28 07 2014

Page 1

RICCIARDO VENCE NA HUNGRIA PILOTO DA RED BULL BATE ALONSO E HAMILTON NA CORRIDA MAIS EMOCIONANTE DA ÉPOCA

Há 145 anos, sempre consigo. 1868

Continente - 0,60 € (iva incluido) – Ilhas - S. Miguel e Madeira - 0,75 € (iva incluido) – Porto Santo 0,80 € (iva incluido)

Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

|

DIÁRIO NACIONAL

Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

Ano CXLVI | N.º 173

Segunda-feira, 28 de julho de 2014

JARDIM DESPEDE-SE AVISANDO: “COM ESTES PARTIDOS NÃO VAMOS A PARTE NENHUMA”

LUTA

CONT!NUA n O presidente do PSD-Madeira não aceita fazer parte de um Portugal que se declare de “Estado Unitário”. Ao intervir pela última vez como líder na festa da Herdade do Chão da Lagoa, propriedade da Fundação Social Democrata, Alberto João Jardim afirmou que o Governo não quer uma verdadeira “reforma do Estado” e destacou que “com estes quatro partidos não vamos a parte nenhuma”. “Eu vou embora, mas a luta continua”, avisou o dirigente madeirense...

VILA DO CONDE

37.ª edição da Feira de Artesanato já abriu as portas com mais de 200 artesãos

REFORMAS

Costa pede ao Governo que “devolva a confiança aos portugueses”

GAZA

Hamas aceita nova trégua humanitária de 24 horas


2 | O Primeiro de Janeiro

local porto

Segunda-feira, 28 de Julho de 2014

Festival Cais do Fado reuniu 65 mil pessoas ao longo dos três dias

“Objetivos largamente superados” O festival Cais do Fado reuniu 65 mil pessoas ao longo dos três dias e a organização considera que os objetivos “foram largamente superados”, deixando a porta aberta para nova edição no próximo ano. O festival promovido pela Casa da Música, em parceria com a Câmara de Gaia, trouxe vários nomes do Fado às ruas entre quinta-feira e sábado, com destaque para Gisela João, Mariza e o concerto “Fado Sinfónico”, que reuniu, Cristina Branco, Camané e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Paulo Sarmento e Cunha, diretor geral da Casa da Música, considerou, no final do evento, que o sucesso desta iniciativa – plasmado

MARIZA. Uma das fadistas mais prestigiadas a nível nacional e internacional abrilhantou as noites de fado no cais de Gaiadivulgação” nas 65 mil pessoas que a ela aderiram – é a prova de que as pessoas gostam de fado, querem ouvi-lo, mas não o têm à mão na zona Norte do país. Questionado sobre a possibilidade de repetir o festival no próximo ano, o diretor geral da Casa da Música disse que gostaria de o fazer, explicando, no entanto, que o modelo de financiamento não está encontrado e que se os meios esti-

verem disponíveis haverá Cais do Fado em 2015. Ainda na opinião de Sarmento e Cunha, esta é uma “operação imparável” e que “beneficia toda a gente”, desde os públicos, aos artistas, passando pelos agentes económicos locais. O mesmo responsável garantiu também que os objetivos desta iniciativa foram “largamente superados”, confessando que quando

a Casa da Música arquitetou este projeto, não imaginava que tivesse o sucesso que teve. “Um evento com este impacto vai de certeza gerar novos públicos para o projeto Casa da Música”, concluiu. O orçamento total desta iniciativa rondou os 160 mil euros, valor pago pelos coorganizadores Casa da Música e Câmara de Gaia com apoio do Programa Operacional do Norte (ON.2).

37.ª edição da Feira de Artesanato já abriu as portas

Barreto Xavier presente em Vila do Conde O secretário de Estado da Cultura diz que “é importante trabalhar na atualização e renovação do artesanato português”, área que considera com “potencial de desenvolvimento económico” para o país. Barreto Xavier, que participou na inauguração da 37.ª edição da Feira de Artesanato de Vila do Conde, uma das que mobiliza mais profissionais e visitantes, frisou a pertinência de as artes e ofícios serem transmitidas às novas gerações. “Achamos que é importante trabalhar na atualização e renovação do artesanato. Que os artesões transmitam os seus saberes e encontrem caminhos para que as suas artes, nas novas gerações, possam ter uma presença e possam servir como modo de trabalho e desenvolvimento económico”, afirmou. Em Vila do Conde, Jorge Barreto Xavier deu precisamente o exemplo das rendas de bilros locais, como um

modelo a seguir. “As rendas de bilros têm feito um excelente trabalho nesse âmbito. Têm uma escola própria, onde são transmitidos conhecimento aos mais novos. Significa que há uma vontade de desenvolvimento”, frisou, reconhecendo “que é necessário mais do que palavras”, para consubstanciar a renovação que referiu, e elencou alguns dos programas do Governo para o desenvolvimento do artesanato. “Há um lado documental e, nesse âmbito, temos umas das primeiras bases de dados de documentação do património imaterial português, mas há também um lado económico, que tem de funcionar junto do Ministério da Economia e dos programas europeus de apoio, na atribuição de incentivos ao artesanato”, afirmou. Sobre a questão da modernização do artesanato, a presidente da Câmara Municipal de Vila do Con-

de apontou o exemplo da região espanhola da Galiza, que este ano é convidada desta Feira de Artesanato, como algo a seguir. “Concordo que precisamos de modernizar o modo como apresentamos o nosso artesanato, e o caso da Galiza, que criou uma marca própria, é um bom exemplo. Acho que temos de sair de portas e apresentar os nossos produtos, até porque os artesões que temos, têm crescido em número e qualidade”, sublinhou Elisa Ferraz. A mesma autarca acredita num aumento de público para esta 37.ª edição, lembrando que o convite feito aos “artesões” galegos poderá, também, cativar mais visitantes no norte de Espanha. Algo partilhado pela diretora geral de Comércio da Junta da Galiza, também presente na inauguração, que falou da importância do intercâmbio cultural na área do artesanato. “Vamos poder

estreitar os laços entre Galiza e Portugal e apreender mutuamente com as coisas boas que tem sido feito no artesanato. Temos interesse máximo em estar presentes numa das feiras mais importantes do vosso país. Acredito que este intercâmbio vai ajudar melhorarmos os produtos artesanais”. A 37.ª edição da Feira de Artesanato de Vila do Conde já arrancou, nos Jardins da avenida Júlio Graça, em Vila do Conde, e prolonga-se até 10 de agosto. No espaço estão patentes mostras de artesanato das diferentes regiões do país. O certame reúne 158 pavilhões/stands e mais de 200 artesões, e apresenta um programa cultural dedicado à música, à dança e à gastronomia. No sítio da Feira, na internet, a organização diz que espera ultrapassar, este ano, “os 400 mil visitantes atingidos em edições anteriores”.

PCP/Valongo quer “fiscalizar” património verde do concelho

Criar um Plano de Gestão Integrado

A concelhia PCP/Valongo defende que a autarquia deste concelho deve criar um Plano de Gestão Integrado, de forma a “fiscalizar” o seu património verde e apontou algumas anomalias num território que é classificado como Rede Natura. “A importância de um regime de proteção legal para esta área é inegável, mas independentemente do estatuto que já goza, a sua inclusão na Rede Natura 2000, ou que possa vir a gozar no futuro, sem medidas concretas de proteção, conservação, valorização, gestão continuas e eficientes para este espaço, não se vislumbram melhorias para um aproveitamento eficaz do potencial deste espaço natural”, pode ler-se no documento distribuído aos jornalistas. O PCP de Valongo aconselha a Câmara, liderada pelo socialista José Manuel Ribeiro, a aproveitar alguns dos fundos comunitários disponíveis para o financiamento da Rede Natura 2000. Os comunistas apontaram mesmo alguns exemplos de possíveis programas aos quais se poderiam submeter candidaturas: Fundo Europeu Agrícola para o Desenvolvimento Rural (FEADER), Fundo Europeu Pesca Marítima (EMFF), Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER), Fundo Social Europeu (FSE), Fundo de Coesão, Instrumento Financeiro para o Ambiente (LIFE) e Programa-quadro de investigação e inovação (Horizon 2020). “Desde a sua integração na Rede Natura 2000, em 1997, e depois de dezassete anos volvidos, no Sítio Valongo, a Câmara Municipal apenas tem direcionado ações pontuais para este local, pelo menos para a área da sua competência (824 hectares), sem um plano de ordenamento e gestão que preveja a implementação do previsto no Plano Sectorial da Rede Natura 2000, sendo que, muitas destas ações não necessitam de grande investimento a nível económico, como por exemplo a fiscalização do previsto no Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24 de Fevereiro”, pode lerse ainda no mesmo documento. O PCP de Valongo aponta também “uma série de situações que não se enquadram nos pressupostos que levaram à sua inclusão na Rede Natura 2000”, nomeadamente a “enorme degradação da qualidade da água do rio Ferreira e a brutal artificialização dos povoamentos florestais com o monopólio da monocultura do eucalipto”. Os comunistas também apontaram “a degradação das minas e dos fojos, a deposição desgovernada de entulhos, a perturbação humana com a colheita indevida de espécies, prática de atividades todo-o-terreno que envolve um grande número de veículos”. De acordo com informação veiculada pelo PCP, em 1997 o Sítio “Valongo” é integrado na Rede Natura 2000 através da resolução do Conselho de Ministros n.º 142/97 de 28 de Agosto, com uma área total de 2.533 hectares, pertencendo 649 hectares ao concelho de Gondomar, 1080 hectares ao concelho de Paredes e 824 hectares ao concelho de Valongo. Estes três concelhos partilham área verde das seguintes serras: Santa Justa, Pias e Castiçais. Posteriormente, em 2004, continua o relato dos comunistas, foi incluído na lista de Sítios de Importância Comunitária (SIC) da Rede Natura 2000, reforçando a importância da proteção e conservação dos habitats naturais, assim como da fauna e flora deste território. Em setembro de 2009, a câmara de Valongo, beneficiando do novo regime jurídico, avançou com a proposta de classificação das Serras de Santa Justa e Pias como área de Paisagem Protegida Local.


Segunda-feira, 28 de Julho de 2014

regiões

O Primeiro de Janeiro |

Edifício onde viveu António de Oliveira Salazar em Lisboa até 1937

Casa à venda por cinco milhões de euros O ditador viveria na Bernardo Lima até ocupar São Bento, depois de ter sido alvo do “único atentado” contra a sua vida, em 1937. Falta de nadador salvador «leva» galardão

Sem bandeira azul

A falta de nadadores-salvadores fez com que três zonas balneares perdessem a bandeira azul atribuída este ano, uma vez que o critério de segurança exige “pelo menos dois nadadores-salvadores por praia”, revelou, ontem, a Associação Bandeira Azul. Símbolo de qualidade das praias portuguesas, o galardão não vai ficar hasteado na Praia de Quiaios, na Figueira da Foz, e nas zonas balneares do Carapacho e da Vila da Praia, em Santa Cruz da Graciosa (Açores). Segundo a coordenadora nacional do programa Bandeira Azul, Catarina Gonçalves, estas praias “têm excelente qualidade”, mas “sem nadadores-salvadores é impossível hastear o galardão”. A origem do problema da falta de nadadores-salvadores difere entre as praias afetadas. No que diz respeito às zonas balneares de Santa Cruz da Graciosa, a situação “é recorrente, quase todos os anos é muito difícil encontrar nadadores-salvadores”, por “ser um sítio muito pequeno”. Em relação à Praia de Quiaios, o problema surgiu porque “os concessionários não conseguiram contratar nadadores-salvadores”. Segundo o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), o galardão chegou a ser hasteado este verão, mas foi retirado na sequência de uma auditoria realizada este mês.

A casa que António de Oliveira Salazar escolheu para viver, em 1933, data da instituição do Estado Novo, mas que abandonou após ter sido alvo de um aparatoso atentado, em 1937, está à venda por cinco milhões de euros. O ditador viveu no n.º 64 da Rua Bernardo Lima, em Lisboa, edifício atualmente em ruínas, com árvores que crescem pelas janelas e de que apenas resta a fachada. À venda pelo preço base de 5,5 milhões de euros, a imobiliária considera que se trata de “um terreno com enorme potencial, no centro de Lisboa, com 1410 m2”, na zona do Marquês de Pombal. Segundo o agente imobiliário responsável pela venda da casa, Sérgio Pires, o preço estipulado prende-se com “o valor do terreno e não pelo edifício em si”. Salazar muda-se para a capital, em 1928, vindo de Coimbra onde estudou Direito, para desempenhar funções como ministro das finanças. Atentado depois da missa

Antes de habitar na Rua Bernardo Lima, Salazar já teria alugado outras duas casas em Lisboa, mas a mudança para este terceiro edifício surgiu com a nomeação para presidente do conselho de ministros, em 1933. Nesta altura decide mudar de habitação para uma “condizente com a dignidade da função” e a escolha recai numa casa de fachada tipicamente ‘fin de siècle’, refere Joaquim Vieira, autor do livro «A Governanta - D. Maria, companheira de Salazar». O ditador viveria na Bernardo Lima até ocupar o Palácio de São Bento, depois de ter sido alvo do “único atentado” contra a sua vida, em 1937, o qual sobreviveu “por um triz”, recorda o historiador João Madeira. Como cristão que era, o presidente do conselho costumava ir todos os domingos à missa, na capela privativa do seu amigo Josué Tro-

Lisboa. Casa que Salazar escolheu para viver, em 1933, mas que abandonou após atentado, está à venda por cinco milhões de euros

Na zona de Alcântara

Lançam-se ao mar para fugir sem pagar

A Polícia Marítima de Lisboa retirou, na madrugada de ontem, do rio Tejo, na zona de Alcântara, dois jovens estrangeiros que se lançaram ao rio para fugir ao pagamento do consumo de uma discoteca. Fonte da Polícia Marítima de Lisboa disse que o alerta foi dado pelas 04h30, quando dois jovens, com idades entre os 25/30 anos,

de nacionalidade italiana e sueca, se lançaram ao rio, fugindo de um bar/discoteca junto ao rio, em Santos-o-Velho, tentando sair sem serem detectados, algo que acabou por não acontecer. Os jovens acabaram por ser encontrados pelas 05h15 na zona de Alcântara por uma lancha da Polícia Marítima de Lisboa. O nevoeiro, de acordo com a fonte, terá dificultado as buscas. Os dois jovens foram assistidos pelo INEM e identificados pela Polícia Marítima.

cado. No dia 4 de julho de 1937, durante o trajeto habitual de domingo de manhã, entre a sua casa e a capela na Rua Barbosa du Bocage, Salazar foi alvo de um atentado. “Salazar preparava-se para sair da sua viatura oficial, um ‘buick’ (…) De repente, uma enorme explosão atroa os ares e esventra a rua. Fumo, pedras, lajes e placas voam pelos ares. Abre-se uma cratera larga e funda na rua. Ouve-se gritos, gente que foge, pessoas que acorrem a ver o sucedido”, descreve o historiador João Madeira, no livro «1937 - O atentado a Salazar – A frente popular em Portugal». Por pura sorte, Salazar escapou sem um arranhão deste atentado, que “só não fez vítimas por um erro de cálculo dos responsáveis”, afirmou Joaquim Vieira, atribuindo a responsabilidade a um grupo de anarquistas revoltados pelo apoio político e material do ditador português “aos nacionalistas contra a República em Espanha, chefiados pelo general Francisco Franco”. De acordo com o livro de João Madeira, o atentado foi da responsabilidade da Frente Popular, constituída por membros do PCP, anarquistas e sindicalistas. Salazar saiu “ileso, sacudindo a poeira que o cobrira, o ditador sai da viatura pelo seu próprio pé, olha para os lados e aparentemente indiferente, frio, diz: Vamos assistir à missa”, lê-se no livro de João Madeira. São Bento oficial

Após este atentado ao regime, ficou comprometida a segurança do chefe do Governo, “deixando de ser sustentável o modelo de singela residência civil tão relevado pelos seus fiéis como prova provada de um governante imerso no modo de viver português”, refere Joaquim Vieira. Para uma maior proteção ao ditador foi necessária a “criação de uma residência oficial do chefe do Governo, devidamente resguardada de intenções subversivas”. A opção escolhida foi o palacete de São Bento, expropriado pelo Estado após o atentado, em 1937. Depois de obras, António de Oliveira Salazar ocupou o Palácio de São Bento, em maio de 1938, onde viveu até à sua morte a 27 de julho de 1970.


4 | O Primeiro de Janeiro

nacional

Segunda-feira, 28 de Julho de 2014

António Costa defende reposição de pensões

“Devolver a confiança aos portugueses” O candidato às primárias do PS defende que as pensões devem ser repostas, acabando com os cortes, alegando que não são estas verbas que impedem a sustentabilidade da Segurança Social. Discursando em Buarcos, Figueira da Foz, num almoço com cerca de 150 apoiantes, António Costa fez menção de “estabilizar de uma vez por todas as pensões já formadas”, acabando com os cortes “porque as pessoas têm direito a ganhar a pensão que constituíram e que não lhes deve ser retirada”. O também presidente da Câmara de Lisboa disse que um futuro governo socialista terá de “travar a austeridade para devolver a confiança” aos cidadãos. O candidato lembrou ainda que foi o PS “que fez a grande reforma da Segurança Social”, uma reforma “que melhor garantiu a sustentabilidade futura”, alegando que aquilo que está a “fragilizar” a sustentabilidade do sistema de proteção social “não é o que

ANTÓNIO COSTA. O presidente da Câmara de Lisboa diz que “as pessoas têm direito a ganhar a pensão que constituíram e que não lhes deve ser retirada” os atuais pensionistas recebem”. “O que está a fragilizar a sustentabilidade da nossa Segurança Social é o elevadíssimo nível de desemprego, é a elevadíssima taxa de emigração que está a tirar dos cofres da Segurança Social 8 mil milhões de euros”, sustentou, mas defendendo, no entanto, que as medidas estruturais, nomeadamente a convergência entre o setor público e privado “devem prosseguir”. O candidato às eleições primárias do PS acusou ainda o Governo de “instigar o egoísmo” na sociedade portuguesa, de “dividir os portugueses entre novos e velhos”. “Nenhum de nós que a alguém mais no mundo do que aos nossos próprios filhos. Mas eu não aceito ser colocado na

situação entre ter de escolher o futuro dos meus filhos e o presente da minha mãe, porque as famílias são feitas de todas as gerações, como as sociedades são feitas de todas as gerações e é vivendo solidariamente que nós construímos uma sociedade que seja uma sociedade decente”, destacou. No discurso de mais de meia hora, Costa criticou também o Governo considerando “inadmissível” que o acordo de parceria e os programas operacionais dos fundos europeus do próximo quadro comunitário de apoio ainda não estejam concluídos. “É inadmissível que estejamos em julho deste ano e ainda não tenhamos nem o acordo de parceria nem os programas operacionais em condições de

poderem começar os fundos comunitários a serem injetados na economia”, disse António Costa, num almoço com militantes e simpatizantes do PS em Buarcos, Figueira da Foz. O mesmo candidato disse ainda que existem 5 mil milhões de euros do quadro comunitário anterior (QREN) “por gastar, por incapacidade do atual Governo”. “Temos de acelerar, porque estamos muito atrasados, a mobilização dos fundos comunitários que estão disponíveis e são fundamentais para revitalizar a economia e para darem às nossas empresas a oportunidade de voltarem a investir, voltarem a trabalhar, voltarem a criar riqueza e postos de trabalho”, defendeu, por último, António Costa.

Seguro critica Costa por não ter resposta para a dívida pública

“Temos de ter uma solução” O candidato às primárias e atual líder do PS criticou o seu adversário, António Costa, por não ter “uma resposta concreta” para as questões da dívida pública. “É impensável que não tenha uma resposta concreta para um dos problemas que o nosso país tem, que é o da dívida pública”, disse Seguro, em Felgueiras. Falando no final de uma ação de campanha da sua candidatura, Seguro recordou que até houve recentemente “um manifesto de várias dezenas de personalidades, da esquerda à direita, que refere também a necessidade de haver um compromisso na sociedade portuguesa, no sentido de dar resposta a este problema”. O candidato nas primárias de setembro recordou que o país tem uma dívida pública que é superior a 130%

do Produto Interno Bruto e que só em juros tem de pagar anualmente mais de sete mil milhões de euros. “Temos de ter uma solução para ela, de modo a que a nossa economia possa crescer e, simultaneamente, que se aliviem os sacrifícios sobre os portugueses”, defendeu. Seguro criticou também os “protagonistas políticos” que copiam agora as soluções que há muito tempo, como secretário-geral, defende para o país. “Nós definimos prioridades para a ação governativa, identificámos um caminho alternativo e hoje esse caminho está a ser copiado por vários protagonistas políticos no interior e fora do PS”, afirmou. Para Seguro, o facto de as suas propostas estarem a ser copiadas mostra que “são válidas e que, se tivessem

sido seguidas há mais tempo, de certeza que o país não estava na situação atual, de difícil consolidação orçamental”. Falando depois como secretáriogeral do PS, comentou a recente subida do rating da dívida pública portuguesa concretizada pela agência de notação Moody`s, considerando-a positiva. Recordou, porém, que o país já está habituado à “gula dos mercados financeiros e das suas instituições que, de uma vez para a outra, são capazes de fazer um combate especulativo”. O líder socialista insistiu na necessidade de haver “mecanismos europeus que combatam a especulação dos mercados financeiros, através da mutualização da gestão de parte da dúvida pública dos países da zona Euro”. Reclamou também a necessi-

dade de “uma maior capacidade de intervenção do Banco Central Europeu”. Seguro participou no sábado em ações de campanha da sua candidatura em seis concelhos do distrito do Porto. O dia terminou em Felgueiras, onde foi recebido por algumas centenas de militantes e simpatizantes na principal sala de espetáculos do concelho. Francisco Assis esteve presente e reafirmou o seu apoio a Seguro. “Parece absurdo que se venha dizer que ele não é capaz de ganhar eleições”, disse o deputado europeu, recordando que o atual secretário-geral ganhou recentemente dois atos eleitorais. “Apoio o António José Seguro, porque sou um defensor do princípio da estabilidade dos mandatos”, concluiu Assis.

INEM muito ativo no primeiro semestre

Média de 3400 chamadas de emergência por dia

O INEM atendeu uma média de 3400 chamadas de emergência por dia no primeiro semestre deste ano, num total de mais de 618 mil contactos. Em relação ao mesmo período do ano passado, foram atendidas mais 34 789 chamadas, o que representa um aumento de seis por cento dos contactos recebidos pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Os telefonemas feitos para o 112 são atendidos primeiro pela PSP, que encaminha para os CODU do INEM as chamadas que digam respeito a situações de emergência médica. Janeiro e março foram este ano os meses com maior número de chamadas de emergência, enquanto em fevereiro e abril se registou o menor número. No comunicado divulgado, o INEM aproveita para apelar aos cidadãos para que numa chamada urgente informem a localização exata, o número do qual estão a ligar, o tipo de situação, a idade e sexo das pessoas que necessitam de socorro e as principais queixas e alterações. “As perguntas colocadas pelos profissionais dos CODU são essenciais na atuação do INEM, pois permitem determinar o tipo de emergência e o meio de socorro mais indicado para dar resposta à situação”, destaca o INEM.

Três zonas balneares perdem bandeira azul

Falta de nadadoressalvadores A falta de nadadores-salvadores fez com que três zonas balneares perdessem a bandeira azul atribuída este ano, uma vez que o critério de segurança exige “pelo menos dois nadadores-salvadores por praia”, informou a Associação Bandeira Azul. Símbolo de qualidade das praias portuguesas, o galardão não vai ficar hasteado na Praia de Quiaios, na Figueira da Foz, e nas zonas balneares do Carapacho e da Vila da Praia, em Santa Cruz da Graciosa (Açores). Segundo a coordenadora nacional do programa Bandeira Azul, Catarina Gonçalves, estas praias “têm excelente qualidade”, mas “sem nadadores-salvadores é impossível hastear o galardão”. A origem do problema da falta de nadadoressalvadores difere entre as praias afetadas. No que diz respeito às zonas balneares de Santa Cruz da Graciosa, a situação “é recorrente, quase todos os anos é muito difícil encontrar nadadores-salvadores”, por “ser um sítio muito pequeno” onde não existe curso de formação para a atividade, sendo necessário a deslocação de profissionais para a ilha, concluiu Catarina Gonçalves.


economia

Segunda-feira, 28 de Julho de 2014

O Primeiro de Janeiro | 5

Prejuízo do BES Investimento desce 13% no primeiro semestre do ano

3,5 milhões de euros 1,5 milhões de euros

Empresa portuguesa em projeto eólico egípcio A Strix vai equipar um dos maiores parques éolicos egípcios com um sistema de radar português para impedir a mortalidade de milhões de aves migratórias que atravessam anualmente o país, num investimento superior a 1,5 milhões de euros. “Fomos selecionados como fornecedores únicos”, disse Miguel Repas, explicando que o projeto total do parque eólico (que inclui a sua instalação) é cofinanciado pela UE, pelos fundos do Governo alemão, via KfW, e pelo Banco Europeu do Investimento. O valor deste investimento público ultrapassa os 200 milhões de euros.

BESI registou prejuízo de 3,5 milhões de euros entre janeiro e junho, menos que os 4,1 milhões de euros em igual período de 2013. O Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) registou um resultado líquido negativo de 3,5 milhões de euros entre janeiro e junho, valor que compara com o prejuízo de 4,1 milhões de euros apurado em igual período de 2013. A informação consta nas contas individuais da entidade liderada por José Maria Ricciardi, que é detida a 100% pelo BES, disponíveis no portal do Banco de Portugal. Nota para o forte aumento das provisões durante os primeiros seis meses do ano, que cresceram 74% em termos homólogos para 56,7 milhões de euros. O crédito a clientes fixou-se em 761,8 milhões de euros, mais 10% do que no primeiro semestre do ano passado. Já o ativo total baixou 8% para 3,1 mil milhões de euros, ao passo que o passivo total recuou 10% para 2,6 mil milhões de euros. No que toca ao capital, houve um reforço de 4,6% para 453,1 milhões de euros. O BES vai apresentar os seus resultados do primeiro semestre na próxima quarta-feira, dia 30 de julho, após o fecho do mercado. A divulgação das contas do

Banca. BES vai apresentar os seus resultados do primeiro semestre na próxima quarta-feira, após o fecho do mercadoOmmy nonummy nullan banco agora liderado por Vítor Bento estava inicialmente agendada para a última sexta-feira (25 de julho), mas foi adiada. A apresentação dos resultados surge num momento conturbado para o BES, depois de nos últimos tempos terem sido tornados públicos vários problemas em empresas da área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES), que têm levantado receios de contágio ao banco, cuja gestão acabou de mudar de mãos. O BES divulgou em maio que uma auditoria pedida pelo Banco de

Salários odem aumentar

Sardinha protagonista nas vendas para fora

O economista chefe do Banco Central Europeu (BCE), Peter Praet, justificou, ontem, ao semanário alemão Der Spiegel que os salários aumentaram na Alemanha devido à boa saúde económica do país. Na Alemanha, onde “a inflação é baixa e o mercado de trabalho está numa boa situação”, os aumentos salariais são apropriados, disse o responsável. Por outro lado, continuou, em alguns países em crise da zona euro, que enfrentam o desemprego em massa, os acordos salariais com pequenos aumentos são “necessárias para recuperar a competitividade”.

As exportações de conservas cresceram quase 17% entre 2012 e 2013 e somaram quase 206 milhões de euros em vendas ao estrangeiro, nas quais a sardinha é protagonista. Para o secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), Castro e Melo, os dados não são uma surpresa já que esta indústria esteve desde sempre virada para a exportação, o que lhe permitiu atenuar os efeitos da crise. “Provavelmente, não sofreu os efeitos que outros setores sofreram porque é uma indústria que esteve desde sempre muito voltada para a exportação. A indús-

“Boa saúde económica na Alemanha”

Portugal às contas da Espírito Santo International (ESI) tinha detetado “irregularidades”. Segundo o documento, esta auditoria externa levada a cabo na ESI “apurou irregularidades nas suas contas e concluiu que a sociedade apresenta uma situação financeira grave”. No mesmo sentido, a comissão de auditoria do Espírito Santo Financial Group (ESFG), que é o maior acionista do BES, com 20,1%, “identificou igualmente irregularidades materialmente relevantes nas contas” da ‘holding’. O BES acrescentava que esta situação

podia afetar a sua reputação, apesar de o banco não ser responsável pela ESI e de a ESFG ter tomado medidas para acautelar problemas. Desde então, três «holdings? de topo do GES (ESI, Rio Forte e ESFG) avançaram com pedidos de gestão controlada no Luxemburgo, país onde têm as suas sedes, dada a impossibilidade de cumprirem os compromissos financeiros assumidos, nomeadamente, no que toca a dívida emitida e cujas maturidades já foram atingidas sem os devidos reembolsos aos investidores.

Exportações de conservas continuam a crescer

Exportações. “A indústria de conserva portuguesa viveu sempre muito dos mercados internacionais”, diz Castro e Melo

tria de conserva portuguesa viveu sempre muito, e continua a viver, dos mercados internacionais. Exporta-se para mais de 70 países, já há muito tempo“, sublinhou. Em 2013, as exportações de conservas de peixe atingiram cerca de 50 mil toneladas (ficando 16,3% acima da quantidade vendida no ano anterior) e cresceram 15,7% em valor, num total de 206 milhões de euros, “um dos maiores crescimentos dos últimos anos”, segundo o responsável da ANICP. As conservas de sardinha representam cerca de um terço deste volume, tendo sido exportadas cerca

de 18 mil toneladas em 2013 (9,8% mais do que no anterior) com o valor a aumentar para 84 milhões de euros (mais 18,3% do que em 2012), de acordo com as estatísticas oficiais da Datapescas. Seguemse o atum, com 10 mil toneladas vendidas em 2013, no valor de 56 milhões de euros, e depois as conservas de sarda e cavala, das quais se exportaram pouco mais de 8 mil toneladas (37 milhões de euros). Ao contrário do que acontece no comércio internacional, no mercado interno “80% do consumo ou mais” corresponde a conservas de atum.


desporto

6 | O Norte Desportivo

Segunda-feira, 28 de Julho de 2014

Australiano conquista a corrida mais emocionante da temporada

Vitória de Ricciardo Piloto da Red Bull chegou à frente do espanhol Fernando Alonso (Ferrari), segundo, e do inglês Lewis Hamilton (Mercedes), terceiro. O australiano Daniel Ricciardo conquistou, ontem, uma difícil vitória no Grande Prémio da Hungria de Fórmula 1, superando o espanhol Fernando Alonso e o inglês Lewis Hamilton, na que terá sido a mais emocionante corrida da temporada. Depois de a chuva ter baralhado as estratégias no arranque da corrida, as escolhas dos pneus e os respetivos momentos das trocas revelaram-se decisivos, tendo Ricciardo, que foi o último dos primeiros a fazer a derradeira troca, levado a melhor, conduzindo o seu Red Bull ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez na presente temporada, depois da vitória no Canadá.

Com os pneus em melhor estado, Ricciardo conseguiu, com duas ultrapassagens espetaculares, desembaraçar-se dos seus dois oponentes e vencer a prova, tendo Alonso também efetuado uma excelente corrida e conseguido conservar o segundo posto nas derradeiras voltas. Boa operação igualmente para Hamilton, que arrancou das «boxes» devido ao problema mecânico que surgiu no sábado no início da sessão de qualificação e que no arranque da prova se despistou, embora sem danificar seriamente o seu carro. As situações de «safety car» em pista ainda trouxeram algum benefício a Hamilton, que pode recuperar o atraso e ajustar o carro, tendo o piloto britânico acabado a prova num excelente terceiro lugar, ganhando três pontos ao seu companheiro de equipa, o alemão Nico Rosberg, que comanda o campeonato com 11 pontos sobre Hamilton. O Mundial de Fórmula 1 vai agora efetuar uma pausa, regressando apenas a 24 de agosto, com o GP da Bélgica.

Hungria. Depois de a chuva ter baralhado as estratégias, as escolhas dos pneus e os momentos das trocas revelaram-se decisivos

«Leão» Oriol Rossel assume

“Título é o objetivo” O espanhol Oriol Rosell, contratação do Sporting para esta temporada, afirmou, ontem, que os «leões”»têm “equipa para conquistar o título” e deixou elogios a William Carvalho, seu “rival” na luta por um lugar no “onze”. “Temos equipa para ganhar o título e tem que ser esse o nosso objetivo. Vamos seguir em frente, vamos lutar por isso. Temos

esse sonho”, afirmou Rosell aos jornalistas, após mais um treino do Sporting em Doorwerth, na Holanda, onde está a realizar um estágio de uma semana. Contratado ao Sporting Kansas City, da Liga norte-americana (MLS), o médio espanhol tem sido habitual titular nos encontros de pré-temporada, também devido à ausência de William Carvalho.

“É um grande jogador. É muito bom tê-lo na equipa, dá muita qualidade à equipa. Vamos lutar pelo mesmo lugar e acho que isso é positivo para todos”, referiu o jogador de 22 anos, acrescentado que os dois podem mesmo atuar juntos, por terem “características diferentes”. Hoje, às 18h00 de Lisboa, o Sporting joga frente ao Twente.

Colombiano brilhou durante o Mundial2014

Arsenal contrata guardar-redes David Ospina

O Arsenal anunciou, ontem, a contratação do guardaredes colombiano David Ospina, que alinhava nos franceses do Nice e que se evidenciou no Mundial2014. O clube londrino não divulgou pormenores sobre o contrato, mas de acordo com a imprensa francesa o jogador, de 25 anos, assinou por seis temporadas, tendo o Nice «encaixado» quatro milhões de euros. “David Ospina é um excelente guarda-redes, com muita experiência”, disse o técnico do Arsenal, Arsene Wenger. O guardião da Colômbia deve estrear-se com a camisola do Arsenal na Taça Emirates, na próxima semana, podendo mesmo fazer o primeiro jogo frente ao Benfica.

Dois franceses no pódio

Nibali vence Volta a França sem dúvidas

O ciclista italiano Vincenzo Nibali (Astana) venceu, ontem, a 101.ª Volta a França ao chegar no pelotão na 21.ª e última etapa, ganha pelo alemão Marcel Kittel (Giant-Shimano). Nibali, que venceu quatro etapas e andou 18 dias de amarelo, sucede no palmarés da maior prova velocipédica do calendário ao britânico Chris Froome (Sky) e é o primeiro italiano a subir ao lugar mais alto do pódio em Paris desde que Marco Pantani venceu o Tour1998. No pódio dos Campos Elísios, o ciclista de 29 anos foi acompanhado pelos franceses Jean-Christophe Péraud (AG2R) e Thibaut Pinot (FDJ). Tiago Machado e José Mendes, da NetApp-Endura e Nelson Oliveira (LampreMerida) concluíram a sua estreia no Tour.

Portugal vence Mundialito de Espinho

A seleção portuguesa conquistou, ontem, o Mundialito de futebol de praia, que decorreu na praia da Baía, em Espinho, ao golear o Japão por 8-2. A formação lusa cumpriu assim com o favoritismo, tendo terminado o torneio com três goleadas, depois de na sexta-feira ter derrotado a Hungria por 5-0 e de no sábado ter batido os Estados Unidos por 14-1. No encontro de ontem, Portugal demonstrou desde cedo a sua superioridade, tendo chegado ao final do primeiro período a vencer por 3-0, atingido o segundo com 7-2 e fechado o embate nos 8-2. José Maria, com três golos, foi o melhor marcador luso na partida, tendo sido secundado por Belchior (2), Jordan (1), Madjer (1) e Alan (1), enquanto Ozu marcou os dois tentos da formação nipónica. No outro encontro da jornada, a Hungria venceu os Estados Unidos por 5-2 e terminou o torneio na terceira posição, logo atrás dos japoneses e à frente dos norte-americanos.


Segunda-feira, 28 de Julho de 2014

publicidade

O Primeiro de Janeiro | 7


1868

Há 144 anos, todos os dias consigo.

Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

|

Diretor: Rui Alas Pereira (CP-2017). E-mail: ruialas@oprimeirodejaneiro.pt Publicidade: Conceição Carvalho E-mail: conceicao.carvalho@oprimeirodejaneiro.pt Morada: Rua do Vilar, n.º 235, 3.º, Sala 12, 4050-626 PORTO E-mail: geral.cloverpress@oprimeirodejaneiro.pt - Publicidade - Telefone: 22 096 78 46/ tlm: 912820679 Propriedade: Globinóplia, Unipessoal Lda. Edição: Cloverpress, Lda. NIF: 509 229 921 Depósito legal nº 1388/82

O PRIMEIRO DE JANEIRO, está on line e sempre atualizado em: www.oprimeirodejaneiro.pt

CONFLITO DE GAZA

Hamas aceita tréguahumanitária de 24 horas

O movimento islamita Hamas disse ontem que aceitava uma trégua humanitária de 24 horas na faixa de Gaza a contar a partir das 14:00 horas locais (12h00 em Lisboa), poucas horas depois de Israel ter retomado a ofensiva naquele território. “Em resposta a um pedido das Nações Unidas, os movimentos da Resistência (palestiniana) aceitaram uma trégua humanitária de 24 horas que começará às 14h00 (12h00 de Lisboa) de hoje”, indicou o porta-voz do Hamas, Sami Abou Zouhri, em comunicado, segundo avançou a France Press. Antes, o exército israelita tinha anunciado que iria retomar os ataques a Gaza, por terra, mar e ar depois de o movimento islamita Hamas ter continuado a disparar sobre Israel pondo unilateralmente fim à trégua humanitária de 12 horas. “Na sequência dos incessantes disparos de foguetes do Hamas durante a janela humanitária, que foi acordada para o bem da população civil em Gaza, a [força de defesa de Israel] IDF irá retomar a sua atividade aérea, naval e terrestre na Faixa de Gaza”, anunciou o exército, em comunicado. “Devido à flagrante violação da trégua humanitária pelo Hamas, o IDF está agora a retomar as atividades ofensivas”, escreveu o porta-voz militar Peter Lerner no Twitter.

Alberto João Jardim na festa da Herdade do Chão da Lagoa

“Madeira recusa fazer parte de um Estado Unitário” O presidente do PSD-M diz que a Madeira não aceita fazer parte de um Portugal que se declare de “Estado Unitário”. Ao intervir pela última vez como líder do PSD-Madeira, na festa da Herdade do Chão da Lagoa, propriedade da Fundação Social Democrata, Alberto João Jardim declarou que “a Madeira recusa, categoricamente, fazer parte de um Portugal que se diga Estado Unitário”. “Não se pode continuar a aceitar que a Constituição diga esta expressão que somos um Estado Unitário. É mentira, a Constituição mente, nós temos poder legislativo próprio e mente que é para aqueles tribunais e o Governo de Lisboa poderem, com pretexto nesta expressão falsa e mentirosa que é o Estado Unitário, poder continuar a fazer todas as arbitrariedades, a dizer que não temos direito a isto e aquilo para poder abusar de nós”, referiu. Alberto João Jardim realçou ainda: “Nós queremos estar na mesma Pátria portuguesa, mas só estaremos na mesma Pátria portuguesa se nos sen-

tirmos bem, queremos estar na Pátria portuguesa, mas com uma Constituição que seja aquilo que nós queremos para a nossa vida, não aceitamos estar na Pátria portuguesa com uma Constituição imposta pelas pessoas de Lisboa porque eles mandam em Lisboa, mas, na Madeira, mandam os madeirenses”. Por isso, Alberto João Jardim alertou que deve haver “cuidado com quem vamos apoiar no futuro na República portuguesa”. Para o líder do PSD-Madeira, Portugal está “numa situação em que os quatro grandes partidos são conservadores e não querem alterar nada”. “A esquerda, os comunistas fazem manifestações e berram na rua, mas quando se lhes diz vamos mudar isto, não querem. Os socialistas dizem não a tudo, mas quando a gente lhes pergunta afinal o que é vocês propõem: nada, manter tudo na mesma. Os partidos que estão na coligação – o PSD e o CDS – falam de reforma do Estado e o que é que eles fazem? Cortam nos salários, cortam nas pensões, rebentam com

direitos adquiridos. Isto não é reforma do Estado”, destacou Alberto João Jardim, concluindo que “com estes quatro partidos não vamos a parte nenhuma, se eles continuarem assim temos que fazer outra coisa, temos que caminhar noutra formação política, temos que fazer a mudança em Portugal”. O presidente do PSD-Madeira pediu aos militantes para que não deixem o partido cair “nas mãos dos que querem andar com isto para trás”, agradeceu o apoio que os madeirenses e os porto-santenses lhe dispensaram ao longo dos últimos 40 anos. Depois, Jardim dirigiu-se para o meio do recinto da festa onde apagou as velas do bolo dos 40 anos do PSD-Madeira: “Vim de vós, saio no meio de vós, quero terminar no meio de vós”. “Eu vou embora, mas a luta continua”, finalizou. O secretário-geral do PSD-Madeira, Jaime Ramos, e o presidente da JSD-M, Rómulo Coelho, foram outros intervenientes da Festa da Herdade do Chão da Lagoa.

Sete acidentes registados pela GNR

Um morto e 10 feridos graves Uma pessoa morreu e outras 10 ficaram feridas com gravidade em sete acidentes registados ontem nas estradas controladas pela GNR, segundo informou fonte oficial do comando-geral. Em Beringel, Beja, o condutor de um ligeiro de mercadorias morreu num despiste, pelas 13h00, quando seguia na Estrada Nacional 121. Ainda chegou a ser transportado para o hospital de Beja, mas chegou lá já sem vida. Também pela mesma hora, mas em Fonte da Aldeia, Miranda do Douro, o despiste de um carro pro-

vocou um ferido grave, que foi levado para o hospital de Bragança. Em Serpa, uma pessoa ficou ferida com gravidade depois de ser atropelada por um carro na EN 260. Mais a norte, em Lameiras, Santo Tirso, um carro e uma mota colidiram provocando um ferido grave, que foi encaminhado para o hospital de S. João, no Porto. Durante a madrugada de ontem, a GNR já tinha registado sete feridos graves em outros três acidentes. O despiste de um automóvel em Godim, Felgueiras, provocou feri-

mentos graves nos cinco ocupantes da viatura, que foram transportados para o hospital de Penafiel. Outro despiste, mas de um motociclo, causou ferimentos graves no condutor, que seguia numa estrada municipal junto a Louredo, concelho de Évora, segundo informou ainda a mesma fonte oficial da GNR. Na localidade de Vilela, em Paredes, uma colisão de um ciclomotor com um carro, pouco depois das 00h00, provocou um ferido grave que foi transportado para o hospital de S. João no Porto.

PSP atuou na Feira dos Pássaros no Porto

Devolvidas à natureza 245 aves A Feira dos Pássaros, no Porto, foi ontem palco de uma operação de combate à venda ilegal destes animais, tendo resultado na apreensão de 245 aves, que foram devolvidas à natureza, e na detenção de sete pessoas. De acordo com comunicado da entidade policial, esta ação foi fruto de um trabalho conjunto da PSP do

Porto, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Polícia Municipal do Porto, e decorreu, entre as 08h00 e as 12h00, na Feira dos Pássaros, no Porto. Por venderem ilegalmente aves, foram sete pessoas detidas, que serão hoje presentes junto das autoridades judiciárias. As 245 aves apreendidas – pintas-

silgos, tentilhões, verdelhões e outros pássaros – foram depois devolvidas à natureza no Parque Biológico de Ggaia. No mesmo comunicado, a PSP do Porto anuncia ainda a detenção de 10 pessoas em operações policiais em Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, oito das quais por condução sob o efeito do álcool.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.