DOBRADINHA DA MERCEDES HAMILTON E ROSBERG DOMINAM GRANDE PRÉMIO DE F1 DA MALÁSIA
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DIÁRIO NACIONAL
Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |
Ano CXLVI | N.º 88
Segunda-feira, 31 de março de 2014
SEGURO DIZ QUE OS PORTUGUESES JÁ NÃO
PODEM OUVIR FALAR EM AUSTERIDADE
FARTOS n O líder do PS condena o “excesso de zelo” do Governo na aplicação das políticas de austeridade, que vão para além do necessário para equilibrar as contas públicas e para além do que a Europa impõe. “Os portugueses sentem isso quando têm um corte nas pensões, um corte nos salários e quando a política de austeridade vai para além daquilo que seria necessário para equilibrar as nossas contas públicas em condições de dignidade”, destaca Seguro...
BENFICA
SOMA E SEGUE n Um golo de Lima, logo aos 13 minutos, foi suficiente para o líder do campeonato ganhar em Braga e manter os leões à distância de sete pontos...
FASHION
Miguel Vieira encerrou 34.ª edição com “uma noite de inverno”
EUROPEIAS
Assis acusa o Governo de ser “funcionalmente incompetente”
SPRING BREAK GNR promove ações de sensibilização junto dos alunos do 9.º e 12.º ano
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Portugal Fashion encerrou com glamour de Miguel Vieira
Câmara do Porto
“Uma noite com agasalhos muito quentes” O glamour para a próxima estação pelo traço de Miguel Vieira, inspirado numa noite de inverno, encerrou a 34.ª edição do Portugal Fashion, no dia em que as sapatilhas foram a grande novidade do criador de calçado Luís Onofre. As luzes da passerelle principal desta edição do Portugal Fashion apagaram-se definitivamente depois da apresentação de Miguel Vieira – que surpreendeu no desfile ao deixar os manequins alinhados e parados no final da caminhada em que mostram as propostas do criador -, tendo o estilista explicado, no final, que teve como mote “uma noite de inverno”, imperando as “qualidade das matérias-primas”. “Uma noite em que um grupo de amigos resolve ir jantar e no percurso tem que levar agasalhos muito quentes. Depois, quando chega ao momento de jantar, está tudo climatizado e por isso podem usar peças muito mais finas, muito mais frescas”, desenhou Miguel Vieira. Não sendo propriamente o dia que mais gosta de encerrar, Miguel Vieira considera que este é “um grande privi-
PORTUGAL FASHION. Miguel Vieira fechou a edição número 34 com uma “noite de inverno” muito especial… légio” poder fechar a edição da semana de moda da cidade em que vive e que de que tanto fala em termos internacionais. Já Luís Onofre – o único criador de calçado com honras de desfile próprio no Portugal Fashion – trouxe uma novidade para esta coleção: as sapatilhas. “Uma das coisas que tentei fazer desta vez na coleção foi ir buscar vários temas dentro do mesmo tema, ou seja, com uma definição clara de modelos, mas versáteis no aspeto de construções”, disse. Com uma forte aposta nas aplicações e nos detalhes, Onofre destacou a “sintonia” com as carteiras, que apresenta em vários tamanhos para a próxima estação, apostando na versa-
tilidade deste tipo de acessórios. Para o criador de calçado - que viu crescer as vendas no mercado nacional em 15% - abrir uma loja em nome próprio na Avenida da Liberdade, em Lisboa, não pode ser considerado uma loucura já que “tempos de crise são oportunidades que se podem tirar”, sendo este um projeto já pensado há muito tempo. Neste último dia do evento de moda – cuja edição foi dedicada ao tema “Organic” – destaque ainda para o desfile de Meam by Ricardo Preto, que apresentou “Movimento”, onde o criador destaca a”silhueta discreta e esguia, apostando no preto, azul, verde e branco. Outro dos desfiles esperados de sábado era o de Carlos Gil, que trouxe à
Alfândega do Porto a “Valsa dos Pássaros”, onde “a rigidez da disciplina da dança torna-se frágil, contrapondo-se à leveza da sua silhueta”, com destaque tons metalizados e utilização de penas e peles. Em jeito de balanço, João Rafael Koehler, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) – entidade responsável pelo Portugal Fashion – considera que o evento de moda é “um momento importante” para a associação, bastando “ver e verificar qual é o impacto de media que tem”, quer no país, quer no estrangeiro. “O balanço é positivo. À semelhança dos últimos, mas este de uma forma muito demarcada, acentua esta vertente de globalização do nosso mundo, de globalização da moda e também do Portugal Fashion. Temos aqui mais de 60 jornalistas estrangeiros, temos centrais de compras que vieram de todo o mundo para fazer negócios com os nossos designers”, destacou. Segundo João Rafael Koehler, a aposta nos criadores emergentes é para manter, assumindo o objetivo enquanto presidente que os jovens designers nascidos no Bloom possam ascender à primeira passerelle. No último dia do Portugal Fashion foram ainda conhecidos os vencedores do concurso Bloom, tendo passado pela passerelle principal os desfiles coletivos da indústria e calçado, assim como Lion of Porches, Vicri e Dielmar.
Jovens criadores também mostraram o seu valor na Alfândega do Porto
Pedro Neto vence concurso Bloom Quatro jovens criadores ganharam no sábado a oportunidade de mostrar as coleções na passerelle secundária do Portugal Fashion ao ficarem nos quatro primeiros lugares do concurso Bloom, cujo grande vencedor foi Pedro Neto. Os oito finalistas do concurso Bloom – que recebeu 111 candidaturas – desfilaram, cada um, quatro coordenados, sendo Pedro Neto o vencedor, com João Rôla no segundo lugar, Ana Catarina Santos no terceiro e Eduardo Amorim no quarto. Os quatro talentos emergentes terão agora a possibilidade de desfilar as criações no espaço Bloom (plataforma de lançamento de novos talentos) du-
rante quatro estações, além de receberem apoio financeiro, o que João Rôla considerou, no final do desfile, “extremamente importante” para continuar a trabalhar. “Quero continuar com os pés bem assentes na terra”, explicou o designer, que procura agora fazer outra coleção para apresentar já na próxima edição do Portugal Fashion. O sentimento é partilhado por Pedro Neto, de 18 anos, que garantiu que “nunca falta inspiração, falta é dinheiro”, o que pode agora ser colmatado com o apoio financeiro “importante” dado pelo Portugal Fashion. “A ajuda financeira é um dos prémios e é algo muito importante para eles”, explicou Miguel Flor, responsável pelo Bloom e
um dos jurados do concurso. Pedro Neto venceu o concurso com uma apresentação inspirada no fotógrafo e artista Keith Arnatt e disse querer “terminar a escola”. O jovem está no primeiro ano de Design de Moda na MODATEX, depois de ter saído da Escola de Moda do Porto. O vencedor admitiu que o Bloom ajuda “principalmente a nível de projeção internacional”, já que em Portugal “a venda é muito complicada, principalmente para jovens designers”. “Temos imprensa, temos modelos profissionais, temos apoio na organização, o que nos permite focar no nosso trabalho”, explicou Eduardo Amorim, que apresentou “Protect
Me” no concurso. Miguel Flor destacou a importância do Bloom para os estudantes de moda, para quem a plataforma é “um dos maiores objetivos de quem quer fazer uma marca e criações de autor”. “O Bloom funciona como um período de incubação, de maturação”, disse o responsável. Depois desse período, “quando atingem o mesmo nível de maturação dos criadores da passerelle principal, sobem”. A final do concurso Bloom também decorreu na Alfândega do Porto, local que recebeu este ano a 34.ª edição do Portugal Fashion, um dos principais eventos de moda que se realizam entre nós.
Rui Moreira promete estimular comércio local
O presidente da Câmara do Porto pretende apostar na animação de rua em vários pontos da cidade como forma de estimular o comércio local. “A animação de rua faz parte do que queremos fazer. A cidade precisa de ter sempre esta animação”, afirmou Rui Moreira, na rua das Flores requalificada e transformada em pedonal, que se encheu de gente e espetáculos para assinalar o Dia Nacional dos Centros Históricos. A meio da tarde, quando já era quase impossível circular na zona entre o largo dos Lóios e de S. Domingos, também vedados ao trânsito, recuperados e com palcos para concertos, Rui Moreira apontou “este exemplo” como prova de que “é possível encher as ruas e ver muitas lojas a abrir”. “É a demonstração de que é possível fazer o que queremos fazer”, vincou Rui Moreira. Para o autarca, o denominado eixo MouzinhoFlores, onde estão dez ruas que a partir de segunda-feira passam a ser pedonais, vai assumir destaque em termos turísticos e comerciais. “Este é um corredor importantíssimo entre a Baixa e a Ribeira. Achamos que este vai ser o percurso pedonal para os turistas e que isso vai ter um impacto extraordinário no comércio e em todas as atividades de restauração”, destacou. Relativamente à animação de rua que pretende alargar ao resto da cidade, o autarca afirmou que “cada zona do Porto, cada rua terá um tratamento específico”, adequado ao que a Câmara considerar serem “as suas características”. Também para estimular o comércio, a Câmara do Porto iniciou, na rua das Flores, o projeto-piloto “Porto Mercator” cujos objetivos passam por alterar as práticas no comércio local e atrair clientes através da oferta de descontos. A intenção é, depois, “replicar” a iniciativa “em todo o comércio local”, disse à Lusa fonte oficial da autarquia. O “Porto Mercator” consiste numa aplicação para telemóveis que é possível adquirir gratuitamente para ter acesso a descontos nas lojas que integrem a rede. “As lojas que garantam determinadas boas práticas, como o alargamento de horários ou a informação bilingue, ganham direito a um certificado Mercator e à integração num roteiro”, descreveu fonte da autarquia. Para assinalar o Dia Nacional dos Centros Históricos, a Câmara do Porto preparou um vasto programa de animação que incluiu sete mercados urbanos, atuações musicais, circo e marionetas e que terminou com a primeira edição de 2014 do Porto Sounds, no Largo de São Domingos, com as atuações de Memória de Peixe e de Throes + The Shine. Dez ruas do centro histórico do Porto passam hoje a ser pedonais, iniciando um processo que a Câmara quer gradualmente aplicar a toda aquela zona para estimular o comércio. “Este é um processo gradual para todo o centro histórico. O que a Câmara quer é deixar dois ou três eixos estruturantes abertos e, dentro do possível, vedar tudo o resto ao trânsito”, adiantou a mesma fonte, referindo a intenção de estimular o comércio local e a utilização do transporte público.
regiões
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
O Primeiro de Janeiro | 3
Terceira edição do Belém Art Fest realiza-se já esta sexta-feira e sábado
Música e museus Transporte inter-hospitalar
Ambulância pediatria na região do Algarve
O Instituto Nacional de Emergência Médica e o Centro Hospitalar do Algarve vão dispor a partir de hoje de uma ambulância de transporte inter-hospitalar pediátrico (TIP) para operar na região algarvia. A nova unidade tem como objetivo “reforçar a capacidade de resposta na área do doente crítico pediátrico e neonatal” e o “transporte de recém-nascidos e doentes pediátricos em estado crítico entre Unidades de Saúde”, explicou o INEM. Em Portugal, existem atualmente três ambulâncias TIP, uma em Lisboa, outra em Coimbra e a terceira no Porto.
A grande novidade deste ano é a inclusão do claustro do Mosteiro dos Jerónimos, onde vai cantar Rita Redshoes. A 3.ª edição do Belém Art Fest vai regressar a Lisboa, sexta feira e sábado, com três museus e o Mosteiro dos Jerónimos como palco para Rita Redshoes, os jovens solistas da Metropolitana de Lisboa e a fadista Ana Sofia Varela. A iniciativa é da responsabilidade da produtora Amazing Adventure (AA), em parceria com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o Museu Coleção Berardo, a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Belém. O objetivo, de acordo com a organização do festival, que tem como diretora artística Selma Uamusse, a voz do grupo Wraygunn, é “promover novos artistas e projetos inovadores em espaços privilegiados de Lisboa”. Durante duas noites, os visitantes poderão assistir a concertos, «workshops», exibições de dança, cinema, atuações de Djs e visitar todos os espaços e respetivas exposições, mediante a capacidade das salas. De acordo com Pedro Pais, da organização, a grande novidade deste ano em relação aos espaços dos espetáculos e outros eventos é a inclusão do claus-
Cultura. A 3.ª edição do Belém Art Fest vai regressar sexta feira e sábado, com três museus e o Mosteiro dos Jerónimos tro do Mosteiro dos Jerónimos. A organização estima que aquele espaço do monumento quinhentista deverá receber cerca de 800 participantes nos concertos mais concorridos, como o de Rita Redshoes, que apresenta o seu último trabalho, e dos Gospel Collective e convidados. Com esta área, é aumentada a capacidade total do festival para acolher cerca de 5 mil visitantes. Relativamente aos números de participantes nas edições anteriores, a organização indicou que ascen-
deram a 3 mil, na edição de 2013, e 800, em setembro de 2012. O Museu Nacional dos Coches irá acolher concertos de fado e música clássica, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Ana Sofia Varela. No Museu Nacional de Arqueologia, os visitantes poderão visitar as exposições temporárias, participar em «workshops» de fotografia ou maquilhagem e assistir a concertos de Noiserv, Minta & the brook trout, Walter Benjamin e Cais do Sodré Funk Connection.
O Museu Coleção Berardo vai ter atuações de Thomas Anahory, Da Chick e Carolina Deslandes, os Djs Ricardo Guerra, da Revolta do Vinyl e Dj Kamala. Do cartaz do festival fazem ainda parte Andycode, Beatriz Pessoa, Sérgio Silva, Piano Batuque, Mila Dores, Wack e Projeto Melodium e uma parceria estabelecida com a Jazzy Dance Studios. Os bilhetes têm o preço de 12 euros para entrada em todos os espaços num dia, e de 16 euros para todos os espaços nos dois dias.
Em Vilar Formoso
Secretário de Estado presente na cerimónia
Detidos por assaltos a casas de idosos
Espaço do Cidadão inaugurado em Sintra
A GNR anunciou, ontem, a detenção em Vilar Formoso, Almeida, de quatro homens estrangeiros, com idades entre 21 e 32 anos, residentes em Espanha, suspeitos da prática de diversos furtos em residências de idosos da região. “Fundamentalmente furtavam em residências ocupadas por idosos e quando os mesmos se encontravam ausentes. Cometiam os furtos e iam embora para Espanha, onde residiam”, admitiu a fonte. Dois dos suspeitos têm antecedentes criminais em Espanha por roubos, associação criminosa e furtos.
O secretário de Estado da Modernização Administrativa, Joaquim Cardoso da Costa, inaugura, hoje, o Espaço do Cidadão da vila de Sintra, o primeiro do género no município. “Este gabinete é um grande progresso no atendimento aos munícipes de Sintra que, num único local, podem resolver uma grande parte dos problemas relacionados com a administração central e com o município”, disse o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS). O antigo posto de atendimento do Gabinete de Apoio ao Munícipe (GAM), junto aos Paços do Con-
Sintra. A autarquia suporta os encargos com pessoal e instalações e o Governo financia a formação e o equipamento
celho, foi reconvertido em Espaço do Cidadão. Segundo a autarquia, na antiga escola da vila passam a funcionar seis postos de atendimento de serviços municipais, de serviços da administração central e dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS). No concelho de Sintra está prevista a instalação de mais três Espaços do Cidadão, no edifício multiusos de Pêro Pinheiro, em Rio de Mouro e Massamá/ Monte Abraão. A autarquia suporta os encargos com pessoal e instalações e o Governo financia a formação dos funcionários e o equipamento dos espaços.
No Espaço do Cidadão de Sintra será disponibilizado atendimento de assuntos relacionados com licenciamentos da esfera municipal, incluindo a área do urbanismo, e de contratualização com os SMAS. Os serviços da administração central incluem a Direção-Geral da Administração da Justiça, para pedido de registo criminal; Autoridade das Condições de Trabalho, registos e queixas; ADSE, pedidos e renovações; Inspeção-geral de Atividades Económicas, registos e certidões, e a Direção-geral do Consumidor, para informação e reclamações, entre outros.
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nacional
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Seguro critica “excesso de zelo” do Governo quanto à austeridade
“Portugueses sentem isso diariamente” O secretário-geral do PS condena o excesso de zelo do Governo na aplicação das políticas de austeridade, que vão para além do necessário para equilibrar as contas pública e para além do que a Europa impõe. Numa intervenção na sessão de apresentação pública dos candidatos às eleições europeias de 25 de maio, António José Seguro vincou a importância daquele ato eleitoral, sublinhando que “os portugueses sentem isso no seu dia-a-dia, sentem isso quando têm um corte nas pensões, quando têm um corte nos salários, sentem isso quando a política de austeridade vai para além daquilo que seria necessário para equilibrar as nossas contas públicas em condições de dignidade”. “Não é apenas porque a Europa o impõe, é também porque há um excesso de zelo da parte do Governo português e uma profunda identidade entre o Governo português e aqueles que lideram hoje a Europa no sentido de aplicar essa política de
SEGURO. O líder do PS voltou a dizer que o Governo não tem necessidade de impor mais políticas de austeridade aos portugueses… sacrifícios, essa política de austeridade que não encontra razoabilidade, nem muito menos consegue contribuir para um equilíbrio sustentável das nossas contas públicas”, vincou o líder do PS. Na sua intervenção, Seguro recusou ainda ideia de que há uma agenda nacional e uma agenda europeia, sublinhando que existe apenas “uma agenda que diz respeito a todos”. “A ideia que na Europa se discutem te-
mas que não interessam ao nosso país nunca foi verdade e, sobretudo hoje, não é verdade”, destacou. Quanto à lista que o PS apresenta às eleições europeias e que é encabeçada por Francisco Assis, o secretário-geral dos socialistas reafirmou que as principais preocupações na sua elaboração foram a qualidade e a competência, destacando o facto de incluírem três independentes em lugares elegíveis.
Seguro deixou ainda uma nota sobre o facto de se tratar de “uma lista verdadeiramente paritária”, com metade de homens e metade de mulheres. “Não precisámos de andar com uma candeia à procura de mulheres para ir para essa lista”, gracejou, sustentando que as mulheres que integram a lista do PS têm “inegável competência e grande qualidade”. A lista socialista às europeias, que foi aprovada por unanimidade pela comissão política nacional na terçafeira à noite e é liderada por Francisco Assis, tem como número dois a antiga ministra de António Guterres e atual conselheira da União Europeia Maria João Rodrigues. Em terceiro lugar surge Carlos Zorrinho, a eurodeputada Elisa Ferreira em quarto e, em quinto, o açoriano especialista na área do mar Ricardo Serrão Santos. A atual eurodeputada Ana Gomes está no sexto lugar, enquanto Pedro Silva Pereira, antigo ministro de José Sócrates, é sétimo. Em oitavo lugar surge a professora universitária madeirense Liliana Rodrigues, Manuel dos Santos está em nono, Maria Amélia Antunes em décimo e José Junqueiro em décimo primeiro. O ensaísta Eduardo Lourenço é candidato em 21.º lugar, o último dos efetivos. Os atuais eurodeputados Vital Moreira, Edite Estrela, Capoulas Santos e Correia de Campos não constam da lista.
Catarina Martins (BE) acusa Passos Coelho de esconder o jogo…
“A palavra do Governo vale zero” A coordenadora do BE Catarina Martins acusa o Governo de querer “precarizar a vida dos mais velhos” e de “tentar esconder” que os pensionistas nunca mais vão saber qual pode ser a sua pensão. “As alterações que querem introduzir à lei significam que os pensionistas, a partir de hoje, nunca saberão qual pode ser a sua pensão. Não só os cortes serão permanentes como a qualquer momento poderão existir novos cortes”, afirmou Catarina Martins em Gaia, onde participou na sessão pública “Desobedecer à Europa da Austeridade!”. Para a coordenadora do BE, isto corresponde à “completa precarização da vida dos mais velhos num país que já precarizou a vida dos mais novos com a precarização das condições de trabalho”. Catarina Martins referia-se à possibilidade avançada esta semana num briefing do Ministério das Finanças do Governo de transformar a Contribui-
ção Extraordinária de Solidariedade (CES) num mecanismo permanente, ajustando o valor das pensões a critérios demográficos e económicos. Apesar de o primeiro-ministro ter dito que o Governo não tem, nesta fase, nenhuma discussão “em cima da mesa” sobre reduções adicionais de salários e pensões, Catarina Martins alerta que “a palavra do Governo vale zero”. “Não dizem o que querem fazer mas sabemos o que tentam esconder: querem tornar permanentes os cortes que sempre disseram que seriam transitórios. Mais do que isso, em relação aos pensionistas fazem um duplo corte: um corte nas pensões mas também um corte na expectativa e no direito ao mínimo de segurança que cada um pode ter”, avisou. Para a coordenadora do BE, esta precarização dos mais velhos é “o humilhar de um país, é limitar as possibilidades de futuro”. “É contra isto que é preciso, a 25 de maio, [data das eleições
europeias] juntar forças”, afirmou. Questionada sobre a petição para levar a reestruturação da dívida ao plenário da Assembleia da República, Catarina Martins destacou que “o Governo está completamente isolado nesta sua ideia peregrina de achar que é possível não reestruturar a dívida e de querer aplicar austeridade ao país durante mais dez, vinte ou trinta anos”. “O país não aguenta mais”, destacou. Reestruturar a dívida “é algo que o BE tem defendido desde sempre” e “é hoje amplamente consensual na sociedade portuguesa”, observou. Para Catarina Martins, este “é o momento de mudar” e isso “exige um país que esteja de pé, com força, que renegoceie a sua dívida”. Quanto a eventuais resultados práticos da petição, a bloquista defendeu que “a democracia não se fecha num dia”. “É pelas vozes que se juntam a pedir a mudança que se pode mudar a sociedade. Uma petição não muda
a sociedade mas é uma força grande quando as vozes se juntam”, justificou. Catarina Martins destacou ainda a importância das eleições europeias para que “cada um possa exprimir qual o seu desejo de futuro”. A coordenadora do bloco considera que o voto vai servir para determinar se os portugueses querem “mais 20 ou 30 anos de austeridade” e “ficar de joelhos perante os credores internacionais” ou se acham que o país deve ter “a coragem e determinação” para “renegociar a dívida”, para a reestruturar e “ter um futuro digno”. O movimento Manifesto 74, que reúne personalidades de todos os quadrantes da sociedade portuguesa, anunciou na sexta-feira que está a realizar uma petição para levar a reestruturação da dívida ao plenário da Assembleia da República e que já ultrapassou em muito as quatro mil assinaturas necessárias para ser discutida no hemiciclo.
Europeias
Assis diz que o Governo é “incompetente”
O cabeça de lista do PS às europeias acusa o Governo de ser “ideologicamente extremista e funcionalmente incompetente” e de estar a colocar em causa alguns avanços históricos conquistados pelos portugueses. “Este governo extremista, ideologicamente extremista e funcionalmente incompetente – o que é, aliás, uma das misturas mais perigosas que se podem imaginar que é o extremismo ideológico e a incompetência funcional – este Governo que tem estas características está a pôr em causa avanços historicamente conseguidos na sociedade portugueses”, afirmou Francisco Assis, durante a cerimónia de apresentação dos candidatos socialistas às eleições de 25 de maio. Sétimo na lista, Pedro Silva Pereira alinhou nas críticas aos sociais-democratas, respondendo às críticas do cabeça de lista da coligação “Aliança Portugal” de que a lista do PS reconcilia o partido com “despesismo”: “Creio que o doutor Paulo Rangel está muito perturbado, ele quer desviar as atenções do facto de ser nestas eleições o candidato do Governo, que é o candidato responsável por uma política de empobrecimento e julga que com as acusações os portugueses se distraem”. “É preciso parar com esta austeridade patológica”, tinha defendido momentos antes o cabeça de lista do PS às europeias, que na sua intervenção dedicou parte do discurso aos alertas sobre a importância das eleições de 25 de maio. Corroborando aliás o que antes tinha dito o secretário-geral socialista, Francisco Assis recusou a existência de fronteiras entre “política interna e política europeia”, porque “o que se passa na Europa tem imediata repercussão em Portugal”. Nesse sentido, continuou, a primeira rutura a fazer é “abandonar uma postura de subserviência acrítica e assumir uma postura de exigência responsável”. Francisco Assis, que disse estar “absolutamente convicto que o PS vai ganhar claramente” as eleições europeias, deixou ainda promessas para as 8 semanas que faltam para os portugueses irem às urnas, assegurando que para os socialistas não existirão “temas tabus” e tudo será discutido. “Agora não contem connosco para a pequena quezília inútil e para o pequeno confronto estéril”, assegurou, avisando que o PS não irá reagir “às pequenas provocações”.
economia
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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INE revela hoje valor da derrapagem orçamental relativa ao ano passado
Défice de 2013 deve atingir no máximo 5% Analistas consideram que défice deve ficar entre os 4,9 e os 5%. Na proposta de OE, Governo apontava para 5,9%. Xi Jinping termina visita a Angela Merkel
Negócios da China O presidente chinês, Xi Jinping, terminou, ontem, a sua primeira visita de Estado à Alemanha, em que manteve encontros com a chanceler alemã, Angela Merkel, e diversas reuniões de caráter económico, com assinatura de 18 acordos bilaterais. O avião presidencial partiu do aeroporto de Dusseldorf com destino a Bruxelas, onde Xi prosseguirá a sua digressão europeia. Em Dusseldorf, onde Pequim tem previsto abrir um quarto consulado em solo alemão, o presidente chinês e uma vasta delegação de empresários do seu país participaram num encontro económico a que também assistiu o vice-chanceler alemão e ministro da Economia e Energia, Sigmar Gabriel. Xi assegurou na sua intervenção diante deste fórum que a China não pretende competir, nem rivalizar, com o crescimento dos países industrializados, dizendo que a China deve encontrar um “caminho de desenvolvimento sustentável”, mesmo que isso signifique crescer de forma mais espaçada. A visita do presidente chinês iniciou-se sexta-feira e motivou reuniões em Berlim com o presidente alemão, Joachim Gauck, e com Merkel. Entre os acordos destaque para aquele que permitirá a abertura em Frankfurt da primeira praça financeira da eurozona onde se poderá negociar na moeda chinesa.
O défice orçamental de 2013, em contas nacionais, deverá ter ficado entre 4,9% e 5% do Produto Interno Bruto. O INE revela, hoje, o valor do défice orçamental em 2013 na ótica que conta para Bruxelas e entre as previsões recolhidas, a previsão mais otimista é a do BBVA, que sublinha que “a consolidação orçamental em 2013 foi melhor do que a esperada”, devendo o défice atingir 4,9% do PIB, ou 4,5%, excluindo a recapitalização do Banif que equivale a 0,4% do produto. “Este bom desempenho deveuse principalmente à obtenção de maiores receitas fiscais [crescimento de 13,1%], muito acima do aumento previsto [8,9%] e explicado em parte pelo aumento das receitas provenientes do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares [IRS], pela melhoria do mercado laboral e pela recuperação da atividade económica a que se assiste desde o segundo trimestre”, justificam os economistas do BBVA. Na proposta de Orçamento do Estado para 2014, a previsão do Governo apontava para um défice orçamental em 2013 de 5,9% do PIB. Em janeiro, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou no parlamento que, excluindo todos os efeitos extraordinários, o défice orçamental em 2013 será de 5,2%, o que representa uma diferença de 0,6 pontos percentuais face a 2012: “Expurgados todos os efeitos extraordinários em 2012 e 2013, tivemos um défice em 2012 de 5,8% e em 2013 de 5,2%. Expurgados todos os efeitos extraordinários, temos, portanto, uma diferença de 0,6 pontos”, afirmou a governante. “Receitas pontuais não se repetem”
Já a economista do BPI Paula Carvalho adiantou que a estimativa do banco aponta para que o défice orçamental, em contabi-
Portugal. Défice orçamental de 2013, em contas nacionais, deverá ter ficado entre 4,9% e 5% do Produto Interno Bruto. INE revela hoje os resultados
Para 80 mil casas
Japão vai construir central de energia solar
A cidade japonesa de Setouchi, na prefeitura de Okayama, oeste do país, vai ser o palco de uma central de energia solar com capacidade para gerar 230.000 quilowatts, a de maior capacidade do Japão e uma das maiores do mundo. Para a construção da central, a norte-americana General Electric pretende conquistar uma participação maioritária
no consórcio operador, revelou o diário Nikkei. A central terá capacidade para fornecer energia a 80 mil casas e deverá começar a funcionar em 2018 superando a capacidade de 111.000 quilowatts que o grupo nipónico Softbank vai inaugurar na ilha japonesa de Hokkaido em 2015. O investimento no projeto deverá rondar os 80 mil milhões de ienes (565 milhões de euros). O governo japonês pretende que as energias renováveis ganhem peso no mercado do país até aos 20% ou 30%.
lidade nacional, “se tenha situado em torno dos 5% do PIB”, um desempenho justificado “de forma significativa” pela evolução das receitas fiscais e pelo resultado do programa de regularização de dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira, no final do ano passado. No entanto, Paula Carvalho nota que “uma parte desta ‘performance’ melhor do que a esperada ficou a dever-se a receitas pontuais, que não vão repetir-se em 2014”. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou já que o défice das administrações públicas em contabilidade nacional deverá ficar nos 5% do PIB em 2013. De acordo com as estimativas da UTAO, o défice das administrações públicas deverá ter-se situado entre 4,8% e os 5,2% do PIB, sendo o valor central da projeção é de 5%. Já o Conselho de Finanças Públicas (CFP) considerou que o défice orçamental pode ficar abaixo dos 5,9% do PIB, sublinhando que “os desenvolvimentos orçamentais até ao final do terceiro trimestre, quer do lado da receita, quer do lado da despesa, permitem admitir que o défice das administrações públicas ficará abaixo da estimativa mais recente do Ministério das Finanças”. Para este resultado em muito contribui a receita com impostos, que - segundo o CFP - teve em termos ajustados até setembro “uma taxa de crescimento homólogo quase duas vezes superior à da despesa”. O valor final de défice com que Portugal se comprometeu com a «troika» foi de 5,5% para o conjunto de 2013, tendo o Governo garantido que o objetivo vai ser cumprido. O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) prevê que seja desencadeado um Procedimento dos Défices Excessivos quando um Estado-Membro não cumpre uma ou as duas regras definidas no Tratado Orçamental: que o défice orçamental não exceda os 3% do PIB e que a dívida pública não ultrapasse os 60% do PIB. Portugal foi colocado no Procedimento dos Défices Excessivos em dezembro de 2009 e ficou definido que teria até 2015 para cumprir o limite do défice.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Lewis Hamilton vence GP da Malásia e Nico Rosberg fica em segundo lugar
«Dobradinha» da Mercedes Prestações permitiram ao alemão reforçar a liderança do Mundial e ao britânico retificar a desistência na corrida inaugural. O britânico Lewis Hamilton, que tinha desistido na primeira corrida, e o alemão Nico Rosberg, vencedor na Austrália, ofereceram, ontem, uma «dobradinha» à Mercedes no Grande Prémio da Malásia, segunda prova do Mundial de Fórmula 1. Os dois pilotos «respeitaram» a grelha de partida e terminaram nos dois lugares mais altos do pódio, prestações que permitiram ao alemão reforçar a liderança do Mundial de pilotos e ao britânico retificar a desistência na corrida inaugural. Tal como Hamilton, também o alemão Sebastien Vettel, tetracampeão mundial, tinha abandonado na Austrália, mas ontem atenuou a desilusão da primeira prova com o terceiro lugar do pódio. Numa corrida que dominou desde o início (tinha garantido a «pole position» na véspera, a 33.ª da carreira), Hamilton alcançou a 23.ª vitória do currículo e o 55.º pódio, num total de 131 grandes prémios disputados desde 2007. Hamilton completou as 56 voltas (310,4 km) ao circuito internacional de Sepang em 1h40.25,974, deixando Rosberg a 17 segundos e Vettel a 24. “Foi incrível. Sinto-me muito grato por esta vitória, em particular depois da tragédia que ocorreu há três semanas. Quero dedicar este triunfo a todas as vítimas e às suas famílias”, afirmou Hamilton no final, em referência ao acidente do Boeing da Malaysia Airlines. Antes da corrida, pilotos e espetadores respeitaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas
Corrida do Benfrica
Rui Pedro Silva e Dulce Félix vencedores
Rui Pedro Silva e Dulce Félix confirmaram o favoritismo e ganharam, ontem, a 9.ª Corrida do Benfica António Leitão, realizada nas imediações do Estádio da Luz. Rui Pedro, que já havia triunfado na época passada, gastou 30.05 minutos nos 10 km do percurso, derrotando por seis segundos o brasileiro Paulo Paula. Outro benfiquista, Bruno Jesus, completou o pódio. Na prova feminina, Dulce Félix limitou-se a um «treino» mais rápido, ganhando em 34.02, contra 34.27 de Filomena Costa (Jardim da Serra) e 34.53 de Sara Moreira (Maratona).
Fórmula1. Com duas corridas disputadas, Nico Rosberg lidera o Mundial de pilotos, com 43 pontos, mais 18 que Hamilton. do acidente do Boeing da Malaysia Airlines, que terá caído no Oceano Índico a 8 de março. O primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, e o «patrão» da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, cumpriram o minuto de silêncio na linha de partida da segunda prova do Mundial. “Os nossos pensamentos estão com os desaparecidos, os que amamos e os socorristas incansáveis”, disse um dos “speakers” do circuito, antes de tocar o hino da
Malásia. Os pilotos colocaram um adesivo nos capacetes com a inscrição “rezem pelo [Boeing] MH370”. Por razões desconhecidas, o voo MH370 que partiu a 8 de março, às 00h41, da capital malaia (16h41 de 7 de março em Lisboa) com destino a Pequim desviou-se da rota e seguiu para ocidente, passando sobre a Malásia peninsular, em direção ao estreito de Malaca, momento em que os radares o perderam.
Com duas corridas disputadas, Nico Rosberg lidera o Mundial de pilotos, com 43 pontos, mais 18 que Hamilton. O espanhol Fernando Alonso (Ferrari), que terminou em quarto lugar em Kuala Lumpur, segue na terceira posição, a 17 pontos do líder. Vettel é sétimo, com 15 pontos. A próxima prova do Mundial, o Grande Prémio do Bahrain, está agendada para 6 de abril, no circuito de Sakhir.
Provas de canoagem vão decorrer em 2018
Mundiais de pista e maratonas em Portugal Portugal vai organizar os Campeonatos do Mundo de canoagem de pista e maratonas em 2018, decidiu, ontem, a federação internacional (ICF), reunida em Lausana, Suíça. Uma semana após a Associação Europeia de Canoagem (ECA) atribuir a Portugal os Europeus de maratona em 2017 (Vila Nova de Gaia), agora foi a vez da ICF premiar a federação com os Mundiais de pista (Montemor-o-Velho) e maratonas (Prado, Vila Verde) em 2018. “É mais uma prova da atenção que a canoagem merece do País e dos seus responsáveis. Além dos excelentes resultados internacio-
Canoagem. Mundiais de pista estão marcados para Montemor-o-Velho e maratonas para Vila Verde, em 2018
nais, ímpares no desporto português, também consegue trazer para o País as mais importantes provas a nível mundial”, disse Mário Santos, antigo presidente da federação, que participou na decisão do conselho executivo da ICF, composto por 25 elementos de todos os continentes. Mário Santos revelou ainda que o país também ganhou Taças do Mundo de pista e maratonas para 2016. “Todas estas provas são muito importantes para a sustentabilidade das parcerias e infraestruturas que temos, em especial o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-
Velho, que merece maior atenção e cuidado da tutela”, frisou. Mário Santos acredita que as cinco provas internacionais que Portugal vai organizar até 2018 também “projetam a imagem de um País competente e audaz, capaz de organizar os dois maiores eventos internacionais da modalidade num mesmo ano, tal como em 2013, com os Europeus de pista e maratonas, separados por apenas uma semana”. Do vasto lote de candidaturas que Portugal apresentou, apenas o Mundial de Ocean Racing 2015 não foi assegurado, sendo disputado no Tahiti.
Open da Alemanha
Tiago Apolónia de bronze em Magdeburgo
O português Tiago Apolónia conquistou, ontem, a medalha de bronze no torneio de singulares do Open da Alemanha em ténis de mesa, em Magdeburgo. O olímpico português, 29.º do «ranking» mundial, perdeu nas meias-finais com o alemão Dimitrij Ovtcharov, sexto da hierarquia, por 3-4, pelos parciais de 11-7, 7-11, 6-11, 12-10, 11-6, 1-11 e 9-11. “Cheguei com muita confiança de que as coisas me iam correr bem e, jogo após jogo, fui-me sentindo cada vez melhor. Na meia-final, depois de ter estado com 9-7 na ‘negra’, a medalha de Bronze acaba por saber a pouco”, admitiu.
Segunda-feira, 31 de Marรงo de 2014
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A COMEREM A CARNE E A SUGAREM O SANGUE DOS PORTUGUESES Perante o descalabro social em que o País se encontra, em que os portugueses, sobretudo os mais desprotegidos, não sabem para onde se voltar há uma pequena oração que por diversas vezes me vem ao espírito e, estou convencidos, aos espíritos de muitos mais portugueses. Diz ela: “ Senhor, concede-nos a serenidade para aceitar as coisas que não podemos Gustavo Pires* mudar, a coragem para mudar as coisas que conseguimos mudar, bem como a sabedoria para as distinguir. Este é, na realidade, um dos maiores problemas do País. Já não estamos na máxima de maio de 1968 que dizia “sejam realistas peçam o impossível” mas perante a necessidade de perceber aquilo que não é possível mudar, e aquilo que temos a obrigação moral de lutar a fim de transformarmos o País num local melhor onde todos possamos viver. Não é fácil porque os vendilhões do templo dos discursos da “banha da cobra”, parece que tomaram conta das televisões. Não existe nenhum canal que não tenha os seus comentadores, políticos mais ou menos reformados que, depois de terem comido a carne aos portugueses agora, pagos a peso de outro, divertem-se semanalmente a sugarem-lhes o sangue. São os especialistas do “discurso da treta” produzido por gente sem memória e sem escrúpulos que de há muitos anos a esta parte vive à conta da ingenuidade dos seus concidadãos. Note-se que o “discurso da treta” é uma falsidade distinta do mentir. É impossível mentir a menos que se saiba a verdade. Enquanto o mentiroso sabe a verdade pelo que também sabe que está a mentir, pelo contrário, o especialista do “discurso da treta”, pouco lhe interessa se aquilo que está a dizer é verdade ou mentira na medida em que está tão-somente interessado nas suas próprias conveniências. Recentemente assistimos no primeiro canal a um exemplo inquestionável do que acabámos de dizer. O artista, não estava interessado nem na verdade nem na mentira, ele estava tão só interessado nas suas conveniências. Esta gente está a destruir o País se é que já não o destruiu. Por isso, o “discurso da treta” é muito mais perigoso do que a própria mentira porque enquanto esta estabelece uma rutura com a realidade o “discurso da treta”, não está completamente desligado da realidade na medida em que o que o seu autor pretende condicionar a opinião de quem o está a ouvir. E assim, vemos autênticos meliantes dizerem hoje o contrário daquilo que disseram ontem sem sombra de justificação, vergonha ou de desculpa. O trágico da questão é que os “discursos da treta” têm uma estranha tolerância social. Por isso, os políticos produzem-nos e vão continuar a produzir e os portugueses votam neles e vão continuar a votar. Não se trata nem de direita nem de esquerda. O “discurso da treta” é transversal a todos os partidos. Por isso, temos de continuar a oração inicial: Senhor, concede-nos a serenidade, a coragem e a sabedoria para afastarmos os vendilhões do templo que olimpicamente estão a comer a carne e a sugar o sangue dos Portugueses.
Vitória (1-0) em Braga mantém comando confortável
Benfica mais perto do título O líder Benfica recolocou-se com mais sete pontos do que o Sporting, segundo classificado, ao vencer por 1-0 no reduto do Sporting de Braga, em encontro da 25.ª jornada da I Liga de futebol. O brasileiro Lima marcou, aos 13 minutos, o golo da vitória dos “encarnados”, que passaram a somar 64 pontos, contra 57 do Sporting, vencedor por 1-0 no sábado, na receção ao Vitória de Guimarães. Os “encarnados” nem precisaram de fazer uma grande exibição para levar os três preciosos pontos, bastando a eficácia de Lima na primeira parte (13 minutos), concluindo uma excelente jogada de Rodrigo, que no minuto 90+1 desperdiçou uma grande penalidade, permitindo a defesa a Eduardo. O Benfica tem o título na mão e precisa apenas de vencer em casa o Rio Ave, na 26.ª jornada, e o Olhanense e o Vitória de Setúbal (28.ª e 29.ª jornadas, respetivamente). O Braga, que nos últimos sete jogos registou apenas uma vitória, três empates e outras tantas derrotas, acusou as muitas baixas (oito lesionados e um castigado), mas deu boa réplica. Jorge Paixão teve que recorrer à equipa B para completar a convocatória e a equipa titular, com Tomás Dabo e Nurio nas laterais e Piqueti como extremo direito. No Benfica, nota para seis novidades no “onze” em relação ao jogo com o FC Porto, da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, quarta-feira: Oblak regressou à baliza, Siqueira ao lado esquerdo da defesa, Enzo Perez, Gaitan e Ma-
rkovic ao meio campo e Lima ao ataque. A turma de Jorge Jesus entrou forte e, logo aos oito minutos, Enzo Perez assistiu Gaitán, que ladeou com sucesso Eduardo, mas, depois, rematou às malhas laterais, com o “pior” pé, o direito, desperdiçando uma grande oportunidade para o Benfica inaugurar o marcador. Mas, não demorou muito para isso acontecer: Tomás Dabó perdeu a bola a meio campo, Rodrigo fugiu pela esquerda, passou por Santos e serviu Lima que, no “coração” da área, sem oposição, só teve que encostar, aos 13 minutos. O Benfica tirou o pé do “acelerador”, mas dando sempre a noção de que tinha o jogo controlado. O Braga defendia melhor do que atacava, mas, aos 30 minutos, Rusescu causou muito perigo e podia mesmo ter empatado, mas cabeceou por cima após canto de Pardo. Depois de o Benfica voltar a entrar melhor após o intervalo, Jorge Paixão trocou de defesa direito aos 54 minutos, colocando Miljkovic no lugar do “amarelado” Tomás Dabó e, cinco minutos depois, Piqueti teve o empate primeiro na cabeça e depois nos pés, mas o toque de calcanhar não foi a melhor opção para ultrapassar Oblak. Um minuto depois, “calafrio” na área bracarense, com um atraso de cabeça de Paulo Vinícius para Eduardo a quase resultar em autogolo. Jorge Jesus refrescou o meiocampo, trocando Enzo Perez por Rúben Amorim, mas o Benfica não conseguia “pegar” no jogo e o Braga
tinha dificuldades em criar perigo para a baliza “encarnada”. Aos 81 minutos, já dentro da área e descaído pela direita, Rusescu rematou com perigo depois de uma boa jogada do recém-entrado Erivaldo. Nos últimos minutos, o Benfica voltou a comandar a partida e podia ter dilatado a vantagem, com destaque para o penálti falhado por Rodrigo (90+1 minutos). FICHA DE JOGO
Jogo no Estádio Municipal de Braga. Ao intervalo: 0-1. Marcador: 0-1, Lima, 13 minutos. Sporting de Braga: Eduardo, Tomás Dabó (Miljkovic, 56), Santos, Paulo Vinícius, Núrio, Mauro, Luiz Carlos (Erivaldo, 78), Rúben Micael, Piquéti (Erick Moreno, 66), Pardo e Rusescu. (Suplentes: Cristiano, Miljkovic, André Pinto, Vukcevic, Battaglia, Erick Moreno e Erivaldo). Treinador: Jorge Paixão. Benfica: Oblak, Sílvio, Garay, Luisão, Siqueira, Fejsa, Enzo Pérez (Rúben Amorim, 68), Markovic (Salvio, 86), Gaitán, Rodrigo (André Gomes, 90+3) e Lima. (Suplentes: Artur, Maxi Pereira, Jardel, Rúben Amorim, André Gomes, Salvio e Cardozo). Treinador: Jorge Jesus. Árbitro: Pedro Proença (Lisboa). Ação disciplinar: cartão amarelo para Tomás Dabó (13), Siqueira (15), Núrio (55), Fejsa (57), Luiz Carlos (64), Santos (76), Miljkovic (90) e Oblak (90+2). Assistência: 18 360 espetadores.
“Operação Baco”
GNR detém 66 condutores Um total de 66 condutores foi detido pela GNR, durante a “Operação Baco” de fiscalização rodoviária, por apresentarem uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 gramas/ litro. A operação, que decorreu entre as 23h00 de sábado e as 07h00 de domingo e que envolveu todos os comandos territoriais da GNR, permitiu fiscalizar 5246 condutores, sendo que 227 conduziam com excesso de álcool no sangue. No total, foram elaboradas 563 contraordenações, precisou a fonte. O
balanço final da operação, que incluirá as apreensões e outras infrações cometidas pelos automobilistas, será divulgado hoje pela GNR. Alertar para a necessidade de prevenir os comportamentos de risco inerentes ao consumo de droga e álcool é o objetivo da ação de sensibilização que a GNR promove entre segunda-feira e quarta-feira, junto dos alunos do 9.º e 12.º ano de escolaridade. Entretanto, uma nota informativa da GNR enviada às redações adianta que numa outra
operação, denominada “Spring Break”, estarão envolvidos 627 militares dos Núcleos Escola Segura, que farão 356 ações de sensibilização em estabelecimentos de ensino. “Estas ações de sensibilização antecedem as férias escolares do final do segundo período (05 a 21 de abril), altura em que os jovens finalistas do 9.º e 12.º ano realizam as tradicionais viagens de finalistas”, diz a GNR, que, com a iniciativa, pretende “sensibilizar os jovens para os riscos associados ao consumo deste tipo de substâncias”.
DOBRADINHA DA MERCEDES HAMILTON E ROSBERG DOMINAM GRANDE PRÉMIO DE F1 DA MALÁSIA
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DIÁRIO NACIONAL
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Ano CXLVI | N.º 88
Segunda-feira, 31 de março de 2014
SEGURO DIZ QUE OS PORTUGUESES JÁ NÃO
PODEM OUVIR FALAR EM AUSTERIDADE
FARTOS n O líder do PS condena o “excesso de zelo” do Governo na aplicação das políticas de austeridade, que vão para além do necessário para equilibrar as contas públicas e para além do que a Europa impõe. “Os portugueses sentem isso quando têm um corte nas pensões, um corte nos salários e quando a política de austeridade vai para além daquilo que seria necessário para equilibrar as nossas contas públicas em condições de dignidade”, destaca Seguro...
BENFICA
SOMA E SEGUE n Um golo de Lima, logo aos 13 minutos, foi suficiente para o líder do campeonato ganhar em Braga e manter os leões à distância de sete pontos...
FASHION
Miguel Vieira encerrou 34.ª edição com “uma noite de inverno”
EUROPEIAS
Assis acusa o Governo de ser “funcionalmente incompetente”
SPRING BREAK GNR promove ações de sensibilização junto dos alunos do 9.º e 12.º ano
2 | O Primeiro de Janeiro
local porto
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Portugal Fashion encerrou com glamour de Miguel Vieira
Câmara do Porto
“Uma noite com agasalhos muito quentes” O glamour para a próxima estação pelo traço de Miguel Vieira, inspirado numa noite de inverno, encerrou a 34.ª edição do Portugal Fashion, no dia em que as sapatilhas foram a grande novidade do criador de calçado Luís Onofre. As luzes da passerelle principal desta edição do Portugal Fashion apagaram-se definitivamente depois da apresentação de Miguel Vieira – que surpreendeu no desfile ao deixar os manequins alinhados e parados no final da caminhada em que mostram as propostas do criador -, tendo o estilista explicado, no final, que teve como mote “uma noite de inverno”, imperando as “qualidade das matérias-primas”. “Uma noite em que um grupo de amigos resolve ir jantar e no percurso tem que levar agasalhos muito quentes. Depois, quando chega ao momento de jantar, está tudo climatizado e por isso podem usar peças muito mais finas, muito mais frescas”, desenhou Miguel Vieira. Não sendo propriamente o dia que mais gosta de encerrar, Miguel Vieira considera que este é “um grande privi-
PORTUGAL FASHION. Miguel Vieira fechou a edição número 34 com uma “noite de inverno” muito especial… légio” poder fechar a edição da semana de moda da cidade em que vive e que de que tanto fala em termos internacionais. Já Luís Onofre – o único criador de calçado com honras de desfile próprio no Portugal Fashion – trouxe uma novidade para esta coleção: as sapatilhas. “Uma das coisas que tentei fazer desta vez na coleção foi ir buscar vários temas dentro do mesmo tema, ou seja, com uma definição clara de modelos, mas versáteis no aspeto de construções”, disse. Com uma forte aposta nas aplicações e nos detalhes, Onofre destacou a “sintonia” com as carteiras, que apresenta em vários tamanhos para a próxima estação, apostando na versa-
tilidade deste tipo de acessórios. Para o criador de calçado - que viu crescer as vendas no mercado nacional em 15% - abrir uma loja em nome próprio na Avenida da Liberdade, em Lisboa, não pode ser considerado uma loucura já que “tempos de crise são oportunidades que se podem tirar”, sendo este um projeto já pensado há muito tempo. Neste último dia do evento de moda – cuja edição foi dedicada ao tema “Organic” – destaque ainda para o desfile de Meam by Ricardo Preto, que apresentou “Movimento”, onde o criador destaca a”silhueta discreta e esguia, apostando no preto, azul, verde e branco. Outro dos desfiles esperados de sábado era o de Carlos Gil, que trouxe à
Alfândega do Porto a “Valsa dos Pássaros”, onde “a rigidez da disciplina da dança torna-se frágil, contrapondo-se à leveza da sua silhueta”, com destaque tons metalizados e utilização de penas e peles. Em jeito de balanço, João Rafael Koehler, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) – entidade responsável pelo Portugal Fashion – considera que o evento de moda é “um momento importante” para a associação, bastando “ver e verificar qual é o impacto de media que tem”, quer no país, quer no estrangeiro. “O balanço é positivo. À semelhança dos últimos, mas este de uma forma muito demarcada, acentua esta vertente de globalização do nosso mundo, de globalização da moda e também do Portugal Fashion. Temos aqui mais de 60 jornalistas estrangeiros, temos centrais de compras que vieram de todo o mundo para fazer negócios com os nossos designers”, destacou. Segundo João Rafael Koehler, a aposta nos criadores emergentes é para manter, assumindo o objetivo enquanto presidente que os jovens designers nascidos no Bloom possam ascender à primeira passerelle. No último dia do Portugal Fashion foram ainda conhecidos os vencedores do concurso Bloom, tendo passado pela passerelle principal os desfiles coletivos da indústria e calçado, assim como Lion of Porches, Vicri e Dielmar.
Jovens criadores também mostraram o seu valor na Alfândega do Porto
Pedro Neto vence concurso Bloom Quatro jovens criadores ganharam no sábado a oportunidade de mostrar as coleções na passerelle secundária do Portugal Fashion ao ficarem nos quatro primeiros lugares do concurso Bloom, cujo grande vencedor foi Pedro Neto. Os oito finalistas do concurso Bloom – que recebeu 111 candidaturas – desfilaram, cada um, quatro coordenados, sendo Pedro Neto o vencedor, com João Rôla no segundo lugar, Ana Catarina Santos no terceiro e Eduardo Amorim no quarto. Os quatro talentos emergentes terão agora a possibilidade de desfilar as criações no espaço Bloom (plataforma de lançamento de novos talentos) du-
rante quatro estações, além de receberem apoio financeiro, o que João Rôla considerou, no final do desfile, “extremamente importante” para continuar a trabalhar. “Quero continuar com os pés bem assentes na terra”, explicou o designer, que procura agora fazer outra coleção para apresentar já na próxima edição do Portugal Fashion. O sentimento é partilhado por Pedro Neto, de 18 anos, que garantiu que “nunca falta inspiração, falta é dinheiro”, o que pode agora ser colmatado com o apoio financeiro “importante” dado pelo Portugal Fashion. “A ajuda financeira é um dos prémios e é algo muito importante para eles”, explicou Miguel Flor, responsável pelo Bloom e
um dos jurados do concurso. Pedro Neto venceu o concurso com uma apresentação inspirada no fotógrafo e artista Keith Arnatt e disse querer “terminar a escola”. O jovem está no primeiro ano de Design de Moda na MODATEX, depois de ter saído da Escola de Moda do Porto. O vencedor admitiu que o Bloom ajuda “principalmente a nível de projeção internacional”, já que em Portugal “a venda é muito complicada, principalmente para jovens designers”. “Temos imprensa, temos modelos profissionais, temos apoio na organização, o que nos permite focar no nosso trabalho”, explicou Eduardo Amorim, que apresentou “Protect
Me” no concurso. Miguel Flor destacou a importância do Bloom para os estudantes de moda, para quem a plataforma é “um dos maiores objetivos de quem quer fazer uma marca e criações de autor”. “O Bloom funciona como um período de incubação, de maturação”, disse o responsável. Depois desse período, “quando atingem o mesmo nível de maturação dos criadores da passerelle principal, sobem”. A final do concurso Bloom também decorreu na Alfândega do Porto, local que recebeu este ano a 34.ª edição do Portugal Fashion, um dos principais eventos de moda que se realizam entre nós.
Rui Moreira promete estimular comércio local
O presidente da Câmara do Porto pretende apostar na animação de rua em vários pontos da cidade como forma de estimular o comércio local. “A animação de rua faz parte do que queremos fazer. A cidade precisa de ter sempre esta animação”, afirmou Rui Moreira, na rua das Flores requalificada e transformada em pedonal, que se encheu de gente e espetáculos para assinalar o Dia Nacional dos Centros Históricos. A meio da tarde, quando já era quase impossível circular na zona entre o largo dos Lóios e de S. Domingos, também vedados ao trânsito, recuperados e com palcos para concertos, Rui Moreira apontou “este exemplo” como prova de que “é possível encher as ruas e ver muitas lojas a abrir”. “É a demonstração de que é possível fazer o que queremos fazer”, vincou Rui Moreira. Para o autarca, o denominado eixo MouzinhoFlores, onde estão dez ruas que a partir de segunda-feira passam a ser pedonais, vai assumir destaque em termos turísticos e comerciais. “Este é um corredor importantíssimo entre a Baixa e a Ribeira. Achamos que este vai ser o percurso pedonal para os turistas e que isso vai ter um impacto extraordinário no comércio e em todas as atividades de restauração”, destacou. Relativamente à animação de rua que pretende alargar ao resto da cidade, o autarca afirmou que “cada zona do Porto, cada rua terá um tratamento específico”, adequado ao que a Câmara considerar serem “as suas características”. Também para estimular o comércio, a Câmara do Porto iniciou, na rua das Flores, o projeto-piloto “Porto Mercator” cujos objetivos passam por alterar as práticas no comércio local e atrair clientes através da oferta de descontos. A intenção é, depois, “replicar” a iniciativa “em todo o comércio local”, disse à Lusa fonte oficial da autarquia. O “Porto Mercator” consiste numa aplicação para telemóveis que é possível adquirir gratuitamente para ter acesso a descontos nas lojas que integrem a rede. “As lojas que garantam determinadas boas práticas, como o alargamento de horários ou a informação bilingue, ganham direito a um certificado Mercator e à integração num roteiro”, descreveu fonte da autarquia. Para assinalar o Dia Nacional dos Centros Históricos, a Câmara do Porto preparou um vasto programa de animação que incluiu sete mercados urbanos, atuações musicais, circo e marionetas e que terminou com a primeira edição de 2014 do Porto Sounds, no Largo de São Domingos, com as atuações de Memória de Peixe e de Throes + The Shine. Dez ruas do centro histórico do Porto passam hoje a ser pedonais, iniciando um processo que a Câmara quer gradualmente aplicar a toda aquela zona para estimular o comércio. “Este é um processo gradual para todo o centro histórico. O que a Câmara quer é deixar dois ou três eixos estruturantes abertos e, dentro do possível, vedar tudo o resto ao trânsito”, adiantou a mesma fonte, referindo a intenção de estimular o comércio local e a utilização do transporte público.
regiões
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Terceira edição do Belém Art Fest realiza-se já esta sexta-feira e sábado
Música e museus Transporte inter-hospitalar
Ambulância pediatria na região do Algarve
O Instituto Nacional de Emergência Médica e o Centro Hospitalar do Algarve vão dispor a partir de hoje de uma ambulância de transporte inter-hospitalar pediátrico (TIP) para operar na região algarvia. A nova unidade tem como objetivo “reforçar a capacidade de resposta na área do doente crítico pediátrico e neonatal” e o “transporte de recém-nascidos e doentes pediátricos em estado crítico entre Unidades de Saúde”, explicou o INEM. Em Portugal, existem atualmente três ambulâncias TIP, uma em Lisboa, outra em Coimbra e a terceira no Porto.
A grande novidade deste ano é a inclusão do claustro do Mosteiro dos Jerónimos, onde vai cantar Rita Redshoes. A 3.ª edição do Belém Art Fest vai regressar a Lisboa, sexta feira e sábado, com três museus e o Mosteiro dos Jerónimos como palco para Rita Redshoes, os jovens solistas da Metropolitana de Lisboa e a fadista Ana Sofia Varela. A iniciativa é da responsabilidade da produtora Amazing Adventure (AA), em parceria com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o Museu Coleção Berardo, a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Belém. O objetivo, de acordo com a organização do festival, que tem como diretora artística Selma Uamusse, a voz do grupo Wraygunn, é “promover novos artistas e projetos inovadores em espaços privilegiados de Lisboa”. Durante duas noites, os visitantes poderão assistir a concertos, «workshops», exibições de dança, cinema, atuações de Djs e visitar todos os espaços e respetivas exposições, mediante a capacidade das salas. De acordo com Pedro Pais, da organização, a grande novidade deste ano em relação aos espaços dos espetáculos e outros eventos é a inclusão do claus-
Cultura. A 3.ª edição do Belém Art Fest vai regressar sexta feira e sábado, com três museus e o Mosteiro dos Jerónimos tro do Mosteiro dos Jerónimos. A organização estima que aquele espaço do monumento quinhentista deverá receber cerca de 800 participantes nos concertos mais concorridos, como o de Rita Redshoes, que apresenta o seu último trabalho, e dos Gospel Collective e convidados. Com esta área, é aumentada a capacidade total do festival para acolher cerca de 5 mil visitantes. Relativamente aos números de participantes nas edições anteriores, a organização indicou que ascen-
deram a 3 mil, na edição de 2013, e 800, em setembro de 2012. O Museu Nacional dos Coches irá acolher concertos de fado e música clássica, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Ana Sofia Varela. No Museu Nacional de Arqueologia, os visitantes poderão visitar as exposições temporárias, participar em «workshops» de fotografia ou maquilhagem e assistir a concertos de Noiserv, Minta & the brook trout, Walter Benjamin e Cais do Sodré Funk Connection.
O Museu Coleção Berardo vai ter atuações de Thomas Anahory, Da Chick e Carolina Deslandes, os Djs Ricardo Guerra, da Revolta do Vinyl e Dj Kamala. Do cartaz do festival fazem ainda parte Andycode, Beatriz Pessoa, Sérgio Silva, Piano Batuque, Mila Dores, Wack e Projeto Melodium e uma parceria estabelecida com a Jazzy Dance Studios. Os bilhetes têm o preço de 12 euros para entrada em todos os espaços num dia, e de 16 euros para todos os espaços nos dois dias.
Em Vilar Formoso
Secretário de Estado presente na cerimónia
Detidos por assaltos a casas de idosos
Espaço do Cidadão inaugurado em Sintra
A GNR anunciou, ontem, a detenção em Vilar Formoso, Almeida, de quatro homens estrangeiros, com idades entre 21 e 32 anos, residentes em Espanha, suspeitos da prática de diversos furtos em residências de idosos da região. “Fundamentalmente furtavam em residências ocupadas por idosos e quando os mesmos se encontravam ausentes. Cometiam os furtos e iam embora para Espanha, onde residiam”, admitiu a fonte. Dois dos suspeitos têm antecedentes criminais em Espanha por roubos, associação criminosa e furtos.
O secretário de Estado da Modernização Administrativa, Joaquim Cardoso da Costa, inaugura, hoje, o Espaço do Cidadão da vila de Sintra, o primeiro do género no município. “Este gabinete é um grande progresso no atendimento aos munícipes de Sintra que, num único local, podem resolver uma grande parte dos problemas relacionados com a administração central e com o município”, disse o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS). O antigo posto de atendimento do Gabinete de Apoio ao Munícipe (GAM), junto aos Paços do Con-
Sintra. A autarquia suporta os encargos com pessoal e instalações e o Governo financia a formação e o equipamento
celho, foi reconvertido em Espaço do Cidadão. Segundo a autarquia, na antiga escola da vila passam a funcionar seis postos de atendimento de serviços municipais, de serviços da administração central e dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS). No concelho de Sintra está prevista a instalação de mais três Espaços do Cidadão, no edifício multiusos de Pêro Pinheiro, em Rio de Mouro e Massamá/ Monte Abraão. A autarquia suporta os encargos com pessoal e instalações e o Governo financia a formação dos funcionários e o equipamento dos espaços.
No Espaço do Cidadão de Sintra será disponibilizado atendimento de assuntos relacionados com licenciamentos da esfera municipal, incluindo a área do urbanismo, e de contratualização com os SMAS. Os serviços da administração central incluem a Direção-Geral da Administração da Justiça, para pedido de registo criminal; Autoridade das Condições de Trabalho, registos e queixas; ADSE, pedidos e renovações; Inspeção-geral de Atividades Económicas, registos e certidões, e a Direção-geral do Consumidor, para informação e reclamações, entre outros.
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Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Seguro critica “excesso de zelo” do Governo quanto à austeridade
“Portugueses sentem isso diariamente” O secretário-geral do PS condena o excesso de zelo do Governo na aplicação das políticas de austeridade, que vão para além do necessário para equilibrar as contas pública e para além do que a Europa impõe. Numa intervenção na sessão de apresentação pública dos candidatos às eleições europeias de 25 de maio, António José Seguro vincou a importância daquele ato eleitoral, sublinhando que “os portugueses sentem isso no seu dia-a-dia, sentem isso quando têm um corte nas pensões, quando têm um corte nos salários, sentem isso quando a política de austeridade vai para além daquilo que seria necessário para equilibrar as nossas contas públicas em condições de dignidade”. “Não é apenas porque a Europa o impõe, é também porque há um excesso de zelo da parte do Governo português e uma profunda identidade entre o Governo português e aqueles que lideram hoje a Europa no sentido de aplicar essa política de
SEGURO. O líder do PS voltou a dizer que o Governo não tem necessidade de impor mais políticas de austeridade aos portugueses… sacrifícios, essa política de austeridade que não encontra razoabilidade, nem muito menos consegue contribuir para um equilíbrio sustentável das nossas contas públicas”, vincou o líder do PS. Na sua intervenção, Seguro recusou ainda ideia de que há uma agenda nacional e uma agenda europeia, sublinhando que existe apenas “uma agenda que diz respeito a todos”. “A ideia que na Europa se discutem te-
mas que não interessam ao nosso país nunca foi verdade e, sobretudo hoje, não é verdade”, destacou. Quanto à lista que o PS apresenta às eleições europeias e que é encabeçada por Francisco Assis, o secretário-geral dos socialistas reafirmou que as principais preocupações na sua elaboração foram a qualidade e a competência, destacando o facto de incluírem três independentes em lugares elegíveis.
Seguro deixou ainda uma nota sobre o facto de se tratar de “uma lista verdadeiramente paritária”, com metade de homens e metade de mulheres. “Não precisámos de andar com uma candeia à procura de mulheres para ir para essa lista”, gracejou, sustentando que as mulheres que integram a lista do PS têm “inegável competência e grande qualidade”. A lista socialista às europeias, que foi aprovada por unanimidade pela comissão política nacional na terçafeira à noite e é liderada por Francisco Assis, tem como número dois a antiga ministra de António Guterres e atual conselheira da União Europeia Maria João Rodrigues. Em terceiro lugar surge Carlos Zorrinho, a eurodeputada Elisa Ferreira em quarto e, em quinto, o açoriano especialista na área do mar Ricardo Serrão Santos. A atual eurodeputada Ana Gomes está no sexto lugar, enquanto Pedro Silva Pereira, antigo ministro de José Sócrates, é sétimo. Em oitavo lugar surge a professora universitária madeirense Liliana Rodrigues, Manuel dos Santos está em nono, Maria Amélia Antunes em décimo e José Junqueiro em décimo primeiro. O ensaísta Eduardo Lourenço é candidato em 21.º lugar, o último dos efetivos. Os atuais eurodeputados Vital Moreira, Edite Estrela, Capoulas Santos e Correia de Campos não constam da lista.
Catarina Martins (BE) acusa Passos Coelho de esconder o jogo…
“A palavra do Governo vale zero” A coordenadora do BE Catarina Martins acusa o Governo de querer “precarizar a vida dos mais velhos” e de “tentar esconder” que os pensionistas nunca mais vão saber qual pode ser a sua pensão. “As alterações que querem introduzir à lei significam que os pensionistas, a partir de hoje, nunca saberão qual pode ser a sua pensão. Não só os cortes serão permanentes como a qualquer momento poderão existir novos cortes”, afirmou Catarina Martins em Gaia, onde participou na sessão pública “Desobedecer à Europa da Austeridade!”. Para a coordenadora do BE, isto corresponde à “completa precarização da vida dos mais velhos num país que já precarizou a vida dos mais novos com a precarização das condições de trabalho”. Catarina Martins referia-se à possibilidade avançada esta semana num briefing do Ministério das Finanças do Governo de transformar a Contribui-
ção Extraordinária de Solidariedade (CES) num mecanismo permanente, ajustando o valor das pensões a critérios demográficos e económicos. Apesar de o primeiro-ministro ter dito que o Governo não tem, nesta fase, nenhuma discussão “em cima da mesa” sobre reduções adicionais de salários e pensões, Catarina Martins alerta que “a palavra do Governo vale zero”. “Não dizem o que querem fazer mas sabemos o que tentam esconder: querem tornar permanentes os cortes que sempre disseram que seriam transitórios. Mais do que isso, em relação aos pensionistas fazem um duplo corte: um corte nas pensões mas também um corte na expectativa e no direito ao mínimo de segurança que cada um pode ter”, avisou. Para a coordenadora do BE, esta precarização dos mais velhos é “o humilhar de um país, é limitar as possibilidades de futuro”. “É contra isto que é preciso, a 25 de maio, [data das eleições
europeias] juntar forças”, afirmou. Questionada sobre a petição para levar a reestruturação da dívida ao plenário da Assembleia da República, Catarina Martins destacou que “o Governo está completamente isolado nesta sua ideia peregrina de achar que é possível não reestruturar a dívida e de querer aplicar austeridade ao país durante mais dez, vinte ou trinta anos”. “O país não aguenta mais”, destacou. Reestruturar a dívida “é algo que o BE tem defendido desde sempre” e “é hoje amplamente consensual na sociedade portuguesa”, observou. Para Catarina Martins, este “é o momento de mudar” e isso “exige um país que esteja de pé, com força, que renegoceie a sua dívida”. Quanto a eventuais resultados práticos da petição, a bloquista defendeu que “a democracia não se fecha num dia”. “É pelas vozes que se juntam a pedir a mudança que se pode mudar a sociedade. Uma petição não muda
a sociedade mas é uma força grande quando as vozes se juntam”, justificou. Catarina Martins destacou ainda a importância das eleições europeias para que “cada um possa exprimir qual o seu desejo de futuro”. A coordenadora do bloco considera que o voto vai servir para determinar se os portugueses querem “mais 20 ou 30 anos de austeridade” e “ficar de joelhos perante os credores internacionais” ou se acham que o país deve ter “a coragem e determinação” para “renegociar a dívida”, para a reestruturar e “ter um futuro digno”. O movimento Manifesto 74, que reúne personalidades de todos os quadrantes da sociedade portuguesa, anunciou na sexta-feira que está a realizar uma petição para levar a reestruturação da dívida ao plenário da Assembleia da República e que já ultrapassou em muito as quatro mil assinaturas necessárias para ser discutida no hemiciclo.
Europeias
Assis diz que o Governo é “incompetente”
O cabeça de lista do PS às europeias acusa o Governo de ser “ideologicamente extremista e funcionalmente incompetente” e de estar a colocar em causa alguns avanços históricos conquistados pelos portugueses. “Este governo extremista, ideologicamente extremista e funcionalmente incompetente – o que é, aliás, uma das misturas mais perigosas que se podem imaginar que é o extremismo ideológico e a incompetência funcional – este Governo que tem estas características está a pôr em causa avanços historicamente conseguidos na sociedade portugueses”, afirmou Francisco Assis, durante a cerimónia de apresentação dos candidatos socialistas às eleições de 25 de maio. Sétimo na lista, Pedro Silva Pereira alinhou nas críticas aos sociais-democratas, respondendo às críticas do cabeça de lista da coligação “Aliança Portugal” de que a lista do PS reconcilia o partido com “despesismo”: “Creio que o doutor Paulo Rangel está muito perturbado, ele quer desviar as atenções do facto de ser nestas eleições o candidato do Governo, que é o candidato responsável por uma política de empobrecimento e julga que com as acusações os portugueses se distraem”. “É preciso parar com esta austeridade patológica”, tinha defendido momentos antes o cabeça de lista do PS às europeias, que na sua intervenção dedicou parte do discurso aos alertas sobre a importância das eleições de 25 de maio. Corroborando aliás o que antes tinha dito o secretário-geral socialista, Francisco Assis recusou a existência de fronteiras entre “política interna e política europeia”, porque “o que se passa na Europa tem imediata repercussão em Portugal”. Nesse sentido, continuou, a primeira rutura a fazer é “abandonar uma postura de subserviência acrítica e assumir uma postura de exigência responsável”. Francisco Assis, que disse estar “absolutamente convicto que o PS vai ganhar claramente” as eleições europeias, deixou ainda promessas para as 8 semanas que faltam para os portugueses irem às urnas, assegurando que para os socialistas não existirão “temas tabus” e tudo será discutido. “Agora não contem connosco para a pequena quezília inútil e para o pequeno confronto estéril”, assegurou, avisando que o PS não irá reagir “às pequenas provocações”.
economia
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
O Primeiro de Janeiro | 5
INE revela hoje valor da derrapagem orçamental relativa ao ano passado
Défice de 2013 deve atingir no máximo 5% Analistas consideram que défice deve ficar entre os 4,9 e os 5%. Na proposta de OE, Governo apontava para 5,9%. Xi Jinping termina visita a Angela Merkel
Negócios da China O presidente chinês, Xi Jinping, terminou, ontem, a sua primeira visita de Estado à Alemanha, em que manteve encontros com a chanceler alemã, Angela Merkel, e diversas reuniões de caráter económico, com assinatura de 18 acordos bilaterais. O avião presidencial partiu do aeroporto de Dusseldorf com destino a Bruxelas, onde Xi prosseguirá a sua digressão europeia. Em Dusseldorf, onde Pequim tem previsto abrir um quarto consulado em solo alemão, o presidente chinês e uma vasta delegação de empresários do seu país participaram num encontro económico a que também assistiu o vice-chanceler alemão e ministro da Economia e Energia, Sigmar Gabriel. Xi assegurou na sua intervenção diante deste fórum que a China não pretende competir, nem rivalizar, com o crescimento dos países industrializados, dizendo que a China deve encontrar um “caminho de desenvolvimento sustentável”, mesmo que isso signifique crescer de forma mais espaçada. A visita do presidente chinês iniciou-se sexta-feira e motivou reuniões em Berlim com o presidente alemão, Joachim Gauck, e com Merkel. Entre os acordos destaque para aquele que permitirá a abertura em Frankfurt da primeira praça financeira da eurozona onde se poderá negociar na moeda chinesa.
O défice orçamental de 2013, em contas nacionais, deverá ter ficado entre 4,9% e 5% do Produto Interno Bruto. O INE revela, hoje, o valor do défice orçamental em 2013 na ótica que conta para Bruxelas e entre as previsões recolhidas, a previsão mais otimista é a do BBVA, que sublinha que “a consolidação orçamental em 2013 foi melhor do que a esperada”, devendo o défice atingir 4,9% do PIB, ou 4,5%, excluindo a recapitalização do Banif que equivale a 0,4% do produto. “Este bom desempenho deveuse principalmente à obtenção de maiores receitas fiscais [crescimento de 13,1%], muito acima do aumento previsto [8,9%] e explicado em parte pelo aumento das receitas provenientes do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares [IRS], pela melhoria do mercado laboral e pela recuperação da atividade económica a que se assiste desde o segundo trimestre”, justificam os economistas do BBVA. Na proposta de Orçamento do Estado para 2014, a previsão do Governo apontava para um défice orçamental em 2013 de 5,9% do PIB. Em janeiro, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou no parlamento que, excluindo todos os efeitos extraordinários, o défice orçamental em 2013 será de 5,2%, o que representa uma diferença de 0,6 pontos percentuais face a 2012: “Expurgados todos os efeitos extraordinários em 2012 e 2013, tivemos um défice em 2012 de 5,8% e em 2013 de 5,2%. Expurgados todos os efeitos extraordinários, temos, portanto, uma diferença de 0,6 pontos”, afirmou a governante. “Receitas pontuais não se repetem”
Já a economista do BPI Paula Carvalho adiantou que a estimativa do banco aponta para que o défice orçamental, em contabi-
Portugal. Défice orçamental de 2013, em contas nacionais, deverá ter ficado entre 4,9% e 5% do Produto Interno Bruto. INE revela hoje os resultados
Para 80 mil casas
Japão vai construir central de energia solar
A cidade japonesa de Setouchi, na prefeitura de Okayama, oeste do país, vai ser o palco de uma central de energia solar com capacidade para gerar 230.000 quilowatts, a de maior capacidade do Japão e uma das maiores do mundo. Para a construção da central, a norte-americana General Electric pretende conquistar uma participação maioritária
no consórcio operador, revelou o diário Nikkei. A central terá capacidade para fornecer energia a 80 mil casas e deverá começar a funcionar em 2018 superando a capacidade de 111.000 quilowatts que o grupo nipónico Softbank vai inaugurar na ilha japonesa de Hokkaido em 2015. O investimento no projeto deverá rondar os 80 mil milhões de ienes (565 milhões de euros). O governo japonês pretende que as energias renováveis ganhem peso no mercado do país até aos 20% ou 30%.
lidade nacional, “se tenha situado em torno dos 5% do PIB”, um desempenho justificado “de forma significativa” pela evolução das receitas fiscais e pelo resultado do programa de regularização de dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira, no final do ano passado. No entanto, Paula Carvalho nota que “uma parte desta ‘performance’ melhor do que a esperada ficou a dever-se a receitas pontuais, que não vão repetir-se em 2014”. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou já que o défice das administrações públicas em contabilidade nacional deverá ficar nos 5% do PIB em 2013. De acordo com as estimativas da UTAO, o défice das administrações públicas deverá ter-se situado entre 4,8% e os 5,2% do PIB, sendo o valor central da projeção é de 5%. Já o Conselho de Finanças Públicas (CFP) considerou que o défice orçamental pode ficar abaixo dos 5,9% do PIB, sublinhando que “os desenvolvimentos orçamentais até ao final do terceiro trimestre, quer do lado da receita, quer do lado da despesa, permitem admitir que o défice das administrações públicas ficará abaixo da estimativa mais recente do Ministério das Finanças”. Para este resultado em muito contribui a receita com impostos, que - segundo o CFP - teve em termos ajustados até setembro “uma taxa de crescimento homólogo quase duas vezes superior à da despesa”. O valor final de défice com que Portugal se comprometeu com a «troika» foi de 5,5% para o conjunto de 2013, tendo o Governo garantido que o objetivo vai ser cumprido. O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) prevê que seja desencadeado um Procedimento dos Défices Excessivos quando um Estado-Membro não cumpre uma ou as duas regras definidas no Tratado Orçamental: que o défice orçamental não exceda os 3% do PIB e que a dívida pública não ultrapasse os 60% do PIB. Portugal foi colocado no Procedimento dos Défices Excessivos em dezembro de 2009 e ficou definido que teria até 2015 para cumprir o limite do défice.
desporto
6 | O Norte Desportivo
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Lewis Hamilton vence GP da Malásia e Nico Rosberg fica em segundo lugar
«Dobradinha» da Mercedes Prestações permitiram ao alemão reforçar a liderança do Mundial e ao britânico retificar a desistência na corrida inaugural. O britânico Lewis Hamilton, que tinha desistido na primeira corrida, e o alemão Nico Rosberg, vencedor na Austrália, ofereceram, ontem, uma «dobradinha» à Mercedes no Grande Prémio da Malásia, segunda prova do Mundial de Fórmula 1. Os dois pilotos «respeitaram» a grelha de partida e terminaram nos dois lugares mais altos do pódio, prestações que permitiram ao alemão reforçar a liderança do Mundial de pilotos e ao britânico retificar a desistência na corrida inaugural. Tal como Hamilton, também o alemão Sebastien Vettel, tetracampeão mundial, tinha abandonado na Austrália, mas ontem atenuou a desilusão da primeira prova com o terceiro lugar do pódio. Numa corrida que dominou desde o início (tinha garantido a «pole position» na véspera, a 33.ª da carreira), Hamilton alcançou a 23.ª vitória do currículo e o 55.º pódio, num total de 131 grandes prémios disputados desde 2007. Hamilton completou as 56 voltas (310,4 km) ao circuito internacional de Sepang em 1h40.25,974, deixando Rosberg a 17 segundos e Vettel a 24. “Foi incrível. Sinto-me muito grato por esta vitória, em particular depois da tragédia que ocorreu há três semanas. Quero dedicar este triunfo a todas as vítimas e às suas famílias”, afirmou Hamilton no final, em referência ao acidente do Boeing da Malaysia Airlines. Antes da corrida, pilotos e espetadores respeitaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas
Corrida do Benfrica
Rui Pedro Silva e Dulce Félix vencedores
Rui Pedro Silva e Dulce Félix confirmaram o favoritismo e ganharam, ontem, a 9.ª Corrida do Benfica António Leitão, realizada nas imediações do Estádio da Luz. Rui Pedro, que já havia triunfado na época passada, gastou 30.05 minutos nos 10 km do percurso, derrotando por seis segundos o brasileiro Paulo Paula. Outro benfiquista, Bruno Jesus, completou o pódio. Na prova feminina, Dulce Félix limitou-se a um «treino» mais rápido, ganhando em 34.02, contra 34.27 de Filomena Costa (Jardim da Serra) e 34.53 de Sara Moreira (Maratona).
Fórmula1. Com duas corridas disputadas, Nico Rosberg lidera o Mundial de pilotos, com 43 pontos, mais 18 que Hamilton. do acidente do Boeing da Malaysia Airlines, que terá caído no Oceano Índico a 8 de março. O primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, e o «patrão» da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, cumpriram o minuto de silêncio na linha de partida da segunda prova do Mundial. “Os nossos pensamentos estão com os desaparecidos, os que amamos e os socorristas incansáveis”, disse um dos “speakers” do circuito, antes de tocar o hino da
Malásia. Os pilotos colocaram um adesivo nos capacetes com a inscrição “rezem pelo [Boeing] MH370”. Por razões desconhecidas, o voo MH370 que partiu a 8 de março, às 00h41, da capital malaia (16h41 de 7 de março em Lisboa) com destino a Pequim desviou-se da rota e seguiu para ocidente, passando sobre a Malásia peninsular, em direção ao estreito de Malaca, momento em que os radares o perderam.
Com duas corridas disputadas, Nico Rosberg lidera o Mundial de pilotos, com 43 pontos, mais 18 que Hamilton. O espanhol Fernando Alonso (Ferrari), que terminou em quarto lugar em Kuala Lumpur, segue na terceira posição, a 17 pontos do líder. Vettel é sétimo, com 15 pontos. A próxima prova do Mundial, o Grande Prémio do Bahrain, está agendada para 6 de abril, no circuito de Sakhir.
Provas de canoagem vão decorrer em 2018
Mundiais de pista e maratonas em Portugal Portugal vai organizar os Campeonatos do Mundo de canoagem de pista e maratonas em 2018, decidiu, ontem, a federação internacional (ICF), reunida em Lausana, Suíça. Uma semana após a Associação Europeia de Canoagem (ECA) atribuir a Portugal os Europeus de maratona em 2017 (Vila Nova de Gaia), agora foi a vez da ICF premiar a federação com os Mundiais de pista (Montemor-o-Velho) e maratonas (Prado, Vila Verde) em 2018. “É mais uma prova da atenção que a canoagem merece do País e dos seus responsáveis. Além dos excelentes resultados internacio-
Canoagem. Mundiais de pista estão marcados para Montemor-o-Velho e maratonas para Vila Verde, em 2018
nais, ímpares no desporto português, também consegue trazer para o País as mais importantes provas a nível mundial”, disse Mário Santos, antigo presidente da federação, que participou na decisão do conselho executivo da ICF, composto por 25 elementos de todos os continentes. Mário Santos revelou ainda que o país também ganhou Taças do Mundo de pista e maratonas para 2016. “Todas estas provas são muito importantes para a sustentabilidade das parcerias e infraestruturas que temos, em especial o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-
Velho, que merece maior atenção e cuidado da tutela”, frisou. Mário Santos acredita que as cinco provas internacionais que Portugal vai organizar até 2018 também “projetam a imagem de um País competente e audaz, capaz de organizar os dois maiores eventos internacionais da modalidade num mesmo ano, tal como em 2013, com os Europeus de pista e maratonas, separados por apenas uma semana”. Do vasto lote de candidaturas que Portugal apresentou, apenas o Mundial de Ocean Racing 2015 não foi assegurado, sendo disputado no Tahiti.
Open da Alemanha
Tiago Apolónia de bronze em Magdeburgo
O português Tiago Apolónia conquistou, ontem, a medalha de bronze no torneio de singulares do Open da Alemanha em ténis de mesa, em Magdeburgo. O olímpico português, 29.º do «ranking» mundial, perdeu nas meias-finais com o alemão Dimitrij Ovtcharov, sexto da hierarquia, por 3-4, pelos parciais de 11-7, 7-11, 6-11, 12-10, 11-6, 1-11 e 9-11. “Cheguei com muita confiança de que as coisas me iam correr bem e, jogo após jogo, fui-me sentindo cada vez melhor. Na meia-final, depois de ter estado com 9-7 na ‘negra’, a medalha de Bronze acaba por saber a pouco”, admitiu.
Segunda-feira, 31 de Marรงo de 2014
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O Primeiro de Janeiro | 7
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A COMEREM A CARNE E A SUGAREM O SANGUE DOS PORTUGUESES Perante o descalabro social em que o País se encontra, em que os portugueses, sobretudo os mais desprotegidos, não sabem para onde se voltar há uma pequena oração que por diversas vezes me vem ao espírito e, estou convencidos, aos espíritos de muitos mais portugueses. Diz ela: “ Senhor, concede-nos a serenidade para aceitar as coisas que não podemos Gustavo Pires* mudar, a coragem para mudar as coisas que conseguimos mudar, bem como a sabedoria para as distinguir. Este é, na realidade, um dos maiores problemas do País. Já não estamos na máxima de maio de 1968 que dizia “sejam realistas peçam o impossível” mas perante a necessidade de perceber aquilo que não é possível mudar, e aquilo que temos a obrigação moral de lutar a fim de transformarmos o País num local melhor onde todos possamos viver. Não é fácil porque os vendilhões do templo dos discursos da “banha da cobra”, parece que tomaram conta das televisões. Não existe nenhum canal que não tenha os seus comentadores, políticos mais ou menos reformados que, depois de terem comido a carne aos portugueses agora, pagos a peso de outro, divertem-se semanalmente a sugarem-lhes o sangue. São os especialistas do “discurso da treta” produzido por gente sem memória e sem escrúpulos que de há muitos anos a esta parte vive à conta da ingenuidade dos seus concidadãos. Note-se que o “discurso da treta” é uma falsidade distinta do mentir. É impossível mentir a menos que se saiba a verdade. Enquanto o mentiroso sabe a verdade pelo que também sabe que está a mentir, pelo contrário, o especialista do “discurso da treta”, pouco lhe interessa se aquilo que está a dizer é verdade ou mentira na medida em que está tão-somente interessado nas suas próprias conveniências. Recentemente assistimos no primeiro canal a um exemplo inquestionável do que acabámos de dizer. O artista, não estava interessado nem na verdade nem na mentira, ele estava tão só interessado nas suas conveniências. Esta gente está a destruir o País se é que já não o destruiu. Por isso, o “discurso da treta” é muito mais perigoso do que a própria mentira porque enquanto esta estabelece uma rutura com a realidade o “discurso da treta”, não está completamente desligado da realidade na medida em que o que o seu autor pretende condicionar a opinião de quem o está a ouvir. E assim, vemos autênticos meliantes dizerem hoje o contrário daquilo que disseram ontem sem sombra de justificação, vergonha ou de desculpa. O trágico da questão é que os “discursos da treta” têm uma estranha tolerância social. Por isso, os políticos produzem-nos e vão continuar a produzir e os portugueses votam neles e vão continuar a votar. Não se trata nem de direita nem de esquerda. O “discurso da treta” é transversal a todos os partidos. Por isso, temos de continuar a oração inicial: Senhor, concede-nos a serenidade, a coragem e a sabedoria para afastarmos os vendilhões do templo que olimpicamente estão a comer a carne e a sugar o sangue dos Portugueses.
Vitória (1-0) em Braga mantém comando confortável
Benfica mais perto do título O líder Benfica recolocou-se com mais sete pontos do que o Sporting, segundo classificado, ao vencer por 1-0 no reduto do Sporting de Braga, em encontro da 25.ª jornada da I Liga de futebol. O brasileiro Lima marcou, aos 13 minutos, o golo da vitória dos “encarnados”, que passaram a somar 64 pontos, contra 57 do Sporting, vencedor por 1-0 no sábado, na receção ao Vitória de Guimarães. Os “encarnados” nem precisaram de fazer uma grande exibição para levar os três preciosos pontos, bastando a eficácia de Lima na primeira parte (13 minutos), concluindo uma excelente jogada de Rodrigo, que no minuto 90+1 desperdiçou uma grande penalidade, permitindo a defesa a Eduardo. O Benfica tem o título na mão e precisa apenas de vencer em casa o Rio Ave, na 26.ª jornada, e o Olhanense e o Vitória de Setúbal (28.ª e 29.ª jornadas, respetivamente). O Braga, que nos últimos sete jogos registou apenas uma vitória, três empates e outras tantas derrotas, acusou as muitas baixas (oito lesionados e um castigado), mas deu boa réplica. Jorge Paixão teve que recorrer à equipa B para completar a convocatória e a equipa titular, com Tomás Dabo e Nurio nas laterais e Piqueti como extremo direito. No Benfica, nota para seis novidades no “onze” em relação ao jogo com o FC Porto, da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, quarta-feira: Oblak regressou à baliza, Siqueira ao lado esquerdo da defesa, Enzo Perez, Gaitan e Ma-
rkovic ao meio campo e Lima ao ataque. A turma de Jorge Jesus entrou forte e, logo aos oito minutos, Enzo Perez assistiu Gaitán, que ladeou com sucesso Eduardo, mas, depois, rematou às malhas laterais, com o “pior” pé, o direito, desperdiçando uma grande oportunidade para o Benfica inaugurar o marcador. Mas, não demorou muito para isso acontecer: Tomás Dabó perdeu a bola a meio campo, Rodrigo fugiu pela esquerda, passou por Santos e serviu Lima que, no “coração” da área, sem oposição, só teve que encostar, aos 13 minutos. O Benfica tirou o pé do “acelerador”, mas dando sempre a noção de que tinha o jogo controlado. O Braga defendia melhor do que atacava, mas, aos 30 minutos, Rusescu causou muito perigo e podia mesmo ter empatado, mas cabeceou por cima após canto de Pardo. Depois de o Benfica voltar a entrar melhor após o intervalo, Jorge Paixão trocou de defesa direito aos 54 minutos, colocando Miljkovic no lugar do “amarelado” Tomás Dabó e, cinco minutos depois, Piqueti teve o empate primeiro na cabeça e depois nos pés, mas o toque de calcanhar não foi a melhor opção para ultrapassar Oblak. Um minuto depois, “calafrio” na área bracarense, com um atraso de cabeça de Paulo Vinícius para Eduardo a quase resultar em autogolo. Jorge Jesus refrescou o meiocampo, trocando Enzo Perez por Rúben Amorim, mas o Benfica não conseguia “pegar” no jogo e o Braga
tinha dificuldades em criar perigo para a baliza “encarnada”. Aos 81 minutos, já dentro da área e descaído pela direita, Rusescu rematou com perigo depois de uma boa jogada do recém-entrado Erivaldo. Nos últimos minutos, o Benfica voltou a comandar a partida e podia ter dilatado a vantagem, com destaque para o penálti falhado por Rodrigo (90+1 minutos). FICHA DE JOGO
Jogo no Estádio Municipal de Braga. Ao intervalo: 0-1. Marcador: 0-1, Lima, 13 minutos. Sporting de Braga: Eduardo, Tomás Dabó (Miljkovic, 56), Santos, Paulo Vinícius, Núrio, Mauro, Luiz Carlos (Erivaldo, 78), Rúben Micael, Piquéti (Erick Moreno, 66), Pardo e Rusescu. (Suplentes: Cristiano, Miljkovic, André Pinto, Vukcevic, Battaglia, Erick Moreno e Erivaldo). Treinador: Jorge Paixão. Benfica: Oblak, Sílvio, Garay, Luisão, Siqueira, Fejsa, Enzo Pérez (Rúben Amorim, 68), Markovic (Salvio, 86), Gaitán, Rodrigo (André Gomes, 90+3) e Lima. (Suplentes: Artur, Maxi Pereira, Jardel, Rúben Amorim, André Gomes, Salvio e Cardozo). Treinador: Jorge Jesus. Árbitro: Pedro Proença (Lisboa). Ação disciplinar: cartão amarelo para Tomás Dabó (13), Siqueira (15), Núrio (55), Fejsa (57), Luiz Carlos (64), Santos (76), Miljkovic (90) e Oblak (90+2). Assistência: 18 360 espetadores.
“Operação Baco”
GNR detém 66 condutores Um total de 66 condutores foi detido pela GNR, durante a “Operação Baco” de fiscalização rodoviária, por apresentarem uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 gramas/ litro. A operação, que decorreu entre as 23h00 de sábado e as 07h00 de domingo e que envolveu todos os comandos territoriais da GNR, permitiu fiscalizar 5246 condutores, sendo que 227 conduziam com excesso de álcool no sangue. No total, foram elaboradas 563 contraordenações, precisou a fonte. O
balanço final da operação, que incluirá as apreensões e outras infrações cometidas pelos automobilistas, será divulgado hoje pela GNR. Alertar para a necessidade de prevenir os comportamentos de risco inerentes ao consumo de droga e álcool é o objetivo da ação de sensibilização que a GNR promove entre segunda-feira e quarta-feira, junto dos alunos do 9.º e 12.º ano de escolaridade. Entretanto, uma nota informativa da GNR enviada às redações adianta que numa outra
operação, denominada “Spring Break”, estarão envolvidos 627 militares dos Núcleos Escola Segura, que farão 356 ações de sensibilização em estabelecimentos de ensino. “Estas ações de sensibilização antecedem as férias escolares do final do segundo período (05 a 21 de abril), altura em que os jovens finalistas do 9.º e 12.º ano realizam as tradicionais viagens de finalistas”, diz a GNR, que, com a iniciativa, pretende “sensibilizar os jovens para os riscos associados ao consumo deste tipo de substâncias”.