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CAMPEÃO REGRESSA AOS TREINOS BENFICA É O PRIMEIRO A COMEÇAR OS TRABALHOS DA NOVA ÉPOCA

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Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

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DIÁRIO NACIONAL

Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

Ano CXLVI | N.º 153

Segunda-feira, 30 de junho de 2014

SEGURO E COSTA INTENSIFICAM LUTA PELO PS MAS SEM ESQUECER O PAÍS

DEBATE

PREC!SA-SE n Seguro insiste na necessidade de um frente-a-frente entre os dois candidatos à liderança do PS: “Lamento que António Costa continue a recusar debater comigo. Este era o momento de todos os socialistas e todos os portugueses conhecerem se há verdadeiramente propostas da sua parte. Eu estou disponível para esse debate”. Costa, por seu lado, prefere destacar a “necessidade urgente de uma mudança política” no país...

BAIÃO

Entidades juntam-se para “salvar último carvalhal autóctone do país”

MOTO-4

HPC confirma morte cerebral do menino de cinco anos

DAE

Desfibrilhadores das ambulâncias foram utilizados 4558 vezes e salvaram 447 vidas


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local porto

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

Entidades juntam-se em Baião para proteger o ambiente

No Porto

“Salvar último carvalhal autóctone do país” Salvar e estudar a maior mancha de carvalho alvarinho da Península Ibérica, situada em Baião, juntou três entidades, que criaram um centro de interpretação ambiental. Uma escola, uma autarquia e uma associação ambientalista, parceiras no projeto, informaram que estão reunidas agora as condições para concertar medidas de preservação e divulgação do carvalhal da Reixela, como é designado. “É um ecossistema muito importante para Baião e até para o país, mas tem de ser preservado, acima de qualquer divulgação”, começou por explicar Dora Pinto, presidente da Ecosimbioses, Associação Ambiental de Baião. A ambientalista sublinhou que aquela mancha florestal, com cerca de 15 hectares, a cerca de quatro quilómetros da sede do concelho, é “o último carvalhal autóctone do país”. A floresta, frisou ainda a mesma

REIXELA. O carvalhal “é um ecossistema muito importante para Baião e até para o país, mas tem de ser preservado, acima de qualquer responsável, agrega uma biodiversidade “muito rica” e “um grande potencial pedagógico e didático para a formação dos jovens”. Apesar disso, para Dora Pinto, “tem de haver equilíbrio entre a dinamização e a preservação do espaço, que é muito frágil, na fauna e na flora, e pela importância na fertilização dos solos e reprodução das espécies”. O Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil também integra a parceria, explicando o seu docente Rui Mendes que “a ideia de criar um centro de interpretação surgiu há três anos, no estabelecimento”.

Para o carvalhal estão previstos vários projetos, incluindo acordos com universidades e projetos internacionais na área da investigação. “Estamos a estabelecer parcerias que vão permitir o estudo mais aprofundado da fauna e da flora”, adiantou o mesmo professor. O estabelecimento de ensino preparou programas específicos para a utilização do carvalhal, em termos pedagógicos. Na escola vai ser lecionada uma disciplina específica em que os alunos terão “laboratórios vivos”. “Vamos ter aulas práticas que vão decorrer no carvalhal e levar os alunos do se-

cundário a participar em laboratórios vivos”, explicou ainda. Também para os alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo estão programadas atividades lúdicas e trabalhos práticos. O Centro de Interpretação Ambiental da Reixela também se propõe envolver os proprietários dos terrenos. “Cerca de 85% do carvalhal pertence a duas irmãs. Têm uma paixão incrível pelo carvalhal, e ficaram deliciadas quando lhes foi proposto um protocolo que visava a preservação daquele espaço”, contou Rui Mendes. O centro vai contactar os restantes proprietários para celebrar protocolos que permitam a administração de toda a área do carvalhal. Para Paulo Pereira, vice-presidente da Câmara de Baião, o projeto vai valorizar o concelho e a região. “Se juntarmos a esta iniciativa todas as outras que decorrem no concelho ao longo do ano, vamos ter uma valorização do daquilo que de bom se faz no concelho”, sublinhou, frisando o apoio do município. O projeto prevê um percurso pedestre que permitirá conhecer a biodiversidade existente. A parceria assenta num protocolo celebrado entre as três entidades, que prevê apoio financeiro da autarquia ao longo de cinco anos. Limpeza, conservação, desenvolvimento de uma página na Internet e candidaturas a programas nacionais e internacionais são algumas das competências do novo centro.

Manuel Ricardo é procurado por atiradores de todo o mundo

Coronhas feitas à (medida da sua) mão Artesão de S. Pedro de Rates, na Póvoa de Varzim, é uma referência mundial na arte de fazer coronhas e, com mais duas décadas de experiência, é procurado por atiradores desportivos e caçadores de todo o mundo. Manuel Ricardo, artesão de 44 anos, produz peças únicas para cada cliente, que se adaptam à ergonomia individual do atirador, otimizando, assim, a capacidade de disparo e, no caso dos atletas de competição, contribuindo para melhores resultados. Depois de herdar esta arte do avô e do pai, que faziam reparações em armas, Manuel Ricardo decidiu especializar-se neste trabalho abrindo uma oficina, que recentemente teve de ser ampliada e transferida para o clube de tiro local, onde os clientes podem, no local, testar as coronhas. A empresa de Manuel Ricardo tem conquistado vários mercados, como

Espanha, França, Brasil, Angola, Estados Unidos, Inglaterra, surgindo os pedido pela internet ou com a deslocação do cliente à oficina da Póvoa de Varzim, Sobre o início desta arte, o artesão contou que a iniciação na prática de tiro desportivo foi fundamental “para melhorar na construção das coronhas”. “Comecei a caçar muito cedo, envolvime no desporto também, o que me ajudou depois bastante a perceber o que os clientes precisavam. Comecei por dar uns tiros, fazer a primeira coronha para mim e com a envolvência com os atiradores começaram a pedir que fizessem para eles também”, revelou. Este especialista numa arte invulgar é considerado por muitos entre os melhores do mundo, e para Manuel Ricardo, “a especialização é que fez a diferença neste ramo”. “Isto é um trabalho muito personalizado. Para poder fazer

uma coronha à medida de um atirador tenho de o perceber muito bem em termos técnicos, como ele executa na competição. Acompanho caso a caso e acho que isso faz a diferença”, realçou o profissional que tem já a sua marca “Manuel Ricardo” registada como “Marca Poveira”. “É um processo muito artesanal”, acrescentou, sublinhando: “como fazemos muitas coronhas, de várias marcas e modelos, é preciso fazer cada encaixe muito minucioso em que não pode haver nenhuma falha”. Conhecido internacionalmente, ao Campo de Tiro de Rates (foto) vieram já centenas de atiradores fazer as suas coronhas, entre os quais algumas seleções. No entanto, houve alguns casos especiais, como contou Manuel Ricardo: “Temos casos particulares. Um espanhol, por exemplo, teve um acidente de mota e perdeu um braço e tive que

fazer uma coronha com punho especial para poder atirar só com uma mão”. Contudo, apesar dos pedidos não pararem de chegar, sobretudo através da internet, Manuel Ricardo não pensa ainda alargar a oficina nem o número de funcionários, preferindo continuar a “apostar na qualidade”. Francisco Poço é um associado do clube e um cliente das coronhas de Manuel Ricardo, e considera que a dedicação e a atenção aos pedidos dos clientes são vantagens, além da possibilidade de testar logo o material. “Perdemos menos tempo, é mais económico do que ir a um armeiro que pode ficar a muitos quilómetros”, realçou. Para o mesmo caçador, “cada arma deve ser preparada para o utilizador em função da sua altura, comprimento de braços. É basicamente como ir a um alfaiate para que a arma nos fique bem”.

PSP deteve 17 condutores

A PSP do Porto anunciou a detenção de 17 condutores, 15 dos quais por condução sob o efeito de álcool, no âmbito de uma operação de fiscalização rodoviária efetuada no Porto. Em comunicado, a PSP refere que a operação, que teve início às 03h00 e terminou às 09h00, foi desenvolvida “nos principais eixos rodoviários da cidade”, tendo como objetivo “a conjugação de uma vertente de prevenção e a dissuasão de comportamento de risco”. Além dos 15 condutores que foram detidos por conduzirem com excesso de álcool no sangue, a PSP deteve outros dois por condução sem habilitação legal. Nesta operação, a PSP identificou 789 condutores e respetivas viaturas, sendo que todos eles foram submetidos ao teste de álcool no sangue. A polícia registou ainda 59 infrações ao Código da Estrada e demais legislação rodoviária e apreendeu 32 documentos de viaturas. Em Sever do Vouga

Incêndio destruiu aviário

Um incêndio destruiu ontem de madrugada um aviário em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, matando “milhares de pintos”, informou fonte dos bombeiros locais. Fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Aveiro revelou que o alerta do fogo foi dado às 05h05, tendo a operação sido dada como terminada cerca de duas horas depois. O chefe de serviço dos bombeiros de Sever do Vouga disse que o pavilhão do aviário, localizado em Lameiradas, Paçô, “estava já todo tomado pelo fogo” quando a corporação chegou ao local, sendo as causas do incêndio desconhecidas. No local estiveram oito bombeiros, apoiados por três viaturas, da corporação dos Voluntários de Sever do Vouga.


regiões

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

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Criança envolvida em acidente com moto-4 morre em Coimbra

Menino não resiste A terceira criança envolvida, irmão da criança que ontem faleceu, está “estável com prognóstico reservado”. Escolha dos turistas

Elétrico 28 com “certificado de excelência”

O elétrico 28, que percorre com os turistas as zonas históricas de Lisboa foi distinguido com o certificado de excelência de 2014 do TripAdvisor, informou a empresa de transportes de Lisboa, CARRIS. Esta distinção do site de turismo deve-se ao “reconhecimento dos utilizadores, cuja opinião esteve na base da escolha”. Para o TripAdvisor, o percurso efetuado pelo elétrico 28 assume-se como “um dos roteiros turísticos mais visitados por turistas nacionais e estrangeiros que procuram conhecer as zonas históricas de Lisboa como o Castelo de São Jorge, a zona de S. Vicente de Fora, Alfama, Chiado e a Estrela”. Segundo a CARRIS, a carreira 28 de elétricos inaugurada em 1914 assinalou, no passado dia 1 de março, 100 anos ao serviço da cidade de Lisboa.

Fábrica de Beja vai produzir morfina

Um menino de cinco anos, de nacionalidade irlandesa, que se encontrava em estado crítico no Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) após um acidente de moto-4 em Penela, na sexta-feira, morreu, ontem, informou aquela unidade hospitalar. “Foi confirmada hoje [ontem] a morte cerebral da criança que se encontrava em estado critico”, refere a informação clínica divulgada pelo gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Ainda de acordo com a informação clínica, o menino de sete anos, irmão da criança que ontem morreu, continua internado na unidade de cuidados intensivos do HPC “está-

Penela. Duas das três crianças envolvidas num acidente de moto-4, na passada sexta feira, faleceram

vel e com prognóstico reservado”. As duas crianças ficaram gravemente feridas na sexta-feira num acidente com uma moto-4 na povoação de Casal Novo, Penela, em que morreu uma criança portuguesa, de seis anos, em consequência de ferimentos sofridos após o despiste do veículo. O condutor da moto-4, um homem de origem britânica, que foi detido na sequência do acidente, foi no sábado ao tribunal de Coimbra e ficou com termo de identidade e residência por determinação do juiz. “As três crianças iam a passear na moto-4, o condutor entrou em despiste e foram projetadas. Como não levavam capacete, sofreram ferimentos muito graves e uma faleceu no local”, disse na altura Raul Vasconcelos, comandante dos Bombeiros Voluntários de Penela. O condutor “abandonou o local e fugiu”, tendo mais tarde sido detetado pela GNR e levado para o posto territorial daquela força policial.

Homem aparece sem vida numa herdade

Encontrado morto Um homem de 59 anos foi, ontem, encontrado morto numa herdade situada próximo de Albernoa, no concelho de Beja, revelou a Guarda Nacional Republicana. Segundo a mesma fonte, as causas da morte do homem são ainda desconhecidas. A fonte da força de segurança adiantou que a investigação do caso passou para a alçada da Polícia Judiciá-

ria. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou que o alerta para a ocorrência registada na herdade dos Escudeirinhos, foi dado às 10h12. A fonte do CDOS acrescentou que, segundo informação dos bombeiros que estiveram no local, “havia suspeitas de que a vítima teria sido atacada por um cão”. Segundo o Jornal de Notí-

Projeto de Joe Berardo comemora Dia da Região

Os «frutos» da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projeto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região. Na zona do Alqueva, uma máquina especializada colhe as primeiras papoilas semeadas, em novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projeto da Macfarlan Smith. “O que o Alentejo oferece é a luz do sol, o calor, os solos, a forte capacidade dos agricultores e, mais importante, a barragem do Alqueva, que fornece a água”, frisa o diretor de operações para Portugal da Macfarlan Smith, Jonathan Gibbs. Após os resultados positivos de experiências feitas pela Macfarlan Smith no Alentejo, a empresa obteve, em março de 2013, a licença do Infarmed para plantar papoilas na zona do Alqueva, para depois extrair e produzir morfina para fins medicinais.

Jardim Tropical com entradas gratuitas amanhã

O Jardim Tropical Monte Palace, do empresário madeirense Joe Berardo, na freguesia do Monte, nos arredores do Funchal, terá visitas gratuitas para residentes no arquipélago no Dia da Região, a 1 de julho. O espaço foi este ano distinguido como um dos jardins botânicos mais bonitos do mundo pelo «European Best Destinations» e tem o “certificado de excelência” do Tripadvisor. Neste dia aquele jardim costuma receber milhares de visitantes, tendo em 2013 registado cerca de 5 mil. O espaço tem na sua área recantos de inspiração oriental, uma vegetação exuberante, com exemplares exóticas como próteas e cicas da África do Sul e azáleas da Bélgica.

cias, o homem, com 59 anos de idade, foi encontrado morto na herdade dos Escudeirinhos, em Albernoa/Trindade, concelho de Beja, junto dos cães que diariamente alimentava. O corpo apresentava vários ferimentos. Para o local, para além da GNR, foram mobilizados meios e operacionais dos Bombeiros Voluntários de Beja e uma VMER de Beja.


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nacional

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

Seguro espera que o Conselho de Estado seja “útil”

Fórum de Jornalistas pede novo congresso

“Consenso nacional” em torno da dívida O secretário-geral do PS espera que a reunião do Conselho de Estado de quinta-feira seja “útil” na criação de um “consenso nacional em torno da necessidade da renegociação das condições de pagamento da dívida”. “A convocação é oportuna. Espero que venha a ser útil e só será útil se saírem conclusões concretas desse Conselho de Estado”, disse António José Seguro, em Viana do Castelo. Para António José Seguro, “há necessidade do país estabelecer um consenso nacional em torno da necessidade de renegociação das condições de pagamento” da dívida portuguesa como forma de “aliviar os sacrifícios dos portugueses”. “Como é sabido há um consenso nacional e quem tem estado fora desse consen-

SEGURO. O líder do PS espera que possam ser retiradas conclusões concretas do Conselho de Estado, nomeadamente a “renegociação das condições de pagamento da dívida” so é o Governo. Espero que o Conselho de Estado ajude e contribua para que o Governo entre para dentro deste consenso nacional e que de facto possamos todos fazer o possível para aliviar os sacrifícios dos portugueses através de uma renegociação do pagamento da nossa dívida. Nós queremos pagar, queremos é melhores condições para o fazer”, sustentou. Questionado pelos jornalistas sobre a crise interna que afeta o Partido Socialista, Seguro disse que “há no país

um movimento de indignação por um problema que era desnecessário e que foi criado pelo António Costa a todo o Partido Socialista”. A sua responsabilidade, sublinhou, é “lutar contra esse problema e “transformar essa indignação num movimento de esperança para ir ao encontro daquilo que são os reais interesses dos portugueses”. Seguro adiantou ainda que esses interesses não passam “pela disputa de poder”, mas por “soluções concretas para resolver o problema do desempre-

“Liberdade de imprensa”

O Fórum de Jornalistas quer que

go e da recuperação do rendimento dos portugueses”. “Espero que os socialistas tenham oportunidade, de no próximo dia 28 de setembro [eleições primárias], dizerem o que lhes vai na alma”, adiantou Seguro durante a visita que efetuou às festas de São Pedro, em Barroselas, a convite do socialista José Maria Costa, presidente da comissão política concelhia e autarca de Viana do Castelo. O secretário-geral do PS lamentou ainda que António Costa “recuse” um frente-a-frente, porque “um debate” de ideias e de “esclarecimento” será sempre bom para os socialistas e para os portugueses. “Lamento que António Costa continue a recusar debater comigo. Este era o momento de todos os socialistas e todos os portugueses conhecerem se há verdadeiramente propostas de António Costa. Eu estou disponível para esse debate”, disse. Questionado sobre a importância dos apoios que a juntar à sua candidatura à liderança do partido se atribui mais peso, a dos autarcas ou de históricos do PS, respondeu: “O mais importante é ter o apoio da maioria do povo socialista. Inscritos e militantes”. Em Viana do Castelo, além do autarca local, Seguro contou com o apoio do presidente da Câmara de Melgaço, do líder da federação distrital socialista, e de Rui Solheiro, membro da comissão política e do secretariado nacionais do partido, entre outros responsáveis políticos locais.

António Costa quer um novo Governo socialista com força

“Urgente uma mudança política” O dirigente socialista considera “urgente uma mudança de política” no país e um novo Governo socialista “com força” e que faça a diferença. “Os portugueses disseram muito claramente nas eleições europeias que o tempo deste Governo acabou, o tempo desta política acabou e que é urgente uma mudança de política. E para mudar esta política é fundamental devolver confiança dos portugueses no PS”, disse António Costa num encontro com militantes, realizado no auditório do Paço da Cultura, na Guarda. O dirigente socialista alertou que nas eleições legislativas o partido não pode ter “a ambição de ter uma vitória pequena, porque o poder não existe por si próprio”. “Não podemos querer o poder pelo poder, para substituir uns ministros do PSD para pôr lá uns ministros do PS, ou pior, um resultado pequenino, pôr uns ministros do PS com mais uns ministros do PSD, porque o país seria ingovernável com um nível de fragmentação partidária como a que tivemos nas últimas eleições europeias”, observou, destacando: “Aquilo que os portugueses nos pedem é que nós nos batamos por fazer um novo Governo que possa fazer a diferença e para que esse

novo Governo faça a diferença tem que ser um Governo com força para fazer a mudança que os portugueses nos pedem”. Para tal objetivo, o PS tem que dar aos portugueses “um suplemento de confiança para dar mais força ao PS e com mais força do PS podermos mobilizar Portugal”. O também presidente da Câmara de Lisboa disse ainda no seu discurso que os desafios que o país tem pela frente “exigem a mobilização de todos”. “De todo o conjunto da sociedade em torno de uma agenda concreta, precisa, sobre a qual concentremos os poucos recursos que temos, mas toda a enorme capacidade que temos para persistentemente irmos vencendo, um a um, aqueles grandes obstáculos culturais que têm asfixiado a nossa capacidade de desenvolvimento”, sublinhou. O candidato às eleições primárias para a escolha do candidato socialista a primeiro-ministro referiu ainda que os portugueses pedem que o país saia do “círculo vicioso de vistas curtas em que o Governo está bloqueado, não conseguindo pensar para além dos impostos que sobem e dos benefícios sociais que são cortados”. “Nós temos de ser capazes de olhar para o futuro, de projetar uma ambição para lá do

curto prazo”, referiu, lembrando que propõe uma agenda para uma década para resolver os problemas estruturais de Portugal que inclui o reforço da coesão social, a modernização do tecido empresarial e da administração pública, entre outras propostas. Costa também referiu que o que permite credibilizar a política é “os políticos serem coerentes” e o primeiro teste é a capacidade de estarem próximos das pessoas e de “darem a cara nos momentos que são difíceis”. Como discursava num distrito do interior do país, Costa defendeu um “novo olhar” para o território e, atendendo ao mercado ibérico, disse necessário romper com a ideia tradicional de que a zona fronteiriça é interior. O mesmo dirigente socialista disse ainda que no PS “não há nem vencedores nem perdedores” e que os adversários do partido “estão lá fora”. “O PS é de todos e no PS não há nem vencedores nem perdedores. Todos vencemos quando o PS se reforça e é por isso que cá estamos todos, para dar mais força ao PS e, dando mais força ao PS, ajudar a mobilizar Portugal”, afirmou. O candidato a líder socialista e a pri-

meiro-ministro referiu que o PS é “uma grande instituição” feita “por milhares de mulheres e homens”, por isso não escondeu que recebeu “com grande satisfação” o apoio “da grande maioria dos fundadores do PS” no sábado divulgado. “Porque é essa continuidade dessa história que remonta há mais de quatro décadas, que todos nós temos o dever de ir prosseguindo, acrescentando, valorizando, com a noção que nunca fazemos nada sozinhos, mas fazemos todos em equipa, porque o PS tem que ser e será sempre uma grande equipa”, justificou. Por isso, Costa apontou que quando os socialistas têm divergências internas e debates internos, têm de saber uma coisa, podem divergir, mas os adversários estão fora do partido. “Já no passado divergimos e certamente no futuro voltaremos a divergir, mas os nossos adversários nunca estão cá dentro, os nossos adversários estão lá fora e é por isso que é fundamental travarmos este debate com espírito fraterno, de camaradagem, de unidade, porque no dia a seguir às eleições todos seremos socialistas, todos continuaremos a ser do PS e todos continuaremos cá a dar o melhor pelo PS”, concluiu.

o Sindicato realize “com a máxima urgência” um novo Congresso, afirmando num manifesto que “a liberdade de imprensa sofre um dos momentos mais negros da sua história”, desde abril de 1974. Num comunicado divulgado, o fórum, que reuniu na quinta-feira passada em Lisboa, decidiu criar três grupos de trabalho que irão analisar um diagnóstico da situação do jornalismo, de sensibilização da opinião pública para a degradação das condições de trabalho e suas consequências para a liberdade de imprensa, e a qualidade da democracia. Os grupos e trabalhos, que ainda abertos à participação de jornalistas, como explicou Sofia Lorena, uma das participantes, deverão apresentar a suas conclusões em setembro, quando o fórum conta voltar a reunir-se. “Entretanto, as discussões de cada grupo serão refletidas no blogue “forumjornalistas.wordpress.com”, onde todos poderão comentar esses trabalhos e fazer bem-vindas sugestões”, pode lerse ainda no mesmo documento. No Manifesto, o fórum afirma que o jornalismo “nesta altura, está em risco”. “Em causa está o próprio paradigma do direito e do dever de informar como sustentáculos fundamentais de uma sociedade moderna, livre e democrática”, mostra também o documento, onde se acrescenta: “É urgente pensar em soluções conjuntas para garantir que as centenas de jornalistas que nos últimos anos perderam os seus empregos possam, se essa for a sua vontade, voltar a trabalhar”. O Fórum lança ainda um apelo, segundo o qual “é obrigatório não prescindir de eleger os órgãos representativos em cada órgão de comunicação social (Conselho de Redação, Comissão de Trabalhadores e delegados sindicais)” e lança uma proposta: “Importa pensar se não será útil formar um colégio que junte representantes de cada um para tornar mais eficazes ações de luta e projetos jornalísticos”. No comunicado, o Fórum propõe ainda iniciativas futuras, como “ações de luta e protesto, lançamento de projetos de colaboração (vigílias, debater a eventualidade de uma greve geral; criação de um espaço de ‘coworking’ para precários, exploração das possibilidades de ‘crowdfunding’ e de organização de cooperativas”. O Fórum propõe também o “lançamento de um blogue com histórias individuais e coletivas de coragem da classe e retratos de alguns dos despedidos ou ameaçados de despedimento - o que fizeram, como contribuíram para a existência de uma opinião pública mais informada”.


economia

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

O Primeiro de Janeiro | 5

BPI dá hoje mais um passo para cumprir plano de reestruturação

Menos 28 agências Anúncio de Evo Morales

Bolívia aposta em energia nuclear pacífica

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que o país vai ter energia nuclear para fins pacíficos, ao apresentar o programa de governo para o período 2015-2020 e depois de ganhar as eleições de outubro. “Queremos e vamos contar com a energia atómica para fins pacíficos”, declarou. De acordo com as autoridades bolivianas, La Paz pediu a Buenos Aires e Paris ajuda para os primeiros passos na área nuclear. O presidente boliviano considerou que o país vive uma liberdade económica, política, social e cultural, devendo agora apostar na “libertação científica”.

Mínimo histórico de 0,15%

BCE devem manter taxas de juro iguais

As decisões monetárias do Banco Central Europeu (BCE) deverão influenciar o comportamento dos mercados esta semana, com os analistas a anteciparem a manutenção das taxas de juro na zona euro, nos 0,15%. Também neste dia será conhecido o valor final do indicador PMI Serviços para diversos países, referente ao mês de junho, entre os quais Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão, Brasil, Espanha, Itália, França, Alemanha. No mercado de dívida pública, haverá emissões em França, Alemanha, Espanha e França.

BPI tem vindo a reduzir balcões e trabalhadores com o objetivo de diminuir os custos operativos, plano elaborado com Bruxelas. Quase 30 agências do BPI não vão abrir as portas, hoje, depois de terem encerrado definitivamente no final da semana passada, no âmbito da reestruturação que o banco está a fazer na sua rede. Segundo uma nota informativa interna do BPI, emitida no fim do dia de sexta-feira, encerraram “definitivamente”, em concreto, 28 balcões do banco em Portugal continental. O BPI tem vindo a reduzir balcões e trabalhadores com o objetivo de diminuir os custos operativos e de cumprir com as metas do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, obrigatório depois de ter recebido dinheiro público em 2012. Uma das metas é a redução do número de balcões em Portugal para 684. Em março deste ano, segundo as contas do primeiro trimestre, o BPI tinha 696 balcões em Portugal. O banco está ainda a reduzir pessoal com vista a ter no máximo 6 mil trabalhadores na operação doméstica. Face aos 250 trabalhadores que o BPI quer que saiam este ano, o presidente da instituição, Fernando Ulrich, anunciou em junho que já saíram metade.

BPI. Uma das metas acordadas com a Comissão Europeia é a redução do número de balcões em Portugal para 684

Recorde-se que o BPI devolveu, a semana passada, a totalidade do dinheiro que o Estado injetou na instituição em junho de 2012 para o recapitalizar, com o reembolso dos 420 milhões de euros que restavam dos 1.500 milhões de euros iniciais, deixando de ter qualquer ajuda do Estado. “O Banco BPI reembolsou ao Estado Português 420 milhões de euros de obrigações subordinadas de conversão contingente (CoCo), depois de obtida a autorização do Banco de

Portugal”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Salientando que o reembolso acontece “três anos antes do prazo limite”, o BPI diz ter suportado 167 milhões de euros de juros com os «Coco» entre junho de 2012 e junho de 2014. De acordo com o calendário divulgado, o primeiro reembolso aconteceu a 13 de agosto de 2012 (200 milhões de euros), seguindo-se os restantes a 4 de dezembro de 2012 (100 milhões de euros), 13 de mar-

ço de 2013 (200 milhões de euros), 16 de julho de 2013 (80 milhões de euros), 19 de março de 2014 (500 milhões de euros) e 25 de junho de 2014 (420 milhões de euros). O Estado português fez injeções de capital no BCP, BPI e Banif, usando em grande parte a compra de instrumentos de capital convertível (os chamados «Coco bonds») para aumentar o capital dos bancos. Alguns bancos já amortizaram parte destas obrigações, além dos juros que estão obrigados a pagar regularmente.

«Novo» Parlamento Europeu começa hoje

Estrasburgo começa era «pós-crise» O «novo» Parlamento Europeu, saído das eleições europeias de maio passado, terá a sua sessão constitutiva entre amanhã e quinta-feira, em Estrasburgo, França, com os 21 deputados portugueses eleitos a ocuparem os seus lugares, distribuídos por quatro bancadas. O primeiro dia da sessão plenária do Parlamento será marcada pela eleição do presidente da assembleia, devendo o cargo voltar a ser ocupado pelo alemão Martin Schulz, em função do tradicional acordo já estabelecido entre as duas maiores famílias políticas, o

Estrasburgo. Durão Barroso vai apresentar resultados do Conselho Europeu da semana passada

Partido Popular Europeu (PPE) e Socialistas Europeus (S&D), que contempla a «divisão» da presidência, com um socialista a ocupar o cargo nos primeiros dois anos e meio da legislatura, e uma figura do PPE a suceder-lhe em janeiro de 2017. Além do presidente do Parlamento, serão eleitos os 14 vicepresidentes da assembleia para a legislatura que agora terá início, e que terá já um dos seus pontos altos daqui por duas semanas, numa segunda sessão plenária em Estrasburgo, com a eleição do futuro presidente da Comissão

Europeia, indo a votos o nome do luxemburguês Jean-Claude Juncker, designado na passada sexta-feira pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia. Nesta primeira sessão, destaque também para três debates, com a participação do ainda presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, designadamente sobre os resultados do Conselho Europeu da semana passada. Entre os 751 eurodeputados da nova legislatura, 21 são portugueses e mais de metade (11 em 21) vão sentar-se pela primeira vez no hemiciclo europeu.


6 | O Norte Desportivo

desporto

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

Mundial obriga Jorge Jesus a começar temporada com plantel a «meio»

Campeão Benfica de regresso ao trabalho Hoje, as oficinas do Seixal abrem as portas. Com algumas contratações e muitas ausências, Benfica inicia a época 2014/15. O campeão Benfica é o primeiro «grande» a iniciar a época 2014/15, dias antes de Sporting e FC Porto, que também arrancam sem vários futebolistas, a disputar o Mundial do Brasil. Manter o título nacional, Taça de Portugal e Taça da Liga obriga Jorge Jesus a trabalho precoce, tendo o Benfica ainda a responsabilidade de abrir a época desportiva, a Supertaça, frente ao Rio Ave. O Sporting, agora treinado por Marco Silva (ex-Estoril-Praia), começa o trabalho um dia depois, amanhã, enquanto o FC Porto, que apostou no treinador espanhol Julen Lopetegui (ex-seleção sub-21 de Espanha), arranca na quinta-feira. O Benfica perdeu os titulares indiscutíveis Siqueira e Garay, Rodrigo e André Gomes foram vencidos a um fundo e não se conhece o destino de ambos e Sílvio deverá regressar ao Atlético de Madrid. Kardec e Derlis, que não faziam parte dos planos do treinador, foram vendidos. Desfalcada na defesa, a «águia» reforçou-se com os laterais-esquerdos Benito (ex-FC Zurique) e Djavan (exAcadémica) e o defesa central César (ex-Ponte Preta), bem como com o extremo Candeias (ex-Nacional) enquanto o central Lisandro López e o extremo Pizzi regressam após uma época de empréstimos. Jorge Jesus ainda não vai contar com os mundialistas Ruben Amorim e André Almeida (Portugal), Enzo Perez (Argentina) e Maxi Pereira (Uruguai), sendo que o argentino Garay já foi confirmado no Zenit de São Petersburgo. O Sporting promoveu o regresso do médio João Mário (Vitória de Setúbal), contratou o lateral direito André Geraldes (ex-Istambul BB), o central Paulo Oliveira (ex-Vitória de Guimarães) e os médios Slavchev (exLitex) e Oriol Rosell (ex-Kansas City) e deixou sair, em fim de contrato, Gerson Magrão, Welder e Piris. O Mundial2014 impede que

Rui Patrício e William (Portugal), o argelino Slimani e o argentino Rojo se apresentem aos trabalhos dos «leões». O FC Porto perdeu o «polvo» Fernando para o Manchester City, tendo igualmente vendido os emprestados Iturbe ao Verona e Castro ao Kasimpasa: Fucile saiu em fim de contrato. Para já, os únicos «reforços» são o lateral direito Opare (ex-Standard de Liège), o guarda-redes Ricardo (exAcadémica) e, por oficializar, mas confirmado pelos jogadores, o médio Evandro (ex-Estoril-Praia) e o avançado Sami (ex-Marítimo). Em ano de Mundial, também o FC Porto vai reiniciar os trabalhos a meio gás, devido às ausências de Varela (Portugal), Mangala (França), Herrera e Reyes (México), Jackson Martinez e Quintero (Colômbia), Ghilas (Argélia) e Defour (Bélgica). Sporting compra no Japão

2015/2015. Benfica marca, hoje, regresso ao trabalho dos três «grandes». O Sporting começa amanhã e o FC Porto arranca quinta feira

Europeus de canoagem

Dupla portuguesa sub-23 alcança bronze em k2

As portuguesas Francisca Laia e Maria Cabrita terminaram, ontem, no terceiro lugar a final A de K2 500 metros em sub-23 dos Campeonatos da Europa de velocidade, disputados na localidade francesa de Mantes. A dupla lusa concluiu o percurso em 1.45,780 minutos, a 3,132 segundos das alemãs Sabrina Hering e Steffi Kriegerstein, que bateram a embarcação russa, de

Elena Anyshina e Kira Stepanova, por 0,120 segundos. Antes, já Joana Vasconcelos tinha sido a quarta a concluir a final de K1 500 metros em sub-23, em 1.56,876 minutos, mais 2,208 segundos do que a vencedora, a francesa Sarah Guyot. Os sub-23 Bruno Afonso e Nuno Silva levaram a sua C2 500 metros ao sétimo lugar da final A, igualando o resultado obtido pelos juniores Daniel Brito e Luís Ferreira em K2 500 metros. O também júnior Arménio José conseguiu o terceiro posto na final B de C1 500.

O Sporting anunciou, por outro lado, a contratação do futebolista internacional japonês Junya Tanaka, que assinou um contrato com os «leões» válido para as próximas cinco temporadas, no seu sítio oficial na Internet. “O Sporting Clube de Portugal, Futebol, SAD e o Kashiwa Reysol chegaram a acordo para que o jogador Junya Tanaka, represente o Sporting nas próximas cinco épocas. Ficou ainda definida uma cláusula de rescisão no valor de 60 milhões de euros”, lê-se no comunicado do Sporting. Junya Tanaka, de 26 anos, jogava no Kashiwa Reisol e já vestiu a camisola da seleção nipónica, mas não foi convocado pelo selecionador, o italiano Alberto Zaccheroni. Esperanças de Quintero

No Brasil, o avançado colombiano Juan Quintero, jogador do FC Porto e reserva da seleção colombiana no Mundial, afirmou ter grandes expectativas para o seu segundo ano na equipa portuguesa. “O meu primeiro ano foi uma bonita aprendizagem pelo que significa o FC Porto em Portugal, foi um trabalho de diaa-dia. Acho que vou ter agora uma grande oportunidade para fazer uma bonita temporada”, afirmou o jogador na zona mista do estádio do Maracanã, depois do jogo dos oitavos de final entre Colômbia e Uruguai.

Piloto francês vence o rali da Polónia

Mais uma para Ogier O francês Sébastien Ogier (Volkswagen Polo-R) venceu o rali da Polónia, que terminou, ontem, em Mikolajki, reforçando a sua liderança do Campeonato do Mundo de ralis (WRC). Ogier, que venceu cinco dos sete ralis já disputados, concluiu os 360 quilómetros das 24 especiais cronometradas com uma vantagem de 1.07,7 minutos sobre o norueguês Andreas Mikkelsen, seu companheiro de equipa, e de 2.13,5 minutos sobre o belga Thierry Neuville (Hyundai i20). Após o 21.º triunfo da sua carreira, o campeão do Mundo em título soma 166 pontos no WRC, mais 50 do que o finlandês e seu companheiro de equipa Jari-Matti Latvala, que terminou no quinto lugar no rali polaco. Mikkelsen ocupa o terceiro posto, com 83. O português Bernardo Sousa (Ford Fiesta RRC) terminou no 15.º lugar da geral e quinto na categoria WRC2, que foi vencida pelo estónio Ott Tanak (Ford Fiesta R5). “Foi um bom rali, fomos melhorando ao longo das etapas. Não alcançámos o pódio, mas é melhor do que nada e vamos tentar melhorar já na próxima prova, na Alemanha”, afirmou. Por outro lado, o português António Félix da Costa (BMW) concluiu no 20.º lugar a quarta corrida do Campeonato Alemão de Carros de Turismo (DTM), em Nuremberga, na Alemanha.


Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

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HONORIS CAUSA O País… e o desporto vivem tempos difíceis. São tempos de ausência de história e de cultura pelo que conduzem àquilo a que Morin designa por “pensamento mutilante” quer dizer, um pensamento errado não porque não tenha suficiente informação mas porque, por ausência de história e de cultura, é incapaz de compreender e ordenar as informações, as categorias e os saberes no Gustavo Pires* sentido de construir um processo de desenvolvimento. Em consequência, tal pensamento só pode conduzir a ações mutilantes cujos exemplos, infelizmente, não param de acontecer na superestrutura do desporto nacional: é a sovietização do desporto com a pulverização do País com centros de treino autênticos monumentos à incúria política do Bloco Central; é a criação da figura de Alto-comissário da Casa Olímpica da Língua Portuguesa no Rio de Janeiro espécie de anedota relativa aos mais elementares princípios que devem presidir ao espírito olímpico; é a realização na Índia dos “Lusofonia Games” que ficarão para a história do desporto nacional como os “Jogos Idiotas”; é a institucionalização de mais de uma dezena de Comissões no Comité Olímpico de Portugal (COP) que, à revelia da memória olímpica, só servem para “épater le bourgeois”; é a utilização dos mais diversos expedientes de cosmética política como, por exemplo, a utilização de crianças e dos anéis olímpicos no completo desrespeito pelos princípios e valores da Carta Olímpica; é a obscena Portaria 103/2014 que estabelece uma espécie de filosofia protofascista de prémios para os atletas de acordo com a filosofia mercantilista de que o que interessa é ganhar a qualquer custo; finalmente, à laia de uma espécie de cereja em cima do bolo, é um ridículo “honoris causa” para o COP o que, à semelhança da esquizofrenia da produção de “papers”, significa que já nem a universidade está a salvo da voragem mercadológica que varre a sociedade. E ao contrário daquilo que o Presidente do COP pomposamente afirmou na pobreza científica e cultural do discurso que proferiu na cerimónia em que foi atribuído o dito doutoramento “honoris causa” à instituição, o mal do desporto nacional não é falta de informação é falta de história, de cultura e de conhecimento capaz de gerar um projeto de desenvolvimento que, para além da portuguesinha vaidosa fulanização, esteja centrado nos interesses do País e dos Portugueses. Porque, o que se passa é que no desporto nacional até existe informação a mais tendo em atenção a capacidade daqueles que a deviam saber utilizar. Quem se der ao trabalho de ler a Regra 27 da Carta Olímpica relativa à “missão e papel cos Comités Olímpicos Nacionais” bem como o Artigo nº 12 da Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto (Lei nº 5/2007 de 16 de Janeiro) relativo ao COP pode concluir que são três as principais missões do COP: (1ª) constituir, organizar e dirigir a delegação portuguesa participante nos Jogos Olímpicos; (2º) promover a cultura e os valores do Olimpismo; (3º) proteger a utilização abusiva dos símbolos olímpicos no território nacional. Ora bem, não me quer parecer que sob este prisma a performance do COP tenha sido de molde a receber um “honoris causa”. Quanto à missão Olímpica o que aconteceu em Pequim (2008) ainda está bem presente na memória dos portugueses. No que diz respeito à promoção da cultura e dos valores Olímpicos a ignorância nacional acerca dos assuntos, aliás manifestada na própria cerimónia do “honoris causa”, revela bem o estado de incultura olímpica em que o País se encontra; Finalmente, quanto à defesa dos símbolos direi tão só que “em casa de ferreiro espeto de pau”. É claro que da participação portuguesa nos Jogos Olímpicos têm surgido alguns resultados a todos os títulos meritórios. Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora são nomes que fazem parte da memória dos portugueses. Contudo, os extraordinários resultados conseguidos ficam sobretudo a dever-se aos próprios, aos técnicos e aos clubes que os acolheram. Se desejavam atribuir um doutoramento “honoris causa” a uma instituição desportiva com um verdadeiro e alto significado no desporto nacional deviam ter começado pelos clubes. Por exemplo, entre outros, à Associação Naval de Lisboa fundada em 1856 ou ao Ginásio Clube Português fundado em 1875 que apresentam um vasto currículo de altos serviços prestados ao País e ao desporto.

Desfibrilhadores das ambulâncias foram utilizados 4558 vezes

DAE salvaram 447 vidas

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) anunciou que, em 2013, os desfibrilhadores automáticos externos (DAE) disponíveis em ambulâncias foram utilizados 4.558 vezes, contribuindo para que fossem salvas 447 vidas. Em comunicado, o INEM refere que, das 4558 utilizações de DAE, “em 532 casos o aparelho recomendou a administração de choque elétrico, sendo que 447 vítimas foram transportadas para uma unidade hospitalar com sinais de circulação espontânea”. “A utilização dos desfibrilhadores traduziu-se assim num número significativo de vidas salvas no próprio local da ocorrência, com recurso ao Suporte Básico de Vida (SBV) e à utilização dos desfibrilha-

dores por equipas de tripulantes de ambulância”, sustenta o INEM. A utilização precoce dos DAE, disponíveis nas ambulâncias do INEM, dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, “é um fator crítico de sucesso na cadeia de sobrevivência das vítimas com paragem cardiorrespiratória”. O INEM salienta que, além das ambulâncias, colaboraram no socorro às vítimas outros meios de socorro, nomeadamente viaturas médicas, ambulâncias de Suporte Imediato de Vida e motociclos de emergência médica. Em 2013, o INEM formou cerca de 600 elementos de corporações de bombeiros em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa, sendo que, atualmente, há

já cerca de 2900 operacionais formados. Ainda de acordo com o INEM, circulam a nível nacional 558 veículos equipados com DAE, entre ambulâncias do instituto (148) e ambulâncias operadas pelos bombeiros e Cruz Vermelha (410). O alargamento da instalação dos DAE a espaços públicos “permitiu igualmente um importante alargamento do acesso do cidadão à desfibrilhação precoce”, frisa também o INEM. O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de elétrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardiorrespiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não a administração de um choque elétrico.

Mostra “Álvaro Siza – Dentro do Ser Humano”

Exposição de Siza Vieira em Itália

O Mart – Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Trento e Rovereto, em Itália, mostra a partir de sexta-feira uma exposição que reúne desenhos, fotografias, maquetas e objetos de design que documentam o trabalho do arquiteto Siza Vieira. A mostra “Álvaro Siza – Dentro do Ser Humano”, que tem a curadoria de Roberto Cremascoli e conta com a participação do arquiteto português e de Chiara Porcu, responsável do arquivo de Siza, é da responsabilidade do gabinete de arquitetura Cremascoli, Okumura, Rodrigues Arquitetos. A exposição, que estará patente no Mart até ao dia 08 de fevereiro, “apresenta o itinerário artístico e profissional do arquiteto a partir de eventos históricos do país, o Portugal que surge de um longo período

de ditadura”. “Através de uma seleção de projetos (concluídos ou em construção), acompanhados de uma abundante variedade de desenhos, fotografias e maquetes”, a exposição pretende mostrar “o trabalho de conceção de Álvaro Siza dentro de um itinerário ‘metodológico’, baseado em experiências pessoais, curiosidade e no método de observação da realidade que atribui um papel central à relação entre o homem e a natureza como motor da história”, refere, em comunicado, a organização. Siza Vieira nasceu em 1933, em Matosinhos, tendo-se formado em arquitetura em 1955, no Porto, onde inicia a sua colaboração com Fernando Távora antes de abrir, também na cidade, o seu próprio gabinete. O restaurante Boa Nova e a piscina da Quinta da Conceição, ambos

em Leça da Palmeira, Matosinhos, são alguns dos primeiros trabalhos de Siza, que surgem a partir da segunda metade dos anos 50. Siza Vieira é autor de habitações e escolas, mas também de museus e centros culturais, como o Museu Iberê Camargo Foundation (Brasil) e o Museu da Fundação de Serralves (Porto), entre outros. Em Itália, Siza trabalha desde os anos 80 em estudos urbanísticos e projetos de arquitetura e restauro. Desde 2000 que projetou e realizou algumas estações de metro de Nápoles, bem como o restauro do Palazzo Donnaregina, sede do Museu Madre. Siza Vieira recebeu já vários prémios e reconhecimentos internacionais, como o Pritzker (1992) e o Leão de Ouro de Carreira (Bienal de Arquitetura de Veneza, 2012).

Ciclista campeão português de fundo

Nelson Oliveira faz a dobradinha

Nelson Oliveira (Lampre-Merida) juntou o título de campeão português de ciclismo de fundo ao de contrarrelógio, conquistado na sexta-feira, no Sabugal, sucedendo a Joni Brandão (Efapel-Glassdrive). Oliveira concluiu os 201 quilómetros em 5:32.15 horas, impondo-se a Sérgio Sousa (Efapel-Glassdrive), que ficou a cinco segundos, e a Tiago Machado (NetApp-Endura), que, depois de ter andado em fuga durante quase 40 quilómetros, terminou no terceiro lugar, a 12 segundos do vencedor.

Depois do desgaste no “crono” de sexta-feira, e a correr de trás para a frente em busca do fugitivo Tiago Machado, o corredor de Anadia só acreditou no triunfo mesmo em cima da meta. “No início não foi nada fácil porque as pernas não estavam a responder, mas quando se vai para a estrada é para tentar vencer! Esta prova foi muito mais difícil do que o contrarrelógio e, no final, não tinha a certeza se conseguiria apanhar o Tiago”, reconheceu. Especialista na luta contra o re-

lógio, na qual já foi campeão diversas vezes, Oliveira disse, de sorriso aberto, já não se lembrar da última vitória numa prova em linha. “Saio daqui com motivação extra para treinar e para levar a camisola nacional para o estrangeiro durante o próximo ano, se possível já a começar no Tour”, garantiu. Joni Brandão, que defendia o título conquistado em Pataias, não foi além do quinto lugar, a 32 segundos de Oliveira, ao gastar mais um segundo do que André Cardoso, quarto classificado.


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