VOLTA COMEÇA COM POLÉMICA SÉRGIO GUERREIRO NÃO VAI CORRER PELA SELEÇÃO PORTUGUESA
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DIÁRIO NACIONAL
Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
Ano CXLVI | N.º 175
Quarta-feira, 30 de julho de 2014
PIRES DE LIMA CONFIANTE NA CONTINUIDADE DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA
VAMOS
CRESCER
n O ministro da Economia mostra-se confiante na continuidade do processo de recuperação económica em Portugal e admitiu que a economia portuguesa irá crescer e o desemprego continuará a descer este ano. “Estou confiante na continuidade deste processo de recuperação económica. Acho que a economia portuguesa vai crescer em 2014 e o desemprego, de uma forma gradual, vai continuar a decrescer”, destacou Pires de Lima, no Alqueva...
BOLHÃO
Oposição critica autarquia pela forma como está a gerir a questão da reabilitação do Mercado
PR!MÁRIAS
Seguro e Costa apresentam candidaturas com orçamentos idênticos (165 e 163 mil euros)
UCRÂNIA
União Europeia adota sanções económicas contra a Rússia
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Quarta-feira, 30 de Julho de 2014
Oposição critica autarquia devido à gestão do financiamento
Reabilitação do Bolhão em causa A oposição na Câmara do Porto critica a autarquia pela forma como está a gerir a questão do financiamento da reabilitação do Mercado do Bolhão, e a CDU falou mesmo em “cenários” para um modelo de concessão. “Está a criar-se um cenário de dizer que não há dinheiro para justificar a mudança para um modelo do passado, de concessão”, afirmou Pedro Carvalho, da CDU, em declarações aos jornalistas no fim da reunião camarária privada. Ricardo Almeida, do PSD, criticou a Câmara por deixar por aprovar “fundos de valor substancial” relativos à valorização do património” ainda no âmbito dos atuais programas de financiamento comunitário, nomeadamente no âmbito do programa Jessica, orçado em 21,3 milhões de euros. O social-democrata Amorim Pereira defendeu ser tempo de a maioria liderada pelo independente Rui Moreira em coligação com o PS “definir o modelo que pretende para o Bolhão”. “Rui Mo-
BOLHÃO. A reabilitação do tradicional mercado da baixa portuense continua a dar muito que falar e a dar pouco que fazer… reira tem dito que ainda não tem claro o modelo porque depende do financiamento, mas, do ponto de vista político, devia haver um modelo assumido”, defendeu o vereador do PSD. “Ficou no ar a ideia de uma definição do processo em setembro, quando estiver definido o acordo de parceria relativamente ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, mas se a Câmara está a fazer tudo [para conseguir financiamento comunitário] já devia estar a tentar assegurar as verbas junto do Governo e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da
Região Norte”, referiu ainda Pedro Carvalho. Em conferência de imprensa realizada no dia 19, a CDU criticou a Câmara do Porto por estar “a fazer de conta” que resolve o problema do Mercado do Bolhão alertando que, na ausência de “discursos retóricos”, a candidatura a fundos comunitários “já tinha sido apresentada”. Honório Novo, deputado da CDU na Assembleia Municipal, alertou ainda para a possibilidade de se estar a equacionar a possibilidade de “de concessionar o espaço a uma entidade privada,
transformando um mercado de frescos de gestão pública numa espécie de centro comercial”. Na reunião de ontem, Pedro Carvalho insistiu na aplicação do regime das 35 horas de trabalho semanais, em conformidade com o acordo firmado entre a autarquia e os sindicatos. “Receio que o impasse e este compasso de espera para tentar ter conhecimento do parecer pedido pelo Governo à Procuradoria Geral da República possa por em causa os acordos assinados com a autarquia”, observou o vereador da CDU. Ainda ontem de manhã, os trabalhadores do município reuniram-se em “plenário/concentração” nos Paços do Concelho e, de acordo com a resolução do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), “apelam à tomada de uma decisão política do executivo com vista à concentração efetiva do período normal de trabalho semanal nas 35 horas”. A Câmara do Porto revelou não ser possível a cedência definitiva do foral de Matosinhos à autarquia daquele concelho, devido a um “parecer negativo da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas” que afirma ser “ilegal o desmembramento da coleção do Arquivo Histórico do Porto”. Na sessão camarária de 15 de julho, a maioria deixou a intenção de elaborar uma proposta para substituir o empréstimo do documento pela cedência definitiva do mesmo.
Casos agudos do Centro de Reabilitação do Norte
“Via verde” no Hospital de Gaia A Comissão de Trabalhadores da STOs utentes do Centro de Reabilitação do Norte (CRN) vão passar a usufruir, em casos agudos, de uma “via verde” no atendimento no Hospital de Gaia, conforme foi anunciado na assinatura de um protocolo entre ambas as partes. O CRN, inaugurado em Valadares, concelho de Gaia, em fevereiro, é gerido pela Santa Casa de Misericórdia do Porto (SCMP) que ontem de manhã celebrou um protocolo “de colaboração para atuação no âmbito da Medicina Física e Reabilitação” com o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho (CHVNG/E). À margem da cerimónia, o provedor da SCMP, António Tavares, explicou que o objetivo deste protocolo é “criar condições para que os doentes que estão no CRN que tenham, por qualquer motivo, um incidente mais agudo possam ir para o CHVNG/E em situação de urgência”.
O responsável falou da criação de “uma espécie de via verde” que permitirá “uma articulação direta entre os profissionais de saúde que estão no CRN e a equipa do hospital de Gaia que esteja na urgência”. “Pretende-se reforçar o conforto dos utentes de forma a tornar o menos penosa possível a estadia das pessoas em situação hospitalar”, disse António Tavares. O presidente do conselho de administração do CHVNG/E, Silvério Cordeiro, acrescentou, como objetivos desta parceria, “a possibilidade um doente que foi alvo de uma cirurgia e precisa de uma reabilitação prolongada, encontrar no CRN um meio primordial para esse processo”. “No hospital de Gaia, na reabilitação, não temos internamento. Não há qualquer quebra da carteira de serviços, o que há é sim uma valorização para bem da população que servimos”, descreveu. Durante o seu discurso, António Tavares, referiu que em setembro pre-
tende alargar a abrangência do CRN e, posteriormente, aos jornalistas, o provedor adiantou que a unidade de Valadares vai receber o serviço de incapacidades e de baixas/doenças profissionais da Segurança Social. “É natural que passem a existir aqui muitas mais pessoas com os mais variados tipos de necessidades. Algumas das respostas o CHVNG/E e os centros de saúde poderão dá-las, mas é natural que outras sejam dadas por outras instituições”, acrescentou. Questionado sobre se contaria com a colaboração da Santa Casa de Misericórdia de Gaia, uma vez que Tavares se dirigiu, no seu discurso, ao provedor dessa instituição local, afirmando que “em breve” celebrariam um protocolo de colaboração, o provedor da SCMP disse “ser importante ter a Misericórdia de Gaia também envolvida neste processo para que se traduza em melhor cobertura do território local”. Também à margem da sessão – e
a propósito do investimento de 10 milhões de euros de que será alvo o CHVNG/E, conforme se ficou a saber na última quarta-feira – Silvério Cordeiro apelidou a obra de “modelar” e descreveu a importância da empreitada. “Perspetiva-se que depois não podemos parar. Face à população que servimos, de referência direta de 350 mil pessoas, indireta de 700 mil e cobrimos 40 por cento da região Norte em algumas especialidades, os presidentes das câmaras [Gaia e de Espinho] têm sido incansáveis no apoio ao CHVNG/E”, disse Cordeiro, acrescentando: “Esperamos arrancar com a obra o mais breve possível, após o visto do Tribunal de Contas. É uma obra fundamental. Iniciar-se-á com dez milhões numa primeira fase e esperamos que tenha uma segunda e uma terceira fases de dez milhões cada para levar a cabo um módulo que vai permitir ligar os diferentes edifícios e potencializar melhores cuidados de saúde”.
Europeu de Sub-20 de hóquei em patins
Câmara e Federação assinam protocolo
A Federação de Patinagem de Portugal (FPP) e a Câmara Municipal de Valongo assinaram ontem o Protocolo de Organização do Europeu de sub-20 de hóquei em patins, entre 06 e 11 de outubro, em Valongo. Portugal vai receber pela 11ª vez a organização do Campeonato da Europa Sub-20 de hóquei em patins, o que não acontecia desde 2003, altura em que Vale de Cambra foi sede de um dos 17 títulos europeus conquistados pela seleção nacional. Sucedendo às cidades de Lisboa, Paço de Arcos, Barcelos, Anadia, Sesimbra, Porto e Vale de Cambra, caberá agora ao município de Valongo acolher esta competição que Portugal tentará vencer pela quarta vez consecutiva, após os triunfos na Alemanha (2008), Itália (2010) e França (2012). Fernando Claro, presidente da FPP, mostrouse satisfeito com a parceria e esclareceu que “o facto de Valongo se ter sagrado campeão nacional de hóquei em patins pela primeira vez na história do clube ajudou a que a cidade fosse escolhida”. “Valongo respira hóquei em patins e, por isso mesmo, fazia todo o sentido que se realizasse aqui. O facto de o clube da cidade ter sido campeão nacional da modalidade ajudou a este desfecho”, afirmou o dirigente. Fernando Claro apelou ainda ao “apoio do público, para encher o pavilhão”. “Portugal é campeão do mundo neste escalão e, por isso mesmo, a fasquia está muito elevada e vamos lutar para revalidar esse título. Precisamos do pavilhão cheio para ajudar à festa”, disse ainda o presidente. A organização da competição contará, também, com a colaboração da Associação Desportiva de Valongo.
regiões
Quarta-feira, 30 de Julho de 2014
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42 diretores de serviço do hospital subscrevem documento para ministro
“Situações graves” no Garcia de Orta Segundo o documento, HGO enfrente problemas como adiamento de cirurgias e exames por falta de profissionais e equipamento adequado.
Vereadores da oposição faltam a reunião
Polémica em Cascais Quatro vereadores da oposição em Cascais, do PS e da CDU, recusaram-se, ontem, a participar na reunião da Câmara, liderada por uma coligação PSD/CDS, devido a uma “ilegalidade da convocatória” e falta de informação sobre pontos em discussão. Num comunicado assinado em conjunto pelos vereadores socialistas João Cordeiro, Teresa Gago e Alexandre Sargento, é referido que “não foram respeitados os prazos mínimos legais de convocatória e disponibilização da documentação” para poder discutir e votar os pontos previstos na ordem de trabalhos. Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, PS e CDU quiseram “fugir à discussão”.”Como já se tinha visto no passado, ficou claro que preferem que fique tudo como está no edifício Nau. PS e PCP mostram à sociedade que têm a politiquice no lugar da política, o truque e o tacticismo no lugar da estratégia e o radicalismo no lugar da moderação. É impossível confiar em eleitos tão irresponsáveis como são dos do PS e do PC em Cascais”, afirmou. Carlos Carreiras explicou que a proposta aprovada põe fim a um processo “altamente complexo” relacionado com o Hotel Nau, um edifício abandonado e inacabado de cinco pisos situado junto à estação ferroviária de Cascais.
Mais de 40 diretores de serviço do Hospital Garcia de Orta, em Almada, subscreveram um documento que revela situações graves na instituição, como o adiamento de cirurgias, consultas e exames por falta de profissionais e equipamentos ultrapassados. O documento, ontem tornado público, é subscrito por 42 diretores, que representam a Comissão Médica do Hospital Garcia de Orta, e foi enviado para o Ministério da Saúde, a Ordem dos Médicos, grupos parlamentares da Assembleia da República, entre outros. Um dos subscritores do documento, que não quis ser identificado, revelou as suas apreensões, considerando que a qualidade do serviço está ameaçada. Este médico, e diretor de serviço, adiantou que a falta de pessoal já levou à paralisação de blocos operatórios, nomeadamente por carência de especialistas. O médico lamentou que o Hospital Garcia de Orta, que atende toda a região do sul de Portugal, não seja tratado da mesma forma do que outros hospitais em Lisboa, reconhecendo que a instituição não tem a mesma força do que o Hospital de São João, no Porto, cujas reivindicações – algumas das quais comuns aos dois hospitais – foram cumpridas após ameaça de demissão dos diretores de serviço. O clínico disse que, para já, não está decidida uma demissão em bloco, mas garante que estão a ser ponderadas medidas mais duras. Material com 20 anos de uso
No documento que seguiu para Paulo Macedo, os médicos referem que “a saída de muitos médicos e enfermeiros do hospital, o impedimento da ação gestionária do Conselho de Administração e das estruturas intermédias de gestão do hospital, por via da centralização administrativa, no que concerne a políticas de recursos humanos e compras,
Garcia de Orta. Mais de 40 diretores de serviço do Hospital em Almada subscreveram um documento que revela situações graves na instituição
Escolas e tribunais
GNR de Viseu preocupada com possíveis fechos
O novo comandante do comando territorial de Viseu da GNR, Óscar Rocha, admitiu, ontem, que o anunciado encerramento de escolas e de tribunais no distrito poderá exigir uma grande atenção para manter a “tranquilidade e ordem pública”. Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia de tomada de posse, Óscar Rocha considerou que se avizinha um período
“algo conturbado” para a GNR, quer devido aos incêndios florestais, quer a “algumas medidas que, eventualmente, poderão vir a efetivar-se” e ter “algum eco” no que considera serem “os níveis normais de manutenção da própria tranquilidade e ordem pública”. Óscar Rocha – que substitui Eduardo Seixas - assegurou que a GNR tentará sempre “ser parte da solução e não parte do problema”. “Talvez sermos elementos facilitadores na procura de uma solução que minimize esses efeitos”, acrescentou.
afetará gravemente a prossecução da missão do Hospital Garcia de Orta e da sua atividade assistencial”. “Não nos assiste outro objetivo se não o de chamar a atenção aos órgãos da tutela, para a degradação, em termos de recursos humanos, que esta unidade hospitalar, mercê de causas internas e externas, tem vindo a sofrer, na esperança de que da análise do mesmo resultem recomendações que possam contribuir, para a melhoria da equidade e acesso a cuidados de saúde com qualidade no nosso hospital em particular e na Península de Setúbal, em geral”, prossegue a Comissão. Outra preocupação destes chefes de serviço – entre os quais a ex-ministra da Saúde Ana Jorge – prende-se com o estado dos equipamentos médicos, “em muitos casos completamente obsolescentes e com necessidade de substituição ou modernização urgente”. “Existem casos gritantes, como o da pediatria médica, com incubadoras, ventiladores mecânicos e monitores com 20 anos de uso, que pese embora ainda funcionantes, têm taxas de operacionalidade que comprometem a qualidade dos cuidados prestados”, refere a comissão no documento. Também nos cuidados intensivos de adultos há dificuldades, com “camas de 20 anos de uso, completamente inadequadas às necessidades atuais daquele tipo de doentes em termos de posicionamento ideal, não só pondo em causa a qualidade de assistência prestada como condicionando igualmente um elevado índice de lesões músculo-esqueléticas dos seus profissionais de enfermagem e assistentes operacionais”. Mais camas em Castelo Branco
Por outro lado, o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, disse, em Castelo Branco, que a região Centro tem uma oferta de mais de duas mil camas para cuidados continuados. “Neste momento, temos 1.995 camas abertas de cuidados continuados”, às quais se juntam as 40 camas da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, a inaugurar na sextafeira, disse José Tereso.
nacional
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Quarta-feira, 30 de Julho de 2014
Pires de Lima e Assunção Cristas no Alqueva
“Estou confiante na recuperação económica” O ministro da Economia mostra-se confiante na continuidade do processo de recuperação económica em Portugal e admitiu que a economia portuguesa irá crescer e o desemprego continuará a descer este ano. “Estou confiante na continuidade deste processo de recuperação económica. Acho que a economia portuguesa vai crescer em 2014, o desemprego, de uma forma gradual, vai continuar a decrescer”, destacou Pires de Lima. Segundo o ministro da Economia, a descida do desemprego “é uma batalha que nos deve mobilizar a todos, porque o desemprego é muito alto em Portugal, mas tem vindo, felizmente, a descer e é
ASSUNÇÃO CRISTAS. A ministra da Agricultura frisou que 2014 e 2015 “vão ficar marcados na história de Portugal como os anos em que mais regadio se instalou no país” importante que continue a descer”. António Pires de Lima falava os jornalistas perto da aldeia de S. Brissos, no concelho de Beja, onde presidiu, com a ministra da Agricultura, à cerimónia de inauguração do Adutor Pisão/Beja, que implicou
um investimento de 37,1 milhões de euros e irá garantir a adução de água à barragem dos Cinco Reis e servir 10.700 hectares de dois blocos de rega do projeto Alqueva. “Acredito muito na economia portuguesa baseada no casamento saudável entre
investimento público reprodutivo, do qual o Alqueva é um belíssimo exemplo, e a vontade empreendedora, que crescentemente se manifesta em Portugal e de uma forma muito particular no setor agrícola e agroindustrial”, disse. De acordo com o ministro, a recuperação da economia portuguesa “vive da força das exportações, isto é, da competitividade de múltiplos setores da nossa economia, e da capacidade de continuarmos a atrair investimento qualificado e responsável para Portugal”. “Essa é a minha luta, a minha prioridade”, frisou. Na cerimónia, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, frisou que 2014 e 2015 “vão ficar marcados na história de Portugal como os anos em que mais regadio se instalou no país”. Trata-se de “cerca de 50 mil hectares de regadio” que estão ou vão ser instalados este ano e em 2015 só na região do Alqueva, “já para não falar de outras áreas do país, onde os regadios públicos continuam a bom ritmo”, disse a ministra. “Isto é, de facto, extraordinário”,
frisou Assunção Cristas, referindo que o regadio é uma “ferramenta incontornável” para o “desenvolvimento profundo” da região do Alqueva e, “naturalmente, para ajudar à recuperação económica” de Portugal. Relativamente ao problema da TAP, Pires de Lima disse que o crescimento é “indubitável” e manifestou o desejo de ver a normalidade operacional regressar à empresa nas próximas semanas. “Que a TAP está em crescimento é indubitável e todos nos alegramos por isso”, disse o ministro, manifestando “o desejo de ver a normalidade operacional regressar à TAP nas próximas semanas, durante o mês de agosto. Penso que é o desejo de todos, a começar pelo presidente da TAP, que também apontou para esse objetivo”. Segundo António Pires de Lima, a “crise de crescimento da TAP” está a ser acompanhada “de perto” pelo Ministério da Economia, através do secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro.
Seguro com orçamento de 165 mil euros para as Primárias
António Costa formaliza candidatura às Primárias do PS
Manuel Machado é o mandatário
Orçamento de 163 mil euros
A candidatura do secretário-geral do PS, António José Seguro, anunciou que apresentará um orçamento de campanha para as primárias na ordem dos 165 mil euros, valor que foi avançado pelo dirigente socialista João Proença. O ex-secretário-geral da UGT falava após ter estado presente no ato de formalização da candidatura de António José Seguro para as eleições primárias de 28 de setembro, que terá como mandatário nacional o presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado (foto). João Proença e os dirigentes socialistas Alberto Martins, João Soares e Jamila Madeira entregaram as 1500 assinaturas (número máximo de acordo com o regulamento) ao presidente da comissão eleitoral das primárias, Jorge Coelho, o mesmo número que, aliás, também foi apresentado pela candidatura de António Costa momentos antes na sede nacional do PS. “De acordo com as regras do regulamento, as candidaturas às primárias, no momento em que são formalizadas, têm de apresentar um projeto de orçamento. Foi isso que fizemos, apresentando um projeto no
montante global de 165 mil euros”, referiu o ex-secretário-geral da UGT. No entanto, ao contrário do que antes fizera o mandatário nacional da candidatura de António Costa, Carlos César, João Proença escusou-se para já a especificar quanto é que a sua candidatura espera receber do PS e quanto tenciona recolher em donativos privados. “Haverá uma contribuição do partido, que depende do número total de candidaturas apresentadas, e também algumas contribuições provenientes de militantes. Mas isso só será definido após 14 de agosto e competirá à comissão eleitoral esclarecer essa matéria”, sustentou João Proença. Após o ato de formalização da candidatura de António José Seguro, o presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu que as eleições primárias constituirão “um passo importante para o processo de mudança do partido e do país”. “É um projeto de valores, com uma divisão clara entre política e negócios, visando o aprofundamento da democracia. Neste caminho, não estamos apenas a dar passos de combate ao Governo, mas também passos significativos em defesa da democracia e de uma mudança estrutural necessária para Portugal”, concluiu Alberto Martins.
O ex-presidente do Governo Regional dos Açores Carlos César entregou o número máximo de 1500 assinaturas para formalizar a candidatura de António Costa nas eleições primárias do PS, que terá um orçamento de 163 mil euros. Esta verba, destinada à campanha das eleições primárias de 28 de setembro foi avançada por Carlos César, mandatário nacional da candidatura de António Costa, sendo que 150 mil euros serão provenientes do PS e 13 mil de donativos privados. Ladeado pelo socialista José Manuel Mesquita e pela deputada do PS Ana Catarina Mendes, Carlos César afirmou que o objetivo da candidatura de António Costa, no plano financeiro, é gastar “o mínimo possível” e “garantir a máxima transparência”. “A estimativa de donativos será de pouco mais do que uma dezena de milhar de euros. De qualquer modo, a nossa intenção é canalizar esses donativos, não os recebendo e gerindo-os de imediato, mas fazendo com que sejam canalizados através do próprio PS”, justificou o ex-presidente do Governo Regional dos Açores. Carlos César disse que a intenção é a de que os donativos privados “entrem por via do PS, com uma transparência total nesse domínio”. “A prioridade é não só gastar o mínimo possível, como também pedir ao PS que gaste o mínimo possível neste processo”, frisou. Ainda neste contexto, o mandatário nacional do presidente da Câmara de Lisboa advertiu que, se o PS diminuir a sua contribuição para as candidaturas - ou seja, se o valor proveniente do partido não for de 150 mil euros -, também a candidatura de Costa diminuirá as suas despesas na campanha na mesma proporção de redução.
Interrogado sobre quando é que António Costa entrega o documento referente às grandes opções de Governo – moção que tem de ser entregue obrigatoriamente até 14 de agosto –, Carlos César disse que está em fase de “redação final, na sequência da recente convenção de Aveiro” [no sábado passado]. “Será seguramente entregue nos próximos dias”, acrescentou. Já sobre o facto de mais de 20 mil pessoas se terem já inscrito online como simpatizantes para votarem no ato eleitoral de 28 de setembro, Carlos César declarou que, na realidade, “o processo está a suscitar grande entusiasmo na sociedade portuguesa”. “Sentimos que esta candidatura é de socialistas e de não socialistas. É uma candidatura de portugueses que têm esperança numa vida nova e em Portugal”, acrescentou. Carlos César já antes justificara a necessidade da candidatura do presidente da Câmara de Lisboa nas primárias socialistas, entre outros fatores, com base no resultado obtido pelo PS nas últimas eleições europeias, que venceu com 31 por cento, contra cerca de 28 por cento da coligação PSD/CDS. De acordo com o ex-presidente do Governo Regional dos Açores, na noite eleitoral das europeias, os líderes da maioria de Governo, Passos Coelho e Paulo Portas, terão acreditado que ainda seria possível vencer as próximas eleições legislativas. “Cresce o descontentamento face à política do Governo, mas na mesma proporção não cresce a confiança na alternativa que a atual direção do PS protagoniza. É essa a grande responsabilidade de António Costa”, concluiu Carlos César.
Quarta-feira, 30 de Julho de 2014
economia
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Reunião magna cancelada a pedido de dois dos maiores accionistas
BES desconvoca assembleia geral de amanhã Tribunal de Comércio do Luxemburgo aceitou colocar a Rio Forte e o ESFG, ‘holdings’ do GES, sob gestão controlada.
Crédito concedido às famílias cai no mês de junho
Menos 400 milhões O crédito concedido às famílias caiu mais de 400 milhões de euros em junho para os 133.345 milhões de euros, e os empréstimos atribuídos às empresas recuaram mais de 700 milhões de euros para os 96.110 milhões. De acordo com o Banco de Portugal, a banca concedeu 133.345 milhões de euros às famílias portuguesas em junho, um decréscimo de 434 milhões de euros face ao mês anterior. Em junho, tanto o crédito concedido para habitação como o concedido para consumo e outros fins registou uma queda face a maio. O crédito à habitação caiu 291 milhões de euros para os 108.947 milhões de euros e o crédito ao consumo e outros fins recuou 143 milhões de euros para os 24.398 milhões de euros. No entanto, a quebra mais acentuada nos empréstimos em junho verificou-se nos que foram concedidos às empresas não financeiras. A banca tinha concedido 96.852 milhões de euros em maio e em junho concedeu apenas 96.110 milhões, menos 742 milhões de euros, de acordo com o banco central. Por outro lado, a taxa de poupança das famílias na zona euro manteve-se nos 13% no primeiro trimestre do ano, tal como nos últimos três meses de 2013, permanecendo igualmente inalterada na União Europeia, nos 10,6%.
A Assembleia-Geral Extraordinária do Banco Espírito Santo (BES), agendada para amanhã, foi desconvocada a pedido dos dois maiores acionistas, o Espírito Santo Financial Group (ESFG) e o Crédit Agricole, segundo um documento enviado à CMVM. Esta reunião magna de acionistas tinha sido convocada inicialmente pelo ESFG, o principal acionista do BES com 20,1% do capital do banco, a 7 de julho, tendo a mesma entidade apresentado um aditamento a 14 de julho, data em que o segundo maior acionista, o francês Crédit Agricole, com quase 15%, também apresentou uma proposta no mesmo aditamento. “Acabam os referidos acionistas de solicitar a desconvocação daquela assembleia, dando-se sem efeito as propostas formuladas”, lê-se no comunicado disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “O ESFG invoca os ‘factos supervenientes e inesperados’ entretanto ocorridos, entre os quais, a apresentação dessa sociedade a um pedido de gestão controlada no Luxemburgo. Por seu turno, o Crédit Agricole dá o seu acordo ao pedido de desconvocação formulado pelo ESFG, pedindo que seja retirada a proposta por si apresentada”, de acordo com o documento enviado pelo BES ao supervisor. “Esta solicitação implica que se dê sem efeito a totalidade das propostas formuladas, esvaziando consequentemente de conteúdo a reunião da Assembleia Geral prevista para o dia 31 do corrente” mês, salientou o comunicado assinado pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral do BES, Paulo de Pitta e Cunha. A desconvocação da AG, na qual seriam ratificadas as cooptações de Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato pelos acionistas, não afeta a legitimidade dos responsáveis para desempenhar os cargos.
“A desconvocação da AssembleiaGeral Extraordinária não tem qualquer impacto na legitimidade das cooptações, na medida em que, tal como está previsto legalmente, as cooptações devem ser submetidas a ratificação na primeira Assembleia-Geral seguinte”, salientou fonte oficial do BES. O anúncio da desconvocatória da Assembleia-Geral acontece no mesmo dia em que o Tribunal de Comércio do Luxemburgo aceitou colocar a Rio Forte e o ESFG, ‘holdings’ do Grupo Espírito Santo (GES), sob gestão controlada. Na semana passada, o tribunal já tinha tomado decisão idêntica em relação ao pedido de gestão controlada da Espírito Santo International (ESI). As três «holdings» da GES apresentaram pedidos de gestão controlada ao abrigo da lei luxemburguesa por não estarem em condições de cumprir as suas obrigações no que respeita ao pagamento das dívidas. Granadeiro «fora» da Oi
BES. Presidente da PT, Henrique Granadeiro, já não fará parte do conselho de administração da nova empresa que resulta da fusão com a Oi
Contraciclo com Europa
Bolsa de Lisboa fecha sessão com queda de 1,29%
O PSI20, principal índice da bolsa portuguesa, perdeu, ontem, 1,29% para 6.384,73 pontos, em contraciclo com as principais praças europeias, arrastado pela queda superior a 10% dos títulos do BES. Das 19 cotadas que compõem atualmente este índice - após a saída do Espírito Santo Financial Group (ESFG) – 15 desvalorizaram, uma perma-
neceu inalterada (Banif) e três ganharam valor (Portucel, Semapa e Altri). O BES foi o título mais penalizado da sessão, ao desvalorizar 10,60% para os 0,39 euros, no dia em que foi desconvocada a assembleia-geral extraordinária do banco. Por outro lado, os juros da dívida de Portugal a dois e cinco anos desceram para mínimos de sempre (0,730% e 2.057% respectivamente), enquanto os que foram feitos a 10 anos subiram em relação a segunda-feira, para 3,572%, contra 3,570%.
Por outro lado, o presidente da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, já não fará parte do conselho de administração da nova empresa que resulta da fusão entre a operadora portuguesa e a Oi, cujo acordo inicial previa que seria vice-presidente. Em comunicado enviado ao regulador brasileiro ao final da noite de segunda-feira, a Oi dá conta do “prosseguimento das etapas finais da operação de reorganização societária”, depois do novo acordo que acomodou a situação de a PT ter investido cerca de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, «holding» do Grupo Espírito Santo (GES), que falhou o pagamento na data prevista. De fora, face ao comunicado do acordo de fusão enviado à CMVM no início de outubro de 2013, ficam Henrique Granadeiro e ainda Nuno Vasconcellos, da Ongoing, continuando neste caso Rafael Mora. Não farão parte ainda do novo órgão os representantes do BES José Maria Ricciardi e Amílcar Morais Pires, que entretanto já não pertencem ao conselho de administração do BES.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Quarta-feira, 30 de Julho de 2014
Maior prova do ciclismo nacional começa hoje com etapa desde Fafe
Volta a Portugal sem sul e candidatos óbvios 76.ª Volta a Portugal encontrou novos portos de abrigo, mas ainda não será este ano que o pelotão rumará ao Sul
Com um pelotão consideravelmente mais fraco, pela qualidade das equipas estrangeiras, não se esperam grandes surpresas, já que apenas o espanhol Luis Leon Sanchez (Caja Rural), mais preocupado em preparar a Volta a Espanha, o alemão Stefan Schumacher (Christina Watches-Kuma) ou os trepadores da 4-72 Colombia apresentam currículo a não descurar. Já o ciclista português Ruben Guerreiro, vencedor da Volta a Portugal do Futuro, recusou-se a integrar a seleção lusa. “Simplesmente não veio”, disse o selecionador português, José Poeira
Mais do que em anos recentes, a 76.ª Volta a Portugal parte para a estrada, hoje, em Fafe, sem um candidato óbvio a vitória final, com o estado de forma e anímico dos favoritos a ser uma grande incógnita. David Blanco venceu a Volta a Portugal pela quinta vez (2012), estabeleceu um novo recorde e aposentou-se. No ano passado, estava aberta a luta pela sucessão, com dois dos seus melhores amigos, Alejandro Marque e Gustavo Cesar Veloso, a prolongarem a aura do galego, ao subirem ao primeiro e segundo lugares do pódio final em Viseu, depois de derrotarem Rui Sousa, o terceiro, no contrarrelógio. O triunfo do Marque, o eterno trabalhador de equipa convertido, finalmente, em líder, não mereceu contestação, com o espanhol a ser aplaudido por todos, num momento raramente consensual no pelotão português. Mas o sonho rapidamente se transformou em pesadelo e, um positivo por betametasona ainda por ilibar/punir, impediu o homem de A Estrada, Pontevedra, de defender o seu título Quem sucede a Marque?
Na ausência do vencedor, o mais fácil era apontar para o seu vice, mas Veloso está longe de ter tido a sua melhor época. Além disso, devido a problemas com o diretor desportivo, só hoje se sabe se a OFM-Quinta da Lixa participa na Volta. Neste setor, destacam-se Rui Sousa, que reparte a liderança da Rádio Popular-Onda com o sempre presente, mas não suficientemente diferenciador, Daniel Silva, ou Edgar Pinto, chefe de fila da LA-Antarte a par de Hugo Sabido. Entre os candidatos das equipas nacionais, sobre ainda Hernâni Broco (Louletano-Dunas Douradas) que, ao contrário dos seus rivais, não tem de partilhar responsabilidades, tendo uma equipa inteira a trabalhar pelo objetivo, nunca alcançado, de subir ao pódio da Volta a Portugal.
Sul sem a visita do pelotão
Volta a Portugal. No dia 10 de Agosto, Lisboa assiste à consagração do vencedor. Quem sucederá ao galego Alejandro Marque
Dois particulares em dois dias
Jorge Jesus leva 28 jogadores para jogos na Suíça
O técnico Jorge Jesus chamou 28 jogadores para os dois particulares que o Benfica vai disputar na Suíça, com vários futebolistas a continuarem ausentes devido a problemas físicos. O Benfica enfrenta o FC Sion e o Athetic Bilbao, hoje e amanhã, em Yverdon-les-Bains e em Fribourg, respetivamente. Para a deslocação à Suíça, o
técnico não vai poder contar com os lesionados Luisão, Lisandro Lopez, Pizzi, Jardel, Fejsa e Sulejmani. A lista de convocados integra os reforços Benito, Luís Felipe, César, Candeias, Talisca, Victor Andrade, Bebé e Derley, bem como alguns jovens da formação, como Bruno Varela, João Cancelo, Lindelof, Ivan Cavaleiro, Bernardo Silva e João Teixeira. Loris Benito afirmou, ontem, que tem aprendido com o técnico Jorge Jesus, deixando elogios à estrutura do clube, em declarações à Benfica TV.
A 76.ª Volta a Portugal em bicicleta encontrou novos portos de abrigo, mas, apesar da intenção do Joaquim Gomes, ainda não será este ano que o pelotão rumará ao Sul, ficando o percurso restringido à parte superior do mapa. Em ano de renovação de contratos trianuais com as Câmaras, o diretor da maior prova velocipédica nacional propôs-se a recuperar o Alentejo e o Algarve, ausentes desde 2008, como rota de passagem da prova, uma intenção que não passou disso mesmo, depois das negas de cidadeschave, como Tavira ou Loulé. No entanto, Joaquim Gomes trouxe uma fatia de Trás-os-Montes de novo para a Volta a Portugal e conseguiu cidades inéditas, sempre acima do Tejo, para substituir as suspeitas do costume, num traçado de 1.613,4 quilómetros entre Fafe e Lisboa, que terão nas invariáveis Senhora da Graça (Mondim de Basto) e Torre (Seia) e na estreante Serra do Larouco os seus momentos mais decisivos. A 10 de agosto, já com as contas (quase) todas feitas, o camisola amarela passeará a sua vitória nos 167,1 quilómetros entre a novata aldeia de Burinhosa, concelho de Alcobaça, e a Avenida da Liberdade, em Lisboa. O pelotão vai rolar em direção ao centro da capital portuguesa, passando por Torres Vedras junto à estátua de Joaquim Agostinho num gesto de homenagem ao grande campeão falecido há 30 anos, antes de poder finalmente respirar de alívio e festejar.
FC Porto contrata defesa aos italianos da Roma
José Angel confirmado O FC Porto anunciou, ontem, a contratação do defesa espanhol José Ángel, que jogava nos italianos da AS Roma, nas contas oficiais do clube nas redes sociais. “Bem-vindo, José Ángel!”, lê-se página dos portistas no Facebook, no qual surge associada uma imagem dos exames médicos do lateral esquerdo, de 24 anos, que alinhou nas últimas duas temporadas na Real Sociedad, por empréstimo da formação romana. José Ángel é a 11.ª contratação dos «dragões», juntando-se a Ricardo (exAcadémica), ao ganês Daniel Opare (ex-Standard de Liége/ BEL), ao holandês Martins Indi (ex-Feyenoord), aos brasileiros Casemiro (ex-Real Madrid) e Evandro (ex-Estoril-Praia), ao argelino Brahimi (ex-Granada) e aos compatriotas Óliver Torres (ex-Atlético de Madrid), Christian Tello (ex-FC Barcelona) e Adrián Lopez (exAtlético de Madrid) e ao guineense Sami (ex-Marítimo). Ontem, também, o FC Porto anunciou que vai abrir uma escola de futebol Dragon Force em Bogotá “para o estreitar de relações com uma instituição colombiana”. A apresentação desta parceria está marcada para hoje, com as presenças do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e de Jackson Martínez e Quintero.
Quarta-feira, 30 de Julho de 2014
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JARDIM, JAMAIS TERÁ PAZ POLÍTICA “Esqueçam que existi. Deixem-me em paz” Alberto João Jardim. Complementa o DN-Madeira: “Este é o retrato da sua desilusão. Será que consegue imaginar a dos outros, a dos que não deixou em paz?”. A questão é, exactamente, essa. Vejo a fotografia da herdade com um painel que assume: “39 anos, 47 vitórias”. Pergunto, de que André Escórcio* valeram, quando elas foram construídas no meio do quero, posso e mando, da ofensa e de uma forma reles de governar porque baseada em contornos autocráticos? De que valeram, quando a população está pobre, cada vez mais assimétrica e dependente? De que valeram quando o povo foi atraiçoado através de um discurso politicamente violento, de constante presença de um inimigo externo para salvaguarda da sua imagem, quando toda essa omnipresença traduziu-se em uma dívida pública que dificilmente será paga, apesar de uma terrível austeridade? De que valeram quando se sentiu o “único importante” da Madeira, espezinhou políticos e pessoas de ciência, utilizou meios ilegítimos para a sua propaganda (Jornal da Madeira, por exemplo), quando se marimbou e ofendeu a Assembleia Legislativa enquanto primeiro órgão de governo próprio? De que valeram essas vitórias eleitorais quando toda a sociedade foi subtilmente capturada através de um apertado controlo de quase todo o associativismo? Ah, inaugurou muito! Pois, se não o tivesse feito, com tanto dinheiro disponível, o problema não seria político, mas de polícia. E, ainda assim, está em curso (tarda a conclusão) o processo “Cuba Livre”. A questão que há muito se coloca é a de saber, com outros actores políticos e com uma democracia respeitada, se não teria sido feito mais e melhor, de forma socialmente justa, estável e sustentável. A questão é essa que só agora muitos começam a perceber. De que valeram essas 47 vitórias se hoje o partido que ainda lidera está completamente estilhaçado, pois poucos o respeitam? Ora, ninguém vai esquecer-se que existiu, porque a memória das pessoas vai ditar que jamais a Madeira poderá correr o risco de permitir políticos do tipo “duracel”, daqueles que não dormem a pensar na próxima jogada. Por isso, politicamente, Jardim pode ficar com uma certeza, é que ninguém, mesmo com toda a benevolência e tolerância, do ponto de vista político, não o vão deixar em paz. Tal como não deixou tantos outros, na Madeira e no País. www.comqueentao.blogspot.com
Duarte Lima “acusado de crimes vergonhosos”
“Vivi uma espécie de morte cívica” Duarte Lima, arguido no processo Homeland, relacionado com crédito obtido no BPN para aquisição de terrenos em Oeiras, disse em julgamento que está “acusado de crimes vergonhosos” que afetam a sua honestidade, negando o seu envolvimento. Duarte Lima considera que é a sua vida que “está em causa” no julgamento na 7.ª Vara Criminal de Lisboa. Na intervenção que realizou na sessão de julgamento, o ex-deputado afirmou que está “acusado de crimes vergonhosos”, que afetam a sua “honestidade” e “honra”, pelo que reafirmou a “inocência quanto aos crimes” de burla qualificada, abuso de confiança e branqueamento de capitais. “Não posso ser condenado por aquilo que não fiz”, referiu Duarte Lima. Na exposição que leu no tribunal, Duarte Lima referiu que ficou demonstrado em tribunal que “não foi praticado nenhum dos crimes” que lhe foram imputados. “No contexto desta investigação e acusação, e de todo o aparato público, deixei de ser
um homem, para passar a ser uma etiqueta, um selo, um carimbo, um símbolo que representava a incarnação do mal. Vivi uma espécie de morte cívica”, disse. O antigo presidente do grupo parlamentar do PSD criticou o procurador da República neste processo, afirmando que José Nisa “não foi capaz de se libertar do preconceito” contra o arguido e lembrou que “logo na primeira audiência”, o magistrado evidenciou “preconceito”. “Quando faltam os substantivos, usam-se os adjetivos. Quando falta a substância crua dos factos, usa-se o colorido da adjetivação”, acentuou Duarte Lima. Esse “preconceito” foi vincado pelo procurador “na parte das alegações finais em que usou a metáfora sobre a ‘caça’, para descrever o procedimento que adotou no processo”. “O procurador disse que se posicionou neste processo como o ‘caçador’, que furtivamente, vigilante, às vezes como se estivesse no escuro da noite, perscrutando a direção do vento, atento ao ruído das folhas que caem das árvores, se prepara para capturar
a presa – sendo que a presa sou eu”, frisou, assinalando ainda que este processo teve um efeito “destrutivo e devastador” na sua vida e na do filho, Pedro Lima, também arguido. O julgamento tem também como arguidos o sócio de Duarte Lima, Vítor Raposo, Francisco Canas e os advogados João de Almeida Paiva e Pedro de Almeida Paiva. Duarte Lima, Pedro Lima e Vítor Raposo constituíram o fundo Homeland para a aquisição dos terrenos em Oeiras, em 2007, nas imediações do local onde esteve prevista a sede do Instituto Português de Oncologia (IPO), projeto que foi abandonado mais tarde. Nacionalizado em novembro de 2008, o BPN, que também tinha participação na Homeland, emprestou à sociedade de Duarte Lima, Pedro Lima e Vítor Raposo um total de 42.995.000 euros. A próxima sessão está marcada para 29 de agosto, para que o coletivo de juízes apresente alteração da qualificação de crimes imputados aos arguidos, após o qual deverá ser agendada a leitura do acórdão.
OCDE seleciona projeto do Alto Minho
“Educação para o Empreendedorismo” O projeto de empreendedorismo promovido junto de 350 alunos do Alto Minho foi o único, a nível nacional, selecionado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para ser apresentado em novembro na Alemanha como “estudo de caso”. De acordo com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, o projeto-piloto intitulado “Educação para o Empreendedorismo” e dinamizado junto de 15 turmas, do pré-escolar, primeiro e segundo ciclos de ensino básico em agrupamentos de sete municípios do distrito de Viana do Castelo. “Foi considerado um dos vinte projetos mais inspiradores, no âmbito do ‘Entrepreneurship 360’, a par de outros exemplos internacionais de boas práticas de países como a Alemanha, Grécia, Itália, Espanha, Holanda, Inglaterra e Finlân-
dia”, pode ler-se na nota de imprensa da CIM do Alto Minho. Desenvolvido em parceria pela CIM do Alto Minho, Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e Centro Educativo Alice Nabeiro - Associação Coração Delta, foi desenvolvido no ano letivo 2012/2013 com o objetivo de “promover competências e atitudes empreendedoras desde os primeiros anos da escolaridade obrigatória, abrangendo crianças dos 3 aos 12 anos”. O projeto vai ser alargado no próximo ano letivo com a aprovação da candidatura “Alto Minho INVEST” pela Autoridade de Gestão do Programa Operacional Regional do Norte. No ano letivo 2014/2015 será dinamizado em todos os dez concelhos da região envolvendo cerca de 750 alunos 30 docentes. “Pretendeu-se fomentar a apropriação social do espírito e cultura empre-
endedora nos três primeiros níveis de ensino através da criação de ambientes de aprendizagem motivadores, gratificantes e exigentes que promovessem o espírito de iniciativa, a capacidade de gerar e aplicar ideias e uma maior criatividade e autoconfiança, reforçando estes elementos em todos os currículos e áreas de estudo”, explica a estrutura que agrega os dez municípios do distrito de Viana do Castelo. Em novembro, em Potsdam, Alemanha, o projeto será apresentado como “estudo de caso”, durante um seminário internacional. O modelo desenvolvido no Alto Minho foi também considerado exemplo de boas práticas pela Comissão Europeia e incluído na publicação ‘Entrepreneurship Education - A Guide for Educators’ (Educação para o Empreendedorismo - Um Guia para Educadores).
Conflito na Ucrânia sem fim à vista
UE adota sanções contra Rússia A União Europeia adotou ontem uma importante série de sanções económicas contra a Rússia para obrigar o Presidente russo, Vladimir Putin, a cessar qualquer apoio às iniciativas de destabilização na Ucrânia. “Um acordo político foi alcançado quanto ao pacote de sanções eco-
nómicas” durante uma reunião dos embaixadores dos 28 em Bruxelas em que estes analisaram a proposta legislativa da Comissão Europeia (CE) para tornar efetivas tais medidas restritivas, anunciou a porta-voz do serviço diplomático da UE. As novas medidas vão além do
congelamento de bens e da proibição de vistos utilizados até agora, impondo, em vez disso, restrições aos setores das finanças, defesa e energia para aumentar os custos para a Rússia da sua continuada intervenção e apoio aos separatistas pró-Moscovo na Ucrânia.