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PORTUGAL NO GRUPO I COM DINAMARCA, SÉRVIA, ARMÉNIA E ALBÂNIA NO EURO2016

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Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

DIÁRIO NACIONAL

Ano CXLVI | N.º 60

Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CONGRESSO DO PSD TRANSFORMOU-SE EM COMÍCIO DE ATAQUE AOS SOCIALISTAS

TRO!K A LARANJA

ASSIS

Seguro anuncia candidato do PS para “vencer” as próximas Europeias

UCRÂNIA

Governo satisfeito com a libertaçao de Iulia Timochenko

n No XXXV Congresso do PSD, Passos Coelho jogou ao ataque, escolheu Paulo Rangel como cabeça de lista para as Europeias e recuperou Miguel Relvas para o Conselho Nacional, uma «troika laranja» que deixou os socialistas irritados com o que consideraram ser um autêntico “comício de ataque” ao líder do PS e ao maior partido da oposição em geral.

TAVIRA

Naufrágio de embarcação faz um morto e um ferido


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local porto

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014

Cerâmica de Valadares tem quase um século de história

Porto e Valongo

Trabalhadores ainda acreditam A notícia da insolvência da fábrica Cerâmica de Valadares chegou aos trabalhadores há mais de um ano, mas dos antigos funcionários da empresa ainda há quem mantenha a esperança de cumprir o sonho de regressar ao trabalho. Empresa do concelho de Vila Nova de Gaia com quase um século de história e uma marca espalhada pelos mais improváveis locais do mundo, o enorme edifício da Cerâmica de Valadares permanece, numa rua a que dá nome, à espera de novidades desde que a insolvência foi declarada a 26 de setembro de 2012. Por entre o edificado, sinais de vida só os dos seguranças que guardam a entrada principal da fábrica e o imenso terreno lateral, onde se acumularam milhares de louças sanitárias sem destino, incontáveis filas de autoclismos, sanitas, bidés e lavatórios deixados a céu aberto. Mais de 200 pessoas perderam o trabalho com a paragem da Cerâmica de Valadares. Destas, o antigo elemento da Comissão de Trabalhadores Raul Almeida referiu que “10 talvez tenham arranjado trabalho aqui em Portugal, 10 ou 11 emigraram”. Os restantes estarão em situação idêntica à de Raul: “Mando currículos, mas não recebi resposta nem para uma entrevista”. Uma dessas pessoas é Maria dos An-

VALADARES. Trabalhadores ainda acreditam na recuperação da famosa fábrica de cerâmica jos Vieira, de 39 anos, 17 dos quais passados como oleira na fábrica à qual gostaria de regressar: “Gostava que alguém comprasse [a empresa], a abrisse e eu fosse para lá trabalhar. Era o que eu gostava”, diz, com um entusiasmo que não repete em nenhum outro tema. “Saia daqui no autocarro das 05H45, pegava às 07H00. Saia para comer ao meio-dia e meia, nunca gozava a minha hora. Íamos trabalhar ao sábado, chegámos a ir trabalhar ao domingo. Ainda agora quando esteve mal, no banco de horas, antes do ‘lay-off’, viemos para casa um tempo e nós não íamos ganhar, mas íamos lavar a secção ao sábado. Era espetacular. Tenho muitas saudades daquilo”, conta Maria dos Anjos, sem trabalho desde então e com dois filhos, de 14 e 10 anos, para educar sozinha. Chegou a fazer 140 peças num dia, sabendo que quanto mais trabalhasse mais recebia no final do mês, ainda que a desilusão no recibo de vencimen-

to não fosse possível disfarçar nalgumas ocasiões: “Chegava ao fim do mês e ficava desanimada porque uma pessoa faz ‘x’ e está a contar com ‘x’ e às vezes não era aquele ‘x’”, mas a compensação, por vezes, fazia-se sentir no mês seguinte”. Vítor Pacheco, de 50 anos, partilha do mesmo sentimento: “Tínhamos ali grandes profissionais, hoje não é fácil trabalhar dentro de uma olaria. Ali havia funcionários que pegavam às 08h00 e às 06h00 já lá estavam. Davam o melhor deles, porque quanto mais você produzisse mais você era compensado”. Com sete filhos, dois dos quais a trabalhar na Irlanda, Vítor foi escolhedor de louça na Valadares durante 20 anos. “Tive boas produções ali. Temos 480 minutos em oito horas de trabalho, eu escolhia 540 e tal peças por dia. É para você ver o ritmo”, salienta. Como muitos dos antigos trabalhadores, espera há mais de um ano pela ati-

vação do fundo de garantia salarial por parte da Segurança Social, tendo documentos que o identificam como credor de mais de 23 000 euros. “Se não vier hoje vem amanhã, se não vier amanhã é para os filhos, se não for para os filhos é para os netos. Se esses valores viessem - ou muito ou pouco - já me dava para ir daqui calçado para a beira dos meus filhos na Irlanda. Eu gosto de ter os pés assentes no chão. Só quando temos as coisas bem feitas é que a gente deve dar o passo em frente”, aconselha Vítor, que diz estar a pé às 08h00 todos os dias e hoje dá apoio aos jovens do Sporting Clube de Coimbrões, zona de Gaia onde viveu mais de 30 anos. Para além do orgulho patente nas palavras dos trabalhadores da Cerâmica - “até para o Dubai trabalhámos!” - , há outro sentimento que quer Vítor Pacheco quer Maria dos Anjos Vieira expressam e é mágoa. “Isto magoou e sente-se a dor, porque não é bom andar aqui ao alto. Ando ao alto, mas digo-lhe uma coisa, isto cansa. Cansa a gente andar ao alto. Tenho 50 anos e não estou a ver onde é que vou arranjar trabalho tão cedo”, lamenta o profissional da Cerâmica. Maria dos Anjos admite estar “um bocado magoada” e, como o antigo colega, confessa “estar cheia de estar em casa”. Hoje, Maria dos Anjos continua a querer emprego e trabalho. É assim os dias de mágoa de quem viveu uma vida ao serviço da famosa fábrica de cerâmica. E muitos mais exemplos existem em Valadares e arredores, pois foram mais de duas centenas de pessoas que viram o seu sonho desfeito de um momento para o outro…

Líder da bancada parlamentar socialista anuncia no Porto

Inquérito parlamentar aos submarinos Alberto Martins considera que “quem não deve, não teme”, apelando ao PSD e ao CDS-PP para que viabilizem a comissão de inquérito parlamentar proposta pelos socialistas sobre a compra de submarinos e blindados. O líder parlamentar do PS anunciou, no Porto, que a bancada socialista vai avançar com um pedido de constituição de comissão de inquérito parlamentar ao processo de aquisição de submarinos e de viaturas blindadas pelo Estado Português, tendo o ministro do Ambiente, Moreira da Silva, recusado já comentar esta intenção do PS por não querer “dar tempo de antena” aos socialistas no Congresso do PSD. “Como diz o povo português: quem não deve, não teme e nós temos necessidade de aprofundar

esta questão e averiguar a realidade dos factos. A transparência é um valor fundamental da democracia. Não há tempo para a busca da transparência. A todo o tempo nós temos essa responsabilidade em nome da credibilidade das instituições”, disse Alberto Martins, em resposta. O líder da bancada parlamentar do PS deixou ainda um “apelo a todos os partidos políticos com representação na Assembleia da República, designadamente ao PSD e ao CDS, que possam dar o seu contributo favorável à constituição desta comissão de inquérito”. Questionado sobre o ‘timing’ desta comissão, Alberto Martins justificou que “foi concluída há uma semana uma decisão judicial sobre um ponto parce-

lar destas dúvidas relativas às contrapartidas, a eventualidade de um crime de burla e falsificação de documentos”. “Pensamos que é o tempo próprio para aprofundarmos uma matéria que o povo português tem vindo a assistir com regularidade em termos informativos, no espaço público, e que merece ser esclarecida. A questão é muito importante, os valores envolvidos são de grande montante e de grande relevo”, disse. Caso o apelo “veemente” do PS para que os partidos deem o seu acordo a esta iniciativa não seja atendido, os socialistas têm “os meios ao seu dispor para acionar os mecanismos para a realização desta comissão de inquérito”, explicando o dirigente que poderá passar pelo “agendamento potestativo”.

Esta comissão de inquérito parlamentar visa “proceder à aferição dos factos atinentes ao contrato, fornecimento e contrapartidas que tem a ver com o programa relativo à aquisição de submarinos e de viaturas blindadas de rodas 8x8”. Com esta comissão, o PS quer “responder a um clamor, a uma ideia muito difundida na sociedade portuguesa de uma situação negocial que tem uma margem de ambiguidade, de obscuridade, de insinuação e de desprezo pelos interesses e salvaguarda dos interesses do Estado português”. “Nós consideramos que Portugal precisa de ser esclarecido. Não pode haver um levantar sucessivo e contínuo de dúvidas de questões que se levantam e mergulham”, concluiu.

PSP detém 25 pessoas

A PSP do Porto deteve, entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, 25 pessoas no Porto e em Valongo, tendo 16 sido por condução sob efeito de álcool. De acordo com o comunicado da PSP do Comando Metropolitano do Porto, no âmbito de uma operação de combate à criminalidade e fiscalização rodoviária, foram realizadas diversas operações policiais entre as 20h00 de sextafeira e as 09h30 de sábado. A PSP deteve 25 pessoas, sendo três por tráfico de estupefacientes, 16 por condução sob efeito de álcool, quatro por falta de habilitação legal para condução de automóveis, um por posse de arma proibida e um último por desobediência. A PSP deteve ainda nesta operação, realizada no Porto e em Valongo, um carro que constava para apreender por ter sido furtado no Porto, um computador e um televisor, 123 doses individuais de haxixe e 24 documentos de viaturas. A força policial fiscalizou 757 condutores e respetivas viaturas, tendo todos sido submetidos ao teste de álcool no sangue. Foram ainda identificados dois indivíduos e constituídos arguidos por suspeita da prática dos crimes de furto e uso de veículo automóvel. 15.ª edição do Correntes d’Escritas chegou ao fim

Recorde de espetadores na Póvoa

A 15.ª edição do Correntes d’Escritas, maior encontro de escritores de expressão ibérica, já terminou na Póvoa de Varzim com um recorde de espetadores, afirmou o vereador da Cultura da Câmara local. “Há 15 anos fizemos esta sessão de encerramento com 23 escritores na sala da Biblioteca Municipal, com 70 lugares. Hoje estamos aqui numa sala com 600 lugares, que foram poucos nestes dias”, disse Luís Diamantino na sessão de encerramento, afirmando ter-se registado a maior adesão da parte de público. Na sessão de encerramento foram entregues os prémios aos vencedores dos concursos - o Prémio Casino da Póvoa para Manuel Jorge Marmelo, pela obra “Uma mentira mil vezes repetida”, o Prémio Papelaria Locus para o conto “Jardins vazios de novembro”, de Luísa Raquel Martins Morgado. Já o Prémio Conto Infantil Ilustrado foi atribuído ao trabalho “O Guarda-chuva de Mariana”, da turma 4º.1, da Escola Básica 1º ciclo de Sever do Vouga. A edição deste ano das Correntes d’Escritas decorreu nos últimos três dias, com debates sobre literatura, apresentações de livros, exposições, visitas às escolas.


regiões

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014

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Carnaval «Único e Irrevogável” preparado para sair à rua no próximo sábado

Demissão de Paulo Portas inspira Loulé Cerca de 70 pessoas têm estado, nos últimos meses, dedicadas à preparação dos bonecos e à construção dos carros alegóricos. Sede do Parque Natural de Sintra-Cascais

Sem instalações próprias Mais de um ano após o desabamento do auditório da sede do Parque Natural de SintraCascais (PNSC), os serviços da área protegida continuam sem instalações próprias na vila de Sintra. A instalação no edifício municipal foi a resposta às deficientes condições do PNSC numa antiga casa de magistrados, também cedida pelo município, no Largo do Morais, em Sintra. Os problemas elétricos na vivenda agravaram-se quando teve de receber os técnicos que ocupavam o auditório da sede do Parque Natural, que ruiu em novembro de 2012. A principal crítica prende-se com o facto de se tratar de um «open space», ao lado dos serviços camarários que submetem projetos de licenciamento para parecer da área protegida. O gabinete de imprensa da Câmara explicou que “os serviços do ICNF instalaram-se com caráter provisório, em regime de comodato, no edifício da (agora) Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território”, perante a “situação de urgência face à degradação e desabamento das instalações existentes em Sintra”. “Estão a decorrer conversações sobre a possibilidade de encontrar instalações com caráter mais permanente”, admitiu a Câmara, reforçando ter “todo o interesse que esses serviços se mantenham” na vila.

o mesmo que vai fazer este ano”, comentou, acrescentando que agora é a altura de a equipa responsável pelo corso “brincar com eles”. Para que tudo fique completo, cerca de 500 pessoas treinam coreografias e experimentam os fatos que irão desfilar no corso, participação que é voluntária e a título gratuito, frisou Carlos Carmo, acrescentando que o contributo que a autarquia dá às entidades participantes é para ajudar com os custos das roupas. O responsável diz que este ano a organização decidiu colocar uma banda a tocar samba ao vivo e que essa vai ser a única música a soar em toda a área do corso - numa das avenidas principais da cidade, Avenida Costa Mealha -, depois de várias queixas da «parafernália» de sons originados por cada carro alegórico.

No meio de serradura, esferovite e cerca de meio milhão de flores de papel de seda feitas por gente da terra, a equipa responsável pelos carros alegóricos do Carnaval de Loulé já tem tudo preparado para fazer o corso sair à rua no próximo sábado. Lembrando que a tradição do Carnaval de Loulé tem “por base a sátira política”, o adjunto do presidente da câmara Carlos Carmo admitiu que o tema deste ano - «Único e Irrevogável» - é inspirado na demissão “irrevogável” do então ministro Paulo Portas, no verão passado. “Foi algo que nos aguçou o apetite para termos como mote o irrevogável. Único, porque para nós, louletanos, é o único Carnaval com esta grandeza e irrevogável porque não muda, é este o Carnaval de Loulé”, acrescentou o responsável, sublinhando que envolvidas diretamente na animação do corso estão cerca de 500 pessoas.

150 mil euros de investimento

Banda a tocar samba ao vivo

Nas oficinas da autarquia, cerca de 70 pessoas têm estado, nos últimos meses, dedicadas à preparação dos bonecos - na sua maioria inspirados em políticos, como Cavaco Silva, José Sócrates ou Passos Coelho - e à construção dos carros alegóricos, entre elas o criativo Paulo Madeira, conhecido como Palhó, responsável pela equipa há 13 anos. Embora a decoração dos carros seja renovada todos os anos, o criativo admitiu que há vários bonecos a quem são trocadas as cabeças, de edição para edição, e elementos dos carros de outros anos que vão sendo reaproveitados, sendo que alguns dos «chassis» já terão conhecido perto de 60 corsos das 108 edições do Carnaval de Loulé. “Os políticos são sempre os mesmos. A gente troca cabeças e basta aproveitar uma sátira nova porque o político que fez porcaria no ano passado é

Loulé. Carnaval sai à rua nos dias 1, 2 e 4 de março e «custa» 150 mil euros, uma redução de 10% a 15%. Cada bilhete custa dois euros

Porto de Tavira

Um morto em naufrágio de embarcação de recreio Uma pessoa morreu e outra foi, ontem, resgatada ao mar em situação de hipotermia quando a embarcação de recreio em que seguiam se virou ao largo de Tavira, no Algarve. Segundo o comandante do Porto de Tavira, Ventura Borges, a vítima mortal, um homem com cerca de 50 anos, foi resgatado em paragem

cardiorrespiratória, mas acabou por falecer no hospital de Faro. O outro tripulante, com cerca de 40 anos, encontrava-se em situação de hipotermia, e “aparentemente, não corre risco de vida”. Segundo Ventura Borges, o acidente, cujas causas são desconhecidas, ocorreu por volta das 13h15, à saída do porto marítimo. O comandante do Porto de Tavira referiu que os dois tripulantes “não tinham vestidos os coletes salva-vidas” e que na altura do acidente, existiam condições de navegabilidade para a entrada e saída da barra em segurança.

O Carnaval de Loulé sai à rua nos dias 1, 2 e 4 de março e implicou um investimento de 150 mil euros, com uma redução de orçamento na ordem dos 10% a 15% relativamente a 2013. Cada bilhete custa dois euros e metade das receitas de bilheteira serão distribuídas entre as associações e coletividades participantes. Os restantes 50% vão permitir criar um Fundo de Emergência Social no concelho. Além do corso principal, localizado na sede do concelho, é possível assistir aos desfiles na aldeia de Alte, no interior do concelho, e na cidade de Quarteira, estando ainda previsto para sexta-feira um desfile infantil de Carnaval. Recorde-se que, à semelhança dos dois últimos anos, o Governo não irá dar tolerância de ponto no Carnaval. Questionado pelos jornalistas na conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, sobre se o executivo admite este ano dar tolerância de ponto, Luís Marques Guedes disse que “não há nenhuma alteração à posição do Governo desde há dois anos”. “O país já percebeu que os desafios que temos pela frente são exigentes e não podemos deixar de trabalhar para o vencer”, rematou: “há determinado tipo de situações em que faz sentido o trabalho para vencer esses desafios”.


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nacional

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014

Congresso do PSD marcado pela presença de ex-líderes do partido

Passos de reconciliação pós-troika O XXXV Congresso do PSD terminou com um novo apelo de Passos Coelho a um entendimento alargado no pós-troika, que disse ser a melhor forma de assinalar os 40 anos do 25 de Abril. O sexto congresso que o PSD realizou no Coliseu dos Recreios de Lisboa acabou por ficar marcado pela presença em peso de ex-líderes do partido, pelo anúncio do cabeça de lista da maioria PSD/CDS-PP às europeias, Paulo Rangel, e pelo regresso de Miguel Relvas aos órgãos nacionais do partido, como número um da lista de Passos Coelho ao Conselho Nacional. Uma «troika laranja» que promete fazer furor nas próximas eleições europeias, apesar de esta lista ter dado a Passos o seu pior resultado neste órgão desde que é líder: 18 em 70 lugares, apenas mais quatro do que a segunda lista mais votada, contra os 25 conseguidos há dois anos. A direção perdeu também um lugar no Conselho de Jurisdição, o outro órgão eleito por método de Hondt, mas registou percentagens semelhantes às do último Congresso quer na eleição da Comissão Política Nacional (85% contra 88% em 2012) e da Mesa do Congresso (88,5% contra 89% há dois anos). As principais novidades do núcleo duro de Passos Coelho são a entrada do deputado José Matos Correia e do autarca Carlos Carreiras para vice-

CONGRESSO. O líder do PSD está convencido que o seu partido pode vencer as eleições europeias com Rangel como cabeça de lista presidentes, substituindo Nilza Sena e Manuel Rodrigues. Depois de na sexta-feira ter aberto o Congresso criticando a receita do PS e dizendo que a oposição estava zangada por temer que a “melhoria” do país fosse a sua desgraça eleitoral, hoje Passos Coelho deu continuidade ao apelo lançado em discursos marcantes do congresso, como os de Marcelo Rebelo de Sousa ou Nuno Morais Sarmento, a um entendimento com os socialistas. O desafio teve resposta imediata por parte do representante do PS na sessão de encerramento do congresso, com João Proença, do secretariado nacional do PS, a considerar a proposta “pura manobra eleitoral”. Com Portas presente na sessão de encerramento, Passos reafirmou o desejo expresso pelo líder do CDS há mês e meio de que a coligação chegue

ao termo do seu mandato e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar que elabore, em três meses, um plano de ação na área da natalidade. Se as europeias foram um dos temas fortes do congresso – com Passos Coelho e Paulo Rangel a afirmarem a vontade de vencer estas eleições a 25 de maio – as legislativas de 2015 e até as presidenciais de 2016 não ficaram à porta do Coliseu dos Recreios. Foram várias as vozes, incluindo a de Passos Coelho, que manifestaram a convicção de que o PSD pode ganhar as próximas legislativas por ter sido o partido irá conduzir o país ao fim do resgate e à recuperação económica, por oposição ao PS, que, segundo os sociais-democratas, levou o país à quase bancarrota. O líder socialista, António José Seguro, foi, aliás, o principal alvo das críticas dos congressistas – o “pisca pisca da polí-

tica”, chamou-lhe Hugo Soares, líder da JSD, e acusado de não ser quem manda verdadeiramente no partido por Aguiar-Branco, referindo-se a António Costa. Se no primeiro dia se ouviram ataques aos notáveis do partido ausentes do congresso quando, ao mesmo tempo, o criticam em espaços de comentário televisivo, no segundo dia o Coliseu dos Recreios rendeu-se aos ex-líderes e, sobretudo, a Marcelo Rebelo de Sousa, que apareceu inesperadamente na reunião por, disse, não querer ficar de fora no momento em que se assinalam 40 anos do partido. Ao longo de uma hora, o congresso – e Pedro Passos Coelho – riu, aplaudiu e galvanizou-se, levando várias vozes do partido a comentar depois que poderá estar reaberto o caminho do ex-líder e comentador político a Belém. Uma dessas vozes foi de outro ex-líder que apareceu de surpresa no Congresso, Marques Mendes, já depois do jantar, mas que não falou aos congressistas. Já Luís Filipe Menezes, que também tinha afirmado a intenção de não ir, mudou de ideias e foi ao Coliseu assumir a derrota autárquica no Porto e recordar o célebre discurso que fez, em 1995, no mesmo palco e onde criticou os “sulistas, elitistas e liberais” do partido. “Foi como uma daquelas festas de aniversário surpresa” em que “havia uma série de pessoas que não eram para vir, o aniversariante julgava que não vinham, e de repente começou a aparecer tudo”, resumiu Santana Lopes, o outro exlíder que compareceu e ‘fechou’ a noite social-democrata.

António José Seguro e o desfecho do Congresso do PSD

“Comício de ataque” aos socialistas O secretário-geral socialista criticou o PSD por ter transformado o congresso num “comício de ataque ao PS”, considerando que “torna mais evidente que PSD e CDS precisam de uma boa cura de oposição”. No discurso do almoço da conferência distrital “Novo Rumo para Portugal”, que decorreu em Santo Tirso - e que aconteceu após o discurso de Passos Coelho do encerramento do congresso do PSD -, António José Seguro criticou o facto do PSD, por não ter “resultados para apresentar”, passou “três dias não num congresso, mas num comício de ataque ao Partido Socialista nunca visto na nossa história”. “Se eles tivessem resultados para apresentar não teriam passado

três dias a falar dos resultados? Se eles tivessem boas notícias para dar ao país, não teriam passado três dias a dizer o que iam fazer de bem ao país?”, questionou. Na opinião do secretário-geral do PS, o PSD teve que “ocupar o tempo e como não têm resultados para apresentar, como não têm notícias boas para dar aos portugueses, eles tentaram, através de uma manobra de diversão, desviar as atenções”. “Eles só pensam em eleições, eles não pensam no país. Eles estão esgotados. Eles chegaram ao fim do ciclo. Este congresso torna mais evidente que este PSD e este CDS precisam de uma boa cura de oposição para libertarem Portugal e para construirmos

de novo esse caminho que nos há de levar à prosperidade”, defendeu. Seguro criticou ainda Passos Coelho por ter “uma visão completamente diferente do país”, reiterando que “infelizmente o país não está melhor” e que este Governo “deu cabo da classe média”. “É por isso que o primeiro-ministro nunca poderá ter como resposta do PS um sim à sua política de destruição do nosso país, de empobrecimento e desigualdades”, disse, no mesmo dia em o primeiroministro afirmou que entendimento político alargado sobre o pós-’troika’, alegando que essa seria a melhor prenda para os portugueses nos 40 anos da democracia. Na opinião do secretário-geral do

PS, só um primeiro-ministro “em estado de negação, a querer iludir e enganar os portugueses é que pode dizer que o país está melhor”, acusando Passos Coelho de enganar e iludir “permanentemente” os porttugueses. Seguro criticou ainda o facto de “a única novidade” do congresso ter sido a criação de um grupo de trabalho para o combate ao problema da natalidade, tema que preocupa igualmente Seguro. “A grande medida que ele tem para promover essa natalidade tem a ver com a necessidade de criar condições para que haja mais emprego e trabalho em Portugal e mais confiança para o futuro”, concluiu.

PCP deixa apelo

“Governo na rua” O PCP mostrou-se disponível para a convergência com “todos que queiram pôr Governo na rua”, rejeitando assim o repto do presidente do PSD e primeiro-ministro para um entendimento global a bem do futuro de Portugal. “Estamos disponíveis para negociar, convergir, com todos aqueles, mas todos, que queiram pôr este Governo na rua e acabar com esta política que dá cabo da vida do povo português, dos reformados e trabalhadores”, afirmou o membro do comité central comunista Armindo Miranda, na sessão de encerramento do XXXV Congresso ‘laranja’, no Coliseu dos Recreios, Lisboa. O dirigente do PCP reforçou a necessidade de “um Governo patriótico e de esquerda, de gente séria - é possível em Portugal -, que se vá para o Governo não a pensar no conselho de administração do banco ou empresa para onde irá a seguir, mas, pelo contrário, para estar ao serviço do povo e do país”. “Não é a política do PSD nem daqueles que têm um compromisso de sangue com aqueles grandes grupos económicos que têm estado a ganhar com esta crise”, completou Armindo Miranda.

BE e o Congresso do PSD

“Alucinação coletiva” O Bloco de Esquerda considerou que o congresso do PSD constituiu um espetáculo de “alucinação coletiva” com elogios ao Governo e avisou que o primeiro-ministro se prepara para retomar a austeridade após as eleições europeias. “Durante este fim de semana, o país assistiu a um congresso do PSD que foi uma autêntica alucinação coletiva com dezenas de dirigentes [sociais-democratas] a festejarem o sucesso da política deste Governo. Nem mesmo os dados mais recentes do desemprego, que mostram como a retoma tem pés de barro, fizeram Pedro Passos Coelho descer à terra e tomar contacto com as consequências da sua política”, declarou José Guilherme Gusmão, membro da Comissão Política do Bloco de Esquerda. Em conferência de imprensa, José Guilherme Gusmão sustentou que o PSD demonstrou no seu congresso que é um partido que “não consegue ver todos os sinais e, portanto, não fala de todos os sinais do fracasso da sua política”. De acordo com o dirigente do Bloco de Esquerda, a política do memorando da ‘troika’ (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) “centrava-se em dois indicadores fundamentais, o défice e a dívida”.


economia

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014

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PS comenta dados que revelam mais 15 mil pessoas desempregadas em janeiro

“Existe uma realidade dramática em Portugal” Início do ano “começou com mais 15 mil cidadãos na situação de desemprego, o que contraria a propaganda do Governo”, diz PS.

de desempregados diminuiu 4,7% 3,3% de homens e 6,1% de mulheres. Ainda face ao mesmo mês de 2013, diz o IEFP que por grupo etário houve um decréscimo de adultos desempregados de 5,4%, mas houve um acréscimo de jovens desempregados de 0,4%. Dúvidas da Europa

EUA e FMI oferecem assistência à Ucrânia

Prontos a ajudar Os EUA e o FMI ofereceramse, ontem, para assistir a Ucrânia na reconstrução da sua economia após os protestos dos últimos meses, que deixaram o país na maior crise desde a independência. Os temores de que a economia ucraniana esteja a entrar em incumprimento lançaram o pânico nos mercados, com as obrigações a aumentarem rapidamente e a moeda local, a hryvnia, a perder um décimo do seu valor em poucas semanas. O secretário do Tesouro norteamericano, Jacob Lew, disse que manteve conversações com o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, na reunião do G20, em Sydney, após o parlamento da Ucrânia decidir no sábado destituir o presidente, Viktor Ianukovich, pondo fim a uma semana de violência brutal em Kiev. “Os EUA, em colaboração com outros países, está pronto a assistir a Ucrânia nos seus esforços para regressar a um caminho de democracia, estabilidade e crescimento”, disse Lew em conferência de imprensa. Também a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse que o fundo está pronto a ajudar a Ucrânia, que é um país membro da organização. Não é certo que Moscovo continue a pagar um resgate de 10,9 mil milhões de euros que prometeu a Kiev, com a maior tranche da ajuda russa dependente de um regresso à calma.

O PS considerou, ontem, que os mais recentes dados sobre o desemprego confirmam a existência de uma realidade “dramática” em Portugal e que o PSD perdeu este fim de semana uma oportunidade para responder aos problemas concretos do País. Esta posição foi transmitida por Miguel Laranjeiro, membro do Secretariado Nacional do PS, depois de o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ter indicado que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego portugueses era em janeiro de 705.327, mais 14.792 pessoas do que no mês anterior. Miguel Laranjeiro observou que o início do ano “começou com mais 15 mil cidadãos na situação de desemprego, o que contraria a propaganda do discurso do Governo”. “Os portugueses em situação de desemprego não estão a diminuir. Se somarmos a estes dados as centenas de milhares de portugueses que já emigraram e os que se encontram em estágios profissionais (alguns sem qualquer remuneração), estamos a falar de uma situação dramática para mais de um milhões de portugueses”, sustentou o dirigente socialista. Miguel Laranjeiro referiu-se ainda ao tipo de discussão feita no Congresso Nacional do PSD, que terminou, ontem, no Coliseu dos Recreios. “O PSD perdeu a oportunidade para falar deste problema do desemprego neste fim de semana. Enquanto falou entre si, os portugueses conhecem uma realidade bem diferente, que é a do desemprego, da pobreza e da miséria”, acrescentou. De acordo com a informação mensal publicada pelo IEFP na sua página na Internet, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego do continente e das ilhas representava 75,6% do total de pedidos de emprego (933.352). Comparando com janeiro do ano passado, o número

Críticas. Início do ano “começou com mais 15 mil cidadãos na situação de desemprego, o que contraria a propaganda do Governo”, diz PS.

Depois da Echiron

Claranet Portugal admite fazer novas aquisições

A tecnológica Claranet Portugal admite fazer novas aquisições no mercado português no final do ano, depois de ter comprado recentemente a portuguesa Echiron, disse o diretor-geral, António Miguel Ferreira. No início deste mês, a Claranet, cujo grupo tem sede em Inglaterra, anunciou a compra da Echiron, por um valor não divulgado. O diretor-geral da Claranet Por-

tugal, António Miguel Ferreira, escusou-se a avançar o montante envolvido na operação, mas admitiu a hipótese de fazer novas aquisições no mercado português. “Temos a intenção de procurar novas oportunidades no mercado português, não nos próximos seis meses, mas depois”, disse o responsável. Presente em Portugal há 19 anos, a Claranet avançou com a compra da Echiron “não para ganhar dimensão, mas para acelerar serviços complementares e, também, para alargar a base de clientes”, explicou.

Recorde-se que, na semana passada, o Fundo Monetário Internacional melhorou as suas perspetivas para taxa de desemprego e espera agora que esta tenha atingido o seu ponto máximo nos 16,8% em 2013 contra 17,4% da última previsão. De acordo com os documentos da décima avaliação hoje divulgados pelo Fundo Monetário Internacional, a taxa de desemprego anual ter-se-á ficado pelos 16,8% em 2013. A estimativa anterior apontava para que esta atingisse os 17,4% nesse ano, e continuasse a crescer para os 17,7% em 2014. Mas o FMI melhora também a previsão para 2014 e espera agora que a taxa de desemprego desça para os 16,5%. Para o fundo, a taxa de desemprego só deve cair abaixo dos 15% em 2018. Já a Comissão Europeia contrariou o Governo e diz que ainda não é possível concluir que o emprego criado nos últimos trimestres é resultado das reformas no mercado laboral e questiona se esta criação de emprego é duradoura. Na análise que faz da décima avaliação do programa, Bruxelas diz que o Governo defendeu que a criação líquida de emprego tem acontecido em especial no setor transacionável da economia, um desenvolvimento que acontece em linha com o reequilíbrio da economia. No entanto, a CE não tem a mesma convicção e põe em causa não só a proveniência, como a sustentabilidade dos números que o Governo defende. “Não é claro que esta [criação de emprego] seja de natureza permanente”, dizem os técnicos. Bruxelas diz mesmo que ainda não é possível tirar conclusões sobre estes novos empregos, especialmente devido à extensão do prazo dos contratos com termo certo, e porque a redução do desemprego tem sido muito devida ao menor número de rescisões de contrato.


6 | O Norte Desportivo

futebol

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014

Paulo Bento assume que selecção tem todas as possibilidades de ir ao Euro2016

“Portugal nunca teve desculpas para falhar” Dinamarca, Sérvia, Arménia e Albânia são as quatro adversárias no Grupo I de qualificação. Também há dois jogos com a França.

foi com a Albânia, em que tivemos um empate em casa e uma vitória no último minuto fora, e com a Arménia, que também provocou dificuldades essencialmente nos jogos fora”, explicou o selecionador. Em declarações à SportTV, Paulo Bento reiterou os objetivos de Portugal estar presente na fase final do Europeu. “Portugal nunca teve desculpas para falhar, pelo menos comigo nunca teve. Vamos fazer o mesmo que na qualificação para o Mundial2014, para o qual queríamos qualificar-nos em primeiro e não conseguimos, agora os objetivos não mudam em nada”, frisou Paulo Bento. Questionado sobre a maior possibilidade de qualificação, tendo em conta o apuramento direto dos dois primeiros classificados e do melhor terceiro, assim como a disputa dos «play-offs» pelos restantes terceiros classificados, o técnico receitou humildade para enfrentar este grupo. “Agora há um ‘play-off ’ para o terceiro lugar, mas há que lembrar que noutros anos havia apuramentos diretos para duas equipas, ficámos em terceiro e não fomos. Há que ter os pés assentes no chão e sermos humildes”, rematou o selecionador.

A seleção portuguesa parte como clara favorita na corrida à fase final do Europeu de 2016, apresentando um saldo muito favorável frente a Dinamarca, Sérvia, Arménia e Albânia, as quatro adversárias no Grupo I de qualificação. Com os dois primeiros classificados de cada grupo e o melhor terceiro a apurarem-se diretamente para a fase final, que se vai realizar em França, só um «cataclismo» deverá impedir Portugal de se qualificar pela sexta vez consecutiva para a fase final do Campeonato da Europa. Dinamarca e Sérvia serão os principais adversários da equipa orientada pelo selecionador Paulo Bento, com a Arménia e a Albânia a procurarem escapar ao último lugar do agrupamento, o único composto por cinco equipas e que por via disso vai receber a anfitriã França para a realização de encontros sem impacto na classificação.

Albânia «abre» caminhada

Cuidado com Sérvia e Dinamarca

O selecionador português, Paulo Bento, destacou as seleções de Dinamarca e Sérvia como as principais adversárias de Portugal na qualificação, num Grupo I que rejeitou considerar acessível. “Um grupo com dois adversários que teoricamente vão lutar com a nossa seleção, casos da Sérvia e da Dinamarca. Duas equipas difíceis, com a Sérvia, no apuramento para o Euro2008, empatámos os dois jogos, e com a Dinamarca só obtivemos uma vitória, na qualificação para o Mundial2010 e para o Euro2012”, afirmou Paulo Bento, em declarações ao site da FPF, reconhecendo que “Portugal tem todas as possibilidades para se apurar”. “Depois há dois adversários com os quais, teoricamente, teremos algum favoritismo, mas também revelámos algumas dificuldades nos últimos confrontos em ganhar a essas equipas. O caso mais recente

Euro2016. Dinamarca, Sérvia, Arménia e Albânia são as adversárias de Portugal no Grupo I de qualificação, que ainda inclui a França

Rui Costa em terceiro

Cavendish vence na consagração de Kwiatkowski

O britânico Mark Cavendish (Omega Pharma-Quick Step) venceu, ontem, a quinta e última etapa da 40.ª Volta ao Algarve em bicicleta, em Vilamoura, onde o polaco e companheiro de equipa do “sprinter” Michal Kwiatkowski assegurou o triunfo final. Cavendish impôs-se ao «sprint» aos franceses Arnaud Demare (FDJ.fr) e Bryan Coquard (Eu-

ropcar), ao concluir os 155,8 quilómetros da tirada, disputada entre Tavira e Vilamoura, em 3h24.10. Kwiatkowski, que sucede no historial da corrida ao alemão e companheiro de equipa Tony Martin, concluiu a «Algarvia» com 19 segundos de vantagem sobre o espanhol Alberto Contador (TinkoffSaxo) e 32 para o campeão do Mundo de fundo, o português Rui Costa (Lampre-Merida), segundo e terceiros classificados, respetivamente. “É uma grande vitória”, disse o jovem polaco de 23 anos.

Portugal vai começar a caminhada para o Campeonato Europeu em casa, frente à Albânia, e termina a fase de apuramento na Sérvia. O primeiro jogo da equipa orientada por Paulo Bento está marcado para o dia 7 de Setembro, frente à Albânia. Segue-se a visita à Dinamarca (a 14 de Outubro) e depois a recepção à Arménia (14 de Novembro). A qualificação terá depois uma paragem, regressando a 29 de Março, data em que a selecção nacional jogará em casa frente à Sérvia. A 13 de Junho Portugal viaja até à Arménia e a 7 de Setembro joga no terreno da Albânia. A recepção à Dinamarca está marcada para 8 de Outubro e a última jornada do Grupo I cumprese no dia 11 de Outubro, data em que Portugal visita a Sérvia. As 53 seleções sorteadas, divididas por nove agrupamentos, vão disputar, entre setembro e outubro de 2015, as 23 vagas para o primeiro Europeu com 24 equipas.

V. Guimarães acredita poder vencer na Luz

«Berço» de esperança Rui Vitória considera que o Vitória de Guimarães pode vencer o Benfica, que considerou a melhor equipa de Portugal, no Estádio da Luz, hoje, em jogo da 20ª jornada da I Liga. “Enfrentar um jogo destes, ao contrário do que se possa pensar, é razão de grande motivação, queremos jogar estas partidas porque fazem parte do crescimento da equipa e de jogadores que querem ser melhores no futuro”, disse o técnico vitoriano. Para Rui Vitória, o Benfica “tem uma equipa muito forte, com muita qualidade, que ainda na quinta-feira chegou à Europa e prevendo-se um jogo difícil teve um rendimento fantástico”. “Manteve praticamente os mesmos jogadores, está à frente do campeonato e é a equipa portuguesa mais forte neste momento”, disse. Contudo, e apesar de reconhecer a força da equipa “encarnada”, Rui Vitória acredita ser possível vencer no Estádio da Luz. “Mal estaria se não acreditasse. Se calhar na final da Taça de Portugal [que o Vitória ganhou ao Benfica] também pouca gente acreditaria e as apostas levaram um rombo grande, vejo este jogo como uma boa oportunidade”, disse. Esse jogo do Estádio Nacional da época passada não será, contudo, usado como fator motivacional, garantiu.


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«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 24/02/2014

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 24/02/2014

Aviso

Aviso

PRORROGAÇÃO DA SUSPENSÃO PARCIAL DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL

PRORROGAÇÃO DA SUSPENSÃO PARCIAL DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL

NOVO ATERRO SANITÁRIO DA SULDOURO

PARQUE EMPRESARIAL DE RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS

A referida suspensão do plano diretor municipal implica o estabelecimento de medidas preventivas, nos termos do n.º 8 do artigo 100.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro na redação em vigor. Para a área territorial, devidamente identificada na planta anexa e sobre a qual incide a prorrogação da suspensão parcial do plano diretor municipal, é suspenso o plano diretor municipal em vigor no concelho de Santa Maria da Feira. Santa Maria da Feira, 17 de fevereiro de 2014. O Presidente da Câmara Municipal Emídio Ferreira dos Santos Sousa

MUDAMOS DE INSTALAÇOES: ESTAMOS AGORA NA: Rua de Vilar 235, 3º - Sala12 - 4050-626 Porto

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Nos termos do disposto no n.º 9 do artigo 112.º do Decreto –Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na versão em vigor, a prorrogação das medidas preventivas está sujeita às regras aplicáveis ao seu estabelecimento inicial, pelo que foi emitido parecer favorável da comissão de coordenação e desenvolvimento regional do norte, nos termos do n.º 3 do artigo 109º do mesmo diploma legal..

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O Presidente da Câmara Municipal Emídio Ferreira dos Santos Sousa

Mais se torna público que a assembleia municipal de Santa Maria da Feira, aprovou em sessão ordinária de 14 de fevereiro de 2014, a prorrogação, por mais um ano, do prazo da vigência da suspensão parcial do plano diretor municipal e das medidas preventivas estabelecidas para a área de intervenção desta suspensão, produzindo os seus efeitos a partir de 17 de fevereiro de 2014.

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Santa Maria da Feira, 17 de fevereiro de 2014.

Para os efeitos estabelecidos no n.º 7 do artigo 109º e nas alíneas e) e f) do n.º 4 do artigo 148.º do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de setembro, na versão em vigor, publica-se em anexo ao presente aviso, a prorrogação da suspensão parcial do plano diretor municipal de Santa Maria da Feira para implementação do PERM – Parque Empresarial de Recuperação de Materiais.

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Para os efeitos estabelecidos no n.º 7 do artigo 109º e nas alíneas e) e f) do n.º 4 do artigo 148.º do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de setembro, na versão em vigor, publica-se em anexo ao presente aviso, a prorrogação da suspensão parcial do plano diretor municipal de Santa Maria da Feira para instalação do novo aterro sanitário da Suldouro. Mais se torna público que a assembleia municipal de Santa Maria da Feira, aprovou em sessão ordinária de 14 de fevereiro de 2014, a prorrogação, por mais um ano, do prazo da vigência da suspensão parcial do plano diretor municipal e das medidas preventivas estabelecidas para a área de intervenção desta suspensão, produzindo os seus efeitos a partir de 16 de fevereiro de 2014. Nos termos do disposto no n.º 9 do artigo 112.º do Decreto –Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na versão em vigor, a prorrogação das medidas preventivas está sujeita às regras aplicáveis ao seu estabelecimento inicial, pelo que foi emitido parecer favorável da comissão de coordenação e desenvolvimento regional do norte, nos termos do n.º 3 do artigo 109º do mesmo diploma legal.. A referida suspensão do plano diretor municipal implica o estabelecimento de medidas preventivas, nos termos do n.º 8 do artigo 100.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro na redação em vigor. Para a área territorial, devidamente identificada na planta anexa e sobre a qual incide a prorrogação da suspensão parcial do plano diretor municipal, é suspenso o plano diretor municipal em vigor no concelho de Santa Maria da Feira.

Emídio Ferreira dos Santos Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, torna público o seguinte:

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Emídio Ferreira dos Santos Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, torna público o seguinte:

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Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014


1868

Há 144 anos, todos os dias consigo.

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PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS

“Maior maratona mototurística da Europa” A edição deste ano do ‘Portugal de Lés-a-Lés’, a “maior maratona mototurística da Europa”, vai percorrer, a 08 e 09 de junho, o litoral do continente, entre Lagoa e Gaia, anunciou a organização. A 16.ª edição da maratona atravessará “mais de vinte concelhos que nunca assistiram ao Lés-a-Lés”, revelou Ernesto Brochado, da Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), entidade promotora da iniciativa. Além de, “pela primeira vez, explorar apenas o litoral”, a maratona adota um trajeto que foi concebido para “fugir às complicações do trânsito, através das mais pitorescas estradas nacionais, municipais e mesmo alguns troços de terra batida, replicando as ligações rodoviárias de há um século”. Trata-se de “uma rota muito exigente, tanto em termos de navegação como de horas de condução, devido ao rendilhado do percurso”, reconheceu o responsável, salientando que esse “é, afinal, o preço a pagar pela entusiasmante descoberta de locais realmente únicos, fugindo aos destinos de um turismo óbvio e massificado”. A opção visa promover a “descoberta da riqueza de um Portugal histórico, paisagístico e patrimonial por muitos desconhecido”. Com inscrições abertas entre hoje e 07 de maio (um mês antes do início da maratona), o ‘Portugal de Lés-a-Lés’ de 2014 começa oficialmente no dia 07 de junho (para concentração dos participantes) e vai para a estrada em Lagoa, no Algarve, na manhã do dia 08 de junho, parando a caravana em Setúbal para almoçar e seguindo, depois, até Peniche, cidade onde termina, ao final do dia, a primeira etapa da prova. A segunda etapa, no dia 09 de junho, ligará Peniche a Vila Nova de Gaia, almoçando os participantes no troféu de “animação, aventura e descoberta” na Figueira da Foz, cidade onde hoje à tarde António Manuel Francisco, presidente da Comissão de Mototurismo da FMP, e Ernesto Brochado, principal impulsionador do evento, apresentaram, durante uma conferência de imprensa, a edição deste ano. Alto da Foia (Monchique), Porto Covo (Sines), Milfontes (Odemira), Sesimbra, Cabo Espichel (Sesimbra), Alcochete, Baleal (Peniche), Lagoa de Óbidos, Foz do Arelho (Caldas da Rainha), São Martinho do Porto (Alcobaça), Nazaré, Cabo Mondego (Figueira da Foz), Serra da Boa Viagem (Figueira da Foz), Murtosa e Ria de Aveiro (área que merecerá “grande atenção”) e Estação Litoral de Aguda (Vila Nova de Gaia) são alguns das referências do trajeto deste ano do ‘Portugal de Lés-a-Lés’, que só se afastará da costa na zona de Lisboa, que será contornada por leste. Viajando a uma velocidade média de 50 quilómetros por hora, “fugindo dos maiores centros urbanos” e privilegiando locais menos populosos, “mais sossegados e muito bonitos”, a edição de 2014 da maratona mototurística deverá contar com a participação de mais de um milhar de pilotos, previu Ernesto Brochado (em 2013 participaram cerca de 1.200 pessoas, mais de uma centena das quais de nacionalidade espanhola). Sem “competição, nem classificações”, o evento ‘Portugal de Lés-a-Lés’ visa “promover o potencial turístico do país”, afirmou Ernesto Brochado, salientando que os participantes na prova regressam, frequentemente, aos locais pelos quais passaram durante a prova e não conheciam, como sucedeu, por exemplo, com um grupo de espanhóis que, no ano seguinte a terem feito a maratona e durante a qual passaram por Aljezur, decidiram passar férias nesta zona da costa alentejana. A primeira edição do ‘Portugal de Lés-a-Lés’ realizou-se em 1999, entre a aldeia transmontana de Rio de Onor e Sagres, no Algarve, tendo no ano seguinte ligado Vila Real de Santo António a Vila Nova de Cerveira.

Seguro e o “Novo Rumo para Portugal” nas Europeias

Francisco Assis cabeça de lista do PS O secretário-geral do PS anunciou o nome de Francisco Assis como cabeça de lista dos socialistas às eleições europeias de maio. “É com enorme gosto que anuncio que o Francisco Assis aceitou o convite e é o nosso cabeça de lista às próximas eleições europeias”, disse Seguro no final do almoço da conferência distrital “Novo Rumo para Portugal”, que decorreu em Santo Tirso. O anúncio de Assis como candidato socialista às eleições europeias acontece um dia depois de o PSD ter anunciado Paulo Rangel como candidato europeu. Considerando que “só o PS pode derrotar os candidatos do Governo”, António José Seguro fez deixou um apelo: “Mobilizemse. Este é o momento de mobilizar Portugal em torno deste projeto de mudança.” “Minhas queridas e meus queridos amigos, mãos à obra porque as próximas eleições vão fazer uma coisa muito simples: quem estiver de acordo com o Governo e com o candidato do Governo que o país está melhor, então tem que votar nos partidos do Governo e nos candidatos do Governo”, disse Seguro, com Assis presente no almoço. O líder socialista pediu o voto no PS daqueles que entendem que “o país infelizmente está pior, que o desemprego aumentou, que a pobreza aumentou, que as desigualdades aumentaram”, considerando que esses têm “que concentrar os votos no PS porque só o PS pode derrotar os candidatos do Governo”. De acordo com fonte socialista, ao mesmo tempo que este anúncio era feito em Santo Tirso, os militantes do PS receberam um SMS assinado pelo secretáriogeral com esta informação, onde foram

convidados para a apresentação pública de Francisco Assis como cabeça-de-lista do PS às próximas europeias, sessão marcada para dia 05 de março, às 21h30, na Alfândega do Porto. Francisco Assis, ex-eurodeputado e ex-líder da bancada parlamentar do PS, é atualmente deputado socialista eleito pelo círculo do Porto, depois de, em 2011, ter defrontado e perdido as eleições para a liderança do PS contra António José Seguro. “O PAÍS ESTÁ CANSADO DESTE GOVERNO” Francisco Assis diz estar “absolutamente convencido que o PS vai ganhar” as eleições, considerando que “o país está cansado deste Governo” e vai demonstrálo nas urnas. “O país está cansado deste Governo. O país já percebeu que com este Governo o único horizonte que tem é o da austeridade, do empobrecimento e do aumento das clivagens sociais. O país precisa de voltar a acreditar numa alternativa. É isso que já se manifestou nas autárquicas e vai-se manifestar agora, de uma forma muito clara, nestas eleições europeias”, disse aos jornalistas. Sobre o apelo de consenso de Passos Coelho - reiterado no encerramento do congresso do PSD - o deputado socialista disse ser “um defensor que tem que haver alguns consensos na vida política portuguesa”, criticando o facto de o Governo nunca ter sido “capaz de ouvir o PS”. “Eu não me recordo de nenhum congresso partidário em que o líder do maior partido da oposição tivesse sido tão mal tratado como aconteceu neste congresso do PSD. Quem hoje é o principal obstáculo

aos consensos em Portugal é este Governo e esta maioria parlamentar do PSD e do CDS”, acusou. Por isso, Assis está convencido da vitória nestas eleições europeias porque o PS vai “conseguir concitar o apoio” à direita e à esquerda dos que “compreendem hoje a necessidade da construção de uma nova maioria política em Portugal e que vão aproveitar estas eleições europeias para dar este sinal ao país”. “O apelo que neste momento dirijo ao país é precisamente este: há muita gente que não comunga, em absoluto, com o PS do ponto de vista das suas opções ideológicas mas que neste momento compreende que só em torno do PS é possível construir uma alternativa de governação, séria, rigorosa”, apelou. Sobre as declarações do cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Rangel - que considerou que as europeias são um exame ao PS - Assis disse ser “completamente falso”. “As próximas eleições europeias são sobretudo um momento em que nós vamos ter oportunidade de debater visões diferentes em relação ao que deve ser a Europa e em relação ao que deve ser a relação de Portugal com a Europa”, justificou. Sobre o ‘timing’ do anúncio, o cabeçade-lista disse apenas que “o secretáriogeral do PS anunciou sempre que iria apresentar o candidato às europeias no instante que considerasse mais adequado” e que “foi este o momento escolhido”. “Eu não vou entrar nos pequenos truques, não vou entrar na dialética das pequenas coisas. Nós temos que nos confrontar nas questões essenciais”, concluiu Francisco Assis.

Governo português satisfeito com a libertação de Iulia Timochenko

“Espírito de diálogo e reconciliação” na Ucrânia O Governo português congratulouse com a libertação da líder da oposição ucraniana, Iulia Timochenko, e apelou ao “espírito de diálogo e reconciliação nacional” na Ucrânia. “O Governo Português congratula-se com a libertação de Iulia Timochenko e espera que os passos que estão a ser dados na Ucrânia sejam consubstanciados na afirmação da democracia do Estado de Direito”, escreve o ministério liderado por Rui Machete, num comunicado enviado às redações. A mesma nota acrescenta que, face à preocupação que suscita o clima de incerteza que se continua a verificar, mais do que nunca deve imperar o espírito de diálogo e reconciliação nacional, fazendo prevalecer a justiça e o regresso a um quadro de segurança e estabilidade”. Iulia Timochenko foi libertada no sábado por decisão do parlamento da

Ucrânia, do qual os partidos da oposição tomaram o controlo este fim de semana, depois de numerosos deputados da coligação governamental abandonarem os seus partidos e mudarem de lado. Timochenko fora condenada a sete anos de prisão por abuso de poder em 2011, cerca de um ano depois da eleição do Presidente Viktor Ianukovich, de quem era a principal adversária política. Momentos antes da libertação da figura emblemática da Revolução Laranja pró-ocidental de 2004, o parlamento ucraniano destituiu o Presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovich, por “abandono das suas funções constitucionais” e convocou eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de maio. Anteriormente, Ianukovich disse não ter intenção de se demitir nem de abandonar o país, tendo classificado de “ilegítimas” as recentes leis aprovadas

pelo parlamento ucraniano, nas quais se inclui a decisão de libertar Iulia Timochenko. O Presidente e a oposição haviam assinado na sexta-feira um acordo para pôr fim à crise que durava há três meses e que se agravou nos últimos dias. O acordo previa a antecipação das eleições presidenciais, a formação de um Governo de coligação e uma reforma constitucional. A crise política na Ucrânia iniciou-se há três meses, depois de Ianukovitch suspender os preparativos para um acordo com a União Europeia, e agravou-se em finais de janeiro, quando se registaram as primeiras mortes, com a aprovação de leis limitando a liberdade de manifestação. O balanço oficial da violência dos últimos dias em Kiev é de cerca de 80 mortos, embora a oposição fale em mais de 100.


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