VITÓRIA DE CABEÇA ERGUIDA Presidente não está preocupado com o atual momento do Guimarães
Há 144 anos, sempre consigo. 1868
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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
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DIÁRIO NACIONAL
Ano CXLV | N.º 236
Quarta-feira, 20 de novembro de 2013
OCDE PREVÊ MENOR CRESCIMENTO OPOSIÇÃO DIZ QUE GOVERNO FALHOU
S!NA!S FRENTE
Comum pede ao Presidente que submeta o regime de pensões a fiscalização preventiva
ESTUDANTES do Ensino Superior protestam em frente ao parlamento contra os cortes previstos
n A OCDE espera que a economia portuguesa cresça menos do que as previsões do Governo e antecipa que o défice até 2015 fique acima das metas acordadas com a ‘troika’, salientando que “há sinais de fraqueza na procura interna”. Os partidos da oposição reagiram de pronto, considerando que os números demonstram que o cenário macroeconómico do Governo não tem credibilidade e que o caminho da austeridade não resolve o problema de Portugal. O ministro da Economia, pelo contrário, diz que “os dados confirmam que vamos ter um ano de crescimento” em 2014, destacando o desemprego...
PARLAMENTO Europeu aprova envelope financeiro de mais de 900 mil milhões de euros para o período 2014–2020
FEUP
Já começou a feira de emprego para promover a colocação de antigos alunos no mercado de trabalho
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013
Para promover a colocação de antigos alunos no mercado de trabalho
Feira do emprego já arrancou na FEUP A Feira de Emprego que ontem arrancou na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) está a promover a colocação de antigos alunos no mercado de trabalho, aproveitando o maior interesse das empresas em “graduados com experiência profissional”. “Este ano, dada a necessidade das empresas em contratarem graduados em engenharia com mais experiência profissional, resolvemos abrir a feira de forma mais clara aos nossos antigos alunos”, afirmou Fernanda Correia, da comissão de organização do evento, para justificar a alteração da designação de ‘FEUP First Job’ para ‘FEUP Career Fair’. Segundo referiu ainda, apesar das menores dificuldades de empregabilidade no setor das engenharias, “há áreas onde se nota mais os efeitos do desemprego, nomeadamente na engenharia civil e do ambiente”, tendo a faculdade “vindo a receber contactos por parte de antigos alunos que estão à procura de oportunidades de carreira”. Já do lado das empresas, Fernanda Correia diz terem sido, ao
FEUP. Feira de Emprego que ontem arrancou na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto longo do ano, vários os contactos de empregadores, “sobretudo internacionais, que requerem engenheiros seniores, com muita experiência profissional, para cargos de topo, de direção e de coordenação”. “Daí haver essa necessidade premente de contactarmos os nossos antigos alunos com estas características”, disse, considerando que a ‘FEUP Career Fair’ “é um bom estímulo à procura de novos empregos em novas profissões que não passem diretamente pela área da construção”. Recém-licenciado em Engenharia Civil, Rui Guerreiro, de 25 anos, explicou ter vindo a sentir, precisamente, a dupla dificuldade da atual menor empregabilidade do curso que escolheu aliada à falta de experiência profissional. “É um curso com saídas muito complicadas nesta altura. Estou à procura de um estágio profissional para ganhar alguma experiência, porque a maior parte das empresas agora pede pessoas com experiência, aproveitando que, com a crise da construção, há muita gente com experiência desempregada”, frisou.
Encarando a ‘FEUP Career Fair’, onde cerca de 60 empresas nacionais e internacionais apresentam oportunidades de recrutamento, como “mais uma oportunidade para encontrar um estágio ou um emprego”, Rui Guerreiro “gostava de ficar em Portugal”, mas está “disponível para ir lá para fora”, e garante que ainda lhe falta bastante tempo até “desesperar” por uma colocação. “Já estava à espera que fosse complicado arranjar emprego, conheço gente que acabou o curso e teve que estar um ano à espera. Por isso ainda não estou desesperado, tenho muito tempo para desesperar”, concluiu. Atualmente na fase final da licenciatura em Engenharia Informática, Gustavo Oliveira, de 22 anos, congratula-se por ter optado - e por vocação - por se formar “numa das poucas áreas que andam bem em Portugal”. “Vim conhecer as ofertas e conhecer o mercado de trabalho para depois escolher a melhor”, referiu, enquanto procurava informações junto de vários ‘stands’, afirmando não estar “a
prever dificuldades” em encontrar emprego quando terminar a dissertação. Interessado em recrutar “três a quatro pessoas” na área da Engenharia Informática para as suas instalações no Porto está o grupo norte-americano Synopsys, que apresenta ainda na ‘FEUP Career Fair’ “várias ofertas de emprego nos mais de 80 escritórios do grupo em vários países”. “Não temos sentido a crise, a empresa tem crescido a um ritmo de 10% ao ano”, revelou António Costa, da Synopsys, justificando a presença na feira da FEUP com a “grande preocupação em procurar talentos e as pessoas certas para a empresa”. Já a fabricante portuguesa de embalagens Colep, sediada em Vale de Cambra, mas com fábricas em Espanha, Polónia, Alemanha e Brasil, está a anunciar na feira os estágios curriculares que anualmente promove, mas também aceita candidaturas porque é “uma empresas muito dinâmica em que, todos os dias, vão surgindo novas oportunidades para os recém-licenciados”.
No próximo sábado no Porto
Marcha contra a violência doméstica No próximo sábado (dia 23 de novembro), por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se assinala no dia 25, vai realizar-se no Porto, uma marcha de sensibilização para o flagelo da violência doméstica. Esta marcha que se realizará pelo terceiro ano consecutivo será uma manifestação de apoio e de solidariedade a todas as vítimas,
muitas vezes ignoradas e esquecidas, mostrando-lhes que não estão sozinhas nesta difícil e desigual luta na qual não podemos ficar indiferentes. Infelizmente à semelhança dos últimos anos, a violência doméstica continua a ser responsável pela perda de dezenas de vidas, na esmagadora maioria, mulheres. Este evento conta com o apoio e com a colaboração de várias en-
tidades e associações que lidam diariamente com a realidade da violência doméstica como a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), entre outras. A concentração será feita, a partir das 15h30, em frente ao Palácio da Justiça, na Cordoaria, partindo às 16h00 em direcção à Avenida dos Aliados. À chegada (prevista
para as 16h30) será realizado um cordão humano, seguido de um espaço de partilha de testemunhos das pessoas participantes e de todas aquelas que se queiram juntar a este momento. O evento é um convite aberto para que a sociedade reflicta e se manifeste contra este flagelo que é transversal a todos os géneros, sexos e estratos da sociedade, pois a indiferença pode ser fatal.
Empresa de conservas
Poveira cria mais 30 postos de trabalho
A empresa de conservas ‘A Poveira’ vai ampliar a sua unidade fabril na zona industrial de Laúndos, na Póvoa de Varzim, o que lhe permitirá criar mais 30 postos de trabalho, anunciou a autarquia local. De acordo com um comunicado da Câmara da Póvoa de Varzim, o executivo municipal aprovou na reunião de segunda-feira a minuta do contrato-promessa de compra e venda com a ‘A Poveira’ para ampliação da sua unidade fabril”. O terreno municipal que será vendido à conserveira por 157 mil euros tem 3925 metros quadrados. O presidente da autarquia, Aires Pereira, considerou que este “é um investimento estratégico bastante importante quer sob o ponto de vista do relacionamento com a cidade quer sob o ponto de vista da criação de mais 30 postos de trabalho, o que nesta altura é muito importante”. Em 2010, a ‘A Poveira’ anunciou um investimento de 4,5 milhões de euros na fábrica na zona industrial de Laúndos, pretendendo aumentar a produção e triplicar a faturação até 2016. A Fábrica de Conservas ‘A Poveira’ foi fundada em 16 de Junho de 1938, sucedendo à “Ernoud de la Provoté Pére et Fils” Cholet – Loire Atlantique, a primeira unidade fabril de conservas de peixe na Póvoa de Varzim, que data de 1920. Lar Santo António em Gueifães
“Sopa Solidária” realiza-se dia 30 O Lar Santo António, da Associação das Obras São Vicente Paulo, situado na Rua Ferreira de Castro, n.º 61, é uma Instituição de Solidariedade Social, que dá apoio a Idosos nas Várias Respostas Sociais, sito na freguesia de Gueifães, concelho da Maia. Nesse sentido, esta instituição pede para informar que no próximo dia 30, as colaboradoras do Lar Santo António vão organizar pelo segundo ano consecutivo um jantar de angariação de fundos, a “Sopa Solidária”.
regiões
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013
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Trabalhadores do Metro de Lisboa marcam mais uma paralisação
Nova greve para dia 28 O calendário de “novas lutas” inclui, além de amanhã, uma greve no dia 28 de novembro. Ambas são paralisações até às 9h30. Estudante de criminologia
20 anos de prisão por asfixiar tia até à morte O Tribunal de Famalicão aplicou, ontem, uma pena de 20 anos de prisão a um estudante de criminologia acusado de matar, por asfixia, uma tia de 73 anos, em Joane, naquele concelho. O arguido, de 27 anos, foi condenado pelo crime de homicídio qualificado, mas a defesa vai recorrer, por considerar que a pena é “manifestamente exagerada”. O advogado de defesa, Paulo Gomes, criticou ainda o facto de o tribunal “praticamente” ter fundamentado a sua decisão apenas na reconstituição dos factos que o arguido aceitou fazer depois de detido pela Polícia Judiciária. O crime ocorreu na noite de 29 de março de 2012, no interior da residência da vítima, que vivia sozinha e que nesse preciso dia fazia anos.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa marcaram, ontem, uma nova greve para dia 28 de novembro, anunciou ontem a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). De acordo com um comunicado ontem divulgado no site da Fectrans, o calendário de “novas lutas” inclui, além de amanhã, uma greve no dia 28 de novembro. Ambas são paralisações parciais, “de manhã, até às 9h30. “Com mais esta luta, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa demonstram ao Governo que não se vergam perante a brutal ofensiva que estão a sofrer e, mantêm, toda a disponibilidade para continuarem a luta até à reposição
Metro. Calendário de “novas lutas” inclui, além de amanhã, uma greve no dia 28 de novembro, ambas até às 9h30
dos roubos que o Governo está a impor”, refere a nota. Os trabalhadores do Metropolitano cumpriram, ontem, mais um dia de greve parcial, entre as 05h30 e as 09h30 para a generalidade dos trabalhadores e entre as 08h00 e as 12h30 para os trabalhadores administrativos e técnicos superiores. De acordo com fonte sindical, a adesão dos funcionários da “área operacional” foi de cerca de 100%. “É [uma greve] contra todas estas medidas gravosas que têm atingido todos os trabalhadores em geral, mas os trabalhadores do setor empresarial do Estado muito em particular”, sublinhou Anabela Carvalheira. Deu como exemplo o decreto-lei 133 que vai entrar em vigor no dia 3 de dezembro e “visa abrir a porta à concessão da empresa”. Quanto à reação dos utentes a mais uma greve do metro, Anabela Carvalheira disse que, apesar de considerarem que uma paralisação ”causa sempre um incómodo”, compreendem “as razões da luta” dos trabalhadores.
Admite Bernardino Soares
“Dificuldades em pagar”
Três feridos graves em colisão em Alpiarça
O presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares (CDU), alertou, ontem, que a situação financeira da autarquia é grave e admitiu que o executivo vai ter mais dificuldades do que aquelas que esperava para fazer face aos compromissos. “Existem muitos compromissos que já deviam ficar pagos este ano, mas que terão de transitar para 2014. A dimensão dos compromis-
sos é tal que é impossível dar conta de tudo em 2013”, afirmou o autarca comunista. Ontem, iniciou-se um processo de auditoria às contas da Câmara de Loures, com a qual, entre outras coisas, Bernardino Soares pretende aferir às áreas onde podem ser “combatidos desperdícios”. “Temos de procurar medidas que podem ajudar a reajustar os serviços da Câmara. Temos de ver
Caixa com notas não ficou acessível
Três pessoas ficaram, ao final da manhã de ontem, feridas com gravidade e duas outras sofreram ferimentos ligeiros na colisão de uma ambulância dos bombeiros de Alpiarça com outra viatura, revelou fonte da proteção civil. Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, o acidente ocorreu cerca das 12h30 na estrada nacional 368, entre Alpiarça e Tapada. A fonte adiantou que na ambulância seguia uma vítima de doença súbita, que era conduzida ao hospital e que estaria já cadáver no momento da colisão. Dois dos feridos classificados como graves são bombeiros, tendo o terceiro elemento da corporação de Alpiarça ficado ligeiramente ferido. No local do acidente estiveram 14 veículos e 36 operacionais de quatro corporações de bombeiros (Almeirim, Alpiarça e voluntários e municipais de Santarém), da GNR, do INEM e da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Roubo de ATM com explosão em Tabaqueira A Polícia Judiciária está a investigar uma tentativa de roubo, com explosão de uma caixa ATM, que ocorreu, ontem, no bairro da Tabaqueira, em Sintra. Segundo fonte policial, por volta das 07h00, um homem dirigiu-se a um multibanco que se encontra junto a uma pastelaria na localidade da Tabaqueira, freguesia de Rio de Mouro, e fez explodir a máquina com o objetivo de roubar as notas que se encontravam no seu interior. A fonte adiantou que o engenho chegou a explodir, provocou danos na pastelaria, mas a caixa com as notas não ficou acessível, tendo o suspeito fugido do local. A Polícia Judiciária esteve no local a investigar as ocorrências do assalto.
onde podemos reduzir os custos”, afirmou. Bernardino Soares adiantou que a auditoria é realizada praticamente com os meios próprios da autarquia. “Devo admitir que encontrei uma situação pior do que aquela que previa, embora já soubesse que existiam muitos problemas. Espera-se uma gestão muito difícil e com decisões muito condicionadas”, perspetivou.
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nacional
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013 Frente Comum pede intervenção do Presidente
Previsões da OCDE menos otimistas que as do Governo
Menor crescimento e maior défice A OCDE espera que a economia portuguesa cresça menos do que as previsões do Governo e antecipa que o défice orçamental até 2015 fique acima das metas acordadas com a ‘troika’. No ‘Economic Outlook’ ontem divulgado, a OCDE espera uma contração de 1,7% este ano, regressando a economia a terreno positivo em 2014 (0,4%) e acelerando o ritmo de crescimento para os 1,1% em 2015. O Governo, por seu lado, aponta para uma queda de 1,8% este ano e para um aumento de 0,8% em 2014 e de 1,5% em 2015. Jens Arnold, o economista da OCDE responsável por Portugal, disse que “há sinais de fraqueza na procura interna”, e defendeu que as metas orçamentais não devem ser “uma religião”, podendo serem aligeiradas se a economia não crescer tanto como o previsto. “Se o crescimento não for tão forte como esperado, então não devemos considerar os objetivos como uma religião. Deve haver margem para os desviar se a única razão para não os cumprir for uma fraqueza adicional do crescimento económico”, defendeu. O Governo estima uma reto-
OCDE. espera que a taxa de desemprego continue a cair à medida que a economia recupere ma do consumo privado de 0,1% em 2014, uma previsão muito superior à da OCDE, que antecipa uma contração de 0,6%. Relativamente às metas orçamentais, segundo o relatório, Portugal vai chegar ao fim deste ano com um défice orçamental de 5,7%, valor que deverá cair para os 4,6% em 2014 e para os 3,6% em 2015. Todos estes valores estão acima dos objetivos acordados entre as autoridades portuguesas e a ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), de 5,5% em 2013, 4% em 2014 e 2,5% em 2015. No entanto, o economista reiterou que a OCDE “não está a sugerir que os objetivos orçamentais devem ser alterados”, enfatizando “o apoio total” ao programa do FMI e da UE em Portugal.
Os partidos da oposição reagiram às previsões da OCDE, considerando que os números divulgados demonstram que o cenário macroeconómico do Governo não tem credibilidade e que o caminho da austeridade não resolve o problema do défice orçamental. O PS disse que as previsões da OCDE confirmam que a contração do consumo em 2014 afetará inevitavelmente a economia, estando Governo e ‘troika’ isolados na estimativa de um crescimento de 0,8%. “O PS encara com grande preocupação o relatório da OCDE, assim como a nota divulgada pelo banco Montepio Geral. A OCDE prevê uma contração da economia este ano - e o PS sempre alertou para esse aspeto”, sustentou o vice-presidente da bancada socialista António Gameiro.
Já o PCP considerou que os números da OCDE desmentem os do Governo, “para pior”, e deixam “bem claro” que as política de austeridade não estão a resolver nem o problema do défice nem da dívida. “Estes números deixam bem claro que estas políticas não estão a resolver o défice e que nem a dívida sequer está contida”, defendeu o deputado Miguel Tiago. Na mesma linha, o BE afirmou que as projeções avançadas demonstram que o Orçamento do Estado é ‘irrealista’ e que denuncia os falhanços do executivo. “A realidade tem sistematicamente desmentido o Governo e dado razão à OCDE nas suas previsões. Estes dados vêm confirmar aquele que parece ser o empenho da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, seguindo a tradição de Vítor Gaspar, de falhar todas as previsões macroeconómicas e todas as metas do défice”, afirmou a deputada do BE Mariana Mortágua. Para o conjunto da zona euro, a OCDE projeta uma retoma da economia da zona euro nos próximos dois anos, mas moderada, de 1,0% em 2014 e 1,6% em 2015, desigual e rodeada de riscos. Quanto à economia global, a Organização reviu em baixa as previsões de maio e espera agora um crescimento de 2,7% este ano e de 3,6% em 2014, alertando que a recuperação “continua modesta e desigual”.
Ministro da Economia e os dados da OCDE para 2014
“Confirmam um ano de crescimento” O ministro da Economia afirmou ontem que os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) confirmam que Portugal “vai ter um ano de crescimento” em 2014. A OCDE prevê que a economia portuguesa recue 1,7% este ano e que volte ao crescimento em 2014, mas apontando para um crescimento de apenas 0,4%, metade do previsto pelo Governo e pela ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). “A OCDE vem confirmar que Portugal vai ter um ano de crescimento” em 2014, afir-
mou o ministro, que está em Moscovo, no âmbito de uma missão de captação de investimento para Portugal liderada pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que hoje termina. “Além do mais, a OCDE diz duas coisas importantes e relevantes, relativamente novas quando comparadas com a última previsão: é que o mundo no próximo ano vai crescer menos, o mundo está um pouco pior do que tinha previsto a OCDE há alguns meses e Portugal está melhor do que a OCDE tinha previsto”, salientou o governante. Em relação ao desemprego, as
previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico “vêm confirmar aquilo que temos vindo a assistir na prática em Portugal, isto é, mesmo com um crescimento limitado, o desemprego está a reduzir-se e a OCDE estima que em 2014 e 2015 haja uma redução do desemprego depois de ele ter atingido o máximo em 2013”, frisou ainda Pires de Lima. “Para a OCDE, o pior em matéria do desemprego já passou”, mas para o Governo ainda “há muito trabalho a fazer”, salientou, concluindo: “É preciso continuarmos a trabalhar muito para que a taxa
de desemprego possa continuar a descer, e até descer com mais significado do que aquilo que já prevê a OCDE”. A OCDE espera que a taxa de desemprego continue a cair à medida que a economia recupere e apresenta perspetivas mais favoráveis do que o Governo. Para 2013, a Organização estima que a taxa de desemprego atinja os 16,7%, baixando para os 16,1% no ano seguinte e para os 15,8% em 2015. O Governo, por sua vez, antecipa que a taxa de desemprego seja de 17,4% em 2013, subindo para os 17,7% em 2014 e voltando a cair para os 17,3% em 2015.
Fiscalização preventiva A Frente Comum dos Sindicatos Administração Pública solicitou ao Presidente da República para que submeta à fiscalização preventiva da constitucionalidade as normas que constam do diploma sobre o regime de convergência de pensões. Numa petição enviada ontem a Cavaco Silva, aos grupos parlamentares e ao Provedor de Justiça, a Frente Comum pede ao chefe de Estado que “exerça o direito de veto sobre o decreto em referência ou, se assim não o entender, submeta à fiscalização preventiva da constitucionalidade (…) requerendo ao Tribunal Constitucional (TC) a sua apreciação”. De acordo com os fundamentos expostos na referida petição, do juiz conselheiro jubilado do TC e do Supremo Tribunal Administrativo (STA), Guilherme da Fonseca, “o direito à pensão, a uma pensão mensal vitalícia, fixada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) é um direito subjetivo de caráter social, incluindo-se nesta caracterização o direito à pensão de sobrevivência”. O documento enviado para Belém refere que “nunca, até à presente data, foram alteradas as pensões já atribuídas pela CGA e as pensões em pagamento, apesar da situação gravosa para os subscritores da CGA nos últimos anos, passando pelo congelamento das pensões em 2011, 2012 e 2013, a par de outras medidas, como seja a contribuição extraordinária de solidariedade (CES)”. Uma vez que a “a Constituição da República Portuguesa é clara em imputar ao Estado o dever ou obrigação de subsidiar o sistema de segurança social”, a Frente Comum vem agora pedir ao Presidente da República que solicite a fiscalização preventiva das normas que estabelecem a convergência entre as pensões da CGA e o regime geral da Segurança Social, que reduz em 10% as pensões a partir dos 600 euros. Na sexta-feira, o diploma sobre o regime de convergência de pensões foi enviado para Belém, dispondo o Presidente da República de oito dias para solicitar a fiscalização preventiva da constitucionalidade. Caso o diploma tenha sido recebido ontem em Belém, o chefe de Estado poderá enviá-lo para o Tribunal Constitucional até à segunda-feira seguinte, dia 25. Os juízes do Palácio Ratton teriam, então, 25 dias para avaliar da sua constitucionalidade, prazo que pode ser encurtado caso o Presidente da República solicite urgência.
economia
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013
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FEEF liberta verba para Portugal e diz acreditar no regresso aos mercados
3.7 mil milhões de euros Durante nove meses
Estado obrigado a manter 30% dos CTT
O Estado português vai ter de manter pelo menos durante nove meses 30% do capital social e direitos de voto dos CTT com que ainda fica, após a Oferta Pública de Venda (OPV) que arrancou ontem e terminará a 5 de dezembro, segundo o prospeto da operação. O documento avança ainda que os bancos responsáveis pela operação vão receber uma comissão global até um máximo de 4,9 milhões de euros. O Governo avançou na segunda-feira que o preço das ações oscilará entre os 4,10 euros e os 5,52 euros, mas o documento adianta que a fixação do valor final irá ocorrer a 3 de dezembro.
Em linha com Europa
Bolsa de Lisboa fecha sessão em perda
O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI20, encerrou a sessão de ontem a recuar 0,15% para 6.354,24 pontos, acompanhando a tendência negativa nos mercados europeus de referência. Das 20 cotadas que compõem o PSI20, 13 desvalorizaram e sete fecharam o dia em terreno positivo. A penalizar a praça portuguesa estão as quedas do Banco Espírito Santo, que cedeu 1,46%, e da Portugal Telecom, que perdeu 1,35%. Na Europa, o dia foi de perdas que oscilaram entre os 1,57% de Madrid (IBEX) e os 0,35% de Frankfurt (DAX).
“Após um par de anos de ajustamento intenso e esforços tremendos, Portugal atinge agora a fase decisiva do caminho”, diz FEEF. O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira aprovou, ontem, o desembolso de 3,7 mil milhões de euros para Portugal, na sequência das oitava e nona revisões do programa de assistência, que o seu diretor acredita que será concluído com êxito. Com o desembolso deste montante, resultante da avaliação positiva da “fusão” das oitava e nona avaliações do programa de ajustamento – concluídas no início de outubro passado -, fica apenas por atribuir 1,2 mil milhões de euros no quadro do programa de assistência financeira do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) a Portugal, cuja conclusão está prevista para meados do próximo ano. Numa declaração divulgada desde o Luxemburgo, por ocasião da aprovação do desembolso da tranche, o diretor do FEEF, Klaus Regling, comentou que, “após um par de anos de ajustamento intenso e esforços tremendos do seu povo, Portugal atinge agora a fase decisiva do caminho para reconquistar o acesso aos
FEEF. Tranche eleva o desembolso acumulado pelo fundo europeu para 24,8 mil milhões desde 2011 mercados, o objetivo derradeiro do programa do FEEF”. “Dado o notável progresso verificado até agora, este objetivo está ao alcance”, afirmou Regling. O diretor-executivo do mecanismo de resgate europeu já havia indicado, a 14 de outubro passado, no Luxemburgo, que, após a adoção formal da mais recente revisão do programa, conduzida pela missão da ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e concluída a 03 de outubro, seriam
desembolsados 3,7 mil milhões. Esta tranche eleva o desembolso acumulado pelo fundo europeu para 24,8 mil milhões desde 2011, e deixa 1,2 mil milhões para o próximo ano, a serem desembolsados no primeiro semestre, “claro que sempre ligado à condicionalidade”, ou seja, a avaliações positivas da implementação do programa de ajustamento, indicou na ocasião o responsável máximo do novo mecanismo permanente de resgate e, ainda, do FEEF, fundo que ainda se encontra operacional até à conclusão do financia-
mento dos programas de assistência a Grécia, Irlanda e Portugal. Ontem, os juros da dívida soberana de Portugal estavam a subir a dois e cinco anos e a descer a dez anos, em relação a segunda-feira, mas mantinham-se respetivamente abaixo dos 4, 5 e 6 por cento. Cerca das 09h00, os juros a dez anos estavam a ser negociados a 5,941%, abaixo dos 5,942% do encerramento de segunda-feira e dos 6% pela nona sessão consecutiva desde 5 de junho deste ano e depois de 28 sessões consecutivas abaixo dos sete por cento.
Durão exulta com aprovação do Orçamento da UE
“Este é um grande dia para a Europa” O presidente da Comissão Europeia considerou que o dia de ontem foi “um grande dia para a Europa”, com a aprovação final, pelo Parlamento Europeu, do orçamento comunitário para 2014-2020, que, disse, ajudará a reforçar a retoma e a ajudar os mais vulneráveis. Pouco depois de o Parlamento Europeu ter aprovado, na sessão plenária que decorre em Estrasburgo, o quadro financeiro plurianual para os próximos sete anos, Durão Barroso, numa mensagem divulgada em Bruxelas, congratulou-se por terem assim sido concluídas com êxi-
União Europeia. “Há financiamento para fazermos o caminho de saída da crise”, disse Durão Barroso
to “longas negociações”, que se prolongaram durante meses. “A União Europeia vai investir quase 1 bilião (um milhão de milhões) de euros em crescimento e empregos entre 2014 e 2020. O orçamento da UE é modesto em dimensão quando comparado com a riqueza nacional. Mas um só ano do orçamento representa mais dinheiro – nos preços de hoje – que todo o plano Marshall na sua época”, sustentou. Segundo o presidente do executivo comunitário, este orçamento da UE para 2014-2020, “moderno e orientado para o futuro, pode fazer uma diferença real na
vida das pessoas” e irá “ajudar a reforçar e a sustentar a retoma em curso na União Europeia”. “Há financiamento para fazermos o caminho de saída da crise, apoio financeiro para aqueles abaixo da linha de pobreza ou à procura de emprego, oportunidades de investimento para pequenas empresas e assistência para comunidades locais, agricultores, investigadores e estudantes. Este é um acordo que ajuda cada família na Europa”, disse, acrescentando que é com satisfação que a UE volta a mostrar que “a Europa é parte da solução”.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013
Presidente do V. Guimarães desdramatiza atual momento da equipa
“Não estou preocupado” Após quatro derrotas, o V. Guimarães recebe, domingo, o Sporting. Presidente do clube diz que está sereno e acredita numa vitória. O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, assegurou, ontem, não estar preocupado com o atual momento da equipa de futebol, que somou no domingo a quarta derrota consecutiva, e frisou que os resultados vão aparecer. Os minhotos perderam em casa com o Leixões, da II Liga, por 2-1, tendo sido eliminados da Taça da Liga. Foi o quarto desaire seguido depois das derrotas com FC Porto (Taça de Portugal), Betis (Liga Europa) e Gil Vicente (campeonato). Agora, o Vitória recebe o Sporting no domingo, às 19h15, na 10ª jornada da I Liga. À margem da apresentação de uma iniciativa solidária, Júlio Mendes disse “não estar preocupado” com o momento que a equipa vive, antes encara-o “com serenidade”. “Continuamos fiéis à nossa convicção, as coisas não são para o curto prazo, é preciso acreditar no que se faz e ter a lucidez suficiente para ver que tivemos jogos difíceis com equipas que, num passado recente, julgávamos impossível defrontar com cara levanta-
FC Porto prepara Nacional
Paulo Fonseca «chama» os mais novos
Expectativa. O Vitória recebe o Sporting no domingo, às 19h15, na 10ª jornada da I Liga da. Fomos capazes de o fazer e em circunstâncias complicadas com um plantel quase reduzido a metade pelas lesões”, avaliou. Apesar da saída prematura das taças de Portugal (da qual é o atual detentor) e da Liga, Júlio Mendes considera que “não se pode pôr tudo em causa por via desses momentos menos conseguidos”, pelo que a equipa tem de “ter capacidade de ultrapassar as contrariedades e as frustrações”. “O mais fácil é criticar, o difícil é continuar a seguir o Vitória, acreditar
no que temos feito, resistir a essa tentação primária de ficarmos frustrados. Isto pressupõe correr riscos, ter coragem e ter convicções. É o que temos feito e os resultados vão surgir”, garantiu. Frente ao Sporting, Júlio Mendes disse esperar “o melhor possível: disputamos todos os jogos com a intenção de vencer, os nossos profissionais vão continuar a dar o seu melhor e não tenho dúvidas que será um grande jogo de futebol”, afirmou. O Vitória de Guimarães associou-
se a algumas instituições de solidariedade social do concelho para, no domingo, dia da receção ao Sporting, recolher bens alimentares para os mais necessitados. Os responsáveis pela iniciativa «Vitória Solidário» pedem aos adeptos que levem para o Estádio D. Afonso Henriques bens não perecíveis, como arroz, massas, conservas, leite, farinhas lácteas, açúcar, bolachas, azeite ou óleo e as entreguem aos voluntários que estarão devidamente identificados nas imediações do recinto.
Ex-presidente da UCI desvaloriza acusações
“Desde quando se acredita em Armstrong?” O holandês Hein Verbruggen, antigo presidente da União Ciclista Internacional (UCI), considera que as acusações que lhe foram feitas por Lance Armstrong “não são credíveis” nem “lógicas”. Armstrong, irradiado da modalidade e desapossado dos sete títulos do Tour de França devido a doping, acusou Verbruggen, presidente da UCI em 1999, de ocultar um teste positivo nesse ano. “Desde quando se acredita em Lance Armstrong?”, reagiu o ex-presidente da UCI, em declarações ao sítio oficial na internet da televisão holandesa NOS.
Doping. Armstrong garante que Verbruggen encobriu um controlo positivo em 1999
Verbruggen questionou as declarações do antigo ciclista, colocando a dúvida quais as verdadeiras: “quando disse na Oprah Winfrey que nunca teve um esquema na UCI? Ou desde que dá entrevistas, a troco de dinheiro, com contrapartida de declarações bombásticas?”. Na segunda-feira, em entrevista ao Daily Mail, o ex-ciclista disse que o holandês encobriu e permitiu que passasse um teste em 1999, durante o seu primeiro Tour, que viria a ganhar. “Não sei se foi um teste positivo, mas foram encontrados vestígios. Não me lembro exa-
tamente quem estava presente naquele momento, mas o Hein [Verbruggen] disse que isto seria um grande problema, um golpe duro no desporto um ano após o caso Festina, por isso não se podia descobrir isto”, contou Lance Armstrong. Verbruggen referiu também que esta história não faz sentido e que a autoridade competente não era a UCI, mas o ministério francês, salientando que todos falavam da cumplicidade do organismo com o ciclista, mas que ele apenas fala agora de uma amostra de cortisona, datada de 1999.
O treinador Paulo Fonseca recorreu, ontem, a oito futebolistas do FC Porto B para colmatar as ausências ao treino do plantel principal, devido à chamada de vários «internacionais» às respetivas seleções. Os defesas Vítor Garcia, Quiño e Tiago Ferreira, os médios Mikel e Leandro e os avançados Frederic, Caballero e Kayembe integraram a sessão de trabalho dos «dragões», que voltou a contar com o guardaredes João Costa, do plantel dos sub-19. O tricampeão nacional prossegue, hoje, às 10h00, a preparação do jogo de sábado com o Nacional.
Após um ano de ausência
Carlos Sainz regressa ao Rali Dakar
O automobilista espanhol Carlos Sainz confirmou a presença no Rali Dakar de 2014, corrida que venceu em 2010, segundo informou, ontem, a equipa da Red Bull Rally. Depois de ter falhado a prova em 2012, «El Matador» confirmou que voltará a participar, como sucedeu no ano passado, na maior prova do mundo de todo-o-terreno ao volante de um carro da Red Bull, desenhado em conjunto com o chefe da equipa, Philippe Gache e o próprio piloto espanhol. “Tenho um bom pressentimento em relação ao carro que vamos levar ao Dakar”, garante.
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013
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«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 20/11/2013
Empresas e Pessoas com ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Cooperativa de Construção e Habitação Tripeira,Cri.,a reunir em sessão Ordinária no dia 06 de Dezembro de 2013, pelas 20,30 horas, na Sede da Cooperativa, sita à Rua de Passos Manuel, 59-1°. - Porto, com o objecto seguinte :
dificuldades económicas (art.º 1º Cire)
www.antoniobonifacio.pt
1- Discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2014. 2- Discussão e votação de uma proposta da Direcção para exclusão de cooperantes, de acordo com o N°.1 do Artigo 14° dos Estatutos. IMPORTANTE a) De acordo com a Art°.19°.dos Estatutos, a Assembleia Geral é constituída por todos os membros da Cooperativa no pleno gozo dos seus direitos. O pleno gozo dos seus direitos pressupõe o cumprimento do Artigo 12°. E em especial o referido na alínea c) que se cita - “Pagar pontualmente as quotas e outras importâncias exigíveis por deliberação da Assembleia Geral”. b) A lista dos cooperantes que se encontram em pleno gozo dos seus direitos sociais encontra-se afixada na Sede da Cooperativa. Só serão aceites reclamações sobre a referida lista até três dias antes da data marcada para a realização da Assembleia Geral. c) Nos termos do n°.1 do Art°. 23 dos Estatutos, a Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem mais de metade dos membros com direito a voto, ou uma hora mais tarde com qualquer número, de acordo com o n°.2 do mesmo artigo. Porto, 20 de Novembro de 2013 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
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A DEMISSÃO DO PRESIDENTE DO COP O País acordou escandalizado por uma entrevista de um tal Fernando Moreira de Sá em que o dito relata as guerras na “blogoesfera” pela conquista do poder que, numa perspetiva “orweliana”, caracteriza o comportamento das forças partidárias que, nos últimos anos, têm governado o País. Pela leitura da peça publicada na revista Gustavo Pires* visão de 14-20 de novembro de 2013 ficámos a saber que o País foi envolvido numa vergonhosa manipulação de fóruns de rádios e TV’s a fim de se condicionarem os resultados dos debates políticos. E tudo foi engendrado com o recurso a “informação privilegiada” e “campanhas negras” contra adversários. Trata-se de um “mundo novo e perigosíssimo” e Portugal, pelos vistos, revelou ser “um caldinho jeitoso”. Claro que por detrás disto “tinha de estar Miguel Relvas (...). Não éramos anjinhos, sabíamos ao que íamos…” disse o incrível Moreira de Sá. A entrevista é um autêntico filme de terror a demonstrar que, afinal, António Ferro era um anjinho ao lado destes senhores que se divertem a manipular a democracia, os portugueses e o País. Perante o relato é possível compreender que qualquer “aprendiz de feiticeiro” que, carente de uma forte estrutura de princípios e de valores, aceda ao poder, é imediatamente dominado por uma oligarquia instalada no círculo da governação que passa a fazer dele “gato-sapato”. As instituições nascem dos instintos mais nobres que levam os homens a organizarem projetos de desenvolvimento no respeito pela dignidade humana. No entanto, o que se verifica do perturbante relato de Moreira de Sá é que vivemos em Portugal um ambiente político indigno de pessoas de bem, em que a competição entre partidos e ideias que devia ser nobre e leal, afinal, não passa de um jogo sujo que perverte as regras da democracia. Por tudo isto, que há muito vinha a ser denunciado por, entre outros, Pacheco Pereira, não se compreende como foi possível que o Comité Olímpico de Portugal, através do seu presidente, tenha nomeado Miguel Relvas para “Alto Comissário da Casa Olímpica da Língua Portuguesa no Brasil”. E não se compreende nem aceita porque, de acordo com a Carta Olímpica, o COP deve defender “... um estilo de vida fundado no prazer do esforço, no valor educativo do bom exemplo, na responsabilidade social e no respeito pelos princípios éticos fundamentais universais”. Os portugueses amantes do desporto, que ainda acreditam nos valores da luta nobre e leal que devem presidir tanto às competições desportivas como às políticas, esperam que o presidente do COP, perante o ambiente de falta de credibilidade e confiança que pela sua ação está a envolver a instituição, assuma as suas responsabilidades e se demita. Perante os factos é a réstia de dignidade que lhe sobra.
Diretor: Rui Alas Pereira (CP-2017). E-mail: ruialas@oprimeirodejaneiro.pt Redatores: Joaquim Sousa (CP-5632), Andreia Cavaleiro (CP-6983), Cátia Costa (Lisboa) e Vasco Samouco. Fotografia: Ivo Pereira (CP-3916) Secretariado de Direção: Sandra Pereira. Secretariado de Redação: Elisabete Cairrão. Publicidade: Conceição Carvalho (chefe), Elsa Novais (Lisboa, 918 520 111) e Fátima Pinto. E-mail: conceicao.carvalho@oprimeirodejaneiro.pt Morada: Rua de Santa Catarina, 489 2º - 4000-452 Porto. Contactos: redação - Tel. 22 096 78 47 - Tm: 912 820 510 E-mail: geral.cloverpress@oprimeirodejaneiro.pt - Publicidade - Telefone: 22 096 78 46, Fax: 22 096 78 45 Propriedade: Globinóplia, Unipessoal Lda. Edição: Cloverpress, Lda. NIF: 509 229 921 Depósito legal nº 1388/82 Impressão: Coraze, Telefs.910252676 / 910253116 / 914602969, Oliveira de Azeméis. Distribuição: Vasp. Tiragem: 20 000
Protesto em frente ao Parlamento contra ensino superior
“Governo escuta, os estudantes estão em luta” Largas centenas de estudantes do ensino superior concentraram-se ontem, em frente ao parlamento, para contestar os cortes financeiros previstos no Orçamento do Estado para 2014. Um dos jovens que atravessou as grades que separam os manifestantes das escadas que dão acesso à Assembleia da República foi de imediato detido pela polícia. Levava consigo um livro que acabou por ficar caído nos degraus e que os colegas dizem ser uma edição da Constituição da República. O efetivo policial foi imediatamente
reforçado nas escadarias, enquanto os estudantes liam um manifesto e gritavam “Governo escuta, os estudantes estão em luta”. Uma das alunas envolvidas na organização do protesto, Sofia Lisboa, disse que praticamente todos os dias há estudantes a abandonar as aulas, porque não podem pagar as propinas ou o passe, e muitos não conseguem fazer três refeições por dia. A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua desceu do parlamento, para manifestar apoio aos estudantes. “Estes es-
tudantes estão aqui a manifestarse contra um orçamento que nós consideramos que vai aniquilar o serviço público de educação e as universidades”, afirmou. No mesmo sentido, a deputada do PCP Rita Rato deslocou-se até junto dos estudantes para considerar “justíssima” a sua luta. “É por isso que voltamos a propor o fim das propinas e o reforço da ação social escolar”, declarou. A manifestação teve início na praça Camões, ao Chiado, e ficou concluída pouco depois das 17h00.
Cáritas Portuguesa anuncia Campanha anual
“10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz 2013” A Cáritas Portuguesa volta a anunciar a sua campanha anual de Natal, “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, que este ano conta com o apoio da maestrina Joana Carneiro. Numa época de crise social e económica, a Cáritas pretende iluminar o coração dos portugueses com a décima primeira edição da “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz
2013”, um projeto que visa apoiar os cidadãos mais desfavorecidos, através da venda de velas pelo preço simbólico de 1€. É possível adquirir um pack de 4 velas por 4€, que inclui no interior um Presépio para pintar. A Cáritas tem como objetivo vender este ano mais de 500 000 velas. O valor final recolhido nesta campanha, promovida pela Cá-
ritas Portuguesa e pelas diversas Cáritas Diocesanas do país, será aplicado em duas causas distintas: 65% reverterão a favor das famílias e pessoas em situação de carência socioeconómica que serão ajudadas através das Cáritas Diocesanas e paróquias; e 35% reverterão para uma causa internacional. Este ano a Cáritas irá ajudar as vítimas do conflito da Síria.
Campanha Geração Depositrão da ERP Portugal
Eco-escolas do Porto em destaque As Eco-Escolas do Porto participaram ativamente na 5ª edição (ano letivo 2012/2013) da Geração Depositrão, da ERP Portugal, iniciativa sobre o tema da gestão de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores), tendo o foco no correto encaminhamento destes resíduos para reciclagem. Várias escolas do distrito do Porto destacaram-se na atividade de recolha desta campanha, assegurando
o destino adequado para os equipamentos e pilhas em fim de vida. Fazendo um balanço da performance destes “agentes ambientais”, concluiu-se que o top 5 do ranking é composto pelas seguintes instituições escolares: 1. EB1/JI de Chouselas - 716,80; 2. EB23 de S. Romão do Coronado - 630,00; 3. EB23 D. Manuel Faria e Sousa - 567,00; 4. Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva) - 500,00; 5. Jardim de Infância Quinta do Casal - 449,00.
Este projeto, desenvolvido em parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), Programa Eco-Escolas, envolveu mais de 640 escolas e mais de 340 mil alunos de todo o país. A 6ª edição da Geração Depositrão começará em breve, no sentido de continuar a estimular comportamentos ambientais corretos. As inscrições estarão disponíveis até ao final deste mês de novembro.
Dia Internacional dos Direitos das Crianças
GNR atua na Escola da Guarda A Guarda Nacional Republicana associa-se hoje às comemorações do Dia Internacional dos Direitos das Crianças, através da promoção de uma visita de crianças à Escola da Guarda, em Queluz, a qual tem como propósito aumentar a interação das crianças com a GNR, quer na vertente pedagógica, quer para facilitar o conhecimento e a aproximação à instituição.
Em 1989, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou a resolução que determina o dia 20 de novembro como o dia da Declaração Oficial dos Direitos das Crianças. Esta data foi estabelecida pela ONU, com a finalidade de divulgar publicamente um diversificado conjunto de direitos fundamentais de todas as crianças. Neste âmbito, as crianças que
se deslocarão à Escola da Guarda, terão a oportunidade de assistir a demonstração de atividades cinotécnicas, passeios a cavalo, demonstração de motos e interação com os meios da Guarda para intervenção e socorro. Terão também a oportunidade de contactarem com alguns animais ao visitarem o “Jardim da Bicharada”, um mini zoológico com espécies domesticadas.