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BOLA DA POLÉMICA

PLATINI DIZ QUE TROFÉU DEVE IR PARA UM JOGADOR DA SELEÇÃO ALEMÃ

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Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

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DIÁRIO NACIONAL

Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

Ano CXLVI | N.º 250

Quinta-feira, 27 de novembro de 2014

SOARES VISITOU AMIGO SÓCRATES MAS MAGISTRADOS NÃO GOSTARAM

DO QUE DISSE O ANTIGO PRESIDENTE

INFÂMIA n Mário Soares disse, em Évora, que José Sócrates está a ser vítima de “uma campanha que é uma infâmia”, argumentando tratar-se de “um caso político”. “Têm feito uma campanha contra ele que é uma infâmia. É a comunicação social que faz, mas são os tipos que estão por trás dela”, acusou. Quem não gostou desta opinião foi o Sindicato dos Magistrados. “As declarações de Mário Soares são absolutamente lamentáveis, são indignas de um Presidente da República, são uma vergonha para o país de que foi o mais alto magistrado”, disse Rui Cardoso.

PORTO

17.ª Feira do Empreendedorismo arranca hoje na Alfândega

CAVACO

”Estou convencido que a imagem de Portugal não se vai alterar” com a detenção de Sócrates

AGRICULTURA Assunção Cristas diz que setor “dá os sinais mais positivos” da economia


2 | O Primeiro de Janeiro

local porto

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

Apesar do parecer negativo da comissão de proteção de dados

Governo autoriza videovigilância na Baixa do Porto Um despacho do Ministério da Administração Interna publicado ontem no Diário da República (DR) autoriza a instalação e a utilização de um sistema de videovigilância na Baixa do Porto, apesar do parecer negativo da comissão de proteção de dados. O diploma prevê colocar, durante três meses, quatro câmaras noutros tantos pontos estratégicos da movida noturna da cidade: nas praças Guilherme Gomes Fernandes e Parada Leitão e nas ruas Cândido dos Reis e Galerias de Paris, estipula o documento, assinado pelo Secretário de Estado Adjunto da Ministra da Administração Interna, Fernando Manuel de Almeida Alexandre, na quinta-feira. O DR determina que o Comando Metropolitano da PSP do Porto é a entidade responsável pela gestão do

PORTO. A Baixa portuense vai estar, durante três meses, mais controlada através da utilização de sistemas de videovigilância sistema, “que deve funcionar ininterruptamente, 24 horas por dia, em todos os dias da semana”, não estando autorizada “nem a recolha, nem a gravação de som”. Em comunicado enviado às redações, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, observa que “a videovigilância está hoje presente nas nossas vidas em muitos espaços privados”, pelo que “não fazia sentido que uma cidade como o Porto não pudesse também recorrer a esta tecnologia no espaço público”. Moreira sustenta estar provado “que a existência de videovigilância reduz os valores de criminalidade em pelo menos 10%, pelo que a simples

existência do sistema vai ajudar a própria dinâmica da movida e os interesses de toda a gente”. O autarca garante ainda que “a Câmara não quer ver imagens nem controlar os cidadãos” e que “quem terá acesso à informação é a PSP, que assim poderá programar melhor as suas patrulhas e intervir atempadamente”. No DR, explica-se que a autorização contraria o parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), devido aos “esclarecimentos adicionais” dados pela Câmara do Porto. O secretário de Estado recorda que “o sistema foi submetido a parecer pela CNPD”, para quem o sistema não estava “em plena con-

formidade com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis”. No entanto, a autarquia prestou esclarecimentos adicionais” considerados “suficientes para a demonstração de que o sistema preenche todos os requisitos legais e regulamentares”. O Governo determinou que, no fim dos três meses desta autorização, “deve ser feita uma nova reavaliação dos pressupostos que determinaram a concessão da autorização”. No comunicado, a Câmara do Porto nota que “o sistema agora aprovado pelo Governo funcionará pelo período de três meses mas poderá ser alargado verificados os pressupostos que determinaram a concessão”. A autarquia justificou a intenção de monitorizar “as ruas com maior pressão na noite do Porto, procurando-se promover a segurança e dotar as autoridades policiais de melhores e mais edificasses meios de prevenção de criminalidade”. “A Câmara e a PSP avaliarão agora qual o melhor momento para por em prática o sistema”, acrescenta o município. No diploma, estipula-se que o sistema “poderá ser de imediato executado e deve, no mais curto prazo, ser ativado em todas as componentes autorizadas”. Escreve-se ainda que “os pedidos de preservação de imagens para finalidades probatórias devem ser remetidos para o Ministério Público ou para o juiz”.

17.ª Feira do Empreendedor na Alfândega do Porto

Mais de 100 empresas presentes Oportunidades de formação, investimento e internacionalização estarão na Alfândega do Porto durante a 17.ª Feira do Empreendedor, entre hoje e sábado, reunindo mais de 100 empresas e acolhendo um programa global com mais de 20 mil facilitadores de negócios. A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) – que promove o evento – explica que “chamando a si a emergência de um movimento empreendedor de vocação internacional”, a Feira do Empreendedor é “subordinada ao tema ‘Born Global’ e reúne uma completa agenda de iniciativas dedicadas à promoção de negócios além-fronteiras, desde a fase mais embrionária dos projetos até à expansão de negócios já existentes”. Ao todo serão 110 as empresas

presentes na Alfândega do Porto entre hoje e sábado, “com uma completa oferta de formação, ‘networking’, financiamento e oportunidades de negócio”, da qual fazem parte 29 iniciativas, entre workshops, conferências e sessões de investidores. Um dos destaques desta edição da Feira do Empreendedor é “uma ação internacional de um programa global de aceleração que está a conquistar o mundo, o Pioneers Unplugged”, marcada para amanhã. Esta rede de capacitação de empreendedores conta com uma comunidade de mais de 20 mil facilitadores de negócio de todo o mundo, sendo as três estratégias deste programa “inspirar, conectar e potenciar”. Na Alfândega do Porto serão apresentados 12 projetos de base tecno-

lógica, sendo ideias de negócio portuguesas e estrangeiras, perante um painel de investidores nacionais, uma sessão transmitida online para todo o mundo. Desta edição da Feira do Empreendedor fazem parte quatro salões temáticos, sendo estas “Oportunidades e Franchising”, “Apoio à Criação e Gestão de Empresas”, “Multissetorial” e “High Tech/High Biz”. “Organizado em formato de cidade empresarial, que divide por ruas e praças as diferentes soluções, instrumentos, produtos e serviços, o espaço de exposição favorece a disponibilização de uma estruturada rede de oportunidades de negócio, com múltiplas potencialidades de transferência de valor para o universo das empresas, nos mais diversos estágios de desenvol-

vimento (conceção da ideia, criação do negócio, expansão)”, acrescenta o mesmo comunicado. O coordenador do evento, José Fontes, afirmou que “a Feira do Empreendedor prossegue este ano com a aposta que tem vindo a efetuar na iniciativa empresarial baseada no conhecimento e voltada para a criação de valor acrescentado a partir de uma forte aposta na inovação e internacionalização”. “Pioneira no formato de certame dedicado à criação e desenvolvimento de empresas jovens e inovadoras, a Feira do Empreendedor afirma-se também, cada vez mais, enquanto núcleo agregador de um programa alargado de iniciativas, que vai muito além da reunião de mais de uma centena de expositores”, concluiu o mesmo responsável.

Rui Moreira pede

“Revisão urgente” do fim do IMT

O presidente da Câmara do Porto pediu ao Governo mais transparência nos dados sobre a coleta do IMI, lembrando erros reconhecidos judicialmente, e reivindicou uma revisão “urgente” do fim do IMT, que pode hipotecar o orçamento municipal em 12%. “Houve claramente um erro de cálculo por parte do Ministério da Finanças que urge assumir e corrigir. O Ministério anunciou o fim do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) até 2018, afirmando que essa redução de receita seria compensada pelo incremento da receita do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Mas isso não está a acontecer nem se consegue perspetivar que venha a acontecer até 2018”, afirmou Rui Moreira, destacando: “Entendo que o Estado deve ser mais transparente e exigente consigo próprio. Se assim não fizer, ficamos com uma sensação estranha de que os nossos munícipes, de uma forma geral, sentem que pagam mais IMI, mas, depois, o valor global que nos é entregue é sempre menor”. O autarca alerta não se poder “hipotecar o orçamento da Câmara do Porto em 12%”, sob pena de “pôr em causa serviços básicos”, esperando que “o Ministério das Finanças tome uma posição urgente sobre esta matéria” e “seja mais transparente”, facultando “acesso aos dados concretos da coleta”, até porque já houve “casos demonstrados em tribunal de erros importantes”. “As Câmaras são confrontadas com a comunicação da coleta por parte da Autoridade Tributário, que contudo não faz qualquer demonstração da mesma”, explicou Moreira, referindo situações em que “a coleta real de impostos como a derrama não correspondia aos valores que estavam a ser transferidos para o município”. No final de novembro de 2011, o Supremo Tribunal Administrativo condenou o Ministério das Finanças a facultar à Câmara de Famalicão a lista de todas as empresas do concelho que pagaram derrama em 2009 e a corrigir o valor entregue (1,3 milhões de euros, menos 1,7 milhões do que em anos anteriores). Na altura, o vereador Ricardo Mendes, que tutelava a área dos Assuntos Jurídicos, explicou que, num concelho com cerca de 4000 empresas, uma delas tinha pago relativamente a 2009 mais do que os 1,3 milhões totais entregues pelo Estado à autarquia. Numa altura em que a autarquia contabilizou uma perda de 8,2 milhões de euros de IMI desde 2011 (menos 4,5 milhões de euros em 2012 e menos 3,8 milhões em 2013), Rui Moreira teme pelo fim do IMT (previsto para acontecer de forma progressiva entre 2016 e 2020). “Não se pode hipotecar o orçamento da Câmara Municipal do Porto em 12%, sob pena de pormos em causa serviços básicos prestados pela autarquia e mesmo valores como a autonomia autárquica”, vincou. Para o autarca, “se houve um erro de cálculo, o Estado tem que encontrar formas alternativas de receita para as autarquias, sobretudo, nas grandes cidades onde este fenómeno tem mais impacto”. A receita média de IMT na Câmara do Porto entre 2011 a 2013 foi de 20,5 milhões de euros e, a concretizar-se o fim do imposto, a autarquia “deixará de receber 6,8 milhões de euros em 2016, 13,7 milhões em 2017 e zero em 2018”, alertou fonte camarária.


regiões

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

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MAI renova autorização para videovigilância no Bairro Alto

Mais dois anos Desta feita, apenas o Cometlis gere o sistema, que funciona das 18h00 às 07h00, todos os dias da semana.

Carros eram vendidos

Novo acusados de crime de furto e falsificação

O Ministério Público acusou nove pessoas, pertencentes a um grupo organizado “com aparência empresarial”, que furtavam e falsificavam carros para os venderem. Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), os nove arguidos são acusados dos crimes de associação criminosa, burlas qualificadas, furto e falsificação de veículos e recetação. Os arguidos, dois dos quais em prisão preventiva, agiam com divisão de tarefas entre si, chefiados pelos mais responsáveis do grupo, refere a PGDL, sublinhando que a atividade criminosa foi desenvolvida entre 2011 e 2012. O MP acrescenta que foram apreendidas quantias em dinheiro e 22 viaturas falsificadas topo de gama, designadamente das marcas BMW, Mercedes, Audi.

A Secretaria de Estado da Administração Interna renovou a autorização para o funcionamento das câmaras de videovigilância no Bairro Alto, em Lisboa, por um período de dois anos, foi, ontem, publicado em Diário da República. As câmaras de videovigilância no Bairro Alto entraram em funcionamento a 22 de maio deste ano, com uma autorização para o seu funcionamento durante seis meses, após o contrato para a instalação do sistema ter sido assinado pela Câmara de Lisboa em outubro de 2012. Dada a aproximação do fim do prazo para funcionamento do sistema, a Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública

LISBOA. Segundo o Cometlis, entre maio e setembro houve uma diminuição de ocorrências registadas, de 66 para 50

(PSP) pediu ao Governo para renovar a autorização, que passará a ter efeito por um período de dois anos a contar desde o passado domingo (23 de novembro), segundo o despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto da Ministra da Administração Interna, Fernando Alexandre. Desta feita, apenas o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa (Cometlis) gere o sistema, que funciona das 18h00 às 07h00, em todos os dias da semana, indica o documento. Segundo o documento, apenas “se permite a utilização de câmaras fixas”, que não filmem locais privados, como portas, janelas e varandas. De acordo com dados do Cometlis, entre maio e setembro houve uma diminuição do número de ocorrências registadas, de 66 para 50. Em junho, verificaram-se 71 ocorrências, em julho 70, enquanto em agosto se registaram 69. A polícia escusou-se, contudo, a indicar de que tipo de casos se tratou.

Grande superfície junto ao IC19

CDU contesta

Utentes contra serviço da Barraqueiro

A CDU considerou, ontem, que a proposta do Plano de Pormenor da Abrunheira Norte (PPAN), que prevê mais uma grande superfície junto ao IC19, vai constituir um exemplo “de pesada densificação do tecido urbano do concelho” de Sintra. “É importante que as pessoas se pronunciem sobre o que pretendem para esta zona, tendo em conta a

requalificação e necessidade de equipamentos públicos para melhorar as condições de vida das populações”, afirmou Paula Borges, da coordenadora concelhia da CDU. A proposta do PPAN, que se encontra em discussão pública, prevê a construção em cerca de 70 hectares, no final do Itinerário Complementar 19 (Lisboa-Sintra), de uma área comer-

Durante duas semanas no aeroporto da Portela

Os utentes dos transportes públicos da freguesia de Santo António dos Cavaleiros e Frielas, Loures, realizam, hoje, uma manifestação contra as condições de serviço da transportadora Barraqueiro, a quem acusam de praticar preços “demasiado elevados”. A ação de protesto é convocada pela Comissão de Utentes dos Transportes de Santo António dos Cavaleiros e Frielas ( CUTSAC/F) e conta também com o apoio da Câmara de Loures. A “inexistência” de uma tarifa urbana, a falta de ligação ao metro de Odivelas, a escassez de transportes para o Hospital de Loures, a não-aceitação do passe intermodal (passe social), a” ausência de informação” sobre horários e tarifas e o preço dos bilhetes são as principais críticas. Fonte da Barraqueiro refere que as acusações feitas pelos utentes “não têm fundamento”, uma vez que tanto os preços como os tipos de título de transporte (passes e coroas) foram aprovados pelo IMT.

Onze detidos e 40 quilos de cocaína apreendidos Onze pessoas foram detidas no aeroporto de Lisboa por suspeitas de tráfico de cocaína nas últimas duas semanas, segundo anunciou, ontem, a PJ em comunicado. “Estas detenções inserem-se no âmbito da investigação, controlo e fiscalização de passageiros oriundos de países de risco”, explicou a Judiciária. Foram identificados e detidos cinco mulheres e seis homens, presumíveis autores de crimes de tráfico de estupefacientes, a quem foram apreendidos cerca de quarenta quilos de cocaína que transportavam de “diversas formas”. Os 11 detidos têm entre os 22 e os 53 anos de idade e vão ficar em prisão preventiva.

cial da Sonae, serviços, hotelaria e parque urbano. “O IC19 neste momento já está saturado, com o acesso a áreas comerciais existentes na zona, e com este plano as condições de circulação vão ser agravadas para os habitantes destas freguesias”, frisou Paula Borges. Em termos de mobilidade, a situação “será catastrófica”, salientou o documento.


4 | O Primeiro de Janeiro

nacional

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

Rui Cardoso e as declarações de Soares sobre Sócrates

Cavaco Silva e a detenção de José Sócrates

“Absolutamente lamentáveis”

“Imagem de Portugal” não será afetada

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) considera “absolutamente lamentáveis” e “uma vergonha para o país” as declarações do ex-Presidente da República, Mário Soares, à saída da cadeia de Évora. “As declarações do Dr. Mário Soares são absolutamente lamentáveis, são indignas de um Presidente da República, são uma vergonha para o país de que foi o mais alto magistrado”, disse Rui Cardoso, presidente do SMMP, reagindo às afirmações do antigo Chefe de Estado à saída da cadeia, onde o exprimeiro-ministro José Sócrates está em prisão preventiva por indícios de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Questionado sobre se as palavras de Mário Soares podem ser entendidas no sentido de que foi montada uma cabala contra Sócrates, o presidente do SMMP escusou-se a comentar, limitando-se a dizer que ele (Mário Soares) é que “pode dizer as razões do que disse”.

MÁRIO SOARES. O antigo Presidente da República apoia José Sócrates e diz que o ex-primeiro-ministro “está a ser vítima de uma campanha que é uma infâmia” Nuno Coelho, vice-presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), referiu que a estrutura dos juízes não vai comentar o que foi dito por Mário Soares. “Uma infâmia” Mário Soares disse, em Évora, que José Sócrates está a ser vítima de “uma campanha que é uma infâmia”, argumentando tratar-se de “um caso político”. “Têm feito uma campanha contra ele que é uma infâmia. É a comunicação social que faz, mas são os tipos que estão por trás dela”, acusou. Segundo Soares, “toda a gente acredita na inocência [de José Sócrates] neste país” e que “todo o PS está contra esta bandalheira”, apesar de este

caso não ter “nada a ver com os socialistas”. Em sua opinião, “tem a ver com os malandros que estão a combater um homem que foi um primeiro-ministro exemplar”. Para o antigo chefe de Estado, José Sócrates foi tratado como se fosse “um malandro” e “nem sequer foi ao tribunal”. “Alguém o mandou ao tribunal, qual tribunal?”, questionou, depois de os jornalistas terem dito que o ex-primeiro-ministro foi ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, considerando que o caso “não é outra coisa senão um caso político”. Mário Soares considerou que José Sócrates “é um homem de dignidade e digno e nem sequer foi julgado”, acrescentando que, “se for julgado, é absolvido”.

Questionado sobre a prisão preventiva de Sócrates por alegado perigo de perturbação do inquérito, Soares respondeu: “Diga a esse juiz que é muito estranho, que eu também sou jurista”, afirmou. À entrada do Estabelecimento Prisional de Évora e quando questionado se acredita na inocência de José Sócrates, Mário Soares respondeu: “Com certeza”. A visita de Mário Soares a José Sócrates, na cadeia de Évora, foi autorizada ao abrigo do artigo que permite aos reclusos preventivos em regime comum receberem visitas, sempre que possível todos os dias, indicam os serviços prisionais. Em resposta às questões relacionadas com as visitas, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais avançou que o nome de Mário Soares “consta, na qualidade de amigo, da lista de visitantes apresentada, conforme o legalmente previsto, pelo recluso”. Desta forma, explica, a visita de Mário Soares foi “previamente solicitada e autorizada ao abrigo do disposto no nº 1 do art.º 222º do Regulamento Geral dos Estabelecimentos Prisionais” que estabelece que o recluso preventivo colocado em regime comum pode receber visitas, sempre que possível todos os dias. O ex-primeiro-ministro é o primeiro ex-chefe de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva. Na noite de segundafeira, o Tribunal Central de Instrução Criminal decretou a prisão preventiva a José Sócrates, João Perna e Carlos Santos Silva e a obrigatoriedade de apresentação bissemanal no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), proibição de ausência para o estrangeiro e proibição de contactos com os outros arguidos a Gonçalo Ferreira.

Moção de censura à ‘Comissão Juncker’ no Parlamento Europeu

Eurodeputados portugueses recusam apoiar Os eurodeputados portugueses recusam apoiar a moção de censura à ‘Comissão Juncker’, que não deverá passar, com PS e PSD a votarem contra e PCP e BE a afastarem-se duma iniciativa dos eurocéticos e da direita populista. Depois do debate de segunda-feira, em que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, voltou a dizer que não é “o amigo do grande capital”, a propósito dos acordos secretos feitos entre o Luxemburgo e mais de 300 multinacionais para pagarem menos impostos, a moção de censura será votada esta quinta-feira. No entanto, deverá estar condenada ao fracasso já que tanto o grupo do Partido Popular Europeu como os Socialistas europeus não a vão apoiar. Entre os deputados portugueses também não deverá haver um único voto favorável à moção da autoria dos eurocéticos populistas do grupo Liberdade e Democracia, do britânico Nigel Farage, que conseguiram recolher as assinaturas necessárias junto de parlamentares não inscritos e de extrema-direita, como

Marine Le Pen, presidente da Frente Nacional. Carlos Zorrinho disse que os socialistas vão votar contra a moção, já que consideram que “não há qualquer vantagem para o futuro da União Europeia em derrubar” a equipa da Comissão Europeia, liderada por Jean-Claude Juncker. Em vez disso, querem aproveitar este momento para “corrigir práticas” que são “lesivas da equidade” entre os países e vão propor um comité para - como foi feito com a intervenção da ‘troika’ nos países resgatados - avaliar o que se passou e propor alterações. Como seria de esperar, também os eurodeputados do PSD votarão contra, disse Paulo Rangel, acrescentando que o seu grupo europeu está disposto a apoiar uma comissão que procure saber “como eliminar um conjunto de distorções a nível das políticas fiscais”. O mesmo eurodeputado afirmou ainda que apoiarão todas as iniciativas do presidente da Comissão “no sentido de proceder a maior harmonização fiscal”, apesar de as que existem serem sobretudo no sentido de maior transparência. Também Nuno Melo, do CDS-PP e

eleito na lista da coligação Aliança Portugal (PSD e CDS), irá recusar a censura a Juncker, até porque parte de “deputados que têm como propósito a destruição do projeto europeu”. Já os eurodeputados do PCP e do Bloco de Esquerda (BE) vão absterse uma vez que, apesar de o seu grupo parlamentar ter tentado recolher apoios com vista à moção de censura, recusarão associar-se a forças populistas e de direita. “A nossa moção tinha um âmbito alargado. Esta moção de Farage e Le Pen é um ataque ao homem, enquanto a nossa era de caráter político, contra as politicas que houve de fraude e evasão fiscal e de que Juncker foi responsável”, afirmou a bloquista Marisa Matias. “Se a moção de censura da extremadireita critica Juncker pelo conhecimento destas práticas, não põe em causa o sistema que Juncker representa e que viabiliza estas práticas”, disse, por seu lado, o comunista João Ferreira que vê nesta iniciativa uma “tentativa oportunista de explorar um sentimento de censura por parte da população”. O eurodeputado

lembrou mesmo que Nigel Farage nunca pôs em causa práticas semelhantes existentes no seu país, o Reino Unido. Os grupos parlamentares à esquerda trabalham agora para conseguir as assinaturas necessárias a uma comissão de inquérito. Por fim, também José Inácio Faria e Marinho Pinto não votarão a moção de censura. “No MPT somos favoráveis à harmonização fiscal e a combater estas práticas, mas uma coisa é ir ao centro da questão e resolver o q existe e outra é crucificar Juncker”, explicou José Inácio, do Movimento do Partido da Terra (MPT). Marinho e Pinto disse que censuraria Juncker noutra circunstância, mas que não se pode juntar a “pessoas que são pela destruição da Europa”, considerando que muitas delas são “racistas e xenófobas”. “Eu sou contra esta Europa, mas sou pela reforma e não destruição”, afirmou o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, eleito pelo MPT e que entretanto se desvinculou para fundar o Partido Democrático Republicano (PDR).

O Presidente da República considera que a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates não irá afetar a imagem de Portugal, sublinhando que quem observa o país verifica que as instituições “estão a funcionar com toda a normalidade”. “Estou convencido que essa imagem não se vai alterar significativamente, espero até que não se altere nada porque quem nos observa verifica que as instituições democráticas estão a funcionar com toda a normalidade no nosso país, não me parece que vá ocorrer uma alteração da imagem de Portugal no estrangeiro”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O ex-primeiro-ministro José Sócrates está detido na prisão de Évora, depois do primeiro interrogatório judicial e de ter sido colocado em prisão preventiva. José Sócrates o é o primeiro ex-chefe de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção. Cavaco Silva, que começou por não querer comentar as questões colocadas pelos jornalistas sobre a detenção do ex-primeiro-ministro, alegando que por “respeito pelo princípio da separação de poderes” o Presidente da República não deve “acrescentar uma única palavra sobre esse assunto”, acabou por falar sobre o reflexo que o assunto terá na imagem de Portugal no estrangeiro. “Até há duas semanas, e por dados objetivos que tinha, não tinha a mínima dúvida que Portugal estava com uma muito boa imagem nos mercados externos, na União Europeia e fora da União Europeia, até pelos contactos que tinha tido com os chefes de Estado que estiveram em Braga na reunião do Grupo de Arroios”, referiu. Mas, acrescentou Cavaco Silva, “não deverá acontecer nenhuma alteração na imagem de Portugal” com a prisão do antigo chefe do Governo. O Presidente da República desvalorizou ainda o facto da notícia da prisão preventiva de José Sócrates estar a ser falada em todo o mundo, sublinhando que é natural isso acontecer “quando ocorrer qualquer coisa que atrai muito a atenção da comunicação social”.


economia

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

O Primeiro de Janeiro | 5

Assunção Cristas diz que País deve continuar a apostar na agricultura

“Os sinais mais positivos da economia lusa” Ministra revelou que Governo fechou com Bruxelas medidas para a instalação de jovens agricultores, no âmbito do novo PDR 2020.

Proposta muda venda de combustível low cost

Em todos os postos Uma proposta de alteração legislativa subscrita por PSD, PS, CDS-PP e PCP vai obrigar todos os postos de combustível a comercializarem combustível simples, designado de ‘low cost’, revela o documento ontem tornado público. “Sem prejuízo da livre comercialização de gasolina e gasóleo rodoviários submetidos a processos de aditivação suplementar para além do mínimo necessário ao cumprimento das respetivas especificações, os postos de abastecimento devem também comercializar combustível simples”, estabelece a proposta. Trata-se de uma proposta de alteração da Lei n.º 220/XII, que já tinha sido aprovada na generalidade no parlamento, mas com o trabalho na especialidade a generalizar a obrigatoriedade da oferta a todos os postos de combustível, enquanto na versão inicial se cingia a postos com quatro ‘bombas’ de abastecimento, o que afetava a oferta fora dos grandes centros urbanos. O facto de todos os postos de combustível terem de disponibilizar combustível simples “não obsta à comercialização exclusiva de combustível simples”, estabelece a iniciativa legislativa. Cabe à entidade supervisora do sector dos combustíveis a supervisão e monitorização do cumprimento desta lei, que no prazo de três anos será avaliada.

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse, ontem, na Guarda, que o País deve continuar a apostar na agricultura, setor que “dá os sinais mais positivos” da economia nacional. Segundo Assunção Cristas, o País deve manter a aposta na agricultura, onde todos são necessários, “dos mais novos aos mais experientes, das pequenas explorações às grandes explorações”. “Todos têm um papel a desempenhar no nosso país, na nossa economia, na nossa sociedade”, durante o congresso «Política Agrícola Horizonte 2020 Estratégia Nacional», realizado pela Acriguarda - Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda. Na sua intervenção, escutada por cerca de 600 agricultores e dirigentes associativos, a ministra fez, ainda, “um apelo transversal para que se organizem e se juntem”, acrescentem valor às produções e para que ajudem o País a, em 2020, atingir a “eliminação do défice agroalimentar”. Assunção Cristas disse também que a agricultura “dá os sinais mais positivos” da economia nacional: “Quando todos regrediam nós estávamos a crescer, quando não havia oásis este era um oásis”. “Os últimos números do ano passado dizem que a nossa produção aumentou em valor em 12%, no ano anterior tinha sido de 9%. É uma tendência que vem, no final de dez anos em que estávamos sempre a perder valor acrescentado, isso é extraordinariamente positivo”, disse. Referiu também que as exportações continuam a crescer e apelou à internacionalização, à continuação do investimento e à inovação “o mais possível”. Na passagem pela Beira Interior, a ministra da Agricultura tinha ainda como destino Castelo Branco, para presidir à cerimónia de assi-

natura do protocolo do Centro de Competências da Apicultura e da Biodiversidade, que terá sede no edifício do Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar daquela cidade. Acordo fechado

AGRICULTURA. “Quando todos regrediam nós estávamos a crescer, quando não havia oásis este era um oásis”, disse

Troca de dívida

1,748 mil milhões de euros de Obrigações do Tesouro A agência que gere a dívida pública (IGCP) concluiu, ontem, uma operação de troca de dívida, comprando obrigações que vencem nos próximos dois anos e oferecendo aos investidores títulos de igual valor, mas com maturidades mais longas. De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, neste leilão, o IGCP comprou Obrigações

do Tesouro (OT) na linha com vencimento em outubro de 2015 no montante de 240 milhões de euros e nas linhas com maturidade em fevereiro e outubro de 2016 adquiriu títulos no montante de 553 e 955 milhões de euros, respetivamente. Em troca, o instituto emitiu OT no valor de 943 milhões de euros, com data de vencimento em abril de 2021 e ainda outra linha de 805 milhões de euros, com maturidade em outubro de 2023, num montante global de 1,748 mil milhões de euros.

A ministra revelou, ainda, que o Governo fechou com Bruxelas medidas para a instalação de jovens agricultores, no âmbito do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020. “Temos tido uma grande afluência de jovens a instalarem-se no setor, queremos que ela se mantenha e se possível até que se intensifique, com os pés assentes na terra, com um bom apoio das organizações de agricultores”, disse Assunção Cristas. A ministra referiu que o Governo fechou “ainda ontem [terça-feira], com Bruxelas, a negociação, precisamente do ponto dos jovens agricultores, para garantir que o prémio que eles têm à instalação, no início é para todos igual, mas depois vai crescendo à medida que o próprio investimento cresce, no fundo, dando mais apoio àqueles que, de facto, investem mais”. “Isso é uma forma de garantir que os próprios investimentos são sustentáveis e que as pessoas fazem as contas bem feitas, porque esse é um aspeto muito importante”, acrescentou. Referiu ainda que o Governo quer ter jovens agricultores a instalarem-se, mas também “que eles continuem no setor, passados cinco anos e passados dez anos”. Já no seu discurso, referiu que no próximo quadro comunitário haverá, para os jovens agricultores, “uma majoração maior daquilo que é o apoio ao investimento que passará a estar na casa dos 60%”. “Tudo visto, os jovens ficarão tão bem ou melhor do que estavam no regime atual e com os incentivos certos para fazerem investimento com racionalidade e com preocupação de sustentabilidade”, observou. Na sua intervenção, a ministra da Agricultura lembrou as diversas medidas de apoio ao setor agrícola e as várias opções nacionais, referindo que, no PDR 2020, houve preocupação em apresentar uma proposta “inclusiva”.


desporto

6 | O Norte Desportivo

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

Só os três pontos frente ao PSV permitem ainda pensar no apuramento

Vitória é fundamental para Estoril sonhar “Para nós é motivante, porque é um desafio mais próximo da ‘Champions’ do que da Liga Europa”, diz Couceiro.

em caso de vitória, ter de vencer o Panathinaikos em Atenas, na última jornada, e esperar por um deslize do PSV na receção aos russos. Couceiro assegurou ainda que o Estoril-Praia “está bem, mais consistente na sua ação defensiva e tem dado uma melhor resposta”, apesar de não competir desde 9 de novembro. “É evidente que a paragem nesta altura não foi benéfica para nós. Quando estamos a entrar num percurso positivo, é bom jogar o maior número de jogos possível”, sustentou. “São duas equipas que se vão encaixar. A que conseguir ter mais capacidade para, nos momentos decisivos, controlar o jogo, vai sair melhor. Espero um jogo aberto e positivo”, defendeu, assegurando ainda que não haverá nenhuma marcação individual aos jogadores do PSV Eindhoven.

O Estoril-Praia está obrigado a vencer, hoje, o PSV Eindhoven, na quinta jornada do grupo E, para manter a possibilidade de se apurar para os 16 avos de final da Liga Europa. Sem competir desde 9 de novembro, quando empatou com o FC Porto (2-2), o Estoril-Praia apenas venceu um dos últimos sete encontros em todas as competições. O conjunto comandado por José Couceiro ocupa o terceiro lugar do grupo E, com três pontos, e apenas uma vitória o aproxima do PSV Eindhoven, que tem sete, precisando depois de vencer fora o Panathinaikos e esperar por um deslize em casa dos holandeses frente ao já apurado Dínamo de Moscovo, na última temporada. Na primeira jornada da «poule», os «canarinhos» conseguiram equilibrar o encontro em Eindhoven, mas acabaram por perder com os antigos campeões europeus graças a um golo de Luuk de Jong, aos 26 minutos, na marcação de uma grande penalidade. “Temos de ganhar o nosso jogo”

O treinador do Estoril-Praia, José Couceiro, considera que o jogo será “motivante” e é um desafio mais próximo da Liga dos Campeões do que da Liga Europa, classificando a equipa adversária como “muito boa, de grande qualidade, uma equipa ofensiva”. “Para nós é motivante, porque é um desafio mais próximo da ‘Champions’ do que da Liga Europa. É importante termos uma boa prestação e levarmos as decisões para a última jornada”, afirmou. “Agora dependemos de terceiros, mas, para isso, temos de ganhar o nosso jogo. Encaramos o jogo de amanhã [hoje] como um jogo bom e mais um passo no crescimento desta equipa”, frisou Couceiro, cuja equipa, mesmo

Rio Ave joga pelo prestígio

Liga Europa. O Estoril está obrigado a vencer, hoje, o PSV Eindhoven, para manter a possibilidade de se apurar para os 16 avos de final

No FC Porto

Contusão no pé esquerdo afasta Danilo do treino

O jovem brasileiro Danilo esteve, ontem, ausente do primeiro treino de conjunto do FC Porto com vista à receção ao Rio Ave, domingo, da 11.ª jornada da I Liga, que decorreu no Olival, Vila Nova de Gaia. O defesa direito brasileiro, segundo nota na página oficial do clube, apenas fez trabalho de ginásio e

tratamento a uma contusão no pé esquerdo, contraída na partida de terça-feira, frente ao BATE Borisov (vitória por 3-0), da quinta jornada do Grupo H da Liga dos Campeões. O treinador Julen Lopetegui dispôs, por isso, dos restantes 27 jogadores do plantel para o início da preparação para o confronto de domingo, às 20h15, no Estádio do Dragão. A equipa regressa ao trabalho na quinta-feira, às 10h30, de novo no centro de treinos do Olival.

Já o golo sofrido ao quarto minuto de compensação e o consequente empate caseiro com o Steaua de Bucareste (2-2), na quarta jornada do grupo J, afastou matematicamente o Rio Ave da luta pela qualificação para os 16 avos de final. No ano de estreia nas competições europeias, os vila-condenses procuram agora a primeira vitória na fase de grupos, mas têm uma difícil visita ao terreno do Dínamo de Kiev, de Miguel Veloso e a quem basta um triunfo para seguir em frente. Sem derrotas há quatro encontros, a equipa de Pedro Martins vem de um triunfo sobre a Oliveirense, por 2-0. Além do Dínamo de Kiev, também o Steaua pode qualificar-se se vencer o Aalborg, que, por seu turno, precisa de ganhar aos romenos e esperar que o Rio Ave conquiste os três pontos em Kiev. Com Salzburgo, Dínamo Moscovo, Fiorentina e Légia já apurados para os 16 avos de final, são várias as equipas que podem acompanhá-los já nesta ronda, entre os quais o Sevilha, detentor do troféu. Borussia Moenchengladbach (grupo A), Club Brugge ou Torino (B), Tottenham e Besiktas (C), Celtic (D), Inter de Milão (F), Sevilha, detentor do troféu, ou Feyenoord (G), Wolfsburgo e Everton (H), Nápoles e Sparta Praga (I), Guingamp (K) e Trabzonspor (L) são as equipas que se podem apurar.

Platini quer alemão com Bola de Ouro

Novo ataque a CR O presidente da UEFA, Michel Platini, defendeu, ontem, que, “em ano de Mundial, a Bola de Ouro deveria ser entregue a um jogador campeão do Mundo”, excluindo assim o principal favorito à conquista do troféu, o português Cristiano Ronaldo. “Vários futebolistas mereceriam a Bola de Ouro, mas sou da opinião de que, em ano de Mundial, este prémio deveria ir para um campeão do Mundo. Isto está em consonância com o que disse há quatro anos, quando, na minha opinião, o prémio deveria ter sido outorgado a um jogador espanhol”, disse Michel Platini em entrevista à agência espanhola EFE. O responsável do futebol europeu assumiu ainda que acha que a FIFA deveria divulgar na íntegra o relatório da investigação sobre a escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e de 2022 (Rússia e Qatar) e, eventualmente, repetir a votação. “Gostaria que o relatório fosse publicado na sua totalidade, sempre em linha com as normas do Comité de Ética da FIFA. E, claro, se houve algo mal feito, deveria haver uma nova votação”, disse. Sobre a polémica em torno das datas do Mundial do Qatar, Platini disse que está convencido de que o torneio será disputado no inverno, devido às altas temperaturas no verão naquele país do Médio Oriente.


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«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 27/11/2014

O Primeiro de Janeiro | 7

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 27/11/2014

«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 27/11/2014

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA DIREÇÃO GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA

TÉCNICO DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

CARDIOPNEUMOLOGIA

AVISO CARTÓRIO NOTARIAL BEATRIZ CAMPOS CANTANTE (NOTÁRIA) Extracto para publicação Natália Abelha Figueiredo, por delegação expressa da Notária Maria Beatriz Vieira Campos Cantante, com Cartório Notarial, sito na Rotunda 1º de Maio, nº 160, 1º. sala 28, em Valongo; CERTIFICA narrativamente, para efeito de publicação, que neste Cartório Notarial, no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 181, a folhas 98, se encontra exarada uma Escritura Pública de Justificação Notarial, outorgada hoje, na qual MANUEL ALVES NOGUEIRA, NIF 132180278, natural da freguesia de Sobrado, concelho de Valongo e mulher MARIA DE FÁTIMA NOGUEIRA DOS SANTOS, NIF 164623957, natural da freguesia de Gandra, concelho de Paredes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Vale da Estrada, nº 85, Gandra, Paredes, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, sito na Rua Vale da Estrada, nº 85, composto de casa de rés-do-chão, andar e sótão, destinado a habitação com a área coberta de setenta e nove metros quadrados e logradouro com setenta e três metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Paredes e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 1177 da freguesia de Gandra. Que, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e sete, adquiriram o prédio então de natureza rústica, composto de terreno a mato, onde o supra identificado imóvel se encontra agora implantado, por doação meramente verbal que lhes foi feita por Lucinda Nogueira e marido António Ribeiro, que foram casados sob o regime da comunhão geral e residentes no Lugar de S. Tiago, Rebordosa, Paredes. Que, estão na posse e fruição do mencionado imóvel, em nome próprio, desde esse ano de mil novecentos e oitenta e sete, e portanto há mais de vinte anos, pagando os respetivos impostos, limpando o mato, apanhando a lenha, posteriormente, procedendo à construção da referida casa de habitação, habitando-a e procedendo às obras de conservação e melhoramento necessárias, tendo participado o referido imóvel à matriz urbana aquando da sua construção, por volta do ano de mil novecentos e noventa e um, tudo isto sem oposição de quem quer que seja, sem interrupção e ostensivamente à vista de todos, de forma correspondente ao exercício do direito da propriedade. Que, esta posse de boa-fé, contínua, pacífica e pública, conduziu à aquisição do direito de propriedade do mencionado prédio por usucapião, que invocam, para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.

(m/f)

Faz-se público, nos termos e para efeitos do nº 1 do artigo 6 do Decreto-Lei nº 88/90, de 16 de março e do nº 1 do art° 1º do Decreto-Lei nº 181/70, de 28 de abril, que Valtreixal Resources Spain, SL., requereu a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de estanho, tântalo, nióbio, lítio, volfrâmio, ouro, prata e outros minerais associados, numa área “Marão”, localizada nos concelhos de Celorico de Basto de distrito de Braga, Amarante de distrito do Porto e Mondim de Basto de distrito de Vila Real, delimitada pela poligonal cujos vértices se indicam seguidamente, em coordenadas no sistema (European Terrestrial Reference System 1989) PT-TM06/ETRS89: º

Área total do pedido: 53,348 km2 VÉRTICE X (m) Y (m) 1 5591,383 185643,483 2 5571,409 184306,492 3 15395,484 176752,733 4 16493,447 178310,743 5 15243,369 182818,688 6 12748,316 186490,614 Convidam-se todos os interessados a apresentar reclamações, ou a manifestarem preferência, nos termos do nº 4 do artº 13º do Decreto-Lei 90/90, de 16 de março, por escrito com o devido fundamento, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do presente. O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Direção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Avª. 5 de Outubro, 208-6.º Andar, 1069-203 LISBOA, entidade para quem devem ser remetidas as reclamações. O presente aviso e planta de localização estão também disponíveis na página eletrónica desta Direção-Geral. 18 de agosto de 2014. O Diretor-Geral, Pedro Henriques Gomes Cabral

Instituição hospitalar pretende recrutar Técnico de Cardiopneumologia. Requisitos: · ·

Habilitações literárias – Licenciatura; Experiência profissional em ambiente hospitalar na área de Electrofisiologia e Pacing mínima de 6 meses; · Estágio profissional com duração mínima de 6 meses. Formalização candidatura – A candidatura deverá ser acompanhada de: · Resumo curricular; · Fotocópia comprovativa da Licenciatura; · Fotocópia da cédula profissional; · Fotocópias de formações e atividades relevantes. Envio de candidaturas - As candidaturas devem ser enviadas a este Jornal ao nº 1800 até ao próximo dia 1 de dezembro de 2014. Seleção: Avaliação curricular complementada com entrevista Jornal O Primeiro de Janeiro, Rua de Vilar, 235, 3º - S/ 12 4050-626 Porto

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Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

Valongo,7 de Novembro de 2014 A Colaboradora autorizada pela Notária Lic. Beatriz Campos Cantante (Natália Abelha Figueiredo - Inscrição na ON nº 151/4) Registo nº 2632

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VINIPORTUGAL INVESTE EM NOVOS MERCADOS

Japão e Singapura são aposta até 2017 Japão e Singapura são dois novos mercados onde a Viniportugal vai apostar na promoção dos vinhos portugueses até 2017, abandonando a Finlândia e passando a ter “em observação” cinco potenciais clientes: Suíça, Rússia, Polónia, Coreia do Sul e Moçambique. Em declarações no âmbito do Fórum Vinhos de Portugal – que deverá reunir na Curia mais de duas centenas de membros da fileira do vinho – o presidente da Viniportugal, entidade encarregue da promoção dos vinhos portugueses, salientou que no evento será apresentada “uma agenda única” das ações promocionais previstas, quer por aquela associação interprofissional, quer pelas comissões de viticultura regionais. “Vamos apresentar uma agenda única, com um calendário único, das ações de promoção externa planeadas para 2015, que permita aos agentes económicos saber onde é que as diferentes entidades vão estar, quando e de que forma, para poderem planear com maior antecedência o seu programa anual”, afirmou Jorge Monteiro. Segundo salientou, esta maior articulação é o resultado da “consciência de que a crescente atividade promocional, da iniciativa dos diferentes atores coletivos portugueses, exige uma maior coordenação, evitando-se sobreposições de eventos e permitindo um atempado planeamento por parte das empresas”. No caso da Viniportugal, a estratégia promocional para o período 2015-2017 “no essencial mantém-se”, porque o balanço do período 2012-2014 “é globalmente bom”, apresentando como novidades o abandono da promoção no mercado finlandês, substituído pela aposta no Japão e em Singapura, e a colocação “sob observação” de cinco potenciais novos mercados como estando “sob observação”. “Mantemos o grande investimento nos EUA, que é o maior importador mundial de vinhos e um mercado enorme, com uma cultura de vinhos já interessante e que é um mercado montra, porque tudo o que se passa nos EUA tem reflexo no resto dos países”, adiantou Jorge Monteiro. Por outro lado – continuou – “deixamos cair um mercado, a Finlândia, onde tínhamos uma presença relativamente pequena e não percebíamos que houvesse um comportamento positivo do mercado face ao investimento que estávamos a fazer”. Em alternativa, a Viniportugal decidiu investir no Japão e em Singapura, com um total de 265 mil euros em 2015. “O Japão porque é um mercado onde a marca Portugal é conhecida e que tem uma cultura de vinho e uma classe profissional de 30 mil ‘sommeliers’, o que nos permite acreditar que temos o instrumento certo para o trabalhar. Singapura porque é uma plataforma de reexportação para outros mercados próximos e, tendo ali Portugal uma presença muito pequena, vale a pena fazer o investimento porque, provavelmente, vamos ter um retorno bastante significativo”, explicou. Ainda de fora dos planos de promoção da Viniportugal, mas “em observação” devido ao potencial que apresentam para as exportações de vinho português passam a estar os mercados da Suíça, Rússia, Polónia, Coreia do Sul e Moçambique. “São mercados que neste momento não são os que mais nos interessam, mas de um momento para o outro podem vir a tornar-se interessantes: a Rússia e a Polónia pela aproximação a comportamentos europeus e por algum crescimento económico que é expectável; a Coreia porque, à semelhança do Japão, tem uma cultura de vinho e prefere vinhos de segmento médio/alto; e Moçambique pela ligação cultural a Portugal e porque, de um momento para o outro, pode ser um mercado mais aberto”, observou. Uma outra alteração na estratégia da Viniportugal para o período 2015-2017 é uma maior aposta na relação direta com importadores e distribuidores nos principais mercados: “Já não estamos a falar só em promover a imagem, mas também em trabalhar o ponto de venda, porque entendemos que já estamos em condições de trabalhar essa componente de uma forma mais intensa”, concluiu Jorge Monteiro. Depois de, em 2013, terem atingido os 726 milhões de euros, as exportações de vinho português deverão crescer 2% este ano, para cerca de 740 milhões de euros, destacando-se França, Angola, EUA, Alemanha e Reino Unido como os principais mercados (incluindo as vendas de vinho do Porto).

Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral

Risco de AVC é superior nas mulheres A coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC), Maria Teresa Cardoso, afirmou que a mulher tem “um risco de acidente vascular cerebral (AVC) superior ao do homem”, defendendo a implementação de “estratégias preventivas adequadas”. Essas estratégias, segundo a especialista, passam pelo “controlo da pressão arterial, deteção e tratamento dos casos de fibrilhação auricular e promoção de um estilo de vida saudável”. Maria Teresa Cardoso falava a propósito do 15.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que decorrerá amanhã e sábado, no Porto, e que terá como tema central a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) na mulher. “O AVC na mulher terá especial destaque devido ao grande impacto negativo na mulher e na sociedade”, sublinhou a especialista. Ao longo da vida, “a mulher tem um risco de AVC superior ao do homem. O predomínio do acidente vascular cerebral nas mulheres é

explicável, em parte, pelo envelhecimento da população e pela maior esperança de vida. As mulheres têm mais probabilidade de enviuvar e viverem sós antes do AVC e, assim, de serem institucionalizadas após a doença, tendo uma pior recuperação relativamente aos homens”, explicou ainda a mesma especialista. A coordenadora do NEDVC acrescentou que “a mortalidade por AVC na mulher acima dos 75 anos é também superior à do homem. Em suma, as mulheres são as mais afetadas, particularmente em idades avançadas. É fundamental ter consciência desta realidade e implementar estratégias preventivas adequadas, incidindo especialmente no controlo da pressão arterial, na deteção e tratamento dos casos de fibrilhação auricular e na promoção de um estilo de vida saudável”. Um ponto alto deste congresso será a atribuição do prémio “AVC e Investigação Clínica”, que consiste num estágio de três meses numa instituição em Oxford, Inglaterra, e o prémio “AVC e Investigação Básica”,

um estágio de três meses em Santiago de Compostela, Espanha. A coordenadora do NEDVC considera que “estes incentivos à investigação são fundamentais para um conhecimento aprofundado das especificidades do AVC na população portuguesa para uma uniformização de atitudes diagnósticas terapêuticas e de prevenção adaptadas à nossa realidade, para que possamos prevenir este flagelo, diagnosticar cada vez com maior rapidez e tratar com a máxima eficácia este problema que continua a matar 35 portugueses por dia”. “A fibrilhação auricular e o seu tratamento com os novos anticoagulantes orais, a craniectomia descompressiva, o controlo da pressão arterial, a dissecção arterial e ateromatose do arco aórtico” serão temas em debate no encontro que reunirá cerca de 500 participantes. O programa inclui ainda cursos dirigidos a temas específicos como o Tratamento na fase aguda do AVC (trombólise), Treino de Avaliação de Imagem no AVC e Genética no AVC.

Continental quer relançar “histórica” marca portuguesa

Novo modelo de pneus Mabor A multinacional alemã Continental começa a vender este mês nos mercados português, belga, espanhol, polaco, holandês e russo o novo modelo de pneus Mabor, ontem apresentado mundialmente em Braga e com o qual se propõe relançar a “histórica” marca portuguesa. “Esta é uma aposta da empresa na revitalização da marca Mabor, uma marca histórica registada em 1939 em Portugal, mas que é também uma marca de futuro”, afirmou o diretor-geral da Continental Pneus Portugal (CPP), José Luís de la Fuente, durante a apresentação do Sport-Jet 3. Produzido na fábrica da Continental Mabor em Lousado (Famalicão), mas também nas unidades que a multinacional alemã detém em França (Sarreguimes), Alemanha (Aachen e Korbach), Roménia (Timisoara), Eslováquia (Puchov) e República Checa (Otrokovice), o novo modelo Sport-Jet 3 surge seis anos após o lançamento do último produto da Mabor – o Sport -Jet 2 (2008) – apostando num “maior conforto, segurança e economia para o condutor”. Segundo salientou José Luís de la Fuente, o lançamento do SportJet 3 consiste “não só na aposta da

marca no aperfeiçoamento tecnológico dos seus produtos, mas também na revitalização de um símbolo do setor automóvel em Portugal, a Mabor”. “A aposta no Sport-Jet 3 marca o reforço da importância da marca no setor e também o valor que a mesma tem para Portugal, devido à sua história e tradição”, reforçou o diretor-geral da CPP. Para destacar os “elevados índices de notoriedade da marca portuguesa” – que, no universo de marcas comercializado pela Continental Pneus, se enquadra no segmento ‘budget’ (económico) – de la Fuente avançou um estudo interno segundo o qual “a Mabor goza de um índice de notoriedade e de reconhecimento no mercado nacional comparável a uma marca ‘premium’”, sendo “aquela que goza de maior notoriedade no universo das marcas ‘budget’”. Com base nos dados fornecidos pela European Tyre & Rubber Manufacturers Association (ETRMA) e em estudos internos do grupo, a Continental reclama a liderança no mercado português de pneus ligeiros, reportando um crescimento de 30% em unidades vendidas em 2013 face a 2012, “num período em que o mercado cresceu 14,2%”.

Com particular peso nas vendas do grupo Continental em Portugal, já que é a segunda marca do grupo mais vendida no país, com 200 mil pneus comercializados, a Mabor está também nos mercados espanhol, francês, polaco e checo. “É uma marca que tem vocação para sair de Portugal”, considerou José Luís de la Fuente, apontando Angola e Moçambique, onde a Mabor goza de “grande notoriedade”, como dois potenciais novos mercados de aposta com a nova gama Sport-Jet 3. Na fábrica de Lousado, onde emprega 1700 trabalhadores, a Continental Mabor registou um volume de vendas na ordem dos 794,3 milhões de euros em 2013. A Continental Pneus Portugal, que comercializa o ‘portfolio’ das marcas da Continental no mercado nacional, faturou cerca de 59 milhões de euros em 2013 (mais 15% face a 2012), tendo o segmento de pneus ligeiros representado 80% das vendas, o de camião 15% e os pneus industriais 5%. Para 2014, a Continental Pneus estima um crescimento de 10%, “fortemente suportados nos dados do primeiro semestre, em que faturou 36 milhões de euros”.


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