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JOGO DURO E EXIGENTE LOPETEGUI RECONHECE DIFICULDADES DO FC PORTO NA UCRÂNIA

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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

DIÁRIO NACIONAL

Ano CXLVI | N.º 208

Terça-feira, 30 de setembro de 2014

NOVO CANDIDATO A PRIMEIRO-MINISTRO DIZ QUE RESULTADO DAS PRIMÁRIAS UNE PS

COSTA

IMPER!AL n Depois de festejar a vitória nas Primárias do PS com “uma imperial”, António Costa fez questão de destacar que o resultado “une claramente” o Partido Socialista. “Saímos daqui mobilizados e unidos. E concentrados no nosso dever de sermos a oposição que este Governo merece e a alternativa que Portugal precisa”, disse, frisando: “Este é o primeiro dia de uma nova maioria de governo. É o primeiro dos últimos dias deste Governo”...

PORTO

Um ano de Rui Moreira comemorado com a nova apresentação gráfica da cidade

DESCIDA

Passos satisfeito com tendência da criminalidade geral e violenta em Portugal

MODA

Fátima Lopes mostra coleção “verdadeiramente feminina” em Paris


2 | O Primeiro de Janeiro

local porto

Terça-feira, 30 de Setembro de 2014

Independentes fizeram história nas autárquicas há um ano

Rui Moreira a surpresa da noite A vitória do atual presidente da Câmara do Porto foi a grande surpresa da noite das eleições de há precisamente um ano, quando os independentes conquistaram em Portugal 13 autarquias, mais seis do que em 2009. A derrota infligida ao ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes, candidato ao Porto após quatro mandatos de maioria absoluta na Câmara de Gaia, nem foi o maior motivo de espanto, pelo menos das publicações internacionais que, nos dias seguintes, destacaram o triunfo do primeiro independente a conquistar a autarquia de uma grande cidade europeia e o facto de não ter ligações partidárias. A conquista de Moreira, cujo ani-

RUI MOREIRA. Faz agora um ano que o atual presidente da Câmara do Porto surpreendeu meio mundo com a sua vitória nas autárquicas… versário foi assinalado ontem, pelas 18h00, com a apresentação da nova comunicação gráfica da cidade e uma festa informal no Mercado Ferreira Borges, levou o independente assinalar no discurso de vitória o “sinal claro de que é possível fazer diferente” numa altura em que “os partidos não têm estado bem”. “Se os partidos não entenderem o que se passou, não percebem nada”, afirmou na noite eleitoral, destacando que, “mais uma vez”, o Porto “mostra a sua fibra”, afirmou Moreira, cuja candidatura foi apoiada pelo CDS depois de a escolha de Menezes para candidato do PSD ter levado os centristas a romper a coligação de 13 anos no Porto. Mo-

reira elogiou ainda a cidade por não se deixar “influenciar por mensagens ou promessas irresponsáveis”, vincando que quem as fez “não conhece nem o Porto nem os portuenses”. Luís Filipe Menezes foi o grande derrotado da noite, um bocadinho como 12 anos antes, quando o Porto foi palco de um discurso semelhante: então líder da distrital, o social-democrata opôs-se à escolha de Rui Rio para candidato ao Porto, mas este acabaria por infligir uma derrota histórica ao socialista Fernando Gomes, destacando a sua vitória como a “de todo o povo do Porto”. Tal como Rio, Moreira teve de alcançar um acordo que lhe garantisse

a governabilidade da autarquia, já que venceu sem maioria absoluta, elegendo seis elementos numa Câmara que conta com um total de 13 vereadores. A solução foi um acordo com o candidato socialista, Manuel Pizarro através da atribuição “pelouros a vereadores eleitos pelo Partido Socialista”, mas a opção foi por ter sete vereadores a tempo inteiro, o que deixou de fora a número três da lista socialista, Carla Miranda. Nos dias que se seguiram ao sobressalto eleitoral da cidade, a curiosidade dos órgãos de comunicação social motivou “cerca de 30 pedidos de entrevistas” ao independente, informou o assessor de Moreira. “Eram órgãos de comunicação social maioritariamente espanhóis, mas não só, havia também de outros continentes. Ainda hoje continuamos a encontrar referências ou a ser confrontados relativamente a artigos de que não tínhamos conhecimento”, descreveu. O também adjunto do autarca destaca que Moreira foi capa da edição internacional do The New York Times e mereceu destaque no The Hindu, “um jornal indiano cuja distribuição chega aos dois milhões diários”, nos franceses Le Monde e Libération, bem como na revista inglesa Monocle. O espanhol El País foi o primeiro a publicar uma entrevista ao independente, e destacou-o como uma das 100 personalidades mundiais em 2013.

Startup Pitch Day no Porto

Duzentos segundos para conquistar Dezassete novos projetos empresariais nas áreas da tecnologia, indústrias criativas, biotecnologia e mar, desde ‘drones’ salva-vidas a sensores de alerta de fogos florestais, tentam, no Porto, conquistar em 200 segundos júri, investidores e parceiros. Designado Startup Pitch Day, o evento marca o fim da 3.ª edição do Programa de Aceleração de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) que, durante seis meses, acolheu e acompanhou as novas ideias de negócio de jovens empreendedores. Em comunicado, o UPTEC adianta que as ideias incluem desde ‘softwares’ de gestão de projetos a ‘drones’ salva-vidas, sensores de alerta de fogos florestais, projetos de dinamização de produtos de natureza fúngica (como cogumelos), videojogos, ‘softwares’ de identificação de ‘bugs’, ‘softwares’ de manutenção de infraestruturas e equipamentos, pontos de encontro ‘online’

para criativos e PME e projetos de ‘design’ reutilizando subprodutos agroindustriais portugueses. Ao palco subiram ainda ideias de menus de restaurante em formato ‘tablet’ integrados com a cozinha, projetos de reabilitação microclimática de espaços públicos, ‘softwares’ de gestão e agendamento de serviços de beleza, técnicas de teatro para adaptação em ambientes corporativos e profissionais, ‘marketplaces’ para serviços de geriatria, projetos de recuperação da produção artesanal do mosaico hidráulico clássico, serviço ‘online’ para otimização de carteiras de investimentos e um ‘kit’ que transforma uma bicicleta normal numa bicicleta elétrica. Segundo a organização, os projetos empresariais serão avaliados por um júri composto por membros do meio académico e empresarial que integra Augusto Santos Silva (professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto), Cláudia Teixeira Lopes

(responsável de Inovação & Desenvolvimento da Cerealis), Filipe Araújo (vereador para a Inovação e Ambiente da Câmara Municipal do Porto), Katja Tschimmel (professora da Escola Superior de Artes e Design), Marta Cunha (do departamento de Inovação da Sonae), Miguel Marques (responsável do centro de competências da PwC para assuntos de economia do mar), Nuno Inácio (gestor do Vodafone Labs Lisboa) e Rute Sousa Vasco (diretora de conteúdos do Portal SAPO e coautora do ‘The Next Big Idea’). Cada um dos empreendedores terá 200 segundos para “convencer” o júri do interesse e viabilidade da sua ideia de negócio, estando previsto depois o anúncio do principal projeto vencedor, dos vencedores em cada categoria e do prémio do público. Atualmente na sua 3.ª edição, o Programa de Aceleração de Startups do UPTEC propõe-se “sensibilizar os novos empreendedores para os prin-

cipais desafios no processo de criação e desenvolvimento de um projeto empresarial”, além de “dar a conhecer ferramentas e conceitos que os ajudem a validar as suas ideias num contexto de mercado internacional”. Criado para “apoiar a transferência de conhecimento entre a universidade e o mercado”, o UPTEC promove a criação de empresas de base tecnológica, científica e criativa e a atração de centros de inovação de empresas nacionais e internacionais para assim contribuir para o desenvolvimento de uma “verdadeira economia do conhecimento na região norte de Portugal”. Atualmente, este parque de ciência acolhe 164 projetos empresariais nas áreas da nanociências, nanotecnologias, novos materiais e produção, energia, saúde, alimentar, biotecnologia, tecnologias da informação e comunicação, ‘media’ digitais, arquitetura, ‘marketing’ interativo e produção de conteúdos.

Hotelaria do Norte

Trabalhadores manifestam-se no Porto

Trabalhadores do setor da hotelaria do Norte manifestaram-se no Porto exigindo o retomar das negociações salariais, mas a associação patronal considera não existir “um problema salarial” e remete uma posição para final de outubro. No final dos protestos – promovidos a meio da manhã frente à sede da associação patronal e ao início da tarde junto a um hotel do Porto – o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, Francisco Figueiredo, disse não entender porque continua suspenso desde agosto o processo negocial com a Associação Portuguesa da Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT). Em cima da mesa está uma proposta do sindicato para um aumento salarial de 2,5%, no valor mínimo de 25 euros, com o sindicalista Francisco Figueiredo a sustentar que “os salários praticados no setor são muito baixos e não são atualizados há três anos”, apesar da “boa situação económica” da atividade, que em 2013 registou “o melhor ano de sempre em Portugal”. “No início de agosto [a associação] suspendeu as negociações, alegadamente por motivo de férias, mas comprometeu-se a reiniciar o processo em setembro, o que ainda não aconteceu”, afirmou Francisco Figueiredo. O presidente executivo da APHORT, António Condé Pinto, disse já ter “informado o sindicato” que, “até final de outubro”, apresentará uma “proposta global de revisão de todo o clausulado” do contrato coletivo de trabalho, mas considerou que “não há, neste momento, um problema salarial no setor”. “Compreendo a posição do sindicato, que só quer discutir questões salariais, mas com todas as mudanças introduzidas pelo Código do Trabalho achamos que é necessária uma revisão do nosso próprio contrato coletivo de trabalho”, sustentou, salientando que a APHORT assumiu um “compromisso formal” de, até final de outubro, ter a proposta final concluída. Conforme destacou Condé Pinto, o salário mínimo nacional “vai passar agora para os 505 euros”, mas o valor previsto no contrato coletivo assinado com o Sindicato da Hotelaria e Turismo do Norte “é já de 512 euros”, acima do “acordado em Lisboa”. Segundo Francisco Figueiredo, o sindicato começou por propor à APHORT um aumento salarial de 3% para este ano, no valor mínimo de 30 euros, que, salientou, “não repõe sequer a inflação dos últimos três anos”. “A APHORT respondeu com uma contraproposta miserável de cinco euros de aumento no salário mensal e quer retirar direitos importantes aos trabalhadores”, acusou o dirigente sindical, criticando o silêncio da associação patronal face à disponibilidade entretanto manifestada pelo sindicato para baixar a sua proposta para 2,5%, no valor mínimo de 25 euros. De acordo com o sindicalista, os trabalhadores do setor da hotelaria e similares “vivem uma situação de grande emergência social”, auferindo salários entre os 540 e os 650 euros, com os quais “não conseguem viver”. Já os hotéis, dados os bons resultados obtidos, “têm vindo a aumentar os preços, que atualmente já estão ao nível de 2008”, alega. De acordo com Francisco Figueiredo, no Norte do país o contrato coletivo de trabalho que abrange os hotéis, restaurantes, cafés e pastelarias aplica-se a cerca de 60 000 trabalhadores. Para hoje, o sindicato tem agendado novo protesto, pelas 09h30, à porta de um outro hotel da cidade do Porto.


Terça-feira, 30 de Setembro de 2014

regiões

O Primeiro de Janeiro | 3

Vereadores da oposição esperam tomada de decisão de António Costa

E agora, Lisboa? Funcionário da CGD

Acusado de burla qualificada e falsificação

O Ministério Público acusou um funcionário da Caixa Geral de Depósitos (CGD) dos crimes de burla qualificada e falsificação de receituário médico, indicou, ontem, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. Segundo a PGDL, o arguido, funcionário da CGD desde 1999, obteve “receitas forjadas que aviou em farmácia” para obter a correspondente participação dos serviços sociais da CGD. A PGDL adianta que os factos ocorreram entre 2009 e novembro de 2011, tendo causado um prejuízo total de 80.756,14 euros.

Escola do Parque das Nações

«Os Verdes» exigem resposta do Governo

O Partido Ecologista «Os Verdes» anunciou, ontem, que vai questionar o Governo sobre que “questões jurídicas estão a empatar a conclusão das obras” na escola básica do Parque das Nações, em Lisboa, que se previam estar concluídas em 2011. O deputado José Luís Ferreira visitou a escola, em Lisboa, onde esteve reunido com a Associação de Pais e membros da Junta de Freguesia, assumindo “o compromisso de apresentar um projeto de resolução, recomendando ao Governo que, com urgência, encare a conclusão desta obra como prioridade”.

«Subida» do vicepresidente da Câmara, eleições intercalares ou continuação até ao congresso do PS parecem ser as hipóteses. O vereador do PSD na Câmara de Lisboa António Prôa defendeu, ontem, que, “mais cedo ou mais tarde, António Costa sairá” da liderança do município, sendo importante que o presidente clarifique quando é que isso vai acontecer. “A questão é quando vai sair” e não se vai sair, reforçou o autarca, a propósito da eleição de António Costa como candidato socialista a primeiro-ministro, no domingo. Nessa altura, “assumirá a presidência o doutor Fernando Medina”, atual vice-presidente, que, “independentemente dos méritos pessoais, tem uma legitimidade política menor”, acrescentou António Prôa. O social-democrata explicou que o número dois do município poderá encontrar algumas dificuldades, como “a afirmação no seio da própria equipa, que será liderada por alguém que não deu a cara nas eleições” e que “não personificou a vitória”, como António Costa. No entanto, segundo António Prôa, esta situação permitirá que a cidade volte a ter um presidente a tempo inteiro, o que não acontece há quatro meses. “A continuação de

Lisboa. “A questão é quando António Costa vai sair” e não se vai sair, considera o vereador «laranja» António Prôa um presidente em ‘part-time’ não é boa para a cidade”, considerou. O vereador do CDS-PP na Câmara de Municipal de Lisboa, João Gonçalves Pereira, exigiu, também, que António Costa esclareça qual vai ser o seu futuro à frente da autarquia, que “não pode ficar órfã, sem liderança política”. “Temos três cenários pela frente: um em que o presidente se mantém na Câmara, um em que sai e se faz substituir pelo vice-presidente [Fernando Medina] e um terceiro que é de eleições intercalares”,

disse, sublinhando que, perante estas possibilidades, tem “esperança que nos próximos dias” António Costa faça um “esclarecimento devido aos lisboetas”. “Não quero acreditar que o Dr. António Costa vá remeter a questão para depois do congresso” socialista, que ainda não tem data marcada, acrescentou. Também o Partido Popular Monárquico exigiu que António Costa renuncie ao seu mandato. Já o vereador comunista na Câmara de Lisboa João Ferreira

disse que, caso o presidente renuncie ao mandato à frente da autarquia, “não é de esperar que haja diferenças” entre a sua liderança e a do vice-presidente, Fernando Medina. “Em Lisboa, como no País, os problemas não são de caras, são de políticas”, salientou. O vereador Carlos Moura, também do PCP, afirmou que a candidatura socialista de António Costa a primeiro-ministro e a presidência do município “não são incompatíveis e podem ser realizadas ao mesmo tempo”.

Linha ferroviária entre Cascais e Cais do Sodré

Comboio presidencial comemora 125 anos A linha ferroviária que liga Cascais ao Cais do Sodré, em Lisboa, completa, hoje, 125 anos e atualmente transporta 100 mil pessoas por dia útil, as quais aguardam agora pela anunciada privatização. A linha, que circula paralela ao mar, ligando Cascais, Oeiras e Lisboa, transporta anualmente cerca de 30 milhões de passageiros, numa média de 100 mil todos os dias úteis. Inaugurado em 1889, o ramal que deveria ligar Cascais a Santa Apolónia iniciou-se a partir de Pedrouços, aguardando as obras da primeira secção do Porto de Lisboa.

Efeméride. Privatização da linha de Cascais é uma das preocupações dos 100 mil utentes diários

O traçado, projetado pelo empreiteiro Bratissol, corria ao longo da margem e contou com dificuldades técnicas, principalmente no Alto da Boa Viagem e no Estoril devido à instabilidade dos terrenos. Para assinalar os 125 anos da linha, um comboio do início do século XX, vai a circular hoje, num convite da Câmara de Cascais a “reviver o ambiente glamoroso do transporte ferroviário”, numa composição de época recentemente recuperada pela Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) para a Fundação

do Museu Nacional Ferroviário. A CP vai ainda comemorar a efeméride com a disponibilização de um cartão de assinatura que se destina a novos clientes, ou seja, aos que nunca tenham adquirido um título de assinatura mensal válido. A aquisição deve ser feita exclusivamente hoje e há apenas 125 cartões de assinatura disponíveis, para as primeiras 125 pessoas, num valor anual de 125 euros e válido até 30 de setembro de 2015. O preço normal de uma assinatura mensal global na Linha de Cascais é de 71,5 euros.


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nacional

Terça-feira, 30 de Setembro de 2014

Passos Coelho destaca descida da criminalidade

Conselho de Estado

“Segurança tem de ser um dos traços marcantes do nosso país” O primeiroministro destacou a tendência de descida da criminalidade geral e da criminalidade violenta e grave no país, nos últimos anos, considerando tratarse de um indicador importante para atrair investimento, nomeadamente estrangeiro. “Queremos que os portugueses estejam mais seguros e se sintam mais seguros e queremos também que os visitantes e os investidores estrangeiros reconheçam essa segurança como um dos traços marcantes do nosso país”, argumentou. E, nesse âmbito, continuou, os resultados dos últimos relatórios anuais de Segurança Interna mostram “a tendência da queda das taxas de criminalidade geral”. “Da análise da criminalidade desde 2003, é possível confirmar que 2013 foi o ano em que se registou o valor mais baixo da década e em que a descida percentual foi

PASSOS COELHO. O primeiro-ministro não quis comentar o resultado das Primárias do PS, mas sempre foi dizendo que “está sempre preparado para qualquer circunstância” a mais significativa”, cifrando-se “nos 6,9%”, disse. Quanto à criminalidade violenta e grave, congratulou-se o primeiro-ministro, “desceu 9,5% face ao ano anterior de 2012”. Segundo Passos Coelho, que discursava na inauguração do novo quartel do Destacamento Territorial de Estremoz da GNR, em que também esteve presente o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, esta tendência mantém-se no ano em curso. “Os dados disponíveis relativos ao corrente ano, e que ainda agora estive a conferir com o ministro da Administração Interna, confirmam, quer em termos nacionais, quer até no que respeita ao distrito de Évora, a manutenção desta tendência”, sublinhou. O chefe do Governo realçou que o futuro de Portugal “depende muito da solidez” das instituições democráticas, pelo que a

capacidade do país “para investir na qualificação dos portugueses não é menos importante” do que aquela que se deve dedicar “às condições de liberdade e de segurança”. “As duas coisas vão a par e passo”, afiançou, explicando que “a capacidade de atrair um grande volume de investimento estrangeiro, de suscitar emprego sustentável para o futuro” só significa “progresso e desenvolvimento” se “outros indicadores ao nível dos direitos fundamentais se mantiverem a um nível de excelência”, como aquele que o Governo tem “vindo a perseguir”. “E isso, em grande medida, deve-se, é justo reconhecê-lo uma vez mais, ao trabalho muito abnegado de muitos milhares de profissionais das forças de segurança”, frisou. Segundo o primeiro-ministro, “muitas das restrições orçamentais” implementadas no país, “não apenas nas forças e serviços de segurança, mas em todas as instituições, foram restrições ativas, sérias e que

mostram o compromisso de todos com a necessidade de pôr em ordem as contas públicas”. “Mas é importante sublinhar que essas restrições, apesar de significativas, não nos impediram de olhar para o serviço que precisávamos de prestar e não foram um impedimento”, nomeadamente no que respeita às forças e serviços de Segurança, para “melhorar significativamente o produto da sua ação”, elogiou. À chegada ao quartel do Destacamento Territorial de Estremoz da GNR, resultante de um investimento a rondar os 4,3 milhões de euros, o primeiro-ministro foi apupado e assobiado por algumas dezenas de manifestantes. Relativamente às Primárias do PS, o primeiro-ministro escusou-se a comentar a vitória de António Costa, mas realçou que um chefe de governo “está sempre preparado para qualquer circunstância”. “É natural que queiram saber as minhas opiniões sobre o PS, mas, verdadeiramente, haverá pessoas em melhores condições de fazer pronúncias sobre isso do que eu”, disse. Questionado pelos jornalistas sobre se vai ter vida mais difícil agora, devido à vitória de António Costa, Passos Coelho limitou-se a responder: “Um primeiroministro está sempre preparado para qualquer circunstância. Não faço comentários, portanto, sobre o PS”. António Costa venceu, no domingo, as primárias do PS, ao recolher 118 454 dos 174 516 votos que os militantes e simpatizantes do partido depositaram nas urnas. Com este resultado, António Costa conquistou 67,88% dos votos dos socialistas, contra 31,65%, ou 55 239 votos, de António José Seguro. Os resultados das primárias do PS estão fechados, mas a página da Internet www.psprimarias2014.pt salienta serem ainda resultados finais provisórios.

António Costa festejou a vitória com “uma imperial”

“Resultado une claramente o PS” O vencedor das eleições primárias do PS diz que o resultado das Primárias permite a unidade do seu partido, mas recusou-se a falar sobre o processo de transição de poder entre os socialistas. António Costa fez estas curtas declarações quando chegou ao Largo do Rato, sede nacional do PS, para cumprimentar pessoalmente o presidente da comissão eleitoral das primárias socialistas, o ex-ministro Jorge Coelho. “Agora vou cumprimentar o dr. Jorge Coelho. Acho que o resultado une claramente o PS”, declarou. António Costa recusou-se a responder às questões formuladas pelos jornalistas sobre matérias como o Orçamento do Estado para 2015, ou sobre o processo de transição de poder no PS. O vencedor das primárias socialistas e candidato deste partido a primeiro-ministro nas próximas legislativas deslocou-se à sede nacional do PS acompanhado pelo mandatário da sua candidatura, Carlos César, e pela sua

diretora de campanha, a deputada Ana Catarina Mendes. António Costa demorou-se no Largo do Rato cerca de quinze minutos e, à saída, questionado pelos jornalistas disse que esteve na sede do partido com o sentimento de “militante socialista” que é há muito anos. Sobre o que iria fazer ainda durante o primeiro dia como vencedor, respondeu de forma bem-humorada: “Vou beber uma imperial”. Antes, pouco tempo depois de Seguro apresentar demissão e reconhecer a derrota, António Costa expressava a sua satisfação pelos resultados “claros e inequívocos”. “Tudo farei para estar à altura da vossa confiança”, disse Costa numa intervenção num lotado Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, espaço que albergou centenas de socialistas para ouvir o vencedor da noite eleitoral. “Os militantes e simpatizantes do PS acorreram às urnas com notável mobilização, em todo o país e nas comunidades portugueses no mundo”, declarou o vencedor do sufrágio.

“Saímos daqui mobilizados e unidos. E concentrados no nosso dever de sermos a oposição que este governo merece e a alternativa que Portugal precisa”, disse António Costa numa intervenção de cerca de oito minutos num lotado Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, espaçou que albergou centenas de socialistas para ouvir o vencedor da noite eleitoral. “Este é o primeiro dia de uma nova maioria de governo. É o primeiro dos últimos dias deste Governo”, advogou, perante os aplausos e os cânticos de entusiasmo da plateia. Os portugueses, acrescentou o autarca de Lisboa, “fizeram ouvir de forma clara e inequívoca” a “força da vontade de mudança para Portugal”. Do sufrágio de domingo resultou ainda, diz o socialista, uma “importante manifestação da vitalidade do PS” e o “reencontro” do partido “com a sua identidade e a sua abertura à participação dos cidadãos”. As primárias, acredita Costa, não representam “a derrota de ninguém, antes “a vitória

de todos os simpatizantes e militantes do PS”. No seu discurso de vitória, o socialista falou ladeado pelo mandatário da campanha, Carlos César, a diretora de campanha, Ana Catarina Mendes, o ex-líder do partido Ferro Rodrigues e o histórico socialista Manuel Alegre. Costa deixou elogios ao trabalho da comissão eleitoral presidida por Jorge Coelho, não se referindo ao seu adversário no sufrágio, e enalteceu “a notável mobilização” do eleitorado “em todo o país e nas comunidades portugueses no mundo”. Pouco tempo antes, António José Seguro reconhecia a derrota: “Cesso hoje as funções de secretário-geral do PS”, declarou o líder socialista, dizendo estar “orgulhoso” pela realização das primeiras eleições primárias em Portugal. “São a melhor comemoração dos 40 anos do 25 de abril de 1974”, declarou Seguro, numa declaração em que saudou os militantes e

simpatizantes que participaram no ato eleitoral.

Professor Alfredo Bruto da Costa chamado

O antigo ministro e professor universitário Alfredo Bruto da Costa é o membro suplente do Conselho de Estado que vai ser chamado a substituir o secretário-geral demissionário do PS, António José Seguro, no órgão consultivo do Presidente da República. Segundo a legislação em vigor, em caso de renúncia de um conselheiro de Estado eleito pela Assembleia da República, como é o caso, este é substituído pelo candidato seguinte da lista pela qual havia sido eleito, não havendo lugar a nova eleição se já não existirem suplentes. Entre os membros do Conselho de Estado, cinco são eleitos pela Assembleia da República pelo período correspondente à duração da legislatura. Em agosto de 2011, por acordo entre sociais-democratas e socialistas, foram eleitos Francisco Pinto Balsemão (indicado pelo PSD), António José Seguro (PS), Luís Marques Mendes (PSD), Manuel Alegre (PS) e Luís Filipe Menezes (PSD), ficando como membros suplentes Alfredo Bruto da Costa (PS), José Matos Correia (PSD), Helena Nazaré (PS) e Pedro Lynce (PSD). Paulo Rangel gostou das Primárias do PS

“Precedente relevante”

O eurodeputado social-democrata considerou ontem, em Bruxelas, que as eleições primárias no PS constituíram um “evento inovador” e “um precedente muito relevante que outros partidos vão ter claramente que considerar”, designadamente o PSD. Um dia depois do fim do processo de escolha do candidato do PS a primeiro-ministro através de eleições primárias, abertas a militantes e simpatizantes, que culminou com a vitória de António Costa (e consequente demissão do secretário-geral António José Seguro), o líder da delegação do PSD ao Parlamento Europeu admitiu que “havia muitas dúvidas e prós e contras” em torno deste modelo, até porque foi organizado muito rapidamente, mas “correu bem”. “Penso que a ideia da abertura dos partidos à sociedade é uma ideia positiva. Se ela se traduz necessariamente em primárias ou não, podemos ter dúvidas. Mas eu acho que esta experiência do PS constitui um precedente muito relevante, que os outros partidos vão ter claramente que considerar (…) como é o caso do PSD, ou seja, partidos com vocação maioritária. Penso que este é um precedente sobre o qual o PSD não deixará de ter de refletir, disso não tenho dúvidas nenhumas”, afirmou.


Terça-feira, 30 de Setembro de 2014

economia

O Primeiro de Janeiro |

Quer analisar impacto da decisão no emprego e nas finanças públicas

Aumento do salário mínimo desagrada Bruxelas Aumento do salário mínimo nacional para 505 euros vai entrar em vigor a 1 de Outubro e Bruxelas quer saber mais detalhes. Espírito Santo Viagens com futuro definido

Vendida aos suíços

A RioForte Investments, do Grupo Espírito Santo, anunciou, ontem, ter acordado a venda da sua participada Espírito Santo Viagens (ES Viagens) à empresa suíça Springwater, por um valor não revelado. “A Espírito Santo Viagens passará a ser um ativo da Springwater, que assim reforça os seus investimentos no setor do turismo”, informa a RioForte em comunicado, adiantando que a transação deverá estar concluída em outubro e foi já “devidamente analisada e aprovada pelo Tribunal de Comércio do Luxemburgo, onde no passado dia 22 de julho a RioForte apresentou um pedido de sujeição ao regime de gestão controlada”. De acordo com a sociedade de investimentos do Grupo Espírito Santo (GES), a Springwater “quer afirmar-se como um importante ‘player’ do mercado turístico ibérico”, tendo para o efeito acordado com a Royal Caribbean, em janeiro passado, a aquisição de uma participação maioritária “em todos os negócios da Pullmantur, exceto o negócio de cruzeiros”. A Espírito Santo Viagens, que reclama a liderança do mercado português de viagens e turismo, está presente em todos os segmentos de atividade turística, operando através de uma rede de cerca de 50 lojas e dos canais de televenda e Internet. Está ainda presente no mercado angolano, em Itália e em Espanha.

A Comissão Europeia quer avaliar se a decisão do Governo português de aumentar o salário mínimo é consistente com o objetivo de promover o emprego e a competitividade, disse, ontem, o porta-voz dos Assuntos Económicos. Comentando o acordo fechado na semana passada entre o Governo e os parceiros sociais com vista ao aumento do salário mínimo em Portugal para 505 euros, Simon O’Connor explicou, em Bruxelas, que “a Comissão vai avaliar a decisão de Portugal de aumentar temporariamente o salário mínimo”, assim que tiver “todos os detalhes” sobre a medida, designadamente o seu impacto “quer no emprego, quer nas finanças públicas”. O porta-voz lembrou que “um princípio orientador” para alterações ao salário mínimo é que estas “devem ser consistentes com o objetivo de promover o emprego e a competitividade, tal como recomendado a Portugal pelo Conselho da UE em julho” passado. O acordo para o aumento do salário mínimo nacional para 505 euros, que vai entrar em vigor a 1 de outubro, foi fechado na quarta-feira entre as confederações patronais, o Governo e a UGT. Este aumento foi acordado após vários encontros entre os parceiros sociais e o Governo, exceto a CGTP, realizados à margem da Concertação Social ao longo do mês de setembro. Atualmente o salário mínimo nacional é de 485 euros e está congelado desde 2011. Ao abrigo de um acordo de Concertação Social de 2006, esta remuneração deveria ter sido fixada nos 500 euros em 2011. IPSS estão preocupadas

Sobre este tema também, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade defendeu que o aumento do salá-

Análise. “Comissão Europeia vai avaliar a decisão de Portugal de aumentar temporariamente o salário mínimo”, anunciou Simon O’Connor

Em linha com a Europa

Bolsa de Lisboa fecha sessão a desvalorizar

O PSI20, principal índice da bolsa portuguesa, caiu, ontem, 0,22% para 5.704,87 pontos, arrastado pelas quedas superiores a 1% da Portugal Telecom (PT) e Mota-Engil e em linha com a Europa. Dos 18 títulos cotados no índice, 12 fecharam em baixa e seis em alta. Na sessão de ontem, a PT, em processo de fusão com a brasileira Oi, recuou 1,83%

(para 1,659 euros) e a construtora Mota-Engil perdeu 1,51% (4,897 euros), arrastando a bolsa portuguesa para terreno negativo. O Banif perdeu 2,47% para 79 cêntimos. A perder mais de 1% estiveram ainda as ações da Portucel e da Teixeira Duarte. Já os juros da dívida de Portugal subiram em todos os prazos em relação a sexta-feira: a dez anos passaram para 3,124%, contra 3,097%, no prazo a cinco anos, os subiram para 1,717%, contra 1,696%, e, a dois anos, aumentaram para 0,455%.

rio mínimo vai provocar “grandes dificuldades” a estas organizações, desafiando o Governo a atualizar o apoio ao setor no próximo Orçamento do Estado. “Todos nós achamos que é muito importante que haja aumento do salário mínimo, mas vai provocar grandes dificuldades às instituições”, disse Lino Maia. Em Fátima, à margem do encontro «As IPSS e a saúde – Perspetivas para o século XXI», Lino Maia referiu que “não é só o salário mínimo que aumenta”, mas também um conjunto de ordenados que estão perto daquele que “vão ter que aumentar”. “Compreendem-no, é muito importante, mas vão ter muita dificuldade em suportar o aumento, porque elas estão todas no fio da navalha”, garantiu o responsável, referindo que as instituições “não têm a receita correspondente”. O dirigente da CNIS desafia o Governo, de coligação PSD/CDS-PP, a equacionar uma “atualização do apoio do Estado a este setor solidário” na elaboração do Orçamento de Estado para 2015. “Tem havido alguma atualização mínima”, reconheceu Lino Maia, ressalvando que “não tem acompanhado a inflação e não tem acompanhado, de modo nenhum, o aumento de despesa”. A esta situação, há a somar, ainda, a diminuição da receita, dado que “as comparticipações dos utentes têm vindo a diminuir muito significativamente”. “Com o desemprego, com o empobrecimento coletivo, temos muito menos receita por parte dos utentes, temos aumento de despesa”, declarou, defendendo a necessidade de o Estado olhar para este setor. Considerando que o aumento do salário mínimo “pode provocar alguma atividade económica”, o presidente da CNIS realçou a importância da medida num País que tem “demasiadas famílias” com “rendimentos muitíssimos baixos que não conseguem enfrentar as suas despesas”. Questionado sobre a existência de instituições particulares de solidariedade social em situação de insolvência, Lino Maia admitiu haver “alguns casos”, cujo número não especificou, mas manifestou-se esperançado que “ainda haja alguma intervenção que evite o colapso”.


6 | O Norte Desportivo

desporto

Terça-feira, 30 de Setembro de 2014

Drogba não está convocado mas Diego Costa deve ser titular hoje

Alvalade de gala recebe Chelsea de Mourinho Já o FC Porto deslocase à Ucrânica, num dos teste mais difíceis que vai enfrentar no grupo H. O Sporting recebe, hoje, o Chelsea de José Mourinho, um duelo inédito que marca o regresso da Liga dos Campeões a Alvalade, após cinco anos de ausência, com os «leões» à procura da primeira vitória. Na primeira jornada do Grupo G da principal competição da UEFA, o Sporting deixou escapar nos últimos segundos a vitória frente aos eslovenos do Maribor (1-1) e agora terá pela frente o líder da Premier League inglesa. A equipa londrina, orientada pelo português José Mourinho, apresenta-se em Alvalade (que recebeu o último jogo da «Champions» em fevereiro de 2009, na altura com uma derrota do Sporting frente ao Bayern Munique por 5-0) com uma equipa recheada de estrelas, com destaque para o hispano-brasileiro Diego Costa, o alemão André Schürrle ou o belga Eden Hazard. Diego Costa, que em Portugal passou pelo Penafiel e pelo Sporting de Braga (2006/2007), já leva oito golos em seis jogos da Liga inglesa, e - caso jogue - será um dos principais focos de atenção da defesa leonina. O médio ex-Benfica Ramires e o ponta-de-lança Didier Drogba são as grandes ausências na equipa. Já o Sporting conta com a experiência do extremo português Nani e o bom momento de forma do avançado argelino Slimani para levar de vencida os ingleses. Nani, que esteve as últimas oito épocas ao serviço do Manchester United, já defrontou os «blues» em 13 jogos oficiais, ganhando quatro, empatando outros quatro e perdendo cinco. FC Porto quer mandar no jogo

Quanto ao FC Porto, joga também, hoje, num dos testes mais difíceis que vai enfrentar no grupo H: a deslocação à Ucrânia para jogar contra o Shakhtar Donetsk, que apenas perdeu dois dos 13 encontros dis-

«Champions». Mourinho convocou a estrela da equipa, Diego Costa, que já leva oito golos em seis jogos da Liga inglesa

Da Liga espanhola

Ronaldo e André Gomes no «onze» de setembro

Os portugueses Cristiano Ronaldo (Real Madrid) e André Gomes (Valência) estão no «onze» ideal do mês de setembro da Liga espanhola, divulgado ontem, e que conta ainda com o ex-portista Otamendi, peça fundamental de uma das grandes surpresas desta temporada. O Valência, orientado pelo português Nuno Espirito Santo, é o clu-

be que inclui mais jogadores no «onze», nomeadamente André Gomes, Otamendi, Gayà e Paco Alcácer, e no qual figuram ainda Neymar, Rakitic e Bravo, do FC Barcelona, Ronaldo e Carvajal, do Real Madrid, Denis Suárez, do Sevilha, e Miranda, do Atlético Madrid. O «banco» da equipa do mês de setembro inclui o guarda-redes Sergio Álvarez (Celta de Vigo), Stephane M’Bia (Sevilha), Leo Messi (Barcelona), Alberto Bueno e Léo Baptistão (Rayo Vallecano).

putados em casa na «Champions». “O nosso adversário é uma equipa com jogadores de nível muito elevado, de seleções importantes”, disse Julen Lopetegui, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, que decorrerá a mais de mil quilómetros de Donetsk, cidade em clima de guerra entre militares ucranianos e independentistas. Questionado sobre uma expressão de Mircea Lucescu, treinador do conjunto ucraniano, que afirmou “conhecer tudo” sobre o FC Porto, Lopetegui respondeu: “é o trabalho dele, como é meu trabalho saber tudo sobre o Shakhtar, é normal”. “É uma partida da Champions, diante de um rival magnífico, com grandes jogadores, com experiência na prova e um treinador excecional e com grande conhecimento da competição”, resumiu o espanhol. Após a vitória, por 6-0, sobre o BATE Borisov, na primeira jornada, um empate pode ser considerado um resultado positivo para os «dragões», mas o seu treinador sustenta que “essas contas não são bem assim”. “Queremos ser protagonistas, mandar no jogo e procurar um bom resultado, como sempre”, afirmou, a propósito, acrescentando: “Pensamos sempre em competir bem, atacar bem contra um adversário que, insisto, será muito difícil”. Lopetegui negou “preocupação especial” quando Óliver Torres se lesionou, considerando que “todos os jogadores são importantes”, dando o exemplo da perda do concurso do brasileiro Casemiro, para a qual “o FC Porto encontrará soluções”, apesar de o médio ser “um dos que mais tem jogado”. Por fim, em resposta a um jornalista ucraniano sobre as tensões político-territoriais na Ucrânia, disse que “todos estão tranquilos”, sabendo-se “seguros”. Também presente no encontro com a imprensa, o defesa Martins Indi apelidou de “muito difícil” a partida frente aos ucranianos, mas admitiu que o objetivo “é levar os três pontos para Portugal”. “Sabemos o que vamos encontrar e, por isso, será muito importante defender bem contra avançados muito rápidos”, alertou.

Fundo de investimento responde a mudanças

Doyen ataca FIFA

A Doyen, fundo de investimento de futebolistas com o qual o Sporting está em litígio, advertiu, ontem, que a proibição de investir nos direitos económicos dos jogadores vai penalizar os clubes dos campeonatos de menor dimensão. “Queremos um mundo em que apenas Barcelona, Real Madrid, Bayern [de Munique] e outros gigantes possam ganhar troféus devido a um mercado distorcido ou queremos que clubes mais pequenos, como Atlético de Madrid, Sevilha, FC Porto, Benfica e PSV possam dar-lhes réplica”, observou o diretor executivo da Doyen à Bloomberg. Nelio Lucas, líder do fundo com o qual o Sporting resolveu os contratos relativos aos futebolistas Labyad e Rojo, diz-se preparado para a enfrentar a decisão recente da FIFA, mas advertiu que ela só prejudicará os clubes de mercados de menor dimensão. O diretor executivo da Doyen assinalou que os clubes pequenos só poderão contrariar os «colossos» do futebol mundial com recurso a fundos de investimento, ainda que aqueles nunca devam poder deter a totalidade do «passe» de um jogador ou dizer ao clube quando e para onde o transferir. A decisão resulta da proposta de um estudo de um grupo de trabalho criado especificamente para analisar o assunto.


Terรงa-feira, 30 de Setembro de 2014

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O Primeiro de Janeiro | 7

O PRIMEIRO DE JANEIRO

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O PRIMEIRO DE JANEIRO, está on line e sempre atualizado em: www.oprimeirodejaneiro.pt

NÃO PERCEBI QUEM ERA O REPRESENTANTE DO PSD! Segui o debate entre os cinco candidatos do PSD-M à substituição de Alberto João Jardim. Um debate que me impressionou pela negativa. No essencial porque entre os cinco, uns são governantes, outros por lá passaram e outros desempenharam ou desempenham funções de relevo político na Região. Aquilo não passou, na expressão várias vezes utilizada, de “passes de André Escórcio* mágica” e de “passos de caracol”. Sinceramente, não percebi naquele pseudo-debate quem era o representante do PSD. Mais me pareceu uma entrevista a cinco políticos da oposição, uma vez que as questões colocadas são velhas, com barbas mais compridas qacumuladasue as do “Pai Natal”. Um candidato, valha-nos isso, fugindo-lhe a língua para a verdade, foi sincero, quando disse “aqui não há virgens”. De facto, não o são, face ao tempo que levam nas cadeiras do poder e às engrenagens políticas que conduziram a Madeira à falência. É espantoso quando ainda governantes vêm ditar rumos que eles próprios, nas últimas legislaturas não conseguiram implementar, numa espécie de “bem prega frei...” qualquer coisa, o que me leva a dizer da pouca ou nula seriedade daquilo que consideram soluções para a gravosa situação da Região. Enfim, a RTP-Madeira encheu um chouriço de questões e de respostas, que só quem tem memória curta não se lembra que todas elas fizeram e fazem parte de tantos programas partidários apresentados ao longo de várias legislaturas, onde constam os diagnósticos sectoriais e as propostas para resolverem os dramas económicos, financeiros, sociais e culturais dos madeirenses e portosantenses. Pelo contrário, ali foi passada uma esponja sobre um quadro negro de “chumbos” em sede de Assembleia Legislativa, de planos e de orçamentos falsos, de ofensas cretinas, de perseguições, de controlos associativos e de uma sociedade onde impera o medo e o conluio. Nem uma palavra sobre a triste figura do “chefe” ideológico, como se ele não existisse ou se ele desempenhasse, apenas, a figura de “padrinho” da tal “máfia boazinha”. Os cinco, uns mais do que outros, é certo, foram a causa do problema, mas ali apareceram com uma distinta lata política, sem vergonha, como se nada tivesse acontecido, nada tivesse a sua participação, com uma total e absoluta virgindade que nega o seu passado de compromissos e de cumplicidades. Repito, pareciam todos da oposição e, do hipotético confronto, não me apercebi quem era o representante do PSD! Já mais para o final, lembrei-me da velha história, contada com humor, de um sujeito e cinco “meninas” apanhadas por uma rusga e, naturalmente, levadas à esquadra. Na identificação, uma terá dito que era cabeleireira, outra, manicure, etc. etc., até que o sujeito, irritado, quando chegou a sua vez, questionou: será que aqui a prostituta sou eu? Meus senhores, com o devido respeito por cada um, enquanto pessoas, saibam que, politicamente, não se apagam passados “nem com passes de mágica (...) nem com passos de caracol”, nem com a metáfora de que ali “não existem virgens”. Há culpados. www.comqueentao.blogspot.com

Concertação social com nova convocatória

Reunião adiada para 6 de outubro A reunião de concertação social que estava prevista para hoje à tarde foi ontem adiada para segunda-feira, dia 6 de outubro, e destina-se a concluir a negociação do salário mínimo e política de rendimentos. “A solicitação do Senhor Chefe do Gabinete do Senhor Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, convoca-se V. Exa. para uma reunião plenária da Comissão Permanente

de Concertação Social para dia 6 de outubro de 2014, pelas 10h30”, diz a convocatória enviada aos parceiros sociais. A reunião que estava prevista para hoje fazia parte de uma calendarização definida há algum tempo atrás, mas não chegou a ser formalmente marcada. Assim, os parceiros sociais receberam ontem a convocatória para o encontro da próxima semana com a respetiva or-

dem de trabalhos, de que fazem parte a apresentação do “Portugal 2020” e a “conclusão dos trabalhos da mesa negocial sobre Remuneração Mínima Mensal Garantida e Política de Rendimentos”. Na quarta-feira o Governo, as confederações patronais e a UGT formalizaram um acordo para aumentar o Salário mínimo para os 505 euros a partir de 1 de outubro.

Operação de fiscalização em Vila Real

IGAC apreende duas centenas de livros A Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC) anunciou ter realizado, em colaboração com a PSP, uma operação de fiscalização em Vila Real que resultou na apreensão de cerca de duas centenas de obras literárias e científicas fotocopiadas. Em comunicado, a IGAC refere que na sexta-feira e no sábado foram fiscalizados vários centros de cópias e reprografia, assim como recintos de espetáculos e estabelecimentos de diversão noturna, onde decorriam espetáculos de natureza artística e execução pública de obras musicais. Na área da reprografia, a IGAC apreendeu cerca de duas centenas de obras literárias e científicas fotocopiadas, que configuravam reproduções ilícitas de edições originais de vários editores nacionais e estrangeiros, destinadas

a comercialização. As obras em causa correspondiam a cópias não autorizadas de obras didático-científicas (integrais ou parciais), as quais dão lugar às correspondentes participações ao Ministério Público por indícios da prática de crime de usurpação ou aproveitamento de obra usurpada. Na área da música, foram detetadas várias infrações e apreendido equipamento informático, onde estava fixado um número superior a três mil ficheiros com obras musicais para execução pública, sem autorização dos titulares dos direitos de autor e direitos conexos. Segundo a IGAC, serão efetuadas as competentes participações ao Ministério Público, por indícios da prática de crime de usurpação ou aproveitamento de obra

usurpada e levantados diversos autos de contraordenação por falta de registo de promotor de espetáculos de natureza artística e de comprovativo de autorização de execução, cuja emissão pela IGAC é obrigatória. Estas ações enquadram-se num conjunto de ações efetuadas pela IGAC em que parte significativa são articuladas com diversas entidades e/ou órgãos de polícia criminal, nomeadamente a GNR, PSP e a Autoridade Tributária e Aduaneira, em várias regiões do país tendo em conta o combate às violações do Direito de Autor e Direitos Conexos, designadamente na área do livro, bem como às infrações ao Regulamento do Espetáculo Tauromáquico e ao Regime Jurídico de instalação e funcionamento dos Espetáculos de Natureza Artística.

Fátima Lopes na Semana da Moda em Paris

“Coleção verdadeiramente feminina” A criadora portuguesa Fátima Lopes apresentou ontem, na capital francesa, aquela que considera “a coleção mais Fátima Lopes dos últimos dez anos”, durante a Semana da Moda de Paris, que termina a 01 de outubro. A coleção para a próxima primavera/verão de Fátima Lopes apresenta uma linha inspirada nos anos 1960 e no espetáculo musical ‘Sweet Charity’, protagonizado por uma bailarina de cabaré, recuperando alguns códigos do período retratado no musical de Bob Fosse, como “o vestuário feminino-masculino” e “os cortes retos e gráficos”. “Esta é uma coleção com uma inspiração nos anos 60, mas uma coleção muito natural, talvez a mais Fátima Lopes dos últimos dez anos. É a minha cara exatamente”, disse a designer madeirense, acrescentando que “há um lado muito ‘clean’ que vai chegar diretamente às pessoas”. A sobriedade e o glamour subiram ao palco da imponente sala panorâmica do cabaré Lido, em plena Avenida dos Campos Elísios, com os barrocos lustres monumentais a iluminarem um desfile marcado pela impertinência e pela rebeldia, típica dos anos 60 e do traço de Fátima Lopes. “Tudo começou com os anos 60, mas, a partir daí, a coleção foi

desenvolvendo e tem muito mais 2014, 2015 do que propriamente dos anos 60”, explicou a designer, momentos antes do desfile, acrescentando que os cabelos têm “essa abordagem aos anos 60, assim como as cores e os padrões”. Fátima Lopes admite que na coleção há “peças-esculturas” moldadas pelo jogo de texturas e materiais, um autêntico “patchwork” (trabalho com retalhos) de tecidos nobres com a mistura de seda com croché, por exemplo, com o relevo sugerido pelos bordados ou pelos padrões mais gráficos, havendo também as rendas, os linhos, as lãs frias e o cabedal. Há também “peças-pinturas”, a evocar uma certa arte minimalista despertada nos anos 60, com linhas retas e geométricas, as formas em V a esculpirem o corpo - seja nos decotes ou nas aplicações - e uma paleta em que domina o preto, o azul, o branco e, pontualmente, um toque de amarelo. Se os padrões e as cores apontam para aquela década, os cortes são dos dias de hoje, insistiu a criadora, que se manteve fiel ao seu traço ao desenhar uma linha ajustada ao corpo, mas propondo igualmente formas mais volumosas sugeridas pela leveza dos tecidos. Esta é “uma coleção verdadeiramente femini-

na, a mais feminina dos últimos anos”, insistiu Fátima Lopes, que cumpriu o 32.° desfile em Paris, acrescentando mesmo: “É talvez a minha preferida nos últimos dez anos”. Hoje é apresentada a coleção de Luís Buchinho, na Biblioteca Nacional de França. As propostas de Luís Buchinho e Fátima Lopes são apresentadas à margem do calendário oficial da semana de pronto-a-vestir da capital francesa, onde os dois criadores estão com o apoio do Portugal Fashion. Esta é a 30.ª participação do Portugal Fashion na Semana de Pronto-a-Vestir de Paris e, em paralelo aos desfiles, seis criadores nacionais marcam presença em certames profissionais e especializados em Paris, como a Tranoï, com Luís Buchinho e Susana Bettencourt, enquanto Carla Pontes, Daniela Barros, João Melo Costa e Teresa Abrunhosa participam no showroom comercial do Fashion Scout Paris, uma plataforma dedicada à “captação de novos nomes da moda internacional”, de acordo com o Portugal Fashion. O Portugal Fashion, organizado pela Associação Nacional de Jovens Empresários, decorre entre 22 e 25 de outubro, com arranque marcado para Lisboa, seguindo depois para o Porto.


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