saúde, da Educação e do Trabalho. “Sobrecarga das urgências”

Amadora/Sintra. Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde recorda sobrecarga das urgências

Aveiro-Viseu-Vilar Formoso

PSD considera “corredor ferroviário prioridade”

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu defenderam, ontem, que o corredor ferroviário AveiroViseu-Vilar Formoso deve ser uma prioridade, sugerindo a construção de um troço e a melhoria de outro. “Na ferrovia, a nossa prioridade é o corredor Aveiro-Viseu-Vilar Formoso. Se há um reconhecimento claro deste corredor em

termos de exportação, porque é que não se dá prioridade à construção do que falta e à melhoria do que é necessário?”, questionou Pedro Alves. Em conferência de imprensa, o deputado social-democrata congratulou-se por esta ser uma das prioridades que vem referenciada no relatório final das infraestruturas de valor acrescentado, apresentado pelo grupo de trabalho constituído por despacho do secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações.

Pilar Vicente, da Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, lamentou que os problemas sentidos nas urgências do hospital de Amadora-Sintra, e de outras unidades, sejam “um reflexo da destruição das condições” nos serviços de retaguarda, com “encerramento de muitos serviços e degradação dos cuidados primários de saúde”. A dirigente da plataforma, que mobilizou quatro dezenas de pessoas para a concentração em frente ao Hospital Fernando Fonseca, criticou a degradação do SNS, através da fuga de médicos mais qualificados e a contratação de empresas para os substituir por profissionais com menos experiência. Nos últimos dois anos, exemplificou Pilar Vicente, reformaram-se 640 médicos, chefes de serviço. Os profissionais, alertou, “são perseguidos, sentem-se desmotivados e desmoralizados e há um clima instituído de medo, de perseguição, de autêntica ditadura dentro de todo o regime da saúde”. A falta de um hospital em Sintra leva a uma sobrecarga sobre as urgências do Fernando Fonseca, cenário que, segundo a dirigente da plataforma, agravado com o encerramento de serviços de atendimento permanente em Sintra, ao fim de semana, obriga os utentes a terem de recorrer às urgências do Amadora-Sintra.


4 | O Primeiro de Janeiro

nacional

Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

Paulo Portas defende programa do anterior Governo socialista

Rui Machete e o referendo sobre imigração na Suíça

“Simplex dois para facilitar relações entre empresas”

“Motivo de preocupação para Portugal”

O vice-primeiro-ministro português saudou o programa Simplex, do anterior Governo socialista, afirmando que chegou a hora de um “Simplex dois para facilitar as relações entre as empresas e as administrações”. “São demasiadas as entidades decisivas num simples procedimento ou processo de investimento. São demasiadas as opiniões que se paralisam mutuamente”, afirmou Paulo Portas, em Madrid. “Há que decidir e quando se tarda demasiado em decidir, temos que saber explicar, tem que haver responsabilidades. Um investidor que queira investir em Portugal tem o direito de saber sim ou não. O pior que se pode fazer é tê-los a esperar sem razão”, disse ainda. O vice-primeiro-ministro considerou que responder eficaz e rapidamente às empresas “pode contribuir muito para a consolidação fiscal e para o crescimento” e que, por isso, se torna uma medida essencial para a economia. Portas, que falou num debate sobre a reforma de Estado, onde participaram ministros de cinco países europeus, a decorrer na sede do Governo espanhol, o Palácio da Moncloa em Madrid, defendeu “uma cooperação prática entre as diferentes secretarias-gerais” dos vários ministérios, não para “fundir entidades”, mas para procurar “uma concentração de funções quando são parecidas”, como é o caso de pagamentos.

PAULO PORTAS. Vice-primeiro-ministro acredita que o IRS pode baixar a partir de 2015 Portas referiu-se ainda à reforma do setor educativo, considerando que a aposta deve ser em fortalecer as opções existentes na escola pública, que definiu como “a escola estatal ou não, que presta um serviço público mediante um contrato com o Estado”. Neste quadro defendeu “dar responsabilidades e não apenas autoridade aos professores do sistema público” para criar “escolas públicas com projetos pedagógicos diferenciados” o que daria mais opções às famílias. No que toca à reforma do sistema de Segurança Social e pensões, Portas disse que se deve “abrir a oportunidade a um sistema de distribuição mais capitalização” em que cada um “seja um pouco mais soberano sobre o seu dinheiro e sobre a sua poupança”. Para o governante português, as reformas estruturais devem implementar-se depois de um “processo de diálogo político e de consenso interno, entre os partidos do arco

de governação e os interlocutores sociais”. “Fatura da sorte”

Paulo Portas garantiu ainda que o Governo não vai recuar na “fatura da sorte” e insistiu que é uma medida de incentivo “que convida de forma simpática” as pessoas a participarem na economia formal. “Não vamos dar marcha atrás”, continuou, questionado sobre esta questão no Fórum Europa, uma iniciativa de debates informativos promovida pelo Nueva Economia Fórum. O governante português defendeu as medidas tomadas a cabo no âmbito do combate à economia submergida em Portugal, afirmando que os empresários “com responsabilidade social são os que querem viver na economia formal” e que, por isso, podem exigir impostos moderados. “Isso de fazer concorrência ilegal aos do sistema formal não é um sistema tributário justo. Os que podem fugir

fogem, mas os que têm que pagar pagam sempre”, afirmou. O vice-primeiro-ministro considerou que em Portugal “não era tradição pedir fatura” e que as medidas planeadas pelo Governo “têm obrigações por um lado e incentivos por outro”. “O sorteio é uma das possibilidades de dar incentivo. Sorteiam-se as faturas que antes não se pediam. Podes convidar as pessoas de forma simpática a fazerem o que têm que fazer de forma obrigatória”, afirmou, destacando: “Eu tomo muitos cafés, demasiados. Cada vez que o faço eu vou com o NIF e peço às pessoas a fatura, para baixar impostos”. Paulo Portas disse ainda a política do Governo português foi sempre “ter, sofrer e superar” apenas um resgate e de evitar a dependência dos credores após 17 de maio, porque esse cenário deixaria o país “sem liberdade e autonomia”. “Quando começas a falar do segundo resgate, uns meses depois começas a falar do terceiro. O calendário português para sair do programa termina a 17 de maio: um só resgate, um só empréstimo e um só calendário”, continuou. Como exemplo do “vexatório” que tem sido estar resgatado, Paulo Portas referiu-se ao facto de o Governo não poder, sem autorização da ‘troika’, avançar com a reforma do imposto das sociedades, que garantiu, começará este ano, e do IRS, que espera que possa arrancar em 2015. “Não podemos baixar impostos sem consentimento da missão externa. Podem compreender como é vexatório, especialmente para a mais velha nação de fronteiras estáveis da Europa, ter que discutir com os seus credores, até o detalhe sobre se se pode ou não fazer uma redução de impostos para a competitividade económica”, concluiu.

Presidente da República recebeu ministro Nuno Crato em audiência

“Financiamento da ciência” em cima da mesa O Presidente da República recebeu em audiência o ministro da Educação e Ciência e o tema da central da reunião foi “a nova orientação da política de financiamento da ciência”. A audiência no Palácio de Belém teve lugar às 16h30, mas a informação da reunião entre Cavaco Silva e o ministro Nuno Crato só foi divulgada no site da Presidência depois do encontro, sem esclarecer de quem partiu o pedido do encontro. Fonte oficial de Belém revelou que o tema central da reunião foi “a nova orientação da política de financiamento da ciência”. A FCT, entidade pública que atribui o apoio financeiro à investigação,

revelou em janeiro que os concursos de 2013, com efeitos práticos em 2014, resultaram em menos 900 bolsas individuais de doutoramento e menos 444 bolsas de pós-doutoramento. Em audição parlamentar no final de janeiro, o ministro da Educação admitiu que a diminuição na atribuição de bolsas individuais de investigação “é um problema social” mas defendeu que as bolsas de investigação não são emprego científico, mas sim uma “oportunidade de formação avançada. O primeiro-ministro defendeu na semana passada que, em matéria de ciência e tecnologia, o atual Governo

está gradualmente a “romper com as políticas passadas” baseadas na ideia de que “mais dinheiro público” produz “qualidade” em termos de resultados. “Temos, portanto, de aprender a medir os resultados e temos de garantir que as bolsas que nós usamos para financiar os doutoramentos, os pós-doutoramentos, a investigação que é feita não corresponde meramente a uma política de recursos humanos de empregar os melhores, mas que possa resultar em ter mais gente do lado das empresas, altamente qualificada, a desenvolver investigação e a fazer a translação de conhecimento que traga valor para essas empresas

e para a economia”, defendeu Passos Coelho. Segundo a imprensa, está a ser finalizar um plano estratégico para atrair imigração mais qualificada para o nosso país, o que passaria por conceder o que o Governo chama de “vistos-talento” a estudantes, investigadores e outros. Sobre esta matéria, a coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins afirmou que o Governo quer dar “condições fiscais e remuneratórias” para atrair estrangeiros que nunca deu aos investigadores portugueses, referindo não existem sítios para os cientistas trabalharem.

O resultado do referendo na Suíça sobre imigração é “um motivo de preocupação para Portugal”, que participará nas negociações da União Europeia com Berna, disse em Bruxelas o ministro dos Negócios Estrangeiros. Falando à saída de uma reunião dos chefes de diplomacia dos 28, Rui Machete afirmou que a aprovação de um novo regime para a imigração “obriga a uma revisão das relações entre a UE e a Suíça, visto que este acordo faz parte de um pacote em que está regulamentada a circulação de pessoas, que agora é posta em causa, de capitais, de bens e serviços, e isso vai ter que ser objeto de uma revisão”. “Nós, Governo português, vamos seguir atentamente essa negociação, e vamos, na medida dos instrumentos competentes, participar nessa discussão. Havemos de consultar os imigrantes portugueses na Suíça para recolhermos a sua opinião sobre a situação, mas vemos a situação com preocupação”, disse, referindo que o motivo de preocupação se prende com aqueles portugueses que ainda não têm a sua situação regularizada, mas que não soube quantificar. “Os portugueses que vivem na Suíça e têm a sua situação regularizada não têm que estar preocupados; agora, os portugueses que ainda não têm a sua situação estabilizada, regularizada, esses têm um motivo de preocupação, e por isso mesmo nós também estamos preocupados”, disse, admitindo desconhece o número de cidadãos portugueses que estarão nessa situação, entre os cerca de 250 mil que se estima residirem no país. Contudo, lembrou, a nova situação na Suíça suscita preocupação a Portugal, “que tem uma comunidade muito importante de imigrantes na Suíça: é a terceira comunidade “, e o desfecho da consulta popular representa “um regresso ao regime anterior àquele que existia antes”. Rui Machete vincou que o resultado da consulta levará a uma renegociação de todos os acordos estabelecidos entre UE e Suíça, e, seguindo a linha de vários responsáveis europeus, frisou que a federação helvética não pode contar continuar a beneficiar dos mesmos privilégios noutras áreas, quando impõe limites à livre circulação de pessoas, embora reconheça “todos os esforços do Governo suíço” para que esta iniciativa não fosse aprovada. “Os suíços não podem querer sol na eira e chuva no nabal”, disse, argumentando que existia “uma situação de equilíbrio que é rompida através do referendo, e, portanto, terá que ser renegociado todo o conjunto de acordos que está em vigor”. No domingo, 50,3 por cento dos suíços aprovaram em referendo uma iniciativa denominada “Contra a Imigração em Massa”, proposta pela União Democrática do Centro (UDC), que também restabelece o princípio da preferência pelo trabalhador nacional face ao estrangeiro, que se encontrava abolida para todos os trabalhadores oriundos de algum dos países da União Europeia. A partir de agora, o número de autorizações emitidas para uma estada de estrangeiros na Suíça é limitado por quotas anuais, com limitações ao reagrupamento familiar, novas regras para benefícios sociais, autorizações de residência. Na Suíça, residem cerca de 250 mil portugueses e lusodescendentes, um número que tem aumentado nos últimos anos devido à crise em Portugal e na União Europeia.


Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

economia

O Primeiro de Janeiro | 5

Paulo Portas considera aumento das exportações “números importantes”

“Sinal positivo para economia de Portugal” “Portugal bateu em 2013 o recorde de sempre das exportações”, disse. Exportações aumentaram 4,6% em 2013, abrandando face a 2012. Portugal já contratou sindicato bancário

Emissão a dez anos Portugal já contratou um sindicato bancário para fazer uma emissão de dívida a 10 anos, ou seja, com maturidade em fevereiro de 2024, de acordo com a Bloomberg. Os bancos que compõem o sindicato mandatado para esta operação são o Barclays, o Banco Espírito Santo (BES), o Citi, o Credit Agricole, o RBS e o Société Generale. A agência de informação financeira Bloomberg, que citou uma fonte próxima da operação que pediu anonimato, adianta ainda que a emissão deverá ocorrer num futuro próximo. Normalmente, o anúncio do sindicato bancário responsável antecede em um ou dois dias a operação. Foi isso que aconteceu há um mês, quando o Governo mandatou um conjunto de bancos para realizar uma emissão de 3250 milhões de euros de dívida a cinco anos. Essa operação representou o reinício da tentativa de regresso efectivo ao financiamento nos mercados por parte de Portugal, depois de uma longa interrupção de sete meses na segunda metade 2013. Não é conhecido qual o montante que o Governo espera colocar, mas sendo uma emissão sindicada, um valor próximo dos 3 mil milhões de euros é o cenário mais provável, tal como aconteceu nas três operações semelhantes realizadas desde o início de 2013.

O vice-primeiro-ministro considera que os dados das exportações de 2013, divulgados ontem, são um sinal da recuperação económica e dão esperança aos portugueses, desmentindo “céticos” que pensavam que as vendas ao exterior não podiam continuar a crescer. “Portugal bateu em 2013 o recorde de sempre das exportações. Temos um setor exportador que representa hoje praticamente 40% do PIB [Produto Interno Bruto]. São números realmente importantes e os parabéns têm que ser dados às empresas que arriscaram e foram também para o exterior”, disse Paulo Portas em Madrid. “Cada vez que as empresas portuguesas colocam as suas marcas e os seus produtos lá fora não estão apenas a ganhar quota de mercado em concorrência com outros países, estão a proteger a sua retaguarda e postos de trabalho em Portugal”, reforçou. Portas afirmou que os dados divulgados pelo INE - que indicam que as exportações portuguesas aumentaram 4,6% em 2013 - são importantes porque ocorrem em dezembro, quando já estão feitas as encomendas de Natal e porque demonstram crescimento “para os mercados não europeus como para os europeus”, onde estão os principais clientes de Portugal. “Continuamos a crescer face ao PIB”

O número dois do Governo rejeitou que os dados demonstrem que as exportações possam estar a tocar no teto, apesar do abrandamento no crescimento relativamente a 2012. “Não me aprece que esse argumento possa continuar a ser usado. Em 2012 Portugal tinha tido recorde de exportações. Muita gente disse que se tinha atingido o limite. Mas em 2013 subiram globalmente mais de 4,5%”, disse, acrescentando: “o que significa que continuamos a crescer

face ao PIB, num ano em que a partir do segundo semestre houve alguma recuperação da atividade económica e o peso das exportações sobre o produto continuou a aumentar.” Portas afirmou que continua a haver “céticos que dizem que não se pode exportar mais”, mas os dados demonstram o contrário. “Quando um País consegue aumentar a sua quota de exportações e o peso das exportações no produto, isso é sempre sintoma, avançado, de que a sua economia se está a modernizar”, disse. “Não há outra leitura possível a não ser que são um sinal positivo para a nossa economia”, disse. Défice recua 1,630 milhões

INE. As exportações portuguesas aumentaram 4,6% em 2013, abrandando face ao crescimento de 5,7% registado em 2012

Europa em dia misto

Bolsa de Lisboa fecha sessão em queda ligeira O principal índice da bolsa portuguesa (PSI20) encerrou a sessão de ontem a cair ligeiros 0,09% para 6.921,80 pontos, num dia em que as praças europeias de referência negociaram sem tendência definida. Das 20 cotadas no PSI20, oito desvalorizaram, uma encerrou estável face ao fecho de sexta-feira e as restantes 11 avançaram.

No resto da Europa, Londres e Paris fecharam em terreno positivo, com subidas de 0,30% e 0,21%, respetivamente, enquanto Frankfurt e Madrid encerraram o dia no vermelho, com quedas de 0,13% e de 0,98%, respetivamente. Os juros da dívida soberana de Portugal estavam, por seu turno, a descer a dois anos e a subir a cinco e dez anos para níveis abaixo dos 4% e acima dos 5%, respetivamente. No prazo de dois anos, os juros estavam a ser negociados a 2,459%.

As exportações portuguesas aumentaram 4,6% em 2013, abrandando face ao crescimento de 5,7% registado em 2012, tendo o défice da balança comercial recuado 1.630 mil milhões de euros para 9.276,4 milhões. Segundo o INE, em 2013 as importações aumentaram 0,8%, depois de em 2012 terem recuado 5,2%. No final de 2013, a taxa de cobertura atingiu os 83,6%, mais 3,0 pontos percentuais (p.p.) do que em 2012. Considerando apenas o mês de dezembro do ano passado, registou-se um aumento homólogo de 8% nas exportações (em reflexo da evolução quer do comércio intra-União Europeia, quer extraUE) e de 3,5% nas importações (devido ao aumento no comércio intra-UE, já que no comércio extra-UE houve uma diminuição). Em termos de variações mensais, o INE reporta em dezembro passado uma quebra de 16,4% face a novembro, principalmente devido à evolução do comércio intra-UE, enquanto as importações diminuíram 6,8% em resultado da evolução do comércio intra-UE e do comércio extra-UE. No que respeita apenas ao comércio intra-UE, no conjunto do ano 2013 as exportações aumentaram 3,4% (+0,9%, em 2012) e as importações subiram 1,5% (-7,6%, em 2012). Em dezembro de 2013, as exportações aumentaram 7,0% face ao mês homólogo de 2012, enquanto as importações aumentaram 12,1%. Em relação a novembro, no último mês de 2013 as exportações diminuíram 19,7% e as importações recuaram 3,5%.


futebol

6 | O Norte Desportivo

Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

Parecer favorável da Martifer à cobertura permite realizar o dérbi cancelado

Benfica e Sporting entram hoje em campo DR

«Encarnados» anunciaram que parecer da Martifer “garante de forma expressa e incondicional as condições de segurança”. O Benfica confirmou que o dérbi com o Sporting, da 18.ª jornada da Liga de futebol, se realiza mesmo às 20h15 de hoje, depois de ter recebido um parecer favorável a garantir as condições de segurança. “No seguimento do que ficou ontem [domingo] acordado na reunião mantida entre o presidente da Liga, respetivos delegados, equipa de arbitragem e presidentes de ambos os clubes, e que consta do respetivo relatório de jogo, o Benfica informa que, tendo recebido, ao princípio da tarde, o parecer favorável da Martifer que garante de forma expressa e incondicional as condições de segurança, o jogo se realizará na data ontem acordada”, anunciaram, os «encarnados, num comunicado publicado na página oficial na internet. Depois de ter sido anunciado o adiamento, a realização do encontro hoje estava condicionada à avaliação que a empresa Martifer, construtora da cobertura, iria fazer dos danos causados pelo vento e das condições de segurança. UEFA informada e tranquila

O encontro entre o Benfica, líder da Liga, e o Sporting, terceiro classificado, mas com menos um jogo do que o segundo, o FC Porto, foi adiado devido aos danos na cobertura do estádio da Luz, palco da final da Liga dos Campeões de 2014, da qual caíram detritos sobre o relvado e sobre as bancadas. As equipas ainda subiram ao relvado para o aquecimento, mas, depois de recolherem aos balneários, já não regressaram. Cerca de 40 minutos depois da hora marcada para o início do encontro, foi anunciado o seu adiamento. A intempérie fez com que se desprendessem partes da cobertura do Estádio da Luz, que caíram sobre o relvado e as bancadas, sobretudo lã de rocha e placas metálicas. Depois

de terem saído os cerca de 50 mil espetadores presentes, caíram sobre as bancadas algumas placas. A UEFA, por seu turno, disse estar informada “dos danos menores causados pelas condições climatéricas severas” que obrigaram domingo ao adiamento do BenficaSporting e garantiu não planear alterar o palco da final da Liga dos Campeões de 2014. “A UEFA está ciente dos danos menores causados pelas condições climatéricas severas no Estádio do Sport Lisboa e Benfica. Acreditamos que os preparativos para a final [da “Champions”] podem continuar como o previamente planeado. Não há qualquer plano para mudar o local da final”, garantiu um porta-voz daquele organismo. “Decisão acertada”

Dérbi. Encontro entre Benfica e Sporting foi adiado devido a danos na cobertura do estádio da Luz, da qual caíram detritos

Passa para o Estádio Olímpico

West Ham confirma venda do Upton Park

O clube inglês West Ham United, que em 2016 passará a utilizar o Estádio Olímpico de Londres, anunciou, ontem, ter acordado a venda do Upton Park com um grupo empresarial do ramo imobiliário. Ao mesmo tempo, a filha do ex-futebolista do West Ham Bobby Moore (capitão da seleção inglesa no Mundial de 1966) declarou que o Grupo Galliard manifestou a

disposição de construir um memorial ao seu falecido pai em Boleyn Ground, o nome oficial da zona onde está construído do estádio Upton Park. “Optamos por fazer um acordo com a Galliard, porque se trata de um grupo de promoção do desenvolvimento e do emprego com origem no leste de Londres”, adiantou o vicepresidente do clube, Karren Brady. “O acordo mostra que fomos fiéis à nossa palavra, ao garantirmos a regeneração de duas áreas do leste de Londres com a mudança para o Estádio Olímpico em 2016”, sublinhou.

O comandante nacional operacional da Proteção Civil considerou, logo no domingo à noite, uma “decisão acertada” o adiamento do jogo, sustentando que o estado de alerta de mau tempo foi o adequado. Em declarações aos jornalistas, José Manuel Moura disse que, perante o estado de “alerta adequado” de mau tempo, o adiamento do dérbi foi uma “decisão acertada”. José Manuel Moura remeteu a decisão sobre a realização, ou não, do jogo para as “entidades promotoras” e para a Proteção Civil Municipal de Lisboa, quando confrontando com o facto de o evento só ter sido cancelado, não obstante o alerta de mau tempo, após a queda de detritos da cobertura do estádio, com o recinto repleto de espetadores. Por seu turno, o Comissário da PSP Rui Costa negou a existência de perigo iminente para os adeptos do Sporting no Estádio da Luz e garantiu que as condições climatéricas “não eram tão graves que obrigassem a alterar o procedimento habitual”: os adeptos visitantes permanecem retidos por questões de segurança, enquanto os adeptos da casa são os primeiros a sair para se evitarem confrontos e ser preservada a ordem pública. “Se tivesse havido um perigo iminente para a segurança dos adeptos do Sporting teriam sido abertas as portas e dada ordem imediata de evacuação”, explicou.

Portugal Open sem financiamento para 2014

Data de 2015 revelada

O circuito profissional de ténis confirmou, ontem, a edição de 2015 do Portugal Open, que se disputará entre 27 de abril e 03 de maio do próximo ano, segundo o calendário divulgado na página oficial do organismo. O torneio português, que este ano se realiza entre 28 de abril e 4 de maio, embora não tenha ainda garantido o financiamento necessário para a 25.ª edição, voltará a ficar enquadrado na mesma semana com o torneio alemão de Munique. Ainda para a mesma semana, o ATP Tour reservou uma vaga para outro torneio, que poderá ser o de Belgrado, fora do calendário desde 2012, ano em que se disputou a última edição. Uma das grandes novidades para 2015 é a «conversão» do torneio alemão de Estugarda, que deixa a temporada de terra batida e passa a integrar o grupo de torneios de relva. Desta forma, a temporada de relva, que prepara o torneio de Wimbledon, terceiro «Grand Slam» do ano, foi alargada de duas para três semanas. Para já, o calendário para 2015 prevê 62 torneios em 31 países. “O ATP World Tour é uma entidade de desporto global espalhada por todo o Mundo, que reflete a força, a popularidade e o crescimento da modalidade”, afirmou o presidente do ATP, Chris Kermode.


Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 11/02/2014

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O Primeiro de Janeiro | 7

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 11/02/2014

TRIBUNAL JUDICIAL DE PENAFIEL

VENDA DE BENS Por determinação do Administrador da Insolvência, e com a anuência da Comissão de Credores, vai proceder-se a venda, através de propostas em carta fechada, na universalidade dos bens móveis apreendidos a favor da massa insolvente, composto por verbas de equipamento direcionado para actividade da empresa, valor minino de 5.295,00€ Os interessados poderão verificar os mesmos através do auto de arrolamento, que deverão solicitar pelo telefone n.º 223 774 130, já que o número elevado de verbas impossibilita descriminá-los no presente anúncio. Ademais, todos os interessados deverão visitar o local onde se encontram os bens, de forma a poderem apresentar a melhor proposta. As visitas serão previamente agendadas e serão efectuadas no dia 13/02/2014 (3 dias após anúncio), pelas 10 horas. Adverte-se, desde já, que os bens em questão deverão ser vistos já que, devido às centralizações de bens penhorados e removidos, poderá haver desfasamentos em relação às listagens de apreensão efectuadas. As propostas poderão ser apresentadas para o conjunto das verbas ou para verbas isoladas. Dar-se-á preferência às propostas apresentadas para o conjunto das verbas. As ofertas deverão ser acompanhadas de cheque/caução correspondente a 20% do valor da proposta, sob pena de rejeição, sendo o restante preço pago no acto do levantamento dos bens. Para qualquer esclarecimento adicional, poderá contactar o Administrador da Insolvência, através do telefone 223774130. As propostas deverão vir instruídas com o endereço e demais contactos do proponente e fotocópia do bilhete de identidade e do n.º de contribuinte, da pessoa ou dos responsáveis legais, sob pena de não poderem ser consideradas. As propostas deverão ser enviadas (ou entregues em mão) em carta fechada com indicação no exterior do respectivo envelope, do número do processo para o escritório do administrador de Insolvência Dr. António Dias Seabra, Av. da República, 2208-8º. Dt.º Frt., 4430-196 – Vila Nova de Gaia, até ao dia 18/02/2014. No dia 20/02/2014, pelas 14H30 serão abertas as propostas entregues na morada em Vila Nova de Gaia A adjudicação do bem será feita à proposta de maior valor; caso existam valores iguais, proceder-se-á logo à licitação entre os proponentes de propostas iguais; Se por motivos alheios à nossa vontade, a venda for considerada sem efeito, por quem de direito, a quantia recebida será devolvida em singelo. Desde já, se informa que se irá dar cumprimento ao nº 1 do art. 896º, ao nº 2 do art. 897º e ao art.1458º e seguintes do Código do Processo Civil. O Administrador de Insolvência António Dias Seabra

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 11/02/2014

Juízos Cíveis do Porto 2° Juízo Cível Processo: 1954/13.2TJPRT Interdição / Inabilitação Requerente: Maria de Fátima Sá Fernandes Requerido: Alzira de Jesus Sá N/Referência: 11862638 Data: 03-02-2014

ANÚNCIO Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/lnabilitação em que é requerido Alzira de Jesus Sá, com residência em domicílio: Centro Hospitalar Conde Ferreira, Rua Costa Cabral, N.º 1211,4200-221 Porto, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr(a). Alexandra Lage O Oficial de Justiça, Graça bento

Braga e Paços do Município, 07-02-2014 O Presidente da Câmara, Dr. Ricardo Bruno Antunes Machado Rio

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Processo: INSOLVÊNCIA: Penatextil – Confecção de Criança, S.A.

DR. RICARDO BRUNO ANTUNES MACHADO RIO, Presidente da Câmara Municipal de Braga: FAZ SABER QUE, nos termos do artº78º D.L. n° 555/99, de 16 de Dezembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março e por despacho de 2008/03/11, praticado no uso de poderes delegados em reunião de 2005/ 10/20, são alteradas as prescrições do ALVARÁ DO LOTEAMENTO N° 6/89, em nome de AGROPECUÁRIA IRMÃOS COUTO BROCHADO, LIMITADA, NIF 501369856, respeitante ao prédio sito no Lugar da Quintã, Freguesia de Frossos, deste concelho, alterações essas que foram objeto de discussão pública, cumprem o PDM e constam do seguinte; Mantém-se a área total a lotear; A área lotal de implantação passa a ser de 2 305 m2, a área total de construção, passa a ser de 7 433,25 m2; Com a presente alteração são reduzidas no lote 5, as áreas de implantação e construção que passam a ser de 40m2 e 38,25m2, respetivamente. O referido lote passa a ser constituido por um edifício destinado a comércio com apenas 1 piso; Foi apresentado alvará de licença n.º 2096BRG, emitido pela Estradas de Portugal, SA; Para constar se mandou passar o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e publicado num jornal de âmbito nacional

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ANÚNCIO

EDITAL N.º 23/2014 Alteração nº 1 ao Alvará de Loteamento nº 6/89

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3º JUÍZO


1868

Há 144 anos, todos os dias consigo.

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MUDAR O “CHIP” Pede-nos o primeiro-ministro que mudemos o “chip”. E o “chip” tem nome: empobrecimento. No essencial, quer que assumamos o “circuito integrado” do governo, sobre o qual possa, com mais qualquer coisinha, resolver o seu “hardware” ideológico e programático. Fica resolvida a situação: habituamo-nos a viver como o programador entende que deve ser o comporAndré Escórcio* tamento dos portugueses, silencia-nos porque nos torna autómatos. Ele quer que repitemos a sua vontade, a vontade dos senhores, na lógica do come e cala-te. Na opinião do primeiro-ministro não é o “chip” dele que está bloqueado, não é o seu programa que está infestado de vírus, são os dez milhões que têm de integrar um outro circuito, entre os quais contam-se mais de três milhões de pobres e excluídos que nunca tiveram acesso ao seu próprio “chip”! Isto vai acabar mal. Sento-me à frente da televisão e assisto a um conflito generalizado dos mais pobres contra os mais ricos. O levantamento popular está em curso e parece-me imparável. O balão está a encher e o sistema não tem válvulas de escape. As razões são diversas, é certo, mas com um denominador comum, exactamente o que o músico Pedro Abrunhosa, um dos elementos apoiantes do “Manifesto contra a Crise - Compromisso com a Ciência, a Cultura e as Artes em Portugal”, sintetizou: “o grande capital descobriu que não precisa da Democracia para nada”. O problema essencial é esse. E é por isso que Passos Coelho, político só aparentemente democrata, pede para que mudemos de “chip”. O “chip” de que fala é o que deixa correr o programa de empobrecimento, a ausência de direitos sociais, o espezinhamento das leis laborais, o que não permite que os jovens e menos jovens aqui desenvolvam os seus talentos, atirandoos para a emigração, é o “chip” que permite aceitar com um sorriso nos lábios o confisco de pensões e de reformas e com efeitos retroactivos, é o “chip” que aceita retrocessos civilizacionais nunca vistos. Passos Coelho é uma versão Jardim embora menos atrevida. Na Madeira, Jardim “vendeu” o mesmo produto aos madeirenses e portosantenses sem falar em linguagem tecnológica. Partiu do princípio que as pessoas não iriam perceber o significado da palavra. Mas o “chip” foi colocado (leia-se assumido) há 38 anos em milhares de eleitores da Região. Permitiram que o especialista, o “vigia da quinta” (expressão do Padre Martins Júnior), com a sua lábia, conseguisse “vender” o seu “circuito integrado”. E deu no que deu! Uma sociedade pobre e dependente numa região assimétrica; uma sociedade em conflito silencioso, que sofre, que murmura e que acabou por perder a Autonomia pela qual tantos lutaram antes de 1974. Enfim, Passos que se acautele e que tome a decisão de mudar o seu próprio “chip”. *Professor www.comqueentao.blogspot.com

Duarte Lima e o processo do homicídio de Rosalina Ribeiro

Carta rogatória distribuída na 6.ª vara Criminal de Lisboa A carta rogatória das autoridades judiciais brasileiras para a inquirição a Duarte Lima no processo do homicídio de Rosalina Ribeiro foi distribuída ontem à 6.ª Vara Criminal de Lisboa. O coordenador do Ministério Público nas varas criminais de Lisboa, José Góis, disse que “dentro de dias deverá ser proferido despacho do juiz titular a designar dia para a inquirição do arguido”. De acordo com a ProcuradoriaGeral da República, o pedido foi feito “atendendo à fase em que se encontra o processo brasileiro, posterior à dedução de acusação pela prática de crime de homicídio”, em finais de outubro de 2011. Duarte Lima foi acusado pelo Ministério Público brasileiro pela morte de Rosalina Ribeiro, morta em dezembro de 2009, em Saquarema, nos arredores de Rio de Janeiro, no Brasil. O antigo líder parlamentar do PSD era o advogado de Rosalina Ribeiro num processo na Justiça brasileira com a filha do português Lúcio Feiteira, falecido em 2000, relacionado com a herança milionária. Rosalina Ribeiro morava no Rio de Janeiro e foi encontrada morta com dois tiros em Saquarema, tendo o seu corpo permanecido no Instituto de Medicina Legal de Cabo Frio durante doze

dias até ser reconhecido por amigos. Naquela altura, em comunicado, Duarte Lima disse que enviou, por moto próprio, “uma comunicação escrita às autoridades brasileiras, dando nota detalhada do encontro” que teve com Rosalina Ribeiro antes do desaparecimento da companheira de Lúcio Feiteira.

Duarte Lima encontra-se em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, em Lisboa, ao abrigo de um outro processo relacionado com o Banco Português de Negócios (BPN), em que estão a ser investigados alegados crimes de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Derrocada de edifício na rua Miguel Bombarda no Porto

Centro de saúde encerrado e trânsito cortado Uma derrocada num edifício da rua Miguel Bombarda, no Porto, e o risco de ruína da fachada obrigaram ao encerramento do centro de saúde e ao corte do trânsito de parte da artéria. Fonte da Proteção Civil municipal informou que “o risco é a fachada cair”, pelo que parte da rua foi cortada à circulação automóvel para “realizar já” os “trabalhos de mitigação dos estragos”, com vista a “salvaguardar a segurança na via pública” antes do regresso do mau tempo.

Por precaução, foi encerrada a Unidade de Saúde Familiar de S. João, instalada no número 234 daquela rua, num edifício contíguo ao da derrocada, indicou a mesma fonte, presente no local. A fonte da Proteção Civil explicou ainda que os trabalhos com vista a evitar novas derrocadas têm de realizar-se “ainda hoje [ontem], por causa das previsões de mau tempo” para hoje. O Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto foi informado do desabamento de “uma das paredes de um

edifício” pelas 13h07. O corte de trânsito na rua Miguel Bombarda começou a seguir ao cruzamento daquela artéria com a rua do Rosário. Fonte dos Bombeiros Voluntários do Porto informou ainda que aquela corporação respondeu, pelas 14h05, a um pedido do Batalhão de Sapadores Bombeiros para retirarem, de “uma casa comercial” da rua de Santa Catarina, um vidro “a ameaçar cair para a via pública”. De acordo com a mesma fonte, a situação também terá sido resultado do “mau tempo”.

Mau tempo nos Açores

SATA cancela nove voos entre as ilhas A SATA Air Açores cancelou ontem nove voos entre algumas ilhas açorianas devido ao mau tempo, segundo anunciou a transportadora aérea açoriana na sua página na internet. A transportadora cancelou um voo Ponta Delgada/Pico que deveria ter saído de São Miguel pelas 09h10 (10h10 em Portugal Continental), o mesmo acontecendo com a ligação Terceira/Flores das 10h20 (11h20 em Portugal Continental) e Flores/Terceira das 11h45 (12h45 em

Portugal Continental) devido a “razões meteorológicas”. O mau tempo impediu também a ligação Terceira/Ponta Delgada, que estava prevista para as 13h10 (mais uma hora no continente) e o voo Pico/ Terceira das 10h25 (11h25 em Portugal Continental). A página da SATA informa ainda que foi igualmente cancelada a ligação Terceira/Graciosa das 10h25 (11h25 em Portugal Continental) e Graciosa/

Terceira das 11h20 (12h20 em Portugal Continental). Devido a razões meteorológicas também não se realizou a ligação Horta/ Corvo das 12h50 (13h50 em Portugal Continental) e Corvo/Flores das 13h55 (14h55 em Portugal Continental). O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou o grupo Ocidental dos Açores (Flores e Corvo) sob aviso amarelo até ao final do dia de hoje por causa do vento forte.


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