QUEREMOS VENCER AQUI TÉCNICO DO FC PORTO RECONHECE VALOR DO ATLÉTICO DE MADRID
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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
DIÁRIO NACIONAL
Ano CXLVI | N.º 8
Quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
PS E PSD COM DIFERENTES VISÕES QUANTO AOS NÚMEROS DO BdP
«N!M» n No dia em que o FMI veio dizer que “Grécia e Portugal deveriam ter tido mais tempo para cumprir o programa de ajustamento”, PS e PSD discordam em absoluto quanto às previsões do Banco de Portugal para este ano e para 2014. O socialista João Galamba, mais pessimista, considera os números “pouco credíveis”, enquanto o social-democrata Miguel Frasquilho, mais otimista, destaca que “a vida dos portugueses vai melhorar”...
FOME Papa Francisco defende que é preciso acabar com o “escândalo mundial”
DA HISTÓRIA n Dezenas de milhares de vozes cantaram de forma emocionada o hino nacional da África do Sul, no início das cerimónias fúnebres de Nelson Mandela, que juntaram em Joanesburgo cidadãos comuns, chefes de Estado, membros da realeza e líderes religiosos...
BOLHÃO Reabilitação só pode ser feita com apoios financeiros do QREN
ESTALEIROS Presidente da Empordef diz que Estado não injectou um cêntimo a mais
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
Câmara do Porto fala na reabilitação com apoio do QREN
“Aumento de 325 mil euros”
Bolhão só pode avançar com fundos
Mais cultura no Porto
Rui Moreira garante que a Câmara não vai “transformar o Bolhão num centro comercial”, mas refere que a reabilitação do mercado do Porto tem de contar com apoios financeiros do QREN. O presidente da Câmara do Porto revelou ontem a hipótese de o projeto para o Mercado do Bolhão avançar com “parcerias institucionais”, porque a reabilitação exclusivamente municipal é “absolutamente inexequível” sem fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Rui Moreira justificou a constatação com a redução das “transferência de receitas do Estado para a autarquia” e garantiu que a solução deixará a “exploração do mercado de frescos da responsabilidade da Câmara do Porto”. Em declarações aos jornalistas no fim da reunião privada do executivo em que foi aprovado o orçamento para 2014, o presidente da Câmara do Porto garantiu não estar em causa “o mesmo modelo, programa ou reabilitação” equacionados pelo exautarca Rui Rio com a concessão à empresa TramCroNe (TCN), e o socialista Manuel Pizarro, com quem o independente fez uma coligação póseleitoral, assegurou que a Câmara não vai “transformar o Bolhão num centro comercial”. “Se não houver QREN, a reabilitação do Bolhão como nós a entendemos é absolutamente inexequível neste momento, atendendo à [redução de] transferência de receitas do Estado para a autarquia, fazer como
Bolhão. Mercado tradicional do Porto só pode ser reabilitado com apoios financeiros do QREN. um investimento puro e duro público. Não é chegar lá e pintar, isso é deitar dinheiro fora”, alertou Rui Moreira. O presidente da Câmara admitiu não poder “adiantar” mais sobre as “parcerias” equacionadas para a reabilitação do Mercado que é Monumento de Interesse Público desde setembro, que em 2014 assinala o centenário e está desde 2005 suportado por andaimes devido ao risco de ruína. Questionado sobre se pode estar em causa a concessão de parte do espaço, respondeu: “Quando chegarmos à altura de falar nisso, falaremos”. O autarca reagia assim às críticas da oposição ao orçamento camarário para 2014, hoje aprovado com a abstenção do PSD e o voto contra da CDU. Ambos os partidos notaram a “falta de projeto para o Bolhão” no
documento. “O Bolhão é paradigmático da inércia desta Câmara. É incompreensível que, para bandeiras eleitorais desta maioria, não haja nenhum projeto ou referência à recuperação do Bolhão”, afirmou o social-democrata Amorim Pereira. Para Ricardo Almeida, do PSD, o Porto é uma “cidade gasosa”, porque todas as promessas eleitorais se esfumaram”. Pedro Carvalho, da CDU, considerou que a perspetiva da atual maioria para o mercado é “o pior de Rui Rio [presidente da Câmara do Porto até às autárquicas de setembro] a voltar como assombração”. O contrato de “conceção, projeto, construção e exploração do Mercado do Bolhão” foi adjudicado pela Assembleia Municipal do Porto em
janeiro de 2008, no âmbito do concurso público aberto pela autarquia, mas as partes entraram em rutura devido ao “incumprimento de obrigações pré-contratuais”, justificou a Câmara do Porto naquele ano. A autarquia decidiu-se então por uma parceria com o Ministério da Cultura, através da Direção Regional de Cultura do Norte, e recebeu em 2009 o programa base do projeto de arquitetura para recuperação e reabilitação do Mercado. No fim de 2011, Rui Rio, anunciou não poder avançar com o projeto orçado em 20 milhões de euros sem uma comparticipação substancial de fundos comunitários. A autarquia tornou-se credora da TCN, declarada insolvente, transformando em reclamação de créditos a indemnização de 3,3 milhões de euros exigida em tribunal desde 2008.
Distrital do Porto do Partido Socialista deixa apelo
“Ética da responsabilidade” A Distrital do Porto do PS apelou ontem “à ética da responsabilidade dos dirigentes locais”, lembrando ter em marcha “a construção de uma alternativa à direita”, dois dias após as eleições para as concelhias socialistas. “No respeito pelo ideário do PS e por aquelas que são as convicções mais profundas dos seus militantes, o secretariado distrital apela à ética da responsabilidade de todos os dirigentes locais socialistas com vista à construção de uma alternativa de
esperança para Portugal”, lê-se no comunicado enviado ontem, pelo secretariado da Distrital/PS Porto, à imprensa. Para a distrital socialista do Porto, agora que estão feitas as opções dos militantes “é o momento para convergir”, para “perfilar o PS como plataforma essencial para a afirmação de uma alternativa à política destrutiva da direita”, vincando que o atual Governo PSD/CDS-PP “tem dizimado o país”.
A distrital diz-se disposta a apostar na “promoção da unidade estratégica de todos os socialistas no distrito do Porto”, considerando que desta forma está dado o mote para “o caminho para a afirmação do PS como a única alternativa para um novo rumo para Portugal” Esta estrutura “congratula-se” ainda com a “forte participação e mobilização dos militantes no ato eleitoral interno” de sábado para as estruturas concelhias do PS.
De acordo com a distrital do PS/ Porto, este ato eleitoral mobilizou “mais de 11 mil militantes em todo o distrito” em eleições para 18 concelhias e 85 secções. “A todos os que se empenharam de forma responsável e participada, neste processo eleitoral, no respeito pelos valores democráticos e no debate interno de ideias, reconhecemos e congratulamo-nos com a valia do trabalho prestado em prol da vitalidade do partido no distrito do Porto”, continua o comunicado.
O presidente da Câmara do Porto garantiu ontem que o orçamento municipal de 2014 inclui um aumento de “325 mil euros” na “programação cultural” e admitiu não ter “conteúdos programáticos” para os teatros Rivoli e Campo Alegre. “Há 325 mil euros de aumento na programação cultural. O que não temos são os conteúdos programáticos que queremos ter no Rivoli e no Teatro do Campo Alegre. Para isso são precisos apoios mecenáticos porque se trata de uma verba substancial”, esclareceu Rui Moreira, em declarações aos jornalistas no fim da reunião privada do executivo em que foi aprovado o orçamento para 2014 com a abstenção do PSD e o voto contra da CDU. A oposição criticou as opções da autarquia nas contas do próximo ano para a Cultura, defendida pelo independente Rui Moreira como prioritária. Presidente confirma
Matadouro pode ser vendido a privados
Rui Moreira adiantou ainda que sem fundos comunitários para instalar o Polo de Apoio a Empresas no antigo Matadouro Municipal, o equipamento tem de “ser vendido a privados”. “Sabemos o que queremos fazer: um Polo Logístico de Apoio a Pequenas e Médias Empresas que sirva de base de reindustrialização. Não sabemos neste momento se existe [financiamento comunitário] do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Não existindo, teremos de vender a privados. Se o QREN permitir que façamos de outra maneira, faremos”, revelou o autarca. Falando aos jornalistas no fim da reunião privada do executivo, Rui Moreira referia-se à venda por 50,05 milhões de euros do ex-matadouro municipal, prevista no orçamento para 2014, ontem aprovado com a abstenção do PSD e o voto contra da CDU.
regiões
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
O Primeiro de Janeiro | 3
Presidente da Empordef nega financiamento do Estado aos estaleiros de Viana
“Nem um cêntimo a mais” Alerta vermelho no arquipélago
Ventos fortes desviam três voos para Madeira
Os ventos fortes que se fizeram sentir na Madeira, ontem, e que deixaram o arquipélago em alerta vermelho até à madrugada de hoje, determinaram o cancelamento de três voos com destino à ilha, informou a empresa Aeroportos da Madeira, adiantando que dois aviões divergiram para outros locais. Fonte da ANAM disse que um voo de Lisboa da easyJet foi cancelado, o mesmo sucedendo com um voo da TAP, do Porto. “A easyJet cancelou igualmente o voo da noite proveniente da Lisboa, que foi reprogramado para quarta-feira [hoje]”, referiu a mesma fonte.
Avião proveniente de Bissau
73 retidos por suspeita de passaporte falso
Setenta e três passageiros que chegaram, ontem, a Portugal num voo proveniente da Guiné-Bissau foram retidos por suspeita de usarem passaportes falsos, informou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. “No âmbito das suas competências e no estrito cumprimento da lei, o SEF prossegue todas as diligências necessárias no sentido de avaliar e decidir relativamente à situação destes passageiros, acrescenta o comunicado. O voo TP202 da TAP proveniente de Bissau, na Guiné-Bissau, chegou a Lisboa às 06h33.
“Não houve um cêntimo de injeção de recursos públicos no Estaleiro”, garante o presidente da «holding» estatal.. O presidente da Empordef, Vicente Ferreira, garantiu, ontem, que o Estado não colocou “um cêntimo a mais” nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e que as verbas transferidas visaram assumir compromissos do anterior Governo PS. “A Empordef foi assumir o que já estava assumido com cartas de conforto. Se a ajuda de Estado existiu ela foi assumida quando foram escritas as cartas de conforto”, disse Vicente Ferreira, presidente da «holding» estatal Empresa Portuguesa de Defesa. Respondendo ao deputado do PSD Carlos Abreu Amorim na comissão parlamentar de Defesa, Vicente Ferreira disse que foi feito um processo de recontratualização da dívida à banca para pagar salários e segurança social. “Não havendo acesso a fundos públicos, não havia outra alternativa se não recontratualização da dívida. E a Empordef tinha cartas de conforto passadas por quase todas as linhas [de crédito bancário], a dívida já era da Empordef ”, frisou. Carlos Abreu Amorim tinha questionado o responsável sobre o montante de 181 milhões de euros considerados “ajudas ilegais” não notificadas previamente à comissão europeia e que o atual Gover-
Viana do Castelo. Subconcessão dos estaleiros navais “não será a solução perfeita mas é a possível”, diz Vicente Ferreira no invoca como argumento para abandonar o processo de reprivatização e iniciar o processo de subconcessão. Desses 181 milhões de euros, 101 milhões surgem como entregues durante 2012. “Para ter umas migalhas que permitissem pagar salários em Viana, a segurança social, IRS, a banca, para nos recapitalizar os juros, e para nos emprestar mais algumas migalhas, obrigavam-nos a recontratualizar”, justificou Vicente Ferreira. O responsável afirmou que “não
houve um cêntimo de injeção de recursos públicos no Estaleiro” e considerou que o que existiu foi uma “simples mudança de titularidade do contrato”. Para Vicente Ferreira, “a única parte” que poderia, teoricamente, ser considerada como “ajudas ilegais” seria o pagamento dos salários, penhoras, mas esse montante representa apenas 10 por cento do montante global. O presidente da Empordef (empresa portuguesa de Defesa) defendeu que a subconcessão dos
Estaleiros Navais de Viana do Castelo “não será a solução perfeita mas é a possível” face à situação de dívidas acumuladas pela empresa. Segundo Vicente Ferreira, foram os “pilares sociolaboral, o macroeconómico em termos regionais e a salvaguarda do potencial tecnológico” que orientou desde final de 2011 a ação da Empordef e as decisões tomadas face aos ENVC.
Quarta paralisação desde o mês de novembro
Greve parcial no Metro de Lisboa no dia 19 Trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem no dia 19 de dezembro uma greve parcial entre as 05h30 e as 09h30 em protesto contra as medidas previstas no Orçamento do Estado (OE). Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), admitiu ainda que podem ser marcadas novas greves este mês. A greve do dia 19 vai realizar-se entre as 05h30 e as 09h30 para a generalidade dos trabalhadores e entre as 08h00 e as 12h30 para os trabalhadores administrativos e técnicos superiores. Esta é a quarta
Lisboa. Esta é a quarta greve parcial que os trabalhadores do Metro realizam desde novembro
greve parcial que os trabalhadores do Metro de Lisboa realizam desde novembro, tendo as estações sido encerradas entre as 06h30 e as 09h30 dos dias 19, 21 e 28. Entre os motivos para estas paralisações está o decreto-lei 133/2012, que “pretende abrir as portas à concessão da empresa e, uma vez mais, reduzir trabalhadores, reduzir os seus direitos e reduzir a sua remuneração”, afirmou Anabela Carvalheira. Os funcionários do Metropolitano de Lisboa contestam também o OE, que “visa uma vez mais os trabalhadores do setor empresarial do Estado, com cortes
brutais, encaminhando estes trabalhadores para uma situação insustentável”, acrescentou a sindicalista. Recorde-se que, no início deste mês, a comissão de reformados do Metropolitano de Lisboa foi sensibilizar o Provedor de Justiça para a “gravidade” do fim do complemento de reformas que recebem, que entrará em vigor em Janeiro de 2014. “Desde 1999 que a empresa incentiva os trabalhadores a optarem pela reforma antecipada para reduzir o quadro de pessoal e esses incentivos têm tido maior incidência desde 2008”, afirmou Diamantino Lopes.
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nacional
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
PS pouco otimista quanto às previsões do Banco de Portugal
Parlamento Europeu
Melo e Estrela em rota de colisão
“Pouco credíveis e incompreensíveis” O PS considera “pouco credíveis” as previsões do Banco de Portugal sobre o crescimento em 2014 e “incompreensíveis” as estimativas para este ano, já que as exportações teriam de registar uma aceleração acentuada no último trimestre. Esta posição de ceticismo foi manifestada pelo deputado socialista João Galamba, reagindo às previsões do Boletim Económico de Inverno do Banco de Portugal, que voltou a melhorar as estimativas económicas para este ano, esperando agora uma recessão de 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), acima das perspetivas do Governo, que calcula uma contração de 1,8 por cento. Para 2014, o Banco de Portugal espera que Portugal regresse a terreno positivo, antecipando um crescimento de 0,8 por cento - uma previsão que coincide com a do Governo e com a da ´troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). “O PS entende que as previsões para o próximo ano não são muito credíveis, nomeadamente em relação à questão do crescimento do consumo privado, quando o país tem um Orçamento para 2014 com
PS. João Galamba mostra-se algo pessimista quanto às previsões do BdP um reforço muito significativo da austeridade. Neste contexto, não entendemos como é possível o consumo privado recuperar no próximo ano”, começou por apontar João Galamba. Em relação às previsões para este ano, o deputado do PS disse que “incompreensivelmente o Banco de Portugal melhora-as”. “Parece que o Banco de Portugal não teve em conta os últimos dados sobre as exportações. Para que as exportações cresçam aquilo que o Banco de Portugal estima, terão de possuir o maior crescimento trimestral desde 2006, cerca de oito por cento, o que no contexto atual é muito difícil chegar a esse resultado. Por outro lado, é interessante verificar que a melhoria da atividade económica este ano se deve exatamente a razões contrárias à política do Governo”, advogou João Galamba. De acordo com o deputado do PS, o
Governo apostou no “esmagamento da procura interna, que seria compensado pela procura externa”. “Acontece que a melhoria dos resultados económicos em 2013 deve-se a exclusivamente a uma procura interna melhor do que o esperado”, sustentou, numa alusão à decisão de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional em relação a medidas constantes no Orçamento para 2013. PSD otimista
Pelo contrário, o PSD defendeu ontem que as previsões do Banco de Portugal anteveem que a “saída do programa de ajustamento” poderá “acontecer da melhor forma possível”, embora sem adiantar esse cenário inclui um programa cautelar. “Esta análise do Banco de Portugal permite também antever que a saída do programa de ajustamento em junho de 2014 pode acontecer da melhor forma possível,
como todos desejamos”, afirmou o deputado do PSD Miguel Frasquilho, em declarações aos jornalistas no Parlamento. Questionado se a “melhor forma possível” de sair do programa de assistência é sem um programa cautelar, Miguel Frasquilho foi cauteloso, afirmando que ainda faltam “sete meses” e que os tempos que se vivem são “incertos” e ainda “muita coisa se pode alterar”. “Mas são análises destas, projeções destas, que nos permitem acalentar a esperança que esse cenário seja o mais favorável possível”, ressalvou. Frasquilho destacou que o boletim de inverno do banco central “revê em alta todo o cenário macroeconómico do país para os próximos três anos”, o que “significa que a vida dos portugueses irá progressivamente melhorar”. “Enfatizo, em particular, que o Banco de Portugal acredita que as exportações vão ter um dinamismo muito forte nos próximos anos e que, ao nível da procura interna, no consumo e no investimento, há já não apenas uma estabilização, mas uma recuperação. Permito-me destacar o investimento, que é também uma componente muito importante para sustentar o crescimento das exportações e da economia”, sustentou.
“Em relação ao enorme flagelo que é o desemprego, que se mantém a níveis muito elevados, estas projeções do Banco de Portugal permitem antever perspetivas menos desfavoráveis para o mercado de trabalho, o que nos dá alento e mostra que os esforços que os portugueses têm estado a fazer, que têm sido duros, têm sido muitos, não serão, certamente, em vão”, concluiu.
Catarina Martins (BE) pede mais “valores democráticos”
“Europa construída sobre o Euro” A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) lamentou o momento atual da Europa, que vive, disse, “construída sobre o euro” e não “sobre valores democráticos”. Falando numa conferência em Lisboa, Catarina Martins traçou uma análise do “momento tão complicado e tão frágil” que vive a Europa atualmente, onde há solidariedade dos líderes europeus para “proteger a banca” ao mesmo tempo em que se “deitaram ao lixo” outras hipóteses para o fortalecimento do continente, como os ´eurobonds’. “Esses [´eurobonds’] já não podem
ser mutualizados, é cada um por si”, lamentou a bloquista, que contestou também o “desemprego jovem esmagador” que atravessa atualmente a Europa, que “tem vindo a tornar-se mais desigual” entre os seus Estadosmembros. Alicerces como “paz, cooperação e inclusão”, em que o projeto europeu assentou, são atualmente desvalorizados num momento em que “Europa significa tantas vezes ´troika’ e tantas vezes desemprego”, sublinhou Catarina Martins. A “maioria dos europeus sente que não tem voz na
União Europeia”, acrescentou ainda a líder do BE, que, recorrendo a dados de um recente Eurobarómetro, apontou que em Portugal a percentagem de cidadãos com esse sentimento “é ainda maior” que a média do total dos Estados-membros. A coordenadora e deputada do Bloco falava no Seminário “Ano Europeu dos Cidadãos”, organizado pela Fundação Pro Dignitate em parceria com a Direção-geral de Educação. A propósito das previsões do BdP, a também deputada bloquista Maria-
na Mortágua destacou a perda de seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal após quase três anos de Governo da maioria PSD/ CDS-PP e acordo com a ´troika’. “Entre 2011 e 2013, Portugal perdeu seis por cento do seu PIB. Nos três anos em que PSD, CDS e a ´troika’ governaram este país, Portugal perdeu mais nove mil milhões (de euros) às mãos da recessão causada pela austeridade e políticas agressivas contra os salários”, disse, em reação ao boletim de inverno do Banco de Portugal (BdP), na Assembleia da República.
O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo disse ontem não precisar de fazer “provas de vida nem na Europa, nem em Portugal”, acusando a socialista Edite Estrela de ser uma “democrata de circunstância” que “insulta” quando é derrotada. “Felizmente, e ao contrário da deputada Edite Estrela, não tenho de fazer provas de vida nem na Europa, nem em Portugal, e principalmente afirmome pela substância das minhas ideias, não pelo absurdo delas, como a deputada Edite Estrela”, afirmou o centrista, em Estrasburgo. Ontem de manhã, a anulação (e substituição) do relatório da eurodeputada do PS Edite Estrela sobre direitos sexuais e reprodutivos das mulheres por uma resolução do Partido Popular Europeu e dos Conservadores e Reformistas Europeus, gerou uma acesa troca de palavras em plenário entre a socialista e Nuno Melo. Já em declarações aos jornalistas, à margem da sessão plenária, Edite Estrela considerou “lamentável” a intervenção de Nuno Melo – que a acusou de ser uma “democrata de circunstância” de não aceitar a derrota política – e defendeu que o eurodeputado do CDS é um desconhecido em Estrasburgo que precisa de fazer “prova de vida”. Para Melo, as palavras da chefe da delegação do PS foram “um exercício deplorável” e “insultuoso”. “Na minha intervenção afirmei o óbvio, eu não admito que nenhum deputado de nenhum partido, da direita, do centro ou da esquerda, me insulte ou insulte um grupo a que pertenço pelo facto de ter sido derrotado numa eleição, por isso afirmei que a deputada Edite Estrela se revelou como é, uma democrata de circunstância”, declarou.
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
economia
O Primeiro de Janeiro | 5
Entidade dirigida por Carlos Costa espera uma recessão de 1,5% do PIB
Banco de Portugal mais optimista para 2013 Por outro lado, o BdP estima uma redução de 2,9% do emprego em 2013 e calcula uma redução acumulada de 8% desde 2011 até 2015. Lagarde admite falhas nos prazos de Portugal
“FMI reconhece os erros” O Fundo Monetário Internacional voltou, ontem, a reconhecer que Portugal devia ter tido mais tempo para aplicar o programa da «troika». Em Bruxelas, a diretora do FMI, Christine Lagarde, reconheceu os “erros” da instituição no cálculo dos efeitos da austeridade. “Tradicionalmente, porque havia poucos estudos sobre a questão, visávamos um quociente multiplicador de 1%. Ora, com a análise da situação e dos factos, apercebemo-nos de que o quociente estava mais perto de 1,7% do que de 1%”, explicou. “Nós dissemos, porque também é honra do FMI reconhecer os seus erros quando os comete. Não teríamos modificado a substancia do programa que foi desenhado na altura, mas claramente, o que teria resultado, não só para a Grécia, mas também para outros países teria sido o reexame do espaço de tempo no qual os programas foram aplicados”, disse Lagarde. “O FMI não reviu o seu relatório, mas foi o primeiro a dizer: atenção, é demasiada consolidação orçamental, demasiado rápido, é preciso dar mais tempo ao tempo”, reforçou, concluindo: “quer à Grécia, quer a Portugal, quer à Espanha (que não tinha programa), dissemos a mesma coisa.”
O Banco de Portugal voltou a melhorar as perspetivas para 2013, esperando uma contração de -1,5% contra os -1,6% previstos no outono, antecipando um crescimento de 0,8% para 2014. De acordo com o Boletim Económico de Inverno, ontem divulgado, o banco central voltou a melhorar as previsões económicas para este ano, esperando agora uma recessão de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima das perspetivas do Governo, que calcula uma contração de 1,8%. O Governo foi revendo as suas previsões económicas para este ano: no Orçamento do Estado para 2013, antecipava uma recessão de apenas 1%, perspetiva que foi piorada para os -2,3% em maio e que foi depois revista para os -1,8%, o que significa que o executivo espera agora uma recessão mais profunda do que a estimada inicialmente. Este desempenho da economia em 2013 justifica-se, segundo o banco central, com a diminuição do consumo privado (-2,0%), da procura interna (-2,7%) e do investimento (-8,4%), mas também com o crescimento de 5,9% das exportações. Para 2014, o Banco de Portugal espera que Portugal regresse a terreno positivo, antecipando um crescimento de 0,8%, uma previsão que coincide com a do Governo e com a da «troika». A influenciar a evolução positiva da economia em 2014 deverá estar o consumo privado (0,3%), o investimento (1,0%) e as exportações (5,5%). Em relação a 2015, o último ano do horizonte das previsões hoje divulgadas, o Banco de Portugal aponta para um crescimento de 1,3%, abaixo ao esperado pelo Governo e pela «troika», que estimam um crescimento de 1,5%. O Banco de Portugal estima, ainda, uma redução de 2,9% do emprego em 2013, uma tendência que deverá desacelerar em 2014, e calcula uma redução acumulada
do emprego de 8% desde 2011 até 2015. O banco central refere que a destruição do emprego tem vindo a diminuir, passando dos -4,2% em 2012 para os -2,9% em 2013, e antecipa que o emprego apresente um crescimento de 0,5% tanto em 2014 como em 2015. “Estas projeções implicam uma queda acumulada do emprego de cerca de 8% no período 2011-2015, com uma redução significativa do emprego público, mas também extensiva ao setor privado, em particular tendo em conta a redução já observada do emprego na indústria e na construção”, lê-se no boletim. Mercados só com plano cumprido
Banco de Portugal. “Prossecução estrita dos compromissos assumidos” é uma “condição indispensável” para regresso aos mercados
Em cotraciclo com a Europa
Bolsa de Lisboa fecha sessão em subida ligeira
O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI20, encerrou o dia de ontem a crescer 0,70% para 6.473,65 pontos, em contraciclo com as praças europeias, impulsionado pelo bom desempenho da banca, principalmente do BCP, e da Portugal Telecom. Das 20 cotadas que compõem o PSI20, oito caíram, uma permaneceu inalterada face à cotação da véspera
(a Galp, que fechou nos 11,61 euros), enquanto as restantes fecharam em alta. A maior subida pertenceu ao BCP, que avançou 4,44% para 0,15 euros, enquanto a Altri liderou as quedas, com uma descida de 3,33% para 2,41 euros. Do lado das quedas, destaque para o peso pesado Jerónimo Martins, que cedeu 0,17% para 14,50 euros, para a Mota-Engil, que perdeu 2,60%, e para a Cofina, que cedeu 0,37%. Na Europa, as perdas oscilaram entre os 0,52% de Madrid e os 1,04% de Paris.
O Banco de Portugal considera que a “prossecução estrita dos compromissos assumidos” é uma “condição indispensável” para o regresso aos mercados no pós-«troika», apelando a que, internamente, se estabeleçam “compromissos credíveis de horizonte alargado”. No boletim, o banco central volta a apelar ao consenso interno a nível político e social para garantir que Portugal consegue voltar aos mercados no final do atual programa de resgate da «troika». A instituição liderada por Carlos Costa reitera ainda que, “a nível interno, é fundamental que se estabeleçam compromissos credíveis de horizonte alargado, de modo a aprofundar a coesão social e o consenso institucional em torno destes objetivos nacionais”. A exposição dos bancos portugueses ao Banco Central Eropeu (BCE) voltou a baixar em novembro, para 48.913 milhões de euros, segundo os dados ontem divulgados. O financiamento dos bancos portugueses junto do BCE tinha estado a subir nos quatro meses entre junho e setembro, sendo novembro o segundo mês consecutivo em que foi registada uma queda. Em novembro, a exposição da banca portuguesa ao financiamento do BCE era de 48.913 milhões de euros, menos 1.615,7 milhões de euros do que em outubro, o que representa uma queda de 3,2% em termos percentuais. A diferença face há um ano é de 5.693,5 milhões de euros ou menos 10,4%.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
FC Porto depende de terceiros para continuar na Liga dos Campões
“Vitória em Madrid é a única alternativa” “Vimos aqui com a ambição de vencer um Atlético de Madrid bastante forte”, assume Paulo Fonseca.
e “vencer” no encontro de hoje. “O Atlético de Madrid é muito forte. Mas nós sabemos o que temos que fazer em campo. Não vamos estar preocupados com o outro jogo e temos que estar dependentes de nós próprios”, disse.
O treinador do FC Porto reconheceu, ontem, o valor e a força do Atlético de Madrid, afirmando, contudo, que não tem outro pensamento que não seja vencer em Madrid, em jogo da Liga dos Campeões. “O Atlético tem feito uma época estrondosa em todos os domínios. Ainda só perdeu um jogo esta temporada. Aqui só concedeu um empate, frente ao Barcelona. Isso atesta bem o valor do Atlético nesta altura da época”, disse Paulo Fonseca, no Estádio Vicente Calderón. Apesar disso, o treinador considerou que não resta à equipa “outro pensamento que não seja o de pensar na vitória” no encontro da última ronda do Grupo G da Liga dos Campeões. “Vimos aqui com a ambição de vencer um Atlético de Madrid bastante forte”, considerou na véspera do encontro na capital espanhola. Fonseca relembrou que o Porto “não tem outra alternativa se não vencer” em Madrid, para ainda poder “passar à próxima eliminatória”, embora necessite que o Zenit não vença no terreno do Áustria de Viena. “Espero sobretudo vencer, independentemente do que possam ser as partes do jogo. Tenho a crença de vencer aqui. E depois esperar pelo outro jogo. Mas não vale a pena esperar se antes de isso não vencermos”, disse.
A depender do Áustria de Viena
Má campanha em casa penaliza
O treinador portista reconheceu que a campanha do clube na Liga dos Campeões foi penalizada pelas atuações em casa, “algo que não era o propósito do FC Porto quando iniciou esta competição”. Fonseca recordou que o Porto não venceu qualquer jogo em casa, que teve uma melhor prestação fora e que para vencer tem que jogar “como fez na primeira parte” do encontro contra o Atlético de Madrid, no Dragão. Questionado sobre a sua prestação, a nível de golos, esta temporada, Varela, por seu lado, disse aos jornalistas que “o mais importante é a equipa”
«Champions». Os «dragões» precisam de vencer em Madrid e esperar que o Zenit São Petersburgo não triunfe na visita ao Áustria de Viena
Portugal e Brasil
Sindicatos encontram solução para Perivaldo
O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) e o congénere do Rio de Janeiro anunciaram, ontem, uma “solução” para Perivaldo, que passa pelo regresso ao Brasil do ex-internacional brasileiro, um sem-abrigo em Lisboa. O presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, congratulou-se por ter sido “encontrada uma solução para
a vida” de Perivaldo e espera que o antigo jogador possa ser feliz no seu país natal, onde terá a ajuda do Sindicato dos Jogadores de Futebol do Rio de Janeiro, presidido por Alfredo Sampaio. “Infelizmente, não é caso único. Muitos jogadores brasileiros vêm iludidos e são confrontados com situações muito desagradáveis”, lamentou Joaquim Evangelista, advertindo que, tal como aconteceu com Perivaldo, muitos jogadores que atingem o estrelato acabam por se “embriagar com o sucesso”.
O FC Porto joga, hoje, a última cartada na luta por um lugar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol, numa derradeira ronda do Grupo G em que um triunfo sobre o Atlético Madrid pode ser insuficiente. Os «dragões», com uma das suas piores prestações de sempre na «Champions», precisam de vencer em Madrid, frente ao primeiro classificado da «poule», e esperar que o Zenit São Petersburgo não triunfe na visita ao terreno do Áustria de Viena, último. Nas anteriores 17 presenças na «Champions», o FC Porto nunca esteve mais de quatro encontros sem vencer, marca que poderá alcançar se não conseguir os três pontos na capital espanhola. Em duas visitas ao Vicente Calderon em jogos da «Champions», o FC Porto nunca perdeu, tendo somado um empate (2-2 nos oitavos de final de 2008/09) e um triunfo (3-0 na fase de grupos de 2009/10). Contudo, a estatística atual não é favorável ao FC Porto, pois os «colchoneros» apenas perderam em casa um dos 10 encontros europeus sob o comando de Diego Simeone, tendo vencido os outros nove, dois dos quais esta temporada e por números claros – Áustria Viena (4-0) e Zenit (3-1). No entanto, o FC Porto pode beneficiar do facto de o Atlético de Madrid já ter garantido o apuramento e o primeiro lugar do Grupo G, podendo por isso poupar alguns habituais titulares. Também o FC Porto poderá ter uma baixa de peso, uma vez que o capitão Lucho Gonzalez foi convocado, mas está em dúvida para a partida. Mas mesmo que vença em Madrid, o FC Porto terá sempre de estar com os ouvidos em Viena, esperando por um deslize do Zenit, num estádio onde o Áustria perdeu duas vezes, sofreu quatro golos e não marcou nenhum.
Benfica feliz com encaixe financeiro da sua TV
Proposta já superada A Benfica TV encaixou no último ano “muito mais” que os 22 milhões de euros que a Olivedesportos propunha por época para transmitir os jogos de futebol do clube, revelou o administrador financeiro da SAD encarnada. Em entrevista dada ontem ao canal do clube, no dia em que a Benfica TV cumpre 5 anos de emissão, Domingos Soares de Oliveira disse que no primeiro ano em que transmite os jogos em casa, “o Benfica vai buscar muito mais do que os 22 milhões de euros” da proposta de 2011 da Olivedesportos. A Olivedesportos, que detém a Sport TV, apresentou ao Benfica uma proposta de renovação da cedência dos direitos de transmissão televisiva por cinco épocas (2013 até 2018), no total de 110 milhões de euros. O administrador da SAD também se mostrou confiante de que, em velocidade de cruzeiro, o canal do clube alcançará os 40 milhões de euros por ano. Domingos Soares de Oliveira adiantou ainda que alguns clubes foram pressionados no sentido de não assinarem contrato com a Benfica TV para que fosse esta a transmitir os seus jogos caseiros (tal como fez o Farense, da II Liga). “Houve clubes que efetivamente se sentiram pressionados a não assinar contratos com a Benfica TV”, disse o administrador, referindo o exemplo concreto do Académico de Viseu.
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Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 11/12/2013
«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 11/12/2013
Divisão de Recursos Humanos
AVISO Em cumprimento do disposto no art. 19.º da Portaria nº 83-A/2009, de 22/01, na redação dada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 06/04, torna-se público que se encontra aberto o seguinte procedimento concursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado: Carreira/categoria 2 Técnicos Superiores
Unidade Orgânica Divisão de Finanças
As candidaturas deverão ser formalizadas nos termos precisos do Aviso n.º 15063/2013, publicado no Diário da República, 2ª Série, n.º 239, de 10/12/2013, pelo prazo de 10 dias úteis a contar da data de publicação no Diário da República. Este aviso encontra-se disponível no site do Município de Barcelos, em www.cm-barcelos.pt. Para mais informações devem os interessados dirigirem-se à Divisão de Recursos Humanos desta Câmara Municipal, dentro das horas de expediente. Barcelos, 10 de dezembro de 2013. O Vereador, com competência delegada de acordo com o Despacho nº 2/2013, (Domingos Ribeiro Pereira, Dr.)
O PRIMEIRO DE JANEIRO
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COOPERATIVA AGRÍCOLA LEITEIRA CONCELHO PÓVOA DE VARZIM, C.R.L. Convocatória para a Assembleia Geral Ordinária de 27 de Dezembro de 2013 Nos termos do Artigo nº 30 dos Estatutos desta Cooperativa, convoco todos os Associados no uso efectivo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no próximo dia 27 de Dezembro (sexta-feira), pelas 14:30 horas, na dependência de Amorim, com os seguintes pontos de ordem de trabalhos: 1) Leitura da Acta da reunião anterior. 2) Apreciação, discussão e votação do Orçamento e Plano de Actividades para o ano 2014 e Parecer do Conselho Fiscal. 3) Outros assuntos de interesse para a Cooperativa sem fins deliberativos. Nota: Se à hora indicada não estiver presente número suficiente de Associados para a Assembleia Geral Ordinária, esta funcionará uma hora depois, com qualquer número de Associados. Para facilitar a entrada, roga-se aos Exmos. Srs. Associados o favor de se fazerem acompanhar do seu cartão de Associado. Póvoa de Varzim, 10 de Dezembro de 2013
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Telefone: 22 096 78 46 Tlm: 91 282 06 79 Fax: 22 096 78 45 email: conceicao.carvalho@oprimeirodejaneiro.pt
O Presidente da Assembleia Geral (Manuel Moreira Correia) Sede .Admin Sede.: Praça Marquês de Pombal, 44, 4490-442 PVZ Arm.Amorim/Serv Arm.Amorim/Serv.Admin .Admin.: Rua Comendador Francisco Lima Amorim 4495-137 Amorim ontaínhas PVZ Arm.F Arm.Fontaínhas ontaínhas.: Rua Manuel Ferreira da Silva e Sá, 101, 4570-012 Balasar PVZ E-mail -mail.: cooperativa@coopalpv.pt N.Contribuinte N.Contribuinte.: 500 928 177 Tel el.: 252 691189 – 252 691682 Fax ax.: 252 691187
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O Primeiro de Janeiro | 7
1868
Há 144 anos, todos os dias consigo.
Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |
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A QUADRATURA DO DESPORTO NACIONAL À Troika que está a desgraçar o Movimento Olímpico em Portugal juntou-se uma quarta figura a do Secretário de Estado do Desporto da Juventude constituindo-se assim uma espécie de quadratura do desporto nacional constituída pelo enfatuado José Constantino para quem as questões do olimpismo, como Gustavo Pires* ficou evidente pelo discurso produzido na festa de aniversário do COP no passado dia 28 de novembro, são, tão só, um pormenor no seu estatuto de poder exercido à margem do prestígio e qualquer autoridade; o omnipresente Hermínio Loureiro um político que consegue estar em todos os lugares e em mais alguns ao mesmo tempo sem que se lhe conheça ou reconheça qualquer competência realmente digna de citação; o poliglota Miguel Relvas da Licenciatura de aviário na Lusófona possuidor de uma resplandecente e inusitada olímpica competência para tratar das questões da língua portuguesa no Rio de Janeiro; e, finalmente, o surpreendente Secretário de Estado Emídio Guerreiro que, sem uma ideia que se lhe conheça acerca daquilo que pode e deve ser o desenvolvimento do desporto em Portugal, limita-se a prometer dinheiro aos dirigentes desportivos assim como quem vai ao jardim zoológico à aldeia dos macacos atirar-lhes amendoins. Tudo isto acontece com a conivência de uma comunicação social, sobretudo a desportiva, tradicionalmente dócil e gentil para com tudo o que pareça poder com quem gosta de viver em regime de concubinato. Em consequência, o desporto português, completamente em “roda livre” encontra-se a viver numa das maiores confusões de que há memória em que, no âmbito da tutela, não existe qualquer competência para resolver os problemas da base, do plano intermédio e do topo do desporto nacional. Perante este cenário catastrófico, Sua Excelência o Sr. Secretário de Estado, começou por dizer que ia despejar 14 milhões de euros no COP, passados que foram um ou dois meses a verba passou para 15 milhões de euros para, recentemente prometer 16 milhões de euros. Entretanto, as Federações Desportivas subsistem a pão e água. E, indiferente à dramática situação em que as Federações Desportivas se encontram, Sua Excelência se não está, pelo menos, parece é estar interessado nos problemas da Fórmula Um, como se os problemas da Fórmula Um tivessem alguma coisa a ver com o desenvolvimento do desporto no País. E Sua Excelência, no decurso de uma conferência de imprensa de apresentação da temporada automobilística de um piloto de Fórmula Um, disse: “… estamos disponíveis para ajudá-lo a encontrar soluções junto do mercado, para que possa potenciar a carreira dele”. Claro que disse mais: que, (até ver, dizemos nós) não tinha nenhum cheque para entregar. Contudo, o que ficou daquela aparição pública, que para a Fórmula Um deve ter sido uma espécie da Quarta Aparição de Fátima, foi que Sua Exª, em vez de se empenhar em resolver o estado caótico em que se encontra o desporto nacional, e não lhe sobra competência para isso, à semelhança do que aconteceu com o seu antecessor Laurentino Dias, vai empenhar-se na carreira de um piloto de Fórmula Um. Lindo! Por isso, enquanto o Sua Excelência se diverte com a Fórmula Um temos de perguntar: Quem define e executa as políticas públicas para o desporto em Portugal? É o COP? Seria bom que Sua Excelência tomasse consciência de que, independentemente da liderança do COP ter revelado a mais primária inabilidade para o exercício das funções, tal hipotética situação, selvaticamente liberal, para além de estar à margem da lei portuguesa e dos estatutos do COP é um “erro de palmatória” que só vai comprometer ainda mais o processo de desenvolvimento do desporto no País.
Diretor: Rui Alas Pereira (CP-2017). E-mail: ruialas@oprimeirodejaneiro.pt Redatores: Joaquim Sousa (CP-5632), Andreia Cavaleiro (CP-6983), Cátia Costa (Lisboa) e Vasco Samouco. Fotografia: Ivo Pereira (CP-3916) Secretariado de Direção: Sandra Pereira. Secretariado de Redação: Elisabete Cairrão. Publicidade: Conceição Carvalho (chefe), Elsa Novais (Lisboa, 918 520 111) e Fátima Pinto. E-mail: conceicao.carvalho@oprimeirodejaneiro.pt Morada: Rua de Santa Catarina, 489 2º - 4000-452 Porto. Contactos: redação - Tel. 22 096 78 47 - Tm: 912 820 510 E-mail: geral.cloverpress@oprimeirodejaneiro.pt - Publicidade - Telefone: 22 096 78 46, Fax: 22 096 78 45 Propriedade: Globinóplia, Unipessoal Lda. Edição: Cloverpress, Lda. NIF: 509 229 921 Depósito legal nº 1388/82 Impressão: Coraze, Telefs.910252676 / 910253116 / 914602969, Oliveira de Azeméis. Distribuição: Vasp. Tiragem: 20 000
Nem a chuva atrapalhou o arranque das cerimónias fúnebres de Nelson Mandela
Obama saudou “gigante da história” Dezenas de milhares de vozes juntaram-se para cantar de forma emocionada o hino nacional da África do Sul, no início das cerimónias fúnebres de Nelson Mandela, juntando cidadãos e chefes de Estado, membros da realeza e líderes religiosos. As cerimónias que decorreram no estádio Cidade do Futebol, no Soweto, juntaram quase 100 chefes de Estado, membros da realeza, líderes políticos, que partilharam a chuva que caiu no mesmo local onde o chamado ‘pai da Nação’ fez a sua última aparição pública, durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 2010. O primeiro presidente negro dos Estados Unidos saudou o primeiro chefe de Estado negro da África do Sul Nelson Mandela, que morreu na quinta-feira, como um “gigante da história”. “É difícil elogiar qualquer homem... e tanto mais quando se trata de um gigante da história, que levou uma nação em direção à justiça”, disse Barack Obama, após uma enorme ovação da multidão, que sob chuva persistente, assistia ao arranque das cerimónias fúnebres de Nelson Mandela no estádio Cidade do Futebol, no Soweto, em Joanesburgo. Obama e a mulher, Michelle, chegaram à base da força aérea sul-africana Waterkloof, perto de Pretória, após um voo de 16 horas no “Air Force One”, proveniente de Washington. O antigo
presidente norte-americano George W. Bush e a mulher, Laura, acompanharam Obama, enquanto dois outros antigos líderes dos Estados Unidos Bill Clinton e Jimmy Carter viajaram separadamente. Quem também discursou foi a presidente do Brasil que homenageou Mandela em nome do povo brasileiro, em cujas veias corre “sangue africano”, recordando que a luta do primeiro presidente negro da África do Sul inspirou a luta da América do Sul. “Esse grande líder teve os olhos postos no futuro do seu país, do seu povo e de toda a África e inspirou a luta no Brasil e na América do Sul”, disse Dilma Rousseff. Num discurso proferido em português e com tradução imediata em inglês, a presidente brasileira começou por transmitir o “sentimento de profundo pesar do Governo e do povo do Brasil”, afirmando ter a certeza de representar também “toda a América do Sul”. Dilma recordou que Mandela, que morreu na quinta-feira passada, “conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história moderna”, ao pôr fim ao regime do ‘apartheid’ (segregação racial). “O combate de Mandela e do povo sul-africano transformou-se num paradigma, não só para o continente, mas para todos os povos que lutam pela justiça, a liberdade e a igualdade”, afirmou. Depois do último adeus em Joanesburgo, o corpo de Mandela vai estar exposto durante três dias na vizinha Pretória, a capital, antes de, no domingo, ser finalmente sepultado nunca campa modesta, junto dos mortos da sua família, em Qunu, a sua terra natal, na província do Cabo Oriental. À margem das cerimónias, o Presidente da República encontrou-se com o presidente norte-americano, entre outros homólogos. Cavaco Silva en-
controu-se com Barack Obama, com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, e com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai. O chefe de Estado de Portugal, que chegou ao estádio já a cerimónia tinha começado, manteve ainda “uma longa conversa” com o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão. Pelo Governo português, marcou presença nas cerimónias fúnebres o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete. A persistente chuva miudinha que se abateu sobre o estádio FNB, na capital da África do Sul, não arrefeceu o entusiasmo dos muitos milhares de pessoas que esperavam o início da homenagem mundial ao antigo presidente Nelson Mandela. Nos corredores internos do estádio, grupos de jovens do ANC, o partido de ‘Madiba’, e dos sindicatos cantavam e dançavam num ritmo contagiante, que emocionava muitos dos presentes. Durante dez minutos, nos corredores do estádio, ressoou compassada a letra da canção zulu “Mama”, cantada a centenas de vozes: “Mãe tem cuidado, que a polícia está lá fora”. Miriam Dlamini, uma veterana da luta levou os dois filhos para a homenagem mundial a Mandela, fez questão de explicar: “Quero que eles saibam o que este homem significou para o nosso povo. Hoje é um dia de festa”, disse, emocionada. “Ele morreu, mas a sua presença continua, não o vamos esquecer”, acrescentou. Com o aproximar do início do memorial a Mandela, começaram a chegar as muitas celebridades, como a atriz sul-africana Charlize Theron e o cantor irlandês Bono, saudados pela multidão. A bancada de imprensa estava repleta de centenas de jornalistas, de entre os mais de dois mil repórteres acreditados para as cerimónias.
Papa Francisco fala nos “mil milhões de pessoas que ainda hoje têm fome”
“É preciso acabar com o escândalo mundial” O papa Francisco defende que é preciso acabar “com o escândalo mundial” de milhões de pessoas a quem faltam alimentos, numa mensagem difundida pelo Vaticano para assinalar o lançamento de uma campanha mundial da Cáritas contra a fome. “Estamos perante o escândalo mundial de mil milhões, mil milhões de pessoas que ainda hoje têm fome. Não podemos virar as costas e fazer de conta que isto não existe. Os alimentos que o mundo tem à disposição podem saciar
todos”, disse o papa na mensagem, que foi também gravada em vídeo. O papa argentino exortou a comunidade de crentes a partilhar “com caridade cristã” e a ser “promotora de uma autêntica cooperação com os pobres” para que todos possam ter “uma vida digna” e desfrutar do “direito que Deus concedeu a todos de ter acesso a alimentação adequada”. Francisco convidou ainda as instituições, a Igreja e cada um dos cidadãos a “dar voz a todas as pessoas que sofrem silencio-
samente de fome, para que esta voz se converta num grito capaz de sacudir o mundo”. A Caritas Internacional conta 164 organizações em 200 países e territórios, incluindo Portugal, e o seu trabalho é, nas palavras do papa, “o coração da missão da Igreja”. A Cáritas Portuguesa lançou também ontem, em Portugal, a campanha “Uma só família, alimento para todos”, que apela à erradicação da fome no mundo até 2025.