IMPERATIVO VENCER
PORTUGAL JOGA HOJE NA DINAMARCA COM UM ÚNICO PENSAMENTO
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DIÁRIO NACIONAL
Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
Terça-feira, 14 de outubro de 2014
Ano CXLVI | N.º 218
OPOSIÇÃO DIZ QUE PORTAS PERDEU MAIS UMA GUERRA CONTRA O PSD
NOVA
DERROTA n A oposição critica em bloco a posição do Governo quanto à “elevadíssima” carga fiscal e João Semedo, coordenador do BE, insistiu que o vice-primeiro-ministro Paulo Portas “pode acrescentar no seu currículo mais esta derrota”, depois de ter feito uma campanha eleitoral apresentando o CDS-PP “como o partido dos contribuintes”...
PARLAMENTO
Moradores dos bairros do Porto entregam petição contra aumento das rendas
LIDERANÇA
Rui Rio nega qualquer tipo de movimentos para ser o número 1 do PSD
DIRETORES
Escolas vão continuar sem professores até ao final do mês
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
Moradores dos bairros do Porto no Parlamento
Aumento das rendas “pode ultrapassar os 1000%” Um grupo de moradores dos bairros do Estado no Porto reúnese amanhã com a presidente da Assembleia da República (AR) e vários grupos parlamentares para entregar uma petição que contesta aumentos de renda que podem “ultrapassar os 1000%”. A informação foi dada por António Pereira, morador do bairro de Ramalde do Meio e um dos promotores da iniciativa que pretende levar a Lisboa “cerca de 50” moradores dos bairros que o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) detém no Porto, para entregar no Parlamento uma petição com “mais de duas mil” assinaturas a pedir uma “revisão do regime de renda apoiada” e a “suspensão da atualização das rendas”. “É uma lei injusta, porque os moradores não têm culpa de não ter sido aumentados durante muitos anos. Agora, em três anos, estamos a ser au-
Curso na área da produção agropecuária em Gaia
A associação dos proprietários da Urbanização Vila D’Este anunciou a abertura de 25 vagas para um curso de técnico de produção agropecuária. Destinado a jovens com idade inferior ou igual a 25 anos, que tenham concluído o 3.º ciclo do ensino básico, este curso é promovido pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal e Instituto de Emprego e Formação Profissional. Os formandos terão direito a subsídio de almoço, transporte, acolhimento e bolsa de estudo. As inscrições deverão ser feitas na Associação.
Prémio Nobel da Física 1997 profere palestra no Porto PARLAMENTO. Um grupo de moradores dos bairros estatais do Porto vai encontrar-se amanhã com a presidente Assunção Esteves mentados o que devia ter sido em 15. Em alguns casos, o aumento ultrapassa os 1000%”, alerta António Pereira. O mesmo morador critica que “no decorrer deste ano, os moradores dos bairros do IHRU” tenham sido “confrontados com o aumento repentino das suas rendas. “As pessoas não conseguem pagar. Ainda por cima, fazem um cálculo com base no valor líquido dos rendimentos”, lamenta. A 17 de fevereiro, cerca de uma centena de moradores dos bairros do Estado manifestaram-se em frente ao edifício do IHRU a pedir “rendas adequadas aos rendimentos das famílias, aplicadas de forma gradual”, bem como “obras de melhoramento das habitações”. No mesmo dia, em comunicado, o IHRU explicou que a atualização das rendas “será faseada em três anos”, e que, em 238 das 1.262 habitações em causa, corresponde
a uma descida de valores do regime de renda apoiada aplicada nos oito bairros que detém no Porto. De acordo com o IHRU, no primeiro ano de ajustamento, a “renda média é de 67,12 euros”, no segundo ano será de “96,32 euros” e “no terceiro e último ano” de “125,53 euros”. O IHRU acrescenta que 3% dos arrendatários tinham rendas “acima dos 100 euros” e que, com a aplicação do regime de renda apoiada, as “duas dezenas de famílias com rendimentos superiores a 2800 euros mensais” terão “naturalmente, os maiores aumentos de renda”. O Instituto explicou que os dados diziam respeito a 1262 habitações, já que 228 habitações dos bairros do Porto “não foram abrangidas nesta fase pelo processo”, por se tratar de casas “que já estavam no regime de renda apoiada ou onde existem ocupações irregulares ou
contenciosos em curso”. “Nos últimos três meses desde que se iniciou este processo, já houve 28 arrendatários que entregaram as respetivas habitações ao IHRU, pois não as utilizavam em permanência”, alerta o IHRU”. Uns dias antes o IHRU tinha informado que, até 2016, pretendia investir 2,25 milhões de euros em obras nos bairros de Paranhos, Ramalde do Meio e Amial, no Porto. O IHRU recordava já ter investido 3,05 milhões de euros em obras nos bairros de Contumil e de Leonardo Coimbra, calculando o valor total do investimento em 5,3 milhões de euros. A 25 de março, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira admitiu “fazer pressão junto do ministério do Ambiente”, que tutela o IHRU, devido ao aumento de rendas que considera não estar “a cumprir a lei”.
Investimento prometido por Fernando Alexandre
Bombeiros de Paredes vão ter autoescada O secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna prometeu que, em 2015, vai ser atribuída uma autoescada aos Bombeiros de Paredes, num investimento de cerca de 700 mil euros. Segundo Fernando Alexandre, a viatura está incluída no conjunto de 14 veículos que vão ser adquiridos pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, no âmbito de um concurso público que prevê um investimento global de três milhões de euros. Em declarações aos jornalistas, à margem das cerimónias do Dia do Comando Territorial do Porto da GNR, que se realizaram em Paredes, o mesmo
BREVES
governante explicou que a atribuição da autoescada decorre de uma necessidade identificada há muito pela proteção civil. Antes, o presidente da câmara, Celso Ferreira, tinha sensibilizado o representante da tutela para a necessidade de dotar o concelho de uma autoescada que permitisse acorrer a situações de urgência nos edifícios mais altos da cidade, que disse ser “a maior do interior do distrito do Porto”. O secretário de Estado declarou que as 14 novas viaturas, de várias tipologias, vão ser atribuídas às corporações antes do verão de 2015. O secretário de Estado homologou
um protocolo, celebrado entre a GNR e a Câmara de Paredes, para a construção, na localidade de Baltar, de uma unidade residencial destinada ao efetivos do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS). O comandante geral da GNR, Manuel Mateus Couto, assistiu ao ato formal. O equipamento vai resultar da recuperação de uma antiga escola primária, que pertence à autarquia, permitindo alojar os 22 militares daquele grupo sediado na quartel dos Bombeiros de Baltar. A adaptação do edifício, da responsabilidade do município, custará cerca de 80 mil euros, um encargo que será assumido pelo Ministério da Administração Interna.
O professor de física atómica e molecular que foi Prémio Nobel da Física em 1997, Claude Cohen-Tannoudji, profere dia 20, na Universidade do Porto, uma palestra intitulada “Light: a Tool for Manipulating Atoms”, integrada nas comemorações dos 50 anos da Licenciatura em Física da Faculdade de Ciências do Porto. Cohen Tannoudji, que é membro da Pontifícia Academia das Ciências, foi Prémio Nobel da Física em 1997 pelos seus trabalhos no âmbito do desenvolvimento de técnicas para o arrefecimento de átomos por laser, Prémio partilhado com os cientistas Steven Chu e William Daniel Phillips. Fonte da Universidade do Porto refere em comunicado que “o professor é também conhecido pela sua monumental obra Quantum Mechanics, em dois volumes e com 1554 páginas, redigida em colaboração com os Professores Bernard Diu e Franck Laloé. Esta obra é referência mundial no ensino universitário de Mecânica Quântica”.
Investigadores distinguidos com Prémio da Fundação Grünenthal
O Prémio Grünenthal Dor, atribuído pela fundação com o mesmo nome, vai ser entregue sexta-feira a dois grupos de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). O Prémio de Investigação Básica, avaliado em 7500 euros, foi atribuído ao trabalho “Administração intratecal de toxina botulínica do tipo A melhora o funcionamento da bexiga e reduz a dor em ratos com cistite”, da autoria de Ana Coelho, Raquel Oliveira, Ornella Rossetto, Francisco Cruz, Célia Duarte Cruz e António Avelino, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Instituto de Biologia Molecular e Celular (FMUP/IBMC). O galardão do Prémio de Investigação Clínica, também de 7.500 euros, distingue o trabalho “Dor crónica e utilização de serviços de saúde – Poderá existir sobreutilização de exames complementares de diagnóstico e iniquidades na utilização de tratamentos não-farmacológicos” da autoria de Luís Azevedo, Altamiro da Costa Pereira, Liliane Mendonça, Cláudia Camila Dias e José Manuel Castro Lopes, da FMUP.
regiões
Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
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BCP fala em “falsificação grosseira” de garantia no caso da Independente
Dois milhões de euros Incêndios no Caramulo
Bombeiro viu os dois suspeitos juntos
O adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários de Vouzela disse, ontem, ter visto os dois suspeitos da autoria dos incêndios da Serra do Caramulo juntos, na mesma mota, na noite de 20 para 21 de agosto de 2013. Durante a terceira sessão do julgamento, que decorre na secção de proximidade de Vouzela, o depoimento do adjunto Alberto Alves deu força à acusação, em que é referido que, nessa noite, Luís Patrick e Fernando Marinho andaram de mota pela serra a atear vários focos, que resultaram nos incêndios de Alcofra, Meruge e Silvares.
Interior do organismo
Mulher detida com 5700 doses de heroína
Uma mulher de 31 anos foi detida no Aeroporto da Madeira com heroína no interior do organismo suficiente para cerca de 5.700 doses individuais. A detenção, efetuada pelo Departamento de Investigação Criminal do Funchal, ocorreu “no final da passada semana” e foi ontem divulgada em comunicado pela PJ, que adiantou que a detida está indiciada pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes. A mulher chegou à Madeira num avião proveniente de Lisboa e esteve durante os últimos dias no hospital para expelir o produto estupefaciente.
Segundo Pedro Assis Oliveira, a «olho nu» era detetável uma série de desconformidades na garantia bancária. O depoimento de um responsável do BCP sobre a falsificação “grosseira” de uma garantia bancária, no valor de dois milhões de euros, dominou, ontem, a segunda sessão do novo julgamento do caso da Universidade Independente (UNI). António Pedro Assis Oliveira, em representação do BCP (assistente no processo) recordou ao tribunal, presidido pela juíza Ana Peres, que o Banco foi confrontado, no decurso do caso UNI, com uma garantia bancária, de 2,1 milhões de euros, que, após averiguações, verificou-se ser um documento “forjado e falso, tratando-se de uma falsificação grosseira”. Porém, adiantou, apesar da garantia bancária ser falsa, o arguido Amadeu Lima de Carvalho (accionista da SIDES, detentora da UNI) não deixou de intentar, sem êxito, uma ação executiva (de cobrança) sobre o BCP, num processo judicial ganho pelo BCP, mas que teve custos para a instituição bancária. Segundo Pedro Assis Oliveira, a «olho nu» era detetável uma série de desconformidades na garantia
UNI. Este julgamento foi interrompido já em alegações finais devido à morte, no verão de 2012, da juíza Ana Wiborg bancária, a começar pelo facto de o papel timbrado ser de outra entidade autónoma do grupo BCP. A falta de um número de identificação na garantia bancária e a colocação da expressão “cedível a terceiros”, desobedecendo aos regulamentos do banco, foram outras disparidades que alertaram os responsáveis do BCP. Além disso - observou - uma garantia bancária de dois milhões de euros teria que ir à Administração do BCP, o que não sucedeu. Outros papéis apresentados juntamente com a
garantia bancária foram também considerados falsos pelo BCP. Antes, o tribunal ouviu o engenheiro Pedro Sousa Barros, da construtora Teixeira Duarte, que falou sobre a conclusão de uma obra para a UNI em Angola, de valor superior a 500 mil euros, em que o ex-vice-reitor da UNI Rui Verde entregou um cheque que, afinal, se revelou não ter provisão. Rui Verde, um dos poucos arguidos presentes ontem em julgamento, interveio para alegar que houve pagamentos faseados
à Teixeira Duarte, com entrega simultânea de cheques-garantia, mas questionado sobre determinados assuntos optou por não falar, remetendo declarações para outra fase do processo. Este julgamento foi interrompido já em alegações finais devido à morte, no verão de 2012, da juíza Ana Wiborg, que integrava o coletivo. Em causa estão alegados crimes de burla agravada, abuso de confiança, corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, entre outros ilícitos.
Último dia da peregrinação aniversária
Milhares em Fátima a ouvir defesa da família O arcebispo de Goa e Damão, na Índia, defendeu, ontem, no Santuário de Fátima, que o casal cristão deve colocar-se na contracorrente das “atuais culturas da morte”, salientando que a família “está ao serviço da vida”. “O casal cristão, portanto, coopera na missão divina de dar e de proteger a vida e assim promove uma cultura da vida, colocando-se na contracorrente das atuais culturas da morte”, afirmou Filipe Néri Ferrão, na missa que encerrou a peregrinação internacional de 12 e 13 de outubro à Cova da Iria, concelebrada por 310 padres e dez bispos.
Fátima. Arcebispo de Goa e Damão falou na defesa do “amor entre o homem e a mulher”
Abordando a assembleia extraordinária do sínodo dos bispos, que decorre até domingo, em Roma, para discutir temas relacionados com a família, Filipe Néri Ferrão considerou que esta está em “grande crise”. “As rápidas e profundas transformações a que estamos a assistir na sociedade vão provocando um certo enfraquecimento ou, mesmo, abandono da fé na santidade do matrimónio, pondo em causa o próprio conceito de família”, observou. Para o prelado, “em primeiro lugar, a tarefa principal da família cristã é a de viver em comunhão, num constante empenho por
fazer crescer o amor, o amor entre o homem e a mulher, e também entre os membros da família”. Segundo o santuário, que reportou dados até às 10h00, 169 peregrinos foram assistidos no posto de socorros, enquanto ao lava-pés acorreram 160 pessoas. Foram ainda admitidos 51 doentes para retiro e 320 para a bênção, que decorre antes da procissão do adeus. A peregrinação internacional aniversária, 97 anos após os acontecimentos na Cova da Iria, coincidiu, pela primeira vez, com o Dia Nacional do Peregrino.
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nacional
Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
Oposição critica em bloco posição do Governo
“Manter uma elevadíssima carga fiscal” A oposição criticou a posição do Governo, afirmando que Paulo Portas perdeu mais uma batalha contra o PSD no que toca á propalada descida de impostos, dizendo que tudo não passa de um “conjunto de manobras eleitorais”. O PCP foi a “voz” mais critica, referindo-se à “extraordinária lata” do Governo em fazer depender a diminuição da sobretaxa do IRS do aumento das receitas fiscais e sublinhou que as medidas conhecidas do Orçamento para 2015 mantêm uma “elevadíssima carga fiscal”. “Estamos perante um conjunto de manobras eleitorais claras do Governo, no sentido de tentar apagar a política fiscal altamente lesiva do país prosseguida ao longo destes três anos. O que está em cima da mesa é a manutenção de uma elevadíssima carga fiscal sobre os trabalhadores, reformados, e pequenos e médios empresários em geral, que nenhuma manobra atenuará”, afirmou Agostinho Lopes (foto), do Comité Central do PCP. Para o PCP, é de “uma extrema indignidade do Governo” não terminar com a sobretaxa sobre o IRS, afirmando que o executivo se tinha comprometido a acabar com a taxa “passado o período de inter-
OPOSIÇÃO. Todos os partidos estão contra o que consideram ser “um conjunto de manobras eleitorais claras do Governo, no sentido de tentar apagar a política fiscal altamente lesiva do país” venção da ‘troika’”. “Ainda tem a extraordinária lata de associar o fim desta sobretaxa ao êxito do combate à evasão e fraude fiscal, como se aparentemente fossem os trabalhadores - que pagam os seus impostos, o seu IRS, ainda antes de receber os seus vencimentos -, os responsáveis pela fraude e evasão fiscal”, acusou, frisando: “Estamos perante um Governo sem nome, sem crédito, sem palavra”, reiterando o pedido de demissão do executivo. Pelo lado do BE, João Semedo considerou que, “politicamente”, a manutenção em 2015 da sobretaxa no IRS significa que “o dr. Paulo Portas e o `partido do contribuinte´” perdeu “mais essa guerra” com o PSD. “Politicamente isso significa que o CDS e o dr. Paulo Portas perdeu mais uma vez. E que o PSD e o dr. Pedro Passos Coelho ganhou mais essa pequena guerra com o CDS. O fundamental é que não vai haver nenhuma redução da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho.
Os únicos privilegiados, que vão beneficiar com reduções fiscais no próximo Orçamento do Estado, são as empresas”, destacou João Semedo. O coordenador do Bloco falava aos jornalistas após questionado sobre as notícias que referem que a proposta de Orçamento do Estado para 2015 inclui a intenção de reduzir a sobretaxa de IRS (que é atualmente de 3,5%), mas não determina a percentagem da diminuição. Em vez disso, faz depender essa redução do aumento das receitas fiscais conseguido quer através do crescimento da economia, quer através do combate à fraude fiscal. João Semedo insistiu que o vice-primeiro-ministro “pode acrescentar no seu currículo mais esta derrota”, depois de ter feito uma campanha eleitoral apresentando o CDS-PP “como o partido dos contribuintes”. No essencial, acentuou Semedo, a confirmar-se que a sobretaxa do IRS não baixará já em 2015, fica comprovado que
“mais uma vez o trabalho vai ser tributado violentamente”. “Com este Governo os rendimentos do trabalho foram os mais tributados. A carga fiscal sobre quem trabalha aumentou 30 por cento ao passo que a carga fiscal sobre as empresas diminuiu 20 por cento. O próximo mantém tributação excessiva sobre rendimentos do trabalho e mais uma vez reduz o IRC, ou seja, sobre as empresas”, criticou João Semedo, questionado pelos jornalistas no final de uma reunião com a comissão de trabalhadores da PT, em Lisboa. Quanto ao PS, Vieira da Silva disse desconhecer qualquer proposta do Governo para a reforma do IRS e considerou que, a existir, a iniciativa política para um acordo alargado parece “extemporânea” a menos de um ano de eleições legislativas. “O PS desconhece qualquer proposta concreta do primeiro-ministro. Até agora, o que observamos são fugas de informação, ou informação a conta-gotas deixada cair”, reagiu o ex-ministro da Economia. Por esse motivo, Vieira da Silva alegou que, neste momento, “não há qualquer resposta a dar por parte do PS”. Em relação a um hipotético acordo com o Governo em torno de uma reforma do IRS, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS também colocou reservas do ponto de vista político. “Naturalmente, há dificuldade em compreender como é que no último ano da legislatura, a menos de um ano de eleições legislativas, se avança com uma proposta de compromisso entre as duas principais forças políticas alternativas. O que é natural é que cada um dos partidos apresente as suas propostas para os portugueses escolherem e que essas propostas sejam depois apreciadas por parlamento com legitimidade renovada”, sustentou. Ou seja, para Vieira da Silva, essa proposta de acordo para uma reforma do IRS, “a existir da parte do Governo, parece extemporânea”.
Associação Nacional de Diretores critica falhas na BCE
Escolas vão continuar sem professores Algumas escolas poderão continuar sem professores até ao final do mês, alertou a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), criticando as falhas da Bolsa de Contratação de Escola. Na passada sexta-feira, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou a atribuição de 4368 horários, mas rapidamente surgiram inumeros casos de professores que estavam a ser colocados em várias escolas ao mesmo tempo. Ao optar por uma, os docentes deixavam todos os outros lugares vagos. Neste momento, ainda existem alunos sem professores e as escolas terão de recorrer novamente à Bolsa de Colocação de Escola (BCE) para tentar resolver a situação em algumas das 304 escolas classificadas
como TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária) ou com autonomia. “Muitos dos quatro mil horários ficaram por preencher e temo que isto vá continuar assim até ao final do mês. É preciso acabar com esta multiplicidade de colocações”, disse o vice-presidente da Associação Nacional de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, recordando o caso do docente que foi colocado em mais de 70 escolas. Filinto Lima aponta falhas na aplicação da BCE, tais como o facto de as candidaturas dos professores terem todas o mesmo peso, não havendo uma ordem que obrigue a que no momento em que um professor “entra” numa escola, as restantes candidaturas sejam automaticamente anuladas. Ou seja, para a ANDAEP, no momento
em que um professor consegue uma colocação, todos os outros lugares a que se candidatou e nos quais também poderia ficar colocado, deveriam ficar disponíveis para outros candidatos. “A aplicação deveria ser inteligente, mas neste momento a máquina ainda não está a funcionar”, lamentou Filinto Lima. Esta semana deverá abrir uma nova BCE, para que sejam colocados os docentes em falta, mas a ANDAEP teme que tal seja insuficiente: “Neste momento, não há nenhuma medida legislativa ao fundo do túnel que nos permita ter todos nas escolas, todos os professores a dar aulas”. “Muitos alunos vão perder metade do primeiro período de aulas”, lamentou, sublinhando a importância de avançar com as aulas de compensação prometidas pelo MEC, em
especial para os alunos que este ano fazem exames nacionais – 4.º, 6.º, 9.º e os do Secundário. Para Filinto Lima, a solução deve passar por “dar aulas diluídas ao longo do tempo que devem ser lecionadas por professores com disponibilidade de componente letiva e, nos casos onde as escolas não têm docentes nesta situação, o ministério poderá disponibilizar crédito horário às escolas”. Entretanto, houve um conjunto de agrupamentos de escolas que não chegaram a abrir concurso da BCE e que receberam na passada sexta-feira uma informação do ministério para que criassem a sua BCE. Nestas escolas, a opção das direções foi recorrer à Reserva de Recrutamento que, sublinha Filinto, tem trazido menos problemas.
Ministério da Saúde pode solicitar mais dinheiro
Orçamento para combater Ébola
As unidades de saúde públicas têm, para já, orçamento para as ações de combate ao Ébola, mas se aumentar o nível de vigilância e ação o Ministério da Saúde poderá solicitar mais dinheiro às Finanças, segundo fonte oficial. Fonte do gabinete do ministro da Saúde revelou que, atualmente, “os hospitais e outras instituições têm cabimento para as despesas que o combate ao Ébola implica”. “Sendo necessário, por (casa de um eventual) aumento do nível de vigilância e ação, a Saúde poderá recorrer, como acontece nestes casos, à dotação provisional do Ministério das Finanças”, adiantou a mesma fonte, revelando que tal já aconteceu no passado. Só o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a quem caberá o transporte de suspeitos ou doentes com o vírus, investiu 200 mil euros na aquisição de material de proteção contra a infeção. Também os hospitais, principalmente os de referência para os doentes com Ébola, têm procedido à aquisição de material, como equipamentos de proteção individual. Até ao momento, foram identificados cinco casos suspeitos de Ébola em Portugal, tendo as análises realizadas no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) descartado a hipótese de infeção por este vírus, que já matou mais de 4000 pessoas.
economia
Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
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Estudos sobre o poder do mercado e a sua regulação
Nobel para Tirole Impermeável e de plástico
Exportações de calçado sobem 92% em seis meses As exportações portuguesas de calçado impermeável e de plástico aumentaram 92% nos primeiros seis meses do ano, somando nove milhões de pares no valor de 55 milhões de euros, segundo dados da associação setorial. De acordo com a Associação dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), “já são muitas as marcas portuguesas a investir neste segmento de mercado, cada vez mais procurado, principalmente pelas clientes femininas”. Exemplo disso são as marcas nacionais Cubanas, Cohibas e Lemon Jelly, que produzem desde galochas a sapatos e sandálias, estando esta última no mercado há cerca de um ano. Segundo a APICCAPS, o calçado de plástico “apareceu pela primeira vez no Brasil, nos anos 90”.
Jean Tirole é o terceiro francês contemplado com o Nobel da Economia, depois de Debreu em 1983 e Allais em 1988. O prémio Nobel da Economia foi atribuído ao economista francês Jean Tirole, anunciou, ontem, a Real Academia Sueca de Ciências. Jean Tirole recebeu a distinção devido à sua análise do poder do mercado e da regulação. “Muitas indústrias são dominadas por um pequeno número de grandes empresas ou um único monopólio. Sem regulação, estes mercados produzem resultados socialmente indesejados - preços mais altos do que os que resultam dos custos ou empresas improdutivos que sobrevivem porque bloqueiam a entrada de outras, mais novas e mais produtivas”, destacou o júri a propósito do economista, apresentado pelo comi-
Nobel. Jean Tirole recebeu a distinção devido à sua análise do poder do mercado e da regulação
té Nobel como “um dos economistas mais influentes” da actualidade. O prémio da Economia é o único que não estava incluído no testamento original do cientista e filantropo sueco, Alfredo Nobel, tendo sido criado em 1968 pelo banco central sueco para celebrar o seu tricentenário. Foi entregue pela primeira vez em 1969, enquanto os outros prémios são distribuídos desde 2001. A distinção de um francês, este ano, marca uma rutura com o domínio norte-americano na lista dos laureados. Na última década, 18 dos 20 economistas que receberam o prémio eram originários dos Estados Unidos, incluindo um israelista-americano. Jean Tirole é o terceiro francês contemplado com o Nobel da Economia, depois de Gérard Debreu em 1983 e Maurice Allais em 1988. O investigador trabalha na Universidade de Toulouse desde os anos 90, depois de passar pelo Massachussets Institue of Economy, e era apontado como um dos favoritos ao Nobel há vários anos.
Produção de automóveis em Portugal
Crescer até setembro
Banca da zona euro mantém consolidação
A produção de veículos automóveis em Portugal cresceu 6,7% entre janeiro e setembro, face ao mesmo período do ano de 2013, indicou, ontem, a ACAP - Associação Automóvel de Portugal. No total, foram produzidos 125.352 veículos nos primeiros nove meses do ano, dos quais 90.645 eram ligeiros de passageiros, outros 32.543 eram comerciais ligeiros e os veículos
pesados somavam 2.164 unidades. Das 125.352 unidades produzidas, 96,6% destinaram-se à exportação (121.135), mais 5,3% face aos veículos exportados no período homólogo do ano anterior, informou também a associação do setor automóvel. Alemanha e China foram os principais destinos das vendas, para onde seguiram respetivamente 21,6% e 16% da produção em
Em linha com as principais bolsas europeias
A banca da zona euro manteve a tendência de consolidação dos últimos anos em 2013, com o total de instituições de crédito a descer de 6.100 em 2012 para 5.948 em 2013, segundo o BCE. “O processo em curso de consolidação do sistema bancário da zona euro continuou em 2013”, assinalou a entidade liderada por Mario Draghi no Relatório sobre Estruturas Bancárias de 2014, ontem divulgado, especificando que o número total de instituições de crédito desceu para 5948 em 2013, abaixo das 6100 em 2012 e das 6.690 em 2008. Paralelamente, o BCE apontou para a tendência de racionalização do setor bancário da zona euro, que “sugere que a eficiência em termos gerais do sistema continua a ser melhorada”. A entidade com sede em Frankfurt salientou ainda que “os setores bancários dos países da zona euro mais afetados pela crise financeira também experimentaram as mudanças estruturais mais pronunciadas”.
Bolsa de Lisboa fecha sessão a subir 0,25%
O principal índice da bolsa portuguesa encerrou a sessão de ontem a ganhar 0,25% para 5.234,83 pontos, acompanhando a tendência positiva dos mercados europeus de referência. Das 18 cotadas que atualmente compõem o PSI20, sete valorizaram e as restantes 11 baixaram. No resto da Europa, os ganhos nas principais praças variaram entre os 0,12% de Paris e os 0,41% de Londres. Já os juros da dívida de Portugal subiram em todos os prazos. Os juros da dívida portuguesa a 10 anos subiram para 2,981%. No mesmo sentido, no prazo a cinco anos, os juros chegaram aos 1,596%. A dois anos, os juros também estão a 0,581%.
Portugal. Outros mercados importantes foram a França, que adquiriu 13,3% dos automóveis fabricados, e o Reino Unido, para onde foram vendidos 10,1% das unidades. A União Europeia é a região para onde foram comercializados mais automóveis portugueses (74,7%), enquanto a Ásia representou uma fatia de 17,8%, devido ao peso do mercado chinês.
6 | O Norte Desportivo
desporto
Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
TAS suspendeu a pena aplicada até uma decisão final ao recurso do treinador
Fernando Santos no banco em Copenhaga O encontro frente à formação dinamarquesa, que lidera o grupo, está agendado para as 19h45 (20h45 locais) de hoje. O selecionador português, Fernando Santos, vai poder orientar a equipa no jogo de hoje frente à Dinamarca, uma vez que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) suspendeu a pena que lhe tinha sido aplicada. A FIFA suspendeu Fernando Santos por oito jogos oficiais, após ter sido expulso no jogo entre a Grécia (que orientava na altura) e a Costa Rica, dos oitavos de final do Mundial de futebol 2014, no Brasil. A entidade que rege o futebol mundial considerou que o então selecionador da Grécia tinha protagonizado uma “conduta antidesportiva”. Na sequência, Fernando Santos recorreu da pena aplicada para o TAS e, como medida preliminar, pediu a suspensão da mesma enquanto a decisão final não fosse anunciada. Ontem, o TAS aceitou o seu pedido de suspensão da pena. “Tendo levado em consideração as várias partes, o presidente da Divisão de Arbitragem e Recursos do TAS emitiu uma ordem através da qual aceita o pedido” de Fernando Santos, indicou o tribunal numa nota enviada à comunicação social. Assim, explicita o tribunal, Fernando Santos “está apto a exercer as suas tarefas de treinador até que esteja concluída a arbitragem do TAS”. “A esse respeito, as partes concordaram que esta arbitragem fosse feita de forma expedita, e o TAS espera estar em condições de emitir uma decisão final [sobre o castigo aplicado pela FIFA] até ao final de novembro de 2014”, salientou a instância. Até ao final de novembro, Portugal ainda tem mais um jogo oficial, com a Arménia, a 14 desse mês. Vida difícil em Copenhaga
A seleção portuguesa foi recebida com frio e alguma chuva na chegada a Copenhaga. O avião que transportou a comitiva lusa desde Paris até à
Euro2016. Fernando Santos vai poder orientar a equipa no jogo de hoje frente à Dinamarca, uma vez que o TAS suspendeu a pena
Hóquei em patins
Cavaco Silva felicita tetracampeã da Europa
O Presidente da República felicitou, ontem, a seleção nacional de sub-20 de hóquei em patins, pela conquista do título de tetracampeã da Europa da modalidade, sublinhando que “dignifica e honra o desporto nacional”. “A vitória da seleção nesta fase final do Campeonato Europeu de Hóquei em Patins sub-20, alicerçada numa excelente prestação destes
jovens atletas, é motivo de orgulho dos adeptos e dos portugueses em geral, pois dignifica e honra o desporto nacional e dá um relevante contributo para a projeção internacional do país”, lê-se na mensagem enviada pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva. Felicitando a seleção nacional de hóquei em patins pelo “honroso lugar alcançado”, Cavaco Silva congratulou ainda os jogadores, técnicos e dirigentes da Federação de Patinagem de Portugal pela “dedicação e o empenho demonstrados”.
capital dinamarquesa aterrou perto das 12h30 (11h30 em Lisboa) e, cerca de meia hora depois, jogadores e treinadores já estavam a entrar na unidade hoteleira onde vão ficar instalados. Com a habitual segurança apertada, cerca de duas dezenas de adeptos, quase todos crianças e adolescentes, esperaram a seleção portuguesa junto à porta do hotel, grande parte com camisolas de Cristiano Ronaldo. O capitão de Portugal foi um dos últimos jogadores a sair do autocarro e rapidamente, depois de um tímido aceno, deslocou-se para dentro do hotel, enquanto Nani e Pepe foram os únicos que distribuíram alguns autógrafos e tiraram fotografias com os adeptos. Depois de ter andado com centenas de adeptos «atrás» em Paris, a seleção portuguesa encontrou em Copenhaga um ambiente bem mais calmo e a sua chegada à capital dinamarquesa até passou algo despercebida. Depois da primeira derrota da sua história frente Albânia (1-0) no arranque da fase de apuramento, Portugal desloca-se na segunda jornada à capital dinamarquesa com a obrigação de alcançar um resultado que não complique aquele que parecia ser um agrupamento fácil para garantir um lugar na fase final do Europeu, que vai decorrer em França. Nas últimas três visitas da formação lusa a Copenhaga, o máximo que Portugal conseguiu foi um empate a um golo em 2009, em plena fase de apuramento para o Mundial2010, enquanto em 2011, no caminho para o Euro2012, e 2006, num particular sofreu derrotas, por 2-1 e 4-2, respetivamente. O último triunfo de Portugal na capital dinamarquesa aconteceu mesmo há quase 40 anos, em 1977, por 4-2. Mesmo assim, o balanço com a Dinamarca é positivo para as cores portuguesas nos 14 jogos disputados, com nove vitórias, a última na fase final do Euro2012, dois empates e três derrotas. O encontro frente à formação dinamarquesa, que lidera o agrupamento com os mesmos quatro pontos da Albânia, está agendado para as 19h45 (20h45 locais) e vai ser arbitrado pelo alemão Felix Brych.
Portugal defronta Holanda a «ganhar» 2-0
A 90 minutos do sonho
O inglês Michael Oliver vai arbitrar, hoje, o encontro entre a seleção portuguesa de sub-21 e a Holanda, da segunda mão do «play-off»de qualificação para o Euro2015 da categoria, em Paços de Ferreira. Depois de ter vencido a Holanda por 2-0, em Alkmaar, na quinta-feira, a equipa das «quinas» volta a defrontar a seleção «laranja», a partir das 17h00, no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira. Nesse encontro, o conjunto orientado por Rui Jorge mostrou, durante 85 minutos, ser mais e melhor equipa, com uma exibição segura, sólida e com vários momentos de brilhantismo, com o guarda-redes holandês a ser o principal responsável por o resultado não ser mais robusto. O «capitão» Sérgio Oliveira defendeu que o triunfo dá alguma tranquilidade a Portugal e que espera uma Holanda ofensiva no segundo jogo. “Foi um jogo complicado na Holanda e a vantagem conseguida não nos dá conforto, mas alguma tranquilidade”, disse, assumindo ainda esperar “uma Holanda agressiva, à procura de mudar a eliminatória”, considerando que essa atitude é um sinal positivo para Portugal. “Queremos ganhar, mas não podemos olhar para este jogo como uma eliminatória”, sublinhou.
Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
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CATORZE MILHÕES PARA O DESPORTO COM DISPENSA DE CONTRATOS-PROGRAMA! O governo regional da Madeira vai tornar legal uma ilegalidade. Dentro de pouco tempo as Finanças poderão vir a pagar € 14.000.000,00 aos clubes e associações por verbas em dívida até 2011. E porquê? Simples. Para aliviar as formalidades processuais o governo dispensará a apresentação dos necessários contratos-programa. E a AssemAndré Escórcio* bleia Legislativa da Madeira, certamente, aprovará esta aldrabice política. Vamos por partes. É suposto que um pedido de financiamento público por uma entidade privada, logo de início, seja acompanhado de um programa que justifique tal pedido. Isto é, comprometemo-nos a realizar um conjunto de tarefas, para as quais buscaremos certos apoios, mas, para a consecução total do projecto necessitamos do apoio público no valor de x. Depois, o processo deve ser analisado pelaentidade correspondente que, após negociação, é formalmente assumido e, posteriormente, acompanhado na sua execução. Ora bem, a dispensa de contratosprograma até 2011 significa, apenas, que aquela sequência não foi respeitada. Significa, também, que as verbas serão atribuídas sem saberem o que as instituições iriam realizar e, portanto, sem pontos de referência no que concerne ao acompanhamento e fiscalização dos processos. Se os clubes e associações realizaram as tarefas de acordo com os pressupostos do desenvolvimento desportivo, dir-se-á que o governo nada pode garantir. É evidente que se sabe o muito que as instituições realizam. São conhecidos muitos casos de clubes (pessoas) endividados, que há dirigentes com os seus nomes em “listas negras” porque pediram à banca (e não só) e hoje estão numa situação de aflição. Acreditaram que o governo seria uma pessoa de bem e não foi. O governo aldrabou. Prometeu e não pagou a tempo e horas. Mandou avançar e deixou-os encostados à parede. Também se sabe o que de bom os clubes e associações fazem (e é muito), mas também qualquer pessoa reconhece os erros e as megalomanias numa região pobre, assimétrica e dependente. Embora assim sendo, a questão que aqui trago é outra, é a da legalidade e do bom senso político no âmbito dos compromissos entre as partes contratantes. A dispensa de um contrato-programa (à posteriori) significa que o governo não domina o que foi realizado e se o realizado se enquadra ou não numa estratégia política de crescimento e de desenvolvimento. Concluo, assim, que este é um governo sem norte e que o monstro criado engoliu a criatura que o gerou. Atenção: trata-se de catorze milhões de euros... www.comqueentao.blogspot.com
Rui Rio nega movimentos para chegar à liderança do PSD
“Não tenho qualquer estratégia”
O social-democrata Rui Rio garantiu não estar envolvido em qualquer estratégica ou movimento para chegar à liderança do PSD. “Nas últimas semanas, especialmente depois das eleições primárias do PS, têm vindo a público diversas notícias sobre a minha pessoa”, afirma Rio, considerando ser agora “oportuno esclarecer publicamente que todas” lhe “são alheias e que não teve “qualquer
interferência em nenhuma delas”. Num esclarecimento enviado às redações, o antigo presidente da Câmara do Porto rejeita a existência de “qualquer estratégia” por si coordenada “dos ‘apoiantes de Rio’”. “Mesmo sem falarem comigo, sabem o que eu quero e o que eu não quero e, até, noticiam o que eu penso e o que eu não penso. Avançam, mesmo, com a estratégia dos ‘apoiantes de Rio’,
como se tal existisse de forma organizada e por mim coordenada”, afirma. O social-democrata critica que o teor da informação divulgada aborde – com aparente conhecimento de causa – “uma alegada disponibilidade para regressar à vida política, sendo que nalguns casos até o fazem com particular detalhe quanto à estratégia que estaria a ser seguida”.
Fernando Alexandre deixa garantia à GNR
“Mais 400 efetivos em 2015” O secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna disse, em Paredes, que a entrada de novos militares para GNR, nos próximos anos, “vai estabilizar” o efetivo daquela força policial. “Com a programação que nós temos, garantir-se-á a estabilização do número de efetivos à volta dos 22 mil, nos próximos cinco anos”, afirmou aos jornalistas. Falando à margem das comemorações do dia da Unidade de Comando Territorial do Porto, que se realizaram em Paredes, o secretário de Estado recordou que, com o atual Governo, todos os anos têm havido entradas de novos meios humanos nas forças de segurança. A propósito, recordou que em 2015 entrarão em funções mais 400 efetivos na GNR e tam-
bém haverá reforço de agentes na PSP. Fernando Alexandre destacou que a entrada de novos militares vai inverter a diminuição de efetivos que se verificava desde 2008. Apesar disso, acrescentou, a criminalidade tem diminuído de forma sustentada desde aquele ano, atingindo-se em 2013 o número mais baixo de participações. “Há uma dinâmica de envelhecimento da populações que explica também isso, mas as forças de segurança têm tido a capacidade de se adaptar às novas realidades”, comentou, concluindo: “Estamos no bom caminho e a conseguir fazer melhor com menos, o que é bom”. Também em declarações aos jornalistas, o comandante geral da GNR, Manuel Mateus Couto, reconheceu que aquela força policial perdeu re-
cursos humanos nos últimos anos, o que atribuiu a “saídas por passagens à reserva”. Contudo, revelou, “nos próximos anos, a tendência vai ser invertida”, começando-se já em 2014, com a entrada de 400 novos militares, aos quais vão ser acrescentados 400 em 2015. Para 2016, também está previsto um reforço. “Iremos recuperar face às saídas previstas para aqueles anos”, observou. Manuel Mateus Couto sublinhou que se assiste atualmente a “uma recuperação e a tutela é sensível a isso”, o que “permitiu que houvesse incorporações para inverter a tendência”. As cerimónias que assinalaram dia da Unidade do Comando Territorial do Porto realizaram-se, no centro da cidade de Paredes, com a participação de 180 militares da GNR.
Fundação Cupertino de Miranda no Porto
“Dominguez Alvarez” arranca hoje A Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, inaugura hoje a exposição “Dominguez Alvarez”, uma mostra que reúne 147 obras do pintor portuense, das quais cerca de 40 são inéditas. Esta “é a primeira exposição na cidade dedicada em ao pintor”, refere a Fundação, acrescentando que, com entrada gratuita, a mostra estará patente ao público até ao dia 16 de novembro. A exposição “Dominguez Alvarez”, que reúne óleos, aguarelas e desenhos, surge no âmbito do projeto “Porto, Cidade em Transição”, implementado pela Fundação Cupertino de Miranda para assinalar os seus 50 anos. O projeto visa “contribuir para a afirmação do Porto e da Área Metropolitana do Porto como um novo paradigma das sociedades” e arrancou com uma exposição de Nadir Afonso.
O pintor Dominguez Alvarez, filho de pais galegos radicados em Portugal, nasceu no Porto em 1906. Depois de estudar no Porto e em Pontevedra, em 1926, contra a vontade do pai, Dominguez Alvarez ingressou na Escola de Belas Artes do Porto, em arquitetura, mas dois anos depois optou pelo curso de pintura. Em 1929, Alvarez integrou o grupo modernista+Além e tornou-se um dos subscritores do manifesto “Em defesa da Arte”. O pintor concluiu a licenciatura e apresentou a tese, em 1939, com a classificação de 20 valores. Bernardo Pinto de Almeida, responsável pela exposição, considera que “Alvarez foi, decerto, um desses pintores portugueses maiores no seu século, dos muito poucos que merecem real destaque em comparação europeia, já que, no contexto esteti-
camente pobre da primeira metade do seu século, a obra teve escala para ser inscrita sem complexos na rara linhagem modernista”. No âmbito da programação que a Fundação Cupertino de Miranda criou para este programa – concebida para escolas, famílias, adultos e pessoas com necessidades especiais –, destaca-se ainda uma mostra de Júlio Resende e um ciclo de conferências. O modernismo no Porto, o colecionismo e os mercados de arte, a representação da arquitetura na pintura e o papel das fundações no desenvolvimento das cidades, serão os temas abordados. O projeto encerrará em janeiro com um seminário internacional sobre “Cidades em Transição”.