DUELO DE SPORTING’S LEÕES DE JARDIM QUEREM CONTRARIAR PAIXÃO BRACARENSE
Há 145 anos, sempre consigo. 1868
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DIÁRIO NACIONAL
Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
Ano CXLVI | N.º 64
Sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
GOVERNO GARANTE QUE 11.ª AVALIAÇÃO DA TROIKA ESTÁ A CORRER MUITO BEM
CONF!ANTE n O ministro da Presidência está otimista quanto ao resultado da 11.ª avaliação regular ao
resgate português. “Estou confiante de que está tudo a correr muito bem, mas relativamente a pormenores mantemos o princípio que adotámos desde o início de não nos pronunciarmos sobre os resultados dos trabalhos até à sua conclusão”, disse Marques Guedes...
CARNAVAL n Governantes são os alvos preferidos dos foliões um pouco por todo o país
PARIS
Moda nacional representada na semana de pronto-a-vestir com as propostas de Luís Buchinho e Fátima Lopes
SEGURO
Líder do PS discursa em Londres sobre uma estratégia “alternativa” para a economia portuguesa
25 DE ABRIL
Governo vai comemorar os 40 anos com várias inciativas que custarão até 300 mil euros
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
Mais de 200 obras da artista nascida em Zurique
REFER abre concurso público
Serralves inaugura exposição de Mira Schendel
Passagem superior de peões no apeadeiro de Francelos
O Museu de Serralves inaugura hoje uma exposição da artista suíça Mira Schendel, radicada durante décadas no Brasil e figura importante naquele país, mas com pouca divulgação no exterior. A exposição permanece no Porto até dia 24 de junho é uma coprodução da londrina Tate Modern e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, em associação com Serralves, tendo quer o diretor técnico da instituição brasileira, Ivo Mesquita, quer a diretora do museu de Serralves, Suzanne Cotter, afirmado durante uma visita para a imprensa que esta é uma oportunidade de iniciar uma colaboração duradoura entre as duas entidades “cruzando o Atlântico”. Na prática, a colaboração entre as duas instituições pode passar por uma exposição de Helena Almeida, nome com “uma ressonância imensa no Brasil”, disse Ivo Mesquita, estando agora a iniciar-se o diálogo para que tal aconteça, bem como de várias outras trocas.
SERRALVES. O museu do Porto quer dar a conhecer o “trabalho completo” da artista Mira Schendel, muito (re)conhecido no Brasil… A mostra do trabalho de Mira Schendel reúne mais de 200 obras da artista nascida em Zurique, em 1919, e que se mudou para o Brasil 30 anos depois, tendo exposto em Lisboa na galeria Buchholz em 1966. A curadora Tanya Barson, da parte da Tate Modern, afirmou que um dos objetivos passa por tornar “o trabalho completo de Mira Schendel muito mais conhecido de forma abrangente”. Em 1953, Mira Schendel chega a São Paulo, dois anos depois da sua primeira participação na Bienal de estreia da cidade, o que faz com que já aí sentisse
“uma certa confirmação” da sua vocação como artista, explicou a curadora do lado da Pinacoteca de São Paulo, Taisa Palhares. Artista que “nunca tomou parte” nos grupos existentes na cidade brasileira nos meados do século XX, Mira Schendel “flutua entre polos”, algo que perdura na sua vida, frisou Taisa Palhares. De acordo com as duas curadoras, Mira Schendel refletia o interesse por filosofia (estudo que deixou por completar em Itália por ter de abandonar o país) e teologia na arte que criava,
fazendo uso de influências do filósofo Edmund Husserl e inclusive de Martin Heidegger, numa altura em que a teoria francesa era a mais presente no Brasil. Uma sala inteira do museu é ocupada por “Ondas paradas de probabilidade”, apresentada na chamada “Bienal do boicote” de 1969 devido às recusas de vários artistas em participar pelas ligações à ditadura. A obra é uma das poucas instalações que Mira Schendel criou ao longo da carreira, acompanhada de uma citação do livro de Reis da Bíblia.
Luís Buchinho e Fátima Lopes com propostas para Outono/inverno
Moda nacional representada em Paris A moda nacional vai estar representada na semana de pronto-a-vestir de Paris com as propostas de Luís Buchinho e Fátima Lopes para o próximo outono/inverno, levando ainda o Portugal Fashion 10 criadores portugueses a dois ‘showrooms’ na capital francesa. Na segunda-feira, às 19h30, o criador do Porto Luís Buchinho apresenta os seus coordenados nas instalações do instituto musical IRCAM, estando marcado para o dia seguinte, às 09h30, o desfile de Fátima Lopes, no cabaret Lido. A semana de moda em Paris – uma das passerelles incontornáveis do setor – serve ainda de mote para o Portugal Fashion levar 10 criadores de moda a dois certames, continuando a aposta iniciada em 2013 pelo projeto Estratégia para o Mercado Global, promovida pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), entidade responsável pelo Portugal Fashion.
De ontem até terça-feira, Luís Buchinho, Pedro Pedro, Diogo Miranda, Anabela Baldaque e TM Collection estão com as suas coleções no Auriel Showroom, um ‘showroom’ profissional e de acesso selecionado. Já os talentos emergentes Carla Pontes, João Melo Costa, Daniela Barros, Teresa Abrunhosa e Susana Bettencourt marcam presença no Capsule Show – que apresenta um conceito eclético e reúne diferentes aproximações aos consumidores atuais - entre hoje e segunda-feira. O calendário da semana da moda de Paris deveria incluir ainda o nome de um outro português: Felipe Oliveira Baptista. O desfile do designer de moda, radicado na capital francesa há mais de uma década, chegou a ser anunciado no site oficial do evento para o dia 26 de fevereiro, mas entretanto foi retirado. Na sexta-feira passada, Felipe Oliveira Baptista anunciou que iria colocar “em
pausa, por tempo indeterminado”, a sua marca em nome próprio. Felipe e Séverine Oliveira Baptista criaram a marca Felipe Oliveira Baptista em 2003. Entre 2005 e 2009, o designer de moda apresentou as suas coleções em nome próprio na Semana de Alta-Costura de Paris, passando depois a fazê-lo na Semana de Pronto-aVestir. Em 2010, o mais internacional designer de moda português foi nomeado diretor criativo da marca francesa Lacoste. O designer de moda explicou que, em conjunto com Séverine, decidiu “tirar algum tempo para pensar no futuro e reavaliar a estrutura e existência da marca [Felipe Oliveira Baptista]”. Felipe e Séverine asseguraram que esta decisão “é o fim de um capítulo, mas não do livro”. Esta dupla ação do Portugal Fashion em Paris encerra o roteiro com as pro-
postas para o outono/inverno 2014-15, que teve início nas semanas de moda de Londres e Berlim. “Esta atuação em rede fomentada pelo projeto Estratégia para o Mercado Global, associada a uma série de outras vantagens, nomeadamente financeiras, será particularmente importante para os jovens designers, mais carentes de notoriedade e ferramentas promocionais”, considera a organização. Depois destes roteiros internacionais, o 34.º Portugal Fashion decorre em terreno nacional entre os dias 26 e 29 de março, sob o tema “Organic”. “Perspetivando a moda como um organismo vivo, pulsante e irrepetível, o evento volta a apostar num calendário intercidades, com um primeiro dia em Lisboa, seguido de três jornadas no Porto, como habitualmente no Edifício da Alfândega”, acrescenta a organização.
A Rede Ferroviária Nacional - REFER abriu um concurso público para a construção de uma passagem superior de peões no apeadeiro de Francelos, em Gaia, uma obra na Linha do Norte orçada em mais de 288 500 euros. Publicado em Diário da República, o anúncio do concurso público aponta como critério de adjudicação a “proposta economicamente mais vantajosa”, sendo o preço base do procedimento de 288.500 euros, sem IVA. A empreitada tem um prazo de execução de 150 dias. Em 2012, o BE propôs na Assembleia da República recomendar à Câmara de Gaia que desenvolvesse “todos os esforços possíveis” e pressionasse “quem de direito com vista à imediata realização das alterações necessárias ao apeadeiro e atravessamento da linha férrea em Francelos, de modo a garantir a segurança das populações e travar as mortes no local”. Numa proposta de recomendação que apresentou em novembro de 2012, o BE afirmava ser “do conhecimento da Assembleia da República que a referida passagem de nível representa um enorme perigo para a população e os acidentes fatais têm-se sucedido”. Carnaval
Santo Tirso vai ter tolerância de ponto
A Câmara Municipal de Santo Tirso vai conceder tolerância de ponto no Carnaval, revelou o presidente desta autarquia, que assim contraria as indicações dadas pelo Governo. “O Carnaval é uma festa popular celebrada em todo o país e quase em todo o mundo e não se percebe bem porque é que esta festa deixou de ser um feriado nacional. Existem razões políticas naturalmente. A maioria das empresas e a maioria da função pública faz tolerância de ponto de forma oficial ou oficiosa. Para evitar essas situações a Câmara entendeu que devia dar tolerância”, refere Joaquim Couto. Santo Tirso junta-se assim aos concelhos de Porto, Vila Nova de Gaia, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Matosinhos, em termos de municípios que decidiram dar tolerância de ponto no distrito. Este ano, a terça-feira de Carnaval é no dia 04 de março.
Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
regiões
O Primeiro de Janeiro | 3
Muitas Câmaras decidiram dar tolerância de ponto para o dia de Carnaval
Tradição e sátira para animar Portugal De hoje a terça feira, o País diverte-se nos corsos carnavalescos, que tentam ignorar a «tradição» do Governo.
Morte de doente recusado em 4 hospitais
IGAS investiga A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) vai abrir um processo de investigação ao caso do doente operado no Hospital das Caldas e que foi depois recusado por quatro unidades hospitalares por falta de camas, segundo fonte oficial. O Diário de Notícias de ontem dá conta do caso de um doente do Hospital das Caldas da Rainha, com suspeita de um cancro raro, que foi operado e contraiu uma infeção, tendo necessidade de ser transferido com urgência. Santa Maria, Loures, Santarém e Leiria recusaram-no por falta de camas. O doente acabou, quatro horas depois, no Hospital de Abrantes, onde esteve semana e meia internado e foi operado mais duas vezes, tendo morrido na segunda-feira. Fonte do gabinete do ministro da Saúde garantiu, durante o dia de ontem, que a IGAS vai avançar com um processo de investigação sobre este caso. Os quatro hospitais, que serão contactados pela IGAS, terão cinco dias para responder. Também o Centro Hospitalar do Oeste (a que pertence o Hospital das Caldas da Rainha) vai abrir um processo de averiguação e o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Hospital de Abrantes) pondera avançar também com uma investigação, segundo a mesma fonte.
Ovar estreia «Aldeia»
Em Ovar, pela primeira vez em 64 anos de organização do Entrudo, os desfiles foram preparados na Aldeia do Carnaval, onde se concentram as 24 sedes dos grupos e escolas de samba vareiros. A festa já decorre desde há cerca de um mês, mas começa agora o crescendo até à «Noite Mágica» de segunda-feira. Hoje, há a «Grande Noite de Reis», protagonizada pelo grupo «Axu Mal» e, amanhã à noite, realiza-se o «Grande Desfile das Escolas de Samba». No domingo há o primeiro dos grandes corsos, para o qual estão disponíveis cerca de 4 mil lugares de bancada e outros tantos de peão, a preços entre os seis e os 13 euros e, para a terça-feira, a tolerância de ponto já há muito foi garantida pela Câmara, num exemplo replicado pela generalidade das instituições e empresas do concelho. No concelho de Carregal do Sal, a tradição carnavalesca da «dança dos cus» vai mais um ano cumprir-se nas ruas de Cabanas de Viriato, onde são esperadas cerca de 15 mil pessoas. No distrito de Bragança, o Entrudo Chocalheiro dos Caretos vai proporcionar quatro dias de folia e tolerância de ponto em Macedo de Cavaleiros.
De norte a sul, dos Açores à Madeira, ultimam-se máscaras e carros alegóricos para saírem à rua em mais uma época carnavalesca feita de animação e sátira política, mas onde o Governo “decreta” que se continue a trabalhar. Em Loulé, o corso sairá à rua amanhã, domingo e terça-feira, com o tema «Único e Irrevogável» - inspirado na demissão “irrevogável” do ministro Paulo Portas, no verão passado. Os bonecos que vão animar as ruas da cidade algarvia são, na sua maioria, inspirados em políticos como Cavaco Silva, José Sócrates ou Passos Coelho. Se os dias de Carnaval prometem ser ‘gordos’, o investimento em Loulé está a emagrecer: 150 mil euros este ano, menos 10% a 15% do que em 2013. Festa arranca hoje em Torres
Em Torres Vedras, onde o Carnaval reivindica o título do “mais português de Portugal”, a cidade está a postos para viver até quarta-feira sob o ‘poder absoluto’ dos reis, uma vez que a partir de hoje o presidente da Câmara entrega as chaves da cidade a suas majestades (dois homens da terra). Neste reino, “que não é da fantasia”, os corsos diurnos de domingo e de terçafeira e os noturnos de amanhã e segunda-feira continuam a ser pagos, custando a entrada cinco euros ou o livre-trânsito para todos os dias dez euros. O tema é «o mundo da televisão» e arranca hoje, com o corso escolar animado por nove mil crianças. Mais a norte, os foliões de Estarreja anteciparam-se e já desfilaram no passado domingo com mais de mil figurantes das cinco escolas de samba, oito grupos de folia e um grupo de «passerelle». O cortejo repete-se no «domingo gordo» e, na terça-feira, sai à rua o corso infantil.
Investimento madeirense
Carnaval. Governo voltou a não conceder tolerância de ponto, mas muitas Câmaras tomaram essa decisão. Festividades arrancam hoje
Morte de jovens no Meco
Lusófona entrega inquérito ao Ministério Público
A Universidade Lusófona entregou ao Ministério Público o inquérito interno que realizou sobre a tragédia do Meco, em que morreram seis alunos da instituição, em meados de dezembro. Em comunicado, a Lusófona afirmou que concluiu o inquérito interno destinado a aclarar os factos que envolveram sete alunos da instituição e que o relatório foi
entregue ao Ministério Público, encontrando-se agora “em segredo de justiça”. O inquérito foi iniciado a 20 de janeiro pelo gabinete jurídico da universidade, com o objetivo de “aclarar os factos que tiveram lugar durante o fim-de-semana de 14 de Dezembro de 2013 na praia do Meco, onde estiveram envolvidos sete alunos da Universidade”, acrescenta a instituição. Os seis jovens morreram durante a noite na zona do Meco, a sul de Lisboa, em circunstâncias ainda por esclarecer.
A Madeira aposta sobretudo em atrair turistas à ilha e a ocupação hoteleira prevista para o período de Carnaval ronda os 70%. O ponto alto do Carnaval é o cortejo alegórico de sábado, que tem este ano como tema: Madeira, Carnaval Brilhante. Na ilha de S. Miguel, nos Açores, reinam os tradicionais bailes de gala no Coliseu e noutros locais, de máscaras e fantasias, com milhares de pessoas a manterem a tradição. Hoje, o Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada, volta a abrir portas para os grandes bailes de carnaval, uma tradição que remonta a 1920 e que já integra o cartaz cultural e turístico da maior cidade açoriana. Apesar de boa parte do País “brincar ao Carnaval nestes dias” e de muitas Câmaras darem tolerância de ponto, o Governo mantém outra tradição: “não conceder tolerância de ponto no Carnaval, atendendo à situação económica de Portugal”.
4 | O Primeiro de Janeiro
nacional
Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
Marques Guedes “confiante e otimista” quanto à 11.ª avaliação da ‘troika’
“Está tudo a correr bem” O ministro da Presidência está “confiante” na 11.ª avaliação regular ao resgate português, frisando que está “a correr bem”, mas sem data prevista para a conclusão. “Estou confiante de que está tudo a correr bem, mas relativamente a pormenores mantemos o princípio que adotámos desde o início de não nos pronunciarmos sobre os resultados dos trabalhos até à sua conclusão”, disse Marques Guedes, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, em Lisboa, reiterando que o Governo está “bastante otimista”. No entanto, o governante disse que “não há nenhuma data marcada” para a saída da ‘troika”, composta pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu. “Com franqueza, não lhe sei dizer se será amanhã ou para a semana”, rematou. Os membros da ‘troika’ chegaram a Lisboa na semana passada para realizarem a 11.ª avaliação regular ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), a penúltima do atual resgate financeiro do país. Na conferência de imprensa, Marques Guedes foi também interrogado sobre a operação de recompra de dívida realizada e considerou que “os juros ficaram
MARQUES GUEDES. O ministro da Presidência diz que o “Governo tomará a seu tempo uma decisão definitiva” sobre a forma de sair do programa de resgate financeiro abaixo dos 5%, o que é bastante positivo”. O IGCP, a agência que gere a dívida pública portuguesa, realizou uma operação de recompra de obrigações do Tesouro, que venciam em outubro deste ano e em outubro de 2015, tendo amortizado no total 1,32 mil milhões de euros. Salvaguardando que ainda não tinha toda a informação sobre a operação, Marques Guedes referiu que “a razão essencial que levou o país à beira da bancarrota em 2011 foi a incapacidade de se refinanciar nos mercados internacionais”. Para o governante, “esta situação, neste momento, está claramente afastada”, o que disse
ser “um sinal de que os sacrifícios dos últimos três anos estão a dar os seus resultados”. Em relação à implicação destas operações realizadas pelo IGCP ao longo das últimas semanas na forma de saída do resgate, Marques Guedes reiterou a mensagem que o executivo tem vindo a afirmar: “O Governo a seu tempo tomará uma decisão definitiva” sobre se recorre a um programa cautelar ou opta por uma “saída limpa”. O Conselho de Ministros aprovou também o diploma de execução orçamental para 2014, que estabelece as normas que presidem à execução do Orçamento do Estado para este
ano. Segundo Marques Guedes, “não há nenhuma alteração qualitativa de monta” no diploma da execução orçamental deste ano que, “no essencial, reproduz o diploma de 2013”. O comunicado distribuído aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ministros indica que, nesta matéria, foram “reforçados os mecanismos de controlo rigoroso imprescindíveis à política de consolidação orçamental (…) designadamente através da adoção de medidas de criterioso controlo da despesa pública, sem prejuízo de ser concedida uma maior flexibilidade aos serviços e organismos da administração pública na respetiva gestão orçamental”.
Proposta sobre coadoção e adoção de crianças por casais do mesmo sexo
Assunto reapreciado depois das Europeias O grupo parlamentar do PSD defendeu a reapreciação da proposta de referendo sobre coadoção e adoção de crianças por casais do mesmo sexo, considerada inconstitucional, só depois das eleições europeias. Caso a iniciativa legislativa de alguns deputados socialistas, referente apenas à coadoção, seja entretanto alvo de votação final global em plenário, o líder da bancada “laranja”, Luís Montenegro, confirmou a liberdade de voto dos deputados social-democratas, como já sucedeu num primeiro momento, em maio de 2013, após reunião do grupo parlamentar. “O assunto deve ser apreciado após a realização das eleições europeias. Em princípio, se se realizarem em 25 de maio, deve ser depois”, afirmou o deputado social-democrata, acrescentando que “se, e quando, houver uma
votação no Parlamento a propósito das matérias da adoção e coadoção, os deputados do PSD votarão como sempre, com liberdade de voto, relativamente às matérias substantivas que estão em causa”. Montenegro esclareceu que a posição do grupo parlamentar do PSD relativamente à reformulação do referendo ou simples abandono da iniciativa se mantém em aberto, adiantando que apenas foi debatida a questão pragmática dos prazos, algo que deseja ver resolvido na próxima conferência de líderes, lembrando que o líder da bancada socialista, Alberto Martins, afirmou que o assunto não é prioritário. “Se o entendimento for forçar essa votação, os deputados do PSD assumirão a sua responsabilidade e votarão aquilo que for agendado. Es-
tou em crer, pelo impedimento legal e pela afirmação política de que este não é um assunto prioritário, que o Parlamento se deve dedicar a ele após a abertura do espaço legal (eleições europeias)”, disse. Segundo o líder parlamentar do PSD, a reapreciação depois do “chumbo” pelo TC “deve ocorrer a partir do 15.º dia seguinte à devolução do projeto”, algo que apresenta a “dificuldade legal que é não ser possível ao Presidente da República convocar um referendo a partir do momento em que há um ato eleitoral convocado”. “O Presidente da República tomará a decisão de convocar as eleições, seguramente, nas próximas duas a três semanas. Nesse período, manifestamente, não é possível o Parlamento reapreciar este projeto, que implica devolvê-lo ao Presidente da
República e consequentemente, nova análise pelo Tribunal Constitucional”, previu. O Tribunal Constitucional (TC), ao qual recorreu o Presidente da República, declarou inconstitucional a proposta para que os portugueses fossem questionados da seguinte forma: “1. Concorda que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo possa adotar o filho do seu cônjuge ou unido de facto? 2. Concorda com a adoção por casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo?”. O referendo apresentado por parlamentares do PSD, foi aprovado em 17 de janeiro, com os votos favoráveis de sociais-democratas, sob disciplina de voto, a abstenção dos deputados do CDS-PP e ainda dois deputados socialistas, enquanto todas as restantes bancadas rejeitaram a iniciativa.
PSD e o pós-troika
Sem preferências
O líder parlamentar do PSD frisou não haver qualquer preferência definida relativamente ao período após o fim do programa de assistência económico-financeira, admitindo até uma terceira via, além do regresso pleno a mercado e do programa cautelar. “O PSD não manifestou à ´troika’ nem ao país uma preferência por uma das saídas. Entendemos que, na altura própria, a três ou quatro semanas do fim do programa, teremos de definir e decidir aquilo que mais interessa ao país, dando confiança e segurança aos investidores internacionais para um regresso pleno a mercado, com taxas de juro compatíveis”, declarou Luís Montenegro, à saída da reunião da bancada “laranja”. O deputado social-democrata Miguel Frasquilho dera a entender na véspera, depois da reunião com representantes da CE, BCE e FMI, uma predileção pelo regresso aos mercados através do recurso a um programa cautelar. “Pode acontecer com todas as opções que estão em aberto e qualquer uma delas pode ser tomada se o seu condicionalismo for favorável. Pode acontecer com saída similar à da Irlanda, com saída com programa cautelar ou com uma outra terceira opção que possa assegurar que temos todas as condições para o regresso credível, seguro, ao mercado pleno, que não nos traga no futuro novas necessidades de ajuda externa”, afirmou Montenegro.
Europeias
Novo Conselho Nacional do PSD aprova lista conjunta
O novo Conselho Nacional do PSD, eleito no domingo em Congresso, vai reunir-se pela primeira vez no domingo para aprovar a lista conjunta com o CDS-PP às eleições europeias de 25 de maio. Na agenda desta reunião, que terá início às 21h00 de domingo, num hotel de Lisboa, estão também a análise da situação política e a ratificação do acordo de coligação entre o PSD e o CDS-PP para as europeias, explicou um dirigente nacional social-democrata. Amanhã, o presidente dos sociaisdemocratas e primeiro-ministro, Passos Coelho, confirmou perante o Congresso do PSD que o número da lista conjunta com o CDS-PP às europeias vai ser Paulo Rangel, seu ex-adversário interno e atual eurodeputado. O presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, já tinha anunciado que Nuno Melo seria o primeiro nome indicado pelos centristas para essa lista conjunta que está a ser negociada pelos dois partidos. O Conselho Nacional do PSD eleito no domingo inclui como novidade o ex-ministro adjunto e antigo secretário-geral deste partido Miguel Relvas.
economia
Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
O Primeiro de Janeiro | 5
Tesouro amortiza dívida para pagar em outubro deste ano e de 2015
1,32 mil milhões de euros O instituto que gere a dívida pública foi ao mercado para recomprar uma parte daquelas duas linhas de Obrigações. Após 3 meses de subidas
Preços de venda das casas caem em janeiro
Os preços de venda das casas em Portugal Continental baixaram em janeiro de 2014, depois de três meses a subir, segundo os últimos dados do Índice Confidencial Imobiliário (ICi), com base em dados de mediadoras imobiliárias. No primeiro mês de 2014, os preços das casas baixaram 0,3% em comparação com o mês anterior. Em termos homólogos, a descida foi de 0,9%. As casas novas registaram uma baixa de 0,7% na comparação entre janeiro de 2014 e dezembro de 2013, enquanto nas habitações usadas a descida de preços foi de 0,1%. A taxa de variação homóloga dos fogos novos foi, porém, positiva 0,2%, mas no segmento das casas usadas os preços continuaram em terreno negativo: -1,7%. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), os preços caíram 0,2% em janeiro face ao mês anterior.
O Tesouro português conseguiu, ontem, amortizar 1,32 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro da dívida total de 15,3 mil milhões de euros que tinha para pagar em outubro deste ano e outubro de 2015. O instituto que gere a dívida pública (IGCP) foi ao mercado para recomprar uma parte destas duas linhas de Obrigações do Tesouro. Na linha de Obrigações do Tesouro que vence em outubro deste ano, Portugal conseguiu amortizar 293,2 milhões de euros (de um total de 6,105 mil milhões de euros). Já na linha, que vence em outubro de 2015, Portugal conseguiu antecipar o pagamento de 1,027 mil milhões de euros (de um total de 9,242
Tesouro. IGCP conseguiu amortizar 1,32 mil milhões de euros em obrigações da dívida total de 15,3 mil milhões de euros
mil milhões de euros de dívida). Comentando a operação do IGCP, o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva reconheceu que Portugal conseguiu aliviar um pouco a pressão nos reembolsos que terá que fazer, mas, ainda assim, sublinhou que “a operação teve uma dimensão muito pequena e quase não terá impacto”. De acordo com o economista, na linha que vence em 2014, o montante foi recomprado a uma taxa de 0,39%, enquanto na linha que vence em 2015 a taxa foi de 1,19%. Os ganhos, de acordo com Filipe Silva, também foram “marginais”. “Na emissão que vence no final de 2014, a poupança de juros foi de 758 mil euros, que é insignificante. Na emissão que vence em 2015, a poupança de juros nestes dois anos (2014 e 2015) será de 20,4 milhões de euros”, refere. A poupança também só será útil caso o Estado não precise de voltar a emitir dívida para “repor” estes montantes, avisou o especialista.
Preparação do quadro comunitário
“Não há atrasos”
Calçado «investe» 20 milhões em promoção
O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, garantiu, ontem, que Portugal “não está atrasado” na preparação do próximo quadro comunitário de apoio, mantendo o objetivo de existirem “movimentos financeiros” no segundo semestre deste ano. Castro Almeida falava no final de uma reunião com os presidentes das 14 câma-
ras do distrito de Évora, na sede da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), em Évora. O responsável afirmou que o Governo português “apresentou a sua proposta de acordo de parceria [à Comissão Europeia] há menos de um mês” e que “ainda não apresentou os programas operacionais”. “Mas não estamos atrasados. Pelo contrário, Portugal
Europa em dia sem tendência definida
O setor português do calçado vai investir 20 milhões de euros em 2014 e 2015 em ações de promoção internacional cujo objetivo é fazer desta indústria “a mais sofisticada a nível mundial”. Num encontro com jornalistas, ontem, no Porto, o diretor executivo da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos, João Maia, adiantou que 90% deste investimento será canalizado para a participação em feiras internacionais. Entre as novas ações promocionais previstas pela associação está também o apoio no desenvolvimento dos planos de comunicação empresarial de 50 empresas portuguesas de calçado, para que possam “assumir um maior protagonismo e ter uma imagem diferenciada”. Com um orçamento na ordem do milhão de euros anual, este projeto visa “amplificar muito a imagem do setor”, cujo objetivo é duplicar, até 2025, os 1.200 milhões de euros de exportações registados em 2010.
Bolsa de Lisboa fecha sessão a valorizar A Bolsa de Lisboa fechou, ontem, no «verde», com o PSI20 a valorizar 0,68%, para os 7.303,68 pontos, numa sessão impulsionada pelo BES e pela Jerónimo Martins. Dos 19 títulos que atualmente compõem o principal índice da praça lisboeta, 10 registaram ganhos, dois permaneceram inalterados e sete encerraram no ‘vermelho’. Na Europa, o dia foi misto: Londres valorizou 0,16%, mas Paris recuou 0,01%, Frankfurt deslizou 0,76% e Madrid perdeu 0,59%. Por outro lado, a EDP fechou o ano passado com lucros atribuíveis aos acionistas de 1.005 milhões de euros, menos 0,7% do que em 2012, divulgou a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
foi o quarto Estado-membro da União Europeia a apresentar a sua proposta de acordo de parceria”, ressalvou. O secretário de Estado considerou “normal” o facto de “o período de passagem de um quadro para o outro demorar mais de um ano”, mas referiu que o Governo português pretende que, desta vez, o processo “demore apenas um ano”.
6 | O Norte Desportivo
futebol
Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
Leonardo Jardim garante que acesso à Champions é o objetivo «leonino»
“Sporting tem de estar no limite para vencer” DR
“Sempre que existem mudanças a motivação dos atletas é maior, é mais difícil analisar o que será o adversário”, diz sobre o Sp. Braga. O treinador do Sporting, Leonardo Jardim, espera um Sporting de Braga motivado com a chegada do novo treinador na deslocação a Alvalade, numa partida em que o avançado Slimani vai ser titular. O jogo realiza-se, amanhã, às 20h15, e refere-se à 21.ª jornada da I Liga. “Sempre que existem mudanças a motivação dos atletas é maior, é mais difícil analisar o que será o adversário e depois temos ainda a qualidade da equipa do Braga. A classificação não reflete a qualidade do Braga e é sempre um adversário de qualidade, independentemente de quem seja o técnico”, disse em conferência de imprensa. Jorge Paixão substituiu Jesualdo Ferreira no comando técnico do Sporting de Braga e vai fazer a sua estreia no jogo com o Sporting, com o técnico «leonino» a referir que conhece bem o seu adversário. “Conheço o Paixão há alguns anos, já nos encontrámos em outros campeonatos. É experiente e não acredito, em poucos dias, em grandes alterações. Será um Braga motivado e a querer retificar um campeonato muito aquém das expectativas”, defendeu.
de Capel, numa altura em que o mercado russo está ainda aberto, o técnico defendeu que todos os jogadores do grupo são importantes. “O Capel é um jogador importante na estrutura. Temos um grupo equilibrado, existem jogadores que jogam mais e outros menos, mas já ficou demonstrado que o Sporting precisa de todos”, defendeu. O treinador disse ainda que o facto de a equipa não estar nas competições europeias é uma vantagem apenas teórica, e deu o exemplo do Sporting de Braga. “Em termos teóricos é uma vantagem não jogar, mas em termos práticos existem exemplos que o contrariam. O Sporting de Braga jogou competições europeias nos últimos anos e esteve bem no campeonato, este ano não está e o campeonato não corre tão bem”, afirmou. Leonardo Jardim disse também que o campeonato está competitivo na luta pelos primeiros lugares, pelas competições europeias e pela manutenção, reafirmado que o objetivo do Sporting é um lugar de acesso à Liga dos Campeões. Elogios a Carlos Mané
I Liga. Sporting recebe, amanhã, o Sporting de Braga, em jogo de estreia de Jorge Paixão. Leonardo Jardim espera adversário aguerrido
Slimani no lugar de Montero
Leonardo Jardim disse que o Sporting tem que estar “nos limites” para vencer o Sporting de Braga e anunciou a titularidade de Slimani no lugar do castigado Montero, numa partida em que também não pode contar com Adrien Silva, castigado, e Shikabala, lesionado. “Neste jogo a aposta vai recair no Slimani, pelo que tem feito merece a oportunidade. Não poderá ser um futebol tão apoiado, pois tem características diferentes do Montero. A maior qualidade de Slimani é a capacidade de jogo aéreo e por isso temos que ter ajustes para potenciar o jogador”, salientou. Em relação a uma possível saída
Em memória de Coluna
Liga decreta minuto de silêncio em todos os jogos
O funeral do antigo futebolista Mário Coluna realiza-se, hoje, no Cemitério da Lhanguene, em Maputo, com a presença do Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, após um velório Conselho Municipal. Nas cerimónias fúnebres de Mário Coluna, que morreu na terça-feira, em Maputo, vítima de infeção pulmonar grave, vão estar o
presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol Humberto Coelho. Além de Luís Filipe Vieira, vão estar também no funeral do antigo “capitão” do clube os campeões europeus António Simões, Fernando Cruz, José Augusto e Mário João. Ontem também, a Liga decretou um minuto de silêncio a anteceder os jogos dos escalões profissionais, a disputar no próximo fim de semana, em homenagem ao Mário Coluna, “um dos grandes nomes do futebol português”.
Por outro, lado, Leonardo Jardim afirmou que Carlos Mané é um “exemplo e um grande profissional”, deixando elogios ao crescimento do jogador. “Fico triste com este tipo de notícias, que tenta influenciar a performance de um jovem atleta de valor. O pai do Mané está fora do país há mais de um ano e só agora se lembraram, porque fez dois golos e está na primeira equipa, mas isso não o vai influenciar”, disse o técnico, comentando uma notícia do Correio da Manhã, que refere que o pai do futebolista é suspeito de tráfico de droga. Leonardo Jardim deixou elogios ao percurso do extremo, que esta época se estreou na equipa principal do Sporting e que já marcou por duas vezes no campeonato, frente ao Olhanense e Rio Ave, ambos decisivos para a vitória do Sporting. “O Mané viveu num bairro e soube ultrapassar as dificuldades do meio onde viveu e é um exemplo no grupo de jovens da Academia. É um grande profissional. Não é isso que vai criar instabilidade no Mané”, concluiu.
Luisão assume pretensão para fim da carreira
“Acabar no Benfica” O futebolista brasileiro do Benfica Luisão, que na segunda-feira cumpriu 400 jogos pelos «encarnados», assume que pretende terminar a carreira no clube da Luz, com o qual tem contrato até 2016. Em entrevista à Benfica TV a propósito do jogo 400 com a camisola das «águias» (100 dos quais nas competições europeias), difundida ontem, o defesa central brasileiro foi questionado sobre se pretende encerrar a carreira de futebolista ao serviço do clube, uma vez que já terá 35 anos quando terminar o seu contrato. “Aos 35 anos ainda será cedo, ainda vai dar para jogar a alto nível. Mas o meu pensamento é esse, até pelo projeto que tenho para mim e para a minha família, por estar identificado [com o Benfica], por estar feliz”, disse. Luisão considerou que a presente época (a 10.ª no clube da Luz) está a ser a melhor de sempre ao serviço dos «encarnados», destacando que nos últimos 13 jogos oficiais o Benfica só sofreu um golo. “Prezamos o coletivo no dia-a-dia e depois o individual tem aparecido”, disse Luisão, para quem “todos os jogadores [do Benfica] estão num nível exemplar”, sob orientação de um treinador, Jorge Jesus, “que cobra muito”, mas que “tira o melhor de cada jogador”.
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Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014
«O PRIMEIRO DE JANEIRO», 28/02/2014
Direcção Nacional
CONVOCATÓRIA Assembleia - Geral Ordinária Nos termos legais e estatutários, convocam-se todos os Associados da Associação Coração Amarelo, para se reunirem em sessão ordinária da sua Assembleia - Geral, a ter lugar no próximo dia 28 de Março de 2014, pelas 16.00h, em sala cedida para o efeito no Hotel Dom Pedro Palace, sito na Avenida Eng. Duarte Pacheco 24, em Lisboa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Informações Gerais ; 2. Apreciação e votação dos Relatórios de Gestão e Contas da ACA, referentes ao ano findo em 31 de Dezembro de 2013, tanto da Direcção Nacional, quanto das Delegações e Comissões Instaladoras e ainda do Parecer do Conselho Fiscal. Se à data fixada não se encontrarem presentes mais de metade dos Associados da Associação com direito a voto, a Assembleia funcionará meia hora depois com o quorum presente, Só os Associados em pleno uso dos seus direitos, i.e., com a quota em dia e inscritos há mais de seis meses, poderão participar e validamente votar na Assembleia, conforme previsto no Art° 34, nº1, dos Estatutos da Associação. Lisboa, 17 de Fevereiro de 2014 A Presidente da Mesa da Assembleia - Geral Orlanda Sampaio
MUDAMOS DE INSTALAÇOES: ESTAMOS AGORA NA: Rua de Vilar 235, 3º - Sala12 - 4050-626 Porto
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REGULAMENTO DE DISCIPLINA DA GNR
Governo aprova primeira alteração O Governo aprovou ontem a primeira alteração ao regulamento de disciplina da GNR, que vai alterar o regime das penas e a ação disciplinar a aplicar aos militares na reforma. A proposta de lei aprovada “respeita a sistemática do regulamento ainda em vigor, pretendendo-se introduzir como alterações essenciais, a modificação do regime das penas, reformular o quadro de responsabilidade aplicável a militares na reforma, assim como simplificar os critérios para as classificações de comportamento”, refere o comunicado final do Conselho de Ministros. O Ministério da Administração Interna (MAI) não quis prestar mais esclarecimentos sobre as alterações ao regulamento de disciplina da GNR, indicando que apenas podem ser tornadas públicas as informações que constam do comunicado do Conselho de Ministros. A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), que foi ouvida pelo MAI sobre o projeto da proposta de lei, considera que as alterações ao regulamento de disciplina da GNR são “um voltar atrás”, sendo pior que o Regulamento de Disciplina Militar (RDM). O presidente da APG disse que as penas a aplicar aos militares da GNR são “agravadas”, assim como continuam as penalizações para os elementos da Guarda Nacional Republicana, que estão na reforma. César Nogueira considerou uma “injustiça” que os militares na reforma continuem a estar sujeitos a ações disciplinar, tendo em conta que “já não têm os mesmos direitos” do que quando estão no ativo. Para os militares na reforma, as penalizações passam pelos cortes nas reformas, chegando aos dois terços, adiantou. O presidente da APG apontou, como aspeto positivo, a suspensão da pena aplicada ao militar, até ao processo estar concluído, em caso de recurso de uma ação disciplinar.
António José Seguro discursa terça-feira em Londres
“Alternativa” para a economia portuguesa O secretário-geral do Partido Socialista vai discursar na terça-feira em Londres sobre uma estratégia “alternativa” para a economia portuguesa após o fim do Programa de Assistência Financeira, adiantou a universidade London School of Economics. Na palestra intitulada “Existe uma Alternativa! Lições de Portugal”, António José Seguro vai, três meses antes do final do Programa, “explicar a sua alternativa para a economia portuguesa e a estratégia para a União Europeia de-
pois das próximas eleições europeias”. A universidade londrina apresenta o líder do principal partido da oposição como tendo defendido um conjunto de políticas alternativas de forma a evitar uma recessão e desemprego profundos e para aumentar a atividade económica. “Sendo um forte crítico das políticas de austeridade, António José Seguro defende um papel mais forte para as instituições europeias contra a crise económica e financeira, nomeadamente na luta contra o desemprego jovem, e apoia mais pode-
res para o Banco Central Europeu poder combater a crescente dívida pública”, acrescenta. A situação em Portugal foi tema de palestras anteriores na mesma universidade pelo vice primeiro-ministro, Paulo Portas, então ministro dos Negócios Estrangeiros, em 2011, e pelo antigo ministro das Finanças Vitor Gaspar em 2012. Na segunda-feira, o líder socialista reúne-se com o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, que o recebeu na capital britânica em junho do ano passado.
Governo e as comemorações dos 40 anos do 25 de abril
Custo das iniciativas não chega aos 300 mil euros O Governo anunciou que vai comemorar os 40 anos do 25 de Abril com um portal na Internet, um concerto, um roteiro de visitas, uma exposição e conferências, que custarão até 300 mil euros. Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o ministro adjunto, Miguel Poiares Maduro, referiu que “o custo da totalidade das iniciativas não irá chegar a 300 mil euros”, financiados pelo Orçamento do Estado para 2014, e que esse valor “é possível porque nenhum dos comissários e das entidades associadas cobrará qualquer tipo de remuneração”. O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional adiantou que o executivo pretende que os portugueses contribuam para estas comemorações com imagens, para incluir no portal a lançar pelo Governo, e com episódios pessoais sobre o 25 de Abril, para serem narrados com a colaboração da TSF e da Antena 1. No seu entender, “todos os portugueses devem estar disponíveis para colaborar voluntariamente” nestas comemorações que se vão estender ao longo de 2014. Questionado se houve coordenação entre Governo, Presidente da República e Assembleia da República quanto às comemorações dos 40 anos do 25 de
Abril, Miguel Poiares Maduro respondeu que “houve contactos” para “evitar que houvesse coincidências e conflitos” entre os programas. “Esses contactos existiram, sendo que cada um desses órgãos de soberania é responsável pelo seu próprio programa de comemoração do 25 de Abril, e é assim que deve ser”, acrescentou. De acordo com o programa distribuído aos jornalistas, as comemorações promovidas pelo Governo começarão com a elaboração de um logótipo, até 25 de março, e de um portal na Internet, que deverá ser lançado a 31 de março. Neste portal, o executivo PSD/CDS-PP quer incluir todas as iniciativas oficiais e não oficiais de celebração dos 40 anos do 25 de Abril e que os internautas insiram imagens relacionadas com a Revolução dos Cravos. Por outro lado, será feito um apelo radiofónico ao envio de episódios pessoais para um “micro site”, que posteriormente serão “contados pelas vozes de atores” na TSF e na Antena 1, como parte de “uma história popular do 25 de Abril de 1974”. Segundo o ministro adjunto, isso acontecerá em abril, a partir do dia 1. Para a noite de 24 de abril, está prevista a realização de um concerto, “em local a designar, em parceria com a RTP, que o irá transmitir em direto, compos-
to por canções relacionadas com o 25 de Abril de 1974, cantadas por artistas com menos de 40 anos de idade”, dirigido pelo maestro Rui Massena, lê-se no programa ontem divulgado. Mais tarde, entre junho e julho, haverá “um roteiro narrativo de visitas orientadas aos locais mais emblemáticos do 25 de Abril, as quais serão acompanhadas, guiadas e explicadas por personalidades que viveram o acontecimento e por historiadores e investigadores especializados”, cujo comissário é o arquiteto José Mateus. Também em junho, deverá ser inaugurada, no Porto, seguida de itinerância, uma exposição, comissariada por Augusta Moura Guedes, “documentando a produção relacionada com a instauração e consolidação da democracia entre 1974 e 1986” e também com “produção mais recente que permita identificar os ecos de Abril no ‘design’ português contemporâneo”. Para setembro está previsto “um dia de conferências” sobre “o processo decisório e do voto e o próprio futuro da democracia”, comissariada pelo neurocientista Rui Costa, e para novembro uma “conferência internacional” sobre “o futuro da democracia”, comissariada pelo professor de economia Manuel Tavares e pelo especialista em ciência política Pedro Magalhães.
PS compara cabeças de lista às Europeias
Paulo Rangel é o “representante” de Merkel O deputado socialista Miguel Laranjeiro comparou os cabeças de lista às europeias de PS e PSD/CDS-PP, classificando o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel como “o representante da sra. Merkel em Portugal”. Contrariamente à referência à chanceler alemã, o deputado Francisco Assis foi encarado pelo seu camarada de partido como o candidato ao Parlamento Europeu com uma visão “solidária” e “soluções de todos para todos”. “O candidato do Governo, Paulo Rangel, é o rosto do desemprego em Portugal, do aumento dos impostos, da emigração dos jovens. Será o representante da austeridade, do insucesso das políticas deste Governo na Europa e da
sra. Merkel em Portugal”, afirmou, numa declaração política parlamento. O democrata-cristão Telmo Correia contrariou a ideia defendida por Laranjeiro no sentido de Assis ser “a voz da defesa de Portugal, dos interesses portugueses em Bruxelas”, a representar “uma Europa solidária entre os países e os povos europeus, com políticas de crescimento e de emprego, de soluções de todos para todos”. “Francisco Assis, que foi líder parlamentar de José Sócrates. Ou Alberto Martins, que foi ministro da Justiça, então vem agora aqui dizer que não têm nada a ver com o memorando e com a bancarrota? É ridículo”, afirmou o deputado do CDS-PP.
O comunista Paulo Sá e a bloquista Mariana Aiveca também lembraram as responsabilidades socialistas no acordo efetuado com os credores internacionais e as políticas de austeridade impostas aos portugueses. “Como pode haver políticas diferentes debaixo de um tratado orçamental que tem a assinatura do PS? Avizinham-se agora mais dois mil milhões de cortes nos tempos mais próximos. A austeridade veio para ficar”, disse a parlamentar do BE, ao passo que o deputado do PCP frisou que “o PS não pode querer ficar de fora dessa política de empobrecimento”, pois “nunca se desvinculou desse programa”.